Prévia do material em texto
Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros Parâmetro mais importante para comparar a atividade e o tipo de reação das enzimas é a concentração do substrato Importante abordagem para o entendimento do mecanismo de ação de uma enzima. Vários fatores afetam a atividade de uma enzima – pH, temperatura e substrato CINÉTICA ENZIMÁTICA http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Activacao_energia_cinetica_enzimatica.svg.PNG http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Activacao_energia_cinetica_enzimatica.svg.PNG A linha em vermelho representa a reação na ausência de catalisador; A linha em azul na presença de enzima. S: nível de energia do(s) substrato(s); P: nível de energia do(s) produto(s); G: energia de Gibbs; R: coordenada de reacção (sentidos de progressão de reacção); ΔG'º: energia livre padrão bioquímica; ΔG‡: energia de ativação S-P: do(s) substrato(s); P-S: do(s) produto(s)). CINÉTICA ENZIMÁTICA http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/ActivationEnergyInt.svg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/ActivationEnergyInt.svg A cinética enzimática é o estudo do mecanismo pelo qual as enzimas ligam substratos e os transformam em produtos. São utilizados dados sobre a velocidade de reação de enzimas através de ensaios enzimáticos. Mecanismo de reação de uma enzima com substrato único. A enzima (E) liga o substrato (S) e liberta o produto (P). http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/37/Simple_mechanism_pt.svg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/37/Simple_mechanism_pt.svg Cinética de Michaelis–Menten Curva de saturação para uma enzima mostrando a relação entre a concentração do substrato e a velocidade de reação; As reações catalisadas por enzimas são saturáveis, e a sua velocidade de catálise não indica uma resposta linear face ao aumento de substrato. Se a velocidade inicial da reação é medida sobre uma escala de concentrações de substrato [S]); a velocidade de reação (v), aumenta com o acréscimo de [S]. A medida que [S] aumenta, a enzima satura-se e a velocidade atinge o valor máximo Vmax. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/99/Michaelis-Menten_saturation_curve_of_an_enzyme_reaction.svg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/99/Michaelis-Menten_saturation_curve_of_an_enzyme_reaction.svg A saturação acontece porque, à medida que é aumentada a concentração de substrato, aumenta também a quantidade de enzima presente sob a forma de complexo enzima- substrato (ES). À velocidade máxima, Vmax, todos os centros ativos estão ocupados (saturados) com substrato, ou seja, não existe enzima livre para ligar mais substrato e a concentração de complexo ES é igual à concentração de enzima. CINÉTICA ENZIMÁTICA http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/82/Saturacao_de_uma_enzima.jpg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/82/Saturacao_de_uma_enzima.jpg CINÉTICA ENZIMÁTICA A atividade de uma enzima é geralmente descrita através de Vmax e também da constante de Michaelis-Menten (KM), que representa a concentração de substrato à qual se detecta uma velocidade de reacção igual a metade de Vmax; Cada enzima possui um KM característico (kcat) para um dado substrato; este parâmetro é muitas vezes usado para demonstrar a força de ligação de um substrato à enzima. É também usada outra constante cinética, kcat, para descrever o comportamento de uma enzima, representando o número de moléculas de substrato que podem ser catalisadas por centro ativo por segundo. Influência do Substrato Concentração de substrato [S]: afeta a velocidade da reação; Efeito de [S]: varia durante o curso de uma reação S P; Velocidade inicial (V0): [S] >> [E] tempo muito curto [S] = constante. Influência do Substrato [E] = cte [S] = V0 linear [S] = V0 V0 = Vmáx Influência do Substrato Alguns casos a V0 não pode ser medida • Não existe técnica experimental; • Equação química não representa a transformação; Velocidade da reação: • Velocidade média de consumo ou produção; • Variação de uma propriedade no sistema. Influência do Substrato Vitor Henri (1903): E liga-se ao S para formar ES passo obrigatório; Leonor Michaelis e Maud Menten (1913) • E combina-se reversivelmente com SES k1 E + S ES k-1 • ES se rompe E e P k2 ES E + P Influência do Substrato Qualquer instante da reação: E e ES; [S] = velocidade da reação [S]; Vmáx = todas as moléculas de E estiverem na forma ES enzima “saturada”; [S]: estado pré-estacionário ES; • Estado estacionário [ES] = cte; • V0 estado estacionário. Equação Michaelis-Menten Curva: possui a mesma forma para a maioria das enzimas; Expressa pela Equação de Michaelis e Menten; Hipótese: limitante quebra de ES E + P. Atividade enzimática é afetada pelo pH O pH pode influenciar a atividade de uma enzima através de maneiras distintas. Primeiramente, o pH pode levar à desnaturação proteica. O pH também pode interferir na atividade de uma enzima alterando o padrão de cargas de um determinado sítio ativo ou catalítico, ou alterando a conformação geral da proteína. Atividade enzimática é afetada pela temperatura O aumento de temperatura aumenta a taxa de reação enzimática devido ao aumento de energia cinética das moléculas participantes da reação. A temperatura pode interferir nas interações que mantém as estruturas secundárias e terciárias (pontes de hidrogênio e interações hidrofóbicas), podendo levar à desnaturação protéica. enzima A concentração do substrato afeta a velocidade das reações catalisadas por enzimas Curva que relaciona [S] e V0 é uma hipérbole, concentrações mais baixas aumento linear da velocidade, concentrações mais altas velocidade atinge um valor máximo Concentrações baixas de substrato ocorre aumento linear entre Velocidade(V0) e o Substrato [S] [S] V0 aumenta cada vez menos até atingir um patamar (Vmax) Curva relacionando [S] e V0 pode ser expressa algebricamente Constante de Michaelis Equação de Michaelis-Menten TAREFA – Fazer para entregar a dedução da equação de Michaelis- Menten Equação Michaelis-Menten Curva: possui a mesma forma para a maioria das enzimas; Expressa pela Equação de Michaelis e Menten; Hipótese: limitante quebra de ES E + P. Equação Michaelis-Menten Relação numérica: V0 é metade de Vmáx; km = “afinidade” pelo substrato; Km afinidade máxVV 2 1 0 Vmáx é proporcional à [E]. Variável dependente: velocidade de reação, função de [S]. Constante*: velocidade máxima Variável independente: concentração do substrato. Constante de Michaelis: KD aparente de ES. * “Constante”: Vmax é função de [E]total Parâmetros Cinéticos Exemplo: [S] (g/L) Vo (g/L.h) 0,25 0,78 0,51 1,25 1,03 1,66 2,52 2,19 4,33 2,35 7,25 2,57 0,0 1,0 2,0 3,0 0 2 4 6 8 [S] (g/L) V o ( g /L .h ) Parâmetros Cinéticos Exemplo: Lineweaver-Burk y = 0,228x + 0,3668 R 2 = 0,9991 0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 0 1 2 3 4 5 1/[S] (L/g) 1 /V o ( L .h /g ) L g K V K hL g V V SV VSV K V m máx m máx máx máxmáx m 622,0228,0 73,23668,0 1 Portanto, 3668,0 1 228,0 1 111 0 0 O que é Km ? É a concentração do substrato onde se obtém metade da velocidade máxima da reação TAREFA – Demonstrar algebricamente o que é Km usando a equação de Michaelis-Mentem e a definição de Km. Km e a Vmax varia de enzima para enzima caracterizando-as e pode variar também com o substrato Km não é uma medida de afinidade da enzima pelo substrato mas sim a concentração do substrato onde se obtém a metade da velocidade máxima da reação Rubisco •Km CO2 - 9μM •Km O2 - 350 μM HexoquinaseGlicose Km - 0,05 μM Frutose Km -1,5 μM Transformações da equação de Michaelis-Menten Equação de Lineweaver-Burk ou duplo-recíproco Inversão dos dois lados da equação de Michaelis-Menten Separação dos componentes do lado direito. Equação de Michaelis-Menten Equação de Lineweaver-Burk ou duplo-recíproco Km 1 y a x b= + inverter Separar componentes e resolver y x Com essa transformação matemática passa-se a trabalhar com uma reta e não com uma hipérbole, mais fácil. Várias informações podem ser obtidas com esse gráfico y=0 x = 0 a = coeficiente angular b = coeficiente linear Através da análise da cinética da reação pode-se descobrir qual o mecanismo de ação da reação com relação ao substrato A atividade de todas as enzimas pode ser inibida por determinadas moléculas Inibidores enzimáticos São moléculas que interferem com a catálise diminuindo ou interrompendo a reação enzimática Como são classificados os inibidores de acordo com seu mecanismo de ação? Reversíveis Irreversíveis Inibição competitiva Inibição incompetitiva Inibição mista ou não competitiva Como eles atuam? Reversíveis - Inibição competitiva Inibidor tem estrutura molecular semelhante à do substrato Inibidor compete com o substrato pelo sitio ativa da enzima [S] deslocar inibidor do sítio ativo e manter Vmax V max é constante na presença do inibidor devido à grande quantidade de substrato Reversíveis - Inibição incompetitiva Inibidor se liga em um sítio diferente do centro ativo, impede a reação do complexo ES. Independente da concentração do substrato o Km e a Vmax estão alterados Reversíveis - Inibição mista ou não competitiva Inibidor se liga tanto ao complexo ES como à enzima, em um sítio diferente do centro ativo Independente da concentração do substrato o Km e a Vmax estão alterados Inibição irreversível Inibidor se liga de maneira estável ou covalente com um grupo funcional importante para a atividade enzimática Utilizados experimentalmente para definir os aminoácidos essenciais do centro ativo das enzimas Inativar determinadas enzimas em situações biológicas importantes Reagem com o resíduo S1 de serino-enzimas, formando um complexo irreversível. Uma das enzimas altamente sensível a esses compostos é a acetilcolinesterase, responsável pela metabolização do neurotransmissor acetilcolina em neurônios centrais e periféricos (envenenamento por organofosforados) Este é o mecanismos de ação dos inseticidas organofosforados, como o malathion e o parathion. Salicina, extraída da casca do Salgueiro Branco ou Chorão (Salix alba) - hoje sintetizada No metabolismo celular grupos de enzimas trabalham em conjunto onde o produto de uma é o substrato da outra Via metabólica Nessas vias existe sempre uma enzima que determina a velocidade com que o grupo vai trabalhar – enzimas reguladoras •Regulam a velocidade das reações metabólicas •São reguladas por determinados sinais •Tipos: Enzimas alostéricas Enzimas reguladas por modificações covalentes reversíveis Enzimas reguladas por proteólise Sofrem modificações conformacionais em resposta à ligação do modulador (positivo ou negativo) Enzimas alostéricas •Possui sítios reguladores para a ligação do modulador especifico •Maiores e mais complexas que as não alostéricas (mais que uma cadeia polipeptídica) Enzimas reguladas por modificações covalentes reversíveis •Diferentes grupos podem se ligar á molécula enzimática e regular sua atividade •Grupos ligados covalentemente e removidos pela ação de outras enzimas Enzimas reguladas por proteólise Enzimas proteolíticas – mecanismo de proteção/regulação Cadeias ligadas por ligações dissulfeto Enzimas digestivas produzidas pâncreas e com ação no duodeno. Bothrops (Jararacas) 90% acidentes no Estado de SP – janeiro a abril – sexo masculino Alteração nas enzimas envolvidas na cascata de coagulação do sengue - hemorragia