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1 Relatório sobre o evento Global Meeting 2024. Aluna: Kátia Leidiran Pinheiro da Costa RU 4969695 Introdução Sabemos que as mudanças climáticas são um dos desafios mais significativos do século XXI, porque afeta ecossistemas, economias e sociedades no mundo. Com o crescimento das evidências científicas sobre a crise climática que destaca a necessidade de uma abordagem integrada que envolva tanto a sociedade civil quanto políticas públicas. O presente relatório visa explorar dentro das temáticas abordadas no evento Global Meeting, promovido pelo Centro Universitário Internacional UNINTER em 2024, a interdependência entre essas duas esferas, analisando como as ações da sociedade civil podem influenciar a eficácia das políticas públicas e destacando o papel fundamental da educação ambiental na formação de cidadãos ativos e conscientes. Além disso, serão discutidos os desafios enfrentados na implementação dessas políticas em nível local e global. 1. A Interdependência entre Sociedade Civil e Políticas Públicas A interdependência entre as ações da sociedade civil e as políticas públicas é um fenômeno complexo e multifacetado. As iniciativas da sociedade civil, que incluem movimentos sociais, organizações não governamentais (ONGs) e grupos comunitários, têm o potencial de mobilizar a população e aumentar a conscientização sobre a urgência da crise climática. Por exemplo, campanhas que promovem a redução do uso de plásticos, a reciclagem e a preservação de áreas verdes podem 2 criar uma pressão significativa sobre os governantes para que implementem políticas ambientais mais rigorosas e abrangentes. A mobilização social é uma ferramenta poderosa para a mudança. Através de protestos, campanhas de conscientização e ações coletivas, a sociedade civil pode influenciar a agenda política, forçando os governos a priorizarem a implementação de leis e regulamentos que visem mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Este ciclo de influência mútua entre a sociedade civil e os governos é essencial para a eficácia das medidas adotadas. 2. O Papel da Educação Ambiental A educação ambiental é um componente crucial na formação de cidadãos conscientes e ativos. Quando integrada ao currículo escolar e às atividades comunitárias, a educação ambiental capacita os indivíduos a compreenderem a relação entre suas ações diárias e o meio ambiente. Cidadãos bem-informados são mais propensos a adotar comportamentos sustentáveis e a exigir políticas públicas que reflitam essa consciência. A formação de uma cultura de sustentabilidade deve começar desde a infância. Alunos que aprendem sobre os impactos das mudanças climáticas e a importância da conservação tendem a se tornar adultos que se preocupam com a saúde do planeta. Isso se traduz em uma cidadania ativa, onde os indivíduos não apenas se preocupam com a mudança climática, mas também participam ativamente na busca por soluções. 3. A Influência dos Acordos Internacionais Os acordos internacionais, como a Agenda 2030 da ONU e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), desempenham um papel fundamental na orientação das políticas urbanas no Brasil. O ODS 13, que trata da ação contra a mudança climática, estabelece diretrizes que incentivam os governos locais a incorporarem a questão climática em seus planos de desenvolvimento. No entanto, a implementação dessas políticas enfrenta desafios significativos. 3 3.1 Desafios na Implementação Um dos principais obstáculos à implementação eficaz das políticas climáticas é a falta de recursos financeiros. Muitas cidades brasileiras, especialmente as de menor porte, enfrentam orçamentos restritos que dificultam a alocação de verbas para ações climáticas. Assim, prioridades concorrentes, como saúde e educação, frequentemente recebem atenção maior, deixando as políticas climáticas em segundo plano. Outro desafio crucial é a capacitação das autoridades locais e da população. Para que as políticas de adaptação e mitigação sejam eficazes, é fundamental que os gestores estejam bem-informados sobre as melhores práticas e que haja mobilização da comunidade. A resistência à mudança e a falta de conhecimento sobre a urgência da crise climática podem dificultar a aceitação e a aplicação das políticas. Além disso, as desigualdades sociais e econômicas nas cidades brasileiras complicam ainda mais a situação. Comunidades mais vulneráveis são frequentemente as mais afetadas pelas mudanças climáticas, mas têm menos acesso a recursos e suporte para se adaptarem. Portanto, é imprescindível que as políticas de adaptação sejam inclusivas e equitativas, considerando as necessidades específicas dessas comunidades. 4. Mecanismos que intensificam o Efeito Estufa Os mecanismos que explicam a intensificação do efeito estufa e do aquecimento global são complexos e interligados. O efeito estufa é um fenômeno natural que se torna problemático quando a concentração de gases, como o dióxido de carbono e o metano, aumenta devido às atividades humanas. Um exemplo de mecanismo de retroalimentação positiva é o derretimento do gelo polar, que reduz a albedo da Terra, resultando em maior absorção de calor e, consequentemente, em temperaturas mais elevadas. Relatórios científicos, como os do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), documentam a crescente frequência de eventos climáticos extremos, como secas, inundações e furacões, que são exacerbados pelas mudanças climáticas. Esses dados evidenciam a necessidade urgente de medidas eficazes para mitigar esses impactos. 4 5. Medidas Urgentes no Contexto Brasileiro Diante da vasta biodiversidade e dos ecossistemas únicos do Brasil, é crucial adotar medidas urgentes para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Isso inclui a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, a reflorestação de áreas desmatadas, a implementação de energias renováveis e a intensificação da educação ambiental. Essas ações não apenas ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas também aumentam a resiliência das comunidades locais frente às adversidades climáticas. As políticas devem ser avaliadas não apenas em termos de eficácia, mas também em relação à justiça social. Isso implica garantir que as comunidades mais afetadas pelas mudanças climáticas tenham acesso equitativo a recursos, informações e oportunidades para se adaptarem. A eficácia das medidas pode ser medida por indicadores como a redução de emissões, a melhoria na qualidade de vida e a capacidade de recuperação frente a desastres naturais. Considerações Finais A interdependência entre as ações da sociedade civil e as políticas públicas é fundamental para enfrentar a emergência climática. A educação ambiental desempenha um papel central na formação de cidadãos conscientes e na criação de um ambiente propício para que as políticas públicas evoluam em direção a um futuro mais sustentável. Embora os acordos internacionais forneçam diretrizes importantes, a implementação das políticas enfrenta desafios significativos relacionados a recursos, capacitação, desigualdade e colaboração intersetorial. Para que as ações contra as mudanças climáticas sejam eficazes e justas, é crucial que as vozes das comunidades mais vulneráveis sejam ouvidas e que haja um compromisso em promover uma abordagem inclusiva que considere as necessidades específicas dessas populações. Somente assim será possível avançar em direção a soluções que garantam a proteção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos. A luta contra as mudanças climáticas é uma responsabilidade coletiva, e cada setor da sociedade deve desempenhar seu papel para garantir um futuro sustentável e resiliente. 5 Referências Organização das Nações Unidas. (2015). Transformando nossomundo: A Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/10/agenda2030-pt-br.pdf. Acesso em: 15 mai. 2025. https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/10/agenda2030-pt-br.pdf