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Nome do Professor UNIGRANRIO AFYA Prof.M.sc Luciana Martins Aula 5 - A Psicanálise UNIDADE 5- A psicanálise 5.1- Sigmund Freud 5.2 - A fundação da psicanálise 5.3 - A descoberta do inconsciente 5.4- Primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico 5.5- A descoberta da sexualidade infantil 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico 5.7-Os mecanismos de defesa 5.8-Psicanálise: aplicações e contribuições sociais 5.1 Sigmund Freud Sigmund Freud(1856-1939) Médico formado na Universidade de Viena em 1881, neurologista, especializou-se em Psiquiatria, deu aulas de Neuropatologia e conseguiu uma bolsa de estudos em Paris, onde trabalhou e aprendeu com médico Charcot. Em 1886, ao retornar à Viena, começou a clinicar em sua cidade natal e seu principal método até então era a sugestão hipnótica. 5.1 Sigmund Freud A Psicanálise, influenciada pela Fisiologia, surgiu na década de 1890,com Sigmund Freud, interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos e histéricos. Freud identificou a existência de processo inconsciente durante a prática da hipnose em uma paciente com sintoma histérico. 5.1 Sigmund Freud Freud desenvolveu uma importante amizade com o médico Josef Breuer (1842-1925), que alcançara a fama pelo seu estudo da respiração e pela descoberta do funcionamento dos canais auditivos semicirculares. Josef Breuer (1842-1925), médico e cientista, aliou-se a Freud a suas investigações, ainda sobre a etiologia da histeria. 5.2 A fundação da psicanálise No tratamento da paciente Anna O., que era atendida por Breuer, ambos descobriram que os sintomas histéricos de sua doença tratavam de questões mal resolvidas e de repressões sofridas ao longo de sua vida. Breuer descobriu, em 1880, que havia aliviado os sintomas de histeria na paciente, Anna O., em seu estudo de caso, depois que a induziu a recordar experiências desagradáveis do passado sob hipnose. 5.2 A fundação da psicanálise O caso de Anna O. A paciente possuía um conjunto de sintomas: paralisia com contrações musculares, inibições e dificuldade de pensamento. Entretanto, em seu estado de vigília, a paciente não conseguia se lembrar da origem desses sintomas. Já no estado hipnótico, ela relatava a origem deles e o conteúdo reprimido era expressado; tudo começara com a doença e morte de seu pai. 5.2 A fundação da psicanálise Durante o período da enfermidade dele, no qual ela era responsável, às vezes, pensamentos para que ele morresse vinham em sua mente, pois os cuidados eram um fardo difícil de sustentar. 5.2 A fundação da psicanálise À medida que o tratamento continuava, Breuer percebeu que os incidentes recordados por Anna sob hipnose envolviam algum pensamento ou evento que ela considerava repulsivo. Revivendo a experiência perturbadora sob hipnose, ela tinha os sintomas reduzidos ou eliminados. Antes esses pensamentos foram reprimidos e transformados em sintoma. 5.2 A fundação da psicanálise Breuer denominou método catártico o tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas. 5.2 A fundação da psicanálise Freud adotou os métodos de Breuer, como a hipnose e a catarse, no tratamento de seus pacientes, mas pouco a pouco foi ficando insatisfeito com a hipnose. Embora aparentemente bem sucedida em aliviar ou eliminar sintomas, ela não parecia ser capaz de curar o paciente. 5.3 - A descoberta do inconsciente Freud desde o início de sua prática médica usara a hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter a história da origem dos sintomas. Depois passou a utilizar o método catártico, após desenvolveu a técnica de ‘concentração’, na qual a rememoração sistemática era feita por meio da conversação normal; e por fim, acatando a sugestão (de uma jovem) anônima, abandonou as perguntas. 5.2 A fundação da psicanálise O caso Emmy é um interessante episódio na história da Psicanálise. A paciente (FREUD;BREUER, 2016) se recusava a comer e beber nem que fosse água mineral, evocando dores gástricas. Sendo forçada a se alimentar. Ela também acabava rejeitando a hipnose. Tendo desistido de hipnotizá-la, Freud anunciou que daria 24 horas para que ela se convencesse de que suas dores decorriam apenas dos seus temores. 5.2 A fundação da psicanálise Aparentemente, a estratégia funcionou. Um dia depois, Emmy voltou a se alimentar e a ingerir líquidos, e admite de modo ambíguo que Freud estava com a razão. Emmy permitiu que Freud elaborasse a associação livre. O analisando deve servir de quadro em branco falando sobre o que lhe vem à mente e sem o risco das repressões que ocorrem na vida em sociedade. 5.2 A fundação da psicanálise A fundação da Psicanálise estava intrinsecamente ligada à busca pela origem da histeria, ou seja pessoas acometidas por “problemas nos nervos”, que a medicina não conseguia resolver. Acreditava-se que poderia encontrar uma parte no cérebro responsável pelos sintomas histéricos. A fisiologia se empenhou durante décadas para encontrar o que mais tarde seria nomeado por Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, de Inconsciente. 5.2 A fundação da psicanálise Inicialmente, acreditava-se que a histeria era uma condição exclusiva de mulheres, pois o termo hystérie, em francês, advém do grego ὑστέρα, útero. Mas descobriu-se que a histeria vinha do cérebro e não do útero feminino, uma nova gama de contribuições médicas pôde ser dada ao tratamento dessa tão controversa “doença dos nervos”. 5.2 A fundação da psicanálise O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. Caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. 5.2 A fundação da psicanálise Seu objeto de estudo era o comportamento anormal, que fora negligenciado pelas escolas de pensamento e seu método primário é a observação clínica, e a não experimentação laboratorial controlada. A psicanálise está voltada para o inconsciente, ignorado pelos outros sistemas de pensamento. 5.2 A fundação da psicanálise O objetivo da psicanálise freudiana é trazer à percepção consciente lembranças ou pensamentos reprimidos, que ele supunha ser a fonte do comportamento anormal do paciente. Ele acreditava que não havia nada de aleatório no material revelado durante a livre associação, e que esse material não estava sujeito à escolha consciente do paciente. 5.2 A fundação da psicanálise A informação revelada era predeterminada, forçada a entrar em sua consciência ou a invadi-la pela natureza dos seus conflitos. Mediante a livre associação, Freud descobriu que as lembranças do paciente iam invariavelmente à infância, e que muitas das experiências reprimidas de que o paciente se recordava tinham relação com questões sexuais. 5.2 A fundação da psicanálise Em 1895, Freud e Breuer publicaram Estudos Sobre Histeria, considerado por muitos o marco do inicio formal da psicanálise. Freud empreendeu a tarefa de auto-análise como um recurso para melhor compreender a si mesmo e aos seus pacientes; para isso, empregou o método da análise de sonhos. Essa auto-análise durou uns dois anos, culminando com a publicação de A interpretação dos Sonhos (1900), considerado sua principal obra. 5.3 - A descoberta do inconsciente Suas teorias foram derivadas da auto-observação e da observação dos seus pacientes submetidos à psicanálise. Ele usava principalmente as técnicas da livre associação e da análise de sonhos, não vendo obstáculos inerentes à extração de conclusões relevantes e significativas desse material. 5.3 - A descoberta do inconsciente A força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa encobrir,fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma. 5.3 - A descoberta do inconsciente A psicanálise como sistema da Personalidade Freud explorou áreas que os psicólogos tendiam a ignorar, tais como as forças motivadoras inconscientes, os conflitos entre essas forças e os efeitos desses conflitos sobre o comportamento humano. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente. 5.4- Primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico Freud exprimiu que a vida psíquica consiste em duas partes, a consciente e a inconsciente. A parte consciente, qual a porção visível de um iceberg, é pequena e insignificante, representando somente um aspecto superficial da personalidade total. 5.4- Primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio. 5.4- Primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. Os conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. 5.4- Primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. É constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. 5.4- Primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico Freud postulou a existência de um pré-consciente ou ante consciente. Ao contrário do material no inconsciente, o material pré-consciente não foi ativamente reprimido e pode ser trazido com facilidade à consciência. 5.4- Primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico O pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil Freud, em suas investigações na prática clínica sobre as causas e o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, que na vida infantil estavam as experiências de caráter traumático, reprimidas, que se configuravam como origem dos sintomas atuais. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil Os principais aspectos destas descobertas são: A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o nascimento, e não só a partir da puberdade como afirmavam as ideias dominantes. O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil A libido, nas palavras de Freud, é “a energia dos instintos sexuais e só deles”. No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo, nos primeiros tempos de vida, tem a função sexual ligada à sobrevivência, e, portanto, o prazer é encontrado no próprio corpo. Cada estágio de desenvolvimento tende a estar localizado numa zona erógena específica: 5.5- A descoberta da sexualidade infantil O estágio oral vai do nascimento ao segundo ano de vida. Na fase oral (a zona de erotização é a boca), Durante essa fase, a estimulação da boca, como sugar, morder e engolir, é a fonte primária de satisfação erótica. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil No estágio anal, a gratificação vai da boca para o ânus, e as crianças derivam prazer dessa área. Na fase anal (a zona de erotização é o ânus). 5.5- A descoberta da sexualidade infantil Durante o estágio fálico, que ocorre por volta do quarto ano de idade, a satisfação erótica se transfere para a região genital. Na fase fálica (a zona de erotização é o órgão sexual); Há manipulação e exibição dos órgãos genitais, bem como fantasias. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil Freud situou nesse estágio o desenvolvimento do complexo de Édipo, sugeriu que as crianças sentem atração sexual pelo genitor do sexo oposto e temor pelo genitor do mesmo sexo, agora percebido como rival. Acontece entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil No complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então ser o pai para “ter” a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, “desiste” da mãe, isto é, a mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e cultural, e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois, tem suas regras básicas internalizadas através da identificação com o pai. Este processo também ocorre com as meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de identificação. Freud fala em Édipo feminino. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil Freud usava uma analogia do mito de Édipo-Rei, para explicar a relação forçada de renúncia da criança ao seu objeto de desejo, os pais. Com essa ocorrência, a criança passa a deixar tal lado pulsional em segundo plano e a pertencer aos parâmetros da ordem social. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil O período de latência, que dura mais ou menos do quinto ao décimo, segundo ano de vida, Período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, isto é, há um “intervalo” na evolução da sexualidade. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil No início da adolescência e a proximidade da puberdade é atingida a última fase, isto é, a fase genital, quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas era um objeto externo ao indivíduo — o outro. 5.5- A descoberta da sexualidade infantil As fases do desenvolvimento Estádio Oral -0 – 18 meses, Zona erógena: Boca e Conflito: Desmame. Estádio Anal-18 meses–3 anos, Zona erógena: Ânus e Conflito: Controle da defecação. Estádio Fálico-3 anos – 6 anos, Zona erógena: Órgãos genitais e Conflito: Complexo de Édipo. Estádio Latência-6 anos –11 anos, Zona erógena: entra-se no mundo físico e social e não no corpo e Conflito: A interação com o mundo que o cerca e aprendizado com as frustrações. Estádio Genital-Após a puberdade, Zona erógena: Órgãos genitais e Conflito: Preocupação com o bem-estar sexual. 5.5- Considerações A realidade psíquica é aquilo que, para o indivíduo, assume valor de realidade. O funcionamento psíquico é concebido a partir de três pontos de vista: o econômico (existe uma quantidade de energia que “alimenta” os processos psíquicos), 5.5- Considerações o tópico (o aparelho psíquico é constituído de um número de sistemas que são diferenciados quanto a sua natureza e modo de funcionamento, o que permite considerá-lo como “lugar” psíquico) , e o dinâmico (no interior do psiquismo existem forças que entram em conflito e estão, permanentemente, ativas. A origem dessas forças é a pulsão). 5.5- Considerações A pulsão refere-se a um estado de tensão que busca, através de um objeto, a supressão deste estado. Eros é a pulsão de vida e abrange as pulsões sexuais e as de autoconservação. Tanatos é a pulsão de morte, pode ser autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se manifestar como pulsão agressiva ou destrutiva. 5.4- Considerações Os instintos são os fatores propulsores ou motivadores dadinâmica da personalidade, as forças biológicas que liberam energia mental. Freud não tentou delimitar o número de instintos, mas os agrupou em duas categorias: os instintos de vida e o instinto de morte. 5.4- Considerações Os instintos de vida (Eros) Trata-se das forças criadoras que sustentam a própria vida; a forma de energia mediante a qual eles se manifestam, é denominada libido. O instinto de morte (Thanatos) é uma força destrutiva, que pode ser dirigida para dentro, como ocorre no masoquismo ou no suicídio, ou para fora, como no ódio e na agressão. 5.5- Considerações Sintoma, na teoria psicanalítica, é uma produção — quer seja um comportamento, quer seja um pensamento — resultante de um conflito psíquico entre o desejo e os mecanismos de defesa. O sintoma, ao mesmo tempo que sinaliza, busca encobrir um conflito, substituir a satisfação do desejo. Ele é ou pode ser o ponto de partida da investigação psicanalítica na tentativa de descobrir os processos psíquicos encobertos que determinam sua formação. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade. Freud viu a distinção simples consciente/ inconsciente e introduziu os constructos do id, ego e superego. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico O id, que corresponde à noção freudiana anterior do inconsciente, é a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. O id busca satisfação imediata, sem levar em conta as circunstâncias da realidade objetiva; age de acordo com o que Freud denominou princípio do prazer, que tem relação com a redução da tensão por meio da busca do prazer e da evitação da dor. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. É regido pelo princípio do prazer. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico O ego serve de mediador entre o id e o mundo exterior, facilita essa interação. O ego representa aquilo que designamos por razão ou racionalidade. O ego é cônscio da realidade, percebendo-a e manipulando-a, regulando o id com referência a ela. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as “ordens” do superego. Procura “dar conta” dos interesses da pessoa. É regido pelo princípio da realidade, que, como o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos, pensamento. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico O superego, se desenvolve bem cedo na infância, quando são assimiladas as regras de conduta ensinadas pelos pais mediante um sistema de recompensas e punições. O superego representa ‘todas as restrições morais”, afirma Freud. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico O superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico Neste estado, o indivíduo sente-se culpado por alguma coisa errada que fez — o que parece óbvio — ou que não fez e desejou ter feito, alguma coisa considerada má pelo ego. Esse sentimento de culpa origina-se na passagem pelo Complexo de Édipo. O id refere-se ao inconsciente, mas o ego e o superego têm, também, aspectos ou “partes” inconscientes. 5.6-A segunda teoria do aparelho psíquico 5.7-Os mecanismos de defesa São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar esta deformação da realidade, chamados de mecanismos de defesa. São processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo. Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo, desta forma, o aparelho psíquico. 5.7-Os mecanismos de defesa Recalque: o indivíduo “não vê”, “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade. Este aspecto que não é percebido pelo indivíduo faz parte de um todo e, ao ficar invisível, altera, deforma o sentido do todo. Formação reativa: o ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção,e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo. 5.7-Os mecanismos de defesa Regressão: o indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento; é uma passagem para modos de expressão mais primitivos. Projeção: é uma confluência de distorções do mundo externo e interno. O indivíduo localiza (projeta) algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projetado como algo seu que considera indesejável. 5.7-Os mecanismos de defesa Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da consciência. Além destes mecanismos de defesa do ego, existem outros: denegação, identificação, isolamento, anulação retroativa, inversão e retorno sobre si mesmo. 5.8-Psicanálise: aplicações e contribuições sociais O método psicanalítico usado para desvendar o real, compreender o sintoma individual ou social e suas determinações, é o interpretativo. No caso da análise individual, o material de trabalho do analista são os sonhos, as associações livres, os atos falhos (os esquecimentos, as substituições de palavras etc.). 5.8-Psicanálise: aplicações e contribuições sociais A prática profissional refere-se à forma de tratamento — a Análise — que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas outras formas. É usada como base para psicoterapias, aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com grupos, instituições. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOCK, Bahia, A. M. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.. 5. São Paulo: Saraiva, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553131327/pageid/0 David, H. História da Psicologia. [Porto Alegre]: Grupo A,, 2019.. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556285/ Schultz, D.P.S.S. E. História da Psicologia Moderna. Tradução da 11a edição norte - americana.. [Rio de Janeiro]:: Cengage Learning Brasil, 2019. Disponível em: integrada.minhabiblioteca.com.br image3.png image2.jpg image4.jpeg image5.jpeg media1.mp4 image6.png image7.png image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.jpeg image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg image20.png image21.jpeg image22.jpeg image23.jpeg image24.png image25.jpeg image26.jpeg image27.jpeg image28.jpeg image29.jpeg image30.jpeg image31.jpeg image32.jpeg image33.jpeg image34.jpeg image35.jpeg image36.jpeg image37.jpeg image38.png image39.jpeg image40.jpeg image41.jpeg image42.png image43.jpeg image44.jpeg image45.jpeg image46.jpeg image47.png image48.jpeg image49.jpeg image50.jpeg image51.jpeg image52.png image53.png image54.png image55.jpeg image56.jpeg image57.png image58.png image59.jpeg image60.jpeg image61.png image1.jpg