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Sistem� Imunológic� 1- Caracterizar as células do S.I Origem: - Todas as células do sangue são formadas a partir do processo de hematopoiese, que forma os elementos do sangue a partir de um precursor celular comum e indiferenciado, que é uma célula tronco chamada de stem-cell (CTHP), as quais são encontradas na medula óssea. - Essa célula sofrerá sucessivas mitoses e se diferenciará para dar origem às duas principais linhagens de células: a mielóide e a linfóide. Linhagem Mielóide: Formará cél. importantes para a resposta imune inata. Como as hemácias, plaquetas (linhagem eritróide-megacariotica), granulócitos, monócitos(linhagem granulocítica-monocítica). Linhagem Linfóide: dá origem aos linfócitos, como o B e o T, e as NK, base da resposta adaptativa. -Granulócitos- ‘’Soldados de 1 linha da imunidade’’ -Tipo de glóbulo branco com grânulos no citoplasma, com substâncias que ajudam na defesa, como enzimas(que podem degradar paredes celulares de microrganismos), histamina(Provoca vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, facilitando o recrutamento de outras células imunes para o local). Neutrófilos (Fagócitos) -Leucócito granulócito neutrófilo OU fagócito polimorfonuclear neutrófilo; -Mais abundantes no plasma sanguíneo, cerca de 65% -Podem ser circulantes prontos para serem recrutados, possuindo vida curta (6-8 horas). Ou residentes, pesquisa recente, em alguns tecidos, como na medula óssea e no pulmão (defesa contra patógenos inalados e na manutenção da integridade das vias aéreas). -Primeira linha de defesa, ou seja, Primeira célula que migra do sangue para o tecido e chega na lesão. -Contém grânulos de 3 tipos: -> Primários: Também conhecidos como azurófilos, contém mediadores importantes para o processo de fagocitose, tais como mieloperoxidase, defensinas, elastase e catepsina G. São os grânulos mais densos e maiores. Fazem destruição de microrganismos através da liberação de enzimas que degradam a parede celular bacteriana. A mieloperoxidase, por ex, gera espécies reativas de oxigênio, que são altamente tóxicas para as bactérias. ->Específicos:: Ou secundários, são menores e mais numerosos. Com Lactoferrina, lisozima, colagenase, gelatinase e histaminase. A lactoferrina, presente em grande quantidade nesses grânulos, sequestra o ferro, essencial para o crescimento bacteriano. A lisozima degrada a parede celular bacteriana. Outras enzimas, como a colagenase e a gelatinase, auxiliam na migração dos neutrófilos através dos tecidos. Não coram fácil, o que os distingue de outros granulócitos ->Terciários: catepsinas e gelatinases. Ajudam na degradação da matriz extracelular, facilitando a migração dos neutrófilos para o local da infecção. -Degranulação: encontra um patógeno e ativa o neutrófilo, liberando o conteúdo de seus grânulos. -Núcleo segmentado de 3 a 5 lóbulos conectados. Neutrófilos jovens: Possuem um núcleo em forma de bastonete ou em ferradura. Neutrófilos maduros: Possuem um núcleo segmentado em 2 a 5 lóbulos. Neutrófilos velhos: Podem apresentar núcleos picnóticos (densos e pequenos) ou cariorrexe (fragmentação nuclear). - A produção é estimulada pelo fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF), que é uma citosina, são pequenas proteínas que atuam como mensageiros químicos no sistema imunológico. -Em casos de infecção bacteriana, ocorre neutrofilia (aumento) da quantidade dessas células, enquanto em infecções virais, há neutropenia (diminuição). -Morrem por apoptose após realizar a fagocitose. -No entanto, erros nesse mecanismo podem ocasionar doenças autoimunes (lúpus), uma vez que restos dessas células podem gerar a produção de autoanticorpos e atacar o próprio organismo. BASÓFILOS -Constituemmenos de 1% dos leucócitos do sangue. -Presentes em tecidos periféricos, especialmente nas coberturas mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e geniturinário -residentes do Plasma sanguíneo e transportados para sítios inflamatórios quando necessário, os grânulos desse tipo celular apresentam mediadores semelhantes aos dos mastócitos. Como receptores para Fc de IgG e IgE, e podem ser estimulados pela ligação do antígeno à IgE presente na superfície. Contribuindo assim para as reações de hipersensibilidade imediata (vermelhidão). -grânulos com afinidade por corantes básicos (coloração azul-violeta). Composição: Heparina: Previne a formação de coágulos sanguíneos Histamina: Atua no processo inflamatório e é responsável pela coceira que sentimos após a picada de ummosquito. Prostaglandina: Atraemmacrófagos. EOSINÓFILOS -MORFOLOGIA: -Núcleo bilobulado(dois lóbulos conectados por um fino filamento de cromatina.) -Grânulos eosinófilos, com proteínas que se ligam a corantes ácidos como a eosina -Defesa contra parasitas helmintos (vermes) e a modulação das reações alérgicas. As proteínas catiônicas presentes nos grânulos são tóxicas para os parasitas, causando danos às suas membranas e facilitando sua eliminação. -Os eosinófilos, enquanto ainda estão na medula, produzem e armazenam proteolíticos secundários, os quais servirão para destruir antígenos em parceria com o FcE e a IgE, uma vez ativados induzem uma inflamação devido os conteúdos liberados (proteínas básicas, catiônicas eusonofílicas, neurotoxinas derivadas -> propriedades antivirais), induz a degranulação de mastócitos e basófilos e ativa a síntese de fatores de remodelação por células epiteliais. -Citotoxicidade Celular Dependente de Anticorpos: se ligam a anticorpos (como o IgE) que estão aderidos à superfície do parasita. Desencadeando a liberação das enzimas e proteínas tóxicas, aumentando a eficácia da resposta imune contra o parasita. Porém, pode causar danos às células do hospedeiro, as proteínas catiônicas são tóxicas também para as células epiteliais e endoteliais do hospedeiro, podendo levar a inflamação, danos teciduais e, em alguns casos, a reações alérgicas. -Desregulação da resposta imune: Em algumas doenças, como a asma e a dermatite atópica, a atividade dos eosinófilos pode estar aumentada, contribuindo para a patogênese dessas doenças. Em que mediadores inflamatórios atraem eosinófilos para o local da inflamação, que liberam as proteínas tóxicas presentes em seus grânulos, causando danos teciduais e amplificando a resposta inflamatória. Levando nas vias aéreas: broncoespasmo, edema e hipersecreção de muco, característicos da asma. -Agranulócitos- Tipo de glóbulo branco que não possui grânulos citoplasmáticos visíveis Fagócitos Células que têm a capacidade de englobar e destruir partículas estranhas (bactérias, vírus, fungos) através do processo de fagocitose. Monócitos ‘’ "guardas de fronteira" do sistema imune, patrulhando o corpo em busca de invasores, como bactérias e vírus.’’ -Surgem a partir de células precursoras na medula óssea direcionadas por uma proteína denominada fator estimulador de colônia de monócito (M-CSF); - Imagine a medula óssea como uma fábrica de células sanguíneas. As células-tronco são como as matérias-primas, e o M-CSF é a receita que determina quais produtos serão fabricados. Nesse caso, o produto final são os monócitos, prontos para desempenhar suas funções de defesa no organismo - Possuem núcleo em ferradura, citoplasma claro, e representam 2-8% dos glóbulos brancos no sangue. - Precursoras (têm capacidade de se diferenciar) de macrófagos e das células dendríticas. - Produzidos pela medula óssea e diferenciados já nos tecidos de destino. - Funções: Circulação e Migração: Eles circulam no sangue por cerca de 1-3 dias antes de migrar para os tecidos, onde se diferenciam em macrófagos ou células dendríticas. Fagocitose: Embora menos eficientes que os macrófagos, os monócitos podem fagocitar patógenos enquanto ainda estão na corrente sanguínea. Por que não se diferenciar diretamente? Necessidade de Flexibilidade e responsividade, permitindo uma resposta imediata, sendo conhecidos como transição da inata/adaptativa. - Monócitos clássicos: mais abundantes na circulação. Expressam altos níveis de receptores para o reconhecimento de padrões molecularesassociados a patógenos (PAMPs). Fundamental na fagocitose de bactérias e outros microrganismos. Diferenciam-se principalmente em macrófagos inflamatórios. São rapidamente recrutados para locais de infecção e tecido danificado - Monócito Não Clássico: proporção menor dos monócitos circulantes. Expressam altos níveis de receptores para substâncias próprias do organismo (autoantígenos). Envolvidos na vigilância imunológica e na tolerância ao próprio e contribuem para a manutenção da tolerância imunológica. Diferenciam-se emmacrófagos associados a tecidos e células dendríticas. São conhecidas por rolar ao longo das superfícies endoteliais (patrulhamento). Macrófagos -(CÉLULAS RESIDENTES TECIDUAIS) -Células derivadas dos monócitos que podem permanecer nos tecidos por meses e anos mesmo após a infecção, atuando como verdadeiras sentinelas. -Os macrófagos possuem grande importância na imunidade inata e capacidade de processamento e apresentação de antígenos, estimulando assim a resposta adquirida. -Forma irregular, com pseudópodes (extensões citoplasmáticas) que lhes permitem se mover e englobar partículas. Relativamente grandes com diâmetro de 10-20 micrômetros.Citoplasma: abundante e contém numerosas organelas, como lisossomos, mitocôndrias e um retículo endoplasmático bem desenvolvido. A presença de grânulos azurófilos no citoplasma. -Apresentam antígenos em sua superfície, MHC-II: Moléculas que se ligam a fragmentos de antígenos (pequenos pedaços de proteínas de patógenos) e os apresentam aos linfócitos T CD4+. -Células de limpeza (renovam os tecidos saudáveis e neutrófilos que se acumulam após a infecção ou lesão tecidual) -Promovem o reparo de tecidos danificados pela estimulação do crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose) -Produzem citocinas inflamatórias e regulatórias (p/ aumentar o recrutamento de mais monócitos e outros leucócitos do sangue p/ os locais de infecções, amplificando a resposta protetora contra os microrganismos) -Podem ser encontrados no SNC (micróglia); no fígado (células de Kuppfer); na pele (células de Langehans); no pulmão (macrófagos pulmonares). -São cél. efetoras dominantes nos estágios mais tardios da resposta inata TIPOS: Macrófagos M1 (classicamente ativados): Associados à inflamação aguda, produzem grandes quantidades de moléculas microbicidas e citocinas pró-inflamatórias. Macrófagos M2 (alternativamente ativados): Envolvidos na resolução da inflamação, na reparação tecidual e na modulação da resposta imune. Produzem fatores de crescimento e citocinas anti-inflamatórias -Às vezes os macrófagos realizam fagocitose de organismos que são resistentes e se torna um reservatório de doenças, como na mycobacterium tuberculosis. MASTÓCITOS: -Presentes na pele e no epitélio de mucosas, com grãnulos abundantes com citocinas, histaminas. -O Fator de cél-tronco (Ligante c-Kit) é uma citocina essencial para o desenvolvimento de mastócitos. -A superfície dos mastócitos é rica em receptores, incluindo receptores para IgE (imunoglobulina E), que desempenham um papel crucial nas reações alérgicas. -Resposta alérgica: Quando uma pessoa alérgica entra em contato com um alérgeno, o IgE ligado aos receptores dos mastócitos se liga ao alérgeno, desencadeando a degranulação (liberação do conteúdo dos grânulos). A histamina, liberada pelos grânulos, causa vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e contração do músculo liso, levando aos sintomas característicos da alergia. -Defesa contra parasitas: Os mastócitos participam da defesa contra helmintos (parasitas intestinais), liberando mediadores que ajudam a eliminar esses parasitas. Células dentríticas -Possuem longos prolongamentos que se assemelham a dendritos de neurônios, daí o seu nome. O que aumenta a superfície e facilita a captura de antígenos. -Comparadas a "mensageiras" que capturam informações sobre patógenos invasores e as levam até os linfócitos T. São APC, apresentadoras de antígeno, mais importantes. -Residem em tecidos periféricos (como pele, fígado e intestino) onde capturam antígenos e se tornam ativadas, migrando para os linfonodos regionais, nos quais processam e apresentam antígenos proteicos ou lipídicos aos linfócitos. *Imaturas: altamente eficientes na captura de antígenos *Maduras: eficientes na apresentação de antígenos -As células dendríticas possuem receptores que reconhecem padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs). Ao entrar em contato com um patógeno, elas internalizam o antígeno e o processam em pequenos fragmentos. -Após o processamento, os fragmentos antigênicos são apresentados na superfície da célula dendrítica, associados a moléculas do Complexo Maior de Histocompatibilidade (MHC). Essa apresentação é crucial para ativar os linfócitos T. -Após a captura e processamento do antígeno, as células dendríticas migram para os órgãos linfoides secundários (como os gânglios linfáticos), onde apresentam os antígenos aos linfócitos T. -A maturação depende de uma citocina ligante Flt3, que se liga ao receptor o tipo tirosinocinase Flt3 nas células precursoras. Células dendríticas convencionais: Desempenham um papel central na ativação dos linfócitos T. Considerada uma ponte entre as imunidades inata e adaptativa. -São as primeiras células a chegar a um sítio infeccioso, precedendo até mesmo os neutrófilos. CDC1 (células dendríticas convencionais tipo 1): Especializadas na apresentação de antígenos citosólicos, como aqueles derivados de vírus, para linfócitos T CD8+ CDC2 (células dendríticas convencionais tipo 2): Especializadas na apresentação de antígenos extracelulares, como bactérias e proteínas, para linfócitos T CD4+. CÉLULA DENDRÍTICA FOLICULAR: aprisiona antígenos associados a anticorpos e os apresenta em sua superfície p / serem reconhecidos pelos linfócitos B (p/ depois serem transportados p/ órgãos linfoides secundários) durante determinada fase da resposta imune humoral. Encontradas nos centros germinativos (folículos linfoides). CÉLULAS NATURAL KILLERS (NK) - fazem parte do sistema imune inato, prontas para agir rapidamente contra ameaças, sem a necessidade de uma sensibilização prévia. -derivam de células-tronco hematopoiéticas na medula óssea, assim como os linfócitos T e B, mas pertencem à linhagem linfoide -Função: Reconhecimento da célula alvo: reconhecem as células alvo através de receptores que interagem com moléculas presentes na superfície celular. Se os sinais ativadores predominarem, a célula NK será ativada e iniciará o processo de destruição da célula alvo. A célula NK libera grânulos citotóxicos que contêm perforina e granzimas. A perforina forma poros na membrana da célula alvo, permitindo que as granzimas entrem na célula e induzem a apoptose. As granzimas ativam enzimas dentro da célula alvo, levando à fragmentação do DNA e à morte celular. -A expansão e a ativação das NKs são estimuladas pela IL- 15, produzida por macrófagos, e pela IL-12, indutor potente da produção de IFN-γ e ação citolítica. LINFÓCITOS -principais células da imunidade adquirida -núcleo grande e esférico que compõe cerca de 30% do conjunto de leucócitos. -Sua diferenciação é feita pelas proteínas que têm em sua superfície, já que seus subtipos são morfologicamente idênticos. Estão associados a infecções virais e alguns linfomas -Diferencia-se em: linfócitos T, linfócitos B e células NK -> Maturação de Linfócitos B: -O BCR é uma molécula de imunoglobulina presente na superfície do linfócito B e é responsável por reconhecer o antígeno. Durante a maturação, os genes que codificam o BCR sofrem um processo de rearranjo aleatório, gerando uma enorme diversidade de receptores e, consequentemente, a capacidade de reconhecer uma vasta gama de antígenos. -Seleção positiva: As células B que expressam um BCR funcional e que não reagem com antígenos próprios são selecionadas positivamente para sobreviver. Seleção negativa: As células B que reagem fortemente com antígenos próprios são eliminadas por apoptose (morte celular programada)para evitar o desenvolvimento de doenças autoimunes. Maturação na medula óssea: As células B que passam pelos processos de seleção positiva e negativa migram para os órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço), onde se tornammaduras e prontas para responder a antígenos. 1. Células efetoras: combatem a ameaça 2. Células de memória: todas as células efetoras morrem, algumas precisam ficar guardadas para garantir a resposta em caso de outra infecção. Duram por bastante tempo. Linfócitos B -Especializados na produção de anticorpos pelo contato com antígenos. -Inicialmente são produzidos no saco vitelínico(8 semana), depois no fígado (durante a vida fetal), e posteriormente na MEDULA ÓSSEA, onde amadurecem. -Depois de maduros, deixam a medula e entram na CIRCULAÇÃO, migrando p/ os ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS -São as únicas células capazes de produzir anticorpos (diferenciam-se em plasmócitos = secretores de anticorpos). Funcionam como mediadores da imunidade humoral. -Podem responder a diversos antígenos, já que seus receptores são imunoglobulinas ligadas a membrana, que são diferentes entre si. -São estimulados pelos LT auxiliares p/ a proliferação e diferenciação em cél. efetoras ou de memória e serem APCs. -Antes de entrar em contato com algum antígeno essas células são conhecidas como naive IgM, já quando entram, se multiplicam para que haja mais células reconhecedoras daquele corpo estranho e possa haver um combate mais ativo, durante esses ciclos de ativação e reconhecimento de vários antígenos, as células B podem se diferenciar em plasmoblastos (células secretoras de anticorpos mas de vida curta), ou migram para órgãos linfoides secundários. -À medida que o antigênico é eliminado essas células B ativas se tornam células B de memória, que servem para agir mais rapidamente e com maio especificidade no caso de uma reinfecção. Anticorpos são proteínas secretadas pelos plasmócitos específicas para o patógeno que está nos afetando – podem marcar patógenos, atuar em conjunto com o sistema complemento e neutralizar patógenos Linfócitos T -Diferentemente dos linfócitos B, que produzem anticorpos, os linfócitos T exercem suas funções principalmente através do contato direto com outras células. -correspondem à imunidade celular -se originam nas células-tronco hematopoiéticas na medula óssea, mas sua maturação ocorre no timo. -Os timócitos começam a expressar o receptor de células T (TCR), que é fundamental para reconhecer antígenos. Timócitos que conseguem interagir adequadamente com moléculas do MHC (complexo principal de histocompatibilidade) apresentadas por células do timo sobrevivem. Esse processo garante que os linfócitos T que saem do timo sejam capazes de reconhecer antígenos apresentados por células do corpo. Timócitos que reagem fortemente a autoantígenos (moleculas do próprio organismo) são eliminados. Essa seleção é crucial para evitar reações autoimunes, garantindo que os linfócitos T maduros não ataquem as células saudáveis do corpo. Após isso se encontram maduros, entram na corrente sanguínea e se dirigem para os tecidos linfóides periféricos, como linfonodos e baço. Processo chamado educação tímica. ➺❥T Auxiliar/helper (CD4/Th): -Coordenam a resposta imune, ativando outras células do sistema imune, como os linfócitos B e os macrófagos. Eles reconhecem antígenos apresentados por moléculas do Complexo Maior de Histocompatibilidade (MHC) classe II. -Secretores de citocinas (secretam ao se ligarem ao antígeno)e são subdivididos funcionalmente pelo padrão de citocinas que produzem. Th0: É o linfócito T auxiliar imaturo, ainda não diferenciado em um subtipo específico. ➺❥Th1: Linfócitos produtores de IL-2 (indutor de células T e de proliferação e aumento de capacidade das unidades citotóxicos) e de INF-γ (ativação de mastócitos com patógenos), sendo essa via essencial para o controle de patógenos intracelulares, podendo contribuir para a patogênese de doenças reumáticas autoimunes. PROCESSO DE DIFERENCIAÇÃO: a. Ligação dendrítica- linfócito b. Produção de IL-12 e diferenciação do linfócito T para TH1 c. A IL-2 recruta um fator de transcrição para produção de interferon gama - O interferon gama ativa macrófagos (tem receptor) e produz alguns anticorpos. -Esse macrófago se torna ativado, aumentando a morte de bactérias já fagocitadas e produz mais citocinas inflamatórias. Além disso, aumenta a expressão de MHC e B7. No linfócito B, os interferons são responsáveis pela transformação em plasmócitos e produção de anticorpos. OBS: os pacientes com síndrome de imunodeficiência em que o receptor de INF-γ está ausente sofrem de infecções graves por microbactérias ➺❥Th2: Muito importantes na resposta imunidade humoral -Produz IL-4, IL-5, IL-6 e IL-10 e IL-13, favorecendo a produção de anticorpos IgE. A IgE se liga a mastócitos e eosinófilos, células que liberam mediadores inflamatórios que ajudam a eliminar parasitas. -*IL-4 → induz a troca de classe de imunoglobulinas nos linfócitos B para IgE (combate verme). ➺❥TH17: proteção contra infecção por microorganismos extracelulares; produz citocinas da família IL-17, potentes indutores da inflamação, induzindo a infiltração celular na defesa contra infecções fúngicas e bacterianas extracelulares. a. Um microrganismo extracelular é fagocitado pela célula dendrítica, a qual migra para um linfonodo e encontra com linfócitos T b. Ao encontrar com o linfócito T, fornece sinais, sendo as citocinas o principal. Assim, a célula dendrítica libera IL-6 e IL-1, que, quando encontram o seu receptor, faz com que a célula T recrute start 3 – um fator de transcrição que possibilita o desenvolvimento de células TH17. c. Após ativar o Start 3, inicia-se um processo de transcrição da citocina IL-21, a qual funciona como um mecanismo de amplificação – ela mesma produz e usa. d. A célula dendrítica passa a produzir a citocina IL-23, que mantém a resposta TH17, ou seja, gera uma continuidade da resposta e. Por fim, a célula TH17 formada produz citocinas IL-17 (envolvida no processo de inflamação) e a IL-22 (mantém a integridade epitelial) ➺❥TCitotóxico(TCD8): -Reconhecem antígenos intracitoplasmáticos (como cél. infectadas por vírus e cél. tumorais), apresentados por moléculas MHC-I. Liberam proteínas tóxicas, como a perforina e as granzimas, que induzem a morte celular programada (apoptose) da célula infectada ou cancerígena. É importante que essas enzimas sejam liberadas de forma bem próxima para não atingir células adjacentes. ➺❥ LTREGULADORES: -desempenham um papel crucial na manutenção da tolerância imunológica, ou seja, na capacidade do sistema imunológico de distinguir entre o "próprio" e o "não próprio". Eles atuam como "policiais" do sistema imune, impedindo que o organismo ataque suas próprias células e tecidos. -Produção de citocinas imunossupressoras de outros linfócitos, como IL-4, IL-10 e TGF-β. - Os Treg inibem a atividade de outros linfócitos, como os linfócitos T efetores e os linfócitos B, evitando reações autoimunes. ! A deficiência de Treg está associada ao desenvolvimento de diversas doenças autoimunes, como a diabetes tipo 1 e a esclerose múltipla. Diabetes tipo 1: Nessa doença, as células T atacam as células produtoras de insulina no pâncreas. 2. Descrever as barreiras naturais do corpo -Ou inespecíficas; formam a nossa primeira linha de defesa. Físicas -Pele: maior barreira física, age como uma capa protetora que impede a entrada de bactérias, vírus e outros agentes patogênicos. A epiderme é constituída por células mortas compactadas e queratinizadas, formando uma barreira impermeável. Além disso, o suor e o sebo produzidos pela pele contêm substâncias antimicrobianas que ajudam a inibir o crescimento de microrganismos. -Epitélio do trato respiratório – ciliado com produção de muco: Se entrar alguma bactéria no nosso trato respiratório, ela agarra nesse muco e o batimento dos cílios faz com que ela seja deslocada para a orofaringe. QUÍMICAS: -Lágrimas e Saliva: As lágrimas e a saliva contêm lisozima, uma enzima que destrói a paredecelular de bactérias rompendo a camada de peptidoglicano da parede celular e quebra as ligações. -Ao piscar e ao salivar, eliminamos microrganismos que entram em contato com nossos olhos e boca. -Suor: O suor contém substâncias antimicrobianas que ajudam a inibir o crescimento de bactérias na pele. Diminui o PH da pele (3-5) -Após isso, as CÉLULAS, principalmente as FAGOCITÁRIAS (macrófagos, neutrófilos, cél. dendríticas e cél. NK) entram em ação. São o conjunto entre fagócitos, células NK e complementos (moléculas de proteínas que formam o sistema complemento). -Elementosespeciaisda resposta Inata • Toll-likes (TCRs): São receptores relacionados à imunidade inata, possuindo a capacidade de reconhecer padrões moleculares e desencadear respostas pró-inflamatórias relacionadas aos mais variados tipos de patógenos (inespecíficas). Receptores tipo NOD (NLRs): Detectam patógenos intracelulares, como bactérias e vírus. Receptores lectina tipo C (CLRs): Reconhecem padrões de carboidratos na superfície de patógenos. • Padrões Moleculares Associados aos Patógenos (PAMPS): São substâncias microbianas que estimulam a imunidade inata a partir do reconhecimento desses patógenos. Componentes Bacterianos: Lipopolissacarídeo (LPS): Um componente principal da membrana externa de bactérias Gram-negativas. Peptidoglicano: Um componente principal da parede celular bacteriana. DNA bacteriano: DNA CpG não metilado. Componentes Virais: RNA de dupla fita (dsRNA): Um intermediário comum na replicação viral. RNA de fita simples (ssRNA): Encontrado em alguns vírus. • Padrões Moleculares Associados a Danos (DAMPS): Substâncias são produzidas ou liberadas por células danificadas ou mortas que são reconhecidas pelo sistema imune e podem significar a ocorrência de lesões celulares assépticas causadas por diversos mecanismos. Exemplos: Ácido úrico: Liberado por células necróticas. HMGB1 (High Mobility Group Box 1): Uma proteína nuclear liberada por células danificadas. Calprotectin: Uma proteína de ligação ao cálcio e zinco liberada por neutrófilos. DNA e RNA celulares: Liberados por células necróticas. • Padrões Moleculares Associados à Veneno (VAMPS): - São moléculas introduzidas no hospedeiro a partir de picadas de escorpiões e abelhas, por exemplo – toxinas de venenos. -Receptores reconhecem padrões moleculares existentes em venenos, denominados de VAMPs. Toxinas – Reconhecimento PRRs – inflamação. 3.CARACTERIZARASRESPOSTAS IMUNES ANTÍGENO - substância estranha que gera resposta do sistema imune é uma parte do corpo estranho, não ele todo. Geralmente é uma proteína, mas nem sempre. -Epítopos: São as regiões específicas do antígeno que são reconhecidas pelos anticorpos ou pelos receptores de células T. Um único antígeno pode ter vários epítopos. Ligação a receptores: Os epítopos se ligam a receptores específicos presentes nas células B (receptores de células B - BCR) e nas células T (receptores de células T - TCR). RESPOSTA IMUNE INATA -Não específica: Reconhece padrões moleculares comuns a muitos patógenos, e não um patógeno específico. Imediata: A resposta é quase instantânea após a detecção do invasor.Sem memória: Não gera memória imunológica. Hereditária: É geneticamente determinada e transmitida de geração em geração.. Os componentes da imunidade inata, como células fagocitárias, células NK e proteínas do complemento, são codificados em nossos genes e transmitidos de geração em geração. Isso significa que nascemos com essa primeira linha de defesa já pronta para agir. -as barreiras já estão ativas independente de existir o contato c/ o agente infeccioso. -Células: Fagócitos, Células dendríticas, NK, Mastócitos. -Sistema complemento: Conjunto de proteínas que auxiliam na destruição de patógenos, promovem a inflamação e opsonizam os patógenos para facilitar a fagocitose. IMUNIDADEADAPTATIVA -Defesa personalizada; É estimulada pela exposição ao elemento estranho. Resposta específica para cada patógeno que entra no nosso corpo – em vez de atacar todos os patógenos da mesmamaneira, ela tem uma resposta exata para cada patógeno -Memória: se ocorrer uma segunda infecção, a imunidade adaptativa se recorda desse patógeno e combate ele de forma muito rápida (ex catapora/varicela). -As principais células de ação efetora da imunidade adaptativa são os linfócitos B e T. Os linfócitos B são responsáveis por produzir e liberar anticorpos (como as imunoglobulinas) – constituindo a resposta imune humoral adaptativa – e os linfócitos T podem tanto liberar citocinas que regulam a resposta imune quanto podem efetuar a morte celular. -Resposta amplificada: porque esse tipo de imunidade tem capacidade de expandir o número de células envolvidas na resposta. Esse fenômeno é chamado de expansão clonal. Portanto, a imunidade adaptativa tem um caráter altamente específico com um poder elevado de amplificar a resposta por via da expansão clonal, garantindo, assim, uma alta eficácia no processo de defesa do organismo contra um agente estranho. Resposta Imune adaptativa humoral: -> Mediada por anticorpos, proteínas produzidas pelos linfócitos B. -> é EXTRACELULAR (sangue, linfa, saliva ) -Como funciona: Reconhecimento do Antígeno: Quando um antígeno invade o organismo, ele é capturado por células apresentadoras de antígenos (APCs), como as células dendríticas. Essas células processam o antígeno e o apresentam aos linfócitos B. Ativação dos Linfócitos B: O linfócito B que possui um receptor específico para aquele antígeno o reconhece e é ativado. Proliferação e Diferenciação: O linfócito B ativado se multiplica rapidamente, gerando um grande número de células clones. Uma parte dessas células se diferencia em plasmócitos, que são as células responsáveis por produzir os anticorpos. Produção de Anticorpos: Os plasmócitos secretam grandes quantidades de anticorpos específicos para o antígeno que desencadeou a resposta imune. Ação dos Anticorpos: Os anticorpos se ligam aos antígenos, neutralizando-os e marcando-os para serem destruídos por outras células do sistema imune, como os macrófagos. -Uma parte dos linfócitos B ativos se diferencia em células B dememória. Resposta ImuneMediadaporCélulas -Depende principalmente da ação direta dos linfócitos T. -Imunidade contra agentes intracelulares, que podem ser em macrófagos com agentes fagocitados com a secreção de citocinas pelos linfócitos T auxiliares objetivando eliminar essas substâncias fagocitadas ou em células infectadas, geralmente em ciclo de replicação, pelos linfócitos T citotóxicos que liberam toxinas para provocar a apoptose das células afetadas por patógenos, assim objetivando sua eliminação e dos invasores consequentemente. 3.1 RELACIONARCOMCITOCINAS -Agem como uma orquestra molecular; -São proteínas que atuam como mensageiros químicos no sistema imune, coordenando a resposta a diversos estímulos, como infecções, inflamações e lesões. Elas são produzidas por uma variedade de células, incluindo linfócitos, macrófagos, células dendríticas e outras, e exercem efeitos diversos sobre outras células, regulando a proliferação, diferenciação, migração e atividade funcional. -OBS2:É importante distinguir citocinas de hormônios. Apesar de ambas sinalizarem respostas para células receptor-específicas, agindo de forma autócrina, parácrina ou endócrina, os hormônios diferentemente das citocinas, circulam no sangue em concentrações maiores e são produzidas por células específicas (glândulas especializadas para cada hormônio). Enquanto as citocinas circulam na corrente sanguínea na ordem de picomolar(concentrações muito baixas, geralmente na ordem de picomoles por litro (pM)) e podem ser sintetizadas por praticamente todo tipo de célula nucleada. Interleucinas (IL): Quem libera: Células T, macrófagos, células dendríticas. Por que: As interleucinas são liberadas em resposta a patógenos ou sinais de estresse celular para promover a ativação e proliferação de outras células do sistema imunológico. Processo: A liberação de interleucinas é parte da resposta imune adaptativa e inata, facilitandoa comunicação entre leucócitos. IL-1: Produzida por macrófagos e células dendríticas em resposta a patógenos, induz febre, ativa outras células imunes e promove a inflamação. IL-2: Produzida por linfócitos T helper, estimula a proliferação de linfócitos T e B. IL-4: Produzida por linfócitos T helper tipo 2, promove a produção de anticorpos IgE e a resposta imune humoral. IL-5: Produzida por linfócitos T helper tipo 2, estimula a produção de eosinófilos e a resposta imune contra helmintos. IL-10: Produzida por linfócitos T reguladores e macrófagos, inibe a resposta imune e promove a tolerância. Interferons (IFN): IFN-γ: Produzido por linfócitos T helper tipo 1 e células NK, ativa macrófagos, aumenta a expressão de MHC e promove a resposta imune celular. IFN-α e IFN-β: Produzidos por células infectadas por vírus, inibem a replicação viral e aumentam a expressão de genes envolvidos na resposta imune inata. Fator de Necrose Tumoral (TNF): -Produzido por macrófagos e células T, induz inflamação, promove a apoptose de células tumorais e aumenta a expressão de moléculas de adesão. -Processo: A produção de TNF-α ocorre durante a resposta inflamatória aguda. Fatores Estimulantes de Colônias (CSF): -Atuam sobre células progenitoras hematopoiéticas, estimulando-as a se proliferar e se diferenciar em células sanguíneas específicas -G-CSF (Granulocyte Colony-Stimulating Factor): Estimula a produção de neutrófilos, que são importantes para a defesa contra bactérias. -GM-CSF(Granulocyte-MacrophageColony-Stimulati ng Factor): Estimula a produção de tanto neutrófilos quanto monócitos, precursores dos macrófagos. -Hematopoiese: Os CSFs são essenciais para a produção contínua de novas células sanguíneas, garantindo a renovação celular e a manutenção da homeostase. QUIMIOCINAS: As quimiocinas são uma subclasse específica de citocinas que atuam como quimioatratores, ou seja, são responsáveis por induzir a migração de leucócitos para locais de inflamação ou infecção. -Atração Quimiotática: As quimiocinas são capazes de criar um gradiente de concentração, atraindo células imunes específicas para a região onde elas são produzidas emmaior quantidade. -Recrutamento de Leucócitos: As quimiocinas são essenciais para o recrutamento de diferentes tipos de leucócitos, como neutrófilos, monócitos, eosinófilos, basófilos e linfócitos, para os locais de inflamação ou infecção. ->CXC: A maioria recruta neutrófilos e desempenham um papel importante na resposta inflamatória aguda. ->CC: As quimiocinas CC recrutam monócitos, eosinófilos, basófilos e linfócitos, e estão envolvidas em diversas respostas imunes, incluindo inflamação crônica e alergias. ->C: papel menos bem definido, mas estão envolvidas na hematopoiese e na angiogênese. ->CX3C: Essa subfamília contém apenas um membro, a fractalkina, que está envolvida na adesão de leucócitos ao endotélio vascular. É proteína transmembrana. um passo fundamental para a migração dos leucócitos dos vasos sanguíneos para os tecidos, um processo conhecido como diapedese. Diapedese: 1- Marginação: Os leucócitos começam a rolar ao longo da parede interna dos vasos sanguíneos, em um processo chamado marginação. 2- Adesão: Os leucócitos se aderem ao endotélio (camada interna dos vasos sanguíneos) através de moléculas de adesão, como as integrinas. 3- Migração: Os leucócitos atravessam a parede do vaso sanguíneo, passando entre as células endoteliais, e se movem em direção ao local da lesão ou infecção, guiados por sinais químicos (quimiotaxia). Quimiotaxia -Movimento orientado de células em resposta a um gradiente químico. Em outras palavras, as células "sentem" a presença de determinadas substâncias químicas no ambiente e se movem em direção a elas (quimiotaxia positiva) ou se afastam delas (quimiotaxia negativa). 4. Explicar o reconhecimento de corpos estranhos/antígenos -O reconhecimento de corpos estranhos se baseia em moléculas presentes na superfície desses invasores, chamadas de antígenos. Os antígenos são geralmente proteínas, polissacarídeos ou outras moléculas grandes que são únicas para cada patógeno ou célula tumoral. ->Receptores de reconhecimento de padrões (PRRs): Células do sistema imune inato, como macrófagos, neutrófilos e células dendríticas, expressam PRRs que reconhecem padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) que são estruturas moleculares conservadas em diversos tipos de microrganismos, como o peptidoglicano das bactérias e o RNA de fita dupla dos vírus. Etapas do reconhecimento: 1-Captura do Antígeno: Fagocitose: Macrófagos e células dendríticas englobam partículas grandes, como bactérias, por meio da fagocitose. Pinocitose: Células dendríticas internalizam líquidos e macromoléculas por meio da pinocitose. Receptores de superfície, como os PRRs, reconhecem padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) e facilitam a captura dos antígenos. 2-Processamento do Antígeno: Degradação: Dentro das APCs, os antígenos são degradados em pequenos peptídeos por enzimas proteolíticas. Associação ao MHC: Os peptídeos antigênicos se ligam às moléculas do MHC no retículo endoplasmático. 3-Apresentação do Antígeno: MHC classe I: Apresenta peptídeos derivados de proteínas intracelulares, como vírus, para os linfócitos T CD8+. MHC classe II: Apresenta peptídeos derivados de proteínas extracelulares, como bactérias, para os linfócitos T CD4+. Migração: As APCs migram para os órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço), onde encontram os linfócitos T. 4- Reconhecimento pelo Linfócito T: Sinapse imunológica: O TCR do linfócito T se liga ao complexo peptídeo-MHC na superfície da APC. Co-estimulação: Além do reconhecimento do antígeno, são necessários sinais co-estimulatórios, como a interação entre moléculas co-estimulatórias da APC e do linfócito T, para a completa ativação do linfócito T. Ativação: A ativação do linfócito T desencadeia uma cascata de sinalização intracelular que leva à proliferação e diferenciação das células T em células efetoras e de memória. Papel das Citocinas: ->Ativação das APCs: Citocinas como a IL-1 e o TNF-α estimulam a maturação e a migração das APCs para os órgãos linfoides. ->Proliferação e diferenciação de linfócitos T: As citocinas IL-2 e outras interleucinas promovem a proliferação e a diferenciação dos linfócitos T em células efetoras e de memória. DEFINIÇÕES Corpos Estranhos: Substâncias que não pertencem ao organismo e podem incluir patógenos (bactérias, vírus, fungos), partículas inorgânicas, células transplantadas ou qualquer material que possa desencadear uma resposta imune. Antígenos: Moléculas que são reconhecidas pelo sistema imunológico como estranhas. Podem ser proteínas, polissacarídeos, lipídios ou ácidos nucleicos. Os antígenos podem ser encontrados na superfície de patógenos ou em células tumorais. É uma parte do corpo estranho, não ele todo -MECANISMOS DE RECONHECIMENTO: -> Cél. apresentadoras de antígenos (APCs) -macrófagos, células dendríticas e linfócitos B; Fagocitose: As APCs capturam e fagocitam os corpos estranhos, processando-os internamente. Apresentação de Antígenos: Após a digestão dos antígenos, as APCs apresentam fragmentos peptídicos desses antígenos em sua superfície, ligados a moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC). Existem duas classes principais: ->Complexo de histocompatibilidade: conjunto de genes que codificam proteínas de superfície celular cruciais para o sistema imune. Essas proteínas são responsáveis por apresentar fragmentos de antígenos (pequenos pedaços de proteínas estranhas ao organismo) aos linfócitos T, desencadeando assim a resposta imune. Apresenta uma fenda que está sempre ocupada por um peptídeo. Tal grupo é produzido pela medula óssea e migram por vias sanguíneas quando necessário e se diferenciam em tipos diferentes de cadeia – MHC 1 e MHC2. MHC de classe 1: -Apresenta antígenos endógenos (originados de dentro da célula) para linfócitos T CD8+ (citotóxicos). -Presente em todas as células nucleadas. -Presentes em todas as células nucleadas do organismo.-Apresentam peptídeos derivados de proteínas intracelulares, como vírus, para os linfócitos T CD8+ (citotóxicos). MHC de classe 2: -Presente em todas as células apresentadoras de antígenos: dendríticas, macrófagos e linfócitos B. Apresenta antígenos exógenos para os linfócitos T CD4+ (auxiliares). 5.Caracterizar anticorpos quanto a função e morfologia -> ANTICORPO/ IMUNOGLOBULINAS: são proteínas especializadas produzidas pelo sistema imune em resposta à presença de substâncias estranhas ao organismo -> Morfologia: -Compostos por quatro cadeias polipeptídicas: duas cadeias pesadas (H) e duas cadeias leves (L). Essas cadeias estão unidas por ligações dissulfeto, formando uma estrutura em forma de Y. -Região variável (Fab): Contém os locais de ligação ao antígeno e é responsável pela especificidade do anticorpo. é composta por uma cadeia leve e uma cadeia pesada. -Região constante (Fc): base do "Y",, que é a mesma para todos os anticorpos de uma mesma classe (IgG, IgA, IgM, IgE ou IgD). É responsável por interagir com outras células do sistema imune e ativar mecanismos efetores. Apenas cadeias pesadas Cadeias Leves: menores subunidades dos anticorpos. dois tipos principais de cadeias leves: kappa (κ) e lambda (λ). Um único anticorpo possui apenas um tipo de cadeia leve, ou seja, todas as cadeias leves de um anticorpo são iguais, seja kappa ou lambda. Cadeias Pesadas: maiores subunidades dos anticorpos e definem a classe do anticorpo (IgG, IgA, IgM, IgE ou IgD). A região constante da cadeia pesada determina a função do anticorpo e sua localização no organismo. TIPOS: IgM (Imunoglobulina M): É o primeiro anticorpo a ser produzido em resposta a uma infecção. Possui uma estrutura pentamérica (cinco unidades), maior e mais pesada das imunoglobulinas e é encontrado principalmente no sangue e na linfa. Sua função principal é ativar o sistema complemento e aglutinar antígenos. IgG (Imunoglobulina G): É o anticorpo mais abundante no sangue e no líquido intersticial. Possui diversas subclasse (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) com funções ligeiramente diferentes. É capaz de atravessar a placenta, conferindo proteção ao feto. neutralização de toxinas e na opsonização de patógenos IgA (Imunoglobulina A): É encontrado principalmente nas secreções mucosas, como saliva, lágrimas, leite materno e muco nasal. Protege as superfícies mucosas contra a invasão de patógenos.monomérica, dimérica ou polimérica. A forma dimérica é a mais comum IgE (Imunoglobulina E): Está envolvido nas reações alérgicas e na defesa contra parasitas. Liga-se a mastócitos e basófilos, desencadeando a liberação de histamina e outros mediadores inflamatórios. estrutura monomérica. Sua ativação desencadeia a liberação de histamina e outros mediadores IgD (Imunoglobulina D): Sua função exata ainda não é totalmente compreendida, mas está presente na superfície de linfócitos B imaturos e pode estar envolvida na ativação dessas células. 6. Descreva as respostas à protozoários -Imunidade Inata: 1-Reconhecimento Inicial: O sistema imunológico inato é a primeira linha de defesa contra infecções por protozoários. Células do sistema imune inato, como macrófagos, neutrófilos e células dendríticas, reconhecem os protozoários através de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) utilizando receptores de reconhecimento de padrão (PRRs), como os receptores Toll-like (TLRs). 2-Fagocitose: Macrófagos e neutrófilos fagocitam protozoários, englobando-os em vesículas chamadas fagossomos. Essas vesículas se fundem com lisossomos, formando fagolisossomos, onde os protozoários são expostos a enzimas digestivas e espécies reativas de oxigênio (EROs), levando à sua destruição. 3-Produção de Citoquinas: Após a fagocitose, as células imunes ativadas liberam citoquinas, como interleucina-12 (IL-12), interferon-gama (IFN-γ) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), que promovem a inflamação e atraem mais células imunes para o local da infecção. 4-Sistema Complemento: Algumas proteínas do complemento podem auxiliar na opsonização e lise de protozoários, embora muitos deles sejam resistentes a essa ação. -Resposta Imune Adaptativa 1-Ativação de Células T: As células dendríticas, após capturarem e processarem os protozoários, migram para os linfonodos e apresentam antígenos nas moléculas do (MHC) para células (linfócitos T auxiliares). Isso resulta na ativação das células T, que secretam citoquinas que ajudam na coordenação da resposta imune. 2-Produção de Anticorpos: As células B são ativadas por antígenos específicos apresentados pelas células T e começam a proliferar e diferenciar-se em plasmócitos, que produzem anticorpos. Esses anticorpos podem neutralizar os protozoários, promover a opsonização e facilitar a fagocitose. 3-Resposta Th1 e Th2: A resposta pode se polarizar em diferentes subtipos de células T auxiliares: Th1: Produz IFN-γ, que ativa macrófagos para eliminar protozoários intracelulares. Th2: Produz IL-4 e IL-5, que são mais eficazes contra protozoários extracelulares e estão associados a respostas alérgicas. 4-Memória Imunológica: Após a resolução da infecção, algumas células B e T se tornam células de memória, proporcionando uma resposta mais rápida e eficaz em caso de reinfecção pelo mesmo protozoário. PROTOZOÁRIOS: Agentes infecciosos intracelulares que habitualmente infectam o hospedeiro por longo período, em virtude de possuir mecanismos que lhes permitem escapar das agressões mediadas pelo sistema imune De maneira adicional, as infecções por protozoários habitualmente só causam doença em uma parcela dos indivíduos infectados, indicando que o sistema imune não permite, na maioria das vezes, a multiplicação em grande escala dos protozoários e a disseminação da infecção, sem, porém, ter a capacidade de promover esterilização. Dessa forma, esses agentes podem permanecer no hospedeiro por toda a vida, até sem causar doença, a não ser que esse equilíbrio seja perdido por uma depressão imune ou pelo desencadeamento de uma resposta imunitária exacerbada com inflamação tecidual. Malária Agente etiológico: protozoários do tipo Plasmodium o P. Vivax o P. Falciparum o P. Malarie o P. Ovale – só na África Vetor: mosquito Anopholes fêmea Ciclo de vida: existem 2 o Dentro do humano – provoca doença o Dentro do inseto PRIMEIRA FASE – TISSULAR Esporozoíto: É a forma infectante para o hospedeiro humano. É injetado na pele durante a picada do mosquito Anopheles infectado. Após a inoculação, os esporozoítos migram para o fígado, onde invadem os hepatócitos e se multiplicam. resposta imune contra os esporozoítos é fundamental para prevenir a instalação da infecção hepática. Ao chegar no fígado, eles entram nos hepatócitos (células do fígado) e se transformam em outra estrutura, chamada de trofozoítos. O trofozoíto é a forma reprodutiva do protozoário, ele que realiza a esquizogonia. A esquizogonia gera uma célula multinucleada chamada de esquizonte que, após sofrer lise celular e originar novas células, forma os merozoítos (cada núcleo é um novo merozoíto). Os merozoítos são liberados no sangue e entram nas hemácias Merozoíto: Originado da multiplicação dos esporozoítos no fígado, o merozoíto é liberado na corrente sanguínea e invade as hemácias. Dentro das hemácias, os merozoítos se multiplicam assexuadamente, rompendo as células e liberando novos merozoítos, o que causa os picos febris característicos da malária. A resposta imune contra os merozoítos está relacionada com a patogênese da doença, como febre e anemia. Gametócito: Forma sexuada do parasita, encontrada no sangue periférico. Se um mosquito Anopheles pica um indivíduo infectado, os gametócitos são ingeridos pelo inseto, dando início ao ciclo de reprodução sexuada do parasita no mosquito. Estratégias de Evasão do Plasmodium Variabilidade Antigênica: O Plasmodium expressa diferentes antígenos em diferentes estágios do seu ciclo de vida, dificultando o reconhecimento pelo sistema imune. Localização Intracelular: O parasita se esconde dentro das células do hospedeiro, protegendo-se da ação de anticorpose de algumas células imunes. Supressão da Resposta Imune: O Plasmodium pode inibir a produção de citocinas e a ativação de células T, suprimindo a resposta imune do hospedeiro 1- diversidade de cepas Resposta imune A resposta adaptativa contra os protozoários ocorre após a apresentação de antígenos por macrófagos e células dendríticas, via MHC classe II para as células T. Como outras células podem ser infectadas, e os macrófagos e células dendríticas também expressam moléculas de MHC classe I, nas infecções por protozoários há também ativação das células TCD8+. Latência: Algumas espécies de Plasmodium podem permanecer em forma latente no fígado por longos períodos, e em determinadas condições, reativar a doença. regiões tropicais e subtropicais da África, Ásia e América do Sul.