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APOSENTADORIA ESPECIAL ADRIANE BRAMANTE CURRÍCULO ADRIANE BRAMANTE DE C. LADENTHIN Advogada. Mestre e Doutoranda pela PUC-SP. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário - IBDP. Vice- Presidente da Comissão Especial de Direito Previdenciário da OAB/SP. Coordenadora do curso de pós-graduação da Atame Brasília e Goiânia. Coordenadora da pós-graduação de Direito Previdenciário da ESA/SP. Professora convidada dos cursos de pós-graduação da EPD, LFG, IDS América Latina, Damásio Educacional, EBRADI, PUC-PR, CPJUR, IMED-POA, LEGALE, dentre outras. Autora do livro “Aposentadoria Especial. Teoria e Prática”. 5ª Edição Ed. Juruá e “Aposentadoria Especial. Dissecando o PPP”, Editora Lujur. Membro do Conselho Editorial da Revista de Direito Previdenciário da Editora LexMagister. Instagram: @adribramante Fundamentação Jurídica: -CF art. 201, § 1º, Art. 19 e 21 da EC 103/19; -Lei 8.213/91, arts. 57 e 58; -Decreto 3048/99, Art. 64 a 70 - Instrução Normativa INSS 77/15, Arts. 246 a 299 OUTRAS ALTERAÇÕES IMPORTANTES Lei 9528/97 • LTCAT • PPP • EPC Lei 9732/98 • EPI •NORMAS TRABALHISTAS •FINANCIAMENTO DA APOSENTADOROA ESPECIAL CONTRIBUIÇÃO ESPECÍFICA DA APOSENTADORIA ESPECIAL • § 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) (Vide Lei nº 9.732, de 11.12.98) • § 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput. As informações da nocividade no CNIS Código da GFIP no PPP • 1 - Não exposição a agente nocivo • 2 - Exposição a agente nocivo ( 15 anos de serviço) • 3 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço) • 4 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço) • Obs. O código 1 somente será utilizado no caso de trabalhador que esteve e deixou de estar exposto a agente nocivo, no mês de competência. Para os trabalhadores com mais de um vínculo empregatício: • 5 - Não exposição a agente nocivo • 6 - Exposição a agente nocivo (aos 15 anos de serviço) • 7 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço) • 8 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço) REGRA DE TRANSIÇÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL EC 103/19. Art. 21. O segurado ou o servidor público federal que se tenha filiado ao Regime Geral de Previdência Social ou ingressado no serviço público em cargo efetivo até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional cujas atividades tenham sido exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, desde que cumpridos, no caso do servidor, o tempo mínimo de 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço público e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria, na forma dos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, poderão aposentar-se quando o total da soma resultante da sua idade e do tempo de contribuição e o tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, de: I - 66 (sessenta e seis) pontos e 15 (quinze) anos de efetiva exposição; II - 76 (setenta e seis) pontos e 20 (vinte) anos de efetiva exposição; e III - 86 (oitenta e seis) pontos e 25 (vinte e cinco) anos de efetiva exposição. § 1º A idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o cálculo do somatório de pontos a que se refere o caput . REGRA DE TRANSIÇÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL É COMPOSTA POR: TEMPO ESPECIAL MÍNIMO TEMPO COMUM IDADE 66 OU 76 OU 86 • A média da Aposentadoria Especial será 60% + 2% a cada ano após os 15 anos, se mulher ou mineiro afastado das frentes de produção; ou 20 anos, se homem. • No exemplo dado, a média será 60% aos 20 anos + 10 X 2% = 80% da média de todos os salários de contribuição desde 07/94. CÁLCULO DA REGRA DE TRANSIÇÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL ANÁLISE DE CASE. APOSENTADORIA ESPECIAL DN 25/07/73 DIREITO ADQUIRIDO PARA ATC, COM CONVERSÃO DE TEMPO ATE 12/11/2019, ANTES DA EC 103/19: RMI - R$ 3.137,00 REGRA DE TRANSIÇÃO APLICADA. PROJEÇÃO REGRA DE TRANSIÇÃO DA ESPECIAL, APÓS A EC 103/19: RMI R$ 4.892,770 **DEVERÁ MANTER-SE EXPOSTO AOS AGENTES NOCIVOS ATÉ ALCANÇAR 25 ANOS. UM PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO DEVE ANALISAR RT1 RT2 RT3 RT4RT B/46 Regra Geral DIREITO ATÉ A EC 103/19 QUADRO RESUMO DAS REGRAS DA APOSENTADORIA ESPECIAL ATÉ A EC 103/19 (13/11/19) REGRA DE TRANSIÇÃO (já filiados) FILIADOS APÓS 14/11/19 (REGRA TRANSITÓRIA) 15, 20 ou 25 anos tempo mínimo 15 20 25 anos de efetiva exposição 15 20 25 anos de efetiva exposição SEM IDADE SEM PEDÁGIO SEM PONTOS 66 (15) 76 (20) 86 (25) pontos fixos 55 anos (15) 58 anos (20) 60 (25) anos de idade mínima Exposição a agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física. Agentes nocivos físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes, prejudiciais à saúde Agentes nocivos físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes, prejudiciais à saúde 100% média de 80% dos maiores salários de contribuição desde 07/94, sem fator previdenciário. CÁLCULO DA MÉDIA: 100% de todos os salários de contribuição desde 07/94 COEFICIENTE: 60% + 2% após: - 15 anos, se mulher - 15 anos, se mineiro afastado das frentes de produção - 20 anos, se homem CÁLCULO DA MÉDIA: 100% de todos os salários de contribuição desde 07/94 COEFICIENTE: 60% + 2% após: - 15 anos, se mulher - 15 anos, se mineiro afastado das frentes de produção - 20 anos, se homem AVALIAÇÃO DA NOCIVIDADE: QUALITATIVO X QUANTITATIVO I - qualitativo, sendo a nocividade presumida e independente de mensuração, constatada pela simples presença do agente no ambiente de trabalho, conforme constante nos Anexos 5, 6, 12, 13, 14 da Norma Regulamentadora nº 15 - NR-15 do MTE, e no Anexo IV do RPS, para os agentes iodo e níquel, a qual será comprovada mediante descrição: a) das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada; b) de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados na alínea "a"; e c) dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato; II - quantitativo, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem dos limites de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos 1, 2, 3, 8, 11 da NR-15 do MTE, por meio da mensuração da intensidade ou da concentração consideradas no tempo efetivo da exposição no ambiente de trabalho. Incluímos o Anexo 9 (frio) e o Anexo 10 (umidade) • FÍSICOS • QUÍMICOS • BIOLÓGICOS AGENTES NOCIVOS Riscos físicos: • Conceito: pode trazer o ocasionar danos à saúde ou à integridade física, em razão de sua intensidade e exposição. • SÃO AGENTES FÍSICOS: ruído vibrações calor frio pressões anormais radiações ionizantes umidade ENQUADRAMENTO PELO RUÍDO CONFORME POSICIONAMENTO FIRMADO PELO STJ RUÍDO ACIMA DE 80 DB ATÉ 05/03/97 Decreto 53.831/64, código 1.1.6 RUÍDO ACIMA DE 90 DB ENTRE 06/03/97 E 18/11/2003 Decretos 2.172/97 e 3.048/99, Anexo IV, código 2.0.1 RUÍDO ACIMA DE 85 DB A PARTIR DE 19/11/2003 Decreto 3.048/99 com redação pelo Decreto 4.882/03, código 2.0.1 RUÍDO. ANALISAR: RUÍDO VARIÁVEL RUÍDO EXATO (80, 90, 85) RUIDO. NÍVEIS VARIÁVEIS. TNU PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. RUÍDO. NIVEIS VARIADOS. NÃO APURAÇÃO DA MÉDIAPONDERADA. MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES. AFASTAMENTO DA TÉCNICA DE PICOS DE RUÍDO. PRECEDENTE DESTA TNU. INCIDÊNCIA DA QUESTÃO DE ORDEM Nº 22 DA TNU. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO.A Turma Nacional de Uniformização, por unanimidade, decidiu DAR PROVIMENTO ao Incidente para: (i) Ratificar a tese de que, em se tratando de agente nocivo ruído com exposição a níveis variados sem indicação de média ponderada, deve ser realizada pela média aritmética simples, afastando-se a técnica de picos de ruído; (ii) Determinar o retorno dos autos à Turma Recursal de origem para que proceda a adequação do julgado recorrido à tese ora estabelecida, nos termos na Questão de Ordem n° 20 desta TNU. (PEDILEF 05001573420174058312, GISELE CHAVES SAMPAIO ALCANTARA - TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO. Decisão em 21/06/2018) RUÍDO VARIVÁVEL. TRF PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REVISÃO. OMISSÃO SANADA. COM- PROVAÇÃO DAS CONDIÇÕES ESPECIAIS. RUÍDO. NÍVEL ACIMA DOS LIMITES LEGAIS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PARCIALMENTE ACOLHIDOS. 1.No caso dos autos, foi reconhecido o exercício de atividade especial pela parte autora no período de 01.11.1995 a 12.06.1999, uma vez que trabalhou na empresa “Power S/C Ltda.”, no setor de produção, ficando exposta ao ruído de 87 a 90 dB(A), de modo habitual e permanente, com base no código 2.0.1 do Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 e do Decreto n. 3.048/99 (formulário, fls. 232; laudo pericial, elaborado em 20.07.1999, fls. 233/9). 2.Cabe ressaltar que se tratando de ambiente fechado, sequer a média pode ser utilizada para comprovar o exercício de atividade especial, devendo ser considerado como parâmetro o ‘maior nível’ de ruído exposto pelo segurado, uma vez que o ruído de maior intensidade mascara o de menor valor. 3.Inexiste óbice ao reconhecimento do tempo de serviço especial, não obstante o laudo técnico/PPP tenha apontado a exposição a ruído equivalente a 90 dB(A).Nesse ponto, vale dizer que, por mais moderno que possa ser o aparelho que faz a medição do nível de ruído do ambiente, a sua precisão nunca é absoluta, havendo uma margem de erro tanto em razão do modelo de equipamento utilizado, como em função da própria calibração 4.Assim, diante de tal constatação e, tendo em vista a natureza social de que se reveste o direito previdenciário, seria de demasiado rigor formal deixar de reconhecer a atividade especial ao segurado exposto a ruído equivalente ao limite estabelecido pelo próprio legislador como nocivo à saúde.Por isso, mostra-se razoável considerar a atividade como sendo especial em casos como o dos autos, em que tenha sido apurado o nível de ruído igual ao limite estipulado pela legislação previdenciária 5.E não assiste razão ao INSS quanto à incidência de correção monetária, tendo em vista que o v. acórdão encontra-se em conformidade com o entendimento firmado no julgamento do RE n. 870.947, motivo pelo qual entendo não ser cabível qualquer mudança nos critérios de correção monetária por meio do presente recurso. 6.Embargos de declaração do INSS acolhidos parcialmente, sem efeitos infringentes. (TRF 3a Região, 7a Turma, ApelRemNec – Apelação/Remessa Necessária – 2129437 – 0005033-18.2010.4.03.6105, rel. Desembargador Federal Toru Yamamoto, julgado em 24.06.2019, e-DJF3 Judicial 1, Data: 2.7.2019) (grifamos) ( Decreto Código de enquadramento Data limite Observação Decreto n. 53.831/64 Código 1.1.1 05.03.1997 Acima 28o Celsius Decreto n. 83.080/79 Código 1.1.1, Anexo I 05.03.1997 Acima 28o Celsius Decreto n. 2.172/97 Código 2.0.4, Anexo IV 06.03.1997 a 06.05.1999 Acima do LT da NR-15, Anexo 3 (IBUTG) Decreto n. 3048/99 Código 2.0.4, Anexo IV A partir de 07.05.1999 até hoje Acima do LT da NR-15, Anexo 3(71) (IBUTG). Vide Portaria 1359/19 ENQUADRAMENTO PELO CALOR EXPOSIÇÃO AO CALOR DE FONTES NATURAIS • A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) fixou tese, durante a sessão de 30 de agosto, em Porto Alegre (RS), sobre o reconhecimento da especialidade do trabalho prestado sob incidência de fonte natural de calor, segundo a qual após o Decreto n° 2.172/97 se tornou possível o reconhecimento das condições especiais do trabalho exercido sob exposição ao calor proveniente de fontes naturais, de forma habitual e permanente, desde que comprovada a superação dos patamares estabelecidos no Anexo 3 da Norma Regulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho e Emprego, calculado pelo Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG), de acordo com a fórmula prevista para ambientes externos com carga solar. Processo nº 0501218- 13.2015.4.05.8307) Disponível em: http://www.cjf.jus.br/cjf/noticias/2017/setembro/fixada- tese-sobre-especialidade-do-trabalho-por-exposicao-a-fonte-natural-de- calor , publicado em 04/09/2017. http://www.cjf.jus.br/cjf/noticias/2017/setembro/fixada-tese-sobre-especialidade-do-trabalho-por-exposicao-a-fonte-natural-de-calor Decreto Código de enquadramento Data limite Observação Decreto n. 53.831/64 Código 1.1.2 05.03.1997 Abaixo de 12o C Decreto n. 83.080/79 Código 1.1.2, Anexo I 05.03.1997 Abaixo de 12o C Decreto n. 2.172/97 Não consta frio A partir de 06.03.1997 Usar Súmula n. 198 do ex tintoTFR+ NR-15,Anexo 9 Decreto n. 3.048/99 Não consta frio A partir de 06.03.1997 ENQUADRAMENTO PELO FRIO EXPOSIÇÃO AO FRIO EMENTA PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. EXPOSIÇÃO A FRIO. ATIVIDADE EXERCIDA APÓS 05/03/1997. CONSECTÁRIOS LEGAIS. 1. Para o reconhecimento da especialidade pelo agente frio após 05/03/1997, é necessária a comprovação da exposição ao frio inferior a 12º C, sem a utilização de proteção adequada. Precedente da TRU. (...) 3. Recurso do INSS improvido. ( 5000393- 74.2018.4.04.7107, SEGUNDA TURMA RECURSAL DO RS, Relator DANIEL MACHADO DA ROCHA, julgado em 13/08/2018) Decreto Código de enquadramento Data limite Observação Decreto n. 53.831/64 Código 1.1.5 (trepidação) 05.03.1997 Qualitativo Decreto n. 83.080/79 Código 1.1.4, Anexo I 05.03.1997 Qualitativo.Para o INSS só com máquinas perfuratrizesemartele- tes pneumáticos Decreto n. 2.172/97 Código 2.0.2 De06.03.1997a06.05.1999 Qualitativo.Nãohálimite de tolerância, mas o INSS só aceita vibração especificamente nos casosdemáquinas perfuratri- zes e marteletes pneumáticos. Judicialmente, é possível utilizar a vibração em outros casos(*), com a NR-15, Anexo 8 ou NHO 09. Decreto n. 3.048/99 Código 2.0.2 A partir de 06.05.1999 até 13.08.2014, semlimite de tolerância, anterior à Portaria do MTE n. 1.297, de 13.08.2014 Decreto n. 3.048/99 Código 2.0.2 A partir de 14.08.2014(**), com limite de tolerância da NHO 09 e NHO 10 ou NR- 15, Anexo8 Quantitativo. A partir de 14.8.2014, o enquadramento deve ocorrer: I. – paraVMB (vibração demãos e braços):arensuperiora5 m/s2; e II. –paraVCI (vibração de corpo inteiro):arensuperiora1,1m/s2 ou VDVR superior a 21,0 m/s1,75 ENQUADRAMENTO PELA VIBRAÇÃO Riscos químicos: • Conceito: pode trazer o ocasionar danos à saúde ou à integridade física, em razão de sua concentração, manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos, gazes, vapores de substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratória ou outras vias. A PARTIR DO DECRETO 3265/99: 1) AGENTES QUIMICOS QUALITATIVOS – ANEXO XIII – NR-15 LEMBRE-SE DE CONSULTAR! APOSENTADORIA ESPECIAL. FRENTISTA NÃO ENQUADRA POR CATEGORIA. SÓ POR AGENTES NOCIVOS, SEGUNDO TNU. • PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. TEMPO ESPECIAL. FRENTISTA. ALEGAÇÕES DIVERSAS DA FUNDAMENTAÇÃO UTILIZADA PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. NÃO CONHECIMENTO. ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA PROFISSIONAL. IMPOSSIBILIDADE. TEMA 157/TNU. CORREÇÃO MONETÁRIA. TEMA 810/STF. PENDENTE DE JULGAMENTO. PEDIDO ACONHECIDO EM PARTE, NA PARTE CONHECIDA PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de uniformização apresentado pelo INSS, buscando a reforma do acórdão de origem com o afastamento de reconhecimento de períodos especiais laborados em posto de gasolina, como frentista e em serviços gerais.2. A argumentação tecida pelo INSS, acerca da exposição a hidrocarbonetos, diverge dos fundamentos do acórdão, que reconheceu a especialidade com base em periculosidade decorrente de substâncias inflamáveis e explosivas. Não conhecimento. 3. O acórdão recorrido não afasta o uso de EPI eficaz como neutralizador da nocividade para agentes químicos, estando em consonância com a tese defendida no pedido de uniformização. Não conhecimento. 4. Não é possível o reconhecimento como especial de período trabalhado como frentista, por mero enquadramento profissional com apresentação de registro em CTPS. Precedentes desta TNU, em representativo de controvérsia (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL 50095223720124047003, JUÍZA FEDERAL KYU SOON LEE, DOU 26/09/2014 PÁG. 152/227). 5. A questão relativa à aplicação da Lei 11.260/09 aos juros e correção monetária nos débitos da Fazenda pública está pendente de julgamento definitivo pelo E. STF, em repercussão Geral (Tema 810). Sobrestamento na origem para aplicação da tese firmada pela Corte Suprema. 6. Pedido de Uniformização conhecido em parte e, na parte conhecida, provido, para adequação do acórdão recorrido à tese ora firmada. • (Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei (Turma) 0005610-75.2010.4.01.3801, TAIS VARGAS FERRACINI DE CAMPOS GURGEL - TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO.) Benzeno: vide Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014 “Orientamos aos peritos médicos que, na análise dos benefícios de Aposentadoria Especial oriundos da exposição ao agente químico Benzeno, seja adotado e critério qualitativo e que não sejam considerados na avaliação os equipamentos de proteção coletiva e/ou individual, uma vez que os mesmos não são suficiente para elidir a exposição a esse agente químico” AGENTES CANCERÍGENOS. PRESUNÇÃO DE NOCIVIDADE: • A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador, pelo critério qualitativo e mesmo com uso de EPI. (art. 68, § 4º RPS, com nova redação Decreto 8123/13 e 284 § único da IN 77/2015) PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 9, DE 7 DE OUTUBRO DE 2014 • Publica a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH), como referência para formulação de políticas públicas, na forma do anexo a esta, dentre eles: • Benzeno, compostos de cromo, poeira de sílica, óxido de etileno, dentre outros TNU. AGENTES CANCERÍGENOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA - TEMA 170 • INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. TEMA 170. PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES RECONHECIDAMENTE CANCERÍGENOS PARA HUMANOS. DECRETO 8.123/2013. LINACH. APLICAÇÃO NO TEMPO DOS CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DA ESPECIALIDADE. DESPROVIMENTO. Fixada a tese, em representativo de controvérsia, de que "A redação do art. 68, § 4º, do Decreto 3.048/99 dada pelo Decreto 8.123/2013 pode ser aplicada na avaliação de tempo especial de períodos a ele anteriores, incluindo-se, para qualquer período: (1) desnecessidade de avaliação quantitativa; e (2) ausência de descaracterização pela existência de EPI". • Aguarda decisão final do STJ. AGENTES BIOLÓGICOS. Enquadramento até 05/03/97: CÓDIGO 1.3.2 Decreto 53.831/64 ou 1.3.4 Decreto 83.080/79 GERMES INFECCIOSOS OU PARASITÁRIOS HUMANOS - ANIMAIS Serviços de Assistência Médica, Odontológica e Hospitalar em que haja contato obrigatório com organismos doentes ou com materiais infecto- contagiantes. Trabalhos permanentes expostos ao contato com doentes ou materiais infecto- contagiantes - assistência médico, odontológica, hospitalar e outras atividades afins. ENQUADRAMENTO POR AGENTE BIOLÓGICO de 06/03/97 ATÉ DATA ATUAL, CONFORME CÓDIGO 3.0.1, Anexo IV, Decreto 3.048/99 a) trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes portadores de doenças infecciosas (até 07/05/99) e infectocontagiosas ou com manuseio de materiais contaminados até hoje; b) trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o preparo de soro, vacinas e outros produtos; c) trabalhos em laboratórios de autópsia, de anatomia e anátomo-histologia; d) trabalho de exumação de corpos e manipulação de resíduos de animais deteriorados; e) trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto; f) esvaziamento de biodigestores; g) coleta e industrialização do lixo. TEMA SOBRE AGENTES BIOLÓGICOS É AFETADO PELA TNU • Tema 205: a) para reconhecimento da natureza especial de tempo laborado em exposição a agentes biológicos não é necessário o desenvolvimento de uma das atividades arroladas nos Decretos de regência, sendo referido rol meramente exemplificativo; b) entretanto, é necessária a comprovação em concreto do risco de exposição a microrganismos ou parasitas infectocontagiosos, ou ainda suas toxinas, em medida denotativa de que o risco de contaminação em seu ambiente de trabalho era superior ao risco em geral, devendo, ainda, ser avaliado, de acordo com a profissiografia, se tal exposição tem um caráter indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, independentemente de tempo mínimo de exposição durante a jornada (Tema 211/TNU). Julgado em 12/03/2020. AGENTES BIOLÓGICOS. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE AMBIENTES • O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além dos profissionais da área da saúde, contempla os trabalhadores que exercem atividades de serviços gerais em limpeza e higienização de ambientes hospitalares. • (SÚMULA 82. DOU DATA: 30/11/2015 PG:00145) TEMA AFETADO PELA TNU EM 06/11/2019 • Tema 238 - Decidir se, para o reconhecimento de tempo de serviço especial dos trabalhadores que exercem atividades de serviços gerais em limpeza e higienização de ambientes hospitalares por exposição aos agentes biológicos elencados sob o código 1.3.2 do quadro do anexo ao Decreto n. 53.831/64, exige-se a efetiva demonstração da exposição habitual àqueles agentes nocivos ou se, ao contrário, o enquadramento decorre de simples presunção de insalubridade por categoria profissional. Físico Químico Biológico QUALITATIVO? QUANTITATIVO? NHO/NR15 CRITÉRIO DE PERMANÊNCIA A PARTIR DA LEI 9.032/95 Decreto 3.048/99. Art. 65: “Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço”. PERMANÊNCIA. CONCEITO • Art. 290. O exercício de funções de chefe, gerente, supervisor ou outra atividade equivalente e servente, desde que observada à exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes, não impede o reconhecimento de enquadramento do tempo de serviço exercido em condições especiais. (IN 77/2015) MANTÉM ENQUADRAMENTO QUANDO: ELETRICIDADE X PROVA DE PERMANÊNCIA Tema 210 (PEDILEF 0501567-42.2017.4.05.8405/RN) • Para aplicação do artigo 57, §3.º, da Lei n.º 8.213/91 à tensão elétrica superior a 250 V, exige-se a probabilidade da exposição ocupacional, avaliando-se, de acordo com a profissiografia, o seu caráter indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, independente de tempo mínimo de exposição durante a jornada. AGENTE BIOLÓGICO X PROVA DE PERMANÊNCIA TEMA 211 (PEDILEF 0501219-30.2017.4.05.8500/SE) • Para aplicação do artigo 57, §3.º, da Lei n.º 8.213/91 a agentes biológicos, exige-se a probabilidade da exposição ocupacional, avaliando-se, de acordo com a profissiografia, o seu caráter indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, independente de tempo mínimo de exposição durante a jornada. • A ausência da informação da habitualidade e permanência no PPP não impede o reconhecimento da especialidade. O PPP é formulário padronizado pelo próprio INSS, conforme disposto no §1º do artigo 58 da Lei 8.213/91. Assim sendo,é de competência do INSS a adoção de medidas para reduzir as imprecisões no preenchimento do PPP pelo empregador. Como os PPPs não apresentam campo específico para indicação de configuração de habitualidade e permanência da exposição ao agente, o ônus de provar a ausência desses requisitos é do INSS. • (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2250926 - 0021765-23.2014.4.03.6303, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ STEFANINI, julgado em 26/11/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:10/12/2018 ) PERMANÊNCIA NO PPP. DESNECESSIDADE Decreto 3.048/99. Art. 65: “Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário- maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de que trata o art. 68”. PERMANÊNCIA. PERÍODOS DE AFASTAMENTO Tema Processo Ministro Tribunal de Origem Questão Submetida a Julgamento Tese Firmada Situação do Tema Tema 998 REsp 1759098/RS NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO TRF4 Possibilidade de cômputo de tempo de serviço especial, para fins de inativação, do período em que o segurado esteve em gozo de auxílio-doença de natureza não acidentária. O Segurado que exerce atividades em condições especiais, quando em gozo de auxílio-doença, seja acidentário ou previdenciário, faz jus ao cômputo desse mesmo período como tempo de serviço especial. Acórdão Publicado REsp 1723181/RS NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO TRF4 STJ. PERÍODO DE AFASTAMENTO COMPUTADO COMO ESPECIAL. A CONVERSÃO DE TEMPO NA EC 103/19 • Art. 25 § 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo de efetivo exercício de atividade sujeita a condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, vedada a conversão para o tempo cumprido após esta data. • PORTARIA Nº 450/PRES/INSS, DE 3 DE ABRIL DE 2020: Art. 19. A conversão do tempo especial em comum é permitida apenas para períodos trabalhados até 13 de novembro de 2019, vedada a conversão de períodos laborados após esta data, conforme § 3º do art. 10 e § 2º do art. 25, ambos da EC nº 103, de 2019. Físico Químico Biológico QUALITATIVO? QUANTITATIVO? NHO/NR15 TÉCNICA UTILIZADA. Campo 15.5 do PPP: NHO X NR-15 NR-15 LIMITE MÁXIMO DIÁRIO PERMITIDO 85 DB 8 horas 88 DB 5 horas 90 DB 4 horas 95 DB 2 horas NHO - 01 LIMITE MÁXIMO DIÁRIO PERMITIDO 85 DB 8 horas 88 DB 4 horas 90 DB 2 horas 95 DB 47,62 minutos Vide: - Resoluções do Conselho Pleno, do CRPS n. 26/2018, n. 72 e n. 73/2019 - Tema 174 da TNU TESE FIXADA PELA TNU APÓS JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – TEMA 174 • (a) "a partir de 19/11/2003, para aferição de ruído contínuo ou intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias contidas na NHO-01 da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a medição de exposição durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo constar do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) a técnica utilizada e a respectiva norma; • (b) "em caso de omissão ou dúvida, quanto à indicação da metodologia empregada para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser admitido como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo laudo técnico (LTCAT), para fins de demonstrar a técnica utilizada na medição, bem como a respectiva norma.“ (grifamos) ENUNCIADO DO CRPS ENUNCIADO DO CRPS Tecnologia de Proteção Individual e Coletiva § 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) § 3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997) § 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9732.htm#art58§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm#art2 SÚMULA 87 TNU •A eficácia do EPI não obsta o reconhecimento de atividade especial exercida antes de 03/12/1998, data de início da vigência da MP 1.729/98, convertida na Lei n. 9.732/98. (DOU nº 40, DATA: 26/02/2019. PG: 00058 DJe nº 15/2019. DATA: 26/02/2019.) SÚMULA 9 TNU O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. (DJ DATA:05/11/2003. PG:00551) EPI Eficaz Comprovar o Fornecimento de EPI através da Ficha de Entrega EPI tem que ter qualidade (CA) Adequado ao risco Número suficiente Treinamento Higienização Fonte: Dr. José Marcelo O. Penteado. Médico do Trabalho e Perito Judicial EPI’s. O STF fixou duas teses, no julgamento do ARE 664.335: • Tese maior: se comprovada a eficácia do EPI, não será caracterizada a atividade como especial, deixando de ser aplicado o art. 201 § 1ºda CF; • Tese menor: A informação de EPI eficaz no PPP não é suficiente, nos casos de ruído, para descaracterizar o tempo como especial. EM CASO DE DÚVIDA O TEMPO DEVE SER RECONHECIDO COMO ESPECIAL... 11. A Administração poderá, no exercício da fiscalização, aferir as informações prestadas pela empresa, sem prejuízo do inafastável judicial review. Em caso de divergência ou dúvida sobre a real eficácia do Equipamento de Proteção Individual, a premissa a nortear a Administração e o Judiciário é pelo reconhecimento do direito ao benefício da aposentadoria especial. Isto porque o uso de EPI, no caso concreto, pode não se afigurar suficiente para descaracterizar completamente a relação nociva a que o empregado se submete. (Ementa. STF. ARE 664.335) “a mera juntada do PPP referindo a eficácia do EPI não elide o direito do interessado em produzir prova em sentido contrário” (INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR Nº 5054341- 77.2016.4.04.0000/SC. DJ 11/12/17. Aguarda julgamento de ED.) IRDR SOBRE EPI. TESE FIXADA “ O rol das exceções deve ser taxativo; pode ser revisto (ampliado) por este Colegiado em novo IRDR e, no caso de o agente nocivo não estar no rol de exceções, o juiz singular deve - obrigatoriamente - determinar a perícia judicial conforme os 'passos' já estabelecidos no julgamento do mérito do IRDR Tema 15”. (publicado em 03/10/2018) Houve interposição de Recurso Especial (admitido pelo STJ - 05/08/2019 CONCLUSOS PARA DECISÃO AO(À) MINISTRO(A) HERMAN BENJAMIN (RELATOR) - PELA SJD) Recurso Extraordinário pelo INSS (inadmitido e com Agravo) QUESTÃO DOS EPIS RETORNAM AOS TRIBUNAIS SUPERIORES 103 NO MANUAL APOSENTADORIA ESPECIAL QUANTO AOS EPI’s– RESOLUÇÃO 600/17: Deve ser observada a hierarquia entre medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de tecnologia de proteção individual, NESTA ORDEM. Admite-se a utilização de EPI somente em situaçõesde inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou se encontrarem em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial. (pag. 21) GN SITUAÇÕES CONSOLIDADAS DE EPI INEFICAZ. ROL TAXATIVO, SEGUNDO IRDR 4ª R. •CATEGORIA PROFISSIONAL ANTERIOR A LEI 9.032/95 •RUÍDO. ARE 664.335 •CALOR. NR-15, ANEXO 3 •PRESSÃO ANORMAL. NR-15, ANEXO 6 •BENZENO. Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014 •BIOLÓGICOS. ITEM 3.1.5. Resolução 600/17. Vide Atualização de 09 de 2018. •CANCERÍGENOS. LINACH. MEMO 2/15 •PERICULOSIDADE O EPI NA IN 77/2015: • ...e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a nocividade e seja respeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo ainda necessidade de que seja assegurada e devidamente registrada pela empresa, no PPP, a observância: • I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE, ou seja, medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial; • II - das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo; • III - do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE; • IV - da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria; e • V - da higienização. (art. 279) • TEMA 213. Saber quais são os critérios de aferição da eficácia do Equipamento de Proteção Individual na análise do direito à aposentadoria especial ou à conversão de tempo especial em comum. • Incluído em pauta, a sugestão do voto do Relator (14/02/2020) foi que deve haver impugnação sobre eficácia do EPI no requerimento administrativo para que possibilite a discussão no processo previdenciário, como questão prejudicial. • Houve pedido de vistas e o julgamento não foi concluído. TEMA AFETADO PELA TNU DIVERGÊNCIA QUANTO À DATA DA OBRIGATORIEDADE DO LAUDO • Posicionamento do INSS: o LTCAT é exigido a partir da MP 1523, de 13/10/96; • Posicionamento do STJ: o LTCAT é exigido a partir do Decreto 2.172/97, que regulamentou a MP 1523/96 e depois foi convertida na Lei 9.528/97 (vide REsp. n. 1.436.160-RS); • Posicionamento da TNU: o LTCAT é exigido a partir da publicação da Lei 9.528/97 (Vide Nota Técnica n. 13 do CJF) TIPOS DE LAUDO TÉCNICO • Laudo Coletivo: Documento emitido pela empresa de vínculo, contemplando os resultados de avaliações das condições ambientais dos locais de trabalho, o registro dos agentes nocivos e as conclusões quanto à exposição ocupacional de todos os trabalhadores da empresa. O LTCAT coletivo só é válido se o posto de trabalho do requerente estiver contemplado. • Laudo Individual: Documento que se refere exclusivamente ao requerente. Deve ser observado se o profissional que elaborou é ou não funcionário da empresa. Caso não seja, necessário constar autorização escrita da empresa para fazer a pericia e a identificação do acompanhante da empresa, data e local da realização da perícia. O LTCAT DEVE CONTER AS SEGUINTES INFORMAÇÕES*: • Identificação da empresa, cooperativa de trabalho ou de produção, OGMO, Sindicato da categoria; • Se individual ou coletivo; • Identificação do setor e da função; • Descrição da atividade (profissiografia); • Descrição dos agentes nocivos capazes de causar danos à saúde e integridade física; • Localização das possíveis fontes geradoras; • Via e periodicidade de avaliação do agentes nocivo; • Metodologia e procedimento de avaliação do agente nocivo; • Descrição das tecnologias de proteção coletiva e individual, bem como medidas administrativas; • Conclusão; • Assinatura e identificação dos responsáveis técnicos com número do CREA ou CRM; • Data da realização da demonstração ambiental ou do laudo (*Manual de Aposentadoria Especial. Resolução 600/17. págs. 18 e 19) TEMPORALIDADE DO LAUDO Contemporâneo: Quando realizado durante o período em que o segurado trabalhou na empresa; Extemporâneo: Quando o levantamento foi realizado em data anterior ou posterior ao período em que o segurado trabalhou na empresa LAUDO EXTEMPORÂNEO. QUESTÃO SUMULADA PELA TNU •O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado. (SÚMULA 68 DA TNU. DOU 24/09/12) Laudo extemporâneo. Decisão do STJ “Não prospera a alegação do INSS de que o laudo pericial (fls. 250/258) apresentado é extemporâneo ao período que o autor pretende provar, vez que a extemporaneidade do laudo pericial não desnatura sua força probante”. (AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 329.827 – SE. (2013/0111547-2) RELATOR: MINISTRO HERMAN BENJAMIN. DJ 03/06/2013) LAUDOS ACEITOS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT: I - laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa, emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídios coletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante, desde que relativas ao mesmo setor, atividades, condições e local de trabalho; II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO; III - laudos emitidos por órgãos do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE; LAUDOS ACEITOS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT IV - laudos individuais acompanhados de: a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável técnico não for seu empregado; b) nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o responsável técnico não for seu empregado; e c) data e local da realização da perícia. (art. 261 da IN 77/2015) DEMONSTRAÇÕES AMBIENTAIS ACEITAS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT V - as demonstrações ambientais: a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR; c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; e d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO. (art. 261 da IN 77/2015) LAUDOS NÃO ACEITOS PELO INSS* • *I - laudo elaborado por solicitação do próprio segurado, sem o atendimento das condições previstas no inciso IV do caput deste artigo; • *II - laudo relativo à atividade diversa, salvo quando efetuada no mesmo setor; • *III - laudo relativo a equipamento ou setor similar; • *IV - laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o exercício da atividade; • *V - laudo de empresa diversa. (* mas podem ser discutidas na justiça) IMPORTÂNCIA DA DATA DE EXPEDIÇÃO DO PPP. • PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. REMESSA OFICIAL TIDA POR INTERPOSTA. APOSENTADORIA ESPECIAL. ERRO MATERIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGIA/GUARDA DE SEGURANÇA. CATEGORIA PROFISSIONAL. OBSERVÂNCIA DA LEI VIGENTE À ÉPOCA PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE. PPP. EPI INEFICAZ. CARACTERIZAÇÃO. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REVOGAÇÃO DA TUTELA ANTERIORMENTE CONCEDIDA. DESNECESSIDADE DE DEVOLUÇÃO DE PARCELAS RECEBIDAS POR FORÇA DA TUTELA ANTECIPADA. ENTENDIMENTO DO STF. IMEDIATA AVERBAÇÃO. • VII - Verifica-se que quanto ao período de 25.08.2016 a 25.06.2018, laborado na Prefeitura Municipal de Diadema, deve, apenas, ser corrigido o erro material (art. 494, I, Novo CPC/2015) para constar que o término do período refere-se a 10.06.2018, data do ajuizamento da ação, conforme o pedido na exordial e não 25.06.2018 como constou no dispositivo da r. sentença. • VIII - Mantidos os termos da sentença que reconheceu as especialidades, em que o autor laborou no período de 21.01.1991 a 08.07.1995, na função de vigilante de carro forte, conforme CTPS e formulário, por enquadramento à categoria profissional expressamente prevista no código 2.5.7 do Decreto n. 53.831/1964,bem como os períodos de 07.02.1997 a 05.02.2002, 15.06.2002 a 18.05.2004, 27.03.2003 a 07.10.2003, 13.11.2003 a 08.08.2015 e de 25.08.2016 a 23.08.2017 (data da emissão do PPP), nas funções de vigilante e guarda civil municipal, em empresa de vigilância e na Prefeitura Municipal de Diadema, conforme CTPS e PPP’s, em que porta arma de fogo, restando caracterizado o labor especial, vez que o demandante exerceu suas funções com risco à sua integridade física. • XIII - Somados os períodos de atividades especiais reconhecidos na presente demanda, abatendo-se os períodos concomitantes, a parte interessada alcança o total de 23 anos, 7 meses e 10 dias de atividade exclusivamente especial até 23.08.2017, data da emissão do PPP, insuficiente à concessão de aposentadoria especial nos termos do art. 57 da Lei 8.213/91. • (TRF 3ª Região, 10ª Turma, ApCiv - APELAÇÃO CÍVEL - 5002841-19.2018.4.03.6114, Rel. Desembargador Federal SERGIO DO NASCIMENTO, julgado em 02/07/2019, Intimação via sistema DATA: 05/07/2019)
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