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ENSINO DE GEOGRAFIA 
Na geografia, o conhecimento veiculado pelos currículos nos cursos de formação inicial tem contribuído pouco para a aproximação necessária com as questões da educação, provocando uma lacuna que é preenchida pelas associações de profissionais como a AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros), que organiza eventos e reúne professores em grupos de trabalho, colocando a reflexão sobre a educação no centro do debate. Lacunas são preenchidas também nos próprios cursos de formação inicial, com a oferta de disciplinas do Núcleo de Conteúdos Complementares, e, mesmo nas disciplinas de práticas / estágios, o professor tem proposto um conhecimento que extrapola “o saber fazer e fazer o que sabe” definido pelo currículo oficial. 
Dificuldades surgem também no interior da própria ciência geográfica que existe em suas divisões e saberes. As pesquisas sobre ensino feitas nos cursos de pós-graduação (mestrados e doutorados) ainda são poucas comparativamente aos estudos da geografia humana e da geografia física. Segundo Suertegaray, em pesquisa realizada sobre os rumos da pós-graduação, o subgrupo do ensino apresentou 67 trabalhos no período entre 2000 e 2003, em 14 dos 23 cursos existentes no país, sendo que, em oito destes cursos, nenhum trabalho na área de ensino foi realizado. A tendência da produção cientifica na área da geografia é a ênfase nos estudos de geografia humana e na temática ambiental. 
Nelson Rego propõe o estudo por meio da geração de ambiências, entendendo que esse termo remete a uma noção de espaço geográfico como um sistema de relações sociais articuladas a relações físico – sociais, espaço condicionador da existência humana e que pode, este espaço, ser eleito como objeto catalisador de ações transformadoras exatamente por este motivo – por ser condicionador da existência humana. 
A ideia que se quer perseguir é que o conhecimento da geografia permita não somente a compreensão, mas a transformação da realidade vivida por meio de um fazer e pensar entendidos como indissociáveis no processo de aprendizagem, como afirma Kimura. 
Há uma articulação indissociável entre o fazer e o pensar, há uma incessante e imensa atividade na percepção, e na sensibilidade. Há um fazer, uma ação por parte dos órgãos de percepção que, na verdade, constituem um feixe complexo interligado, que é a experiencia sensível. O ser humano sendo efetivamente um ser ativo, relaciona – se com o mundo exterior pela ação, que articula o pensamento e a realidade exterior. 
O espaço geográfico é estudado a partir das categorias lugar, paisagem, região e território. O espaço geográfico pode ser analisado em 4 perspectivas básicas: 				 
TERRITÓRIO: relações de poder perspectivas do território: materialista, naturalista, politicas e econômicas. 
REGIÃO: espaço diferente ou semelhante, aspectos: naturais, políticos, econômicos. 
LUGAR: espaço vivido relações de afetividade. 
PAISAGEM: espaço visível composto por diversos elemento infográfico produzido pelo conservatório histórico geográfico. 
Lugar não ocupamos toda a extensão do espaço geográfico, mas em nossas tarefas e vivencias diárias ocupamos espaços com o quais desenvolvemos vínculos afetivos, construímos os valores que irão fundamentar nossa vida. 
Paisagem tem um caráter especifico para a geografia, distinto daquele utilizado pelo senso comum ou por outros campos do conhecimento é definida como sendo uma unidade visível do território que possui identidade visual, caracterizada por fatores de ordem social, cultural e natural, contendo espaços e tempos distintos, o passado e o presente. 
Paisagens naturais são compostas apensar por elementos da natureza que sofreram pouca ou nenhuma intervenção humana, como uma floresta ainda intocada ou uma geleira. 
Paisagens culturais são aquelas compostas por elementos construídos pelo homem ou que sofreram transformação por meio do trabalho humano. 
Predomínio de elementos culturais ou naturais as paisagens culturais podem ter o predomínio de elementos culturais como é o caso de um bairro ou de elementos naturais, como por exemplo, um parque ambiental ou uma área de cultivo de arroz 
Região é uma parte do espaço geográfico que foi agrupada por possuir características semelhantes, os critérios de agrupamento podem ser naturais ou socioculturais. 
Territorio o conceito de território relaciona – se com o exercício do poder, da dominação, da existência de limites ou fronteiras e da presença de conflitos.
A terra em movimento – compreender que a terra se move em torno de seu eixo e em torno do sol propiciará ao aluno tanto a exploração do espaço sideral como também a compreensão de que os dias, as noites e as horas (em seu país ou em outros) são fenômenos ou convenções que têm explicação. 
A terra é um dos planetas que pertence ao sistema solar. Um planeta pode ser definido como um objeto em órbita ao redor do Sol que é bastante massivo, possui gravidade própria e tem aparência esférica. 
Os planetas giram em torno de estrelas que atuam como fonte de energia para eles. A terra, por exemplo, gira em torno da Estrela Sol, que lança sua luz sobre o planeta. A terra possui uma forma esférica, mas com seus polos levemente achatados por esse fato, podemos dizer que ele é geoide. Dois movimentos realizados pela Terra têm significativa importância para a vida no planeta: a rotação e a translação. 
Rotação a terra, ao girar ao redor de um eixo imaginário que cruza seu centro, realiza o movimento de rotação esse movimento se faz de oeste para leste em um período de tempo de 23h 56 min 4seg (24h ou um dia). Do movimento de rotação resulta que parte da superfície da terra fica voltada para o Sol, sendo amplamente iluminada (dia), enquanto a outra parte, oposta ao Sol, permanece no escuro (noite). Todos os planetas do sistema solar também executam o movimento de rotação como curiosidade: o dia em vênus dura 243 dias terrestres e, em Mercúrio, um dia dura quase 59 dias terrestres. 
Translação é o movimento elíptico que a terra realiza girando em torno do Sol e com duração de 365 dias, 5 horas e 48 minutos em uma velocidade de 107.000 km/h. assim por convenção, adotamos o ano de 365 dias. As 6 horas excedentes por ano são agrupadas, e, a cada quatro anos, é adicionado um dia a mais ao ano o 29 de fevereiro, gerando o chamado ano bissexto. 
A principal consequencia desse movimento é a origem das estações do ano, que ocorrem pelo fato de o eixo do planeta apresentar uma inclinação de 23°27. 
Equinócio ocorrem quando o hemisfério sul e o hemisfério norte recebem a mesma quantidade de luz, fazendo com que o dia e a noite tenham a mesma duração. O equinócio dura 1 dia e inagura as estações do ano da primavera e do outono. Assim em cada hemisfério, em dois dias do ano, ocorrerão os equinócios de primavera e de outono. 
Solstício quando o sol atinge o limite máximo, ao norte e diretamente sobre o tropico de Câncer, inicia – se o dia de solstício de inverno (1° dia do inverno). Nesse dia, ocorrerá a noite mais longa do ano, pois é quando o hemisfério sul recebe a menor quantidade de raios solares. O solstício dura apenas 1 dias e inaugura as estações do ano do inverno e do verão. Assim em cada hemisfério, em dois dias do ano, ocorrerão os solstícios de verão e de inverno. 
 O tempo: fusos horários
Para entender melhor o funcionamento dos fusos horários, você precisa recordar alguns conceitos em geografia: paralelos e latitude; meridianos e longitude. 
1. Paralelos e meridianos: a terra é dividida por linhas imaginarias chamadas de paralelos e meridianos. 
Latitude: é a distancia entre os paralelos (em graus). Longitude: é a distancia entre os meridianos (em graus). 
2. A forma da terra se assemelha á uma esfera e, portanto, mede 360°. O movimento de rotação (sobre seu próprio eixo) demora aproximadamente 24 horas.
Como é a divisão em fusos horários? 
Divide – se o tamanho da terra, determinando em graus, pelo tempo em que a terra leva para fazer o movimento de rotação,assim: 
360° / 24 = 15° ou seja a Terra se movimenta 15° em 1 hora. Em outras palavras, cada fuso horário tem 15°, que equivale a 1 hora. Todos os lugares situados no interior do mesmo fuso horário têm a mesma hora: é a chamada hora legal, diferente da hora verdadeira (ou local), determinada pelo movimento aparente do Sol. Para calcular a hora, convencionou – se que o fuso horário inicial, isto é, o fuso a partir do qual a hora começaria a ser contada, seria o fuso que passa por Greenwich. A hora determinada por esse fuso horário recebeu o nome de hora GMT. Assim, temos 24 fusos horários no planeta, divididos da seguinte forma: 12 fusos, de 1 hora cada, a leste do meridiano de Greewich (que é o ponto inicial); 12 fusos, de 1 hora cada, a oeste do meridiano de Greenwich. 
Todos os fusos no sentido oeste para leste terão as horas aumentadas na proporção terão as horas diminuídas na proporção de 1 hora para 15°, e todos os fusos no sentido leste para oeste terão as horas diminuídas na proporção de 1 hora para cada 15°. Como calcular os fusos horários? É fácil basta aplicar os passos a seguir: 
1° passo: determinar a distancia em graus entre os pontos. REGRA: 
a. Pontos no mesmo hemisfério (leste – leste ou oeste – oeste) = SUBTRAIR.
b. Pontos em hemisférios diferentes (leste + oeste) = SOMAR. 
2° passo: achar a diferença em horas entre os pontos. REGRA: 
a. Distancia em graus dividida por 15 = n° de horas. 
3° passo: somar ou diminuir a diferença. REGRA:
a. Para leste – as horas são acrescentadas; 
b. Para oeste – as horas são diminuídas; 
Exemplos: se na cidade A, com longitude de 60° L (leste), são 14 horas, que horas serão na cidade B, com longitude de 120° L? 1° passo – determinar a distância em graus. As duas cidades estão localizadas no mesmo hemisfério (leste), então subtraímos: 
120° - 60° = 60° 
2° passo: achar a diferença, em horas, entre os 2 pontos. Dividir a distância encontrada acima por 15. 
60: 15 = 4 horas 
A diferença de fuso entre as 2 cidades é de 4 horas. 
3° passo: somar ou diminuir as horas encontradas. A cidade B está localizada mais ao leste, então as horas aumentam (são somadas). 
14h (horário da cidade A) + 4 horas (diferença do fuso) = 18h. 
Resposta: São 18h na cidade B. 
O sol, em seu movimento aparente no céu, foi a primeira referência para a orientação de viajantes. 
Das linhas destacam – se a os meridianos, os paralelos e alinha do Equador. Grandes círculos passam pelos polos, dividindo a Terra em dois hemisférios. Leste e oeste. A metade de cada um desses círculos chama – se meridiano. São linhas que unem um polo ao outro. 
Os paralelos são círculos menores da esfera. Seus planos são perpendiculares ao eixo de rotação da Terra ou eixo dos polos. São linhas equidistantes do Equador. 
Só um globo permite a visão da terra em suas três dimensões. Antes do surgimento dos primeiros globos, o mundo era representado de forma fragmentado, por cartas que assinalavam principalmente rotas de navegação. Para confecções desses globos se empregam variadas técnicas, dependendo do uso a que se destinam. Em alguns globos predominam elementos artísticos e decorativos. Existem globos de diferentes tipos e tamanhos. Há globos que valorizam características físicas, como o relevo, aspectos históricos da configuração dos continentes ou a divisão política. Há modelos que podem ser iluminados. 
Na construção de globos e mapas, a seleção das informações a serem cartografadas é fundamental para uma boa representação. Alguns elementos colocados no globo são importantes para o reconhecimento das informações inseridas. Entre esses elementos estão: 
a) A rede de coordenadas, com identificação do Meridiano de Greenwich e da linha do Equador; 
b) A escala, geralmente impressa junto á legenda; 
c) A legenda, destacando símbolos não convencionais e, via de regra, colocada sobre áreas oceânicas; 
d) O arco de meridiano em que aparecem os valores da latitude; 
e) Um circulo ou calota, em geral de plástico, sobre o Polo Norte e onde há marcação para leitura das horas. 
No globo escolhido para uso em sala de aula deve – se considerar, mas do que a beleza, a qualidade técnica. Ela é identificada pela presença dos elementos antes indicados, pela qualidade da impressão, o que assegura a nitidez de cores e símbolos, pela precisão dos traçados de linhas, pela qualidade da montagem das partes do globo. 
A terra em que vivemos é uma esfera finita, está cercada pelo espaço infinito e nela as coisas caem ao centro da terra. No entanto como sera que as crianças e não so elas entendem tais noções? Afinal, essa forma da terra contradiz nossa experiencia cotidiana que “mostra” que: 
a) A terra é infinitamente plana; 
b) O céu está paralelo á terra e a envolve; 
c) Os objetos caem formando linhas paralelas; 
Para entender a terra como uma esfera, como um corpo cósmico, é preciso imaginar – se fora dela. Não é fácil! É um exercício de abstração que envolve uma descentração do sujeito em relação ao objeto. É preciso romper um natural egocentrismo, tendência de interpretar o mundo segundo nossa própria perspectiva, superando a percepçao imediata que encaminha a ideia de que a terra é plana e que tem um firmamento horizontal. 
Curioso é que, mesmo repetindo a explicação de que a terra é uma bola, as crianças e mesmo muito de nós reinterpretamos essa afirmativa de várias formas. São visões de diferentes complexidades há uma sucessão de leituras que vão superando paulatinamente a ideia de uma terra plana passando para a visão de uma terra “esférica”. O mesmo á parte onde estamos para a ideia de espaço infinito que envolve toda a terra, bem como para ultrapassar a ideia de que o espaço é uma espécie de cenário, “plano de fundo” que contém o céu e a terra. 
Inicialmente quem esta no outro lado da terra estaria de cabeça para baixo e/ou cairia para fora do planeta, a queda dos objetos se daria em linhas paralelas e perpendiculares á terra. Aos poucos essa rigidez se esvai

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