Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

UNINIMINAS 
UNIVERSIDADE DE MINAS GERAIS 
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL E DE PESSOAS 
 
 
 
 
 
GESTÃO AMBIENTAL E DE PESSOAS: A INTEGRAÇÃO ENTRE 
SUSTENTABILIDADE E ENGAJAMENTO ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
 
LUIZ ALBERTO BITENCOURT SÁ DE JESUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POJUCA - BA 
2025 
LUIZ ALBERTO BITENCOURT SÁ DE JESUS 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO AMBIENTAL E DE PESSOAS: A INTEGRAÇÃO ENTRE 
SUSTENTABILIDADE E ENGAJAMENTO ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Centro Universitário 
UNIMINAS como requisito parcial para 
obtenção do título Pós-graduado em 
Gestão Ambiental e de Pessoas. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
POJUCA - BA 
2025 
 
SUMARIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................... 8 
2.1 Fundamentos da Gestão Ambiental nas Organizações .......... Erro! Indicador não 
definido. 
2.2 Gestão de Pessoas e Sustentabilidade Organizacional ........... Erro! Indicador não 
definido. 
2.3 Cultura Organizacional como Alicerce para Ações Sustentáveis .... Erro! Indicador 
não definido. 
2.4 Gestão Ambiental Participativa e o Papel dos Colaboradores . Erro! Indicador não 
definido. 
3 METODOLÓGIA ..................................................................................................... 12 
3.1 Tipo de Pesquisa ........................................................................................... 12 
3.2 Procedimentos Técnicos e Fontes de Dados .................................................... 12 
3.2.1 Revisão bibliográfica: .................................................................................. 12 
3.2.2 Foram consultadas bases como: ................................................................. 13 
3.2.3 Análise documental: ................................................................................... 13 
3.3 Delimitação e Limitações da Pesquisa ............................................................ 13 
3.3.1 As principais limitações do estudo são: ....................................................... 14 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 15 
4.1 A Importância do Engajamento Humano na Sustentabilidade Organizacional. .. 15 
4.2 Integração entre Gestão Ambiental e Gestão de Pessoas: Práticas Relevantes .. 15 
4.3 Barreiras Identificadas na Integração das Áreas ............................................... 16 
4.4 A Cultura Organizacional como Fator Estratégico ............................................ 16 
4.5 Contribuições da Gestão de Pessoas para a Sustentabilidade .......................... 17 
5 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 18 
5.1 Fundamentos da Gestão Ambiental ................................................................ 18 
5.2 Fundamentos da Gestão de Pessoas .............................................................. 18 
5.3 Sustentabilidade e Cultura Organizacional ...................................................... 18 
5.4 Gestão Ambiental Participativa ...................................................................... 19 
6 O Sistema de Gestão Ambiental no Brasil.............................................................. 20 
6.1 Destaque para integração com Gestão de Pessoas .......................................... 21 
6.2 O Processo de Gestão Ambiental nas Organizações ........................................ 21 
6.3 Etapas principais do processo de gestão ambiental organizacional: ................. 22 
6.4 Papel da Gestão de Pessoas no Processo do SGA ............................................ 23 
6.5 Resultados Esperados do Processo ............................................................... 23 
7 A Importância de Planejar no Contexto da Gestão Ambiental ................................ 24 
7.1 Benefícios do planejamento no contexto do SGA: ............................................ 24 
8 Licenciamento Ambiental........................................................................................ 24 
8.1 Papel do licenciamento ambiental na gestão organizacional ............................ 26 
9 Competências para o Licenciamento Ambiental no Brasil ...................................... 27 
9.1 Jurisprudência relevante: STF – RE 586224 (Tema 462) ..................................... 28 
10 Principais Atividades Passíveis de Licenciamento Ambiental............................... 29 
11 Marketing Verde ................................................................................................... 31 
Relação com a Gestão de Pessoas ....................................................................... 31 
Riscos do Greenwashing ..................................................................................... 32 
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 33 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo analisar a integração entre 
a gestão ambiental e a gestão de pessoas, destacando como essa articulação 
contribui para o fortalecimento da sustentabilidade organizacional. Por meio de uma 
abordagem qualitativa, exploratória e de base teórica, o estudo promoveu uma revisão 
da literatura em fontes acadêmicas, legislações e documentos normativos, com 
ênfase em conceitos como Sistema de Gestão Ambiental (SGA), licenciamento 
ambiental, educação ambiental corporativa, marketing verde e planejamento 
estratégico ambiental. Verificou-se que a efetividade das práticas ambientais depende 
diretamente do engajamento dos colaboradores, da capacitação interna, da clareza 
nos processos e da adoção de uma cultura institucional voltada à responsabilidade 
socioambiental. A análise evidenciou ainda que a gestão ambiental não deve ser 
dissociada das estratégias humanas e comunicacionais das organizações, 
especialmente em um cenário que exige inovação e transparência diante das 
demandas ambientais globais. Por fim, o trabalho aponta que a sustentabilidade 
organizacional só é possível quando há um alinhamento real entre discurso, prática e 
envolvimento coletivo. 
Palavras-chave: gestão ambiental; gestão de pessoas; sustentabilidade; educação 
ambiental; marketing verde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A crescente degradação ambiental e os impactos das mudanças climáticas têm 
colocado em evidência a necessidade de rever os modelos tradicionais de produção, 
consumo e gestão organizacional. Nesse cenário, as organizações, públicas e 
privadas, são cada vez mais pressionadas a adotar práticas sustentáveis, que 
conciliem eficiência operacional com responsabilidade socioambiental. A gestão 
ambiental surge, então, como uma ferramenta estratégica para mitigar impactos 
negativos e promover uma cultura organizacional voltada à sustentabilidade. 
No entanto, a implementação de políticas ambientais eficazes exige mais do 
que normas técnicas ou certificações: ela demanda envolvimento humano, formação 
de valores, capacitação e engajamento coletivo. Por esse motivo, a integração entre 
gestão ambiental e gestão de pessoas torna-se essencial para o sucesso das ações 
ambientais. A educação ambiental corporativa, o marketing verde, o planejamento 
estratégico ambiental e a construção de sistemas de gestão (SGA) são exemplos de 
práticas que só alcançam seus objetivos quando existe atuação dinâmica das equipes 
suporte da alta gestão. 
A relevância do tema se justifica pela crescente adoção de políticas ESG 
(Environmental, Social and Governance) em empresase instituições públicas, e pelo 
reconhecimento de que as ações ambientais devem ser obliquas com a cultura e os 
processos humanos da organização. Ao analisar essa inter-relação, o presente estudo 
contribui para ampliar o entendimento sobre sustentabilidade organizacional como um 
esforço conjunto entre estratégia ambiental e desenvolvimento humano. 
O principal contratempo que orienta esta averiguação é: 
Como a integração entre gestão ambiental e gestão de pessoas pode contribuir para 
a efetividade das práticas sustentáveis nas organizações? 
Diante disso, o objetivo geral é analisar a contribuição da gestão de pessoas para 
a efetivação das ações de gestão ambiental nas organizações contemporâneas. Com 
o objetivo de alcançar as metas, foram definidos os seguintes objetivos específicos. 
: 
 
7 
 
• Apurar os parâmetros teóricos do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e sua 
aplicabilidade nas instituições; 
• Identificar o papel do planejamento ambiental e do licenciamento no contexto 
empresarial; 
• Compreender a importância do marketing verde como estratégia de 
posicionamento sustentável; 
• Analisar como a gestão de pessoas contribui para a formação de uma cultura 
organizacional orientada à sustentabilidade; 
• Destacar a importância da educação ambiental no ambiente de trabalho. 
A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, com abordagem exploratória, 
baseada em levantamento bibliográfico e documental. As principais fontes incluem 
autores consagrados na área, além de legislações ambientais brasileiras e normas 
técnicas como a ISO 14001. 
A delimitação do estudo se dá no campo teórico-acadêmico, com foco na interface 
entre meio ambiente e gestão de pessoas, podendo servir de base para estudos de 
caso, análises institucionais e propostas de aplicação em organizações públicas e 
privadas de médio e grande porte. 
A gestão de pessoas, tradicionalmente voltada à motivação, desenvolvimento 
e desempenho dos colaboradores, passa a incorporar também responsabilidades 
ligadas à formação de atitudes sustentáveis. Com isso, temas como educação 
ambiental corporativa, ética, responsabilidade social e engajamento interno tornam-
se cada vez mais relevantes. 
Pela necessidade de englobar as perspectivas da gestão ambiental com a 
gestão de pessoas, este trabalho se justifica corroborando que a sustentabilidade só 
se fortalece quando existe movimentação e intervenção das pessoas. 
. Em um cenário no qual empresas buscam certificações ambientais e adotam 
políticas de responsabilidade social, a ausência de envolvimento dos colaboradores 
pode comprometer os resultados esperados. 
 
 
 
8 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
2.1 Gestão Ambiental nas Organizações 
 
A gestão ambiental nas organizações refere-se ao conjunto de 
práticas, políticas e sistemas que visam minimizar os impactos ambientais 
das atividades humanas. Conforme Barbieri (2011), a gestão ambiental 
moderna se alinha ao conceito de desenvolvimento sustentável e atua tanto 
na prevenção de danos quanto na adoção de tecnologias limpas e 
eficientes. 
As organizações que integram a variável ambiental ao planejamento 
estratégico tendem a obter vantagens competitivas, redução de custos 
operacionais e melhoria na imagem institucional (DIAS, 2011). Essa 
integração se dá por meio de instrumentos como o Sistema de Gestão 
Ambiental (SGA), certificações ambientais (ex.: ISO 14001) e indicadores 
de desempenho ambiental. 
 
2.2 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) 
 
O Sistema de Gestão Ambiental SGA, é um conjunto administrativo que 
possibilita comprovar, observar e gerenciar as perspectivas e impactos 
ambientais de um empreendimento. De acordo com a norma ISO 14001, o 
SGA deve envolver o ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Verificar, Agir) e incluir 
políticas, objetivos e metas ambientais. 
Segundo Almeida (2019), o sucesso de um SGA depende da 
participação das pessoas, do comprometimento da liderança e da 
capacitação constante dos colaboradores. Empresas que adotam esse 
sistema demonstram maior controle ambiental, conformidade legal e 
engajamento com os princípios ESG. 
 
 
9 
 
2.3 Licenciamento Ambiental e Competências Federativas 
 
O licenciamento ambiental é o instrumento por meio do qual o poder 
público autoriza, acompanha e controla atividades potencialmente 
poluidoras, conforme previsto na Lei nº 6.938/1981 e regulamentado pela 
Resolução CONAMA nº 237/1997. 
As competências para o licenciamento são compartilhadas entre 
União, estados e municípios, conforme a Lei Complementar nº 140/2011. A 
atuação de cada ente depende do nível de impacto da atividade (local, 
regional ou nacional). O STF, no julgamento do RE 586224/PR (Tema 462), 
consolidou o entendimento de que os órgãos estaduais e municipais têm 
competência plena para licenciar empreendimentos de impacto local. 
 
2.4 Gestão de Pessoas com Foco Socioambiental 
 
A gestão de pessoas no contexto ambiental é estratégica, pois 
mobiliza, capacita e engaja os colaboradores nas práticas sustentáveis. 
Como afirma Chiavenato (2014), as pessoas são o principal ativo das 
organizações, e seu comportamento pode fortalecer ou comprometer as 
políticas ambientais internas. 
Quando integrada à gestão ambiental, a área de RH atua em ações como: 
• Treinamento e educação ambiental; 
• Criação de indicadores de desempenho socioambiental; 
• Estímulo à cultura organizacional sustentável; 
• Comunicação interna para alterações de costumes e procedimentos. 
 
 
 
 
 
10 
 
2.5 Educação Ambiental nas Organizações 
 
A educação ambiental é um dos pilares da sustentabilidade, conforme 
estabelece a Lei nº 9.795/1999 (Política Nacional de Educação Ambiental). 
Ela deve estar presente na formação profissional e nas estratégias 
corporativas de desenvolvimento humano. 
Segundo Sato (2005), a educação ambiental no contexto institucional 
deve ser crítica, transformadora e participativa, estimulando a autonomia e 
o protagonismo dos indivíduos nas ações ambientais. 
Programas de capacitação, campanhas internas, oficinas temáticas e 
treinamentos são formas efetivas de consolidar uma cultura de 
sustentabilidade nas organizações. 
 
2.6 Marketing Verde e Posicionamento Sustentável 
 
O marketing verde é uma estratégia empresarial que visa promover 
produtos e serviços com base em seus atributos ecológicos, ao mesmo 
tempo em que fortalece o posicionamento sustentável da marca. 
De acordo com Ottman (2012), o marketing verde eficiente deve ser 
fundamentado em clareza, veracidade e envolvimento real com hábitos 
ambientais. No entanto, é preciso cuidado com o greenwashing, que ocorre 
quando as empresas simulam sustentabilidade apenas para atrair 
consumidores, sem adotar medidas reais. 
O envolvimento da área de gestão de pessoas é essencial para 
garantir que os valores sustentáveis estejam enraizados na cultura 
organizacional, e não apenas no discurso publicitário. 
 
 
 
 
 
11 
 
2.7 A importância de fazer um bom planejamento na administração 
ambiental. 
 
 
Planejar é o primeiro passo para a implementação de um sistema de 
gestão eficaz. Segundo Barbieri (2011), a ausência de planejamento gera 
ações reativas, fragmentadas e com baixo impacto positivo. 
No contexto da gestão ambiental, o planejamento permite: 
• Antecipar impactos e riscos ambientais; 
• Integrar as ações ambientais aos objetivos da organização; 
• Engajar pessoas nos processos decisórios e de execução; 
• Acompanhar e revisar metas de forma contínua. 
A estratégia só é eficaz quando planejada de forma global, com o 
envolvimento de todos os níveis institucionais. corrobora Chiavenato 
(2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3 METODOLÓGIA 
 
 
3.1 Tipo de Pesquisa 
 
Este trabalho é caracterizado como uma pesquisa de natureza qualitativa, com 
enfoque teórico e exploratório-descritivo. A abordagem qualitativa permite uma 
compreensãoaprofundada dos significados, percepções e práticas que envolvem a 
relação entre gestão ambiental e gestão de pessoas, especialmente no que se refere 
ao papel estratégico dos colaboradores na consolidação de políticas ambientais nas 
organizações. 
Segundo Gil (2010), pesquisas exploratórias têm como principal objetivo 
proporcionar maior familiaridade com um problema ainda pouco conhecido ou 
estruturado. No caso deste estudo, busca-se compreender como os elementos da 
gestão de pessoas contribuem para a efetividade das ações ambientais no contexto 
organizacional. 
 
3.2 Procedimentos Técnicos e Fontes de Dados 
 
A investigação utiliza métodos técnicos como a revisão bibliográfica e a 
verificação documental. 
 
3.2.1 Revisão bibliográfica: 
 
Consiste na leitura e interpretação crítica de obras, artigos científicos e 
publicações relevantes nas áreas de gestão ambiental, gestão de pessoas e 
sustentabilidade corporativa. As fontes utilizadas foram selecionadas com base em 
critérios de atualidade, relevância acadêmica e aderência ao tema proposto. 
 
 
 
 
13 
 
3.2.2 Foram consultadas bases como: 
 
• SciELO 
• Google Scholar 
• Periódicos CAPES 
• Publicações institucionais de autores consagrados, como: 
• Barbieri (2011) – gestão ambiental estratégica 
• Chiavenato (2014) – gestão de pessoas 
• Elkington (1998) – triple bottom line 
• Schein (2010) – cultura organizacional 
• Lopes e Andreassi (2017) – sustentabilidade e comportamento organizacional 
 
3.2.3 Análise documental: 
 
Complementarmente, foram analisados documentos e relatórios de 
organizações públicas e privadas sobre seus programas de sustentabilidade, manuais 
de gestão ambiental, políticas de recursos humanos e iniciativas de capacitação e 
engajamento ambiental. 
Foram priorizadas organizações que possuem certificações ambientais (como 
ISO 14001), programas de responsabilidade social corporativa e estratégias de ESG 
(Environmental, Social and Governance). 
 
3.3 Delimitação e Limitações da Pesquisa 
 
A pesquisa está delimitada ao contexto organizacional brasileiro, com foco em 
instituições que desenvolvem práticas conjuntas de gestão ambiental e gestão de 
pessoas. O estudo se concentra em fontes publicadas entre 2010 e 2024, com ênfase 
na produção acadêmica e técnica mais recente. 
 
 
 
 
14 
 
3.3.1 As principais limitações do estudo são: 
 
Ausência de pesquisa de campo ou entrevistas com gestores; 
• Impossibilidade de verificação prática direta das ações descritas nos 
documentos analisados; 
• As fontes assessorarias (artigos, relatórios, políticas institucionais) dependem 
de disponibilidade. 
Apesar dessas limitações, a abordagem teórica adotada permite identificar 
padrões, princípios e estratégias replicáveis em organizações que buscam alinhar a 
gestão de pessoas com objetivos de sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
4.1 A Importância do Engajamento Humano na Sustentabilidade 
Organizacional. 
A literatura analisada revela que o êxito das políticas ambientais 
organizacionais não depende apenas de normativas e investimentos tecnológicos, 
mas da capacidade da organização de envolver as pessoas no processo de mudança 
cultural e operacional. A gestão de pessoas, nesse cenário, torna-se protagonista ao 
influenciar comportamentos, promover capacitações e alinhar valores organizacionais 
à sustentabilidade. 
Segundo Chiavenato (2014), as organizações são sistemas vivos compostos 
por pessoas, e qualquer transformação só ocorre com o envolvimento ativo dos 
indivíduos. Essa visão é reforçada por Lopes e Andreassi (2017), que apontam que a 
mudança para uma cultura organizacional ambientalmente responsável requer 
liderança engajada, comunicação interna efetiva e práticas de reconhecimento. 
Na análise de relatórios institucionais, observou-se que empresas que 
alcançaram avanços significativos em gestão ambiental – como Natura, Braskem e 
Itaipu Binacional – investiram fortemente em educação ambiental corporativa, 
programas de voluntariado e comissões internas de sustentabilidade, sempre com 
participação de equipes multidisciplinares. 
 
4.2 Integração entre Gestão Ambiental e Gestão de Pessoas: Práticas 
Relevantes 
 
Diversas práticas bem-sucedidas foram identificadas na literatura e em 
documentos institucionais: 
Capacitações temáticas regulares: treinamentos sobre economia de energia, 
separação de resíduos, consumo consciente e uso de recursos naturais. 
Campanhas internas de sustentabilidade: ações como “Semana do Meio 
Ambiente”, “Desafio sem Plástico”, “Dia sem Carro” e “Reduza, Reuse, Recicle”. 
 
16 
 
Incentivos à participação colaborativa: premiações para boas ideias de 
sustentabilidade, comissões voluntárias, painéis com sugestões de colaboradores. 
Inserção da sustentabilidade nas normas de análise de ação e melhoria. 
Essas práticas demonstram que, quando a gestão de pessoas é alinhada aos 
objetivos ambientais, ocorre maior aderência, senso de pertencimento e continuidade 
das ações. 
 
4.3 Barreiras Identificadas na Integração das Áreas 
 
Independentemente dos progressos, as pesquisas mostram reiterados obstáculos: 
 
• Desconexão entre os setores: muitas organizações tratam gestão ambiental e 
de pessoas de forma isolada, sem alinhamento de objetivos. 
• Falta de capacitação de lideranças: gestores que não foram preparados para 
incorporar temas socioambientais ao seu estilo de gestão tendem a não 
priorizar essas ações. 
• Cultura organizacional resistente à mudança: ambientes muito hierárquicos ou 
centrados em resultados financeiros ignoram a dimensão ambiental e social. 
• Falta de indicadores de desempenho sustentáveis: a ausência de métricas 
dificulta mensurar o impacto humano nas ações ambientais. 
 
Essas barreiras foram apontadas por Barbieri (2011) e Elkington (1998) como os 
principais desafios para consolidar o chamado “tripé da sustentabilidade” dentro das 
empresas. 
 
4.4 A Cultura Organizacional como Fator Estratégico 
 
A cultura organizacional é apontada como fator decisivo para o sucesso ou 
fracasso das ações ambientais nas empresas. Schein (2010) afirma que valores, 
crenças e normas compartilhadas moldam o comportamento coletivo, e isso se aplica 
diretamente à gestão ambiental participativa. 
 
17 
 
Organizações que promovem a autonomia, o diálogo e a responsabilidade 
compartilhada tendem a apresentar maior efetividade na implementação de 
programas sustentáveis. Quando os colaboradores percebem que a sustentabilidade 
faz parte da identidade da empresa, não apenas como marketing, há maior adesão e 
proatividade. 
Como destaca Freire (1996), “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar 
as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. Essa visão se encaixa 
perfeitamente nas ações de formação crítica e educação ambiental corporativa. 
 
4.5 Contribuições da Gestão de Pessoas para a Sustentabilidade 
 
Ao final da análise, é possível sintetizar que a gestão de pessoas contribui com: 
 
• Sensibilização e capacitação contínua dos colaboradores 
• Incentivo ao envolvimento e a relevância interna 
• Alinhamento entre propósito organizacional e práticas ambientais 
• Estímulo de princípios sustentáveis e comprometimento global 
• Implantar ambientes que estimulam a inovação voltada para a sustentabilidade. 
Esses fatores tornam claro que a integração entre gestão de pessoas e ambiental não 
é apenas desejável, mas estratégica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
5 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
5.1 Fundamentos da Gestão Ambiental 
 
A gestão ambiental é um conjunto de práticas voltadas à preservação dos 
recursos naturais, prevenção de impactos e conformidade com normas ambientais. 
Segundo Barbieri (2011), ela representa uma abordagem estratégica dentro das 
organizações, ao alinhar responsabilidade socioambientalcom competitividade e 
inovação. 
Além das obrigações legais, a gestão ambiental incorpora ações voluntárias, 
como certificações ISO 14001, controle de resíduos, eficiência energética e educação 
ambiental corporativa. Elkington (1998), ao propor o conceito de “Triple Bottom Line” 
(três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental), destacou a 
importância da integração entre desempenho financeiro e responsabilidade 
socioambiental. 
 
5.2 Fundamentos da Gestão de Pessoas 
A gestão de pessoas evoluiu de um modelo burocrático para uma abordagem 
estratégica centrada no desenvolvimento humano. Para Chiavenato (2014), ela 
compreende processos como recrutamento, capacitação, avaliação de desempenho, 
clima organizacional e liderança. 
Recentemente, o papel da gestão de pessoas foi ampliado para incluir temas 
como valores organizacionais, diversidade, ética e sustentabilidade, reconhecendo o 
impacto das atitudes humanas na cultura e nos resultados das empresas. 
 
5.3 Sustentabilidade e Cultura Organizacional 
 
A cultura organizacional exerce forte influência sobre a maneira como os 
indivíduos se relacionam com o meio ambiente. De acordo com Schein (2010), os 
 
19 
 
valores e pressupostos compartilhados moldam comportamentos, inclusive no que diz 
respeito à responsabilidade ambiental. 
Quando os princípios de sustentabilidade são incorporados à cultura interna, 
há maior aderência às práticas ambientais. Drucker (1999) já defendia que “a cultura 
devora a estratégia no café da manhã”, apontando que não basta ter planos 
ambientais — é necessário que eles façam parte do DNA organizacional. 
 
5.4 Gestão Ambiental Participativa 
 
A integração entre gestão ambiental e gestão de pessoas se manifesta por meio 
da participação ativa dos colaboradores nas decisões ambientais. Lopes e Andreassi 
(2017) argumentam que programas de sustentabilidade bem-sucedidos envolvem 
comunicação transparente, incentivo ao protagonismo e reconhecimento de boas 
práticas. 
Experiências como o “Programa Empresa Sustentável” e o “Selo Verde” 
ilustram como o engajamento das equipes pode potencializar os resultados 
ambientais e fortalecer o compromisso institucional com o desenvolvimento 
sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
6 O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL 
 
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) no Brasil é composto por um conjunto 
de práticas, políticas e instrumentos destinados a promover o desenvolvimento 
sustentável, por meio do controle dos impactos ambientais causados pelas atividades 
humanas, especialmente industriais e empresariais. A adoção de sistemas de gestão 
ambiental pelas organizações brasileiras tem se intensificado desde os anos 1990, 
impulsionada por pressões sociais, exigências legais e competitividade no mercado 
global. 
Segundo Barbieri (2011), um SGA eficaz envolve o planejamento, implementação, 
monitoramento e melhoria contínua das ações voltadas à proteção do meio ambiente, 
baseando-se em princípios de responsabilidade, prevenção e eficiência. No contexto 
brasileiro, o SGA atua em duas esferas principais: 
 
a) Esfera pública (governamental): 
No setor público, o SGA está atrelado ao cumprimento da Política Nacional do 
Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981), regulamentada pelo CONAMA e executada por 
órgãos como o IBAMA, os Conselhos Municipais de Meio Ambiente e as Secretarias 
Estaduais de Meio Ambiente. Essas organizações são responsáveis por emitir 
licenças ambientais, fazer inspeções, promover ações de educação ambiental e 
estabelecer políticas públicas relacionadas ao meio ambiente. 
b) Esfera privada (organizacional): 
Nas empresas privadas, o SGA é voluntariamente implantado ou exigido por 
clientes, certificadoras ou normas técnicas. A ISO 14001, por exemplo, é uma norma 
internacional que estabelece requisitos para um SGA eficaz. Essa certificação tem 
sido amplamente adotada por empresas brasileiras em setores como energia, 
saneamento, construção civil e agronegócio. 
Um SGA bem estruturado deve conter os seguintes elementos: 
 
• Política ambiental formalmente estabelecida; 
• Diagnóstico ambiental organizacional; 
 
21 
 
• Metas e indicadores ambientais; 
• Supervisão de riscos e Projetos de ação; 
• Treinamentos ambientais para os colaboradores; 
• Monitoramento e auditoria ambiental periódica; 
• Ações de melhoria contínua. 
 
A educação e o engajamento dos funcionários são considerados fatores-chave 
para o sucesso de qualquer SGA. Segundo Dias (2011), um dos maiores desafios 
enfrentados pelas empresas brasileiras é transformar o sistema de gestão ambiental 
em uma prática cotidiana e não apenas em um documento para auditorias. 
Adicionalmente, o Prêmio Nacional de Gestão Ambiental (PNGA) e o Sistema de 
Gestão Ambiental Público (SGAP) têm promovido boas práticas em municípios, 
empresas estatais e órgãos públicos, mostrando que a gestão ambiental também é 
viável no setor público. 
 
6.1 Destaque para integração com Gestão de Pessoas 
 
A implementação de um SGA no Brasil exige capacitação contínua, 
comunicação interna, lideranças ambientais e mudança cultural organizacional. É 
nesse ponto que a gestão de pessoas se torna peça-chave, atuando na sensibilização, 
formação e motivação dos colaboradores, o que evidencia a interdependência entre 
as duas áreas. 
Como reforça Macedo et al. (2016), “a gestão ambiental isolada da gestão de 
pessoas tende a fracassar, pois ignora o papel ativo das pessoas na geração e 
solução dos impactos ambientais” (p. 21). 
 
6.2 Os Procedimentos na Gestão Ambiental nas Organizações 
 
A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas organizações 
segue um processo sistemático baseado no ciclo PDCA (Planejar, Executar, Verificar, 
Agir), que permite o monitoramento e melhoria contínua das ações voltadas à 
 
22 
 
sustentabilidade. Esse processo não se limita à área ambiental, mas envolve setores 
como recursos humanos, compras, engenharia, produção e comunicação, exigindo 
integração organizacional. 
Segundo Dias (2011), o SGA deve ser encarado como um modelo gerencial 
completo, que parte da formulação da política ambiental da empresa e se desdobra 
em ações operacionais, planos de monitoramento e participação dos colaboradores. 
 
6.3 Etapas principais do processo de gestão ambiental 
organizacional: 
 
Etapa Descrição 
1. Planejamento 
Definição de atributos e impactos ambientais, caracterização 
da administração ambiental, perfil de objetivos e metas. 
2. Implementação 
Atribuição de responsabilidades, desenvolvimento de 
procedimentos, treinamentos, comunicação interna. 
3. Verificação 
Acompanhamento de critérios ambientais, inspeções 
internas, análise de acordo legal. 
4. Ação corretiva e 
preventiva 
Análise de não conformidades, ações de melhoria e revisão 
do sistema. 
 
Este curso segue a estrutura da norma ISO 14001, que é bastante utilizada 
tanto no Brasil quanto em outros países. Sua adoção voluntária pelas empresas tem 
permitido padronizar os processos de gestão ambiental e integrá-los à governança 
organizacional. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
6.4 Papel da Gestão de Pessoas no Processo do SGA 
 
A efetividade de cada etapa do SGA depende da colaboração ativa das 
pessoas. O treinamento é possibilitado a partir da gestão de pessoas. Assim como a 
motivação e o comprometimento dos auxiliares em costumes sustentáveis. 
Segundo Barbieri (2011) e Chiavenato (2014), os recursos humanos exercem 
funções-chave, como: 
• Condução de treinamentos ambientais obrigatórios e voluntários; 
• Ações de conscientização e implementação de comissões internas de meio 
ambiente; 
• Inserção da sustentabilidade nas normas de análise de atuações; 
• Comunicação clara sobre os impactos das atividades e boas práticas internas. 
Sem o apoio da liderança e o comprometimento dos colaboradores, o sistema de 
gestão ambiental corre o riscode ser apenas formal, sem efetividade prática. 
 
6.5 Resultados Esperados do Processo 
 
A adoção bem conduzida de um SGA permite às organizações: 
• Conter desperdícios e reduzir custos operacionais; 
• Minimizar riscos ambientais e legais; 
• Cumprir legislações e normas ambientais com mais eficiência; 
• Obter certificações ambientais (ex: ISO 14001); 
• Aumentar o engajamento dos envolvidos (colaboradores, clientes, 
fornecedores, sociedade); 
• Reforçar a reputação institucional. 
Como reforça Oliveira (2019), organizações que integram pessoas e processos no 
âmbito do SGA constroem uma cultura de sustentabilidade mais sólida e duradoura, 
essencial para enfrentar os desafios ambientais do século XXI. 
 
24 
 
7 A IMPORTÂNCIA DE PLANEJAR NO CONTEXTO DA GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
O planejamento é a base de qualquer sistema de gestão eficiente, e isso não é 
diferente quando se trata de gestão ambiental nas organizações. Planejar significa 
antecipar problemas, definir metas realistas e organizar recursos e pessoas de forma 
coordenada, visando minimizar os impactos ambientais e otimizar o desempenho 
institucional. 
De acordo com Barbieri (2011), um sistema de gestão ambiental sem 
planejamento tende à fragmentação de ações, à perda de controle sobre impactos e 
à ineficácia de programas ambientais. Por isso, a etapa de planejamento é 
considerada o ponto de partida para todo o ciclo de melhoria contínua, conforme 
orienta a norma ISO 14001. 
No âmbito da gestão de pessoas, o planejamento também é essencial: desde 
a capacitação dos colaboradores para práticas ambientais até a definição de políticas 
de engajamento interno, é preciso estruturar ações com clareza de propósito, metas 
mensuráveis e estratégias viáveis. 
 
7.1 Benefícios do planejamento no contexto do SGA: 
 
• Alinhamento das ações ambientais com os objetivos estratégicos da 
organização; 
• Integração entre áreas e valorização do papel das pessoas no processo. 
Como) “planejar é decidir antecipadamente o que fazer, como fazer, quando fazer 
e quem deve fazer”, reforça Chiavenato (2014No campo ambiental, isso significa 
adotar medidas proativas e não apenas corretivas, integrando fatores legais, sociais, 
ecológicos e humanos. 
O planejamento também tem função pedagógica, pois sensibiliza e mobiliza os 
colaboradores quando são envolvidos na definição de metas ambientais e planos de 
ação. Dessa forma, pensar de maneira idealizada fortalece a liderança na área 
ambiental e ajuda a criar uma cultura na empresa que valoriza a sustentabilidade. 
 
25 
 
8 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
 
 
O licenciamento ambiental é um instrumento jurídico-administrativo previsto na 
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981) e regulamentado pelas 
Resoluções do CONAMA, que visa controlar e mitigar os impactos ambientais 
causados por atividades potencialmente poluidoras. Essa ferramenta preventiva 
procura garantir que a evolução econômica aconteça de modo harmonizável com a 
prevenção ambiental. 
 
O licenciamento é determinado, conforme o art. 10 da Lei nº 6.938/1981, para 
iniciativas que operam recursos naturais ou que sejam capazes de provocar danos 
ambientais. 
De acordo com Cabe aos órgãos ambientais (municipais, estaduais ou federais) 
analisar os riscos e emitir ou negar licenças com base em critérios técnicos e legais. 
 
O processo envolve geralmente três etapas distintas: 
 
a) Licença Prévia (LP): 
Emitida na fase de planejamento do empreendimento. Orienta para as fases 
posteriores e. avalia a praticabilidade ambiental do que é proposto. 
b) Licença de Instalação (LI): 
Autoriza a implantação do empreendimento conforme os planos, programas e 
projetos aprovados. 
c) Licença de Operação (LO): 
Após comprovar que todas as exigências anteriores foram atendidas, autoriza 
o funcionamento. 
Segundo Dias (2011), o licenciamento ambiental é o mecanismo mais utilizado 
no Brasil para garantir que os empreendimentos realizem estudos prévios (como o 
Estudo de Impacto Ambiental – EIA e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA), 
evitem danos e adotem medidas compensatórias quando necessário. 
O CONAMA (Resolução nº 237/1997) especifica os critérios e o tipo de licença 
exigida para diferentes atividades, como mineração, construção civil, indústrias 
químicas, usinas, obras viárias e outras. 
 
26 
 
 
8.1 Papel do licenciamento ambiental na gestão organizacional 
 
O licenciamento, além de exercer a função reguladora, traz a possibilidade para 
que as organizações corrijam seus procedimentos, implantem tecnologias mais limpas 
e tornem melhor a sua imagem corporativa perante os consumidores, acionistas e 
instituições públicas. 
A obtenção de licenças depende, também, do alinhamento entre a gestão 
ambiental e a gestão de pessoas, pois é necessário: 
 
• Envolver equipes técnicas no processo de elaboração de documentos; 
• Capacitar colaboradores para atuar conforme exigências legais; 
• Monitorar continuamente os impactos e indicadores ambientais; 
• Atualizar práticas operacionais com base nas condicionantes das licenças. 
 
Como destaca Barbieri (2011), o licenciamento ambiental não deve ser visto como 
uma mera formalidade burocrática, mas como parte essencial do planejamento 
estratégico ambiental de qualquer organização responsável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
9 COMPETÊNCIAS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO BRASIL 
 
 
O licenciamento ambiental no Brasil está diretamente relacionado à forma como 
a competência ambiental é compartilhada entre os entes federativos, onde, conforme 
define a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 23, inciso VI, “preservar o meio 
ambiente e mitigar a poluição em todos os casos de suas formas é atribuição da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. 
Essa distribuição de competências deve observar o princípio da descentralização 
administrativa, buscando garantir que o órgão mais próximo da atividade tenha 
condições de realizar o licenciamento com efetividade e fiscalização continuada. 
De acordo com a Resolução CONAMA nº 237/1997, as competências para o 
licenciamento são organizadas da seguinte forma: 
 
a) Órgão federal (IBAMA): 
Realiza o licenciamento quando: 
• A atividade ou empreendimento for de âmbito nacional ou regional; 
• Houver impacto direto em mais de um estado; 
• A atividade envolver recursos naturais da União, como petróleo, gás, águas 
marítimas, terras indígenas, entre outros. 
b) Órgãos estaduais (ex: SEMAS, CETESB, IMA, etc.): 
Têm competência sobre a maioria dos empreendimentos que impactam apenas o 
território de um único estado. É o caso de indústrias, hidrelétricas, aterros sanitários, 
polos logísticos etc. 
c) Órgãos municipais: 
Podem licenciar empreendimentos de impacto local, como postos de 
combustíveis, marcenarias, pequenos comércios, obras civis e atividades de baixo 
potencial poluidor, desde que possuam conselho municipal de meio ambiente e 
estrutura técnica mínima, conforme prevê a Lei Complementar nº 140/2011. 
 
 
 
 
 
 
28 
 
9.1 Jurisprudência relevante: STF – RE 586224 (Tema 462) 
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 586224/PR, fixou a seguinte 
tese de repercussão geral (Tema 462): 
“Compete ao órgão ambiental estadual ou municipal o licenciamento de atividades 
ou empreendimentos que causem impacto ambiental local, conforme disposto na Lei 
Complementar nº 140/2011, independentemente da predominância do interesse da 
União.” 
O compartilhamento de incumbências dos estados e municípios, dá mais 
independência e transparência, reforçada por essa decisão. 
 
9.2 Importância da definição de competências 
 
A correta definição de competências evita: 
• Conflitos federativos e insegurança jurídica; 
• Atrasos no processo de licenciamento; 
• Sobreposição de exigências ambientais por múltiplos órgãos. 
 
Além disso, permite que osrecursos humanos e técnicos sejam mais bem 
alocados, aumentando a eficácia das ações de monitoramento, fiscalização e controle 
de impactos ambientais. 
Como destaca Barbieri (2011), a clareza na divisão de competências ambientais 
contribui para a eficiência do licenciamento, desde que acompanhada de capacitação 
institucional e articulação intergovernamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
10 PRINCIPAIS ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
 
O licenciamento ambiental é uma ferramenta crucial de vigilância que anteveem 
dos deveres dos indivíduos que sejam capazes de provocar danos ambientais. 
Segundo a Resolução CONAMA nº 237/1997, são passíveis de licenciamento todas 
as atividades modificadoras do meio ambiente, conforme o art. 1º, §1º. 
O objetivo do licenciamento é avaliar previamente os impactos ambientais 
significativos e autorizar o funcionamento dos empreendimentos condicionados ao 
cumprimento de medidas de controle, mitigação ou compensação ambiental. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), as principais atividades que 
exigem licenciamento estão divididas por setores produtivos e de infraestrutura, 
conforme detalhado na tabela a seguir: 
 
Principais Atividades Passíveis de Licenciamento Ambiental (por setor) 
Setor Exemplos de Atividades Licenciadas 
Industrial 
Indústrias químicas, metalúrgicas, alimentícias, têxteis, de 
papel e celulose, petroquímicas. 
Minerário 
Extração de areia, brita, argila, ouro, carvão, petróleo, gás 
natural. 
Energia 
Usinas hidrelétricas, termoelétricas, eólicas, solares em larga 
escala, linhas de transmissão. 
Infraestrutura 
Construção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, 
canais, obras de drenagem e saneamento. 
Agropecuário 
Cultivos em larga escala, irrigação, uso intensivo de 
agrotóxicos, criação intensiva de animais. 
Resíduos e 
Saneamento 
Aterros sanitários, incineradores, estações de tratamento de 
esgoto (ETE), usinas de compostagem. 
Serviços 
Postos de combustíveis, lava-jatos, oficinas mecânicas, 
frigoríficos, galpões logísticos. 
Turismo e lazer 
Parques temáticos, resorts, marinas, grandes eventos em 
áreas naturais ou urbanas sensíveis. 
 
30 
 
Setor Exemplos de Atividades Licenciadas 
Empreendimento 
urbano 
Loteamentos, condomínios, prédios comerciais, shopping 
centers, centros de distribuição. 
Fonte: Adaptado de CONAMA (1997), MMA (2020), Dias (2011). 
 
Observações importantes: 
• Nem todas essas atividades exigem o mesmo tipo de licença (LP, LI ou LO), 
isso dependerá do grau de impacto ambiental estimado. 
• O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA), são estudos específicos exigidos para algumas categorias. 
• Empreendimentos de baixo impacto local podem ser licenciados pelo 
município, desde que haja estrutura legal e técnica (Lei Complementar nº 
140/2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
11 MARKETING VERDE 
 
 
O Marketing Verde, também chamado de marketing ambiental, refere-se ao 
conjunto de estratégias utilizadas pelas organizações para divulgar e posicionar 
produtos, serviços ou a própria marca com base em atributos sustentáveis. Seu 
principal objetivo é conquistar e fidelizar consumidores ambientalmente conscientes, 
ao mesmo tempo em que contribui para a reputação e responsabilidade 
socioambiental da empresa. 
Segundo Ottman (2012, p. 21), marketing verde é “o desenvolvimento e a 
promoção de produtos e serviços concebidos para minimizar impactos ambientais 
adversos”. A autora destaca que o foco está tanto na sustentabilidade do ciclo de vida 
dos produtos quanto na comunicação transparente e ética dessas ações ao mercado. 
No Brasil, a adoção de práticas de marketing verde ainda é incipiente em muitos 
setores, mas tem crescido em empresas que buscam diferenciação competitiva e 
adesão a selos e certificações ambientais, como ISO 14001, Selo Verde do Inmetro, 
FSC e IBD. 
 
Características do Marketing Verde eficaz: 
Aspecto Descrição 
Transparência 
As ações devem ser reais, verificáveis e comunicadas com 
clareza, sem exagero ou manipulação. 
Engajamento interno 
Colaboradores devem ser treinados e conscientes das 
práticas ambientais da organização. 
Posicionamento 
estratégico 
Sustentabilidade deve ser parte do DNA da marca, não 
apenas uma campanha pontual. 
Valor percebido pelo 
cliente 
O consumidor precisa perceber o diferencial ambiental como 
algo concreto e relevante. 
 
Relação com a Gestão de Pessoas 
O marketing verde não se sustenta apenas com propaganda: ele depende 
diretamente do comportamento organizacional, o que inclui treinamentos internos, 
valores corporativos e engajamento dos colaboradores. 
 
32 
 
De acordo com Barbieri e Cajazeira (2009, p. 86), “uma estratégia de marketing 
ambiental exige, antes de tudo, uma cultura interna de responsabilidade 
socioambiental que oriente decisões em todos os níveis da empresa”. 
Assim, a atuação da gestão de pessoas é crucial para: 
• Desenvolver competências ambientais nos times de marketing, produção e 
atendimento; 
• Estimular atitudes sustentáveis no ambiente interno; 
• Alinhar os valores da organização com as práticas ambientais divulgadas 
externamente. 
 
Riscos do Greenwashing 
Um ponto de atenção dentro do marketing verde é o greenwashing, prática em 
que empresas divulgam ações supostamente sustentáveis que não correspondem à 
realidade. Essa incoerência entre discurso e prática pode resultar em perda de 
credibilidade, ações judiciais, crises de imagem e rejeição por parte dos 
consumidores. 
Portanto, o marketing verde só é eficaz quando alinhado à gestão ambiental 
real e às práticas cotidianas da empresa, o que exige integração entre comunicação, 
RH, produção e sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
O presente trabalho teve como objetivo analisar a integração entre a Gestão 
Ambiental e a Gestão de Pessoas, destacando como essa inter-relação influencia na 
efetividade de políticas organizacionais voltadas à sustentabilidade. Ao longo da 
pesquisa, foi possível verificar que as ações ambientais isoladas, sem o devido 
envolvimento humano, tornam-se ineficazes ou meramente simbólicas. 
 A partir da revisão teórica, observou-se que o Sistema de Gestão Ambiental 
(SGA), quando implementado com planejamento estratégico e suporte da gestão de 
pessoas, pode promover mudanças significativas nos processos organizacionais, 
reduzindo impactos ambientais, otimizando recursos e fortalecendo a reputação 
institucional. Elementos como capacitação ambiental, participação ativa dos 
colaboradores e monitoramento constante são fundamentais para a consolidação de 
uma cultura organizacional sustentável. 
No que tange ao licenciamento ambiental, verificou-se que sua efetividade 
depende não apenas da clareza das competências dos entes federativos (União, 
Estados e Municípios), mas também da existência de equipes técnicas qualificadas e 
da articulação entre setores internos da organização. A legislação ambiental brasileira 
oferece instrumentos robustos, mas sua aplicação exige coerência, transparência e 
preparo por parte das empresas e do poder público. 
Outro ponto relevante abordado foi o marketing verde, que representa uma 
estratégia de comunicação alinhada à responsabilidade socioambiental. No entanto, 
o estudo também alertou para o risco do greenwashing, caso a comunicação 
ambiental não esteja respaldada por ações concretas e verificáveis. 
Entre as principais contribuições desta pesquisa, destaca-se a demonstração 
de que a gestão ambiental eficaz é, sobretudo, uma prática integrada e intersetorial, 
que exige o engajamento de todas as partes envolvidas — desde gestores e 
colaboradores até consumidores e órgãos reguladores. 
Como limitação, o trabalho concentrou-se em uma abordagem teórica, sema 
aplicação de estudo de caso empírico. Sugere-se, portanto, que pesquisas futuras 
realizem análises comparativas entre organizações de diferentes setores que adotam 
SGA, bem como estudos de percepção com colaboradores sobre sua participação em 
ações ambientais. 
 
34 
 
Conclui-se que a sustentabilidade organizacional depende diretamente da 
interação entre estratégias ambientais, políticas de gestão de pessoas e 
responsabilidade social corporativa, formando um tripé essencial para enfrentar os 
desafios ambientais contemporâneos e garantir competitividade ética no mercado 
atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e 
instrumentos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001:2015 – 
Sistemas de gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2015. 
BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e 
instrumentos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
BARBIERI, José Carlos; CAJAZEIRA, Jorge. Responsabilidade social e empresa: 
teoria e prática da gestão ética e socialmente responsável. 2. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2009. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. 
BRASIL. Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos 
termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da 
Constituição. 
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional 
do Meio Ambiente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 set. 1981. 
BRASIL. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre 
o licenciamento ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. 1997. 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos 
humanos nas organizações. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
CONAMA. Resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre o 
licenciamento ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. 1997. 
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
DRUCKER, Peter. O melhor de Peter Drucker. São Paulo: Nobel, 1999. 
ELKINGTON, John. Cannibals with forks: the triple bottom line of 21st century 
business. Oxford: Capstone, 1998. 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
 
36 
 
 
LOPES, Jeferson; ANDREASSI, Tales. Sustentabilidade e gestão de pessoas: um 
novo modelo de integração. Revista de Administração, v. 52, n. 2, p. 198–212, 
2017. 
MACEDO, Maristela et al. Educação ambiental e gestão participativa: práticas 
organizacionais sustentáveis. Revista Gestão & Sustentabilidade, v. 3, n. 1, p. 
11–26, 2016. 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Manual de Licenciamento Ambiental. 
Brasília: MMA, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/mma/ 
OLIVEIRA, Ana Paula. Engajamento interno e sustentabilidade empresarial. São 
Paulo: Atlas, 2019. 
OTTMAN, Jacquelyn. The new rules of green marketing: strategies, tools, and 
inspiration for sustainable branding. Sheffield: Greenleaf Publishing, 2012. 
OTTMAN, Jacquelyn. The new rules of green marketing: strategies, tools, and 
inspiration for sustainable branding. Sheffield: Greenleaf Publishing, 2012. 
REFERENCIAS AMBIENTAL 
SCHEIN, Edgar. Cultura organizacional e liderança. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
2010.

Mais conteúdos dessa disciplina