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Aposentadoria Especial

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Professor Moisés Moreira
Material, aulas e orientações gratuitas para concursos. Para contatos, dúvidas e sugestões: moises.omoreira@gmail.com
Aposentadoria Especial
	Noções iniciais
Aposentadoria especial é o benefício previdenciário devido aos segurados que, cumprindo a carência necessária, exercerem atividade em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física por 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
A adoção de requisitos e critérios diferenciados para esse benefício é autorizada pelo art. 201, §1, da Constituição Federal. Além disso, não se exige idade mínima e o período de exposição aos agentes nocivos é o mesmo para homens e mulheres.
A concessão da aposentadoria especial dependerá da comprovação do tempo de trabalho permanente, não ocasional e nem intermitente e da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.
	Memorize!
Para a aposentadoria especial, é preciso comprovar: a) tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; b) exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.
	Cuidado!
Quando se diz “trabalho permanente, não ocasional nem intermitente” significa, conforme consta do art. 65 do Decreto 3.048/99, que trabalho permanente é aquele exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.
Também são considerados como períodos de trabalho sob condições especiais, os períodos de descanso determinados pela lei trabalhista, inclusive férias, os afastamentos decorrentes de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez acidentários, assim como os casos de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado exercesse atividade especial. 
Porém, de acordo com o parágrafo único do art. 291 da IN 77/2015, os períodos de afastamento decorrentes de gozo de benefício por incapacidade de espécie não acidentária não serão considerados como sendo de trabalho sob condições especiais.
Constituem condições especiais que prejudicam a saúde e a integridade física aquelas em que a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos conforme critérios quantitativos ou esteja caracterizada segundo critérios de avaliação qualitativa.
Em outras palavras, o agente nocivo poderá ser avaliado de forma quantitativa ou qualitativa. Assim, existem situações em que a nocividade é presumida e independe de mensuração, sendo suficiente a presença no ambiente de trabalhado, a exemplo dos agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos (critério qualitativo). Na maioria dos casos, porém, a nocividade é marcada pela superação dos limites de tolerância estabelecidos, a exemplo da poeira e vibrações (critério quantitativo).
	Cuidado!
O segurado deve comprovar, além do tempo de trabalho, a exposição aos agentes nocivos ou associação de agentes prejudiciais presentes no ambiente de trabalho. Atualmente, o fato de pertencer a determinada categoria profissional não suficiente para garantir o direito ao benefício de aposentadoria especial.
	Beneficiários
Fazem jus à aposentadoria especial os segurados empregados, avulsos e contribuinte individuais filiados à cooperativa de produção ou de trabalho.
Para a TNU, todavia, o segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física (Súmula 62).
	Carência
De acordo com o art. 25, II, da Lei 8.213/91, essa aposentadoria exige carência de 180 contribuições mensais. Para os segurados que ingressaram no RPGS até 24/07/91, deverá ser observada, porém, a tabela de transição prevista no art. 142 da citada Lei.
A Lei 10.666/2003, em seu art. 3º, estabelece que a perda da qualidade de segurado não será considerada para essa espécie de aposentadoria.
	Comprovação da atividade
Conforme mencionado, deverá ficar comprovada a exposição permanente, não ocasional e intermitente, ao agente nocivo. Todavia, para os períodos anteriores à Lei 9.032, de 28 de abril de 1995, não se exigia a exposição permanente. O enquadramento era feito por categoria profissional. Por exemplo, dentistas, médicos, telefonistas, todos possuem direito ao denominado “enquadramento administrativo” até 28/04/95, bastando a comprovação do exercício da profissão.
	Atenção!
Até 1995 era permitido o enquadramento da atividade especial de acordo com a categoria profissional. Atualmente, deve-se comprovar a efetiva exposição ao agente nocivo ou associação de agentes prejudiciais no ambiente de trabalho.
A comprovação da exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho emitido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho.
Desde janeiro de 2004, o INSS adotou como formulário o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, o qual deverá conter, dentre outros, registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos correspondentes.
Conforme previsto no ar. 68 do Decreto 3.048/99, no laudo técnico, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, bem como de sua eficácia. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho ou que emitir documento de comprovação em desacordo como o respectivo laudo estará sujeito às penalidades previstas na legislação.
A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador, contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável.
	Renda Mensal Inicial
A RMI é de 100% do salário de benefício. Não há incidência do fator previdenciário. O salário de benefício consiste na média aritmética simples correspondente a 80% de todo o período contributivo. Para os segurados filiados anteriormente à publicação da Lei 9.876/99, somente serão computados os salários de contribuição referentes às competências de julho de 1994 em diante.
	Data de início do benefício
Para sabermos o dia do início da aposentadoria, precisamos separar a categoria do segurado empregado das demais categorias.
Assim, para o empregado, a aposentadoria será devida da data do desligamento da empresa desde que requerida dentro de 90 dias. Caso esse limite seja ultrapassado ou se não houver desligamento, a aposentadoria será devida da data de entrada do requerimento – DER.
Para os demais segurados, a aposentadoria será devida a partir da DER.
	Cessação do benefício
O segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos constantes do Anexo IV do RPS, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado.
	Memorize!
O beneficiário da aposentadoria especial não poderá permanecer ou retornar a atividade especial, sob pena de cessação do benefício. Todavia, poderá trabalhar, inclusive na mesma empresa, desde que em outras atividades.
	Observações
Para fins de concessão de aposentadoria especial somente serão considerados os períodos de atividade especial, sendo vedada a conversãode tempo comum em especial. Pode haver, contudo, conversão entre atividades especiais e entre estas e as comuns.
Conversão do tempo de atividade especial para outra atividade especial 
Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados, após a conversão do tempo relativo às atividades não preponderantes, cabendo, dessa forma, a concessão da aposentadoria especial com o tempo exigido para a atividade preponderante não convertida.
	Tempo a converter
	Multiplicadores
	
	Para 15
	Para 20
	Para 25
	De 15 anos
	-
	1.33
	1,67
	De 20 anos
	0,75
	-
	1,25
	De 25 anos
	0,60
	0,80
	-
Para a maioria das atividades especiais, o tempo previsto para aposentadoria é de 25 anos (Ex: ruído, poeira, gases, bactérias). Convém, portanto, guardamos os casos de aposentadoria especial aos quinze e aos vinte anos, pois são de fácil memorização:
a) quinze anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos; ou
b) vinte anos: trabalhos com exposição ao agente químico asbestos (amianto); ou trabalhos em mineração subterrânea, afastados das frentes de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos.
Conversão do tempo de atividade especial para outra atividade comum
	Tempo a converter
	Multiplicadores
	
	Mulher (Para 30)
	Homem (Para 35)
	De 15 anos
	2,00
	2,33
	De 20 anos
	1,50
	1,75
	De 25 anos
	1,20
	1,40
Os fatores de conversão para homens e mulheres são diferentes. Isso decorre do fato de que a conversão tratada na tabela acima é para fins de aposentadoria por tempo de contribuição e, conforme estudamos, tal aposentadoria exige 30 anos para as mulheres e 35 anos para os homens.
Rol de agentes nocivos
Para a previdência social, o rol dos agentes nocivos é exaustivo, ou seja, não poderão ser acrescentados outros. Porém as atividades listadas são exemplificativas, ou seja, podem ser incluídas outras atividades. Isso significa que somente aqueles agentes listados no Anexo IV do Decreto é que podem ser considerados para fins de aposentadoria especial (Ex: ruído, poeira); todavia as atividades consistem em meros exemplos e outras podem ser consideradas.
O STJ entende de modo diferente. Para essa Corte, também o rol de agentes nocivos listados no Anexo IV do RPS é exemplificativo. 
No tocante ao fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI), o STJ afirmou que o fato de a empresa fornecê-lo não afasta, por si só, o direito a contagem do tempo como atividade especial, sendo cabível a análise caso a caso. Ou seja, é preciso analisar o caso concreto, para verificar se houve de fato a proteção em relação aos agentes nocivos.
Para o STF, quanto ao agente nocivo ruído, o entendimento é de que o uso do EPI não descaracterizará o tempo especial prestado, porquanto não há comprovação científica da eficácia do equipamento nessa situação (É o mesmo entendimento da TNU – Súmula 09).
Decreto 3.048/99
Subseção IV
Da Aposentadoria Especial
        Art. 64.  A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
§ 1o  A concessão da aposentadoria especial prevista neste artigo dependerá da comprovação, durante o período mínimo fixado no caput: (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
I - do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e  (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
II - da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.   (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 2o  Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas nas quais a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa dispostos no § 2º do art. 68.  (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
Art. 65.  Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
Parágrafo único.  Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de que trata o art. 68.  (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
        Art. 66.  Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos de exercício serão somados após conversão, devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 1o  Para fins do disposto no caput, não serão considerados os períodos em que a atividade exercida não estava sujeita a condições especiais, observado, nesse caso, o disposto no art. 70. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 2o  A conversão de que trata o caput será feita segundo a tabela abaixo: (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
	Tempo a converter
	Multiplicadores
	
	Para 15
	Para 20
	Para 25
	De 15 anos
	-
	1.33
	1,67
	De 20 anos
	0,75
	-
	1,25
	De 25 anos
	0,60
	0,80
	-
        Art. 67.  A renda mensal inicial da aposentadoria especial será equivalente a cem por cento do salário de benefício, observado, quanto à data de início do benefício, o disposto na legislação previdenciária.  (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
        Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV.
        § 1º As dúvidas sobre o enquadramento dos agentes de que trata o caput, para efeito do disposto nesta Subseção, serão resolvidas peloMinistério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.
§ 2o  A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante descrição:    (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada;   (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e   (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato. (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 3o  A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalhoou engenheiro de segurança do trabalho. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 4o  A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a ser apurada na forma dos §§ 2o e 3o, de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 5o  No laudo técnico referido no § 3o, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos procedimentos estabelecidos pelo INSS. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 6o  A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na legislação. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 7o  O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria especial, podendo, se necessário, confirmar as informações contidas nos documentos mencionados nos § 2o e 3o. 
§ 8o  A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador, contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 9o  Considera-se perfil profissiográfico, para os efeitos do § 8o, o documento com o histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 10.  O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfil profissiográfico, podendo inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de Estado da Previdência Social. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 11.  A cooperativa de trabalho e a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão de obra atenderão ao disposto nos §§ 3o, 4o e 5o com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitidos pela empresa contratante, quando o serviço for prestado em estabelecimento da contratante. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 12.  Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO. (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 13.  Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego definir outras instituições que os estabeleçam.  (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
        Art. 69. A data de início da aposentadoria especial será fixada conforme o disposto nos incisos I e II do art. 52.
        Parágrafo único.  Aplica-se o disposto no art. 48 ao segurado que retornar ao exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos constantes do Anexo IV, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço, ou categoria de segurado, a partir da data do retorno à atividade. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
Art. 69.  A data de início da aposentadoria especial será fixada:   (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
I - para o segurado empregado:  (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida a aposentadoria especial, até noventa dias após essa data; ou   (Incluída pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando a aposentadoria for requerida após o prazo estabelecido na alínea “a”; e  (Incluída pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
II - para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
Parágrafo único.  O segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos constantes do Anexo IV, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado.   (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
        Art. 70.  A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela:(Redação dada pelo Decreto nº 4.827, de 2003)
	Tempo a converter
	Multiplicadores
	
	Mulher (Para 30)
	Homem (Para 35)
	De 15 anos
	2,00
	2,33
	De 20 anos
	1,50
	1,75
	De 25 anos
	1,20
	1,40
        
 § 1o  A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. (Incluído pelo Decreto nº 4.827, de 2003)
        § 2o  As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período. (Incluído pelo Decreto nº 4.827, de 2003)
Questões de concurso
1 – (CESPE - Adaptada) O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o equipamento de proteção individual for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão de aposentadoria especial. Certo ou errado?
2 – (CESPE 2013 – SERPRO – Analista de Gestão de Pessoas) Para fins de obtenção de aposentadoria especial junto ao RGPS, o trabalhador deve comprovar a exposição efetiva aos agentes nocivos por meio do perfil profissiográfico previdenciário, documento que deve ser emitido pela empresa ou por seu preposto e embasar-se em laudo técnico de condições ambientais do trabalho. Certo ou errado?
3 – (CESPE - Adptada) Em regra, o período de carência para a aposentadoria especial é de 120 contribuições mensais. Certo ou errado?
4 - (CESPE - Adptada) Não se considera como especial o tempo de trabalho laborado com exposição a ruídos, ainda que para simples conversão em tempo comum. Certo ou errado?
5 – (CESPE -Adaptada) O segurado que obteve o benefício de aposentadoria especial após 15 anos de serviço poderá retornar ao mercado de trabalho para o desempenho de atividade que o exponha a agentes nocivos, podendo cumular nova aposentadoria após o mesmo prazo. Certo ou errado?
6 – (CESPE - 2008 - SEMAD-ARACAJU - Procurador Municipal)
O trabalhador de empresa de conservação e limpeza que presta serviços a diversos hospitais e que recebe adicional de insalubridade, por, eventualmente, manter contato com lixo hospitalar de natureza tóxica, tem direito a aposentar-se com tempo reduzido de contribuição, já que trabalha em condições especiais prejudiciais a sua saúde. Certo ou errado?
1C 2C 3E 4E 5E 6E

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