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Mariana Marques – T29 INSPEÇÃO O tórax é observado tanto com o paciente sentado como deitado e é dividida em dois tipos: • Estática: avalia-se o formato do tórax, a presença de cicatrizes, abaulamentos e suas anomalias congênitas ou adquiridas, localizadas ou difusas, simétricas ou não ▪ Tórax em tonel ou globoso: aumento exagerado do diâmetro anteroposterior, maior horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal, o que torna o tórax mais curto ▪ Tórax infundibuliforme (pectus excavatum): caracteriza-se por uma depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica (normalmente essa deformidade é de natureza congênita) ▪ Tórax cariniforme (pectus carinatum): o esterno é proeminente e as costelas horizontalizadas, resultando em um tórax que se assemelha ao das aves (tórax de pombo), essa anomalia pode ser de origem congênita ou adquirida (devido a raquitismo) • Dinâmica: observam-se os movimentos respiratórios, sua expansibilidade, suas características, simetrias e alterações PALPAÇÃO Expansibilidade: • Ápices (Manobra de Roualt): é pesquisada com ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares • Bases (Manobra de Lasegue): apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais Observação: Em ambas as manobras, o médico fica atrás do paciente em posição sentada, e este deve respirar profunda e pausadamente Frêmito Toracovocal: • Sensação vibratória percebida pela palma da mão do examinador quando o paciente emite um som • Corresponde às vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica • Deve-se fazer com que o paciente pronuncie palavras ricas em consoantes → "trinta e três” • Colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, comparando-se a intensidade das vibrações em regiões homólogas Locais para palpação: • Normalidade = as vibrações devem ser palpáveis PERCUSSÃO • Paciente deve estar sentado • Inicia-se na sua face posterior, de cima para baixo • Percute-se separadamente cada hemitórax • Em uma segunda etapa, percutir comparativa e simetricamente as várias regiões • O dedo médio da mão não dominante, com os dedos ligeiramente separados, deve apoiar-se suavemente sobre a parede corporal, e o dedo médio da mão dominante realiza a percussão • O movimento é feito pelo punho Semiologia do Aparelho Respiratório ...................... Mariana Marques – T29 AUSCUTA Sons normais: • Som traqueal: origina-se na passagem do ar através da fenda glótica e na própria traqueia • Som brônquico: corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno • Murmúrio vesicular (ou som vesicular): turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como dos bronquíolos para os alvéolos, e vice-versa Sons adventícios: • Sibilos: sons agudos (alta frequência) → se originam de vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, aparecendo na inspiração e na expiração → Em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica • Estertores: abertura abrupta das vias aéreas → São ruídos audíveis na inspiração ou na expiração, superpondo-se aos sons respiratórios normais → Podem ser finos ou grossos: ▪ Finos ou crepitantes: ocorrem do meio para o final da inspiração, são agudos, e de duração curta – vias aéreas de pequeno calibre. Produzidos pela abertura sequencial de vias respiratórias anteriormente fechadas devido à pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas ▪ Grossos, subcrepitante ou bolhosos: têm frequência menor e maior duração que os finos. Parecem ter origem na abertura e fechamento de vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. São comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias, vias aéreas de grande calibre • Roncos: sons graves (baixa frequência); → Originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento destes ductos → Aparecem na inspiração como na expiração (predominantes) → São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período Padrão em escada para percussão e ausculta: DESCRIÇÃO DE UM EXAME FÍSICO DE APARELHO RESPIRATÓRIO NORMAL Tórax atípico, sem retrações, abaulamentos ou cicatrizes Expansibilidade preservada, simétrica com frêmitos tóraco- vocais presentes Percussão com som claro pulmonar bilateralmente Murmúrios vesiculares + bilateralmente sem ruídos adventícios
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