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3.2. Transmissão neuromuscular e acoplamento excitação contração 1 Fisiologia e Patologia Patologias musculares – parte 2 Enfermagem Prof.: Gustavo Leite Camargos 2 Prof. Gustavo Camargos Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos - Miastenia Grave 3 Prof. Gustavo Camargos É uma doença auto-imune, crônica, associada com alterações na junção neuromuscular com a produção de anticorpos contra AChR. A amplitude do PPM é reduzida, tornando-o mais difícil despolarizar. Manifestações: Ptose palpebral, diplopia, fraqueza da musculatura facial, dificuldade de mastigação e dispneia. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos - Miastenia Grave 4 Prof. Gustavo Camargos Tem incidência de aproximadamente 3 em 100.000 pessoas, pode se manifestar em qualquer idade e é mais comum em mulheres. Manifestações clínicas: fadiga e fraqueza oscilantes, que melhoram depois de um período de repouso e com a administração dos inibidores da acetilcolinesterase. Os músculos com unidades motoras pequenas, entre eles os músculos oculares e da face, são afetados mais comumente. Além disso, quando acometem os músculos respiratórios, tendem a gerar dispneia, podendo resultar em insuficiência respiratória. Natureza flutuante dos sintomas Crise miastênica Teste de Tensilon® (edofrônio) (86% sensibilidade) Teste do gelo (80 a 100% sensibilidade) Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos - Miastenia Grave 5 Prof. Gustavo Camargos Síndrome miastênica de Lambert-Eaton: doença autoimune das sinapses colinérgicas periféricas que acontece com casos de carcinoma de pequenas células do pulmão; Timona (tumor no timo). Incapacidade de secretar acetilcolina. O tratamento com inibidores da AChE (ex. neostigmina) impede a degradação da ACh e prolonga sua ação na placa motora do músculo, compensando parcialmente o número reduzido de receptores. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos - Miastenia Grave 6 Prof. Gustavo Camargos A miastenia gravis na gravidez pode provocar miastenia neonatal, caracterizada por fraqueza muscular no bebê, pois os anticorpos da mãe que circulam no sangue podem passar para o feto através da placenta. No entanto, apenas 20% dos recém-nascidos filhos de mães com miastenia grave na gestação apresentam a doença ao nascimento e, quando apresentam, ela tende a desaparecer alguns dias ou semanas após o nascimento porque os anticorpos maternos acabam por desaparecer e o recém-nascido não produz anticorpos deste tipo. Doença genética relativamente comum: 1/3500 homens. Está associada a degeneração progressiva das fibras musculares esqueléticas e cardíacas, enfraquecendo os músculos e, por fim, levando a morte por insuficiência respiratória ou cardíaca, geralmente em adultos jovens. À medida que o músculo sofre necrose, ocorre substituição das fibras musculares por gordura e tecido conjuntivo – fibrose progressiva (pseudo-hipertrofia). A fraqueza é insidiosa no início, mas, continuamente progressiva. Sinais e sintomas: Fraqueza muscular (quedas frequentes entre 2 e 3 anos); alterações posturais(ex.: escoliose); pseudo-hipertrofia da panturrilha; tosse fraca e ineficiente, redução da reserva respiratória e infecções respiratórias frequentes. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Distrofia muscular 7 Prof. Gustavo Camargos CK Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Distrofia muscular 8 Prof. Gustavo Camargos Alterações patológicas na musculatura esquelética na DMD Distrofia de Duchenne: distúrbio recessivo no cromossomo X, que codifica a distrofina. Distrofia de Becker: também ligada ao cromosso X, porém se manifesta no final da infância ou começo da adolescência e tem um curso de progressão mais lento. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Distrofia muscular 9 Prof. Gustavo Camargos Doença genética associada a uma mutação autossômica dominante de um gene localizado no cromossomo 19, que codifica os receptores de rianodina. Nesta situação são sensíveis a alguns anestésicos inalatórios como sevoflurano e a alguns bloqueadores como a succinilcolina. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Hipertemia Maligna 10 Prof. Gustavo Camargos Administração de anestésico Músculo esquelético Abertura de um grande número de receptores de rianodina Efluxo maciço de Ca++ do retículo sarcoplasmático Ativação de proteases dependentes de Ca++ Degradação da proteína muscular Dano do tecido muscular (rabdomiólise) hipercalemia Atividade das pontes cruzadas (rigidez muscular) Depleção de ATP; aumento na geração de CO2 (taquipneia), lactato e calor Acidose e hipertemia Doença de Parkinson O parkisonismo é uma síndrome clínica que se evidencia por rigidez, bradicinesia, tremor e instabilidade postural. A maioria dos casos é decorrente da doença de Parkinson, um distúrbio idiopático com prevalência em torno de 1 a 2 por 1.000. Há degeneração neurônios dopaminérgicos pigmentados da substância negra. Além disso, podem ser idenfificados corpos de inclusão citoplasmática eosinofílicos (corpos de Lewy). Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Neuromusculares 11 Prof. Gustavo Camargos Doença de Huntington Transtorno hereditário (herança autossômica dominante) progressivo que geralmente se torna sintomático na idade adulta. Se caracteriza por um transtorno de movimento (geralmente coreia), com demência e transtorno de personalidade e morte em por volta de 15 a 20 anos após seu aparecimento. A incidência da DH é de cerca de 1 em 20.000. O aparecimento da doença em geral ocorre entre 20 e 50 anos. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Neuromusculares 12 Prof. Gustavo Camargos Esclerose lateral amiotrófica - ELA Forma mais comum de patologia do neurônio motor, ainda com causa desconhecida. Neurodegenerativa de NMI e NMS (mistura de défictis) NMS: fraqueza muscular bilateral, espasticidade ou rigidez e controle motor fino prejudicado. NMI: fasciculações, fraqueza, atrofia muscular e hiporreflexia Ambos: déficit na deglutição (disfagia), mastigação, fala (disartria e difsonia), respiração e de tosse. Caibras musculares nas porções distais das pernas são, frequentemente, sintomas precoces Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Neuromusculares 13 Prof. Gustavo Camargos Afeta duas vezes mais pacientes masculinos, entre 50 a 60 anos Gene da superóxido dismutase 1 (SOD1) no cromossomo 21 Esclerose múltipla Doença neurológica crônica mais comum em adultos jovens. Caracterizada pela inflamação e destruição da maior parte da substância branca da mielina do SNC. A etiologia e a patogênese da EM são desconhecidas. Atualmente é vista como um distúrbio autoimunemediado influenciado por fatores hereditários e ambientais complexos. Sinais e Sintomas: Perturbações visuais (borramento visual, visão turva), paralisia, além de perturbações motoras (espasticidade e fraqueza, falta de coordenação) e sensoriais (parestesia, sensação de queimação) em todos os níveis do SNC, anormalidade da marcha, vertigem, fadiga e distúrbio de fala. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Neuromusculares 14 Prof. Gustavo Camargos Afeta duas vezes mais pacientes femininos, entre 15 e 50 anos Esclerose múltipla Corte no plano coronal mostra tons mais escuros das placas periventriculares irregulares, refletido perda de mielina. Placas: resposta inflamatória com monócitos e infiltrado de linfócitos perivasculares seguida pela formação de cicatrizes gliais (gliose) Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Neuromusculares 15 Prof. Gustavo Camargos Lesões medulares A transecção da medula espinal resulta em perda de toda a movimentos voluntários abaixo do nível da lesão C1-C3: não terá função abaixo do nível da cabeça; necessário um ventilador para manter a respiração; C4-C5/C6:haverá respiração, mas ficará quadriplégico (não haverá função dos membros superiores e inferiores); C6-C8: perda da função da mão e um grau variável de perda da função do membro superior. Poderá ser capaz de se autoalimentar ou impulsionar uma cadeira de rodas; T1-T9: ficará paraplégico (paralisia de ambos os membros inferiores). O grau de controle de tronco irá variar conforme a altura da lesão; T10-L1: terá alguma função dos músculos da coxa, o que poderá permitir-lhe caminhar com órteses longas da perna; L2-L3: preservará a maior parte da função muscular da perna, podendo ser necessário o uso de órteses curtas para caminhar. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Neuromusculares 16 Prof. Gustavo Camargos Lesões medulares Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – Neuromusculares 17 Prof. Gustavo Camargos Tetania hipocalcêmica Contração tetânica involuntária dos músculos esqueléticos, que ocorre quando a concentração de Ca++ diminui cerca de 40%. Excitação do Músculo Esquelético: Distúrbios musculoesqueléticos – desequilíbrio eletrolítico 18 Prof. Gustavo Camargos Esta baixa concentração aumenta a abertura de canais de Na+ nas membranas estáveis, levando a despolarização e ao disparo do potencial de ação. Fim! Até a Próxima aula! Prof. Gustavo Camargos 19
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