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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 2 
TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS .............................................................................................. 3 
CRIMES HEDIONDOS E ASPECTOS CONSTITUCIONAIS ..................................................................... 3 
MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO ............................................................................................... 3 
CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DOS CRIMES HEDIONDOS .................................................................. 5 
ANALOGIA X INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA ................................................................................. 5 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................... 6 
GABARITO ......................................................................................................................................... 8 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) 
Caro aluno, 
 
Inicialmente, tomo a liberdade de orientá-lo na utilização deste material de apoio. 
 
Como o objetivo é atender o maior número possível de alunos, mas também oferecer um 
material que atenda ao seu interesse e que, de fato, facilite uma rápida consulta perto da 
prova, faço as seguintes considerações: 
 
• O grau de exigência no tema abordado vai depender do cargo público almejado. 
Assim, por exemplo, se sua intenção é ser Delegado de Polícia, o assunto deverá 
ser estudado com bastante profundidade ao ponto de entender, inclusive, temas 
laterais; 
• Por outro lado, se seu objetivo são outras carreiras, não jurídicas, da segurança 
pública (por exemplo, PRF, DEPEN, Polícia Federal ou Civil), o grau de 
conhecimento pode ser mais “raso”; 
• Assim, no início de cada tópico, quando o tema for de aprofundamento, vou 
ressaltar tal circunstância e, se o seu concurso almejado não for um cargo 
jurídico, PODE PULAR sem cerimônia e sem medo! 
• Tenho bastante consciência de que Direito Penal é apenas um dos assuntos de 
que você será cobrado no certame, por isso, minha intenção é otimizar o 
máximo possível o seu tempo, mas sem prejudicar a qualidade do material 
disponibilizado; 
• Por fim, lembre-se de que o melhor material não é, necessariamente, o mais 
completo, mas aquele que vai ser uma ferramenta para auxiliá-lo na revisão 
próxima da prova. 
 
Feitos os esclarecimentos, desejo a você muito sucesso nesta caminhada dura, mas que 
vai, com toda a certeza, mudar a sua vida (como mudou a minha)! 
 
INTRODUÇÃO 
A Lei nº 8.072/90 surgiu num contexto histórico em que prevalecia a ideia de aplicação 
de uma política criminal severa para conter a criminalidade. 
 
Foi na década de 1990 que movimentos como Lei e Ordem (Law and Order) e Teoria das 
Janelas Quebradas influenciaram o Direito Penal, tendo como marco internacional a gestão do 
prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, e sua política de “tolerância zero”. 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS 
TEMA DE APROFUNDAMENTO 
 
A teoria foi desenvolvida pelos americanos James Q. Wilson e George Kelling e ganhou 
esse nome em razão de seus autores utilizarem a imagem de janelas quebradas para explicá-
la, estabelecendo uma relação de causalidade entre desordem e criminalidade1. 
 
Em síntese, para os autores, caso uma janela fosse quebrada e não fosse rapidamente 
restaurada, as pessoas que passassem pelo local iriam concluir que ninguém se importava 
com isso e, consequentemente, num curto período de tempo, todas as demais janelas também 
estariam quebradas. 
 
É importante frisar que a teoria das janelas quebradas é recorrentemente lembrada nos 
certames que envolvem a disciplina CRIMINOLOGIA. 
 
CRIMES HEDIONDOS E ASPECTOS CONSTITUCIONAIS 
O Art. 5º, XLIII, da Constituição Federal (CF/88) trata sobre os crimes hediondos nos 
seguintes termos: 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça 
ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-
los, se omitirem; 
 
É bastante interessante perceber que, apesar de a Constituição Federal afirmar que os 
crimes hediondos são inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, não há definição de tal 
espécie de ilícito no texto constitucional. 
 
Portanto, é na Lei nº 8.072/90 que o legislador infraconstitucional definiu quais tipos 
penais serão classificados como crimes hediondos. 
 
MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO 
TEMA DE APROFUNDAMENTO 
 
DÚVIDA: A Constituição Federal tipifica condutas criminosas, ou seja, cria 
crimes? 
 
A resposta é NÃO. 
 
Assim como ocorre com os crimes hediondos, a Constituição Federal trata sobre crimes, 
por exemplo, o tráfico de drogas, sem, contudo, tipificá-los. 
 
1 HABIB, GABRIEL. LEIS PENAIS ESPECIAIS. VOLUME ÚNICO, 2019, PÁG. 475 
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4 
 
No Brasil, em razão do princípio da legalidade, para se criar crimes e cominar penas, é 
necessário lei em sentido estrito. 
 
Diante disso, é por meio da lei ordinária, aprovada por maioria simples, que se criam os 
crimes no ordenamento jurídico brasileiro. 
 
DÚVIDA: Qual o motivo de se optar pela lei ordinária, e não, por exemplo, 
pela lei complementar que exige maioria absoluta? 
 
A razão é muito simples. 
 
Novas condutas lesivas a bens jurídicos surgem a todo momento, exigindo uma rápida 
intervenção estatal por meio da criação de tipos penais. 
 
Dessa forma, optou-se pela lei ordinária por ser aquela que apresenta o menor quórum 
de votação, sendo, portanto, mais célere sua aprovação. 
 
DÚVIDA: O legislador poderia deixar de criminalizar conduta que a 
Constituição Federal afirma ser criminosa? 
 
A resposta é NÃO. 
 
Apesar de não criar tipos penais, a Constituição Federal, ao afirmar que determinada 
conduta é crime, obriga o legislador infraconstitucional a criminalizar a conduta. 
 
Dito de outra forma, a Constituição Federal não cria crimes, mas obriga o Poder 
Legislativo a fazê-lo, sob pena de incorrer em omissão inconstitucional. 
 
A tal fenômeno, dá-se o nome de MANDADO DE CRIMINALIZAÇÃO. 
 
CUIDADO: O termo “mandado” não deve remeter aos chamados remédios 
constitucionais (mandado de segurança e mandado de injunção), mas a obrigação imposta ao 
legislador de criminalizar as condutas que a Constituição Federal já afirmou ser criminosa. 
 
 
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CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DOS CRIMES HEDIONDOS 
Há 03 critérios para definir o crime hediondo. 
 
 
Para o critério legal, cabe ao legislador elencar, em um rol taxativo, quais são os tipos 
penais que são classificados como crimes hediondos. 
 
Por outro lado, para o critério judicial, a definição de crime hediondo é incumbência 
do juiz. 
 
Por fim, para o critério misto, o legislador apresenta um rol exemplificativo, mas 
permite que o juiz, por meio de uma interpretação analógica, considere outros tipos penais 
como crimes hediondos. 
 
Não há dúvidas que o Direito Penal brasileiro adotou o critério legal para classificação 
dos crimes hediondos, nos termos da Lei nº 8.072/90. 
 
ANALOGIA X INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA 
TEMA DE APROFUNDAMENTO 
 
É muito comum o aluno não saber diferenciar a analogia da chamada interpretação 
analógica, razão pela qual apresento uma breve explicação sobre o tema. 
 
DÚVIDA: Qual aem crime cometido sem 
violência à pessoa ou grave ameaça; 
III - 25% (vinte e cinco por cento) da 
pena, se o apenado for primário e o crime tiver 
sido cometido com violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o 
apenado for reincidente em crime cometido 
com violência à pessoa ou grave ameaça; 
V - 40% (quarenta por cento) da pena, 
se o apenado for condenado pela prática de 
crime hediondo ou equiparado, se for 
primário; 
VI - 50% (cinquenta por cento) da 
pena, se o apenado for: 
a) condenado pela prática de crime 
hediondo ou equiparado, com resultado 
morte, se for primário, vedado o livramento 
condicional; 
b) condenado por exercer o comando, 
individual ou coletivo, de organização 
criminosa estruturada para a prática de 
crime hediondo ou equiparado; ou 
c) condenado pela prática do crime de 
constituição de milícia privada; 
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, 
se o apenado for reincidente na prática de 
crime hediondo ou equiparado; 
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, 
se o apenado for reincidente em crime 
hediondo ou equiparado com resultado 
morte, vedado o livramento condicional. 
 
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L7210.htm#art112§3
L7210.htm#art112§3
L7210.htm#art112§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7210.htm#art112...
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
Dessa forma, ao alterar o Art. 112 da Lei de Execuções Penais (LEP), a Lei Anticrimes 
definiu outros parâmetros para fixação da progressão de penas dos crimes hediondos. 
 
Nesse caso, além da condição de primário ou reincidente, deve ser levada em 
consideração a existência do resultado morte ou o comando de organização criminosa. 
 
 
 
 
 
É importante salientar que as frações de 2/5 e 3/5 para progressão do crime hediondo, 
respectivamente, do primário e do reincidente, continuam as mesmas na nova lei, pois 
correspondem a 40% e 60%. 
 
Na realidade, a Lei Anticrimes trouxe novos parâmetros que podem influenciar os 
percentuais relativos à progressão. 
 
EXERCÍCIOS 
1. (CESPE – TJ-SE– Analista) - Julgue o item subsecutivo, acerca de crime e aplicação de 
penas. Considere que um indivíduo tenha sido condenado por crime hediondo. Nesse 
caso, para que possa requerer progressão de regime de pena, esse indivíduo deve 
cumprir dois quintos da pena que lhe foi imputada, se for primário, e três quintos dessa 
pena, se for reincidente. 
 
2. (CESPE – PG-DF – Procurador) - Desde que o STF declarou incidentalmente a 
inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/1990 (A pena por crime previsto 
neste artigo [crime hediondo] será cumprida inicialmente em regime fechado), não é mais 
PROGRESSÃO
(CRIME 
HEDIONDO)
40% (2/5) Primário
50%
Primário + 
Resultado morte
Comando da 
ORCRIM
60% (3/5) Reincidente
70%
Reincidente + 
Resultado morte
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obrigatória a fixação do regime inicial fechado para o condenado pelo crime de tráfico 
de entorpecentes, podendo a pena privativa de liberdade ser substituída por restritivas 
de direitos quando o réu for primário e sem antecedentes e não ficar provado que ele se 
dedique ao crime ou esteja envolvido com organização criminosa. 
 
3. (CESPE – PC-DF – Escrivão) - No que se refere aos crimes hediondos (Lei nº 
8.072/1990) e à violência doméstica e familiar sobre a mulher (Lei nº 11.340/2006 – 
Lei Maria da Penha), julgue o item seguinte. Se determinado cidadão for réu em 
processo criminal por ter cometido crime hediondo, ele poderá ter progressão de 
regime no cumprimento da pena, que se iniciará em regime fechado, bem como tê-la 
reduzida em caso de delação premiada, se o crime tiver sido cometido por quadrilha ou 
bando. 
 
4. (CESPE – TJ-DFT – Técnico) - No que se refere a ação penal e extinção da punibilidade, 
julgue o item seguinte. Não é possível a concessão de anistia, graça ou indulto àqueles 
que tenham praticado crimes hediondos. 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 01: Não obstante a alteração trazida pela Lei 
Anticrimes, fato é que as frações apresentadas no enunciado correspondem aos 
percentuais de 40% e 60%, respectivamente. 
 
Dessa forma, hoje, a questão estaria desatualizada, pois não mencionou 
circunstâncias relevantes, tais como a ocorrência do resultado morte ou, mesmo, o 
comando da ORCRIM, que poderiam alterar os percentuais apresentados para a 
progressão do regime de cumprimento de pena. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 02: O enunciado está correto. Desde que o 
STF declarou a inconstitucionalidade do Art. 2º, §1º, da Lei nº 8.072/90, não há 
óbice que o juiz fixe regime prisional diverso do fechado, mesmo que seja o inicial. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 03: Segundo a jurisprudência do STF, não há 
necessidade de fixar o regime inicial fechado para os crimes hediondos. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 04: Nos termos do Art. 2º, caput, da Lei nº 
8.072/90, os crimes hediondos não admitem anistia, graça ou indulto: 
 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de 
I - anistia, graça e indulto; 
 
 
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GABARITO 
1. DESATUALIZADA 
2. CERTO 
3. ERRADO 
4. CERTO 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/diferença entre analogia e interpretação analógica? 
 
A analogia é uma espécie de integração legislativa, ou seja, em face da ausência de lei 
específica para o caso concreto, o juiz utiliza-se de uma lei aplicável a uma situação 
semelhante. 
 
Em razão do princípio da legalidade, no Direito Penal, a analogia só pode ser utilizada 
em benefício do investigado/acusado, ou seja, somente é admissível a analogia in bonam 
partem. 
 
Por exemplo, o Art. 128, II, do Código Penal, prevê a possibilidade da mulher, vítima de 
estupro (CP, Art. 213), interromper a gestação, sem que isso configure o crime de aborto. 
Contudo, por analogia, é possível aplicar a mesma regra do aborto humanitário em favor da 
vítima de estupro de vulnerável (CP, Art. 217-A). 
 
Por outro lado, interpretação analógica é uma espécie de interpretação legislativa, ou 
seja, trata-se de um método utilizado pelo legislador para facilitar o trabalho do intérprete. 
CRIMES 
HEDIONDOS
CRITÉRIO 
LEGAL
CRITÉRIO 
JUDICIAL
CRITÉRIO 
MISTO
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Assim, o legislador, inicialmente, apresenta uma fórmula casuística para, depois, 
apresentar uma fórmula genérica. 
 
Dito de outra forma, primeiro, o legislador cita exemplos e, depois, arremata com a 
expressão “ou por outro (...)”. 
 
É o que ocorre, por exemplo, com o crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe: 
 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe; 
 
Assim, o legislador afirma que o homicídio cometido mediante paga ou promessa de 
recompensa é torpe (fórmula casuística) e abre a possibilidade para que o intérprete, já tendo 
exemplos legais, alcance outras hipóteses análogas (fórmula genérica). 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. O Código Penal estabelece como hipótese de qualificação do homicídio o cometimento 
do ato com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso 
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. Esse dispositivo legal é exemplo de 
interpretação 
a) analógica. 
b) teleológica. 
c) restritiva. 
d) progressiva. 
e) autêntica. 
ANALOGIA
Integração
Legislativa
No Direito Penal, 
somente analogia 
in bonam partem
INTERPRETAÇÃO 
ANALÓGICA
Interpretação
Legislativa
Fórmula casuística 
seguida de uma 
fórmula genérica
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2. (VUNESP – PC/CE – Escrivão de Polícia) – Assinale a alternativa que indica 
corretamente crimes que, de acordo com o texto constitucional, a lei considerará 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, omitirem-se. 
a) O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo, os definidos como crimes 
hediondos e o assédio sexual. 
b) A posse e o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo, os definidos 
como crimes hediondos e o racismo. 
c) A prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os 
definidos como crimes hediondos. 
d) A prática da tortura, a posse e o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o 
terrorismo. 
e) A prática de tortura, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos e o assédio 
sexual. 
 
3. (CESPE – EBSERH – Advogado) - Julgue o item seguinte, relativos aos tipos penais 
dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes. O ordenamento jurídico 
nacional adotou o critério legal para a tipificação dos crimes hediondos, sendo vedado 
ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito ou excluí-la em razão de sua 
gravidade ou forma de execução. 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 01: O enunciado trata do crime de homicídio 
qualificado em razão do meio insidioso, cruel ou que possa resultar em perigo 
comum. 
 
Percebe-se que o legislador adotou a interpretação analógica, pois utilizou 
uma fórmula casuística (apontando o veneno, fogo, explosivo, asfixia e tortura), 
seguida da fórmula genérica - com a expressão ou outro meio insidioso ou cruel 
(...). 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 02: A questão é mera reprodução do Art. 5º, 
XLIII, da CF/88: 
 
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e afins, o terrorismo e 
os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. 
 
É o famoso “TTT” (tráfico-tortura-terrorismo), acrescido dos crimes 
hediondos. 
 
 
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COMENTÁRIO DA QUESTÃO 03: A Lei nº 8.072/90 adotou o critério legal 
para definição de crimes hediondos, ou seja, apresentou um rol taxativo de tipos 
penais. 
 
Dessa forma, não cabe ao juiz, no caso concreto, definir como crime hediondo 
hipótese não apresentada na Lei nº 8.072/90. 
 
 
GABARITO
1. A 
2. C 
3. CERTO 
 
 
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SUMÁRIO 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) .................................................................................. 2 
ROL DOS CRIMES HEDIONDOS ......................................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 2 
ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PACOTE ANTICRIME (LEI Nº 13.964/2019) .............................. 2 
COMENTÁRIOS DOS TIPOS PENAIS DO ART. 1º DA LEI DE CRIMES HEDIONDOS ............................ 4 
ART. 1º, INCISO I – HOMICÍDIO EM ATIVIDADE TÍPICA DE GRUPO DE EXTERMÍNIO E O 
HOMICÍDIO QUALIFICADO ............................................................................................................ 4 
ART. 1º, INCISO I-A – LESÃO CORPORAL DOLOSA DE NATUREZA GRAVÍSSIMA OU SEGUIDA DE 
MORTE, CONTRA AGENTES PÚBLICOS DE SEGURANÇA PÚBLICA ................................................ 7 
ART. 1º, INCISO II – ROUBO .......................................................................................................... 8 
ART. 1º, INCISOS III – EXTORSÃO QUALIFICADA PELA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA VÍTIMA, 
OCORRÊNCIA DE LESÃO CORPORAL OU MORTE ........................................................................ 10 
EXERCÍCIOS ......................................................................................................................................... 11 
GABARITO ....................................................................................................................................... 12 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) 
ROL DOS CRIMES HEDIONDOS 
INTRODUÇÃO 
 
Ao adotar o critério legal para definição de crime hediondo, o legislador apresentou um 
rol taxativo no Art. 1º da Lei nº 8.072/90. 
 
Não há dúvidas de que o tema mais cobrado em concursos públicos seja, exatamente, 
conhecer os tipos penais contidos no mencionado dispositivo legal. 
 
ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PACOTE ANTICRIME (LEI Nº 
13.964/2019) 
MUITO IMPORTANTE! LEI ANTICRIME (LEI Nº 13.964/2019) 
 
Se o tema era considerado muito relevante, hoje, com o advento da Lei Anticrime, o 
aluno deve ter plena convicção de que a nova redação do Art. 1º da Lei de Crimes Hediondos 
será ainda mais importante. 
 
Assim, para facilitar a assimilação da mudança legislativa, inicialmente, apresenta-se a 
nova redação do Art. 1º da Lei nº 8.072/90 para que, posteriormente, cada tipo penal seja 
analisado individualmente. 
 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos 
tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal, consumados ou tentados:(Redação dada 
pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de 
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e 
homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); (Inciso 
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de 
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e 
homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV, V e 
VI); (Redação dada pela Lei nº 13.104, de 2015) 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de 
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e 
homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e 
VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015) 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de 
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e 
homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e 
VIII); (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e 
lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas 
contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força 
https://www.alfaconcursos.com.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
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3 
 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em 
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 
8.930, de 1994) 
II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 
2º, inciso V); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, 
inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou 
restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 
157, § 3º); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso 
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, 
ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); (Redação 
dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 
159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 
1994) 
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e 
parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o 
art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 
8.930, de 1994) 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 
4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso 
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 
1998) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 
1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 
1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de 
exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 
218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 
2014) 
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato 
análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de 
genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de 
outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo 
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de 
genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de 
outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso 
restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 
2003, todos tentados ou consumados. (Redação dada pela 
Lei nº 13.497, de 2017) 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2
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Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou 
consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, 
de 1º de outubro de 1956; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, 
previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 
2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou 
munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 
2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática 
de crime hediondo ou equiparado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
 
COMENTÁRIOS DOS TIPOS PENAIS DO ART. 1º DA LEI DE CRIMES 
HEDIONDOS 
ART. 1º, INCISO I – HOMICÍDIO EM ATIVIDADE TÍPICA DE GRUPO DE 
EXTERMÍNIO E O HOMICÍDIO QUALIFICADO 
MUITO IMPORTANTE 
 
Para facilitar o aprendizado, no início de cada tópico, será apresentada uma tabela com a 
redação anterior e a novel, em conformidade com a Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrime). 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
I – homicídio (Art. 121), quando praticado em 
atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
cometido por um só agente, e homicídio 
qualificado (Art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e 
VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 
2015) 
 
 
I - homicídio (Art. 121), quando praticado em atividade 
típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por 
um só agente, e homicídio qualificado (Art. 121, § 2º, 
incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
Inicialmente, é importante ressaltar que todo homicídio qualificado é considerado 
crime hediondo. 
 
Não é por outro motivo que a Lei nº 13.964/19, ao criar uma nova modalidade de 
homicídio qualificado (Art. 121, §2º, inciso VIII, do CP), já fez incluí-la no rol dos crimes 
hediondos (Art. 1º, inciso I, da Lei nº 8.072/90). 
 
Entretanto, o Art. 121, §2º, inciso VIII, do CP, foi vetado pelo Presidente da República, 
tornando a alteração legislativa inócua1. 
 
 
1 O INCISIVO VIII TINHA A SEGUINTE REDAÇÃO: “VIII – COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO OU PROIBIDO.” 
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DÚVIDA: O que é homicídio privilegiado-qualificado? 
Inicialmente, vamos entender o que seria um homicídio privilegiado e um homicídio 
qualificado. 
 
Se a qualificadora é uma modalidade mais grave do tipo penal, com intervalo de pena 
mais elevado, o privilégio é o oposto, ou seja, possui intervalo de pena inferior ao tipo penal 
simples. 
 
O homicídio privilegiado está previsto no Art. 121, §1º, do Código Penal: 
 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante 
valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em 
seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena 
de um sexto a um terço. 
 
Da leitura do dispositivo legal, o homicídio privilegiado exige: 
 
 
 
Ao analisar as hipóteses legais, percebe-se que ambas são circunstâncias subjetivas, ou 
seja, relacionadas ao motivo que levou o agente a praticar a conduta. 
 
Um exemplo de homicídio privilegiado é aquele que ocorre quando um agente pratica a 
eutanásia em enfermo terminal, com o objetivo de abreviar-lhe o sofrimento. 
 
Por outro lado, o homicídio qualificado, previsto no Art. 121, §2º, do Código Penal, pode 
se caracterizar tanto por circunstâncias subjetivas (motivo), quanto por circunstâncias 
objetivas (meio empregado para o crime). 
 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo 
torpe; 
II - por motivo fútil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo 
comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro 
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo 
feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
HOMICÍDIO 
PRIVILEGIADO
Relevante valor 
social ou moral
Injusta 
provocação da 
vítima
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VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em 
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
VIII - (VETADO): (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Em suma: 
 
 
 
 
Segundo o STJ (Info 625), a qualificadora do feminicídio (inciso VI) é objetiva. 
 
O fundamento é a possibilidade de cumular o feminicídio (qualificadora objetiva) com a 
qualificadora do motivo fútil (qualificadora subjetiva). 
 
MUITO IMPORTANTE 
Assim como é possível a cumulação de mais de uma qualificadora no homicídio, desde 
que haja somente uma de caráter subjetivo, é possível a figura do homicídio privilegiado-
qualificado, caso a qualificadora seja de caráter objetivo. 
 
O motivo é simples. 
 
Como dito acima, as hipóteses de privilégio no homicídio são subjetivas e, por isso, 
podem ser cumuladas com qualificadoras objetivas. 
 
 
 
QUALIFICADORAS 
SUBJETIVAS
(MOTIVO)
Incisos: I, 
II, V, VII
QUALIFICADORAS 
OBJETIVAS
(MEIO EMPREGADO)
Incisos: III, 
IV e VI* 
HOMICÍDIO 
PRIVILEGIADO-
QUALIFICADO
Privilégio
(subjetivo)
Qualificadora
(objetiva)
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Por exemplo, imagine o médico, com a intenção de diminuir o sofrimento de seu 
paciente, desligue os aparelhos enquanto este está dormindo. 
 
Nessa situação, o médico responderá por homicídio privilegiado-qualificado, pois agiu 
mediante relevante valor social/moral (privilégio), mas a vítima não teve chance de se 
defender (qualificadora objetiva, prevista no Art. 121, §2º, IV). 
 
DÚVIDA: O homicídio privilegiado-qualificado é crime hediondo? 
A resposta é NÃO. 
 
Como dito anteriormente, a Lei nº 8.072/90 adotou o critério legal para classificação dos 
crimes hediondos, razão pela qual não seria possível considerar o homicídio privilegiado-
qualificado como tal. 
 
Outro fundamento seria a incompatibilidade lógico-jurídica de considerar hedionda a 
conduta do agente que age sob móvel de relevante valor moral/social ou de injusta agressão. 
 
DÚVIDA: Há alguma modalidade de homicídio simples que configura crime 
hediondo? 
A resposta é SIM. 
 
O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, apesar de não se 
amoldar a nenhuma hipótese de homicídio qualificado, é considerado crime hediondo. 
 
ART. 1º, INCISO I-A – LESÃO CORPORAL DOLOSA DE NATUREZA 
GRAVÍSSIMA OU SEGUIDA DE MORTE, CONTRA AGENTES PÚBLICOS 
DE SEGURANÇA PÚBLICA 
Inicialmente, é importante ressaltar que não houve alteração do inciso I-A pela Lei nº 
13.964/2019. 
 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e 
lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas 
contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em 
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
 
Basta relembrar que o Art. 144 da Constituição Federal foi, recentemente, alterado pela 
EC nº 104, que criou as polícias penais no âmbito do sistema penal, por exemplo, no DEPEN. 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos: 
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I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) 
 
ART. 1º, INCISO II – ROUBO 
MUITO IMPORTANTE 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
II - latrocínio (Art. 157, § 3o, in 
fine); (Inciso incluído pela Lei nº 
8.930, de 1994) 
 
 
II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
a) circunstanciado pela restrição de 
liberdade da vítima (Art. 157, § 2º, inciso 
V); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
b) circunstanciado pelo emprego de 
arma de fogo (Art. 157, § 2º-A, inciso I) ou 
pelo emprego de arma de fogo de uso 
proibido ou restrito (Art. 157, § 2º-
B); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
c) qualificado pelo resultado lesão 
corporal grave ou morte (Art. 157, § 
3º); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
Da leitura do inciso II, percebe-se que o houve uma significativa ampliação das espécies 
de roubo como crime hediondo. 
 
Evidentemente, trata-se de lei penal gravosa e deve ser aplicada somente para os crimes 
praticados após a vigência da Lei nº 13.964/19 (Lei Anticrimes). 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art3
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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9 
 
 
 
DÚVIDA: Quais alterações sofreu o tipo penal do Art. 157 do CP (roubo) com 
a Lei Anticrimes? 
 
A Lei nº 13.964/19, em regra, apresentou disposições mais severas no Direito Penal, 
como se observa com as novas hipóteses de roubo majorado. 
 
Nesse sentido, as principais alterações foram: 
 
 
 
 
REDAÇÃO 
ANTERIOR
Latrocínio
LEI 
ANTICRIME
Restrição de 
liberdade da 
vítima
Emprego de 
arma de fogo 
(permitido ou 
restrito)
Resultado: Lesão 
corporal grave
Latrocínio
Emprego de arma branca voltou a ser majorado (aumento de 1/3 até a metade).
Emprego de arma de fogo de uso restrito (Art. 157, §2-B) com aumento de pena em 
dobro. 
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MUDE SUA VIDA! 
10 
 
ART. 1º, INCISOS III – EXTORSÃO QUALIFICADA PELA RESTRIÇÃO DA 
LIBERDADE DA VÍTIMA, OCORRÊNCIA DE LESÃO CORPORAL OU 
MORTE 
MUITO IMPORTANTE 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
III - extorsão qualificada pela morte 
(Art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
 
 
III - extorsão qualificada pela restrição 
da liberdade da vítima, ocorrência de lesão 
corporal ou morte (Art. 158, § 3º); (Redação 
dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrimes) alargou as hipóteses de extorsão qualificada que 
serão classificadas como crimes hediondos. 
 
 
 
DÚVIDA: Qual a diferença entre extorsão qualificada por restrição da 
liberdade da vítima (CP, Art. 158, §3º) e a extorsão mediante sequestro (CP, Art. 
159)? 
 
Inicialmente, é importante registrar que a extorsão qualificada por restrição da 
liberdade da vítima é conhecida como SEQUESTRO RELÂMPAGO. 
 
Dito isso, no sequestro relâmpago, é a própria vítima, que tem sua liberdade suprimida, 
quem efetuará o pagamento da vantagem indevida. 
 
Por exemplo, a vítima fica sob a alça de mira de uma arma de fogo e é obrigada a 
entregar seus cartões bancários para que um dos criminosos realize os saques, sendo 
libertada somente após a subtração patrimonial. 
REDAÇÃO 
ANTERIOR
Resultado 
morte
LEI 
ANTICRIME
Restrição de 
liberdade da 
vítima
Resultado 
lesão 
corporal
Resultado 
morte
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11 
 
Por outro lado, na extorsão mediante sequestro, a vantagem indevida será exigida de 
terceiro em troca da liberdade da vítima sequestrada. 
 
Por exemplo, uma criança é sequestrada na porta da escola e, posteriormente, os 
sequestradores entram em contato com os pais para exigir o pagamento de resgate. 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. (CESPE – TJ-DFT – Analista) - A respeito dos crimes hediondos, julgue o item que se 
segue. O crime de lesão corporaldolosa de natureza gravíssima é hediondo quando 
praticado contra cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo de até terceiro grau, 
de agente da Polícia Rodoviária Federal e integrante do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, em razão dessa condição. 
 
2. (CESPE – Polícia Federal – Agente) - Julgue o seguinte item. O homicídio qualificado-
privilegiado é crime hediondo. 
 
3. (CESPE – SEGESP-AL – Papiloscopista) - Julgue o item a seguir, acerca de crimes contra 
a administração pública, crimes hediondos e crimes contra a pessoa. É vedada a 
concessão de fiança à pessoa plenamente capaz que cometer homicídio simples, por ser 
considerado crime hediondo, e a pena a ser aplicada nesse caso será cumprida no 
regime inicialmente fechado. 
 
4. (CESPE – PRF – Policial Rodoviário Federal) - No que se refere aos delitos previstos na 
parte especial do CP, julgue o item. Considera-se crime hediondo o homicídio culposo 
na condução de veículo automotor, quando comprovada a embriaguez do condutor. 
 
 
SEQUESTRO 
RELÂMPAGO
A vítima é quem 
entrega a 
vantagem indevida
EXTORSÃO 
MEDIANTE 
SEQUESTRO
O terceiro é quem 
entrega a 
vantagem indevida
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MUDE SUA VIDA! 
12 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 01: A hipótese apresentada encontra-se no 
Art. 1º, inciso I-A, da Lei de Crimes Hediondos: 
 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão 
corporal seguida de morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou 
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema 
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em 
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 
terceiro grau, em razão dessa condição. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 02: Apesar de todos os homicídios qualificados 
serem classificados como crime hediondo, a figura do homicídio privilegiado-
qualificado não se encontra no rol taxativo da Lei nº 8.072/90. 
 
Por outro lado, os elementos do privilégio no homicídio são incompatíveis com 
a hediondez. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 03: A questão apresenta 02 equívocos. O 
primeiro é afirmar que o homicídio simples é hediondo, quando apenas aquele 
praticado em atividade típica de grupo de extermínio, nos termos do Art. 1º, I, da 
Lei nº 8.072/90. 
 
Por outro lado, como já pacificado pelo STF, é inconstitucional, por ferir a 
individualização da pena, a previsão legal de que nos crimes hediondos o regime 
prisional deverá ser integralmente fechado. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 04: Não consta no rol dos crimes hediondos 
(Lei nº 8.072/90, Art. 1º) nenhuma modalidade culposa de homicídio. 
 
 
GABARITO
1. CERTO 
2. ERRADO 
3. ERRADO 
4. ERRADO 
 
 
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1 
 
SUMÁRIO 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) .................................................................................. 2 
COMENTÁRIOS DOS TIPOS PENAIS DO ART. 1º DA LEI DE CRIMES HEDIONDOS ............................ 2 
ART. 1º, INCISO IV – EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO ............................................................ 2 
ART. 1º, INCISOS V E VI – ESTUPRO E ESTUPRO DE VULNERÁVEL ............................................... 3 
ART. 1º, INCISOS VII – EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE ....................................................... 4 
ART. 1º, INCISOS VII-B – FALSIFICAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU 
MEDICINAIS ................................................................................................................................... 4 
ART. 1º, INCISOS VIII – FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE 
EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL .............................. 4 
ART. 1º, INCISOS IX – FURTO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE EXPLOSIVO ............................. 4 
COMENTÁRIOS DO ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 8.072/90 ........................................... 5 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO I – GENOCÍDIO .................................................................. 5 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO II – POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMAS DE FOGO DE 
USO PROIBIDO .............................................................................................................................. 6 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO III – COMÉRCIO ILEGAL DE ARMAS DE FOGO ................... 6 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO IV – TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO ......... 6 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO V – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, QUANDO DIRECIONADA 
À PRÁTICA DE CRIME HEDIONDO OU EQUIPARADO .................................................................... 7 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................... 7 
GABARITO ......................................................................................................................................... 8 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) 
COMENTÁRIOS DOS TIPOS PENAIS DO ART. 1º DA LEI DE CRIMES 
HEDIONDOS 
ART. 1º, INCISO IV – EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO 
 
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrimes) não alterou o inciso IV do Art. 1º da Lei nº 
8.072/90: 
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 
159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 
1994) 
 
É bastante interessante o fato de que tanto a modalidade simples quanto as 
modalidades qualificadas da extorsão mediante sequestro são consideradas crimes 
hediondos. 
 
DÚVIDA: Qual a diferença do sequestro e da extorsão mediante sequestro? 
 
O sequestro, previsto no Art. 148 do CP, é um crime contra a liberdade pessoal e nada 
mais é do que impedir o direito de locomoção da vítima. 
 
Por outro lado, a extorsão mediante sequestro (CP, Art. 159) é um crime contra o 
patrimônio em que o agente se utiliza da restrição da liberdade da vítima para exigir 
vantagem indevida a terceiro. 
 
Na realidade, quando se escuta no noticiário a ocorrência de um “sequestro”, em regra, 
trata-se do crime de extorsão mediante sequestro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequestro
Crime contra 
a liberdade 
pessoal
Extorsão 
mediante 
sequestro
Crime contra 
o patrimônio
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3 
 
ART. 1º, INCISOS V E VI – ESTUPRO E ESTUPRO DE VULNERÁVEL 
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrimes) não alterou os incisos V e VI do Art. 1º da Lei nº 
8.072/90: 
 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 
4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
Serão considerados crimes hediondos o estupro e o estupro de vulnerável, tanto na 
modalidade simples, quanto nas modalidades qualificadas. 
 
DÚVIDA: A vulnerabilidade da vítima menor de 14 anos é presumida no 
crime de estupro de vulnerável? 
 
A resposta é SIM. 
 
Na realidade, não se trata de presunção absoluta de vulnerabilidade, mas desta ser um 
elemento do tipo penal. 
 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso 
com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
 
Nesse sentido, a posição do STJ é no sentido de ser fato típico a relação sexual com 
menor de 14 anos, independentemente do consentimento da vítima, experiência sexual 
anteriorou existência de relacionamento amoroso com o agente. 
 
Súmula 593-STJ: O crime de estupro de vulnerável configura-se 
com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 
14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento da vítima para 
a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de 
relacionamento amoroso com o agente. 
 
MUITO IMPORTANTE 
 
A partir da Lei nº 13.718/18, todos os crimes contra a dignidade sexual são de ação 
penal pública incondicionada. 
 
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, 
procede-se mediante ação penal pública incondicionada. (Redação 
dada pela Lei nº 13.718, de 2018) 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13718.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13718.htm#art1
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4 
 
ART. 1º, INCISOS VII – EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE 
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrimes) não alterou o inciso VII do Art. 1º da Lei nº 
8.072/90: 
 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso 
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
 
ART. 1º, INCISOS VII-B – FALSIFICAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A 
FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS 
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrimes) não alterou o inciso VII do Art. 1º da Lei nº 
8.072/90: 
 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 
1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 
1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
 
ART. 1º, INCISOS VIII – FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU 
OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU 
ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL 
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrimes) não alterou o inciso VIII do Art. 1º da Lei nº 
8.072/90: 
 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de 
exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 
218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 
2014) 
 
ART. 1º, INCISOS IX – FURTO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE 
EXPLOSIVO 
MUITO IMPORTANTE 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
 
 
NÃO HAVIA PREVISÃO LEGAL 
IX - furto qualificado pelo emprego de 
explosivo ou de artefato análogo que cause 
perigo comum (Art. 155, § 4º-A). (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrimes) incluiu no rol de crimes hediondos o furto 
qualificado pelo emprego de explosivo. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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5 
 
Trata-se de uma reação legislativa ao crescente número de explosão de caixas 
eletrônicos e agências bancárias, na mesma linha do que aconteceu com a Lei nº 13.654/18, 
que qualificou o furto praticado nessas circunstâncias. 
 
 § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, 
se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause 
perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
 
COMENTÁRIOS DO ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 
8.072/90 
MUITO IMPORTANTE 
 
O parágrafo único do Art. 1º da Lei de Crimes Hediondos sofreu profunda alteração por 
meio da Lei nº 13.964/2019, com a inclusão de diversos tipos penais no rol de crimes 
hediondos. 
 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO I – GENOCÍDIO 
A Lei nº 13.964/2019, ao revogar a antiga redação do Art. 1º, parágrafo único, deslocou 
o crime de genocídio para o inciso I, ocorrendo fenômeno similar à continuidade normativo-
típica. 
 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou 
consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, 
de 1º de outubro de 1956; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
DÚVIDA: O que é a continuidade normativo-típica? 
 
A continuidade normativo-típica ocorre quando um tipo penal, mesmo revogado, 
continua a ser uma conduta delitiva. 
 
Nesse caso, não há abolitio criminis, mas apenas transferência da tipicidade para outro 
artigo de lei. 
 
Por exemplo, é o que ocorreu com o crime de contrabando que, mesmo revogado no Art. 
334 do CP, teve sua normatividade mantida no Art. 334-A do CP. 
 
 
 
 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm
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6 
 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO II – POSSE OU PORTE ILEGAL DE 
ARMAS DE FOGO DE USO PROIBIDO 
Da mesma forma que ocorreu com o crime de genocídio, o crime de posse ou porte ilegal 
de armas de fogo de uso proibido permanece no rol de crimes hediondos, agora, deslocado 
para o inciso II. 
 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou 
consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(...) 
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, 
previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 
2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO III – COMÉRCIO ILEGAL DE 
ARMAS DE FOGO 
MUITO IMPORTANTE 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
 
 
NÃO HAVIA PREVISÃO LEGAL 
III - o crime de comércio ilegal de armas de 
fogo, previsto no Art. 17 da Lei nº 10.826, de 
22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
 
A Lei nº 13.964/2019 incluiu no rol de crimes hediondos o comércio ilegal de armas de 
fogo (Estatuto do Desarmamento, Art. 17). 
 
Com isso, corrige-se a absurda situação de se considerar hediondo o crime de posse ou 
porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, ao passo que a comercialização ilegal de armas 
de fogo (crime muito mais grave) não era. 
 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO IV – TRÁFICO INTERNACIONAL 
DE ARMA DE FOGO 
MUITO IMPORTANTE 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
 
 
NÃO HAVIA PREVISÃO LEGAL 
IV - o crime de tráfico internacional de arma 
de fogo, acessório ou munição, previsto 
no Art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de 
dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art17
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art18http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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7 
 
A Lei nº 13.964/2019 incluiu no rol de crimes hediondos o tráfico internacional de 
armas de fogo (Estatuto do Desarmamento, Art. 18). 
 
O mesmo fundamento apresentado para o comércio ilegal vale para o tráfico 
internacional de arma de fogo, pois ambos os crimes são mais graves do que a posse ou porte 
ilegal de arma de fogo de uso proibido, dessa forma, o legislador corrigiu a anomalia por meio 
da Lei Anticrimes. 
 
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO V – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, 
QUANDO DIRECIONADA À PRÁTICA DE CRIME HEDIONDO OU 
EQUIPARADO 
MUITO IMPORTANTE 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
 
 
NÃO HAVIA PREVISÃO LEGAL 
V - o crime de organização criminosa, quando 
direcionado à prática de crime hediondo ou 
equiparado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
 
 
A Lei nº 13.964/2019 incluiu no rol de crimes hediondos a participação em organização 
criminosa, quando direcionada à prática de crime hediondo ou equiparado. 
 
A alteração legislativa compatibilizou a persecução penal em relação às organizações 
criminosas, permitindo que os instrumentos da Lei de Crimes Hediondos sejam aplicados ao 
grupo criminoso e não somente para as condutas criminosas por ele praticados. 
 
EXERCÍCIOS 
1. (CESPE – Polícia Federal– Delegado) - Em cada item que se segue, é apresentada uma 
situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada com relação a crime de 
tortura, crime hediondo, crime previdenciário e crime contra o idoso. Paula, 
proprietária de uma casa de prostituição, induziu e passou a explorar sexualmente duas 
garotas de quinze anos de idade. Nessa situação, o crime praticado por Paula é 
hediondo e, por isso, insuscetível de anistia, graça e indulto. 
 
2. (CESPE – CNJ– Analista) - Em relação a crimes contra a fé e a administração públicas e 
de abuso de autoridade, julgue os itens subsequentes. Recentemente, ocorreu a inclusão 
do crime de corrupção ativa no rol dos delitos hediondos, fato que, entre outros efeitos, 
tornou esse crime inafiançável e determinou que o início do cumprimento da pena 
ocorra em regime fechado. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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8 
 
3. (CESPE – PC-ES– Agente) - Acerca dos crimes hediondos e da legislação antidrogas, 
julgue o item. Segundo o disposto na legislação específica, são crimes hediondos, entre 
outros, o homicídio qualificado, o latrocínio, a epidemia com resultado morte e o 
genocídio. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 01: O enunciado narra um dos tipos penais 
elencados no Art. 1º da Lei nº 8.072/90 definido como crime hediondo: 
 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual 
de criança ou adolescente ou de vulnerável (Art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). 
 
Dito isso, como o crime hediondo é insuscetível de anistia, graça e indulto, a 
assertiva está correta. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 02: Ao contrário do afirmado no enunciado, o 
crime de corrupção ativa não consta no rol de crimes hediondos do Art. 1º da Lei nº 
8.072/90. 
 
Aliás, o mencionado rol não apresenta nenhum tipo penal classificado como 
crime contra a Administração Pública. 
 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 03: O enunciado está correto, já que os 03 
tipos penais constam no rol do Art. 1º da Lei nº 8.072/90. 
 
O aluno deve observar que a maioria esmagadora das questões que cobram o 
tema “crimes hediondos” envolve o conhecimento dos tipos penais classificados 
como crime hediondos. 
 
Diante da nova alteração legislação trazida pela Lei Anticrimes, o aluno deve 
redobrar o cuidado na leitura do Art. 1º da Lei nº 8.072/90. 
 
 
GABARITO
1. CERTO 
2. ERRADO 
3. CERTO 
 
 
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1 
 
SUMÁRIO 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) .................................................................................. 2 
CRIMES EQUIPARADOS A HEDIONDOS ............................................................................................ 2 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL ........................................................................................................ 2 
ART. 2º DA LEI Nº 8.072/90 .............................................................................................................. 3 
ANISTIA, GRAÇA E INDULTO ......................................................................................................... 3 
FIANÇA .......................................................................................................................................... 4 
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º, §1º ................................................................................. 5 
PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA PARA OS CRIMES HEDIONDOS ................................................ 6 
PROGRESSÃO .................................................................................................................................... 7 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................... 8 
GABARITO ....................................................................................................................................... 10 
 
 
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2 
 
LEI Nº 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) 
CRIMES EQUIPARADOS A HEDIONDOS 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL 
A Constituição Federal estabeleceu o mesmo tratamento mais severo dos crimes 
hediondos para os crimes de: tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e o terrorismo (TTT). 
 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça 
ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem; 
 
Dessa forma, surgiu a expressão crimes “equiparados a hediondos”. 
 
É bastante comum o examinador criar uma questão capciosa ao afirmar que a tortura, o 
tráfico de drogas e o terrorismo são crimes hediondos, contudo, o aluno deve se recordar que 
tais ilícitos são “equiparados”, e não, propriamente, hediondos. 
 
 
 
 
 
DÚVIDA: O tráfico privilegiado (Lei nº 11.343/06) é considerado crime 
hediondo? 
 
MUITO IMPORTANTE! INOVAÇÃO DO PACOTE ANTICRIMES! 
 
A resposta é NÃO. 
 
A jurisprudência dos Tribunais Superiores era pacífica em afastar a hediondez do crime 
de tráfico privilegiado. 
CRIMES 
HEDIONDOS
Rol do Art. 1º 
da Lei nº 
8.072/90
CRIMES 
EQUIPARADOS A 
HEDIODOS
Tráfico de 
drogas
Tortura
Terrorismo
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3 
 
Ocorre que com o advento da Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrime), foi incluído o §5º no 
Art. 112 da Lei nº 7.210/84 (Lei de Execuções Penais), prevendo, expressamente, que o tráfico 
privilegiado não é equiparado a crime hediondo. 
 
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste 
artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei 
nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. 
 
Em suma, o legislador positivou o entendimento consolidado dos Tribunais Superiores 
acerca da ausência de equiparação ao crime hediondo do tipo penal do Art. 33, §4º, da Lei de 
Drogas (tráfico privilegiado). 
 
ART. 2º DA LEI Nº 8.072/90 
ANISTIA, GRAÇA E INDULTO 
Nos termos do Art. 2º, I, da Lei nº 8.072/90, os crimes hediondos e os equiparados não 
admitem os institutos da anistia, graça e indulto. 
 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentese drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis 
de: (Vide Súmula Vinculante) 
I - anistia, graça e indulto; 
 
DÚVIDA: O que é anistia? 
 
É um benefício concedido pelo Congresso Nacional ao condenado, em que há um perdão 
pelo fato criminoso. 
 
Em regra, a anistia é concedida para os crimes políticos, mas nada impede que abranja 
outros crimes. 
 
A anistia tem aptidão para extinguir os efeitos penais da condenação, assim, por 
exemplo, o anistiado não será considerado reincidente por conta da conduta perdoada. 
Contudo, em relação aos efeitos cíveis, não há qualquer alteração. 
 
Por fim, a anistia tem caráter iminentemente coletivo, beneficiando todos os agentes que 
cometeram a conduta anistiada. 
 
DÚVIDA: O que é indulto? 
 
O indulto é um benefício concedido pelo Presidente da República (por meio de decreto), 
repercutindo no efeito executório da condenação. 
 
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../../../LEIS/L7210.htm#art112§5
../../../_Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm#art33§4
../../../_Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm#art33§4
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_30.pdf
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Por abranger apenas o efeito executório, não há extinção dos chamados efeitos penais 
secundários, ou seja, não se afasta, por exemplo, a reincidência do condenado que foi 
agraciado pelo indulto. 
 
O indulto é um benefício coletivo e é concedido de ofício, ou seja, independente de 
pedido do condenado. 
 
DÚVIDA: O que é graça? 
 
A graça é um indulto individual, ou seja, concedido a um destinatário específico, após 
seu pedido. 
 
 
 
FIANÇA 
MUITO IMPORTANTE 
 
O Art. 2º, inciso II, da Lei nº 8.072/90, afirma que os crimes hediondos e os equiparados 
são inafiançáveis: 
 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis 
de: (Vide Súmula Vinculante) 
(...) 
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
 
Antes da reforma do Código de Processo Penal em 2008, a vedação à concessão de 
fiança, quase sempre, representava a impossibilidade de liberdade provisória ao agente que 
praticou o crime hediondo ou equiparado. 
 
Isso porque, antes de 2008, a regra era o encarceramento do acusado, com possibilidade 
de liberdade provisória mediante o pagamento de fiança. 
ANISTIA
Concedido pelo 
Congresso 
Nacional
Crimes políticos 
(em regra)
Afasta os efeitos 
penais 
secundários
INDULTO
GRAÇA
Concedido pelo 
Presidente de 
República
Qualquer crime
Não afasta os 
efeitos penais 
secundários
https://www.alfaconcursos.com.br/
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_30.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
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Assim, caso o crime fosse considerado inafiançável, pouco poderia fazer o acusado para 
livrar-se solto. 
 
Ocorre que, a partir de 2008, a regra se tornou a concessão da liberdade provisória, seja 
por meio de fiança, seja por meio da imposição de medida cautelar diversa da prisão. 
 
Diante disso, gerou-se uma “estranha” situação: caso o juiz entenda que a imposição de 
medida cautelar diversa da prisão seja suficiente, o acusado da prática de crime hediondo ou 
equiparado pode ser solto, ou seja, só não pode ser-lhe arbitrada a fiança. 
 
Por exemplo, um indivíduo, preso em flagrante, na posse de arma de fogo de uso 
permitido pode ter a concessão da liberdade provisória por meio da imposição de medida 
cautelar e, muito possivelmente, com fixação de fiança. 
 
Por outro lado, caso o indivíduo seja preso em flagrante em razão do porte de arma de 
fogo de uso restrito (crime hediondo), poderá ser concedida medida cautelar diversa da 
prisão, desde que não haja arbitramento de fiança, pois se trata de crime inafiançável. 
 
Em suma, é possível a concessão da liberdade provisória ao agente que 
praticou crime hediondo ou equiparado, sendo vedado, apenas, o arbitramento de 
fiança, pois se trata de crime inafiançável. 
 
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º, §1º 
MUITO IMPORTANTE 
 
A redação original do Art. 2º, §1º, da Lei nº 8.072/90, foi declarada inconstitucional pelo 
STF, sendo, inclusive, objeto de Súmula Vinculante (nº 26). 
 
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida 
integralmente em regime fechado. 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida 
inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei 
nº 11.464, de 2007) 
 
Súmula Vinculante nº 26 - Para efeito de progressão de regime no 
cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da 
execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 8.072, 
de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado 
preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, 
podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a 
realização de exame criminológico. 
 
Na realidade, nem mesmo o regime inicial dos crimes hediondos será 
necessariamente fechado, devendo o juiz analisar o caso concreto e verificar as 
circunstâncias pessoais do condenado na imposição da pena. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
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PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA PARA OS CRIMES HEDIONDOS 
Nos termos do Art. 2º, §4º, da Lei nº 8.072/90, o prazo de duração da prisão temporária 
será de 30 dias, prorrogável por igual período: 
 
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 
de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o 
prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de 
extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei 
nº 11.464, de 2007) 
 
 
 
ATENÇÃO: Na gravação, eu mencionei, equivocadamente, o prazo de 10 dias 
para a prisão temporária, o material já está corrigido, pois são 05 dias, 
prorrogáveis por mais 05 dias. 
 
OBS: A conclusão do inquérito policial que investiga crimes hediondos, também, é 
diferenciado. Nesse sentido, o prazo de encerramento do inquérito policial para crimes 
hediondos é de 30 dias, prorrogável por mais 30 dias, estando o investigado preso ou solto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES 
HEDIONDOS
Prazo de 30 
+ 30 (dias)
DEMAIS 
CRIMES
Prazo de 05 
+ 05 (dias)
CRIMES 
HEDIONDOS
30+30 
(dias)
CÓDIGO DE 
PROCESSO PENAL
Preso: 10 
dias
Solto: 30 
dias
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
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7 
 
PROGRESSÃO 
MUITO IMPORTANTE! INOVAÇÃO DO PACOTE ANTICRIMES! 
A progressão do regime de cumprimento de pena sofreu profunda alteração com a Lei nº 
13.964/19 (Lei de Anticrimes), tendo repercussão, inclusive, para os crimes hediondos. 
 
REDAÇÃO ANTERIOR APÓS LEI ANTICRIME 
§ 2º A progressão de regime, no caso 
dos condenados pelos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento 
de 2/5 (dois quintos) da pena, se o 
apenado for primário, e de 3/5 (três 
quintos), se reincidente, observado o 
disposto nos §§ 3º e 4º do art. 112 da Lei nº 
7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução 
Penal). 
 
Art. 112. A pena privativa de liberdade 
será executada em forma progressiva com a 
transferência para regime menos rigoroso, a ser 
determinada pelo juiz, quando o preso tiver 
cumprido ao menos: 
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o 
apenado for primário e o crime tiver sido 
cometido sem violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o 
apenado for reincidente

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