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FILOSOFIA
1ª série
A FILOSOFIA MEDIEVAL
Contexto Histórico
Consolidação do cristianismo
1º momento: conforme crescia o número de fiéis na Roma Ocidental, a partir do século IV, o cristianismo sofreu intensa perseguição pelo imperador Diocleciano (303 d.C.)
2º momento: passou a ser tolerado a partir do “édito da tolerância” (édito de tolerância de Galério ou édito de tolerância de Nicomédia) (311 d.C.) dos co-imperadores Galério, Licínio e Constantino
3º momento: foi legalizado pelo próprio Constantino em seu
“édito de Milão” (313 d.C.)
4º momento: tornou-se religião oficial do Império com Teodósio, com seu “édito de Tessalônica” (380 d.C.).
Contexto Histórico
Idade Média: do séc V ao séc XV
Tentativa de conciliação entre Fé e Razão 
(a verdade revelada e a filosofia clássica, principalmente Platão e Aristóteles)
Patrística: primeira tentativa de conciliação do cristianismo com a tradição filosófica grega, empenho dos padres da Igreja em sintetizar o conhecimento racional dos antigos (principalmente Platão) com a verdade revelada da religião
Agostinho de Hipona 
 (354- 430)
Concepção de Homem
Corpo e alma.
Corpo: instável; fonte dos desejos e pecados.
Sem Deus, o ser humano está absolutamente à mercê de sua própria vontade e do pecado.
Utilizando-se de seu livre-arbítrio, o homem inverte a ordem divina fazendo com que o mal se sobreponha ao bem, que o corpo se sobreponha à alma, caindo assim no pecado e na ignorância.
Inspiração da tripartição da Alma de Platão.
O homem deve ser mais forte do que si mesmo.
Moral
Liberdade e Livre Arbítrio
Pelo livre arbítrio, o homem tende ao pecado.
A liberdade reside na obediência a Deus.
O Mal
Qual a causa do mal?
Negação ontológica do mal: o mal não existe enquanto ser, com substância própria. 
Mal moral: ausência do bem, ou seja, a ausência de Deus, uma vez que todas as coisas que existem são criação de Deus e, portanto, não podem carregar em si o mal.
Mal físico: como dor e sofrimento é consequência do pecado original.
Conhecimento
 
Há dois tipos de conhecimento
O que vem dos sentidos e refere-se à realidade externa e sensível. Esse conhecimento é mutável e não necessário.
O que vem da razão. Eterno e imutável.
Os sentidos não são a fonte do conhecimento verdadeiro.
A razão é a única capaz de alcançar o conhecimento não provisório, o conhecimento verdadeiro é alcançado pela ação da alma e da mente.
Teoria da iluminação divina “crer para compreender”
A origem de todo conhecimento é mente iluminada por Deus.
A verdade só pode ser alcançada pela intuição intelectual dada pela fé.
A verdade não é fruto somente da ação humana em seu esforço pessoal mas deste com auxílio de Deus. 
 
A Cidade de Deus
O Senhor edificou sua cidade sobre o monte santo;
ele ama as portas de Sião
mais do que qualquer outro lugar de Jacó.
Coisas gloriosas são ditas de ti,
ó cidade de Deus!
 Salmo 87:1-3
cidade de deus/cidade dos homens
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 igreja: poder espiritual
 estado: poder secular 
Iluminura da tradução francesa de Raoul de Presles de A Cidade de Deus, c. 1473. 
Agostinho defende a verdade do cristianismo em relação às religiões e filosofias pagãs.
A obra apresenta a história da humanidade como um conflito entre o profano e o sagrado destinado à vitória da Cidade de Deus.
8
TEMPO
Agora está claro e evidente para mim que o futuro e o passado não existem e que não é exato falar de três tempos- passado, presente e futuro. Seria talvez justo dizer que o tempo são três, isto é, o presente dos fatos passados o presente dos fatos presentes e o presente dos fatos futuros. Esses três tempos estão na mente e não os vejo em outro lugar o presente do passado é a memória, o presente do presente é a visão, o presente do futuro é a espera. 
Agostinho, Confissões.
Não há três tempos (passado, presente e futuro). Há apenas três dimensões de presente que se relacionam à memória (passado) ao instante (presente) ou à expectativa (futuro).
Tomás de Aquino
(1225-1274)
Suma teológica, escrita entre os anos de 1265 e 1273.
Não há conflito entre Fé e Razão: verdades da fé e verdades naturais teológicas
A necessidade dos sentidos na teoria de conhecimento tomista
Conexão entre Aristóteles e a Teologia Cristã
O princípio de causalidade 
“Cinco Vias que Provam a Existência de Deus”
O primeiro motor imóvel: tudo o que se move é movido por algo, não pode ser admitida uma regressão ao infinito, devendo existir um primeiro motor. Deus, assim, é o Primeiro Motor.
A causa primeira: se perguntássemos a qualquer fenômeno do mundo sua causa e continuássemos sucessivamente perguntando as “causas de suas causas”, em todos os casos chegaríamos a Deus.
O Ser necessário: se tudo na natureza fosse contingente, passageiro, é preciso que algo do que existe seja perene. Deus é o primeiro ser, origem de toda necessidade. 
Os graus de perfeição: verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, e qualquer gradação pressupõe um parâmetro máximo. Logo, deve existir um ser que tenha esse padrão máximo de perfeição e que é a causa da perfeição dos demais seres.
A inteligência ordenadora: existe uma ordem no Universo , facilmente verificada, e toda ordem é fruto de uma inteligência, pois não se chega à ordem pelo acaso. Logo, há um ser inteligente que dispôs o Universo na forma ordenada. A este ser chamamos Deus.
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