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1 
 
 2 
Escola Municipal Olintha de Oliveira Vale 
Valberto Martins 
Diretor Escolar 
 
 
 
 
 
 
 
Kelly Marra de Jesus Correa 
Supervisora Pedagógica 
 
 
 
 
 
 
 
Leandro de Souza 
Professor Ensino Religioso 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARAPORÃ-MG/2020 
 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
O QUE É CIDADANIA?-------------------------------------------------------------------------------------04 
LIVROS SAGRADOS----------------------------------------------------------------------------------------06 
A FUNÇÃO DO TEXTO SAGRADO ESCRITO-------------------------------------------------------07 
CARNAVAL DO BRASIL OU BRASIL DO CARNAVAL?-------------------------------------------08 
Feminicídio-----------------------------------------------------------------------------------------------------10 
ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA---------------------------------------------------------------------------13 
VOCAÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------15 
É TEMPO DE PÁSCOA-------------------------------------------------------------------------------------16 
MERCADO DE TRABALHO-------------------------------------------------------------------------------17 
CELEBRAÇÕES NAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS-------------------------------------------------18 
IGUALDADE E JUSTIÇA-----------------------------------------------------------------------------------20 
Intolerância religiosa ----------------------------------------------------------------------------------------22 
MITO e LENDA NA RELIGIÃO----------------------------------------------------------------------------24 
DIREITOS E DEVERES------------------------------------------------------------------------------------26 
A ARTE DE OUVIR------------------------------------------------------------------------------------------27 
VIDA E MORTE COMO A MORTE É VISTA EM DIFERENTES RELIGIÕES E DOUTRINAS?---------------28 
A Fome, a miséria e Betinho------------------------------------------------------------------------------31 
DIA DO PROFESSOR--------------------------------------------------------------------------------------33 
PRINCÍPIOS ÉTICOS --------------------------------------------------------------------------------------34 
POLÍTICA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL----------------------------------------------------------------35 
20 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA---------------------------37 
MARGINALIZAÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------40 
DISCURSO DE ÓDIO---------------------------------------------------------------------------------------41 
SOLIDÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------43 
PREDESTINAÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------------45 
FÉ E RAZÃO---------------------------------------------------------------------------------------------------47 
O QUE É FÉ----------------------------------------------------------------------------------------------------49 
PECADO--------------------------------------------------------------------------------------------------------51 
Dia da Mentira-------------------------------------------------------------------------------------------------53 
PRÊMIO NOBEL DA PAZ----------------------------------------------------------------------------------55 
GERAÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------57 
Você já ouviu falar nas gerações, X, Y, Z e A? -------------------------------------------------------58 
O QUE É ANSIEDADE?------------------------------------------------------------------------------------62 
TRABALHO INFORMAL------------------------------------------------------------------------------------64 
EMPRESAS MONITORAM COMPORTAMENTO NAS REDES SOCIAIS PARA CONTRATAR OU DEMITIR------------66 
MINORIAS------------------------------------------------------------------------------------------------------69 
ETAPAS DA VIDA--------------------------------------------------------------------------------------------70 
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?-----------------------------------------------------------71 
ADOLESCENTE OU ―ABORRECENTE‖?--------------------------------------------------------------72 
CARA DE ADOLESCENTE--------------------------------------------------------------------------------73 
PROCURA-SE UMA IDENTIDADE----------------------------------------------------------------------74 
AS APARÊNCIAS ENGANAM-----------------------------------------------------------------------------75 
A MÍDIA E SUA INFLUÊNCIA-----------------------------------------------------------------------------76 
 
 
http://ensinoreligioso9.blogspot.com/2012/06/livros-sagrados.html
http://ensinoreligioso7.blogspot.com.br/2013/08/vocacao.html
 
 4 
Texto 01 
 
 
O QUE É CIDADANIA? 
 A origem da palavra cidadania vem do latim ―civitas‖, que quer dizer cidade. A 
palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma 
pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo Dalmo Dallari: 
―A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de 
participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está 
marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição 
de inferioridade dentro do grupo social‖. (DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São 
Paulo: Moderna, 1998. p.14) 
 No Brasil, estamos gestando a nossa cidadania. Damos passos importantes com o 
processo de redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, muito temos que andar. 
Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e de forma obrigatória, 
pagar os impostos... ou seja, fazer coisas que nos são impostas) e encontramos muitas 
barreiras culturais e históricas para a vivência da cidadania. Somos filhos e filhas de uma 
nação nascida sob o signo da cruz e da espada, acostumados a apanhar calados, a dizer 
sempre ―sim senhor‖, a ―engolir sapos‖, a achar ―normal‖ as injustiças, a termos um 
―jeitinho‖ para tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são 
privilégios e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas 
estão como estão é por vontade Dele. 
 Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas vezes 
compreendemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está em cima para 
 
 5 
os que estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e 
conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção 
social. 
 A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a 
simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É 
necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. Simplesmente 
porque existe o Código do Consumidor, automaticamente deixarão de existir os 
desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes direitos se tornarão efetivos? 
Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão letra 
morta, ficarão só no papel. 
 Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania 
é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. 
É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que 
estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A 
cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os 
direitos humanos, a ecologia, a ética. 
 A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de casa, 
onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que 
somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais 
ampla dos direitos.na área política. A política não 
está reservada somente aos que estão na câmara ou no plenário, mas a todos que vivem 
em sociedade e que têm direitos e deveres. Na verdade, ser político não é nada mais que 
tomar decisões responsáveis que colaborem para a melhoria de vida de todos. 
 Muitas pessoas ainda têm uma visão ultrapassada, achando que o fazer política 
está somente associado ao voto. E quem falou que controlamos o que é melhor para nós 
de quatro em quatro anos? Políticos corruptos ainda estão no poder por que uma boa 
parte da população abdicou o poder de mediar quem rege a sociedade. 
 Na realidade, a sociedade em geral não faz boas escolhas, uns não votam porque 
aconteça o que acontecer no país terão suas vidas garantidas, outros porque se fazem de 
vítimas, enquadrando-se nos excluídos da sociedade, não tendo consciência de que, 
unidos são maioria. Não dá para fugir das escolhas, e escolher o que é melhor para 
muitos ainda está longe de ser uma tarefa fácil, porém se conseguimos este direito é por 
que somos capazes de administrá-lo. 
 
 
 
 
 36 
 
Atividades 
1- Que crítica é apresentada no texto? 
2- Qual é o tema central do texto? 
3- De acordo com o texto, o que é ser político? 
4- De acordo com o texto, como as pessoas participam da vida política do país? (participação social) 
5- De acordo com o texto, porque políticos corruptos ainda estão no poder? 
6- De acordo com o texto, porque as pessoas não fazem boas escolhas? 
7- Observe a charge acima e faça uma crítica onde apareçam as palavras EXCLUSÃO, POBREZA, 
DIREITOS E CIDADANIA. 
 
8- Interprete a charge. 
 
 
 
 
 37 
Texto 20 
20 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA 
 
 Dia Nacional da Consciência Negra é uma data de celebração e de 
conscientização sobre a força, a resistência e o sofrimento que a população negra viveu 
no Brasil desde a colonização. Durante o período colonial, aproximadamente 4,6 milhões 
de africanos foram trazidos para o Brasil para servirem na condição de escravos, 
trabalhando primeiramente em lavouras de cana-de-açúcar e no serviço doméstico, e 
posteriormente na mineração e em outras lavouras. 
 
 A condição de vida dos africanos e dos negros escravizados nascidos no Brasil era 
extremamente precária. Além de serem submetidos ao trabalho forçado, os escravos 
eram submetidos a um tratamento degradante e humilhante, não tendo direito a 
tratamento médico, à educação e a qualquer tipo de assistência social. 
 
 
Zumbi dos Palmares, o grande mártir da luta negra brasileira. Ilustração feita por Pedro Celso Cruz de 
Souza. 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/colonizacao-brasil.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/brasil-colonia.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/economia-acucareira.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/economia-mineradora.htm
 
 38 
 
Como surgiu o Dia da Consciência Negra? 
 
 Além do tratamento degradante conferido à população negra escravizada no Brasil 
entre 1536 e 1888 (este último ano data a libertação dos escravos via Lei Áurea), as 
heranças da escravidão permaneceram. Quando os escravos foram libertos, em 13 de 
maio de 1888, por meio da promulgação da Lei Áurea, após intensa luta de ativistas 
abolicionistas do período imperial do Brasil, como o jornalista e advogado negro Luís 
Gama, a população negra permaneceu sem qualquer tipo de assistência. 
Muitos escravos recém libertos permaneceram nas fazendas onde eram cativos por não 
terem para onde ir. A grande maioria dessa população era analfabeta e não sabia outro 
ofício, além do trabalho intenso e pesado das lavouras. No Rio de Janeiro, muitos 
escravos foram procurar as regiões difíceis de erguer construções na cidade (os morros) 
para construírem suas moradias, configurando as primeiras favelas. A situação deixada 
para a população negra no Brasil foi extremamente precária. 
 
 Marginalizada, sem assistência e com uma vida precária, a população negra no 
Brasil continuou a enfrentar muita dificuldade. Os negros eram discriminados socialmente, 
não tinham acesso aos mesmos direitos que os brancos e foram perseguidos. Diante 
dessa realidade, muitas comunidades negras (algumas inclusive remanescentes 
de quilombos), além de organizações sociais formadas por pessoas negras nas cidades, 
passaram a lutar pela igualdade racial e pela inserção da população negra na 
comunidade sem restrição de direitos. 
Na década de 1970, ativistas ligados a um grupo de quilombolas situado no Rio Grande 
do Sul passaram a reivindicar a celebração do Dia da Consciência Negra no Brasil na 
data de 20 de novembro. Em 1978, surgiu o Movimento Negro Unificado no País, que 
passou a promover uma série de ações para pensar a consciência negra e lutar contra 
o racismo no Brasil. Graças ao movimento, o Dia da Consciência Negra tornou-se uma 
data lembrada todo ano como representativa da luta da população negra. 
 
Por que escolheram o dia 20 de novembro? 
 
 A escolha do dia 20 de novembro não foi aleatória, foi feita por ser a data de morte 
de Zumbi dos Palmares, no dia 20 de novembro de 1695. Zumbi foi o maior líder do 
Quilombo dos Palmares. 
Os quilombos eram comunidades formadas por negros escravizados que fugiam da tirania 
de seus senhores e escondiam-se em lugares de difícil acesso no meio das matas. 
O Quilombo dos Palmares foi o maior e mais duradouro dos quilombos registrados pelos 
estudos historiográficos. Estima-se que a sua formação tenha durado cerca de 100 anos e 
abrigado entre 20 mil e 30 mil habitantes. A localização territorial do Quilombo dos 
Palmares era na região da Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/escravidao-no-brasil.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/abolicao-escravatura-1.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/abolicao-escravatura-1.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/quilombos.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/quilombos.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/quilombo-dos-palmares.htm
 
 39 
 
 A maioria da população brasileira, quase 54% dos habitantes, autodeclara-se negra 
(pretos ou pardos), segundo o IBGE. No entanto, dados levantados pela pesquisa 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), promovida pelo IBGE em 2017, 
apontam que a renda média de pretos e pardos corresponde a R$ 1570 e R$ 1606, 
respectivamente, enquanto a renda média de brancos é de R$ 2814. Dados da PNAD de 
2015 também apontaram que a porcentagem de negros e pardos entre os 1% mais ricos 
da população era de 17,8%, enquanto o grupo dos 10% mais pobres possuía um total de 
75% de negros e pardos 
Dia da Nacional da Consciência Negra é feriado 
 
 A Lei 12.519 de 2011 instituiu oficialmente o dia 20 de novembro como Dia da 
Consciência Negra. A lei deixa aberta a possibilidade de estabelecimento de feriado em 
tal data, ficando a critério dos municípios e dos estados acatarem-na ou não como 
feriado. 
 Estados que comemoram o Dia Nacional da Consciência Negra como feriado 
Cinco estados brasileiros acatam o dia 20 de novembro como feriado estadual e um como 
ponto facultativo. O dia 20 de novembro é considerado feriado estadual nos 
estados: Amazonas, Amapá, Alagoas, Rio de Janeiro e Mato Grosso. No Rio Grande do 
Sul, a data é considerada ponto facultativo, ficando a cargo dos municípios, órgãos 
estatais e empresas privadas conceder ou não o recesso das atividades. 
Outros cinco estados não concederam feriados, mas possuem municípios que 
reconhecem o dia 20 de novembro como recesso municipal para celebração da data. São 
eles: 
 Bahia (três municípios) 
 Espírito Santo (dois municípios) 
 Goiás (quatro municípios) 
 Maranhão (município de Pedreiras) 
 Minas Gerais (11 municípios) 
 Mato Grosso do Sul (município de Corumbá) Paraná (três municípios) 
 São Paulo (102 municípios) 
 Tocantins (município de Porto Nacional) 
 
 
 
 40 
Texto 21 
MARGINALIZAÇÃO 
 
 O processo pelo qual um indivíduo ou grupo social é confinado a uma posição inferior na 
sociedade é chamado de marginalização. Atualmente, considera-se que a marginalização é um 
processo que envolve aspectos distintos, como condição sócio-econômica e pertencimento étnico. 
Uma das consequências deste processo é a exclusão social, ou seja quando o indivíduo ou grupo 
é excluído das relações sociais e de trabalho. 
 A pobreza é um dos principais fatores associados à marginalização. Outro fator é a 
dificuldade de estabelecer residência em grandes centros urbanos e de estabelecer vínculos 
sociais. Fatores de ordem da saúde mental, tais quais doenças mentais e uso de drogas, também 
figuram neste processo. Para autores como Robert Castel a marginalização é um processo de 
exclusão causado pelas desigualdades sociais. 
 A precarização do trabalho, a ―desfiliação social‖, a invisibilidade, a falta de vínculos 
sociais, a vulnerabilidade em que os marginalizados estão imersos denuncia a dificuldade de 
mudar esta condição. É crucial chamar atenção para o fato de que tornar-se marginalizado não é 
um processo de escolha. As pessoas e os grupos que estão nesta condição são empurrados 
pelas desigualdades sociais e econômicas, por fatores culturais e até mesmo por características 
individuais, como a sensação de deslocamento e não pertencimento. 
 As sociedades cujo sistema econômico é o capitalismo, sob sua forma contemporânea 
neoliberal e globalizada, têm o trabalho como uma das principais formas de inserção social. O 
sistema de ensino, desde a creche até o ensino superior, é uma das credenciais para fazer parte 
deste mercado de trabalho. O acesso à saúde, a manutenção de aspectos estéticos desejáveis, 
como possuir dentes em boas condições, também se relacionam com a possibilidade ou não de 
conseguir trabalho e que tipo de trabalho. 
 Quando o trabalho está associado a este tipo de credenciais fica claro que aqueles que 
não as detém são automaticamente marginalizados. Os empregos a eles destinados são sempre 
braçais e mecânicos e os vínculos empregatícios vulneráveis, como é o caso dos terceirizados. O 
local de residência é outra marca imposta aos marginalizados, pois como todas as oportunidades 
lhes são frequentemente negadas, não se passa diferente como o lugar em que vivem. Nos 
centros urbanos o preço de moradia gira sempre em valores exorbitantes, o que faz com que os 
desvalidos sejam empurrados para o entorno das grandes cidades. Lugares quase sempre sem 
acesso a serviços, como sistema sanitário, o acesso à saúde e educação também é precário, bem 
como infraestrutura em geral. 
 Estudos mais recentes, como das autoras Veena Das e Debora Poole, atentam para o fato 
de que as margens não são apenas locais periféricos. As margens, ou os lugares onde vivem os 
marginalizados, são lugares de intensa dinâmica social, que justamente por estar à margem, é 
desconsiderado pelo status quo, pelo padrão. Como foi dito anteriormente, ser marginalizado é um 
processo que não se escolhe, mas que tem direta relação com o Estado e com a socidade. 
Porém, é importante ressaltar que as pessoas que sofrem e vivenciam esta condição não a 
aceitam de forma submissa e passiva. 
 Cotidianamente os que sofrem o processo de marginalização criam e praticam diferentes 
estratégias para quebrar ou diminuir as forças que lhes são impostas. O trabalho informal, a 
cultura, como o grafite, o pixe e o funk, e a solidariedade são exemplos disso. 
 
https://www.infoescola.com/sociologia/desigualdade-social/
https://www.infoescola.com/economia/capitalismo/
https://www.infoescola.com/administracao_/terceirizacao-outsourcing/
https://www.infoescola.com/sociedade/trabalho-informal/
 
 41 
 
Texto 22 
 
 
DISCURSO DE ÓDIO 
Por Letícia Rodrigues Ferreira Netto 
Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Sociais (Faculdade de Ciências e Letras 
UNESP, 2015) 
Mestrado em Ciências Sociais (Faculdade de Ciências e Letras UNESP, 2017) 
 O Discurso de Ódio é uma forma de pensamento, fala e posicionamento social que 
incita à violência contra diferentes grupos da sociedade. Pode ser verbalizado ou escrito e 
sua intenção é discriminar as pessoas devido a suas diferenças, sejam estas raça, cor, 
etnia, religião, orientação sexual, deficiências, classe etc. O Discurso de Ódio tem por 
base o ódio em si ao diferente e todos os preconceitos e prejuízos que decorrem desse 
sentimento. É considerado crime no Brasil e também um atentado aos Direitos Humanos. 
 Genericamente, esse discurso se caracteriza por incitar a discriminação contra 
pessoas que partilham de uma característica identitária comum, como a cor da pele, o 
gênero, a opção sexual, a nacionalidade, a religião, entre outros atributos. A escolha 
desse tipo de conteúdo se deve ao amplo alcance desta espécie de discurso, que não se 
limita a atingir apenas os direitos fundamentais de indivíduos, mas de todo um grupo 
social, estando esse alcance agora potencializado pelo poder difusor da rede, em especial 
de redes de relacionamento [...] (SILVA et al, 2011,p446). 
https://www.infoescola.com/autor/leticia-rodrigues-ferreira-netto/3392/
https://www.infoescola.com/sociologia/direitos-humanos/
https://www.infoescola.com/sociedade/nacionalidade/
https://www.infoescola.com/direito/direitos-fundamentais/
 
 42 
 O Discurso de ódio é uma ação discriminatória e pode estar relacionada também a 
intolerâncias de diversos tipos. A discriminação é a atitude de tratar as pessoas com 
desigualdade, enquanto a intolerância é o ato de não tolerar a existência do diferente, 
levando muitas vezes a atitudes de eugenia. A intolerância pode se manifestar no 
discurso de ódio. Este é considerado uma violência verbal e a base deste tipo de discurso 
é a não aceitação das diferenças entre as pessoas. Essas diferenças são consideradas 
elementos que distinguem os grupos sociais entre si e ainda conseguem identificar um 
grupo especifico, como a cultura, nacionalidade, religião etc. 
 Este tipo de discurso é presente na sociedade e se apresenta de forma 
padronizada em determinados aspectos, pois ele nasce nos preconceitos sociais contra 
determinados segmentos e grupos, e se exacerba em atitudes de ódio contra a existência 
e o convívio com essas pessoas na sociedade. Ele é contrário à pluralidade humana e 
tende a hierarquizar as pessoas, de forma que considera algumas pessoas mais certas e 
mais humanas que outras. Por ser construído socialmente, baseado em preconceitos que 
aparecem ao longo da história da humanidade, como preconceitos étnico-raciais, de 
gênero, de culturas, com relação à deficiências e outros, ele não pode ser considerado 
uma opinião. A opinião tem por base os sentimentos e conclusões individuais, enquanto o 
preconceito é fomentado socialmente advindo de situações de dominação de um grupo 
sobre o outro. O discurso de ódio também não pode ser considerado uma opinião, pois 
ele incita e leva a violência e esta atitude é considerada crime no Brasil. 
 Na Constituição de 1988, o artigo que legisla sobre preconceitos é o artigo 5º, que 
defende a igualdade de todos bem como os direitos e deveres do cidadão brasileiro e 
concorda com os Direitos Humanos. A Lei 7.716/89 é a lei brasileira que criminaliza os 
diferentes tipos de preconceitos na nossa sociedade. O discurso de ódio, por se basear 
em preconceitos e incitar a violência contra diferentes grupos sociais e minorias, é 
compreendido por esta lei como crime. Além de atacar a uma pessoa em específico, o 
discurso de ódio, procurando atacar todo um grupo social, fere os direitos difusos, que se 
referem aos direitos que se relacionam aos grupos sociais sem definição específica de 
pessoas. 
 Portanto, o discurso de ódio é um tipo de violência exercida por meio do discurso 
verbal ou escrito e tempor intenção discriminar, ofender, diminuir, agredir outras pessoas 
devido a suas condições sociais ou características étnicas, raciais, religiosas, culturais, de 
gênero e orientação sexual etc. Por violar o respeito à diversidade humana, à pluralidade 
e às liberdades civis e os direitos difusos é considerado crime no Brasil e em diversos 
outros países. 
 
Disponível em: 
https://books.google.com.br/books?id=uKew3ynPFS8C&lpg=PA29&ots=QzCAa_uk
Cn&dq=intoler%C3%A2ncia%20religiosa&lr&hl=pt-
BR&pg=PA6#v=onepage&q&f=false 
https://www.infoescola.com/sociologia/intolerancia/
https://www.infoescola.com/direito/constituicao-de-1988/
https://www.infoescola.com/sociedade/minorias/
https://www.infoescola.com/sexualidade/orientacao-sexual/
https://www.infoescola.com/direito/liberdades-civis/
https://books.google.com.br/books?id=uKew3ynPFS8C&lpg=PA29&ots=QzCAa_ukCn&dq=intoler%C3%A2ncia%20religiosa&lr&hl=pt-BR&pg=PA6#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?id=uKew3ynPFS8C&lpg=PA29&ots=QzCAa_ukCn&dq=intoler%C3%A2ncia%20religiosa&lr&hl=pt-BR&pg=PA6#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?id=uKew3ynPFS8C&lpg=PA29&ots=QzCAa_ukCn&dq=intoler%C3%A2ncia%20religiosa&lr&hl=pt-BR&pg=PA6#v=onepage&q&f=false
 
 43 
Texto 23 
 
 
SOLIDÃO 
 A solidão é uma condição interior do Homem, uma sensação de carência absoluta, 
de um objetivo ou um desejo que sempre se desloca, gerando na alma esta percepção da 
falta. Os religiosos afirmam que este sentimento de separação, de desvinculação com 
alguma coisa que não se pode definir, indica que o ser humano está apartado do Criador, 
sinônimo de Eu Superior, Self ou o Todo no âmbito da psicologia. 
 Sociologicamente pode-se dizer que a solidão é fruto da marginalização social, da 
exclusão do indivíduo da sociedade convencional, por inadaptação ou pela recusa em 
seguir determinados parâmetros fixados socialmente. De acordo com esta ciência, quem 
não consegue conviver com as pessoas é, de certa forma, expulso do meio, e assim se 
sente sozinho. 
 Atualmente, com a conquista de uma liberdade financeira cada vez maior, muitas 
pessoas, independente de sexo ou faixa etária, vivem sós, mas não se sentem 
necessariamente sozinhas, pois elas revelam estar bem assim, pois optaram por esta 
condição existencial, o que não significa que elas foram excluídas ou se auto-exilaram da 
vida social, mas apenas que escolheram manifestar sua independência desta forma. 
https://www.infoescola.com/sociologia/marginalizacao/
 
 44 
Mesmo porque alguém pode estar no meio de uma multidão e assim mesmo se sentir 
sozinho. 
 Para o filósofo alemão Martin Heidegger, a solidão é o estado inato do Homem, 
cada ser está por si só no mundo. Assim, cada indivíduo nasce sozinho, morre na mesma 
condição e vive suas experiências pessoais também desta forma, por mais que esteja 
sempre cercado de outras pessoas, pois ninguém pode vivenciar seu aprendizado, cabe a 
cada um enfrentar sua própria travessia. 
 Cada ser enfrenta sua solidão de forma diferente, o que explica porque os 
distúrbios psíquicos afetam alguns, e não outros. Algumas pessoas aceitam sua condição 
e nela percebem a possibilidade de serem independentes, são assim verdadeiras; outras 
se sentem desamparadas, culpam a Deus e a todos por se sentirem sós, ficam 
paralisadas e buscam no outro a proteção que deveriam buscar em si mesmas, 
sacrificando sua personalidade. 
 A solidão pode provocar sentimentos negativos, como a angústia, esta emoção 
perturbadora que nasce da consciência da morte, não só da finitude orgânica, mas do fim 
de cada potencialidade da vida, de cada anseio, de cada propósito. Toda ruptura, toda 
separação, leva à sensação de perda e, consequentemente, à solidão. 
 O sentimento da solidão também nasce da incapacidade das pessoas de se 
voltarem para si mesmas, de mergulharem no processo de autoconhecimento. Desta 
forma elas se distanciam de si mesmas e passam a procurar no outro o que deveriam 
buscar em seu íntimo. 
 O Homem deve aprender a ser só, a aceitar este estado natural, preparando-se 
assim para viver plenamente e concretizar suas metas. Pretender que não se está 
sozinho e não se alimenta a angústia na alma e tentar amenizar estas sensações vivendo 
a vida do outro, não soluciona em ninguém o problema da solidão. 
Fontes 
http://www.institutouniao.com.br/artigos/solidao.asp 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Solidão 
http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/solideliber.html 
 
 45 
Texto 24 
 
 
PREDESTINAÇÃO 
 O conceito de Predestinação nasceu no século XVI, parte integrante do Calvinismo, 
doutrina criada por João Calvino. Este movimento disseminou-se pela Holanda, Suécia e 
Escócia. Seu pupilo escocês, João Knox, edificou a Igreja Presbiteriana, a qual se 
encontra atualmente fragmentada em nove igrejas, que divergem entre si a respeito da 
Predestinação. Esta idéia teológica e também filosófica aborda a interação entre o Criador 
e a Humanidade. Segundo esta concepção, Deus já determinou anteriormente tudo que 
se desenrolará entre os homens no tempo e no espaço. 
 Esta teoria sagrada é muito presente nas religiões monoteístas, mas no 
Cristianismo ela encontrou sua morada por excelência, na crença do Poder Divino de tudo 
saber, ou seja, Ele tem ciência de tudo que o Homem realizará em sua jornada espiritual, 
assim, sabe com antecedência quem está salvo e quem está condenado. Portanto, o 
Criador já escolheu os seus eleitos. Este tema foi amplamente debatido e desenvolvido 
por Santo Agostinho e João Calvino. Mas aí, as pessoas se questionam, onde fica o livre-
arbítrio? Segundo os que crêem nesta doutrina, a Bíblia ratifica a nossa liberdade de 
escolha, sendo necessário apenas acreditar em Jesus e então ser finalmente salvo – esta 
https://www.infoescola.com/religiao/calvinismo/
https://www.infoescola.com/biografias/joao-calvino/
https://www.infoescola.com/biografias/santo-agostinho/
 
 46 
é a única opção que conduz à salvação. Assim funciona a predestinação, atraindo o 
Homem para Deus e, assim, para a libertação, é como se Deus soubesse por antecipação 
quem escolherá ficar ao seu lado. 
 Os cristãos divergem em um ou outro ponto, mas no geral vêem a Predestinação 
como o plano de Deus para a Humanidade, que se concretiza quando Ele escolhe seus 
eleitos. Já do ponto de vista humano, todo indivíduo tem o direito de concordar com o 
Criador ou de repeli-lo. Entre estas visões distintas, as várias religiões dão maior 
destaque a um ou a outro ângulo desta doutrina. Esta teoria também está ligada a grupos 
materialistas, espiritualistas, politeístas, ao carma, à idéia de destino, a diversas crenças 
filosóficas e a variadas religiões, sob a convicção de que, se o futuro já está praticamente 
programado por antecedência, então apenas uma pequena parcela de acontecimentos 
foge a este padrão, enquanto outros acreditam na preponderância do acaso e da sorte. 
 A palavra ‗predestinação‘ vem do grego ―proorizo‖, denotando algo ―anteriormente 
determinado, predestinado‖. Significa, então, que Deus decidiu alguma coisa antes dela 
acontecer, ou seja, a glorificação de seus filhos. Segundo os seguidores desta teoria, 
nenhuma pessoa merece ser salva, portanto ninguém pode se queixar por não receber a 
salvação, e se Deus em sua Onipotência Divina decide ser compassivo com alguns de 
seus filhos e lhes conceder a glória de estar ao seu lado, os que não foram eleitos não 
têm motivos para se aborrecerem. De acordo com um pensamento mais racionalista, 
como o da Doutrina Espírita, esta crença não é compatível com os mecanismos da 
Razão, nem mesmo com a Bíblia e com os desígnios divinos, pois qual seria o papel da 
Religião, que tem como função religar o Homem ao Criador, se alguns já estivessem 
previamente salvos e outros condenados? Se o Messias veio para salvar a Humanidade, 
como se justifica a existência de um grupo de eleitos? Além disso, como a Misericórdia de 
Deusseria infinita se rejeitasse uma única criatura sua? Para esta visão de mundo, a 
responsabilidade pelo destino da Humanidade está em grande parte nas mãos do 
Homem, através do exercício de seu livre-arbítrio. 
Fontes 
http://www.gotquestions.org/Portugues/predestinacao.html 
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/jose-chaves/predestinacao.html 
http://www.gotquestions.org/Portugues/predestinacao.html
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/jose-chaves/predestinacao.html
 
 47 
Texto 25 
 
 
FÉ E RAZÃO 
 Para aquele que tem fé religiosa Deus existe, porém para a filosofia não basta ter 
fé, é preciso evidenciar que Ele existe de verdade. Para os fervorosos, Deus é um ser 
perfeito, dotado de bondade e filantrópico, que penitencia os maus e gratifica os bons. 
 O poder espiritual aceita que Deus aja no universo efetuando milagres; para a 
filosofia, é necessário demonstrar com fatos, testemunhos, documentos, etc, que o 
espírito tem a faculdade de exercer influência sobre a matéria, e responder por qual 
motivo Deus, que tudo sabe, sendo capaz de realizar milagres, deixaria pendente o 
ordenamento do mundo criado por Ele mesmo. Uma vez completo, absoluto e infinito, por 
qual motivo instituiria um universo não espiritual, finito e defeituoso? 
 Para o seguidor de uma religião o espírito é imortal e predestinado a uma 
existência prometida; a filosofia exige provas dessa eternidade. 
 Para concorrer com as indagações da filosofia, o Cristianismo transformou-se 
em Teologia – ciência que versa sobre Deus -, converteu os textos da história santificada 
em teoria, feito que nenhuma outra religião conseguiu realizar. 
 Não obstante este feito há certas crenças religiosas que nunca poderão ser 
compreendidas por meio do uso da razão, sem serem extintas. Não há uma maneira de 
provar que Deus tenha conversado com Moisés no Sinai, assim como também não há 
provas lógicas da virgindade de Maria, da Santíssima Trindade, etc. São credibilidades 
https://www.infoescola.com/teologia/o-que-e-fe/
https://www.infoescola.com/religiao/teologia/
https://www.infoescola.com/cristianismo/santissima-trindade/
 
 48 
fincadas pela fé e por isso tornam-se enigmas que não podem ser questionados, 
transformando-se, assim, em dogmas. Por este motivo, Paulo diz que ―a fé é um 
escândalo para a razão". 
 Há uma passagem na Bíblia que conta que Josué fez o sol parar com o objetivo de 
ganhar uma luta; deduz-se por esta passagem que o sol se move em torno da terra, a 
qual está inerte. Por se tratar de uma passagem da Bíblia, ela se torna incontestável. 
 Essa ―verdade‖ é contestada pela ciência de Copérnico, Galileu e Kepler. Pela 
Igreja, eles poderiam até contrapor uma teoria de cunho filosófico-científico conhecida 
como Geocentrismo, mas a história de Josué jamais poderia ser colocada sob dúvida. 
 Por este motivo, a Igreja avaliou o Heliocentrismo – doutrina que concebe o sol 
como centro do sistema solar – como um disparate, um contra-senso. Tal ciência foi 
rejeitada e punida e levou sábios, como Galileu Galilei, ao julgamento do Santo Ofício. 
 Historiadores, pessoas versadas no estudo das línguas ou da lingüística, e até 
mesmo antropólogos, realizaram pesquisas a respeito das tradições de toda a região que 
abrangia o Oriente Médio e o norte da África, e nela encontraram alusões incessantes ao 
pão, ao vinho, ao cordeiro sacrificado e ao deus que foi morto e ressuscitou. 
 Estes elementos integravam os costumes agronômicos destes locais, 
acompanhados de cerimoniais de fecundidade da terra e de animais, ritos muito análogos 
aos que passaram a ser praticados na missa cristã. 
 Por esse prisma, o cerimonial praticado na missa faz parte de um hábito agrário, 
oriental, africano, muito precedente ao cristianismo. 
 Contudo, esta descoberta científica vai contra as veracidades cristãs, visto ser a 
missa pensada como uma ciência que trata das cerimônias e ritos da Igreja, a qual 
reproduz e relembra um conjunto singular e novo de eventos que dizem respeito à vida, 
paixão e morte de Jesus. 
 A religião trata a filosofia como a ciência do contra-senso e da incredulidade, e a 
filosofia, por sua vez, denuncia que a religião é a única detentora da verdade, além de ser 
preconceituosa, desatualizada e intransigente. 
 
. 
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/filosofia/fe-e-razao/ 
 
https://www.infoescola.com/religiao/biblia/
https://www.infoescola.com/sistema-solar/sol/
https://www.infoescola.com/biografias/nicolau-copernico/
https://www.infoescola.com/biografias/galileu-galilei/
https://www.infoescola.com/astronomia/geocentrismo/
https://www.infoescola.com/astronomia/heliocentrismo/
https://www.infoescola.com/filosofia/fe-e-razao/
 
 49 
Texto 26 
 
 
O QUE É FÉ 
Ter fé é crer firmemente em algo, sem ter em mãos nenhuma evidência de que seja 
verdadeiro ou real o objeto da crença. Este termo vem do grego pi.stis, traduzido por 
confiança, firme convencimento. Assim, a palavra fé pode ser entendida como acreditar, 
confiar. A fé não demanda provas materiais, pode surgir sem nenhum motivo aparente, 
estar ligada a razões ideológicas, emocionais, religiosas, ou a outra razão qualquer. 
A fé pode ser cega, nascida da confiança irracional em algo ou alguém, e dentro de uma 
religião como, por exemplo, o catolicismo, ser baseada em dogmas – diretrizes 
estabelecidas pela Igreja, nas quais os fiéis crêem sem que o clero necessite dar maiores 
explicações. Ela também pode ser raciocinada, como no Espiritismo, que caminha junto à 
Ciência e à Filosofia, portanto, segundo esta doutrina, razão e sentimento devem se unir 
para construir uma crença nascida do conhecimento, uma vez que a fé não surge por um 
milagre no interior do homem, mas é edificada, porém também aqui não se foge da 
necessidade da confiança e de algumas certezas instintivas. 
As experiências de cada um, intransferíveis e totalmente pessoais, dão origem a esta 
energia ou sentimento, ou como se queira definir a fé. Ela pode ser dividida com as 
pessoas à nossa volta na forma de narrativas históricas ou obras de arte, e até mesmo 
 
 50 
sob o aspecto de depoimentos espirituais, de vivência interior. Todos nós, segundo 
pesquisadores, temos no nosso íntimo, em estado latente, o poder da fé, ou seja, de 
tornar real tudo que desejamos alcançar, através do exercício contínuo da vontade 
determinada, contumaz, focada nos objetivos que almejamos concretizar. Atualmente, a 
literatura de auto-ajuda aposta justamente nesse potencial humano, na capacidade de 
alcançarmos tudo aquilo que aspiramos, por meio da exploração de condições ainda 
pouco conhecidas de nossa mente, entre elas a fé, mas que estão certamente presentes 
em cada indivíduo. 
É essa energia que alimenta todas as crenças e religiões do planeta, desde os primórdios 
da humanidade. Milhares de pessoas freqüentam os templos mais diversos, ou se voltam 
para seu santuário interior, no exercício dessa força, buscando consolo ou respostas para 
suas indagações e problemas cotidianos. O que mantém essa prática viva ao longo de 
milênios é que a humanidade tem encontrado muitas vezes o que busca nessas jornadas 
espirituais, e pode assim testemunhar o poder da fé. E o que importa aqui não é como se 
conseguiu obter resultados com esta energia, pois o adepto de cada religião encontrará 
explicações diferentes para a mesma experiência. O que realmente conta são os frutos 
que nascem da fé, concretos demais para que se negligencie esta força. O curioso é que 
mesmo o ateu, quando impulsionado pela crença em uma determinada ideologia, obtém 
os mesmos efeitos. 
No aspecto religioso, a fé pode significar ser leal a um determinado culto, o que implica 
aceitar as regras e pontos de vista dessa religião, ou seus dogmas, dependendo da 
corrente espiritual. Fé também pode denotar um compromisso de fidelidade, por exemplo, 
a Deus. Entre os judeus, ser fiel ao Talmud também expressaum laço cultural e, mais que 
isso, é igualmente uma questão de identidade. Aliás, em outras comunidades religiosas a 
religião é, da mesma forma, uma questão de identidade cultural. Segundo as Sagradas 
Escrituras, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, portanto, conforme o 
pensamento de alguns estudiosos sobre o poder da fé, com este instrumento divino o 
Homem também pode criar, através da disciplina e do direcionamento correto da vontade 
para um propósito determinado. Jesus, em seus ensinamentos, teóricos e práticos, 
demonstrou integralmente a importância da fé, e o seu potencial inquestionável. 
 
 
 51 
Texto 27 
 
 
 
PECADO 
 O Pecado é um conceito encontrado em toda e qualquer religião. O termo vem do 
grego hamartáno e do hebraico hhatá, com o significado de ‗errar‘ um alvo, um objetivo 
determinado. Em latim, a expressão transforma-se em peccátu. Assim, esta palavra tem 
uma conotação religiosa, espiritual, referindo-se ao não cumprimento dos desígnios de 
Deus, à violação de suas Revelações. Os judeus sempre viram a transgressão de 
qualquer um dos mandamentos sagrados como um pecado. Para eles, o Homem não 
peca porque em sua natureza é um pecador, seus erros são frutos de suas ações, não 
são práticas permanentes. Infringir as Leis Judaicas não significa falhar moralmente. 
Segundo a doutrina hebraica, o ser humano tem o livre arbítrio, portanto tem 
responsabilidade sobre seus erros, embora tenha uma certa inclinação natural para o 
pecado – nem por isso os judeus crêem que o Homem já nasceu como um pecador, 
nesse sentido ele definitivamente não é herdeiro de Adão. 
 Entre os cristãos, muitos vivem com medo de serem condenados na Eternidade 
pela prática do pecado. Outros, ao contrário, acham que podem alcançar a perfeição sem 
cair nas armadilhas dos atos pecaminosos. De uma forma mais ampla, pode-se afirmar 
que o pecado é a violação de qualquer acepção religiosa, ética ou moral, seja por incúria 
 
 52 
ou por falta. O homem, seja qual for sua cultura original, constrói em seu universo interior 
regras éticas e de conduta moral, suas crenças pessoais. No momento em que elas são 
transgredidas, nasce a culpa. Trata-se aqui do pecado cometido no coração. Há também 
o pecado mortal, que separa o homem de Deus, configurando assim a morte espiritual. 
Neste momento, como Adão e Eva ao comerem da Árvore do Conhecimento, o pecador é 
condenado. Este deve então se regenerar, através da confissão de sua culpa, do 
arrependimento sincero e da penitência diante de Deus. 
 Quanto aos pecados veniais, eles são os mais leves e menos comprometedores, 
que não levam à ruptura com a Providência Divina, pois eles dizem respeito apenas à não 
obediência a alguns preceitos morais. Os católicos consideram pecado mortal violar 
algum dos Dez Mandamentos, ter consciência dos erros cometidos e mesmo assim 
cometê-los voluntariamente. Os pecados considerados imperdoáveis são os cometidos 
contra o Espírito Santo, o que significa a não aceitação da ação divina, a negação da 
Misericórdia e do perdão de Deus, assim como uma persistente prática de atos 
pecaminosos. Já o pecado original refere-se à transgressão primeira praticada por Adão e 
Eva, pretensamente estimulada pela mulher, considerada a primeira pecadora da raça 
humana. O casal desobedeceu diretamente ao Criador ao comer do fruto do 
conhecimento. Assim, este erro estendeu-se para toda a Humanidade, tornando-se uma 
herança do Homem. 
 Uma novidade em termos de pecado foi introduzida pela Teologia da Libertação, o 
‗pecado estrutural‘, inicialmente batizado de ‗pecado social‘. Ele se refere aos ecos do 
pecado na vida da sociedade, já que o homem também é um ser social e suas atitudes 
repercutem no universo social. Esta doutrina também revela que há contextos sociais que 
também são pecaminosos, ou seja, há erros cometidos pela sociedade, não apenas por 
pessoas – daí o ‗pecado social‘. Assim, desenvolve-se simultaneamente um pecado 
inserido nas próprias estruturas sócio-políticas, econômicas e culturais, que têm 
conseqüências igualmente dolorosas – o ‗pecado estrutural‘. 
 Antigamente, como se vê no Antigo Testamento, o homem se redimia de seus 
pecados através do sacrifício de animais a Deus, em troca do perdão de suas faltas. No 
Novo Testamento, é Jesus quem se sacrifica pela Humanidade, quem vem salvar o 
Homem de seus pecados. O Messias é considerado o intermediário entre o ser humano e 
o Criador. Segundo a concepção católica, o pecado venial, mais leve, justifica apenas 
uma passagem temporária pelo Purgatório, e o pecado mortal, mais grave, corresponde a 
um castigo eterno no Inferno, se não houver a confissão e o arrependimento verdadeiro. 
Já o pecado original é expiado através do batismo. 
 
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/religiao/pecado/ 
https://www.infoescola.com/cristianismo/purgatorio/
https://www.infoescola.com/religiao/pecado/
 
 53 
Texto 28 
 
Dia da Mentira 
 Não se sabe ao certo de onde surgiu a ideia do Dia da Mentira, celebrado no dia 
1º de abril. A teoria mais aceita quanto à origem do dia da mentira remonta ao século XVI, 
na França. 
 A brincadeira teria começado por ocasião da troca de calendário ordenada pelo rei 
Carlos IX, em 1564. Até então, estava em vigor o calendário Juliano, pelo qual as 
festividades do ano novo eram comemoradas de 25 de março a 1º de abril. A partir da 
ordem do rei, o calendário Gregoriano passaria a ser utilizado, o que significa que o ano 
teria início em primeiro de janeiro. 
 Considerando as condições de comunicação naquele século, a mudança deve ter 
levado meses, ou mesmo anos para ser de conhecimento de todos os franceses. Além 
disso, muitas pessoas foram contra essa mudança, e continuaram a comemorar a 
passagem de ano de acordo com o calendário Juliano. 
 As piadas tiveram origem, portanto, da resistência de alguns, e da falta de 
informação de outros em relação à troca de calendários. Consta que eram comuns os 
convites para festas de ―fim de ano‖ falsas. Quando as pessoas deixaram de cair na 
mesma mentira, das festas de fim de ano, os ―mentirosos‖ passaram a criar outras 
situações fictícias, como casamentos, dos quais enviavam diversos convites. As 
brincadeiras nessa época do ano espalharam-se por toda a Europa, e chegaram ao Brasil 
por intermédio dos portugueses. 
 
 54 
 Em 1848, em um dia 1º de abril, foi lançado em Pernambuco um periódico 
chamado ―A mentira‖, que já em sua primeira edição noticiava a morte de Dom Pedro, 
noticia desmentida na edição do dia seguinte. 
 A mídia britânica, também nessa época, adotou a tradição de enganar seus leitores 
com histórias fantásticas, tradição esta que perdura até os dias atuais, e que faz vítimas, 
ou noodles (patetas, como são chamados na Inglaterra os que caem na mentira) até em 
outros países, inclusive no Brasil. 
 Os periódicos mais renomados do país, como a revista Veja e o jornal A Folha de 
São Paulo já foram noodles (patetas). Em 1993, a Veja reproduziu a notícia divulgada 
pela revista britânica New Scientist, que descrevia uma experiência bem sucedida 
realizada na Alemanha, que teria criado uma nova espécie de alimento (de sabor 
agradável), resultado da união de células de boi com células de tomate, dando origem a 
uma espécie animal-vegetal, um ―boimate‖. A revista Veja só assumiu o erro após a 
publicação de uma matéria que revelando a mentira na Folha de São Paulo. 
 Mas nesse mesmo ano (e mês), a própria Folha cairia em outra pegadinha inglesa, 
ao reproduzir, como verdadeira, uma matéria publicada no jornal inglês The Independent, 
que noticiava que arqueólogos teriam descoberto evidências materiais da existência da 
vila dos gauleses Asterix e Obelix. Para ―sorte‖ dos leitores, outro jornal, a Gazeta 
Mercantil, publicou uma matéria a respeito da tradição inglesa de vincular notícias 
mentirosas em abril, citando como exemplo de piada, oanúncio da descoberta dos 
arqueólogos. 
 Se na Inglaterra as pessoas que acreditam nas histórias de 1º de abril são 
chamados de patetas (noodles), nos Estados Unidos são chamados de bobos de abril 
(april fools), na Escócia de tolos de abril (april gowks) e na França de peixe de abril 
(poisson d"avril). 
Fontes 
"HowStuffWorks - Por que 1º de abril é considerado o dia da mentira?". Publicado em 30 de março de 2001 
(atualizado em 17 de julho de 2008) Disponível em http://pessoas.hsw.uol.com.br/questao6041.htm 
Acessado em: 24 de fev. 2009. 
 
 
 55 
Texto 29 
 
 
 
PRÊMIO NOBEL DA PAZ 
 No ano de 1895, o sueco Alfred Bernhard Nobel, que também foi inventor da 
dinamite, criou o Prêmio Nobel, por iniciativa própria e pela necessidade de oferecer um 
prêmio de grande notoriedade, a todos que realizassem alguma contribuição para o bem 
de toda Humanidade. As áreas específicas selecionadas foram, Química, Medicina, Física 
e Fisiologia, e entre elas o que mais se destacou seria premiado como campeão de 
Literatura ou da Paz. O projeto inicial constava que os prêmios deveriam ser entregues 
pela Academia Sueca de Ciências, para os químicos e físicos, pelo Instituto Carolina de 
Estolcomo, aos trabalhos de medicina e fisiologia, os de literatura deveriam ser entregues 
pela Academia de Estocolmo e o Prêmio Nobel da Paz, por um comitê formado por cinco 
pessoas, previamente eleitas pelo Storling (Parlamento Norueguês). 
 O Prêmio Nobel da Paz é atualmente atribuído em Oslo, onde o Parlamento 
Norueguês, seleciona o Presidente, o ex-primeiro ministro dos negócios estrangeiros, o 
https://www.infoescola.com/curiosidades/premio-nobel/
 
 56 
ex-primeiro ministro, o ex-presidente do Parlamento e o Secretário-Geral do Conselgo da 
Europa. A data da primeira entrega foi registrada em 1901. E em comemoração ao 
terceiro centenário do Banco Central da Suécia, mais conhecido como o Sveriges 
Riksbank, foi criado o Prêmio de Ciências Econômicas, para homenagear o criador Alfred 
Nobel (no ano de 1968). 
 O Prêmio Nobel da Paz segue os seguintes preceitos, a pessoa que realizou o 
melhor ato ou ação pela paz e fraternidade mundial, lutou pela redução das guerras e se 
esforçou para manter os tratados de paz entre as nações. Este prêmio é também 
atribuído aqueles que se envolvem e participam de projetos cuja temática seja a solução 
de problemas, em determinadas áreas específicas, o que o torna uma premiação com 
características particulares. 
 Os últimos premiados, são também chamados de laureados, foram no ano de 2012 
os ativistas Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman, em 2010 o 
ativista chinês Liu Xiaobo, em 2009 Barack Obama, eleito pela segunda vez Presidente 
dos Estados Unidos, em 2008 o ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari, em 2007 o ex-
vice presidente dos Estados Unidos Al Gore, no ano anterior em 2006, o Banco Grameen 
de Microcréditos e Muhammad Yunus, em 2005, a AIEA (Agência Internacional de 
Energia Atômica) e Mohamed ElBaradei do Egito, no ano de 2004, a ecologista do Quênia 
Wangari Maathai, em 2003 a ativista Iraniana Shirin Ebadi, em 2002 o ex-presidente dos 
Estados Unidos Jimmy Carter, em 2001 a ONU (Organização das Nações Unidas) e o 
secretário-geral, Kofi Annan, em 2000, o presidente da Coréia do Sul Kim Dae Jung, em 
1999 a organização dos Médicos sem fronteiras, no ano anterior, em 1998, John Humes e 
David Trimble ambos da Irlanda do Norte. Os mais expressivos prêmios foram entregues 
no ano de 1993 a Nelson Mandela e Frederik de Klerk, ambos da África do Sul e no ano 
de 1989, a Dalai Lama do Tibete. 
 
Fonte: 
http://www.nobelprize.org/nobel_organizations/nobelfoundation 
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/RolNobP0.html 
 
https://www.infoescola.com/geografia/agencia-internacional-de-energia-atomica-aiea/
https://www.infoescola.com/geografia/agencia-internacional-de-energia-atomica-aiea/
https://www.infoescola.com/geografia/agencia-internacional-de-energia-atomica-aiea/
https://www.infoescola.com/biografias/jimmy-carter/
https://www.infoescola.com/biografias/nelson-mandela/
https://www.nobelprize.org/nobel_organizations/nobelfoundation
https://www.nobelprize.org/nobel_organizations/nobelfoundation
https://www.nobelprize.org/nobel_organizations/nobelfoundation
 
 57 
Texto 30 
 
GERAÇÃO 
 Em biologia, o termo ―geração‖ pode ter diversos significados. Um deles se refere à 
transição entre progenitores e a prole, sendo uma geração definida como todos os 
indivíduos que estão no mesmo estágio de descendência de um ancestral comum: mãe e 
filhas representam duas gerações. Geração pode se referir ainda ao conjunto de 
indivíduos nascidos e que vivem contemporaneamente ― o que é uma definição muito 
utilizada em contextos sociais. Pode também aludir, de maneira mais simples e direta, 
à reprodução ou procriação. Neste texto iremos tratar geração do ponto de vista 
populacional. 
 Numa linhagem populacional, o período médio entre duas gerações consecutivas é 
chamado tempo de geração e este tempo é variável entre diferentes espécies. Em 
humanos, por exemplo, o tempo de geração é longo, de em média 30 anos (por muitos 
anos se considerou 20-25 anos, o que especialistas hoje consideram curto demais). Por 
outro lado, vírus e bactérias, assim como outros organismos patogênicos, em geral 
possuem tempos de geração muito mais curtos, às vezes de poucos minutos. 
 Como as informações genéticas são passadas de geração a geração, organismos 
com tempos de geração curtos são bons modelos para estudos de genética. As ervilhas 
usadas por Mendel em seus experimentos são um exemplo. Devido ao seu curto período 
de geração, Mendel pode cruzá-las por diversas vezes, acompanhar seu desenvolvimento 
e analisar suas características, o que o levou a descoberta de duas leis de 
hereditariedade. Nestes cruzamentos, os progenitores puros são denominados geração 
parental (P) e as gerações subsequentes, geração F (filial), sendo os descendentes 
diretos da geração parental a primeira geração filial (F1), que por sua vez produz a 
geração segunda geração filial (F2) e assim por diante. Outro organismo-modelo em 
estudos genéticos devido ao curto tempo de geração (cerca de 10 dias da fecundação do 
ovo ao estágio adulto) são as moscas-da-fruta (Drosophila melanogaster). 
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/geracao/ 
https://www.infoescola.com/biologia/
https://www.infoescola.com/biologia/ancestral-comum/
https://www.infoescola.com/reproducao/
https://www.infoescola.com/biologia/especie/
https://www.infoescola.com/biologia/os-virus/
https://www.infoescola.com/reino-monera/bacterias/
https://www.infoescola.com/ciencias/genetica/
https://www.infoescola.com/biologia/geracao/
 
 58 
Texto 31 
 
 
 
Você já ouviu falar nas gerações, X, Y, Z e A? 
 Confira tudo sobre a geração Z! Existem grandes diferenças entre essas gerações, 
visto que cresceram em contextos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos distintos. 
Esses fatores influenciam diretamente os hábitos e a forma como as pessoas se 
comportam, e isso acaba marcando as suas características e a forma como agem no 
mundo. 
 Antigamente, as gerações eram classificadas a cada 25 anos. Hoje em dia, no 
entanto, as coisas mudam cada vez mais rápido. Desse modo, especialistas afirmam que 
novas gerações, com características e comportamentos distintos, estão surgindo a cada 
10 anos. E diante de tantos avanços tecnológicos, não sabemos nem como essas 
transições se darão daqui a alguns anos. 
 Então, neste post, abordaremos as características de cada geração e o modo como 
elas mudaram a sociedade e atuam nela. Além disso, apresentaremos com mais detalhes 
as características da geração Z, mostrando como funciona a educação infantil para esse 
perfil de aluno. Boa leitura! 
 
 
 59 
A geração X 
 Essa é a geração que inclui as pessoas que nasceram do início de 1960 até o 
iníciodos anos 1980. Trata-se de uma geração que é marcada pelo questionamento, que 
foi transgressora e defendeu seus próprios direitos. É a geração responsável pela 
competição entre produtos e marcas diferentes. 
 São pessoas que se esqueceram dos problemas que lhes foram empregados e se 
preocuparam em fazer carreira no mercado. Viram surgir a internet, o computador, o e-
mail, o celular, entre outras inovações. 
 Algumas outras características da geração X são: busca pela liberdade, 
preocupação com as gerações futuras, busca pelos direitos, maturidade, escolha de 
produtos pela qualidade e a busca pela individualidade, mas sem abandonar a 
convivência em grupo. 
A geração Y 
 Compreende aquelas pessoas que nasceram entre o fim dos anos 1980 e o início 
dos anos 1990. Com o desenvolvimento da tecnologia em 1990, essa geração viu a 
internet ganhar o mundo e viveu muitas transições que essa inovação provocou. Com 
isso, cresceram conscientes de que poderiam se comunicar e unir pessoas que têm 
interesses comuns sem precisar sair de casa e sem se preocupar com distância 
geográfica. 
 Essa geração se desenvolveu em uma época de prosperidade econômica e de 
inovação. As crianças tiveram o que muitos dos pais nem conheceram, como TV a cabo, 
computador e videogame. 
 Os jovens da geração Y têm o hábito de resolver várias tarefas ao mesmo tempo, 
podendo trabalhar em mais de um projeto, conversar com colegas, responder a e-mails, 
visualizar notícias, ouvir músicas e ainda dar atenção para as redes sociais. 
 É um grupo que se acostumou com o rápido e o instantâneo, que facilitou a forma 
de pagamento e estabeleceu a compra sem precisar sair de sua própria residência. 
Mudou também a relação de trabalho, garantindo maior flexibilidade e uma pluralidade de 
profissões. 
 As principais características dessa geração são: busca constante por novas 
tecnologias, procura por informação imediata, procura por sentido e flexibilidade no 
trabalho, hábito de estarem sempre conectados. 
A geração Z 
 Essa é a geração daqueles que nasceram entre 1992 e 2010, ou seja, após o 
surgimento da internet, e que desde pequenos já são familiarizados com todas as 
possibilidades da era tecnológica. 
 
 60 
 É a geração que compreende o funcionamento das ferramentas melhor do que 
qualquer outra. Os integrantes dessa geração Z nunca viram o mundo sem a presença de 
computadores, tablets e celulares, e desde muito pequenos já se viram muito bem com 
esses dispositivos, aprendendo com muita facilidade seu manuseio. Por isso, quando o 
assunto é tecnologia digital, estão sempre um passo à frente dos mais velhos. 
 Quando o assunto é carreira, são desconfiados, pois não acreditam na ideia de 
exercer apenas uma função pelo resto da vida. Estão ainda para chegar ao mercado, mas 
já se espera dessa geração uma grande flexibilização nas relações de trabalho, com uma 
forte produção conectada à velocidade da tecnologia. 
 As principais características da geração Z são: responsabilidade social, ansiedade 
extrema, menos relações sociais, desapego das fronteiras geográficas e necessidade de 
exposição de opinião. 
Como funciona a educação infantil para a geração Z? 
 Muitos pais têm tido um grande choque ao perceberem que seus filhos navegam 
tão facilmente pela internet em dispositivos como tablets ou smartphones, e tendem a 
compará-los a si mesmos quando jovens. 
 Mas a verdade é que essa geração chegou ao mundo em um momento de contexto 
tecnológico totalmente diferente daquele em que viveram os pais. Por isso, a adaptação 
natural tornou essas crianças predispostas a essa inovação. 
 Então, como educar adequadamente essa nova geração? Considerando que as 
crianças estão treinadas para lidar com a tecnologia, nada melhor que utilizar essa 
ferramenta para conseguir sua atenção e engajamento. 
 Esse é o grande desafio dos educadores atualmente. Para ter bons resultados 
nesse processo, é importante ter uma boa infraestrutura na escola e uma excelente 
preparação dos professores para fazer um uso adequado dessas ferramentas. 
 Lembrando que o essencial é não criar uma oposição entre o aprendizado e a 
tecnologia, como é comum acontecer nas instituições tradicionais. O papel do educador 
deve ser formar alunos mais críticos e criativos em relação ao uso dessas ferramentas 
tecnológicas, incorporando de fato a tecnologia no currículo escolar. 
Geração A ou Alfa 
 
 O termo corresponde às crianças nascidas a partir de 2010 - portanto, com até 9 
anos de idade -, que já nasceram digitais e têm uma conexão profunda com a tecnologia. 
De acordo com a agência de pesquisas australiana McCrindle, a geração Alfa é composta 
principalmente por filhos da geração Y, ou seja, millennials nascidos entre 1980 e 1995. 
 Como essa é a geração que vai moldar o futuro, e essencial saber como eles 
pensam. Confira abaixo alguns dados da pesquisa. 
 
https://www.axios.com/generation-alpha-millennial-children-63438b10-6817-483e-8472-38810df77880.html
 
 61 
 
 
 
Tecnologia 
 
 No âmbito tecnológico, os Alfas são a geração mais conectada da história. Para 
Ashley Fell, da McCrindle, é como se essa geração fosse parte de um "experimento não 
intencional, em que celulares e tablets e televisões foram apresentados a eles ao mesmo 
tempo em que as chupetas. Por isso, os Alfas estão acostumados com informações e 
comunicações instantâneas, e contam com essa facilidade em suas vidas. 
 
Diversidade 
 
 Para essa nova geração, a diversidade vai ser um padrão. Com o crescimento do 
número de mulheres nas empresas, o valor da inclusão e o foco na igualdade serão 
normas irrevogáveis. 
 
Vida pessoal 
 
 Casamento, filhos e aposentadoria serão provavelmente adiados para uma fase 
posterior da vida, como já está acontecendo com as gerações anteriores. 
 
Educação 
 
 Embora educar essa nova geração, adaptando a tecnologia para o cotidiano das 
aulas, seja um desafio para os professores, tudo indica que os integrantes da geração 
Alfa serão os mais bem formados da história, superando todos os seus antecessores. 
 
Os pesquisadores alertam, porém, que a geração Alfa ainda é muito jovem, e as 
circunstâncias que vão definí-la ainda não estão claras. Por isso, não dá para garantir que 
todas essas previsões se tornarão realidade. 
 
https://epocanegocios.globo.com/palavrachave/diversidade/
https://epocanegocios.globo.com/palavrachave/aposentadoria/
https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2019/04/como-educar-uma-geracao-digital-com-tanta-dificuldade-para-se-concentrar.html
https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2019/04/como-educar-uma-geracao-digital-com-tanta-dificuldade-para-se-concentrar.html
 
 62 
Texto 32 
O QUE É ANSIEDADE? 
 
Tem se tornado cada vez mais comum ouvir pessoas próximas reclamando de ansiedade. 
Ou talvez você já se sentiu ansioso ou ansiosa. Mas afinal, o que é ansiedade? Quais são 
os sintomas? Tem tratamento? 
A ansiedade é uma reação natural do nosso corpo. É uma expectativa apreensiva com 
relação ao que está por vir. Funciona como um mecanismo de sobrevivência para lidar 
com as situações de perigo. 
Numa tentativa de ―proteção‖, nosso organismo dispara o sistema de ―luta e fuga‖, que 
nos prepara para uma situação de perigo. Mas a interpretação de que algo oferece perigo, 
na maioria das vezes está equivocada. Então ficamos extremamente ansiosos, de forma 
desproporcional ao risco envolvido. 
Todos experimentamos a ansiedade em algum momento do dia. Como exemplo, 
situações nas quais precisamos falar em público, em entrevistas de emprego ou quando 
esperamos por uma notícia. Até certo ponto, a ansiedade é positiva, porque nos leva a 
uma organização prévia, nos impulsiona a agir. 
Mas ela se torna um problema quando os sintomas são frequentes e intensos. 
Quais são os sintomas da ansiedade 
Observe se você apresenta alguns dos sinais e sintomas de um quadro de ansiedade, na 
maior parte do tempo. E ainda, se a intensidade dos sintomasvem trazendo 
comprometimentos para a sua qualidade de vida. 
Os sintomas ansiosos se manifestam de três formas: por meio de pensamentos, reações 
físicas e/ou sentimentos. 
Pensamentos comuns: ―eu vou enlouquecer‖, ―não consigo lidar com isso‖, ―vou morrer‖, 
―eu não consigo fazer nada‖, ―se eu errar será meu fim‖. 
Reações emocionais: 
 Medo 
 Vergonha 
 Nervosismo 
 Tensão 
 Tristeza 
https://www.vittude.com/blog/ansiedade/
 
 63 
 Perder a esperança 
 Evitação de lugares ou pessoas 
Reações físicas comuns: 
 Falta de ar 
 Coração acelerado 
 Tremores 
 Ânsia de vômito 
 Diarreia 
 Alterações do sono 
 Suor excessivo 
 Sensação de desmaio 
 Dor de cabeça 
 Tensão muscular 
De acordo com a 5ª edição do DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos 
Mentais), os quadros de ansiedade incluem transtornos que compartilham características 
de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. 
Você sabe qual é a diferença entre medo e ansiedade? 
O medo é uma resposta emocional à ameaça real ou percebida de um acontecimento 
iminente. Já a ansiedade é uma antecipação de ameaça futura, que pode ou não ser real. 
Parece confuso? Vou te ajudar com exemplos: 
Você entra num local e se depara com um cão bravo (ameaça real e iminente de perigo – 
ele pode te morder – nesse caso você sente medo). O segundo exemplo busca 
exemplificar a ansiedade: você está em casa estudando para uma prova e começa a 
pensar que não vai conseguir fazer as questões. E então se sente angustiado, o coração 
batendo mais acelerado e sua respiração fica ofegante (antecipação de ameaça futura – 
que pode ou não se confirmar – nesse caso, você está ansioso). 
Pessoas que sofrem com transtornos de ansiedade, em geral, superestimam o perigo das 
situações. E por outro lado, subestimam suas capacidades para lidar com as situações 
e/ou resolvê-las. Ou seja, os problemas parecem ser ―superproblemas‖ e sua capacidade 
de resolução parece ser mínima ou inexistente. 
Ansiedade tem tratamento? 
O tratamento para a ansiedade inclui psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos. Um 
bom psicólogo saberá avaliar adequadamente para definir se é necessário ou não a 
 
 64 
indicação de um psiquiatra. Psicoterapia e medicação constituem uma excelente 
ferramenta de tratamento para a ansiedade. 
Você não está sozinho 
Ansiedade e depressão atingem mais de 300 milhões de pessoas no mundo todo. Quase 
19 milhões de pessoas sofre com algum transtorno de ansiedade no Brasil. 
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que o Brasil é o país mais 
ansioso da América Latina. O país lidera o ranking com 9,3% da população sofrendo de 
algum transtorno de ansiedade. 
Gisele Aparecida Mezabarba Mendonça 
Psicóloga - CRP 16/3399 
 
Texto 33 
TRABALHO INFORMAL 
 Trabalho informal, por definição, é aquele exercido por trabalhadores que não 
possuem vínculos com uma empresa, não obtendo, dessa forma, direito aos benefícios e 
proteções sociais. Devemos ressaltar que essa forma de contratação é desvantajosa para 
os trabalhadores, pois o mesmo fica desprovido de benefícios que são garantidos por lei, 
como vale-refeição, vale-transporte dos direitos previstos na CLT – Consolidação das Leis 
do Trabalho. Convém acrescentar que dentro dessa modalidade de contratação, não há 
carteira assinada, assim como não existe um contrato de trabalho, tal fato acaba por 
desamparar o trabalhador de seus direitos. 
 Destacamos também que uma porcentagem significativa da população brasileira 
vive na informalidade. De acordo com dados da PNAD Contínua do IBGE em pesquisa 
realizada no ano de 2017, o número de pessoas que trabalham sem carteira assinada, ou 
seja, por conta própria, alcança a marca de 34,2 milhões de pessoas, cerca de 37,1% do 
total de pessoas ocupadas de acordo com o instituto, que é de 92,1 milhões de pessoas. 
Trata-se de um setor em crescimento, cuja atividade é desenvolvida principalmente nas 
grandes cidades, visto que elas propiciam essa dinâmica 
 Podemos ressaltar também que um dos principais fatores para o surgimento e o 
crescimento dessa modalidade de emprego, principalmente nos grandes centros urbanos, 
por conta do seu dinamismo, são os altos índices de desemprego. De acordo com o 
IBGE, a taxa de desemprego é de 12,7%. 
https://www.vittude.com/blog/o-que-e-psicoterapia/
https://www.vittude.com/blog/13-sintomas-de-depressao/
https://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/
https://www.infoescola.com/geografia/instituto-brasileiro-de-geografia-e-estatistica-ibge/
 
 65 
O perfil dos trabalhadores considerados informais não é constante. As pessoas tanto 
podem ter menos como mais escolaridade. De acordo com Bettiol (2010), na literatura 
sobre o tema, os trabalhadores informais não são valorizadas e podem sofrer preconceito, 
ou seja, há a tendência a serem vistos como forma negativa no âmbito da análise 
econômica, por esse estar situado a margem do processo, e não ser núcleo estruturante 
da dinâmica capitalista. No entanto, devemos destacar que há quem qualifique essas 
pessoas como empreendedoras, pelo fato de encontrarem, em algumas situações, 
oportunidade de idealizar projetos de forma mais ou menos autônoma. 
Trabalho informal: Vantagens (?) e desvantagens 
 De acordo com essa corrente, uma das principais vantagens do trabalho informal é 
o fato de o mesmo ser uma forma que os indivíduos têm de obter rendimentos, mesmo 
num quadro de desemprego crescente. Ao mesmo tempo, a possibilidade de obter uma 
renda melhor e o fato de poder gerir o tempo são outros proveitos tirados desse tipo de 
trabalho. Entretanto, Bettiol (2010) destaca que tal corrente ainda utiliza o termo ―auto 
emprego‖ ou ―patrão de si mesmo‖, de acordo com a autora, essas questões carregam 
fortes mecanismos ideológicos de convencimento às classes trabalhadoras porque 
sustenta a teoria de que o indivíduo é capaz de construir uma atividade remunerada na 
sociedade sem empregos. 
 Dentre as desvantagens, o maior prejuízo é a inexistência de renda fixa, sendo 
esse o principal fator que resulta na falta de acesso a créditos e financiamentos, o que 
chega a ser uma contradição com o discurso ―empreendedorista‖. Outra desvantagem 
dessa modalidade de trabalho é o fato de que não há o recebimento de auxílios que são 
garantidos por lei para os trabalhadores tidos como formais, como o auxílio refeição ou 
transporte. Outra desvantagem que citamos é o fato de não existir férias e feriados 
remunerados e nem o décimo terceiro salário, além disso, todo e qualquer tipo de licença 
(licença maternidade, licença paternidade, por exemplo) não é abrangido pelo trabalho 
informal. 
 Além disso, os Seguros-desemprego também não entram nos benefícios da 
informalidade, bem como, o pagamento de horas extras. Como não são feitos descontos, 
os trabalhadores não podem contar futuramente com a sua aposentadoria, devendo, 
dessa forma realizar o pagamento por si mesmo. 
 
Referencias: 
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/sociedade/trabalho-
informal/ 
 
https://www.infoescola.com/sociedade/trabalho-informal/
https://www.infoescola.com/sociedade/trabalho-informal/
 
 66 
Texto 34 
EMPRESAS MONITORAM COMPORTAMENTO NAS REDES SOCIAIS 
PARA CONTRATAR OU DEMITIR; VEJA CUIDADOS 
 
 As redes sociais se tornaram uma vitrine, através da qual se pode acompanhar o 
que as pessoas fazem, pensam ou compartilham. Ao mesmo tempo, pode ser uma 
vidraça para quem se expõe no ambiente virtual sem medir as consequências. E nesse 
território onde não há divisão entre público e privado, patrões e recrutadores estão de 
olho no que os profissionais compartilham e nas possíveis repercussões que podem ser 
geradas. 
 Um funcionário da Latam foi demitido após ter aparecido em um vídeo com outros 
brasileiros constrangendo mulheres durante a Copa da Rússia. 
Advogados trabalhistas ouvidos pelo G1 afirmamque o mau uso das redes sociais pode 
dar demissão, inclusive por justa causa 
 Segundo a pesquisadora e consultora na área de comunicação digital Carolina 
Terra, as empresas estão de olho nos perfis, não apenas os monitorando diretamente, 
mas recebendo denúncias de pessoas que veem os conteúdos impróprios. 
 
 ―As pessoas falam mal do chefe na rede social, mas não na cara dele, porque têm 
a pseudo-sensação de estarem protegidas, mas na verdade estão ultraexpostas e isso 
logicamente traz consequências‖, diz. 
egundo ela, os recrutadores fazem a pesquisa em perfis nas redes sociais quando o 
candidato consegue chegar à fase final, que é a entrevista com o empregador. 
―Em alguns casos, os perfis nas redes sociais valem como critério de definição para que 
uma pessoa seja contratada ou descartada‖, afirma. 
 Segundo ela, na entrevista presencial, é possível ver o que o candidato quer 
passar, mas existe sempre um outro lado que ele não conta, e nas redes sociais é 
possível conhecer o lado pessoal dele. 
Ferramenta para o bem e para o mal 
 
 A coach executiva Luciana Tegon diz que as redes sociais também podem trazer 
benefícios para quem souber tirar bom proveito delas. 
Segundo ela, pessoas engajadas em causas de voluntariado, em ONGs de animais, 
campanhas de agasalho, que praticam esportes, fazem jardinagem, por exemplo, são 
bem vistas pelo mercado de trabalho, que vê como positivo o que elas fazem quando 
estão fora da empresa. 
uciana conta o caso de uma secretária bilíngue que se destacou no processo seletivo 
porque em sua rede social ela mostrava seu trabalho voluntário num lar de idosos. ―A 
rede social é uma ferramenta, que pode ser usada para o bem ou para o mal.‖ 
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/latam-demite-funcionario-que-aparece-em-video-constrangendo-mulheres-na-russia.ghtml
 
 67 
Segundo Carolina, postar conteúdo prestador de serviços é sempre bem visto. ―Ser um 
curador de informação no segmento do qual o profissional faz parte fará as pessoas o 
seguirem‖, diz. 
 A coach executiva recomenda a quem for procurar emprego que antes revise seus 
posts nas redes e faça os ajustes necessários (veja dicas abaixo). 
Luciana conta o caso de um candidato que tinha um currículo excelente, com fluência em 
três línguas e longa experiência profissional. Mas nos últimos 6 anos tinha trocado de 
emprego três vezes, o que dava indícios de ser um profissional instável. Esse argumento 
se comprovou quando os recrutadores verificaram seu comportamento nas redes sociais. 
Segundo ela, ele não tinha medida com bebida alcoólica e frequentava lugares que não 
condiziam com a função que ele ia exercer na empresa. Acabou não sendo contratado. 
―A gente olha o conjunto de coisas, o que a pesquisa mostra, se tem comportamento 
adequado ou inadequado‖, resume. 
Carolina sugere, em último caso, ter dois perfis – um profissional e outro pessoal. ―No 
pessoal fala o que quiser e mantém privado, e no profissional trata apenas de assuntos 
referentes ao emprego ou ligados ao segmento da carreira‖, recomenda. 
 
Empresas de olho nos funcionários 
 
 O professor de etiqueta em redes sociais e de mestrado profissional em jornalismo 
Ivan Paganotti diz que as empresas monitoram ativamente a participação dos funcionários 
nas redes sociais devido à preocupação com a reputação e com a segurança da 
informação, e geralmente elas avisam que estão fazendo isso. 
Esse procedimento, segundo ele, é para prevenir que situações de crise surjam da 
exposição deles nas redes sociais, e já avisam que esses comportamentos poderão ser 
punidos. 
―Se a empresa identificar um posicionamento inadequado, mesmo sem levar a uma 
repercussão maior, pode punir o funcionário com advertência ou fazer curso de 
adequação, agindo de forma preventiva‖, 
 
Ele cita como exemplos o caso de um funcionário da rede de cafés Starbucks, que foi acusado 
de racismo nos Estados Unidos por chamar a polícia ao ver dois consumidores que estavam há 
muito tempo sem consumir. Os clientes denunciaram que sofreram discriminação por serem 
negros. ―A empresa teve que dar uma resposta coletiva para isso e deu curso de formação para 
os funcionários contra discriminação‖, conta. 
Outro caso foi o da empresa de serviços de hospedagem Localweb, em 2010, cujo funcionário 
falou mal de um time de futebol nas redes sociais e era justamente a equipe patrocinada pela 
empresa. Ele acabou demitido. ―Esse caso mostra como a crise de reputação da empresa pode 
surgir da participação dos funcionários nas redes sociais. É difícil separar a vida do torcedor do 
funcionário da empresa‖ Outros casos comuns são de funcionários em fotos nas redes sociais 
consumindo um produto da empresa concorrente. 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/starbucks-e-acusada-de-discriminacao-racial-nos-eua.ghtml
https://g1.globo.com/mundo/noticia/starbucks-e-acusada-de-discriminacao-racial-nos-eua.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/starbucks-vai-fechar-8-mil-lojas-para-treinar-funcionarios-contra-racismo-nos-eua.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/starbucks-vai-fechar-8-mil-lojas-para-treinar-funcionarios-contra-racismo-nos-eua.ghtml
 
 68 
O que não pega bem 
 
Veja abaixo 16 dicas de Paganotti, Carolina e Luciana: 
 
1. Superexposição nas redes pode não ser bom – mostra que a pessoa tem mais foco em si mesma 
que no trabalho. 
2. Postar fotos mostrando o corpo ou com trajes íntimos, em situações incomuns ou 
constrangedoras, não pega bem. Se fizer questão de mostrar, deixe disponível apenas para os 
amigos. 
3. Redes sociais não são o lugar indicado para discussões ofensivas. Quem se expõe fica sujeito a 
julgamentos e está vinculando uma imagem sua que pode não ser positiva para um headhunter. 
4. Pessoas que costumam contar os dias para acabar a semana de trabalho mostram ter mais foco 
em prazer, diversão e descontração do que aspiração na carreira. 
5. Pessoas que reclamam demais têm foco nos problemas. Quem tem mais atitudes positivas mostra 
foco na solução. 
6. Falar mal de concorrentes pega mal, ainda que a intenção seja defender a empresa onde 
trabalha. Além disso, pode parecer que o empregador está estimulando a crítica. 
7. Postar apenas conteúdos envolvendo a vida pessoal pode prejudicar a carreira, já que pode dar a 
entender que a pessoa não tem interesses profissionais. 
8. Falar mal do patrão e de colegas de trabalho, faltar do trabalho e no mesmo dia postar foto se 
divertindo, além de pegar mal, dão demissão por justa causa. 
9. Aquele ―consumidor profissional‖ que reclama de tudo reflete a vida dele. Ser crítico com tudo 
prejudica o profissional em busca de emprego, pois se fala mal do transporte público, vai falar mal 
da empresa e do chefe. 
10. Pessoas que precisam expor sempre suas opiniões e que são voluntariosas devem deixar seus 
perfis abertos apenas para amigos. 
11. Não escreva o que você não falaria na rua. 
12. O país vive um momento de muitas polarizações, e assuntos polêmicos sempre geram 
discussões. Evite se envolver nisso. 
13. Não precisa postar tudo o que está fazendo - além de se expor excessivamente e ter de arcar com 
o que foi publicado, pode ser perigoso para a sua segurança. 
14. É inadmissível ser preconceituoso, difamador e caluniador. 
15. Repense as postagens do que está sentindo no momento. Às vezes num dia ruim, expor a 
situação que te incomodou pode parecer imaturidade ou inflexibilidade. 
16. Cuidado com comentários sobre política e religião. Defender uma crença é totalmente normal, 
mas agredir ou ofender escolhas e posicionamentos de outros usuários é inaceitável. 
 
 
 69 
Texto 35 
MINORIAS 
 Minorias são grupos marginalizados dentro de uma sociedade devido aos aspectos 
econômicos, sociais, culturais, físicos ou religiosos. No século XX, o caso mais conhecido 
de perseguição as minorias ocorreu na Alemanha na época em que Adolf Hitler assumiu o 
poder. Neste período, o partido nazista encarcerou eexterminou milhões de judeus com a 
justificativa de que eles não faziam parte da superioridade biológica e racial ariana. Entre 
outros grupos, os nazistas perseguiram comunistas e ciganos, o que configura a reação 
contra minorias de cunho não apenas religioso, mas ideológico e social. 
 Porém, o termo não deve ser associado a grupos em menor número em uma 
sociedade, mas, sim, ao controle de um grupo majoritário sobre os demais, independente 
da quantidade numérica. Ao longo da história, diversos acordos e tratados tiveram o 
objetivo de resolver a questão dos grupos minoritários. Durante o século XVI, a Paz de 
Augsburgo reivindicou os direitos das minorias no que se refere à prática livre dos cultos 
religiosos que não fossem oficiais nos países. 
 No período após as duas grandes guerras mundiais, que evidenciaram a extrema 
violência contra as minorias, estimulada pelo nacionalismo, foram estabelecidos tratados 
de proteção aos grupos minoritários. Por meio da Liga das Nações, fundada no ano de 
1919, poderia haver intervenções caso alguma minoria fosse novamente perseguida. 
 Com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, a questão foi 
novamente levantada. Porém, não aparece na Declaração dos Direitos do Homem. Outra 
medida tomada neste aspecto foi a Carta de Paris, de 1990. Neste documento foi 
apontada a necessidade de proteção à identidade religiosa, linguística, cultural e étnica 
das minorias. Dois anos depois, houve a criação de uma das entidades mais importantes 
para a questão das minorias: o Alto Comissariado para as Minorias Nacionais, que 
apresentou uma Declaração mais direta e urgente sobre a situação destes grupos. 
 Estudadas por profissionais de diversas áreas do conhecimento, as novas 
minorias foram definidas nos séculos XX e XXI. Neste grupo, encontram-se os 
homossexuais, idosos, imigrantes e pessoas que não possuem domicílio fixo. No caso 
dos homossexuais, são publicamente apontados por sua diferenciação ainda hoje. Já os 
imigrantes, em muitos países, são considerados parasitas. Entre os principais direitos 
clamados por estas minorias estão o tratamento igualitário, autonomia e independência 
completa. 
Fontes: 
ARENDT, Hannah. Compreender: Formação, Exílio e totalitarismo. Trad. Denise 
Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 
http://www.ufrgs.br/ppgs/index.php?formulario=linhas&metodo=0&id=8 
https://www.infoescola.com/historia/partido-nazista/
https://www.infoescola.com/filosofia/nacionalismo/
https://www.infoescola.com/historia/liga-das-nacoes/
https://www.infoescola.com/geografia/organizacao-das-nacoes-unidas-onu/
http://www.ufrgs.br/ppgs/index.php?formulario=linhas&metodo=0&id=8
 
 70 
Texto 36 
ETAPAS DA VIDA 
O tempo vai passando 
E vou me lembrando 
Dos tempos de criança 
Tempos que não voltam mais. 
Brincar de pular corda, amarelinha, pique-esconde 
Ter muitas amiguinhas para brincar de casinha 
E se machucar… 
Não tem remédio melhor do que beijinho de mãe para sarar. 
Sentar no sofá para o papai esperar 
E um beijo bem gostoso no rosto ganhar 
Quando a noite vem 
Papai e mamãe contam histórias até o sono chegar. 
Hoje sou uma adolescente 
Com muitas saudades 
Mas estou entrando em outra fase da vida 
E quero que ela seja bem vivida 
Para outras recordações guardar. 
E sei que daqui a alguns anos 
Uma adulta vou me tornar 
E responsabilidades tenho que tomar 
Como: trabalhar e arrumar um namorado 
Para depois me casar. 
 
Francês Rodrigues 
Trocando idéias 
1. O texto nos fala de dois tempos diferentes. Quais são eles? 
2. Faça uma comparação entre sua infância e a do personagem. 
3. Na sua opinião, o que é adolescência? 
4. As atitudes da adolescente do texto se identificam com as suas? Em quê? 
5. Quais são, agora, os seus sonhos? 
 
 71 
Texto 37 
 
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO? 
 
Dizem que a fase da adolescência é a melhor época da vida. Será? Nem sempre é tão 
maravilhosa assim. 
 
Entre os 10 e 20 anos ocorrem várias mudanças em nosso corpo, em nossas atitudes e 
em nosso pensamento. O jovem se sente estranho, descontente, esquisito, mas também 
acontece momentos descontraídos, alegres e divertidos. 
 
Nessa época ele deixa de ser criança e vai se transformando em adulto. É um período de 
difícil adaptação, em que, às vezes, o lado criança quer falar mais alto e as pessoas 
exigem atitudes adultas. 
 
O jovem procura ajuda com os colegas e amigos, pois muitas vezes os pais não estão 
abertos ao diálogo, não o compreendem: os professores estão ocupados e preocupados 
com a matéria a ser dada e as dúvidas não param de surgir. E o pior é que os amigos 
também estão passando pela mesma fase e, apesar de parecerem espertos, geralmente 
não sabem muito mais. 
 
Embora seja uma fase conflituosa o jovem não deve desistir, porque é certo que ela é 
passageira e no futuro só serão lembranças. 
 
Trocando idéias: 
1. Elabore um paralelo entre os seus sentimentos quando criança e agora, como 
adolescente. O que mudou? O que você acha que mudará? 
 
 72 
Texto 38 
ADOLESCENTE OU “ABORRECENTE”? 
 A adolescência é uma etapa da vida recheada de transformações físicas e 
psicológicas, decorrentes da puberdade. 
 Um turbilhão de hormônios começa a atuar sobre o corpo, e a maneira de agir do 
adolescente diante do novo origina uma série de novas atitudes. 
 O adolescente, por não poder mais comportar-se como criança e ainda não 
responder como adulto, passa por momentos conflitantes em busca de respostas às suas 
dúvidas. A cabeça fervilha de perguntas a respeito de como lidar com as novas 
mudanças. 
 Os pais, tidos durante toda a infância como super-heróis, passam de uma hora 
para outra a ser encarados como ultrapassados. Os pensamentos, opiniões, idéias e 
atitudes deles são vistos pelos filhos como fora de uso, o que leva a divergências 
familiares, sendo o adolescente taxado de aborrecente. 
 A paciência e o diálogo constituem maneira encontradas pelos pais e filhos para 
superar os momentos difíceis enfrentados pelo jovem nessa fase, tornando-a mais 
amena. 
 Adolescer é estar diante de situações que antes podiam facilmente ser resolvidas 
pelos pais, mas que agora é necessário que ele próprio tome conhecimento. 
 A responsabilidade passa a fazer parte da sua realidade, o que leva ao 
crescimento e ao amadurecimento para poder encontrar e desempenhar o seu papel na 
sociedade. 
Trocando idéias: 
1. ―A infância é uma etapa da vida recheada de boas lembranças‖ O que mais lhe dá 
saudade ao recordar dessa fase? 
2. Durante o período da sua adolescência, quais foram as principais divergências com 
seus pais? 
3. Com que você ―desabafa‖ quando está com um problema para solucionar? 
4. Elabore com seus colegas uma lista dos principais ―grilos‖ que surgiram durante a 
adolescência. 
5. Para você, qual é o papel dos pais nessa nova fase de vida? 
 
 
 73 
Texto 39 
 
 
CARA DE ADOLESCENTE 
Um dia, sem mais nem menos, ao olhar-se no espelho, você percebe que algo estranho 
apareceu no seu rosto: uma bolinha vermelha com uma pontinha amarelada, que dói 
muito ao ser tocada. 
 
Esta é apenas o início de uma série que vai deixá-lo(a) com ―cara de adolescente‖, por 
causa do aparecimento da acne, conhecida popularmente como ―espinha‖. 
 
Na adolescência, os hormônios sexuais atuam em diferentes regiões do organismo, 
dentre elas as glândulas sebáceas. 
 
As glândulas sebáceas, distribuídas pelo corpo, têm a função de produzir o sebo 
(gordura), que, em condições normais, protege e lubrifica a pele. Durante a adolescência, 
por causa do desequilíbrio dos hormônios sexuais, essas glândulas, principalmente as do 
rosto, pescoço e costas, secretam o sebo em excesso, que se acumula no interior dos 
poros, provocando o ―cravo‖. 
 
Por apresentar gordura, o cravo torna-se um ambiente propício à proliferação de 
bactérias, que utilizam o sebo como ambiente. 
 
As bactérias, como todo corpo estranhoNunca poderemos chegar e entregar a tarefa pronta, pois novos 
desafios na vida social surgirão, demandando novas conquistas e, portanto, mais 
cidadania. 
 
http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/textos/oque_e_cidadania.html 
 
Atividades 
 
a) Será que o cidadão utiliza bem sua liberdade nos contextos sociais? 
 
 
b) Mencione algumas alternativas para a melhoria da cidadania em nossa 
sociedade. 
 
 
http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/textos/oque_e_cidadania.html
 
 6 
Texto 02 
 LIVROS SAGRADOS 
 As tradições religiosas preservam seus ensinamentos e normas através de textos 
que são considerados sagrados. Atribui-se a eles uma origem divina através de um 
mensageiro, um iluminado ou um discípulo. Os textos são expressões da relação do 
humano com o divino. Neles há um forte apelo do Criador e das forças sobrenaturais para 
que o ser humano torne-se mais justo, compassivo, bom e santo. O leitor sabe que, ao 
acolher os ensinamentos dos textos sagrados, pode tornar-se perfeito ou aproximar-se da 
divindade, dando maior sentido à sua existência. Os livros sagrados revelam o desejo de 
transcendência presente nas culturas e povos das mais diferentes regiões do planeta nos 
diversos períodos da história. 
 São exemplos de escrituras sagradas: o Bhagavad-Gita do hinduísmo; a Torá do 
judaísmo; o Tri-Pitakas do budismo; o Novo Testamento do cristianismo e o Alcorão dos 
muçulmanos. Há muitos textos e saberes sagrados difundidos pelo globo, mas estes são 
os mais conhecidos e pela maior parte da população mundial. 
 A Torá original foi transmitida por Deus a Moisés, após ter permanecido 40 dias e 
40 noites sem comer, dormir ou beber. A Torá foi ensinada ao povo e seu conteúdo foi 
compilado na íntegra, para que jamais fosse esquecido e permanecesse imutável, mesmo 
com a morte dos sábios que a transmitiram, de geração a geração. A Torá também é 
conhecida como Pentateuco, composta pelos cinco primeiros livros da bíblia. 
Atividades 
1. Quem preserva seus ensinamentos e normas através dos textos sagrados? 
2. Através de quem atribuiu aos textos uma origem divina? 
3. Qual apelo do Criador e das forças sobrenaturais há nos textos sagrados? 
4. O que revelam os livros sagrados? 
5. Cite 3 exemplos de escrituras sagradas. 
6. O que é Pentateuco? 
7. À quem Deus transmitiu a Torá? 
8. O que são os textos sagrados? 
9. O que o leitor sabe que ao acolher os ensinamentos dos textos sagrados? 
10. Qual o livro sagrado dos muçulmanos? 
Disponível em: http://prhh.wordpress.com/2012/05/01/as-escrituras-sagradas 
http://ensinoreligioso9.blogspot.com/2012/06/livros-sagrados.html
 
 7 
Texto 03 
A FUNÇÃO DO TEXTO SAGRADO ESCRITO 
 
 Registrar a tradição religiosa como forma de preservar a experiência religiosa 
fundante, assim a religião organiza sua estrutura religiosa, seus ritos, símbolos, 
mensagens, entre outras; 
· Comunicar a experiência religiosa aos fiéis da religião, a fim de que o ―divino‖ se faça 
presente para o homem religioso e o grupo encontre orientações e ensinamentos; 
· Atualizar a experiência original no tempo e espaço, afinal, independente do período, o 
texto sagrado mantém a mesma estrutura, sendo utilizado para orientar a vida do homem 
nos cultos e na educação religiosa; 
· Certificar, por meio de seus escritos, as experiências religiosas do grupo em todos os 
tempos. 
 
TEXTOS SAGRADOS ESCRITOS 
 Os textos sagrados escritos, para algumas tradições religiosas, são criados a partir 
da manifestação ou inspiração divina, ou seja, o próprio divino se faz presente de alguma 
maneira para enviar a mensagem ao homem religioso. 
No entanto, é importante lembrar que alguns textos sagrados não nascem 
necessariamente sagrados, mas se tornam sagrados à medida em que o grupo encontra, 
nos textos escritos, elementos que os unem em um mesmo ensinamento, apresentam 
valores comuns e auxiliam o homem religioso a experimentar a manifestação do Sagrado. 
 Também outra forma de um texto se tornar sagrado é após a morte do líder. Como 
exemplo: após a morte do Buda, seus ensinamentos foram organizados e transformados 
em livros pelos seus seguidores. Os conteúdos encontrados nos textos sagrados são 
variados. É difícil descrever no que consiste cada um de forma geral. Por isso, vamos 
conhecer alguns textos sagrados e um pouco do seu ensinamento. 
 
 Texto Sagrado – Imagens, desenhos, pinturas, entre outros. 
 No período em que se faziam pinturas rupestres, os homens não possuíam o 
domínio da escrita e registravam seu cotidiano por meio de desenhos feitos nas paredes 
das cavernas. Acredita-se que o homem, ao desenhar nestas paredes, entrava num 
processo de transe e expressava seu desejo que, geralmente, estava ligado a garantia de 
uma boa caça. 
 O homem pintava o animal da maneira como o via (naturalismo). As pinturas 
retratadas na parede da caverna quase sempre eram de animais como veados, cavalos, 
mamutes e javalis com ferimentos mortais de lanças que o próprio ser humano atirava. O 
fato de retratar lanças atiradas nos desenhos de caça era na crença de que ao fazê-lo 
facilitaria o domínio sobre a presa. Os desenhos eram feitos em rochedos e paredes de 
cavernas utilizando recursos da natureza, como, por exemplo, o carvão, a seiva de 
plantas e de frutas, argila, etc. 
 
 8 
Texto 04 
 
CARNAVAL DO BRASIL OU BRASIL DO CARNAVAL? 
 
 Relação entre a folia e a formação da identidade brasileira é via de mão dupla. 
 De um lado, alegorias suntuosas, fantasias repletas de brilho e luxo e celebridades 
instaladas em disputadíssimos camarotes. De outro, subúrbios decorados com confete e 
serpentinas, sprays de espuma e a simplicidade de pessoas de todas as camadas sociais 
que tomam ruas e praças nesta época do ano. O que vem primeiro à cabeça quando se 
fala em Carnaval brasileiro? 
 Ainda que essas duas facetas da folia possam parecer divergentes à primeira vista, 
na verdade, elas têm muito mais do que o calendário em comum. Para a professora 
Helenise Monteiro Guimarães, vice-diretora da Escola de Belas Artes da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora de cultura popular e Carnaval, a festa 
carnavalesca é um dos eventos que melhor traduz a riqueza e a multiplicidade das 
manifestações culturais do Brasil. Ao mesmo tempo em que o feriado mais aguardado e 
comemorado pela maioria do povo apresenta uma tendência cada vez mais clara de 
espetacularização — marcada pela competição e disputa no desfile das escolas de 
samba —, ele também conserva traços de festa popular e profana, com o ressurgimento 
de blocos, bandas, grupos de bate-bolas, afoxés e bailes carnavalescos de clubes. 
 Se hoje as agremiações competem entre si na avenida, a disputa em outros 
carnavais era com outro adversário. Quando as escolas de samba surgiram no Rio de 
Janeiro, ainda no final da década de 1920, o Carnaval privilegiava os bailes de gala, como 
o do Theatro Municipal. A demanda por sofisticação e elegância devia-se a um projeto 
das autoridades, que visavam tornar a cidade atraente para personalidades estrangeiras. 
 Segundo Helenise Guimarães, foi a partir daí que se criou um modelo de Carnaval 
brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro, o conjunto que gerou o que vemos atualmente se 
espalhou pelo país, ganhando características regionais. Nesse processo, tanto a 
identidade brasileira fabricou um Carnaval diferenciado dos demais realizados em outros 
paises quanto a essência carnavalesca contribuiu para a formação de nossa brasilidade. 
 
 9 
 
 ―A contribuição do Carnaval para a ‗identidade brasileira‘ é a de reafirmar nossa 
multiplicidade cultural e capacidade de reunir grupos de indivíduos de diferentes níveis 
socioeconômicos com a mesma força demonstrada, por exemplo, pelo futebol e a paixão 
de suas torcidas unificadas na grande competição que é a Copa do Mundo‖, esclarece 
Helenise Guimarães. 
 
Início da prática do carnavalno organismo, são destruídas pelas células de 
defesa. Durante a batalha imunológica, muitas células de defesa morrem, formam o pus, 
que se deposita no interior do poro, produzindo a espinha. 
 
Muitos adolescentes costumam espremer espinhas ou usar receitas e simpatias caseiras 
para tratar da acne, o que é desaconselhado pelos médicos, pois pode desencadear uma 
infecção. 
 
Caso você esteja se sentindo incomodado(a) com seus cravos e espinhas, procure a 
orientação de um dermatologista. Mas não se preocupe, pois com o tempo, em virtude do 
equilíbrio dos hormônios no organismo, a acne desaparece. É só ter paciência! 
 
 74 
TEXTO 40 
 
 
PROCURA-SE UMA IDENTIDADE 
 
A adolescência é uma etapa da vida cheia de atitudes. Muitas vezes não é bem 
compreendida. 
 
Durante a infância, os pais fazem planos para o filho na idade adulta. Mas, com a 
chegada da adolescência e com todos os conflitos envolvidos, o jovem procura 
desvencilhar-se do modelo imposto e adota atitudes que não condizem com sua 
educação. 
 
Certos comportamentos adotados, como o uso de piercing, o jeito de vestir e falar, as 
tatuagens, a formação de tribos ou o isolamento, são algumas das atitudes que o jovem 
encontra para se destacar, ser diferente, sobressair na sociedade. 
 
E é exatamente essa maneira diferente de agir que o adolescente encontra para se fazer 
notar por seus pais e amigos, querendo, de alguma forma, demonstrar que apresenta 
uma identidade própria, e não aquela programada durante a sua infância. 
 
Com o tempo, o amadurecimento e o diálogo, o jovem compreende que a transformação 
não se dá de fora (físico) para dentro (psicológico), mas de dentro para fora, fazendo com 
que as pessoas ao seu lado respeitem o caminho que ele próprio definiu para si. 
 
 
Trocando idéias: 
1.A adolescência é o período em que o jovem passa por conflitos, exatamente pelas 
mudanças acontecidas. 
•Como você procura solucionar os seus conflitos? 
•Você conversa com alguém sobre seus problemas? Como se sente? 
 
 75 
Texto 41 
AS APARÊNCIAS ENGANAM 
Em virtude das mudanças ocorridas em seu corpo durante a puberdade, a preocupação 
de muitos adolescentes passa a se referir à forma física. 
 
Tentando imitar os ditos padrões de beleza divulgados pela mídia, as meninas, 
principalmente, tomam como referencial o corpo magro e esguio das modelos. 
 
Em busca dasmedidas ―ideais‖, a jovem submete-se a dietas, verdadeiros sacrifícios 
alimentares, o que pode desencadear distúrbios alimentares, como a bulimia e a 
aneroxianervosa. 
 
A bulimia consiste na ingestão de grandes quantidades de comida em um curto espaço de 
tempo. Mas a mulher preocupada em perder peso provoca vômito ou toma laxante para 
eliminar o alimento ingerido na refeição, causando risco à saúde. 
 
A anorexia nervosa constitui um distúrbio segundo o qual a mulher deliberadamente não 
se alimenta, ou quando muito, come pouquíssimo, chegando a passar fome por vontade 
própria. Esse distúrbio, geralmente, inicia-se na adolescência por causa da fixação pelo 
corpo ―perfeito‖. 
 
Por mais que esteja magra e com a saúde debilitada, a mulher apresenta resistência ao 
tratamento, não tendo consciência da gravidade do problema, com receio de ganhar peso. 
 
Esses dois distúrbios acometem jovens em todo o mundo. O tratamento consiste no 
acompanhamento psicológico associado a uma alimentação balanceada. Se não for 
tratado, o distúrbio pode levar à morte. 
 
Muitas adolescentes sacrificam a saúde em busca de um corpo magro, desejando 
tornarem-se mais atraentes. 
 
Mas as aparências enganam. Magreza não significa saúde. Em alguns casos, está 
relacionada à doença. 
 
Caso você não esteja satisfeita com as formas do seu corpo, procure a orientação de um 
médico (endocrinologista) ou nutricionista antes de se aventurar em alguma dieta 
milagrosa. 
 
Trocando idéias: 
1. Você está satisfeito com as formas do seu corpo? Comente. 
2. Há alguma parte do seu corpo que você mudaria? Por quê? 
 
 76 
Texto 42 
 
 
A MÍDIA E SUA INFLUÊNCIA 
 
 
Os meios de comunicação de massa têm estimulado e influenciado o comportamento 
sexual humano, principalmente o dos adolescentes, que estão à procura de modelos e de 
respostas para suas dúvidas. 
 
A mídia abre discussão sobre sexualidade e sexo. Mas, ao mesmo tempo que promove 
essa discussão, abre também para uma erotização muitas vezes excessiva, exibida em 
horários inoportunos. 
 
É necessário que jovens e crianças percebam a TV e outros meios de comunicação com 
um olhar crítico, sabendo usá-los para a vida, sem se submeter a eles. 
 
É importante que se discuta o tipo de relacionamento de personagens de filmes e 
novelas, para que se forme um cidadão crítico e observador. 
 
As novelas, os filmes, os programas de auditório, as propagandas e os telejornais 
difundem modelos de comportamentos, reforçam esteriótipos sociais, preconceitos, etc. 
 
O diálogo e o desenvolvimento do senso crítico perante a mídia é, com certeza, uma 
decisão acertada na formação do cidadão consciente. 
 
 77 
 
 
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http://www.ufrgs.br/ppgs/index.php?formulario=linhas&metodo=0&id=8no Brasil: o entrudo 
 A história do carnaval no Brasil iniciou-se no Período Colonial. Uma das primeiras 
manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na 
colônia, era praticada pelos escravos. Estes saíam pelas ruas com seus rostos pintados, 
jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. Tais bolinhas nem sempre 
eram cheirosas. O entrudo era considerado ainda uma prática violenta e ofensiva, em 
razão dos ataques às pessoas, mas era bastante popular. 
 Isso pode explicar o fato de as famílias mais abastadas não comemorarem com os 
escravos, ficando em suas casas. Porém, nesse espaço, havia brincadeiras, e as jovens 
moças das famílias de reputação ficavam nas janelas jogando águas nos transeuntes. 
 Por volta de meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou 
a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular 
veiculada pela imprensa. Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império 
criava os bailes de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao 
contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas. 
 A elite do Rio de Janeiro criaria ainda as sociedades, cuja primeira foi o Congresso 
das Sumidades Carnavalescas, que passou a desfilar nas ruas da cidade. Enquanto o 
entrudo era reprimido, a alta sociedade imperial tentava tomar as ruas. 
Mas, o que os gringos acham do carnaval brasileiro? 
 Os estrangeiros que ainda não conheceram o que é realmente o carnaval no Brasil, 
normalmente tem uma visão bem distorcida do que realmente acontece no país. Muitos 
acreditam, por exemplo, que o Brasil vive um carnaval o ano inteiro. Mas, quem já passou 
pelo Brasil sabe que as coisas não são bem assim. 
 O folclore em volta de toda essa cultura e festa brasileira é que encanta os 
estrangeiros. Se você, que é brasileiro, já fica encantado quando vê uma alegoria da 
escola de samba passando na sua frente, imagina um estrangeiro? 
 Essa alegria do brasileiro é algo que encanta lá fora também. E na verdade, 
independentemente da festa de carnaval ou não, é isso que realmente chama a atenção 
de quem mora lá fora. A alegria dos brasileiros e a beleza natural do país. 
 
 10 
Texto 05 
 
Feminicídio 
Feminicídio (ou femicídio) é um termo que junta as palavras ―feminino‖ e ―homicídio‖ e 
se refere aos assassinatos de mulheres cuja causa é o gênero – feminino – da pessoa 
assassinada. Ele é enquadrado dentro da categorias de crimes de ódio e como ato de 
misoginia. O feminicídio é um enquadramento recente da jurisprudência brasileira (2015) 
e visa não acobertar as qualidades do crimes de ódio juntando o mesmo com outros tipos 
de homicídio. 
Os homicídios decorrentes de conflitos de gênero têm sido denominados feminicídios, 
termo de cunho político e legal para se referir a esse tipo de morte. Assim, considera-se 
feminicídio qualquer manifestação ou exercício de relações desiguais de poder entre 
homens e mulheres que culmine com a morte de uma ou mais mulheres [...] Esse tipo de 
crime pode ocorrer em diversas situações, incluindo: mortes perpetradas por parceiro 
íntimo, crimes seriais, violência sexual seguida de morte, feminicídios associados ou 
extermínio [...]. O feminicídio encontra-se no ponto mais extremo do continuum de 
violência misógina, podendo ocorrer junto a outras formas de violências extremas [...] 
Sendo assim, o conceito de feminicídio contribui para desfazer os argumentos de que a 
violência de gênero é uma questão privada e pessoal, e a posiciona como um fato político 
e social. (MENEGHEL et al., 2013, p. 524 
O feminicídio é considerado um ato de misoginia pois o seu contexto deriva dos atos de 
violência contra a mulher e de atos de discriminação contra a mulher, ao perceber a 
mesma como inferior ou incapaz ou como objeto pertencente a outra pessoa, em geral, 
um homem. O feminicídio costuma ser realizado por homens (MENEGHEL et al, 2013) 
https://www.infoescola.com/direito/jurisprudencia/
 
 11 
contra mulheres, não pela sua individualidade, o que configuraria um homicídio comum, 
mas pela sua condição de mulher. A construção social que hierarquiza homens e 
mulheres é base para o pensamento que as mulheres são inferiores ou incapazes em 
relação aos homens e são consideradas objetos ou propriedade, não possuindo vontades 
próprias ( PÉREZ & FIOL, 2000; FEMINICIDIO...,2019). 
O feminicídio portanto é uma das faces da misoginia e dos crimes de ódio, já que foca no 
grupo social ao qual pertence a vítima. A condição social construída e acreditada pelo 
agressor de quem é a mulher é, para ele, justificativa para entender essa mulher como 
posse e sua vida como dependente da vontade do homem. 
A legislação brasileira aprovou a Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015 que altera o 
código penal a fim de qualificar o homicídio como feminicídio. Essa modificação é 
importante porque homicídios podem ocorrer por diferentes motivos na sociedade e a 
qualificação permite que os crimes de ódio se destaquem e sejam tratados de forma 
diferenciada. O crime de ódio, por ser um crime gerado pela aversão a um grupo social ou 
minoria, é perigoso para todo este grupo. E é diferente do crime passional, onde por muito 
tempo foi incluído o feminicídio, por que o crime passional é movido por emoções do 
momento e não seria perigoso para pessoas fora da situação dada. No entanto, para ser 
classificado como feminicídio, o homicídio precisa ocorrer em situações especificas. 
Feminicídio 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
§ 2º -A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime 
envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
Aumento de pena 
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for 
praticado: 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com 
deficiência; 
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (BRASIL, 2015) 
Na legislação, o feminicídio aparece como uma qualidade do homicídio, o termo 
feminicídio qualifica o ato, no sentido de entender que a motivação da distinção de gênero 
é a causa do feminicídio. Ele ainda é associado aos casos de violência doméstica, o que 
também evidencia que a condição de gênero e a misoginia são suas causas. Considerar a 
mulher subalterna e como uma propriedade é o pensamento e o sentimento base para 
https://www.infoescola.com/direito/crime-de-odio/
https://www.infoescola.com/direito/crime-passional/
 
 12 
que atos de violência contra a mulher apareçam em diferentes situações, podendo levar 
ao feminicídio em última instância. 
 
Os dados de pesquisa do IPEA & FBSP demonstram que os homicídios são diferentes e 
acontecem de forma diferente entre homens e mulheres e em taxas gerais. E demonstra 
ainda que enquanto há redução do paulatina do número de homicídios geral, há aumento 
do número de homicídios femininos causados pela desigualdade de gênero. Dessa forma, 
pode-se e precisa-se analisar esses casos de forma diferenciada, daí a necessidade da 
legislação brasileira em qualificar os homicídios em diferentes categorias. 
Desta forma, entende-se que feminicídio é o homicídio qualificado de mulheres que estão 
em situação de violência doméstica ou devido a sua condição de mulher. Ele está 
associado aos crimes de ódio e à misoginia e deriva das estruturas que hierarquizam e 
menosprezam o feminino na sociedade. Atualmente, no Brasil, ele vai em direção 
contrária aos índices de homicídio e está em níveis elevados. Como é decorrente de um 
crime de ódio, ele é incentivado pelas estruturas sociais de desigualdade de gênero, por 
transmitir a ideia de posse de um homem sobre uma mulher. 
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/sociologia/feminicidio/ 
https://www.infoescola.com/sociologia/misoginia/https://www.infoescola.com/sociologia/feminicidio/
 
 13 
Texto 06 
 
 
ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA 
 
 Considerado pela OMS [Organização Mundial da Saúde como uma doença, o 
alcoolismo é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, onde cerca de 15% 
da população é dependente do álcool, a maioria homens jovens entre 18 e 29 anos, o 
alcoolismo tem, em 18 de fevereiro de cada ano, a data registrada como O Dia Nacional 
de Combate ao Alcoolismo ou ―Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo‖. 
 O consumo abusivo do álcool provoca graves problemas de saúde. A quantidade 
para uma pessoa se prejudicar varia de acordo com cada organismo. Veja o que o álcool 
pode fazer com você. 
 
Cérebro: Na adolescência, o uso abusivo pode causar a destruição de neurônios e 
impedir a realização de sinapses, fundamentais a processos como o de aprendizagem. É 
nessa fase que o cérebro tem mais condições fisiológicas de armazenar e de processar 
informações. O álcool causa alteração da memória e perda de reflexos, o que pode 
contribuir para acidentes de trânsito. Bêbado, o adolescente fica mais vulnerável a 
relações sexuais sem proteção e se expõe a DSTs. O álcool pode aumentar a pressão 
arterial e provocar derrame cerebral. 
 
 14 
Esôfago: O álcool danifica as células do esôfago, causando uma inflamação chamada 
esofagite. Pode causar sensação de queimação e dores quando um alimento for engolido. 
Em casos graves, provoca hemorragia e vômitos de sangue. 
Coração: O álcool provoca um alargamento das fibras do coração, resultando em uma 
doença cardíaca que pode provocar até a insuficiência do órgão. 
Estômago: O álcool contribui para o desenvolvimento da gastrite, uma inflamação da 
camada interna do estômago. Quando é muito grave, pode causar úlcera, ferida na 
parede dos estômago de provoca dores fortes. Essas alterações, somadas a deficiências 
no pâncreas, impedem o órgão de absorver corretamente nutrientes (síndrome da má 
absorção), o que pode resultar em anemia. Além disso, mais de 80% dos cânceres de 
boca, laringe, faringe e estômago estão relacionados ao álcool. 
Fígado: É o único órgão que metaboliza o álcool no organismo. Quando a pessoa bebe 
demais, ele é sobrecarregado e suas células ficam inflamadas, provocando a hepatite. A 
cirrose, conseqüência mais grave da hepatite, que pode ocorrer após dez anos de uso 
abusivo, provoca a degeneração do órgão. As células são destruídas e viram cicatrizes. 
Um fígado cirrótico perde a capacidade de metabolizar nutrientes e impede a passagem 
de sangue e de água pelo órgão, provocando, num estágio grave, a ascite, ou ―barriga 
d‘água‖. 
Pâncreas: O pâncreas é responsável pela produção de insulina e de enzimas digestivas. 
Em excesso, o álcool provoca a inflamação desse órgão, a chamada pancreatite, que 
pode resultar na destruição das células que produzem insulina (levando a uma diabetes) e 
das que produzem as enzimas digestivas (levando a uma síndrome da má absorção). 
Provoca dor abdominal e vômitos. 
Intestino: Assim como o estômago, o intestino pode desenvolver uma úlcera por conta da 
inflamação das células ou ainda um câncer, além da síndrome da má absorção. 
Aparelho reprodutor: O uso crônico provoca alteração nos vasos sangüíneos de todo o 
corpo. Nos homens, ele pode ter ação nos vasos do pênis, provocando a impotência. 
Além disso, pode inibir a produção de hormônios que ajudam a produzir os 
espermatozóides, causando infertilidade. Mulheres que bebem durante a gravidez podem 
gerar bebês com síndrome fetal alcoólica, uma alteração genética que provoca 
deformações físicas e retardo mental. 
Músculos: O álcool interfere na absorção de vitaminas do complexo B, importantes na 
transmissão nervosa entre o nervo e a placa motora. Isso provoca uma atrofia muscular, a 
chamada polineurite alcoólica. Com isso, os músculos ficam enfraquecidos, mais finos, e 
o usuário crônico passa a ter dificuldades de andar. 
Ossos: O álcool enfraquece os ossos, provocando a osteoporose 
 
 15 
Texto 07 
VOCAÇÃO 
 Vocação é um termo derivado do verbo no latim "vocare" que significa "chamar". A 
vocação é uma inclinação para exercer uma determinada profissão ou um talento (aptidão 
natural) para executar algo. 
 O sentido original expressa um chamado espiritual para que as pessoas sigam uma 
religião ou uma missão divina destinada a alguns cristãos para exercerem o sacerdócio. A 
vocação sacerdotal é vista como um chamado de Deus por aqueles que se sentem 
inclinados a exercerem o ministério paroquial. 
 A vocação profissional é formada por um conjunto de aptidões naturais e interesses 
específicos do indivíduo que o direcionam na escolha de uma profissão. O teste 
vocacional é um instrumento que pode auxiliar aqueles que estão indecisos sobre qual 
carreira profissional seguir. 
 
O que é Vocação Profissional: 
 Vocação profissional é descobrir qual a profissão mais adequada ao perfil de cada 
indivíduo. Descobrir a vocação profissional de cada um é avaliar em quais profissões ele 
se encaixa melhor, de acordo com suas preferências, estilo de vida, e etc. 
 A vocação profissional é analisar em que profissão o indivíduo tem interesse, o que 
ele gosta de fazer, e o que ele não suporta. Descobrir a vocação de cada pessoa não é 
uma tarefa fácil, mas tem o objetivo de tornar aquele indivíduo em um futuro profissional 
realizado com o que faz e satisfeito com o tipo de vida que escolheu para viver. 
 Nos dias atuais, a descoberta da vocação profissional tem se tornado essencial, 
uma vez que é necessário direcionar a carreira das pessoas, para não correrem o risco de 
perderem tempo e dinheiro, se dedicando, fazendo cursos, por algo que eles não tenham 
interesse. 
 Para descobrir a vocação profissional de cada indivíduo, existem testes e exames 
que podem ser feitos, geralmente com a ajuda e suporte de psicólogos, que analisam o 
perfil de cada um, considerando diversos fatores, como características pessoas, 
personalidade, reações, objetivos, e etc. 
 
https://www.infoescola.com/profissoes/ 
 
http://ensinoreligioso7.blogspot.com.br/2013/08/vocacao.html
https://www.infoescola.com/profissoes/
 
 16 
Texto 08 
É TEMPO DE PÁSCOA 
 O coelho e os ovos de chocolate não são símbolos bíblicos, mas que nasceram 
com o tempo e hoje são expressões da Páscoa. Páscoa, literalmente, significa passagem. 
Na origem, para os judeus que a celebram até hoje, relembra a passagem da escravidão 
do Egito para a liberdade na Terra Prometida. O anjo passa através das casas dos judeus 
no Egito e liberta o povo escolhido. Para nós cristãos, é símbolo da passagem da morte 
para a vida, que acontece através da ressurreição de Cristo. Portanto, Páscoa é sinal de 
vida. 
 O ovo é, em si, expressão de vida. Contém a vida, na sua forma inicial. Já desde a 
antiguidade esse elemento se revestiu de sentido simbólico, seja entre os egípcios que 
entre os persianos. Entre esses últimos existia o costume de dar, como presente, ovos de 
galinha, no início da primavera. Com o tempo passou a decorá-lo, chegando assim até os 
nossos dias 
 Outro símbolo de vida é o coelho, já desde tempos antigos. Um dos motivos que o 
liga à vida é a facilidade com que se procria. Outros dizem que entre os povos antigos era 
um animal que nas religiões pagãs se ligava à lua. Como a páscoa é intimamente ligada à 
lua cheia, foi imediata a ligação entre esses dois símbolos. A relação do coelho com a 
páscoa é fruto da tradição alemã. 
 Enquanto o "ovo da páscoa" é muito comum em todo o mundo, o "coelhinho da 
páscoa" não é tão conhecido no resto do mundo. 
 Resumindo, o sentido desses dois símbolos em relação à páscoa deve ser 
buscado na expressão de vida que eles contêm em si e a páscoa nada mais é do que a 
celebração da vida. 
 
1) Qual representatividade do ovo na páscoa? 
 
2) Sabendo que o coelho não bota ovos, o que liga ele a páscoa segundo o 
texto? 
 
 17 
Texto 09 
MERCADODE TRABALHO 
 Essa "nova era" do trabalho - chamada de "terceira revolução industrial" - 
preconiza um momento de mudanças tecnológicas, mudanças nas comunicações, bem 
como na organização do trabalho, que tem provocado desemprego tecnológico e, 
consequentemente, promovido insegurança e temor. Atinge em especial as "gerações de 
escritório", para quem o trabalho era seguro e estável. 
 A mão-de-obra jovem (entre 15 e 24 anos) também sente na pele a dificuldade de 
ser absorvida pelo mercado de trabalho. Daí explica-se a corrida incessante por 
qualificação, na busca pela empregabilidade e que, nem sempre, tem garantido bons 
resultados. 
 Essa é uma realidade que afeta, hoje, a vida de milhões de pessoas em todo o 
mundo. Pesquisas realizadas em diversas áreas profissionais, como Psicologia, 
Economia e Sociologia, constatam que o desemprego tornou-se um dos maiores 
problemas da sociedade atual, que aflige inúmeras pessoas, independente de gênero, 
faixa etária ou grau de escolaridade. 
Humanos ou máquinas 
 No entanto o desemprego não é um fenômeno novo, característico apenas dos 
dias de hoje. Desde a invenção da máquina a vapor - marco da primeira Revolução 
Industrial - há cerca de 200 anos, o homem vem transferindo para as máquinas, o 
trabalho que antes era realizado através da força humana. 
 Por que, então, as pessoas estão estranhando o aumento do desemprego que 
ocorre atualmente, se, historicamente, ele sempre existiu nos momentos de mudanças 
que atingem o mercado de trabalho? Primeiramente, este temor diante do desemprego se 
deve ao fato de que as estatísticas, hoje, apontam para números assustadores nos 
índices e com previsão de crescimento para as próximas décadas. Pois não se trata 
apenas de um movimento de transição provocado pela redução de alguns cargos 
considerados passados e, em contrapartida, do surgimento de outras funções criadas por 
uma tecnologia moderna. Diz respeito a mudanças de paradigmas, que causam 
modificações na maneira de executar o trabalho e, consequentemente, nas formas de 
relacionamento das pessoas no âmbito do trabalho, bem como na organização de toda a 
sociedade. 
 Diante desse contexto, podemos fazer um outro questionamento: o que há de 
diferente, na atual situação do desemprego que testemunhamos? A grande diferença 
manifesta é a velocidade com que as novas tecnologias se desenvolvem e se modifica o 
processo produtivo. Como consequência, o processo de substituição do ser humano pela 
máquina é intensificado. 
 Máquinas programadas e robôs passam a fazer o trabalho de dezenas de seres 
humanos, cada vez mais e de forma eficiente, ágil, limpa, silenciosa e que, além do mais, 
não estão sujeitas às intempéries naturais e não reivindicam aumentos salariais e 
melhorias nas condições de trabalho. 
 
 18 
 
Texto 10 
 
 
CELEBRAÇÕES NAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS 
 
 Celebrar é o ato de festejar, de comemorar e de louvar publicamente. As tradições 
religiosas sempre celebram as suas crenças das mais diversas formas possíveis e 
imagináveis. 
Na bíblia sagrada, especialmente no antigo testamento percebemos as mais variadas 
celebrações do povo da antiga aliança. 
Celebrações muçulmanas 
 Entre as celebrações dos muçulmanos destacamos as comemorações do mês de 
Ramadã em que eles jejuam da aurora ao pôrdo-sol. 
 
O jejum de ramadã 
 O Ramadã é um feriado não fixo que se movimenta a cada ano e se localiza no 
nono mês do calendário muçulmano. 
 
Celebrações budistas 
 Entre os budistas destacamos as celebrações de homenagem póstuma que 
consistem em reunir parentes e amigos do falecido e convidar um monge para oficiar a 
leitura solene dos textos sagrados (Sutras), diante da imagem do Buda Amida. 
Na tradição budista essas reuniões têm por objetivo escutar e refletir sobre o Dharma (O 
Ensinamento do Buda) 
 
 19 
Celebrações hinduístas 
 No hinduísmo destacamos os festejos de primavera conhecidos por Holi com 
danças e procissões, comemora-se a fecundação, o deus do amor. 
 
Celebrações cristãs 
 Já entre as celebrações cristãs podemos destacar a festa do natal e da páscoa. O 
natal que representa o nascimento de Cristo é celebrado com troca de presentes 
geralmente em torno de uma grande árvore enfeitada que simboliza a vida, também é 
costume a presença do presépio representando a noite Santa em que o menino-deus 
nasceu. 
 
Páscoa 
 Na festa da páscoa, diferentemente dos Judeus que comemoram a passagem da 
escravidão para a liberdade, os cristãos comemoram a passagem da morte para a vida, 
embora Jesus Cristo sendo nossa páscoa, é verdadeiramente o cordeiro imolado, 
sacrifício único, perfeito, verdadeiro e definitivo. 
 
Celebração da páscoa 
 Entre elas podemos destacar a festa da páscoa: costume que tinham de oferecer 
um animal macho do rebanho em sacrifício na primavera e passar seu sangue sobre o 
cordame das tendas. 
 
Atividades 
 
1 - O que é celebrar? 
2 - O que é o Ramadã? 
3 - Qual o objetivo das celebrações de homenagens póstumas no budismo? 
4 - O que é Holi? 
5 - Quais as festas mais importantes do Cristianismo? 
 
 20 
Texto 11 
 
IGUALDADE E JUSTIÇA 
Discriminação 
 Diz respeito a toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo, gênero, raça, 
cor da pele, linhagem, origem nacional ou étnica, orientação sexual, condição social, 
religião, idade, deficiência etc., que tenha por objeto ou por resultado anular ou depreciar 
o reconhecimento, gozo ou exercício e em condições de igualdade entre toda e todos aos 
direitos humanos e liberdades fundamentais em todas as esferas, incluindo a pública, 
privada, política, econômica, cultural ou civil. 
Racismo 
 É a convicção de que existe uma relação entre as características físicas 
hereditárias, como a cor da pele, e determinados traços de caráter e inteligência ou 
manifestações culturais. O racismo subentende ou afirma claramente que existem raças 
puras, que estas são superiores às demais e que tal superioridade autoriza uma 
hegemonia política e histórica, pontos de vista contra os quais se levantam objeções 
consideráveis. Ao longo da história, a crença na existência de raças superiores e 
inferiores -- racismo -- foi utilizada para justificar a escravidão e o domínio de 
determinados povos por outros. 
 
 21 
 No ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Lei 8.069, de 13 de julho 
de 1990. Na proteção da criança e do adolescente, dispõe no seu: Artigo 5º - Nenhuma 
criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, 
por ação ou omissão a seus direitos fundamentais. 
Preconceito 
É uma opinião que formamos das pessoas antes de conhecê-las. É um julgamento 
apressado e superficial e muito perigoso, pois ao invés de melhorar a nossa vida e da 
sociedade, acaba trazendo muitas situações complicadas e até mesmo violentas. 
Desigualdade Social 
 A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos 
países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a 
desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não 
desenvolvidos. 
 O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos 
tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até 
desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade 
econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, 
dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a desigualdade social tem sido um 
cartão de visita para o mundo, pois é um dos países mais desiguais. Segundo dados da 
ONU, em 2005 o Brasil era a 8º nação mais desigual do mundo. O índice Gini, que mede 
a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 
(quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade), porém esta ainda é gritante.A desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas como 
decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do início do 
século XIX. 
 Junto com o próprio desenvolvimento econômico, cresceu também a miséria, as 
disparidades sociais – educação, renda, saúde, etc. – a flagrante concentração de renda, 
o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade 
infantil, a baixa escolaridade, a violência. Essas são expressões do grau a que chegaram 
as desigualdades sociais no Brasil. 
Considerações Finais 
 O mundo já é cheio de problemas embora hajam muitos recursos para resolver 
tudo: como a tecnologia ,informática, etc. Para que todos vivamos melhor e seguros, sem 
precisarmos desconfiar dos outros ou de viver competindo contra tudo e contra todos, 
deveríamos construir a sociedade dos nossos sonhos, justiça, liberdade, igualdade para 
todos. Quando o ser humano vive bem surge o melhor que ele tem e pode oferecer: 
ciência, arte, filosofia, cultura, lazer, prazer e felicidade de nível elevado. Se nós 
combatermos o preconceito, racismo e discriminação estaremos dando um grande passo 
para a melhoria do mundo, de nós mesmos e dos demais, que são apenas nossa imagem 
e semelhança. 
 
 
 22 
Texto 12 
 
 
 Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada 
pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou 
crenças religiosas de terceiros. 
Definição 
A palavra "intolerância" vem de tolerar, ou seja: aceitar, suportar, conviver. 
"Tolerar" significa, portanto, aceitar algo que não se concorda e conviver com isso. 
Por sua vez, "intolerância" significa justamente contrário. Não suportar aquele que tem 
uma ideia ou condição diferente da minha. 
 A intolerância religiosa no Brasil começou com a chegada dos portugueses. 
Como o catolicismo não admitia nenhuma outra religião que não fosse a católica, as 
crenças dos indígenas passaram a ser vistas como maléficas e, portanto, desprezadas. 
Com a chegada dos negros que foram escravizados a mesma atitude se repetiu. Para 
escapar da perseguição dos senhores e do clero, os negros usavam as imagens dos 
santos católicos em suas cerimônias quando na verdade estavam cultuando seus orixás. 
Assim começou a relação entre o sincretismo e as religiões afro-brasileiras. 
 Durante o Império, a religião católica foi declarada oficial pela Constituição de 
1824. Isso queria dizer que nenhuma outra religião poderia realizar cultos públicos. 
Igualmente, os locais destinados às reuniões não poderiam ter, externamente, símbolos 
que identificassem como um templo. 
 Com a abertura dos portos às nações amigas e a chegada de vários ingleses ao 
Brasil, esta política foi revista na prática. 
https://www.todamateria.com.br/sincretismo-e-religioes-afro-brasileiras/
https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1824/
https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1824/
https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1824/
 
 23 
Afinal, os ingleses, protestantes, tinham que ser enterrados em cemitérios diferentes dos 
católicos. Em várias cidades do Brasil é comum a existência de um ―Cemitério dos 
Ingleses‖ destinado aos protestantes de várias denominações e judeus. 
 No Segundo Reinado, o aumento da imigração alemã proporcionou a vinda de 
pastores luteranos que abriam seus templos para atender as novas comunidades. 
Um caso emblemático é o da Igreja Luterana de Petrópolis cujo próprio imperador Dom 
Pedro II contribuiu para sua construção. 
Com a chegada da república houve a separação da Igreja e o Estado consagrada 
na Constituição de 1891. Em 1903 é revogada a lei que impedia templos não católicos de 
terem características de ―igreja‖ e desta maneira são levantados vários locais de culto 
cristão. 
 Isso não quer dizer que a intolerância religiosa tenha acabado, pois a própria Igreja 
Católica teve vários bens confiscados pelo governo. 
Também há casos de perseguição do clero católico aos pastores batistas e metodistas. 
 Entretanto, quem mais sofria intolerância religiosa eram as religiões de matriz 
africana. Perseguidas pela polícia, os praticantes deviam esconder-se ou suportar 
invasões e penas de prisão por estarem reunidos em suas cerimônias religiosas. 
Recentemente, as igrejas neopentecostais estão cometendo atos de vandalismo contra a 
Igreja Católica e as religiões afro-brasileiras. 
 Já foram registradas destruição de imagens de santos em templos católicos, bem 
como ataques em terreiros de candomblé e umbanda. 
 
No Mundo 
 A intolerância religiosa pelo mundo se mostra evidente contra os judeus, povo 
monoteísta no meio de tribos que praticavam o paganismo. 
Igualmente, o Império Romano se mostrou intolerante face ao crescimento do cristianismo 
em seu território perseguindo e matando cristãos. 
 Entretanto, uma vez que foi legalizado e admitido como religião do Império, é a vez 
dos cristãos se tornarem intolerantes com os pagãos, judeus e, mais tarde, os 
muçulmanos. 
 Atualmente, a intolerância religiosa no mundo se manifesta em países que adotam 
o islamismo como religião oficial. Nestes países, é comum os cristãos estarem proibidos 
de praticarem sua fé e serem condenados por isso. 
Da mesma forma, um grupo de muçulmanos radicais, decidiu exterminar pessoas que não 
seguem a mesma linha de pensamento. Isso vale tanto para pessoas de outras religiões 
como para muçulmanos moderados. 
 
Tolerância 
No Brasil, a discriminação religiosa é crime e desde 27 de dezembro de 2007 e celebra-se 
o "Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa" em 21 de janeiro. 
A chave para combater a intolerância religiosa é o conhecimento e o respeito. 
Afinal, mesmo que uma pessoa não concorde com sua crença ela tem os mesmos direitos 
que você para praticá-la. 
https://www.todamateria.com.br/luteranismo/
https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1891/
https://www.todamateria.com.br/candomble/
https://www.todamateria.com.br/umbanda/
https://www.todamateria.com.br/paganismo/
https://www.todamateria.com.br/imperio-romano/
https://www.todamateria.com.br/islamismo/
 
 24 
 
Texto 13 
 
MITO e LENDA NA RELIGIÃO 
 Os mitos são narrativas sobre a origem do mundo, dos homens e das coisas por 
meio das relações entre Deuses e forças sobrenaturais, cuja ação aconteceu quando o 
mundo foi formado, o princípio. 
 Ou seja, o mito é, com frequência, a narrativa sobre o tempo, onde tudo foi criado, e 
sempre é objeto de crença. O mito também é uma narração que explica os fatos da 
realidade, os fenômenos da natureza. Eles são bastante simbólicos, suas histórias são 
carregadas de metáforas. Neles aparecem Deuses, seres sobrenaturais, heroínas, heróis, 
etc. O mito nos fornece mensagens profundas sobre nossa própria experiência humana. 
 As histórias contadas pelas religiões tenham elas sido escritas ou não, são 
consideradas mitos religiosos para os pesquisadores de religiões. O mito religioso explica 
a realidade por meio de histórias sagradas. As lendas são narrativas que misturam fatos, 
lugares reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. Elas procuram 
dar explicações para acontecimentos misteriosos e sobrenaturais. As lendas se vinculam 
ao folclore. 
 Na medida em que são contadas, elas vão se modificando ao modo de quem conta a 
história. O conto, por sua vez, é uma narrativa que acontece em qualquer lugar e tempo 
 
 25 
(presente, passado ou futuro). O conto não se aprofunda nas características físicas e nas 
ações dos personagens. A função do conto é procurar levar o narrador a se envolver na 
trama. Exemplo: Bela Adormecida e Rapunzel. A fábula é uma narrativa com objetivo de 
trazer algum ensinamento moral, cujos personagens são animais dotados de qualidades 
humanas. Exemplos: Chapeuzinho Vermelho e a Lebre e a Raposa. 
Os mitos de origem 
 As culturas religiosas do mundotodo se desenvolvem por meio da linguagem 
simbólica, que transmite por meio de seus mitos ensinamentos fundamentais, e que se 
traduzem na poética do corpo, por meio dos rituais. 
 As tradições religiosas se valem de suas histórias sagradas para transmitir 
mensagens profundas aos seus seguidores, nelas muitos segredos são revelados em 
parte, mantendo assim a sua parcela de mistério. 
 Na busca pela totalidade, pela integração, os mitos religiosos cumprem um papel 
fundamental, eles organizam e apresentam aos seres humanos possibilidades de 
superação, e de maior contato consigo mesmo, com o outro, com a natureza e com o 
sagrado. 
 Pelos mitos as pessoas se aproximam do mistério. É por esta perspectiva que 
compreendemos o mito, no contexto das religiões. O mito religioso é a expressão verbal 
do mistério, este guarda e ao mesmo tempo revela conhecimentos sagrados. Ele é 
essencialmente simbólico e cumpre a tarefa de enviar mensagens que atingem os planos 
conscientes e inconscientes dos seres humanos. 
 O mito organiza entendimentos de mundo e fornece a inspiração necessária para 
dar sentido para a vida e conduzi-la conforme um plano, muitas vezes, considerado 
divino. Os mitos também favorecem o fortalecimento dos laços de uma comunidade, pois 
oportuniza que as pessoas vivenciem as mesmas compreensões de vida e de mundo o 
que unifica o grupo despertando sentimentos e desejos compartilhados por todos. Assim, 
os mitos atuam profundamente tanto no indivíduo quanto no grupo. 
 Concluímos que uma das tarefas principais do mito é fornecer apoio e motivar o 
indivíduo a participar de uma vida mais ampla e plena de sentido. O mito de origem mais 
conhecido entre nós, por influência da cultura judaico-cristã, é o narrado na Bíblia, que 
afirma que as pessoas foram criadas ―a imagem e semelhança do Criador‖, porém as 
demais tradições também têm seus mitos de origem. 
 
 
 26 
Texto 14 
 
DIREITOS E DEVERES... 
 Os direitos sociais e, especificamente, o direito à educação, são exigíveis nacional e 
internacionalmente. Se alguma pessoa ou grupo de pessoas tem seu direito à educação 
desrespeitado, pode e deve recorrer a autoridades locais, nacionais ou internacionais para 
reivindicar o que a lei garante. 
 Por todo o lado ouve-se a luta pelos direitos. A reivindicação dos direitos está muito 
patente nos comportamentos dos jovens. Já não são crianças, querem ser tratados como 
adultos, mas não o são ainda. Ser adulto não é quando se atinge os 18 anos, mas quando se 
atinge a responsabilização plena dos seus deveres e direitos. 
Por todo o lado ouve-se a luta pelos direitos... 
 O Filme " Karatê Kid a Hora da verdade". Exemplifica bem sobre a busca do que 
queremos. 
 É que o jovem com a ânsia natural da sua idade de quem queria aprender a lutar foi posto a 
pintar paredes, lavar janelas, carregar baldes, enfim, atividades pouco dignificantes para um 
futuro campeão. O professor sabia o que estava fazendo, havia um propósito naqueles 
momentos repetitivos. Até que surgiu o "click"! Os olhos do jovem brilharam quando entendeu 
como aqueles "trabalhos forçados" não eram mais do que a base dos movimentos do Caratê. 
Para ter direito a praticar Caratê, teve que cumprir com os deveres. 
 E é isso que se passa com tudo. Com o direito à família temos os deveres como filhos, o 
direito à educação para quem cumpre com o dever de estudar, o direito a estar em palco se 
cumpre com os deveres de estar nos ensaios. Em todo o tipo de direito está subjacente um 
dever, e apenas podemos exigir e lutar por mais direitos se os nossos deveres estiverem 
cumpridos. 
ATIVIDADES 
1. O que quer dizer direitos exigíveis? 
2. Que exemplo o autor dá de reivindicação dos direitos pelos jovens? 
3. Quando o autor do texto diz que já somos adultos? 
4. O exemplo do filme que o autor dá mostra que o personagem teve direito quando fez o 
que? 
5. O autor enfatiza que, para formar um cidadão de verdade o direito deve ser dado a 
quem cumpre seus deveres. Copie o trevo que revela isso. 
6. Para o autor, só podemos lutar pelos nossos direitos, se... 
 
 27 
 
Texto 15 
A ARTE DE OUVIR... 
 Perceber, reconhecer, entender, compreender, valorizar, dar atenção, respeitar… 
São vários nomes diferentes para um processo tão simples, mas ao mesmo tempo tão 
difícil de ser praticado: ouvir, de fato, o outro. 
 Ouvir não significa simplesmente escutar os sons da voz ou acompanhar o 
raciocínio do interlocutor. Significa, antes de tudo, ter paciência e tolerância para aceitar a 
outra pessoa como ela é, com suas qualidades e seus defeitos, crenças e emoções, com 
sua aparência, quer nos seja agradável ou desagradável, sem pré-julgamentos. Concordo 
com quem disse que esse não é um processo fácil, embora pareça tão elementar. 
 Vamos analisar um pouco as causas dessas dificuldades. É muito comum 
compararmos o mundo ao nosso próprio referencial de vida, de como percebemos o 
mundo, que passa a ser o ―nosso mundo‖. Incluem-se aí os nossos valores, conceitos e 
preconceitos. 
 Além disso, as pessoas aproximam-se pelas semelhanças e não pelas diferenças, 
desmistificando a crença popular de que os opostos se atraem. Se observarmos bem, 
antes da diferença há muita convergência, situações comuns, similaridades que atuam 
como facilitadoras de um processo de entendimento e consideração e a partir daí 
eventuais diferenças de caráter, atitudes ou comportamentos passam a configurar uma 
relação afetiva. 
 Se observarmos bem, quando admiramos uma pessoa dizemos: ―Que pessoa 
extraordinária! Que pessoa agradável! Que pessoa simpática!‖ Enquanto isso, lá no 
fundo, um outro comentário quase imperceptível complementa… ―tão parecida comigo!‖ 
 Se precisamos falar com o outro precisamos nos colocar no lugar do outro com 
empatia, ou seja, ajustar-se ao estilo, momento psicológico, crenças e valores. Assim, 
conseguimos melhor entendimento. Algumas sugestões importantes para quem, de fato, 
deseja ouvir outra pessoa e, a partir daí, abrir uma porta de entrada para o 
relacionamento: amizade, vendas, negociações, lideranças, amor etc.: 
· Dê atenção, mantenha a calma, tenha paciência, valorize e respeite as opiniões de 
seu interlocutor, demonstre respeito, verifique se você compreendeu de fato o que o outro 
queria transmitir; por último, faça bom uso do grande amor que você tem em seu coração 
para aceitar incondicionalmente as outras pessoas como são: cheias de defeitos, limites, 
preconceitos e, também, repleta de virtudes, sonhos, conhecimentos, de sentimento. 
Assim como você. * Reinaldo Passadori é professor de comunicação verbal 
 
Atividades. 
 
1. Para o autor o que significa ouvir uma pessoa? 
2. Para o autor, o desmistifica a crença popular de que os opostos se atraem? 
3. Segundo o autor, por que admiramos uma pessoa? 
4. Segundo o texto o que é empatia? 
5. Segundo o texto, por que aceitar a outra pessoa tem que ser de forma incondicional? 
 
 
 28 
Texto 16 
 
 
VIDA E MORTE COMO A MORTE É VISTA EM DIFERENTES RELIGIÕES E 
DOUTRINAS? 
 De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a 
ressurreição. Já os espíritas crêem na reencarnação: o espírito retorna à vida material 
através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas 
doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou 
vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: 
é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara 
a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro. 
 
Filosofia 
 A sobrevivência do espírito humano à morte do corpo físico e a crença na vida e no 
julgamento após a morte já era encontrada na filosofia grega, em especial em Pitágoras, 
Platão e Plotino. Já Sartre, filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma única 
existência. Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois damorte. 
 
Doutrina niilista 
 Sendo a matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. 
 
Doutrina panteísta 
 O Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada ser 
durante a vida e volta, com a morte, à massa comum. 
 
Dogmatismo Religioso 
 A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a 
morte. Os que morreram em 'pecado' irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar 
as delícias do paraíso. 
 
Budismo 
 O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta 
em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), 
de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até 
que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de 
causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos 
distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos 
insaciáveis e reinos infernais. 
 
Hinduísmo 
 A visão hindu de vida após a morte é centrada na idéia de reencarnação. 
Para os hinduístas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, palavras e 
atitudes. Quando o corpo morre ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de 
 
 29 
outra pessoa ou para um animal, a depender das nossas ações, pois a toda ação 
corresponde uma reação - Lei do Carma. Enquanto não atingimos a libertação final - 
chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é 
denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação. 
 No hinduísmo, a alma pode habitar 14 níveis planetários distintos (chamadosa 
Bhuvanas) dentro da existência material, de acordo com seu nível de consciência. 
 
Islamismo (Religião Muçulmana) 
 Para o islamismo, Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os mortos 
no último dia. As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação 
divina. Esta vida seria então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no 
inferno. 
 Quando a pessoa morre, começa o primeiro dia da eternidade. Ao morrer, a alma 
fica aguardando o dia da ressurreição (juízo final) para ser julgado pelo criador. O inferno 
está reservado para as almas 'desobedientes', que foram desviadas por Satanás. No 
Alcorão, livro sagrado, ele é descrito como um lugar preto com fogo ardente, onde as 
pessoas são castigadas permanentemente. Para o paraíso, vão as almas que 
obedeceram e seguiram a mensagem de Alah e as tradições dos profetas (entre eles, os 
cinco principais: Noé, Abrão, Moisés, Jesus filho de Maria e Mohammed). No Alcorão, o 
paraíso é descrito como um lugar com rios de leite, córregos de mel e outras belezas 
jamais vistas pelo homem. 
 
Espiritismo 
 Defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela 
reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente. 
Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das inúmeras 
encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como 
criador de pessoas boas ou más. Deus criou os espíritos simples e ignorantes, sem 
discernimento do bem e do mal. Quem constrói o céu e o inferno é o próprio homem. 
Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para evoluir. A 
morte seria apenas a passagem da alma do mundo físico para a sua verdadeira vida no 
mundo espiritual. E mesmo no paraíso, acredita-se que o espírito esteja em constante 
evolução para o seu aperfeiçoamento moral. 
 
Igreja evangélica 
 Como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenação 
(céu ou inferno) e na eternidade da alma. A diferença é que o morto faz uma grande 
viagem e a ressurreição só acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada 
'Ressurreição dos Justos', ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova 
chance de ressurreição no 'Julgamento Final'. Os que morrerem sem Cristo como seu 
Deus também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e 
enxofre. 
 
Catolicismo 
 A vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um 
Purgatório. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares. 
A alma é eterna e única. Não retorna em outros corpos e muito menos em animais. Crê 
na imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia ensina que 
morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em 
 
 30 
vida. Se ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão e 
participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for 
condenado, vai para o inferno. Algumas almas ganham uma chance para serem 
purificadas e vão para o purgatório, que não é um lugar, e sim uma experiência existencial 
da pessoa. Quem for para o céu ressuscitará para viver eternamente. Depois do Juízo 
Final, justos e pecadores serão separados para a eternidade. Deus julga os atos de cada 
pessoa em vida de acordo com a palavra que revelou através de Seu Filho, com os ideais 
de amor, fraternidade, justiça, paz, solidariedade e verdade. 
 
Judaísmo 
 O judaísmo crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da vida 
após a morte, e nem mesmo se existe de fato. 
O judaísmo é uma religião que permite múltiplas interpretações. Algumas correntes 
acreditam na reencarnação, outras na ressurreição dos mortos. Enquanto a reencarnação 
representa o retorno da alma para um novo corpo, a ressurreição é definida como o 
retorno da alma ao corpo original. 
 Para os judeus, a lei permite à pessoa que vai morrer pôr a sua casa em ordem, 
abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem importantes e fazer as pazes 
com Deus. 
 
Candomblé 
 Não existe uma concepção de céu ou inferno, nem de punição eterna. As almas 
que estão na terra devem apenas cumprir o seu destino, caso contrário vagarão entre céu 
e terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno. 
Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte são regidos por 
uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio divino ou eterno. O Candomblé vê o 
poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morrer é passar para 
outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. 
 
Umbanda 
 A Umbanda sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos afros e 
orientais. Como não existe uma unidade ou um 'livro sagrado', alguns umbandistas 
admitem o céu e o inferno dos cristãos, enquanto outros falam apenas em reencarnação e 
Carma. 
Na Umbanda, morte e nascimento são momentos sagrados, que marcam a passagem de 
um estado a outro de manifestação espiritual, morremos para um lado e nascemos para 
outro lado da vida, o que nos aguarda do outro lado depende de nós mesmos. 
 
Doutrina niilista (Niilismo) (do latim nihil, nada) é uma doutrina filosófica que atinge as 
mais variadas esferas do mundo contemporâneo (literatura, arte, ciências humanas, 
teorias sociais, ética e moral) cuja principal característica é uma visão cética radical em 
relação às interpretações da realidade, que aniquila valores e convicções. 
Doutrina panteísta O panteísmo é a crença de que absolutamente tudo e todos 
compõem um Deus abrangente, e imanente, ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus 
são idênticos. Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num 
deus pessoal, antropomórfico ou criador. 
 
 
 31 
Texto 17 
 
 
A Fome, a miséria e Betinho 
 Sociólogo mineiro nasceu em 1935. Nos anos 60, ajudou a fundar a Ação Popular 
(AP), movimento que luta pela implantação do socialismo no Brasil, por isso, após o golpe 
de 1964, passou 7 anos na clandestinidade e 8 no exílio. Volta ao país em 1979 e cria o 
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Ganha, em 1991, o Prêmio 
Global 500, do Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente (Unep), por sua luta 
em defesa da reforma agrária e dos indígenas. 
 Em 1993, funda a Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida, que, sem a 
ajuda do governo, distribui alimentos à população carente. No governo Fernando 
Henrique, torna-se membro do Conselho da Comunidade Solidária, que substitui a 
Fundação Legião Brasileira de Assistência (LBA). Hemofílico e portador do vírus da AIDS, 
como seu irmão cartunista Henfil (1944-1988), escreve A Cura da AIDS, no qual afirma 
que a cura da doença é questão de tempo. 
 Em 1995, a Ação da Cidadania passa a priorizar a luta pela democratização da 
terra como forma de combater a fome e o desemprego. Morre em consequência de 
hepatite C, contraída em transfusão de sangue. Sempre dizia: “Miséria é imoral. 
Pobreza é imoral. Talvez seja o maior crime moral que uma sociedade possa cometer.‖ 
Herbert de Souza é o símbolo da determinação e do trabalho incansável pela cidadania, 
pela restauração da verdadeira democracia participativa, pela valorização da 
solidariedade e dos direitos humanos em uma sociedade injusta. 
 
 32 
 A figura humana de Betinho, adquiriu notoriedade definitiva como o incansável 
Coordenador da ―Ação pela Cidadania contra Fome e a Miséria‖, que pretendia ir mais 
além de um movimento social de caráter assistencialista. A ―Campanha do Betinho teve 
apoio de 100% da população. Tinha por objetivo a promoção da cidadania, do direito ao 
emprego e a terra. Mesmo doente e abalado com a morte de seus irmãos ( Henfil e Chico 
Mário) ele nunca abandonou a militância política. 
Atividades 
1- De acordo com o texto, quem foi Betinho? 
2- Por que você acha que Betinho dizia ―Miséria é imoral‖. ―Pobreza é imoral‖? 
3- Qual é a função desse texto? 
4- Qual foi a consequência de Betinho ter participado da criação do partido socialista no 
Brasil? 
5- De acordo com o texto, porque Betinho ganhou o Prêmio Global 500? 
6- Qual era a função do projeto, ―Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida‖, criado 
por Betinho em 1993? 
7- Que afirmação Betinho fez em seu livro ―A cura da AIDS‖ Essa afirmação já se 
concretizou? 
8- A partir de 1995 qual passa a ser a prioridade da Ação da Cidadania contra a Miséria e 
pela Vida‖? 
9- De acordo com o texto Betinho se torna símbolo, de que? 
10- De acordo com o texto qual era o objetivo da ―Ação da Cidadania contra a Miséria e 
pela Vida‖? 
11- Copie do texto duas atitudes que podem demonstrar que Betinho foi realmente uma 
pessoa bondosa. 
12- Pesquise sobre a doença Hemofilia. 
 
 33 
Texto 18 
 
 
DIA DO PROFESSOR 
 
 No dia 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor, data em que se 
homenageiam os responsáveis pelo desenvolvimento da educação e do conhecimento no 
país, abrangendo um grupo de profissionais que trabalham desde a educação infantil até 
o ensino superior. Como todos sabemos, trata-se de uma das mais importantes profissões 
praticadas no mundo, afinal, sem ela, a transmissão de conhecimentos e a correta 
apreensão destes pelas pessoas seriam praticamente impossíveis. 
 A origem do Dia do Professor se deve ao fato de, na data de 15 de outubro de 
1827, o imperador D. Pedro I ter instituído um decreto que criou o Ensino Elementar no 
Brasil, com a instituição das escolas de primeiras letras em todos os vilarejos e cidades 
do país. Além disso, o decreto estabeleceu a regulamentação dos conteúdos a serem 
ministrados e as condições trabalhistas dos professores. 
 O grande problema com relação ao exercício do professorado é 
a desvalorização da profissão. Embora seja uma das competências mais admiradas pela 
sociedade, os profissionais da área sofrem, em alguns casos, com baixos 
salários, precárias condições de trabalho e com o trabalho excessivo. 
 Além disso, destacam-se outros fatores, como a indisciplina dos alunos e 
a superlotação das salas. Essa realidade reflete-se no baixo interesse dos estudantes 
em se tornarem professores, pois a minoria dos que prestam vestibular e Enem deseja 
ingressar em carreiras relacionadas com licenciatura ou pedagogia. 
 Soma-se a esses fatores o peso que, muitas vezes, o professor carrega em educar 
os estudantes, haja vista que, não raro, as famílias transferem essa responsabilidade para 
a escola. Segundo o professor e filósofo Mario Sérgio Cortella, há uma diferença nem 
sempre muito nítida entre ―educar‖ e ―escolarizar‖, sendo a primeira uma responsabilidade 
dos pais e da família e a segunda a função do professor e da escola. 
 Apesar de todas as dificuldades e percalços, a carreira de professor é bastante 
importante e oferece uma grande oportunidade para que as pessoas não só acumulem 
saberes, mas também oportunizem a outras pessoas o desenvolvimento das diferentes 
formas de conhecimento. Vale lembrar que a função do professor não é transmitir 
informações, mas fazer com que o aluno consiga assimilar melhor as características e 
processos inerentes ao mundo em que vive. 
 
 34 
Texto 19 
PRINCÍPIOS ÉTICOS 
 Agir com ética é importante em todas as atividades humanas. É o que determina o bom 
convívio e a harmonia das relações em todos os campos e garante, ao final, resultados justos 
para as partes interessadas. A palavra ética vem do grego ethos que significa modo de ser, 
caráter enquanto forma de vida do homem. Ética é a forma do indivíduo proceder ou se comportar 
no seu meio social. De forma resumida, a ética pode ser definida como uma teoria ou ciência do 
comportamento moral dos homens em sociedade. A ética individual deve se complementar pela 
ética social, já que vivemos numa sociedade que estabelece normas e leis para uma boa 
convivência e, sobretudo, a cooperação de uns com os outros. É daí que saem as bases e os 
princípios fundamentais da tolerância, equilíbrio e atitude digna e humana ao se proceder. 
 Existem algumas referências ético-morais que norteiam as relações humanas pessoais, 
sociais e profissionais, como por exemplo: 
 - Compreensão do conceito de justiça baseado na equidade e sensibilização pela necessidade da 
construção de uma sociedade justa; 
- Respeito pelas diferenças entre as pessoas; 
- Adoção, no dia-a-dia, de atitudes solidárias, cooperação e repúdio às injustiças e discriminações; 
- Valorização e emprego do diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar decisões 
coletivas; 
- Construção de uma imagem positiva de si, o respeito próprio e a confiança em sua capacidade; 
- Assumir posições de acordo com o seu próprio juízo de valor, considerando diferentes pontos de 
vista e aspectos de cada situação; 
 Alguns conceitos estão diretamente ligados a essas atitudes: 
Respeito - ao bem público, ao patrimônio cultural, às diferenças, reciprocidade e privacidade. 
Justiça - equidade, cumprimento da lei, cumprimento de direitos e deveres. 
Diálogo - como instrumento de sanar conflitos, atividades coletivas, saber ouvir o outro, ter 
atenção, aceitar opiniões alheias, reconhecer o erro, desculpar-se e rever as próprias posições. 
Solidariedade - compromisso com o coletivo, ajuda desinteressada, voluntariado. Portanto, os 
princípios éticos não orientam apenas o teor das decisões, como também o processo para a 
tomada de decisões 
– o que devo fazer 
– como devo fazer. 
 Agir com ética significa muito mais do que agir em sintonia com os costumes aceitos e 
adotados pela sociedade. Significa agir com consciência para garantir o bem-estar coletivo e usar 
o bom senso, sempre. 
 
Atividades 
1. Segundo o texto, por que é importante agir com ética? 
2. O que significa a palavra ética? 
3. Como ética pode ser definida? 
4. Quais são as referências ou atitudes ético-morais que norteiam as relações humanas pessoais, 
sociais e profissionais? 
5. Quais conceitos estão diretamente ligados ás atitudes de ética? 
6. Para o autor o que á agir com ética? 
 
 35 
 
Texto 19 
POLÍTICA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
 Fala-se muito em participação social, especialmente

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