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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE TRABALHO DE FÍSICA B Força de Lorentz Curso: 142 - Licenciatura em Física Turma: N1 Turno: Noturno Data: 06/10/2000 Professor: Marcelo Andrade Macedo Equipe: ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Introdução A força de Lorentz é também chamada de força magnética, ela surge quando uma carga elétrica se move através de um campo magnético. Objetivo 1. Estudar o movimento de cargas elétricas em campos magnéticos uniformes. 2. Obter a relação e/m para o elétron. Material utilizado Tubo especial com unidade de produção e aceleração de feixes de elétrons Amperímetro para a faixa 1mA – 3A dc Bobinas de Helmholtz Fontes de tensão Voltímetro para a faixa de até 300V Cabos diversos Procedimento experimental 1. Qual é a grandeza mensurável e controlável neste arranjo experimental que permite variar a velocidade dos elétrons? Por que? Qual é a grandeza que permite mudar o valor do campo B ? Por que? Qual é a direção e o sentido de B no centro das duas bobinas? • A tensão de aceleração do feixe de elétrons, porque o ganho de energia cinética dos elétrons é dado por 2 2 1 mveV = , a velocidade é diretamente proporcional a tensão. • A corrente nas bobinas, porque o campo magnético é diretamente proporcional a corrente. • Direção horizontal passando pelo eixo das bobinas e o sentido do campo depende do sentido da corrente, por exemplo, se a corrente for no sentido horário o campo tem o sentido para dentro da folha, e a corrente no sentido anti-horário o campo está saindo da folha. 2. Ligue as fontes de tensão. Forneça uma corrente de cerca de 1,4A às bobinas e uma certa tensão à unidade aceleradora dos elétrons (cerca de 100V serão o suficiente por enquanto!). A trajetória resultante dos elétrons é representada por uma linha iluminada e curva. Caso você não observe esta linha, tente explicar por que. 3. Experimente girar levemente o tubo em relação ao seu eixo longitudinal e observe o que ocorre com a trajetória dos elétrons. Procure explicar, com base nos seus conhecimentos sobre magnetismo, os efeitos observados. • Quando o tubo é girado em relação ao eixo longitudinal, o ângulo formado entre a velocidade do elétron e o campo magnético da bobina é alterado fazendo com que a trajetória dos elétrons torne-se espiralada. 4. Mantendo a tensão constante, varie a corrente nas bobinas e explique o observado. Cuidado para não ultrapassar o valor máximo de 3A nas bobinas!. • Quando aumentamos a corrente nas bobinas estamos aumentando a intensidade do campo magnético, isso faz com que o raio da trajetória dos elétrons diminua e vice-versa. 5. Mantendo a corrente fixa (em torno de 1,4A), varie a tensão e explique o fenômeno observado. • Quando aumentamos a tensão estamos aumentando a velocidade dos elétrons portanto aumentando o raio da trajetória deles. 6. Fixe a tensão de aceleração de 60V e determine o valor da corrente para que o centro da trajetória coincida com o primeiro traço luminoso, correspondendo a uma circunferência de raio 0,02m. Repita o mesmo procedimento para os demais traços e anote os dados obtidos na 1ª linha da tabela 1. 7. Repita o procedimento do item 6 para valores de tensão de 20 em 20 volts até atingir 240V. Anote os dados na tabela 1. r =0,02m r =0,03m r =0,04m r =0,05m U (volts) I (A) e/m I (A) e/m I (A) e/m I (A) e/m 60 2,76 0,82 1,70 0,96 1,24 1,02 0,95 1,11 80 2,93 0,97 2,00 0,93 1,43 1,02 1,12 1,06 100 - 2,12 1,03 1,59 1,03 1,23 1,10 120 - 2,25 1,10 1,67 1,12 1,32 1,15 140 - 2,45 1,08 1,80 1,13 1,42 1,16 160 - 2,52 1,17 1,87 1,19 1,49 1,20 180 - 2,70 1,14 1,98 1,20 1,57 1,22 200 - 2,78 1,20 2,06 1,23 1,60 1,30 220 - 2,94 1,18 2,12 1,28 1,69 1,28 240 - - - 2,19 - 1,75 1,31 Tabela 1 Obs. Incerteza do amperímetro = 0,03A Incerteza do voltímetro = 2,5V Unidade de e/m = 1011 C/kg Resultados e Discussão 1. Utilizando as equações ( ) 22 23 2 2 4 5 n RKe Ir UK m e oµ == , onde n é o número de voltas e R é o raio das bobinas, calcule o valor de e/m, levando em conta que n = 154 e R = 0,2m. Complete a tabela 1. Escolha alguns valores e calcule a incerteza através de propagação de erros. • O cálculo da incerteza de e/m é dado por: ( ) 2 32 2 23 2 2/ 22 − + − + = rIUme rI KU rI KU Ir K σσσσ 2. Utilizando os dados da tabela 1, calcule o valor médio de e/m com sua respectiva incerteza. Escolha entre a incerteza obtida por propagação e o desvio padrão, de acordo com os critérios já discutidos. • Valor médio de e/m = 1,12 x 1011 3. Levando em conta que a massa do elétron é 9,109 x 10-31 kg, calcule o valor da sua carga (e), e compare com o valor tabelado (e = 1,6021 x 10-19 C). Não esqueça de levar em conta as incertezas. • e = 1,02 x 10-19 C Conclusão A experiência nos mostrou que a força magnética (ou força de Lorentz) sobre uma carga elétrica depende da velocidade da carga e do campo magnético. Bibliografia Alonso Finn, Física Caderno de experiências, laboratório de física II UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE TRABALHO DE FÍSICA B Força de Lorentz Curso: Turma: Marcelo Andrade Macedo
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