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SEMIOLOGIA
EXAME FÍSICO 
NEUROLÓGICO
SUMÁRIO
1. Exame Físico Neurológico ........................................................................................... 3
2. Exame da Coluna .......................................................................................................... 3
3. Marcha e Equilíbrio ...................................................................................................... 7
4. Motricidade e Força Muscular .................................................................................. 10
5. Tônus Muscular .......................................................................................................... 13
6. Coordenação .............................................................................................................. 14
7. Reflexos ...................................................................................................................... 16
8. Sensibilidade .............................................................................................................. 20
9. Nível de Consciência .................................................................................................. 23
Referências ..................................................................................................................... 25
Exame Físico Neurológico 3
1. EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO
O exame físico neurológico é uma extensão crítica da anamnese em qualquer 
avaliação médica, fornecendo dados vitais para o diagnóstico e manejo de condições 
neurológicas. Este exame meticuloso é projetado para testar a funcionalidade do 
sistema nervoso central e periférico, permitindo ao clínico identificar anormalidades 
que podem indicar uma vasta gama de patologias.
A abordagem ao exame neurológico deve ser sistemática e detalhada, começando 
com a preparação do ambiente e do paciente. O ambiente deve ser tranquilo e bem 
iluminado, garantindo que o paciente esteja confortável e relaxado. A confidencia-
lidade e a privacidade devem ser mantidas para facilitar a comunicação aberta e a 
cooperação do paciente.
O exame começa com a observação geral do paciente, incluindo postura, constru-
ção física, movimentos involuntários, expressões faciais e fala. Essas observações 
iniciais podem fornecer pistas importantes sobre condições neurológicas subjacentes.
O clínico deve então proceder com uma avaliação mais focada, que inclui a ava-
liação do nível de consciência e das funções cognitivas, seguida pela inspeção e 
palpação da cabeça e do pescoço, verificando a presença de cicatrizes, deformidades 
ou sensibilidade.
A comunicação durante o exame é fundamental. O médico deve explicar cada 
passo ao paciente, garantindo o entendimento e a cooperação. A explicação dos 
procedimentos ajuda a aliviar a ansiedade e a construir uma relação de confiança, 
que é essencial para um exame neurológico bem-sucedido.
O exame físico neurológico é uma ferramenta dinâmica. O clínico deve estar prepa-
rado para adaptar o exame com base nas respostas do paciente e nas descobertas ao 
longo do processo. A habilidade de correlacionar os achados clínicos com o conhe-
cimento anatômico e fisiológico é crucial para a localização de lesões neurológicas 
e para a formulação de um diagnóstico diferencial preciso.
2. EXAME DA COLUNA
O exame físico da coluna é uma parte essencial da avaliação neurológica, pois mui-
tas patologias neurológicas podem se manifestar com sintomas referidos ou diretos na 
coluna vertebral. A avaliação começa com a inspeção da coluna em busca de anorma-
lidades visíveis, como curvaturas anormais (escoliose, cifose), assimetrias musculares, 
ou alterações na pele que possam indicar patologias subjacentes.
Exame Físico Neurológico 4
Teste de Limitação de Movimentos do Pescoço e Coluna 
A mobilidade da coluna cervical é testada através de movimentos ativos do 
pescoço, solicitando ao paciente que execute flexão, extensão, rotação lateral e 
inclinação lateral. Limitações nesses movimentos podem indicar artrose, hérnia de 
disco ou outras condições musculoesqueléticas. A dor durante esses movimentos 
pode ser um sinal de inflamação ou lesão e deve ser complementada a pesquisa 
através de outros artifícios semiológicos direcionados.
Rigidez de Nuca
A rigidez de nuca é um dos sinais clínicos mais importantes no diagnóstico 
de meningite, sendo frequentemente utilizado como um dos primeiros indícios 
de irritação meníngea. Esse sinal é avaliado com o paciente em decúbito dorsal, 
quando o examinador tenta realizar a flexão passiva do pescoço, aproximando o 
queixo do tórax. Na meningite, a presença de resistência significativa ou dor durante 
esse movimento é altamente sugestiva de irritação meníngea. A rigidez de nuca 
pode ser uma das manifestações mais precoces da meningite e está associada 
à inflamação das meninges, frequentemente causada por infecção. Diferenciar a 
rigidez de nuca de outras condições, como osteoartrite cervical, é essencial para 
evitar diagnósticos equivocados.
Prova de Brudzinski
O sinal de Brudzinski é um marcador semiológico clássico e altamente relevante 
no diagnóstico de meningite. Ao flexionar passivamente o pescoço do paciente, a 
observação de flexão involuntária dos joelhos e quadris indica a presença de irri-
tação meníngea. Este reflexo ocorre devido ao aumento da pressão intracraniana 
e à inflamação das meninges, características comuns na meningite. A presença 
de um sinal de Brudzinski positivo reforça a suspeita de meningite, especialmente 
em pacientes com outros sinais clínicos e achados como febre e cefaleia inten-
sa. A identificação precoce desse sinal pode ser determinante para iniciar uma 
abordagem terapêutica rápida e eficaz, essencial para reduzir a morbidade e a 
mortalidade da doença.
Exame Físico Neurológico 5
Figura 1. Prova de Brudzinski.
Fonte: Acervo Sanar.
Teste de Estiramento de Raiz Nervosa: Lasègue e Kernig
O teste de Lasègue, também conhecido como teste de elevação da perna estendida 
(EPE), é realizado elevando-se passivamente a perna estendida do paciente enquanto 
se observa o ângulo em que a dor se manifesta. O exame avalia a tensão sobre as 
raízes nervosas lombossacras, sendo a dor irradiada para a perna um sinal sugestivo 
de compressão ou irritação radicular, frequentemente associada a hérnia de disco. 
Normalmente, a dor causada por tensão significativa nas raízes nervosas ocorre 
entre 30° e 70° de elevação. Dor que surge antes de 30° sugere compressão grave 
ou potencial causa não orgânica, enquanto desconforto acima de 70° é geralmente 
insignificante. Um resultado positivo inclui a reprodução de dor lombar irradiada ou 
sinais específicos, como o fenômeno de Bragard, que envolve dorsiflexão do pé para 
intensificar a tensão nervosa no ponto de dor.
Exame Físico Neurológico 6
Figura 2. Sinal de Lasègue.
Fonte: Acervo Sanar.
O sinal de Kernig é outro teste para irritação meníngea ou radicular. Com o pacien-
te deitado, o joelho é flexionado a um ângulo de 90 graus e, em seguida, a perna é 
estendida. Dor ou resistência à extensão completa do joelho é considerada positiva 
para o sinal de Kernig.
Figura 3. Sinal de Kernig.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 7
3. MARCHA E EQUILÍBRIO
A marcha é uma atividade motora complexa que envolve a coordenação de mo-
vimentos musculares com sistemas sensoriais e de controle neural. O equilíbrio, 
uma componente chave da marcha, é mantido através da integração de informa-
ções sensoriais do sistema vestibular (equilíbrio), visuais (orientação espacial) e 
proprioceptivas (posição do corpo no espaço). O equilíbrio pode ser dividido em 
estático, que é a capacidade de manter uma posição sem movimento, e dinâmico, 
que é a capacidade de manter o equilíbrio enquanto se está em movimento.
Avaliação da Marcha e Equilíbrio
A avaliação começa com a observação do paciente caminhando em um ambiente 
seguro. O médico observará o início, a execução e a finalização da marcha, a pos-
tura, ocomprimento do passo, a simetria dos movimentos e o balanço dos braços. 
A avaliação do equilíbrio estático e dinâmico pode revelar informações sobre o 
sistema vestibular, a função cerebelar e a integridade das vias sensoriais e motoras.
O teste de Romberg é uma parte fundamental da avaliação neurológica do 
equilíbrio. Uma variação, o teste de Romberg sensibilizado, pode ser feito com o 
paciente realizando o teste sobre uma superfície macia ou com os pés em tandem. 
Um resultado positivo no teste de Romberg pode indicar uma disfunção no sistema 
vestibular ou problemas de propriocepção.
A avaliação da marcha e do equilíbrio é essencial no diagnóstico diferencial de 
várias condições neurológicas e ortopédicas. A identificação precisa do tipo de 
marcha e dos déficits de equilíbrio pode ajudar a localizar a lesão no sistema ner-
voso e a determinar a etiologia subjacente, guiando assim o tratamento adequado.
Tipos de Marcha
• Marcha Ceifante ou Hemiplégica: É observada em pacientes com hemiplegia, 
tipicamente após um acidente vascular cerebral (AVC). O paciente eleva exces-
sivamente a perna afetada devido à fraqueza dos músculos que normalmente 
deslizariam o pé pelo chão, resultando em um movimento que lembra o ato 
de ceifar.
Exame Físico Neurológico 8
Figura 4. Marcha ceifante ou hemiplégia.
Fonte: Acervo Sanar.
• Marcha Parkinsoniana: Característica da doença de Parkinson, esta marcha é 
marcada por passos pequenos e arrastados, com dificuldade em iniciar e parar o 
movimento. O paciente pode ter uma postura inclinada para frente e uma redução 
do balanço dos braços.
Figura 5. Marcha Parkinsoniana.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 9
• Marcha Cerebelar: Também conhecida como marcha atáxica, é vista em distúr-
bios do cerebelo. O paciente apresenta uma marcha ampla e descoordenada, 
com variação na direção e distância dos passos, parecendo estar embriagado.
Figura 6. Marcha cerebelar ou atáxica.
Fonte: Acervo Sanar.
• Marcha Escarvante: Associada a neuropatias periféricas ou lesões dos nervos 
motores, como na síndrome de Guillain-Barré ou poliomielite. O paciente levanta a 
perna mais do que o normal para evitar que o pé caia e arraste no chão (pé caído).
Figura 7. Marcha escarvante.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 10
• Marcha Anserina: Observada em condições como a displasia do desenvolvi-
mento do quadril ou fraqueza dos músculos abdutores do quadril. O paciente 
balança o corpo para o lado do quadril fraco a cada passo, resultando em um 
movimento que lembra o andar de um ganso.
Equilíbrio Estático e Dinâmico
• Equilíbrio Estático: Avaliado pelo teste de Romberg, onde o paciente é solicitado 
a ficar de pé, com os pés juntos, braços ao lado do corpo e olhos fechados. 
A incapacidade de manter a posição sem oscilar ou cair indica um problema 
de equilíbrio estático.
• Equilíbrio Dinâmico: Avaliado através da observação da marcha e da capaci-
dade do paciente de realizar movimentos que envolvem mudanças na base de 
suporte, como girar ou parar rapidamente. Testes específicos podem incluir 
caminhar em linha reta, subir e descer escadas, ou realizar o teste "tandem 
walk" (andar em linha reta com um pé na frente do outro).
4. MOTRICIDADE E FORÇA MUSCULAR
A avaliação da motricidade e da força muscular é um componente crítico do exa-
me neurológico, pois permite a detecção de fraquezas que podem ser indicativas 
de lesões no sistema nervoso central ou periférico.
Avaliação de Força Muscular
Para avaliar a força muscular, o examinador pede ao paciente para realizar 
movimentos contra resistência. Isso é feito para cada grupo muscular principal, 
incluindo flexores e extensores dos membros superiores e inferiores, assim como 
os músculos do tronco. A força é testada bilateralmente para identificar assimetrias 
ou fraquezas focais.
Exame Físico Neurológico 11
Figura 8. Exame para força muscular.
Fonte: Acervo Sanar.
Manobra de Mingazzini
A manobra de Mingazzini é utilizada para testar a força dos músculos proximais 
dos membros inferiores e a capacidade de manutenção postural contra a gravidade. 
O paciente é solicitado a permanecer em decúbito dorsal (deitado de costas) e a 
elevar as pernas com os joelhos flexionados a 90 graus, mantendo essa posição. 
A incapacidade de manter as pernas elevadas pode indicar fraqueza nos músculos 
iliopsoas, quadríceps ou uma lesão no sistema nervoso central que afeta os tratos 
motores.
Exame Físico Neurológico 12
Figura 9. Manobra de Mingazzini em membros superiores e membros inferiores.
Fonte: Acervo Sanar.
Teste de Reimiste
O teste de Reimers, também conhecido como teste de Reimiste, é uma variação da 
manobra de Mingazzini. Neste teste, o paciente, ainda em decúbito dorsal, é instruído 
a manter as coxas perpendiculares ao leito e as pernas estendidas horizontalmente. 
A incapacidade de manter essa posição pode ser um sinal de fraqueza dos músculos 
extensores do quadril ou de uma lesão no trato corticoespinhal.
Figura 10. Teste de Reimiste.
Fonte: Acervo Sanar.
Teste de Barré
O teste de Barré é semelhante ao teste de Reimers, mas é utilizado para avaliar a força 
dos membros superiores. O paciente é solicitado a estender os braços para frente com as 
palmas das mãos voltadas para cima e manter essa posição. A pronação do antebraço e 
a queda do pulso durante a manobra podem indicar fraqueza dos músculos extensores 
do pulso e dos músculos supinadores, que podem estar associados a lesões dos nervos 
periféricos ou radiculopatias.
Exame Físico Neurológico 13
Figura 11. Teste de Barré.
Fonte: Acervo Sanar.
Essas manobras são importantes porque permitem uma avaliação funcional da força 
muscular que pode não ser evidente em um exame de força estático. Elas são particu-
larmente úteis para detectar fraquezas sutis e podem ajudar a diferenciar entre fraqueza 
de origem central versus periférica.
Graduação da Força Muscular
A força muscular é graduada numa escala de 0 a 5, conforme o seguinte padrão:
• 0: Nenhuma contração muscular detectada
• 1: Fibrilação ou tremor muscular, mas sem movimento
• 2: Movimento possível, mas não contra a gravidade
• 3: Movimento possível contra a gravidade, mas não contra resistência
• 4: Movimento contra resistência, mas com força diminuída
• 5: Força normal
5. TÔNUS MUSCULAR
O tônus muscular refere-se à resistência de um músculo ao estiramento passivo. 
Durante a inspeção, o clínico observa a postura e o repouso do paciente. A palpação e 
os movimentos passivos dos membros ajudam a avaliar o tônus. O examinador move 
suavemente cada articulação para sentir a resistência do músculo ao alongamento.
Hipertonia Piramidal
A hipertonia piramidal, também conhecida como espasticidade, é caracterizada por 
um aumento do tônus muscular com uma resistência dependente da velocidade ao 
Exame Físico Neurológico 14
movimento passivo. É tipicamente associada a lesões do trato corticoespinhal, como 
aquelas vistas em acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou esclerose múltipla. Um si-
nal clássico de espasticidade é o sinal de navalha, onde há uma resistência inicial que 
diminui subitamente à medida que o músculo se alonga.
Hipertonia Extrapiramidal
A hipertonia extrapiramidal, ou rigidez, difere da espasticidade por ser uniforme em 
toda a amplitude do movimento, tanto na flexão quanto na extensão. É comumente 
observada em distúrbios do sistema extrapiramidal, como na doença de Parkinson. A 
rigidez pode ser descrita como "roda denteada" quando superposta por tremores, ou 
"tubo de chumbo" quando não há tremores associados.
A avaliação da motricidade e do tônus muscular fornece informações valiosas sobre 
a integridade do sistema nervoso. A identificação de padrões de fraqueza e alterações 
no tônus pode ajudar a localizar a lesão neurológica e a diferenciar entre várias etiolo-
gias neurológicas. A compreensão desses conceitos é fundamental para o diagnóstico 
e o planejamento terapêutico adequados.
6. COORDENAÇÃO
A coordenação é uma funçãocomplexa do sistema nervoso que envolve a integra-
ção de sinais sensoriais e motores para produzir movimentos suaves e direcionados. 
O cerebelo desempenha um papel central na coordenação, ajustando a força, o tônus 
muscular e a posição dos membros no espaço. A propriocepção, o sentido que informa 
sobre a posição do corpo no espaço, também é crucial para a coordenação.
Avaliação de Coordenação Cerebelar
A avaliação cerebelar foca em testar a precisão dos movimentos e a habilidade de 
executar movimentos rápidos e alternados. Os testes cerebelares são projetados para 
identificar disfunções que podem resultar em ataxia, que é a falta de coordenação dos 
movimentos musculares.
Prova do Indicador (Nariz)
A prova do indicador-nariz é um teste clássico de coordenação. O paciente é solicitado 
a tocar a ponta do nariz com o dedo indicador, primeiramente com os olhos abertos e 
depois com os olhos fechados. O examinador observa a precisão, o tremor e a hesitação 
do movimento. Erros na execução ou tremores, especialmente quando os olhos estão 
fechados, podem indicar uma lesão cerebelar ou problemas de propriocepção.
Exame Físico Neurológico 15
Figura 12. Prova do indicador.
Fonte: Acervo Sanar.
Prova do Calcanhar (Joelho)
Na prova do calcanhar-joelho, o paciente, em decúbito dorsal, é instruído a deslizar o 
calcanhar de uma perna ao longo da tíbia da outra perna, desde o joelho até o tornozelo 
e vice-versa. A incapacidade de manter o calcanhar na trajetória pode ser um sinal de 
ataxia cerebelar ou de uma lesão do trato espinocerebelar.
Figura 13. Prova do calcanhar.
Fonte: Acervo Sanar.
Prova dos Movimentos Alternados (Diadococinesia)
A diadococinesia é a capacidade de realizar movimentos alternados rápidos e é 
testada pedindo ao paciente para realizar movimentos como pronar e supinar as mãos 
rapidamente ou bater palmas com uma mão sobre a outra alternadamente. A lentidão ou 
descoordenação desses movimentos, conhecida como disdiadococinesia, pode indicar 
uma disfunção cerebelar.
Exame Físico Neurológico 16
Figura 14. Prova dos movimentos alternados.
Fonte: Acervo Sanar.
A avaliação da coordenação é essencial para identificar distúrbios que afetam o ce-
rebelo e as vias proprioceptivas. Alterações na coordenação podem ser devidas a uma 
variedade de condições, incluindo lesões cerebelares, neuropatias periféricas, deficiências 
de vitamina B12, intoxicação por álcool ou drogas e doenças degenerativas.
A avaliação da coordenação é uma parte integrante do exame neurológico. Os testes 
de coordenação ajudam a identificar lesões cerebelares e distúrbios proprioceptivos, que 
podem afetar significativamente a qualidade de vida do paciente. A identificação precoce 
dessas condições é crucial para o manejo adequado e a reabilitação.
7. REFLEXOS
Os reflexos motores são respostas involuntárias a estímulos específicos e são compo-
nentes fundamentais do exame neurológico. Eles ajudam a avaliar a integridade das vias 
reflexas, que incluem receptores sensoriais, neurônios aferentes, centros de integração 
na medula espinhal ou tronco cerebral, neurônios eferentes e músculos efetores.
Reflexo Cutâneo-Plantar (Sinal de Babinski)
O reflexo cutâneo-plantar é avaliado pela estimulação da região lateral da planta do 
pé, utilizando-se um objeto rombo, como a ponta de uma chave ou o cabo de um marte-
lo de reflexos. A resposta normal consiste em uma flexão plantar dos dedos do pé. Em 
contraste, a presença de uma resposta extensora do hálux, acompanhada pela abertura 
em leque dos outros dedos, caracteriza o sinal de Babinski. Este sinal é um indicativo de 
lesão ou disfunção do trato corticoespinhal (via piramidal), frequentemente observado 
em condições patológicas envolvendo o cérebro ou a medula espinhal.
Exame Físico Neurológico 17
Figura 15. Sinal de Babinski.
Fonte: Acervo Sanar.
Reflexos Cutâneo-Abdominais
Os reflexos cutâneo-abdominais são avaliados ao se raspar levemente a pele do abdô-
men em cada quadrante, observando-se a contração dos músculos abdominais e desvio 
do umbigo na direção do estímulo. A ausência desses reflexos pode indicar uma lesão 
no arco reflexo ou na via piramidal.
Figura 16. Reflexo cutâneo-abdominal.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 18
Reflexo Tricipital
O reflexo tricipital é avaliado ao se golpear o tendão do tríceps logo acima do cotovelo 
com o martelo de reflexos. A resposta esperada é a contração do tríceps e a extensão 
do antebraço. Uma resposta diminuída pode indicar uma lesão no nervo radial ou uma 
disfunção da medula espinhal no nível C6-C7.
Reflexo Bicipital
O reflexo bicipital é testado ao se golpear o tendão do bíceps no antebraço. A resposta 
normal é a flexão do antebraço e a contração do bíceps. Este reflexo ajuda a avaliar a 
integridade do nervo musculocutâneo e da medula espinhal nos níveis C5-C6.
Reflexo Supinador (ou Reflexo Estilorradial)
O reflexo supinador é avaliado ao se golpear o antebraço próximo ao estilóide radial. 
A resposta normal é uma supinação breve do antebraço e flexão do cotovelo, refletindo 
a função dos níveis C5-C6 da medula espinhal.
Figura 17. Reflexo tricipital, bicipital e supinador.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 19
Reflexo Patelar (ou Reflexo do Joelho)
O reflexo patelar é um dos reflexos mais conhecidos, testado ao se golpear o tendão 
patelar. A resposta normal é a extensão do joelho. Este reflexo avalia a integridade do 
nervo femoral e da medula espinhal nos níveis L2-L4.
Reflexo Aquileu (ou Reflexo do Tornozelo)
O reflexo aquileu é testado ao se golpear o tendão de Aquiles. A resposta esperada 
é a flexão plantar do pé. Este reflexo é importante para avaliar a função dos nervos 
sacrais S1-S2.
Figura 18. Reflexo patelar e de aquileu.
Fonte: Acervo Sanar.
 Saiba mais!  A técnica de reforço é utilizada para aumentar a ativi-
dade reflexa em pacientes com reflexos simetricamente diminuídos ou abolidos. 
Essa técnica consiste em induzir uma contração isométrica de outros grupos 
musculares por até 10 segundos, potencializando a resposta reflexa. Durante a 
avaliação dos reflexos dos membros superiores, o paciente pode ser orientado a 
ranger os dentes ou comprimir uma coxa com a mão oposta. Já nos reflexos dos 
membros inferiores, o reforço pode ser feito pedindo-se ao paciente que entrela-
ce os dedos de ambas as mãos e puxe em sentidos opostos (como na imagem 
acima). É importante que o esforço seja iniciado um pouco antes da percussão 
do tendão para otimizar a resposta reflexa.
Exame Físico Neurológico 20
8. SENSIBILIDADE
A avaliação da sensibilidade é um componente essencial do exame neurológico, 
pois fornece informações sobre a integridade das vias sensoriais do sistema nervoso. 
A sensibilidade pode ser dividida em geral profunda e superficial, cada uma testada por 
diferentes métodos.
Sensibilidade Superficial
A sensibilidade superficial refere-se à percepção de estímulos que atingem a pele, 
incluindo sensações táteis, térmicas e dolorosas.
• Teste Tátil: Utiliza-se um algodão ou um pincel para tocar levemente a pele do 
paciente, que deve estar com os olhos fechados. O paciente deve indicar onde 
sente o toque.
• Teste Térmico: Emprega-se tubos de ensaio com água quente e fria ou objetos 
metálicos aquecidos e resfriados para testar a capacidade do paciente de distinguir 
entre sensações de calor e frio. Pode-se utilizar também um algodão com éter. 
• Teste Doloroso: Realiza-se com uma ponta afiada (sem causar dano à pele) ou 
um clipe de papel aberto para verificar a percepção de dor. O paciente deve dife-
renciar entre toque afiado e toque suave.
Figura 19. Testes de sensibilidade superficial.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 21
Sensibilidade Profunda
A sensibilidade profunda está relacionada à percepção de estímulos dos músculos, 
tendões, articulações e fáscias, informando sobre a posição e movimento do corpo 
no espaço (propriocepção).
• Teste Vibratório: Utiliza-se um diapasão vibratório colocadosobre proeminências 
ósseas, como o maléolo lateral ou a tuberosidade da tíbia, para avaliar a sensibi-
lidade à vibração, que é mediada pelas fibras nervosas de grande diâmetro.
• Teste de Pressão: Aplica-se pressão em músculos ou articulações para avaliar a 
sensibilidade profunda. O paciente deve sentir a pressão e sua localização.
• Teste Cinético-Postural: Avalia a propriocepção e a capacidade do paciente de 
perceber movimentos passivos dos membros e a posição dos mesmos. O exa-
minador move um dedo ou um membro do paciente e pede para que ele indique 
a direção do movimento ou a nova posição.
• Teste discriminativo: O paciente deve reconhecer a posição de um membro no 
espaço após o examinador movê-lo passivamente.
Figura 20. Testes de sensibilidade profunda.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 22
 Extra!   Avaliação do Pé Diabético 
 
A avaliação do pé diabético é um aspecto crítico no manejo de pacientes com dia-
betes mellitus, devido ao risco aumentado de úlceras e infecções que podem levar 
a complicações graves, incluindo amputações. A neuropatia diabética e a doença 
vascular periférica são as principais causas de morbidade no pé diabético. 
Inspeção: A avaliação começa com uma inspeção cuidadosa dos pés, procu-
rando por alterações de pele, como ressecamento, fissuras, calosidades, de-
formidades dos pés (como dedos em garra ou martelo), unhas encravadas ou 
infectadas, e sinais de infecção ou úlceras. 
Palpação: A palpação dos pulsos pedioso e tibial posterior é essencial para 
avaliar a perfusão sanguínea. A ausência ou diminuição dos pulsos pode indi-
car doença arterial periférica. Também se deve palpar as áreas de calosidade 
para detectar pontos de pressão elevada, que são locais de risco para o desen-
volvimento de úlceras. 
Teste de Sensibilidade: A avaliação neurológica foca na detecção de neuropa-
tia periférica, que pode reduzir a sensibilidade e predispor o paciente a lesões 
sem que ele perceba. 
 • Monofilamento de Semmes-Weinstein: Este teste verifica a sensibilidade 
 à pressão. Um monofilamento de nylon é aplicado em vários pontos do pé e o 
 paciente deve indicar se sente o toque. 
 • Diapasão: Um diapasão vibratório é usado para avaliar a sensibilidade 
 vibratória, que é frequentemente perdida em estágios iniciais da neuropatia 
 diabética. 
 • Teste de Temperatura: Pode-se usar objetos frios e quentes para testar 
 a sensibilidade térmica.
Figura 21. Teste do monofilamento.
Fonte: Acervo Sanar.
Exame Físico Neurológico 23
Teste de Reflexos: Os reflexos tendinosos, como o reflexo aquileu, podem estar 
diminuídos ou ausentes em pacientes com neuropatia diabética. 
Avaliação da Mobilidade Articular: A limitação da mobilidade articular, como a 
articulação de Charcot, pode ocorrer devido a alterações estruturais e pode au-
mentar o risco de úlceras. 
Avaliação da Pele: A pele deve ser examinada quanto à hidratação, pois a pele 
seca pode rachar e se tornar um portal para infecção. A presença de edema 
também pode ser um sinal de insuficiência venosa ou linfática.
9. NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
O nível de consciência é um indicador crítico do estado neurológico de um pacien-
te. A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é uma ferramenta clínica usada para avaliar 
objetivamente o nível de consciência e o estado neurológico de um paciente após 
uma lesão cerebral.
Interpretação da Escala de Glasgow
A pontuação total na ECG varia de 3 (ausência de resposta em todas as categorias) 
a 15 (resposta normal). A pontuação ajuda a determinar a gravidade da lesão cerebral:
• 13 a 15: Lesão cerebral leve
• 9 a 12: Lesão cerebral moderada
• 3 a 8: Lesão cerebral grave
Uso da Escala de Glasgow
A ECG é usada em diversos contextos clínicos, incluindo emergências, unidades de 
terapia intensiva e avaliações neurológicas regulares. Ela é útil para monitorar a pro-
gressão do paciente ao longo do tempo e pode auxiliar na tomada de decisões clínicas 
sobre tratamento e prognóstico.
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Importância da Avaliação do Nível de Consciência
Avaliar o nível de consciência é crucial para o diagnóstico e manejo de pacientes 
com lesões cerebrais e outras condições neurológicas. Uma mudança no nível de 
consciência pode ser o primeiro sinal de deterioração neurológica, exigindo avaliação 
e intervenção imediatas.
Comportamento
Resposta de abertura 
ocular
Resposta verbal
Resposta motora
4. Espontaneamente 
3. Ao chamado verbal 
2. À dor 
1. Sem resposta 
5. Orientado no tempo e espaço 
4. Confuso 
3. Palavras inadequadas 
2. Sons incompreensíveis 
1. Sem resposta 
6. Obedece a comandos 
5. Move-se para localizar a dor 
4. Flexiona para afastar-se da dor 
3. Flexão anormal 
2. Extensão anormal 
1. Sem resposta 
Pontuação total
Melhor pontuação - 15
Estado de coma - ≤8
Não responsivo - 3
Resposta
Figura 22. Escala de coma de Glasgow.
Fonte: joshya/Shutterstock.com.
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REFERÊNCIAS
1. O'Sullivan SB, Schmitz TJ, Fulk G. Avaliação e Tratamento das Disfunções Neurológicas. 
In: O'Sullivan SB, Schmitz TJ, Fulk G, editores. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 5ª 
ed. Barueri: Manole; 2010. p. 285-342.
2. Rowland LP, Pedley TA. Merritt Tratado de Neurologia. 12ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan; 2011.
3. Amato AA, Barohn RJ. Exame Neurológico: Abordagem Básica. In: Amato AA, Barohn 
RJ, editores. Neurologia Clínica Essencial. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2013. p. 1-24.
4. DeJong RN. O Exame Neurológico. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014.
5. Tavares WM, Machado AG, Paiva WS. Escala de coma de Glasgow: histórico, atuali-
zações e utilidade na avaliação prognóstica. Rev Col Bras Cir. 2019;46(1):e20192243.
Escrito por Thiago Geanizelle
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