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* CAPÍTULO 21 ALGUMAS RECOMENDAÇÕES SOBRE OS ALINHAMENTOS HORIZONTAL E VERTICAL DE UMA RODOVIA * No lançamento de traçados para as rodovias, estes devem ser considerados como entidades tridimensionais contínuas, com mudanças de direção fluentes e gradativas. Para facilidade de trabalho e conveniência técnica na elaboração dos projetos, os elementos geométricos da rodovia são decompostos, como já visto anteriormente, nos elementos em planta, em perfil e em seção transversal. No entanto, deve-se lembrar que a rodovia projetada, uma vez construída e aberta ao tráfego, apresenta-se aos usuários como entidade tridimensional, em perspectiva natural, com seus elementos em planta, em perfil e em seção transversal atuando de forma combinada sobre os usuários em movimento, sujeitando-os a esforços e, consequentemente, a desconfortos dinâmicos, que podem afetar a fluidez do tráfego, as condições de segurança e, enfim, a qualidade do projeto. * Assim, é sempre necessário buscar a continuidade espacial dos traçados, mediante intencional e criteriosa coordenação dos seus elementos geométricos constituintes, em especial dos elementos planimétricos e altimétricos, visando ao adequado controle das condições de fluência ótica e das condições de dinâmica de movimento que o traçado imporá aos usuários. As combinações dos diferentes elementos do traçado em planta e em perfil resultam na formação de entidades tridimensionais com aparências diferenciadas, como se pode visualizar nas ilustrações da figura a seguir, onde se mostram as conjugações básicas e os resultados correspondentes, em termos de percepção dos traçados, na perspectiva dos usuários. * COMBINAÇÃO DOS ELEMENTOS EM PLANTA E EM PERFIL * Recomendações das Normas do DNER a) Recomendações quanto ao traçado em planta: Os traçados devem ser constituídos, em planta, por arcos de circunferência de raios e desenvolvimento tão amplos quanto a topografia o permitir, concordados por pequenas tangentes que pareçam, em perspectiva, partes integrantes de curvas compostas e contínuas; esta recomendação é especialmente válida para os projetos em classes mais elevadas – Classe 0 ou I –, implicando no uso de curvas com raios bastante grandes, que propiciem distâncias de visibilidade adequadas mesmo nos trechos em curva; as Normas do DNER não recomendam, evidentemente, a substituição de trechos em tangente por sucessões de curvas de pequenos raios; na figura a seguir está ilustrada a diferença entre essas diferentes concepções de traçado; * Tangentes longas e curvas de pequeno raio. Raios longos com tangentes curtas. * As tangente longas devem ser evitadas, exceto em condições topográficas especiais, onde se harmonizem com a paisagem, ou em travessias urbanas onde a ordem dominante seja a retilínea. * Devem ser evitados, na medida do possível, trechos em tangente excessivamente longos. Segundo o DNER, um critério que pode ser usado limita a extensão das tangentes a um percurso de 1,5 minutos percorrido à velocidade diretriz V, ou seja, Tangente = 25V, obtendo-se a tangente em metros e entrando com V em km/h; os traçados devem ser tão direcionais e adaptados à topografia quanto possível, devendo os ângulos de deflexão (AC) estarem situados entre 10° e 35°; para deflexões inferiores a 5°, deve-se efetuar a concordância de tal forma que o comprimento em curva, em metros, resulte maior que 30 . (10 – AC°); deflexões menores que 15' dispensam concordância com curva horizontal; nas extremidades de tangentes longas não devem ser projetadas curvas de pequeno raio; * raios de curvas consecutivas não devem sofrer grandes variações, devendo a passagem de zonas de raios grandes para zonas de raios pequenos ser feita de forma gradativa: a relação entre os raios de curvas consecutivas deve ser estabelecida de acordo com os critérios expressos no gráfico da figura apresentada a seguir: * CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE RAIOS DE CURVAS SUCESSIVAS * b) Recomendações quanto ao traçado em perfil: o greide da rodovia deve resultar suave e uniforme, evitando-se as constantes quebras do alinhamento vertical e os pequenos comprimentos com rampas diferentes; nos trechos em corte, deve-se evitar concavidades com rampas de sinais contrários, para evitar problemas com a drenagem superficial; em regiões planas, o greide deve ser preferencialmente elevado; * PRINCIPAIS DEFEITOS DOS TRAÇADOS * * * * * *
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