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Exame Físico Pulmonar

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SEMIOLOGIA MÉDICA – Exame Físico
Lembre-se que os resumos não substituem o estudo por livros, apenas servem como revisão básica!!!
PULMÕES
 O exame pulmonar pode é feito pela inspeção (estática e dinâmica), palpação, percussão e ausculta, devendo ser feito tanto anterior quanto posteriormente.
INSPEÇÃO
-Estática:
-O tórax deve ser observado tanto com paciente sentado quanto com ele deitado.
-Analisa-se:
Forma do tórax: 
-Tórax plano ou chato (Parede anterior sem sua convexidade normal, havendo redução do diâmetro anteroposterior; costelas aumentam sua inclinação; os espaços intercostais se reduzem; ângulo de Louis mais nítido).
-Em tonel ou globoso (Aumento do diâmetro anteroposterior; maior horizontalização dos arcos costais; abaulamento da coluna dorsal, encurtando o tórax).
-Tórax infundibiliforme (Depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica).
-Tórax cariniforme (Esterno proeminente, costelas horizontalizadas – “tórax de pombo);
-Tórax cônico ou em sino (parte inferior alargada, lembrando um tronco de cone).
-Tórax cifótico (coluna dorsal curvada, formando uma gibosidade).
-Tórax cifoescoliótico (cifose associada a um desvio da coluna para o lado, uma escoliose).
Figura 1: Configuração do tórax: A. Normal; B. Em tonel; C. Tórax infundibuliforme; D. Tórax cariniforme; E. Escoliose; F. Cifose; G. Gibosidade. (PORTO, 2014)
Pele (coloração, grau de hidratação, presença de lesões).
Mamas (comparar a posição do mamilo, volume e existência de nódulos).
-Dinâmica:
Tipo respiratório (obsevar a movimentação do tórax e do abdome)
-Torácica ou costal;
-Abdominal;
-Toraco-Abdominal.
Ritmo respiratório 
-Normal (a inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, sendo os movimentos de amplitude similar e intercalados por uma leve pausa);
-Respiração de Cheyne-Stokes (fase de apneia seguida de incursões respiratórias cada mais profundas, até atingir um máximo, decrescendo depois);
-Respiração de Biot (apresenta duas fases: primeiro apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios de amplitude e ritmo variável);
-Respiração de Kussmal (composta por quatro fases: 1. Inspirações ruidosas, cada vez mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de menor amplitude; 2. Apneia em inspiração; 3. Expirações ruidosas, cada vez mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de menor amplitude; 4. Apneia em expiração);
-Respiração Suspirosa (série de inspirações com amplitude crescente, seguidos por expiração breve e rápida).
PALPAÇÃO
Avaliar a sensibilidade a dor, superficial e profunda, com base nas queixas do paciente;
Temperatura da pele (sentir com o dorso da mão), comparando sempre bilateralmente;
Palpar grupos ganglionares regionais cuidadosamente;
Expansibilidade (peça ao paciente para respirar profunda e pausadamente):
-Ápice Pulmonar (Pesquisa-se com as mãos espalmadas, de modo que as bordas internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares).
-Bases Pulmonares (Apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais).
Figuras 2 e 3: Semiotécnica do exame da expansibilidade torácica. (Imagem de fonte desconhecida)
Frêmito toracovocal - FTV (Corresponde as vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. Peça para o paciente falar “33”. Coloque a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, comparando regiões homólogas.) – De modo geral, afecções pleurais são “antipáticas” ao FTV.
PERCUSSÃO
 Deve ser iniciada pela face posterior do tórax, de cima para baixo, estando o médico atrás e à esquerda do paciente. Percute-se separadamente cada hemitórax. Depois, percute-se comparativa e simetricamente. 
 Quatro tonalidades de sons são obtidas: 
1. Som claro pulmonar, nas áreas de projeção dos pulmões; 
2. Som timpânico no espaço de Traube;
3. Som submaciço na região inferior do esterno;
4. Som maciço na região precordial (coração) e na região inframamária direita (fígado).
AUSCULTA
-O paciente deve respirar profunda e pausadamente.
-Iniciar a ausculta pela face posterior.
SONS NORMAIS:
-Som traqueal: Audível na região de projeção da traqueia, no pescoço, na região esternal.
Origina-se da passagem do som através da fenda glótica e na traqueia.
Seu componente inspiratório é mais rude e soproso, já o expiratório é um pouco mais forte e prolongado – ambos são separados por um curto intervalo silencioso.
-Som brônquico: Corresponde ao som traqueal audível na região de projeção dos brônquios principais, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno.
-Murmúrio vesicular: Produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se com as saliências das bifurcações brônquicas ou ao passar por cavidades de diferentes tamanhos (ex.: de bronquíolos para alvéolos).
Componente inspiratório mais intenso, duradouro e mais alto que o expiratório. 
Não se percebe um intervalo silencioso como no som traqueal e no brônquico.
É mais intenso quando o paciente respira amplamente e com a boca aberta, após esforço.
-Som broncovesicular: Somam-se as características do som brônquico com as do murmúrio vesicular.
A duração e a intensidade dos componentes inspiratório e expiratório são similares.
No adulto, em condições normais, é auscultado na região esternal superior, na interescapular direita e no nível da terceira e da quarta vértebra dorsais.
SONS ANORMAIS DESCONTÍNUOS:
-Estertores: Ruídos audíveis na inspiração e na expiração.
-Estertores finos ou crepitantes: São sons agudos e de curta duração que ocorrem no fim da inspiração, não se alteram com a tosse, modificam-se ou são abolidos com a mudança da posição e predominam nas áreas que sofrem influência da força da gravidade. 
-Estertores grossos ou bolhosos: têm menor frequência e duração que os finos. Ocorrem no início da inspiração e em toda expiração, alteram-se com a tosse, não se modificam com a posição e são audíveis em todo o tórax.
SONS ANORMAIS CONTÍNUOS:
-Ronco e sibilo: Roncos são sons graves (baixa frequência) e sibilos são agudos (alta frequência). Aparecem na inspiração e na expiração, mas predominam na expiração. São fugazes, mutáveis, desaparecem em curto período de tempo.
-Estridor: Som produzido pela semiobstrução da traqueia. Quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena, mas, na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar intensifica o som.
-Sopros: Mais longo na expiração que na inspiração, audível na 7ª vértebra cervical no dorso, traqueia e região interescapular – Normal!
Quando o pulmão perde sua textura normal, como na pneumonia bacteriana, grandes cavernas e no pneumotórax hipertensivo também estão presentes. Tais sopros são chamados de tubários, cavitários e anfóricos, respectivamente.
-Atrito pleural: É um som de maior duração e baixa frequência, tom grave, sendo facilmente distinguido dos estertores. (Som do couro atritando. Pode ser imitado colocando uma das mãos sobre o ouvido e atritando-a com outra mão, com forte pressão). Normalmente é mais audível nas regiões axilares inferiores, onde os pulmões realizam movimentação mais ampla.
Figura 4: Pontos para percussão e ausculta. (Fonte desconhecida)
REFERÊNCIA

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