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🧪 PROJETO DE PESQUISA: FOGO QUE NÃO QUEIMA
1. TÍTULO
Fogo que não queima: a ciência por trás da proteção térmica momentânea com algodão, álcool e água.
2. INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos, o fogo sempre despertou fascínio e temor nos seres humanos. Para os homens 
das cavernas, dominar o fogo foi um marco essencial para a sobrevivência: com ele, passaram a se aquecer nas 
noites frias, afastar predadores, cozinhar alimentos e até fortalecer os laços sociais ao redor das chamas. Esse 
domínio transformou completamente a trajetória da humanidade, marcando o início da civilização.
Com o tempo, o ser humano aprendeu não apenas a usar o fogo, mas a entendê-lo. Hoje, graças ao conhecimento 
científico, conseguimos explorar suas propriedades de forma controlada e até realizar experiências que desafiam o 
senso comum — como o experimento conhecido como “Fogo que não queima”.
Neste projeto, investigamos como é possível que o algodão, um material altamente inflamável, entre em contato 
direto com o fogo sem ser consumido. A partir de conceitos fundamentais da física e da química, como combustão, 
calor específico da água e transferência de calor, buscamos compreender e demonstrar, de forma prática, como o 
conhecimento pode transformar o que antes era mágico ou assustador em algo compreensível e seguro.
3. JUSTIFICATIVA
Este projeto foi escolhido pela sua capacidade de transformar um fenômeno comum — o fogo — em uma aula 
prática e envolvente. Ao demonstrar como o fogo pode ser manipulado com segurança e conhecimento científico, o 
experimento promove o interesse dos alunos por ciências e reforça a importância da observação e da investigação. 
Além disso, é um experimento de baixo custo, com materiais acessíveis e fácil de realizar, o que facilita sua 
aplicação em sala de aula.
4. PROBLEMA DE PESQUISA
Como é possível que o algodão entre em contato com o fogo sem ser queimado?
5. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
Compreender e demonstrar como é possível proteger um material inflamável do fogo por meio da aplicação de 
princípios físicos e químicos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Explicar os conceitos científicos envolvidos no experimento.
Demonstrar, na prática, o comportamento de uma mistura de álcool e água ao ser queimada sobre o algodão.
Incentivar o pensamento crítico e o interesse pela ciência por meio da experimentação.
6. REFERENCIAL TEÓRICO
🔥 CONCEITOS CIENTÍFICOS ENVOLVIDOS
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COMBUSTÃO
A combustão é uma reação química entre uma substância inflamável (combustível) e o oxigênio do ar, 
liberando calor e luz. No caso deste experimento, o álcool etílico (etanol) é o combustível. Quando 
aquecido ou em contato com uma chama, ele reage com o oxigênio do ar e entra em combustão.
PONTO DE FULGOR
O ponto de fulgor é a menor temperatura em que um líquido libera vapores em quantidade suficiente para 
formar uma mistura inflamável com o ar. O álcool 70% tem um ponto de fulgor mais baixo do que a água, 
ou seja, queima com facilidade. Já a água não entra em combustão — ela apenas evapora quando 
aquecida.
CALOR ESPECÍFICO
O calor específico da água é muito alto (1 cal/g°C), o que significa que ela absorve muito calor antes de 
aquecer. Isso a torna excelente para proteger o algodão: enquanto o álcool queima, a água absorve o 
calor, impedindo que o algodão atinja a temperatura de ignição (em torno de 230°C) e entre em 
combustão.
EVAPORAÇÃO
À medida que o álcool queima, a água presente na mistura começa a evaporar. Esse processo de 
evaporação rouba calor do ambiente (do algodão), funcionando como um “resfriador” natural. Isso 
mantém a temperatura do algodão baixa o suficiente para que ele não queime.
TRANSFERÊNCIA DE CALOR
A chama transfere calor para o líquido, mas como a água está presente, ela absorve parte dessa energia 
térmica, retardando o aumento da temperatura do algodão. Essa transferência de calor se dá 
principalmente por condução e convecção.
MISTURA DE SUBSTÂNCIAS
O álcool 70% é uma solução que contém aproximadamente 70% de etanol e 30% de água. Ao molhar o 
algodão com essa mistura, formamos uma camada protetora onde o álcool queima superficialmente, 
enquanto a água protege a fibra do calor intenso.
7. METODOLOGIA
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Algodão (bolas ou chumaços)
Fósforos ou isqueiro
Álcool 70%
Água
Copo ou recipiente de vidro
PROCEDIMENTO:
Misturar quantidades iguais de álcool 70% e água num recipiente.
Mergulhar um pedaço de algodão na solução, deixando bem encharcado.
Retirar o excesso de líquido do algodão.
Com um fósforo ou isqueiro, aproximar a chama do algodão e observar.
Registrar o que acontece: o algodão entra em combustão? Ele é consumido? A chama permanece?
OBSERVAÇÕES DE SEGURANÇA:
Realizar o experimento em local ventilado.
Manter materiais inflamáveis afastados.
Ter um recipiente com água ao lado, por precaução.
8. RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que o fogo queime apenas o álcool presente na mistura, enquanto o algodão permanece intacto, 
protegido pela ação da água que absorve o calor. O algodão pode ficar levemente chamuscado, mas não será 
consumido como ocorreria com algodão seco. Isso mostrará que, mesmo diante do fogo, o conhecimento científico 
pode criar formas de proteção e controle.
9. CONCLUSÃO
O experimento “Fogo que não queima” é uma maneira eficaz de unir teoria e prática. Ele demonstra, de forma 
visual e impactante, como propriedades como calor específico, combustão e evaporação podem ser aplicadas 
para entender fenômenos do dia a dia. Além disso, estimula a curiosidade científica dos estudantes e mostra como 
a ciência pode explicar o que parece ser mágica.
Esse tipo de experiência promove não apenas aprendizado técnico, mas também o encantamento com o 
conhecimento, essencial para a formação de mentes críticas e interessadas.
10. REFERÊNCIAS
ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 
Bookman, 2012.
BROWN, Theodore L.; LEMAY, H. Eugene. Química: a ciência central. Pearson, 2014.
SILVA, João P. Fenômenos físicos e químicos na sala de aula. Editora Ciência Fácil, 2020.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Experimentos simples para o ensino de ciências. Núcleo de 
Divulgação Científica, 2018.

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