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Trabalho IED escrito DIREITO DE FAMÍLIA MODERNO _(1_)

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Trabalho
 
Trabalho: Família moderna 
 Professora: Vanessa
 Alunos R.A
 Leonardo Notari 88721 
 Rafael Pinto 90062
 Yam Pagliarini 77490
 Gustavo Brait 90727
 Leonardo Sawaya 90190
 Victor Cardoso 88706
 Luiz Fernando 25251
 Rodrigo Tavora 10328
 Vinicius Alexandre 88611 
Universidade de Sorocaba Uniso 2016
Índice
1. Introdução.
2. Casamento Monogamico.
3. União estável.
4. Família monoparental. 
5. União homoafetiva. 
6. Família anaparental. 
7. Família Eudemonista. 
8. Conclusão.
9. Bibliografia 
1. Introdução:
DEFINIÇÃO FAMÍLIA:
A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação 
dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social.
 
CONCEITO FAMÍLIA:
“De longe vemos uma grande evolução na família, pois a família, em síntese 
constitui a célula mater da sociedade” segundo nosso saudoso Rui Barbosa. 
Nos últimos 100 anos houve uma grande evolução deste conceito no Brasil. 
Universidade de Sorocaba Uniso 2016
Embora tenha havido serias mudanças nesta definição de conceito de família, 
ele ainda continua com seu principal fundamento preservado, ou seja, ser o 
núcleo fundamental da sociedade.
Ao longo dessa grande evolução no conceito de família, que antes era apenas 
heteroafetiva, entre homens e mulheres, e agora pode ser homoafetivo, a 
mulher ganha espaço e direitos no sentido igualitário desses direitos; Grande 
parte dessa mudança veio em consequência da saída da mulher para o 
mercado de trabalho o que reverte o quadro geral. A mulher quase sempre ficou 
com as tarefas domesticas enquanto, os homens saiam para caçar na 
antiguidade e trabalhar nos dias de hoje. Já a mulher ficou com a parte mais 
árdua da relação cuidar da casa e de suas proles. Com a saída da mulher para 
o mercado de trabalho e a aquisição de direito os quadro de tarefas e 
respectivas “responsabilidades, mudaram (a mulher agora pode votar e sua 
vontade tem valor igualitário comparado com os dos homens)”. Assim podemos 
dizer que grande parte da evolução veio por meio das mulheres na luta pela 
igualdade social.
Fundamentalmente esse fato tornasse um divisor de águas, caracterizando a 
família em dois conceitos, ou seja:
Conceito família Antiga; Conceito da família moderna, sendo este segundo 
conceito, o que iremos nos aprofundar melhor.
Conceito da família moderna: Modernamente, o grupo familiar se reduz 
numericamente, em função da necessidade econômica ou a simples 
conveniência que leva a mulher a exercer atividades fora do lar, problemas 
habitacionais e de espaço, e atrações frequentes exercem nos filhos maior 
fascínio do que as reuniões e os jogos domésticos passados.
Nesse conceito propriamente dito moderno, a família pode se caracterizar, por 
três vínculos, estes, que podem coexistir ou existir separadamente; vínculos de 
sangue, vínculos de direito e vínculos de afetividade. A partir dos vínculos de 
família é que se compõem os diversos grupos que a integram: grupo conjugal, 
grupo parental (pais e filhos), grupos secundários (outros parentes e afins).
Assim, para o Direito, família consiste na organização social formada a partir de 
laços sanguíneos, jurídicos ou afetivos, ou seja, o Direito por meio de nossa 
constituinte garante e prevê alguns princípios Constitucionais, que darão um 
norte; um sentido; uma direção e, sobretudo uma proteção a esse Direito de 
Família “Moderno”, diferindo substancialmente de suas constituintes anteriores. 
Sendo os Princípios abaixo descritos:
• Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana - (artigo 1º, inciso III, 
da Constituição Federal).
Universidade de Sorocaba Uniso 2016
• Princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e companheiros (artigo 226, 
§ 5º, da Constituição Federal de 1988).
• Princípio da igualdade jurídica de todos os filhos (artigo 227, § 6º, e 
repetido no Código Civil de 2002, nos artigos 1.596 a 1.629).
• Princípio da paternidade responsável e planejamento familiar (O artigo 
226, § 7º, da Constituição Federal).
• Princípio do pluralismo familiar ou da liberdade de constituição de uma 
comunhão de vida familiar (artigo 226 Constituição Federal de 1988).
Conceito família Antiga: A família do Código Civil de 1916 era uma família 
transpessoal, hierarquizada e patriarcal. Nesta senda, houve a incorporação de 
princípios morais, particularmente no direito de família, dando-lhes conteúdo 
jurídico.
CONCEITO ATUAL:
Em resumo, a família moderna hoje tem várias leituras, maneiras, tipos e sem 
dúvida já não é algo único, mas também a velocidade da época atual faz com 
que essas transformações sejam mais diferentes e dinâmicas. Mas, ainda 
continuam cumprindo um papel importante quanto a ser um núcleo fundamental 
da sociedade. Isto é, a família continuará sendo um reflexo da sociedade 
existente.
2. Casamento Monogâmico:
Regime ou costume em que é imposto ao homem ou à mulher ter apenas um 
cônjuge, enquanto se mantiver vigente o seu casamento.
Tanto o dever de fidelidade presente no matrimônio, exigido de forma expressa 
no art. 1.566 do Código Civil, inciso I, quanto o dever de lealdade da união 
estável, disciplinado no art. 1.724 do mesmo diploma legal, possuem ligação 
direta com o princípio da monogamia.
Diferente de alguns povos que admitem a poligamia, nossa sociedade pauta-se 
pela singularidade das relações, que não permite a existência simultânea de 
dois ou mais vínculos afetivos ao mesmo tempo.
Da ótica social, a monogamia está edificada na ideia da importância da família, 
da sua manutenção como entidade íntegra e harmoniosa, ou seja, como núcleo 
da sociedade.
Monteiro, citando Clóvis, destaca que nos países em que domina a civilização 
cristã, a monogamia é o modo de união conjugal mais puro, em harmonia com 
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os fins culturais da sociedade, sendo a forma mais apropriada para a 
conservação individual, tanto para os cônjuges como para a prole. Desta forma, 
a monogamia é considerada a forma natural de aproximação sexual da raça 
humana. 
Já para Engels, a monogamia foi à primeira forma de constituição familiar que 
não se baseou em condições naturais, mas sim em econômicas.
No âmbito religioso, a monogamia constituída pelo matrimônio foi considerada a 
forma legítima e sagrada de formar uma família aos olhos de Deus, inserida em 
uma comunidade cristã. A Bíblia, em inúmeras passagens valoriza a monogamia 
como a forma de relação familiar, no Livro de Gênesis 2.22, em que Deus cria 
apenas uma mulher, Eva, para o homem, Adão.
No livro de Deuteronômio 17.17, em que Moisés ordena ao homem que não 
multiplique mulheres para si; e na primeira carta de Paulo aos Coríntios 7.2, 
enfatizando que cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio 
marido. 
A legislação brasileira, influenciada por valores religiosos instituiu o casamento 
monogâmico, como a única forma de entidade familiar.
Por último, o princípio é revestido de natureza jurídica, dotado de 
obrigatoriedade e sob pena de sanção.
O descumprimentodo dever de fidelidade poderia dar causa a separação 
judicial litigiosa, conforme o art. 1.573, do Código Civil, nos incisos I e IV, 
referentes ao adultério e conduta desonrosa respectivamente. Podendo 
caracterizar conduta desonrosa o namoro do cônjuge com estranhos, e o 
adultério como voluntariedade de ação e consumação da cópula carnal.
Ademais, cumpre ressaltar que o adultério, por muitos anos foi inserido em 
nosso sistema punitivo como delito, estando presente no Código Penal de 1830, 
regulado nos arts. 250, 251, 252, 253, no Capítulo III "Dos crimes contra a 
segurança do estado civil e doméstico", nos arts. 279, 280 e 281, do Decreto n. 
847 de 1890, no Titulo VIII “Dos crimes contra a segurança da honra e 
honestidade das famílias e do ultraje público ao pudor”, e no art. 240 do Código 
Penal de 1940, no Titulo VII “Dos crimes contra a família”, Capitulo I “Dos crimes 
contra o casamento”. Só sendo expurgado do Código Penal no ano de 2005, 
com a Lei nº 11.106.
Segundo o Dicionário Houaiss lealdade remete aos princípios e regras que 
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norteiam a honra e a probidade; é a fidelidade aos compromissos assumidos 
daquele que é correto, franco e honesto. A doutrina tem entendido fidelidade e 
lealdade como sinônimas.
Rodrigo Cunha Pereira aponta que a fidelidade é um dos requisitos da união 
estável.
Desta forma, nosso sistema jurídico se pauta pelo princípio da monogamia para 
formação da família, absorvido pela legislação civil que regula o instituto do 
matrimônio e da união estável.
Art. 1.511 CCB. O casamento estabelece comunhão plena de vida, 
com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. 
Art. 1.565 CCB. Pelo casamento, homem e mulher assumem 
mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos 
encargos da família.
3. União estável:
Muitas pessoas acham que a união estável passa a existir a partir do momento 
da coabitação, isto é, da convivência sob o mesmo teto. Na verdade, ela nasce 
a partir da satisfação de requisitos dispostos pela legislação.
Assim, a união estável é a relação afetiva entre duas pessoas, de caráter 
duradouro, público e com o objetivo de constituir família, a qual é regida pela lei 
9.278/1996. Atualmente, é notável o aumento de casais que adotam esse tipo 
de vínculo familiar, tanto pela facilidade, pela praticidade e informalidade.
Em virtude disso, não foi diferente o comportamento do legislador constitucional 
na redação do § 3º do artigo 226, ao reconhecer a união estável como uma 
entidade familiar, já que a Constituição eleva a família como base da sociedade 
e, portanto, goza da proteção do Estado.
Diz a Constituição de 1988:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 3º – Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável 
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entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento.
Apesar de o texto constitucional restringir que família somente existe entre 
homem e mulher, atualmente é reconhecida a união estável homoafetiva de 
caráter familiar, onde já é possível a sua devida formalização através da 
declaração ou pelo casamento civil.
Na união estável a relação de convivência entre dois cidadãos é duradoura e 
estabelecida com o objetivo de constituição familiar.
O Novo Código Civil não menciona o prazo mínimo de duração da convivência 
para que se atribua a condição de união estável.
Não é necessário que morem juntos, isto é, podem até ter domicílios diversos, 
mas será considerada união estável, desde que existam elementos que o 
provem, como por exemplo, a existência de filhos.
Na união estável prevalece o regime da comunhão parcial de bens, mas pode 
haver um contrato entre as partes sobre os bens dos companheiros com a 
mesma flexibilidade admitida no pacto ante-nupcial.
4. Família monoparental:
DEFINIÇÃO:
Ocorre quando apenas um dos pais de uma criança arca com todas as 
responsabilidades de criar, educar um filho.
As famílias monoparentais podem ser aquelas constituídas por pais viúvos, pais 
solteiros que criam seus próprios filhos ou filhos adotados, mulheres que 
utilizam de técnicas de inseminação artificial e por fim, pais separados ou 
divorciados.
CONCEITO:
Essa modalidade dentro do direito de Família moderno está previsto em no (Art. 
226, § 4 da Constituição Federal de 88), ou seja, visando garantir nos termos, 
um valor significativo para a sociedade e para os indivíduos, sendo esse valor, a 
real importância de um núcleo familiar, ainda que, sobretudo, esse núcleo não 
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seja o que conhecemos como tradicional (filho criado por pai e mãe), o que até 
então era conhecido como tradicional, está sofrendo alterações, variações 
devido a permanentes processos de alterações econômicas, sociais e culturais, 
fazendo emergir novas tendências familiares, que paulatinamente influenciam 
nas transformações dos costumes e dos padrões tradicionais.
REFLEXÃO:
Ser Pai e ser Mãe é uma experiência transcendental, que vai além do fato 
biológico natural, ou seja, esse fator biológico é suprimido, adquirindo o estatuto 
de uma experiência psicológica, social, pois, essas experiências dizem respeito, 
a experiência de ter filhos, de criar, e educá-los, não sendo privilégio exclusivo 
de uma concepção tradicional de família, as quais ainda validaram como modelo 
e enfatizada por alguns dogmas religiosos.
5. União homoafetiva:
A união homoafetiva permite duas pessoas do mesmo sexo a se unirem, 
formando verdadeiras entidades familiares, é sociedade de afeto, onde os 
casais têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira estabelece 
para os casais heterossexuais, o Supremo Tribunal aprovou o reconhecimento 
da união homoafetiva, tornando automáticos os direitos que hoje são obtidos 
com dificuldades perante a justiça.
A palavra homoafetiva surgiu para apresentar uma visão diferente do que muitos 
pensam, ela veio para mostrar que o afeto é o fator principal em questões 
familiares. Embora muitos ainda insistam no preconceito, a homossexualidade é 
uma questão que não pode ser ignorada e o direito deve existir até porque a 
relação entre pessoas deve ser vista como afetividade e não apenas como fator 
sexual.
O reconhecimento desses direitos dá respostas a um grupo de pessoas que 
foram durante muito tempo humilhados e ignorados, com dignidade ofendida e 
liberdade oprimida. Com a decisão do Supremo os homossexuais e seus direitos 
tornam-se reconhecidos podendo receber pensão alimentícia, acesso a herança 
de seu companheiro em caso de morte, podendo ser incluídos como 
dependentes em planos de saúde, adotar crianças e colocar seus sobrenomes, 
passando a ter a mesma proteção do estado.
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A união homoafetiva foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal através da 
ADPF 132, recebida como ação direta de inconstitucionalidade, cujo 
julgamento, com eficácia erga omnes e efeito vinculante, consistiu em dar uma 
interpretação conforme a Constituição ao artigo 1723 do Código Civil, no sentido 
de riscar as expressões “homem” e “mulher” do referido dispositivo por serem 
discriminatórias, o que possibilitou sua aplicação ao instituto da união 
homoafetiva.
O artigo 1723 do Código Civil dispõe que: É reconhecida como entidade familiar 
a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de 
família. Logo, retirando-se as expressões homem e mulher do dispositivo,o 
instituto da união estável passa a ser aplicado à união homoafetiva com todas 
as suas disposições, ou seja, sem restrições, inclusive a possibilidade de sua 
conversão em casamento, estando os demais órgãos do Poder Judiciários 
vinculados a esta decisão.
 Os homossexuais se vêem em situação de desigualdade criada pela norma 
constitucional que se furtou ao reconhecimento da relação homoafetiva como 
entidade familiar, em tom meramente discriminatório e aniquilador do direito de 
indivíduos que se encontram em situação de igualdade formal garantida, em 
outras linhas, pela própria Constituição Federal, já que “Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.
Porém, o Poder Judiciário não pode legislar descaracterizando institutos 
preexistentes e disciplinados pela Constituição Federal, como a união estável 
entre homem e mulher, em virtude do reconhecimento de novas entidades 
familiares, mudando o sentido da norma infraconstitucional civil e, pior, 
afrontando a intenção do legislador constituinte, pois, tratando a união 
homoafetiva como se fosse união estável entre homem e mulher, o STF está 
distorcendo o comando constitucional do artigo 226 § 3º para, forçosamente, 
atribuir direitos a uma classe pela ausência de regulamentação formal sem 
observar a técnica e os limites constitucionais.
A partir de uma análise do corpo da Constituição, verifica-se que o propósito da 
Constituição Federal é eminentemente cristão, tanto é que foi promulgada “sob a 
proteção de Deus”, como consta em seu preâmbulo, apesar de o Brasil se 
intitular um país leigo, laico ou não confessional nos moldes do artigo 19, inciso I 
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da CF, daí porque, embora o STF possa efetivar o reconhecimento da união 
homoafetiva como entidade familiar, sua inclusão no instituto da união estável 
somente pode decorrer de emenda à Constituição, sob pena de afronta à 
cláusula pétrea que se refere à separação dos poderes insculpida no artigo 60, 
§ 4º, inciso III da CF. 
6. Família anaparental:
Podemos observar na contemporaneidade o fenômeno do crescente 
aparecimento de arranjos familiares que não se fundam no modelo 
tradicional de família biológica, de configuração heterossexual, monogâmica, 
hierárquica e nuclear. Com isso, nos deparamos com a necessidade de se 
construir conhecimento acerca das novas formas de se relacionar e vivenciar 
a parentalidade atual.
O processo de construção de uma família mais igualitária e flexível, no Brasil, 
começa em torno das décadas de 60 e 70 com mudanças de âmbito social, 
cultural e econômico. Como resultado de movimentos sociais, especialmente 
o feminismo, a mulher passou a ter maior reconhecimento e independência 
social, pela entrada no mercado de trabalho e a possibilidade de competir 
neste, o que gerou transformações nas relações no interior da família. O 
surgimento da pílula anticoncepcional e o advento do divórcio também 
contribuíram nessa mudança de cenário doméstico. Já nos anos 80 tem 
início o processo que compreende um ideal igualitário e a tendência das 
famílias em adotar valores, discursos e práticas educativas mais 
democráticas, com a diminuição do aspecto autoritário e valorização da 
afetividade como alternativa ao modelo tradicional, existente até então.
Dentre os arranjos familiares não consagrados expressamente na 
Constituição Federal Brasileira, se encontra aquilo que pode se chamar de 
família anaparental, é um formato familiar que é capaz de adquirir as mais 
diversas configurações. A convivência longa e duradoura entre dois irmãos 
que foram abandonados pelos pais ou que estes faleceram, ou até mesmo 
duas amigas idosas que decidem viver o resto das suas vidas juntas, 
compartilhando suas aposentadorias, são exemplos de família anaparental.
De fato, deve-se admitir que essa fosse uma espécie familiar bem diferente 
da concepção clássica de família e, obviamente, seria praticamente 
Universidade de Sorocaba Uniso 2016
impossível conceber a sua existência jurídica antes da Constituição de 1988, 
no intuito de gerar os mesmos efeitos civis de uma família oriunda de um 
casamento.
A família anaparental, portanto, é um conceito amplo, que engloba uma 
variada gama de configurações familiares, não restritas a laços familiares ou 
sanguíneos, apesar de também poder abarcar estes, valorizando a formação 
de vínculo sócio-afetivo, estabilidade, tempo de convivência, existência de 
uma estrutura que distribui papéis e funções, assim como em uma família 
tradicional. 
7. Família Eudemonista:
A família eudemonista é um conceito moderno que se refere à família que busca 
a realização plena de seus membros, caracterizando-se pela comunhão de afeto 
recíproco, a consideração e o respeito mútuos entre os membros que a compõe, 
independente do vínculo biológico. Tal conceito se relaciona com o caráter 
instrumental da família, que na concepção atual deixa de ser um fim em si 
mesmo passando a ser um instrumento da felicidade individual e emancipação 
de seus integrantes. Por se tratar de um instrumento, não é a família em si que 
merece proteção estatal, e sim cada um de seus membros:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos 
que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações.
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8. Conclusão:
Portanto podemos concluir, que desde a idade média até os dias atuais as 
nossas leis foram mudando com as nossas sociedades. Diante de toda essa 
evolução surgiram vários tipos de famílias como: anaparental, monoparental, 
eudemonista e etc. Nos dias atuais já são permitidos casais do mesmo sexo, 
onde antigamente isso era inaceitável, e também já temos a união estável, onde 
só é comprovado a sua união pela existência de filhos, no qual muitas vezes os 
casais nem moram juntos.
As leis e a sociedade dependem muito também do sujeito individual e de suas 
formações institucionais (1° e 2° formação instituc ional), da criação de sua 
personalidade, desde influências familiares, quanto à de grupos de amigos, pois 
diante disso ele e seu meio que irão realizar essas evoluções na sociedade que 
tendem a andar em conjunto com as leis.
Outrora essas mudanças ocorreram também, devido o nosso país ser “liberal”, 
um pais democrático e laico, onde facilita muitas mudanças em nosso meio e 
assim em nossas leis.
9. Bibliografia:
• http://guiadocumentos.com.br/uniao-estavel-nunca-foi-tao-facil-entender-
o-tema/
• https://www.casamentocivil.com.br/uniao-estavel/o-que-e-uniao-estavel
• http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-monogamia-e-seus-reflexos-
no-direito-de-familia,39706.html
Universidade de Sorocaba Uniso 2016
• http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7559
• http://www.estudodirecionado.com/2011/08/familia-eudemonista.html
• https://jus.com.br/artigos/23739/analise-da-familia-monoparental-como-
entidade-familiar-apos-o-advento-da-constituicao-federal-de-1988
• https://jus.com.br/artigos/39874/a-uniao-homoafetiva-e-sua-
regulamentacao-no-brasil
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