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SUMÁRIO 
Lição 01: O que é Teologia? 
Lição 02: Quem é Deus? 
Lição 03: Deus pode fazer tudo? 
Lição 04: Atributos comunicáveis de Deus 
Lição 05: Atributos incomunicáveis de Deus 
Lição 06: Qual é a relação de Deus com o universo? 
Lição 07: O que é heresia? 
Lição 08: O que é trindade? 
Lição 09: O que é graça comum? 
Lição 10: Quais os argumentos naturais que provam 
a existência de Deus? 
Lição 11: Como Deus se revelou à humanidade no 
Antigo Testamento? 
Lição 12: Como Deus se revelou à humanidade no 
Novo Testamento? 
Lição 13: Jeová-Jire: o Deus da provisão 
 
 
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LIÇÃO 1: “O QUE É TEOLOGIA?” 
Texto bíblico: Jeremias 29.12-14 
Teologia vem da combinação das palavras de origem grega 
“Theos” (Deus) + “logía” (estudo); assim, temos como Teologia o 
estudo sobre Deus. Sabemos que de forma alguma nem todas as 
ciências do mundo seriam capazes de trazerem uma definição exata 
sobre um Deus que é soberano, eterno, imutável e infinito. Porém, 
apenas com os joelhos dobrados, o homem mais simples do mundo 
seria capaz de encontrá-lo em seu quarto de oração dizendo: “Não 
temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu 
Deus...” (Is 41.10). Pois Ele mesmo prometeu em sua Palavra: “Clama 
a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que 
não sabes.” (Jr 33.3). 
O propósito deste estudo é realmente quebrar qualquer 
paradigma quanto ao estudo da Teologia, para mostrar que de fato, ela 
está ao alcance de todos. 
 
1) Como fazer Teologia? (Jr 29.12) 
A forma mais simples e mais eficaz de fazer uma boa Teologia 
é quando estamos invocando o nome do Senhor em oração, pois 
nenhum diploma acadêmico pode me garantir uma audiência com 
Deus. Mas quando uma oração é feita de um coração sincero, muitas 
vezes fraco e abatido, de uma pessoa desprovida de qualquer 
autoconfiança, então é a certeza de que Ele se faz presente naquele 
quarto de oração. Pois o Salmo 51.17 diz que “Os sacrifícios para 
Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito 
não desprezarás, ó Deus.”. Sendo assim, quando estou buscando a 
Deus em oração já estou colocando em prática a Teologia. 
 
 
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2) Quando estou fazendo Teologia? (Jr 29.13) 
Deus revela através do profeta Jeremias o que nem os 
doutores da lei na época de Jesus conseguiram entender: para 
encontrá-lo, deveria ser uma buscar de todo o coração que se dá na 
prática através de uma vida de oração e da meditação na sua Palavra 
– “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos 
ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na 
roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e 
na sua lei medita de dia e de noite.” (Sl 1.1-2). Por isso, Jesus advertiu 
àqueles doutores: errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder 
de Deus (Mt 22.29). 
3) Quando o Deus da Teologia me encontra? (Jr 29:14) 
O Deus da Teologia me encontra depois de clamar o seu nome, 
suplicar as suas ricas misericórdias, buscar o favor de sua graça em 
oração e meditar em sua Palavra, a ponto de a cada dia, ser 
santificado por ela. Logo no caminho, muitas vezes de aflições e 
turbulências, às vezes, parecendo até que é o fim, o Deus soberano, 
que está assentado em um alto e sublime trono, descortina a sua 
graça e se deixa ser achado por alguém tão insignificante como eu. 
Como se não bastasse, este Verbo tão poderoso se fez carne e 
habitou entre nós, cheio de graça e majestade. O seu Filho mesmo 
sendo em forma de Deus não teve por usurpação ser Deus, mas 
assumiu a forma de homem para encontrar um pecador como eu e me 
salvar do pecado e da morte eterna, quando naquela cruz, ele 
exclamou: “Tetelestai” – “Está consumado” (Jo 19.30). E hoje eu posso 
fazer Teologia através de Jesus Cristo, que me garantiu um acesso 
livre ao Pai. 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
A Teologia ao nosso alcance não é um exercício de inteligência 
e mérito pessoal. Pelo contrário, a aproximação com o Deus da 
Teologia se dá pela oração e meditação na sua Palavra, mediante o 
quebrantamento e o reconhecimento de nossa total insignificância 
diante Dele. E assim, em sua imensa graça, no decorrer da história da 
humanidade, Deus compartilha conosco das profundidades de seu 
conhecimento, se deixando ser achado por nós, até que por Jesus 
Cristo nos revelou a expressão exata do seu ser. Por Jesus Cristo a 
Teologia está ao nosso alcance. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LIÇÃO 2: “QUEM É DEUS?” 
Texto bíblico: Êxodo 3.1-14 
“Deus não pode ser definido, pois ao finito não cabe definir o 
infinito. Mas na tentativa de defini-lo, para alcançar a respeito dele uma 
ideia mais clara e adequá-la, a nossa definição de Deus é: Deus é 
Espírito Pessoal, perfeitamente bom que, em santo amor cria, sustenta 
e dirige tudo” (LANGSTON, 2019). 
Quem é Deus? De forma bem simples, é aquele que, desde o 
Antigo Testamento, vem se revelar ao homem. Um dos que teve esse 
rico privilégio de ter um encontro com Deus foi aquele que veio a se 
tornar o grande libertador do seu próprio povo: Moisés. 
1) Deus é aquele que nos chama pelo nome (Êx 3:1-4). 
Em um lugar deserto e improvável, lá estava Moisés, um ex-
candidato ao trono do faraó, formado em toda a ciência egípcia e que 
cresceu em meio à realeza faraônica, cuidando das ovelhas do seu 
sogro, um trabalho árduo para alguém que cresceu em meio a tantas 
regalias. Agora, o sol escaldante da Palestina queimava sua pele e 
nem sempre havia água para beber. Ele se encontrava nessa condição 
após fugir do palácio por matar um egípcio que espancava um hebreu. 
Provavelmente, Moisés pensava que na distância que ele estava do 
palácio e pelos anos que já ficara distante, aproximadamente 40 anos, 
seria difícil de alguém o encontrar. No entanto, ele foi encontrado por 
Deus que falou com ele em meio a uma sarça que ardia em chamas, o 
chamando pelo nome: “Moisés! Moisés!”. 
Então, vemos aqui que mesmo Deus sendo um ser soberano e 
infinito, ao longo de toda a história, vem se revelando ao homem, 
apresentando-lhe sua identidade e fazendo com que homens mortais, 
como nós, não só conheçam os seus atributos, mas também partilhem 
de uma boa parte deles. 
 
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2) Deus é Santo e exige santidade de nós (Êx 3:5-6) 
Mesmo Deus tendo chamado Moisés para perto de si, exigiu de 
Moisés cautela, por que não dizer, temor. O primeiro pedido que Deus 
fez a Moisés, que prontamente veio atender o seu chamado, foi que 
tirasse a sandália dos seus pés, pois o lugar em que estava pisando 
era terra santa. Aquele lugar era um lugar comum para Moisés, porém 
no dia em que Deus se revelou naquele local, ele se tornou terra santa. 
Pois o lugar onde Deus pisa nunca mais é o mesmo – será santificado. 
Se Deus tocar no lugar mais árido da sua vida, certamente acontecerá 
o mesmo: se tornará terra santa. Moisés compreendeu muito bem isso, 
pois quando o Senhor diz que é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, 
Moisés escondeu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus. Isso 
possibilitou a Moisés uma amizade com Deus de tal maneira que o 
Senhor falava com ele face a face, numa nuvem, como quem falava 
com um amigo. E como se não bastasse, Cristo revela aos seus 
discípulos a face de Moisés no monte da transfiguração. 
Deus é Santo e para experimentarmos o relacionamento íntimo 
com ele devemos andar em santidade. 
 
3) Deus é o grande EU SOU (Êx 3:7-14). 
Moisés precisava de um nome que pudesse respaldar sua 
audácia para ir a Faraó, pois depois de 400 anos de escravidão, Deus 
ouviu o clamor do seu povo e conheceu os seus sofrimentos. Era da 
vontade do Senhor livrá-los e colocá-los numa terra espaçosa que 
manava leite e mel, pois Deus não admitiu mais que os egípcios 
oprimissem o seu povo. A libertação se aproximava e Deus desejava 
executá-la através de Moisés, que não acreditava que seria aceito, 
tampouco as suas palavras,visto que há 40 anos ele havia saído do 
Egito como foragido. Então, mesmo Deus tendo prometido que estaria 
com Moisés, quando ele pergunta para Deus no nome de quem iria, 
uma vez que os egípcios não iriam crer nele, não se tratava de sua fé 
em si, mas no que um rei pagão iria achar de sua experiência. “Então, 
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disse Moisés a Deus: Eis que quando vier aos filhos de Israel e lhes 
disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: 
Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O 
QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me 
enviou a vós” (Êx 3.13-14). 
No Antigo Testamento, Deus se revelou como EU SOU a Moisés 
– um tipo de Cristo. Porém, na nova aliança, o Verbo se fez carne e 
habitou entre nós, através do seu Filho, Jesus Cristo. Hoje, nós 
sabemos quem é esse EU SOU – é Jesus, que nos diz em sua Palavra: 
EU SOU o pão da vida (Jo 6.35), EU SOU o pão vivo que desceu do céu 
(Jo 6.51), EU SOU a luz do mundo (Jo 8.12), EU SOU a porta (Jo 10.9), 
EU SOU o bom pastor (Jo 10.11), EU SOU a ressurreição e a vida (Jo 
11.25), EU SOU o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6), EU SOU a 
videira verdadeira (Jo 15.1), EU SOU o alfa e o ômega, o princípio e o 
fim (Ap 1.8). 
CONCLUSÃO 
Muitos teólogos tentaram descobrir o nome de Deus e 
escreveram vários livros que hoje estão empoeirados nas prateleiras 
de qualquer biblioteca. Muitos tentaram saber o nome de Deus, sem 
sequer conhecê-lo, por isso erraram. 
Saber o nome de uma pessoa não te torna íntimo dela. Mas 
quando você começa a conversar com alguém e acaba o conhecendo 
um pouco, naturalmente, essa pessoa fala o seu nome. Se 
procurarmos conhecer a Deus, meditando na sua Palavra, dia e noite, 
como quem fala com um amigo, certamente, o seu nome poderoso 
será revelado no tempo oportuno: no momento da escassez, será o 
nosso Jeová-Jire (o Senhor proverá); no momento da instabilidade, 
será o nosso Jeová-Nissi (o Senhor é a minha bandeira); no momento 
da enfermidade, será o nosso Jeová-Rafá (o Senhor que cura). E no 
momento do medo, ele diz: não temas, EU SOU contigo!