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5 UNINGÁ – CENTRO UNIVERSITÁRIO Curso de Farmácia EAD LEIDE DAIANA MIANTTE DE MELO KELLY CRISTINA SOARES WOEHL PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE - PIESC II CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA GARIS E CATADORES DE RECICLÁVEIS PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE – PIESC II FLORESTA, 2023 LEIDE DAIANA MIANTTE DE MELO KELLY CRISTINA SOARES WOEHL PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE - PIESC II CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA GARIS E CATADORES DE RECICLÁVEIS UNINGÁ –CENTRO UNIVERSITÁRIO Portfólio apresentado ao curso de Farmácia EAD da UNINGÁ – Centro Universitário, para avaliação e conclusão da disciplina/projeto de PIESC II. FLORESTA, 2023 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 5 2 O Que é lixo. 6 2.1 Tipos de Lixo 6 2.1.1 Lixo Domiciliar, Urbano, Público e Comercial 6 2.1.2 Lixo Industrial 7 2.1.3 Lixo Hospitalar 8 2.1.4 Lixo Agrícola 9 2.1.5 Lixo Tecnológico 10 2.1.6 Lixo de Construção. 11 2.1.7 Lixo Orgânico. 12 3 Os Resíduos. 13 3.1 Aterros Sanitários. 13 3.2 Os Lixões. 14 3.3 Aterros Controlados. 15 4 Reciclagem de Materiais. 15 4.1 Principais Materiais Recicláveis. 17 4.1.1 Papel. 17 4.1.2 Plástico. 17 4.1.3 Latas de Alumínio. 17 4.1.4 Latas de Aço. 18 4.1.5 Vidro. 18 4.1.6 Pneus. 18 5 Coleta Seletiva. 18 5.1 Importância da Coleta Seletiva. 20 6 Cooperativas de Reciclagem. 21 7 Educação Ambiental. 22 7.1 A Educação Ambiental nas Escolas. 23 8 Gerenciamento do Lixo Urbano. 24 9 Lixo e Covid-19. 24 9.1 Descarte de Lixo Sem Suspeita de Covid-19 na Residência. 25 9.2 Descarte de Lixo Com Suspeita de Covid-19 na Residência. 25 10 Material da Campanha. 25 11 Atividades Desenvolvidas. 26 12 Registros Fotográficos. 27 13 Considerações Finais. 39 REFERENCIAS 40 INTRODUÇÃO Levando em consideração todo o cenário vivenciado no Brasil e no mundo, não há vantagem alguma em deixar a solução do lixo para mais tarde, pois um município não pode deixar de pensar nas consequências graves com relação à poluição ambiental e a saúde pública que o lixo mal gerenciado pode causar ao longo do tempo. Uma pessoa adulta possui a capacidade de produzir em média 5 kg de lixo por semana se somarmos a produção mundial, os números se tornam assustadores. Ai nos vem a pergunta do que fazer e de onde descartar tudo isto. Apenas 2% do lixo brasileiro é reciclado, isto ocorre, porque reciclar é 15 vezes mais caro que simplesmente jogar em aterros sanitários. Todos s cidadãos podem colaborar com uma visão sustentável, através de um ato simples que é a coleta seletiva, a qual, visa de maneira ecológica e sustentável, descartar de forma correta todo o lixo produzido no dia a dia, através, de ações simples, como reduzir, reutilizar e reciclar materiais de forma adequada. Sendo assim, a coleta seletiva, nos traz muitos benefícios como, promover uma consciência ambiental, evitar contaminação do meio ambiente, evitar desperdício de recursos naturais, reaproveitamento de matérias, diminuição de custo, geração de empregos, aliviando e prolongando a vida útil dos aterros sanitários. A partir deste ponto de vista podemos acrescentar no nosso meio uma educação ambiental voltada ao individual e ao coletivo que tem como propósito formar cidadãos com consciência local e planetária e que respeite a autodeterminação da nação. O Que é lixo. Consideramos lixo todo resíduo sólido provenientes das atividades humanas e até mesmo de processos naturais (poeira, folhas ou ramos mortos de plantas, cadáveres de animais, etc.). O lixo produzido pela sociedade é um dos maiores problemas ambientais da atualidade, pois, os hábitos de consumo da maioria das pessoas e as novas formas de produção industrial provocam o aumento contínuo e exagerado de material que deve ser descartado (GARCEZ, 2010). Muitos resíduos produzidos que são descartados como lixo, podem ser reutilizados através de um processo denominado reciclagem no qual o lixo orgânico pode ser reaproveitado, o que contribui para a redução da poluição ambiental. O lixo orgânico é todo resíduo de origem animal e vegetal, os quais podem ser reutilizados em compostagem para a fabricação de adubos. O lixo inorgânico é todo material cuja a origem não é biológica, como plásticos, metais, vidros, entre outros, alguns destes tipos de lixo, exigem um maior controle no seu destino final e na sua reciclagem por contarem substancias tóxicas, ou por serem considerados perigosos e causadores de doenças. Tipos de Lixo Todos os dias o ser humano gera grandes quantidades de lixo em média 5 kg por semana. Ao longo dos anos todo este volume de resíduos acaba poluindo rios, solos e até o ar que respiramos. Nas grandes cidades, este problema é ainda mais grave, uma vez que há ainda todo o lixo produzido pelo comércio, pela indústria e pela rede de serviços, serão citados adiante alguns tipos de lixo que são produzidos, e muitas vezes descartados de forma inadequadas. Lixo Domiciliar, Urbano, Público e Comercial Lixo domiciliar, urbano, público é o lixo produzido em residências, bares, lanchonetes, restaurantes, repartições públicas, lojas, supermercados, feitas e todo o comercio em geral. É composto principalmente, de caixas e sobras de alimento, copos e pratos descartáveis, embalagens papéis, papelões, plásticos vidros e trapos, etc. (GARCEZ, 2010). O lixo domiciliar vem das casas, o lixo público é aquele originário dos serviços de limpeza pública, já o lixo comercial é originário dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços voltado a população. Figura 1 lixo descartado em vias públicas na cidade de Foz do Iguaçu. Fonte:clickfozdoiguaçu.com.br Lixo Industrial Lixo industrial é aquele produzido pelas indústrias. Possui características peculiares, dependendo das matérias-primas utilizadas. Pode ser perigoso, até mesmo tóxico e, por isso, a menos que passe por processos de tratamento específicos, não pode ser depositado no mesmo local do lixo domiciliar. O lixo industrial é originário nas atividades dos diversos ramos da indústria (metalúrgica, química, petroquímica, petroleira, alimentos, etc.). O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, vidro, cerâmicas e outros. As indústrias são responsáveis por dar uma destinação adequada ao lixo que produzem, de forma a evitar a poluição e a contaminação do solo e dos rios. (GARCEZ, 2010). Figura 2: Exemplo de lixo industrial. Fonte: saneamentobasico.com.br Lixo Hospitalar São considerados lixo hospitalar os resíduos gerados em instalações de saúde, como hospitais, laboratórios, consultórios médicos e odontológicos, bancos de sangue, clínicas veterinárias. Geralmente, podem estar contaminados por sangue fluidos corporais ou outros materiais potencialmente infecciosos, conforme disposto em dinamicaambiental.com.br. Os resíduos hospitalares são separados em grupos conforme os materiais utilizados ou risco de infecciosos, como listado abaixo encontrado em dinamicambiental.com.br. · Grupo A (Possivelmente Infecciosos): materiais que possuam presença de biológicos com riscos de infecção, como bolsas de sangue contaminadas. · Grupo B (Químicos): Materiais que contenham substâncias químicas capazes de causar riscos à saúde humana, animal e ao meio ambiente, como medicamentos para o tratamento de câncer, reagentes para laboratórios e substancias para revelação de filmes de raio x. · Grupo C (Rejeitos Radioativos): Materiais que possuem radioatividade em carga acima do normal que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear. · Grupo D (Resíduos Comum): Qualquer lixo hospitalar que não apresenta contaminação como gessos, luvas, gazes, materiais possíveis de reciclagem e papéis. · Grupo E (Instrumentos Perfuro cortantes): Objetos que possam furar ou cortar, como: bisturis, agulhas, ampolas de vidro e lâminas. Figura 3: Resíduos médicos perigosos. Fonte: istockphoto.com.br Lixo Agrícola O lixo agrícola é composto de resíduo das atividades agrícolas e da pecuáriarealizadas em fazendas e agroindústrias. É formado por embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita etc. Estes resíduos constituem uma preocupação crescente destacando-se as enormes quantidades de esterco animal gerados nas fazendas de pecuária intensiva. Também as embalagem de agroquímicos diversos, em geral altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica. A legislação define os cuidados na destinação final, por vezes, atribui a própria indústria fabricante a responsabilidade sobre o destino das embalagens utilizadas. (GARCEZ, 2010). Figura 4: Embalagens de defensivo agrícola recolhidas para descarte correto. Fonte: jundiai.sp.gov.br Lixo Tecnológico Lixo eletrônico, Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) ou e-lixo são termos utilizados para se referir a todos os equipamentos eletrônicos, suas partes e acessórios que foram descartados por seus proprietários, sem a intenção de reutiliza-los. As tecnologias do mundo moderno possibilitam que novos aparelhos sejam lançados e nova tendências surjam rapidamente no mercado em um processo planejado, que leva o consumidor, a substituir seus equipamentos sem necessidade, gerando um volume cada vez maior de lixo eletrônico, conforme disposto em acycle.com.br. Os e-lixo, dependendo da forma como forem descartados, podem contaminar o solo e os lenções freáticos, colocando em risco a saúde coletiva, isto porque, possuem diversos componentes tóxicos em sua estrutura, desta forma, se faz necessário uma maneira correta e especial para seu descarte. Figura 5: Zona de despejo comunitário na cidade da Guatemala. Fonte:nationalgeographicbrasil.com. Lixo de Construção. Resíduos da construção civil são quaisquer materiais utilizados em uma obra e considerados lixo por não terem mais utilização na aplicação na qual foi designada. Esses resíduos precisam ser tratados de maneira adequada para que possam ser reciclados, reutilizados ou descartado cita, escolaengenharia.com.br. Tais materiais tem uma divisão e classificação especifica, são divididos conforme o tipo de material utilizado na execução do serviço de uma obra e classificados de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Figura 6: Tipos de resíduos encontrados na construção civil. Fonte: engenhariaescola.com.br Figura 7: Exemplificação da classificação de resíduos da construção civil. Fonte: autodoc.com.br. Lixo Orgânico. É considerado lixo orgânico todo resíduo de origem vegetal ou animal, ou seja, todo lixo originário de um ser que já foi vivo. Esse tipo de lixo é produzido nas residências, escolas, empresas, e pela natureza. Podemos citar como exemplo de lixo orgânico os restos de alimentos (carnes, vegetais, frutos, caixas de ovos, restos de comida), papel, madeira, ossos sementes, etc. (GARCEZ, 2010). O lixo orgânico deve ser depositado em aterros sanitários seguindo as normas de saneamento básico e tratamento de lixo. Figura 8: Exemplificação de lixo orgânico. Fonte: translix.com.br. Os Resíduos. Impulsionado pelo consumo, a produção de resíduo tornou-se um problema grande no ponto de vista ambiental, econômico e social. No mundo, são gerados por dia quase 4 milhões de toneladas de resíduos sólidos segundo dados extraídos da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. (IBGE – PNSB/2000). Os resíduos sólidos coletados pelas prefeituras tem sido destinados, principalmente aos aterros sanitários, aos aterros controlados e aos lixões. (DUARTE, 2012). Aterros Sanitários. Os aterros sanitários são construídos para dispor o lixo sem contaminar o solo, a água, e o ar, ocupar o menor espaço possível, além de tratar e reaproveitar os subprodutos do lixo – Chorume (líquido muito contaminante, escuro e de odor forte, resultado da decomposição da matéria orgânica) e gás metano ( gás emitido na decomposição do lixo) antes de dispor o lixo, é necessário compactar o solo e recobri-lo com mantas muito resistentes que impedem qualquer contato dos resíduos e do chorume com ele. Depois disso, o resíduo é colocado, compactado e recoberto por terra. Em seguida, uma nova camada de resíduos compactada e de terra é adicionada, e assim sucessivamente, formando degraus, o chorume é canalizado e recebe o tratamento, assim como o gás, que é capitado e pode ser queimado (este pode ser utilizado como fonte de energia). Tudo isto é monitorado e depois de ser desativado, porem o aterro continua sendo monitorado por cerca de 20 anos. (DOURADO, 2012). Figura 9: Aterro sanitário de Curitiba. Fonte: curitiba.pr.gov.br. Os Lixões. Os lixões são depósito de resíduos que não têm qualquer proteção ao meio ambiente e nem a saúde das pessoas. Neles o resíduo é disposto a céu aberto, sem receber qualquer tratamento. O chorume e os produtos tóxicos contaminam o solo e o lençol freático e os gases da decomposição dos materiais orgânicos são emitidos no ar. Os lixões atraem animais atraem animais e expõem as pessoas que habitam em seu entorno a doenças. Além disso, muita gente busca sua sobrevivência nos lixões, expondo-se a diversos perigos. Por esses motivos, os lixões representa um problema social, ambiental e de saúde pública, e os governos tem sido pressionados a elimina-los (DUARTE, 2012). Figura 10: Lixão, Distrito Federal, fechado em 2018. Fonte: wikipedia.org. Aterros Controlados. Trata-se de um tipo de disposição final intermediário entre o lixão e o aterro sanitário. O aterro controlado recebe resíduos sem qualquer proteção para o solo, sem captação do chorume e dos gases, como nos lixões, porem o resíduo é compactados e recoberto por terra, como nos aterros sanitários (DUARTE, 2012). Reciclagem de Materiais. Reciclagem é o resultado de uma série de atividades através das quais materiais que se tornariam lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de outros bens, feitos anteriormente apenas com matéria-prima virgem, (GRIPPI,2006). A reciclagem é um ato muito importante tanto para o meio ambiente, quanto para as pessoas, é uma ação continua de coleta e processamento de resíduos que de outra forma seriam jogados no lixo, mas que podem ser reaproveitados e transformados em novos produtos, o que nos gera vários benefícios como: · Diminuição da quantidade de lixo a ser desnecessariamente aterrado; · Preservação dos recursos naturais; · Economia de energia; · Diminuição da poluição ambiental; · Geração de empregos diretos e indiretos; · Diminuição do custo com limpeza urbana; · Reduz a emissão de gases de efeito estufa. Figura 11: Símbolo universal da reciclagem. Fonte: vgresiduos.com.br. O processo de reciclagem também funciona como educação ambiental, envolve a coleta, triagem e processamento dos resíduos. Adotar essa ideia e ter ações diárias de reciclagem não requer mudanças de estilo de vida tão drásticas como pode parecer a primeira vista. Geralmente nosso dia a dia está mais envolvido com resíduos recicláveis do que não recicláveis. É que a comunidade participe da coleta seletiva e de toda ação que contribua para uma melhor sustentabilidade. Principais Materiais Recicláveis. Papel. Há muito tempo papeis e papelões são reciclados pelos grandes produtores de embalagens. Essa demanda produziu volume suficiente de papel para justificar no investimento em equipamentos para preparar o material a ser negociados com sucateiros. A medida que o interesse por reciclagem aumentou, cresceu também a quantidade de caixas feitas com material reciclado. Uma tonelada de aparas pode evitar o corte de 10 a 20 árvores provenientes de plantações comerciais. A fabricação de papeis com o uso de aparas gasta de 10 a 50 vezes menos água que no processo tradicional, que usa celulose virgem, além de reduzir o consumo de energia pela metade, (DOURADO,2012). Plástico. O inglês Alexandre Parker produziu o primeiro plástico em 1862. Rapidamente ele tornou-se um maiores fenômenos da era industrial, garantindo mais durabilidade e leveza. Mas, com o tempo tornou-selavo de críticas quanto ao seu despejo em aterros que crescem junto com a explosão populacional, (DOURADOS, 2012). A reciclagem de plástico começou a ser realizada nas industrias para o reaproveitamento de perdas da própria produção. Quando o material passou a ser reciclado e separado do lixo comum, formou-se um novo mercado, absorvendo modernas tecnologias que possibilitam a produção de artigos de plástico reciclado com percentual cada vez maior, (DOURADOS, 2012). Latas de Alumínio. As latas de alumínio surgiram nos Estados Unidos em 1963. Os programas de reciclagem começaram em 1968, fazendo retornar a produção meia tonelada de alumínio por ano. As campanhas de coleta se multiplicam e atualmente dezenas de milhões de pessoas na América, incluindo o Brasil, participam ativamente dos programas de coleta de latas de alumínio. Na década de 1990, surge o primeiro programa brasileiro de reciclagem deste material, com uma participação de 2 milhões de pessoas somente no Brasil, contribuindo para um total reciclado de 1,8 bilhões de latas por ano, (GRIPPI, 2006). Latas de Aço. O aço é um dos mais antigos materiais recicláveis. Nos Estados Unidos, os esforços pela coleta seletiva das latinhas começaram na década de 1970, com o advento da reciclagem. No brasil foi criado em 1992 o Programa de Valorização das Embalagens Metálicas com o objetivo de estimular o consumo, coleta, e a reciclagem deste material, (GRIPPI, 2006). Vidro. A indústria vidreira se desenvolveu rapidamente, mas a coleta seletiva só começou na década de 1990, nos Estados Unido, que hoje já conta com 6 mil pontos de coleta de vidro. No Brasil a primeira iniciativa surgiu em 1966, hoje envolve 7 milhões de pessoas em mais de 25 cidades brasileiras, (GRIPPI, 2006). Pneus. Os pneus vem a ser hoje no mundo um dos maiores problemas ambientais a serem resolvidos, pois a destinação final sem critérios dos pneus usados vem a ser danosa ao ambiente e a saúde pública, gerando poluição e perturbação ambiental de toda a ordem, sendo sua queima indiscriminada e criminosa o maior dos problemas, (GRIPPI, 2006). Coleta Seletiva. A coleta seletiva representa uma forma ecológica mais adequada para o descarte de lixo, o que em acompanhado de uma constante educação ambiental e gera um desenvolvimento sustentável. Sendo assim, ela é um mecanismo de recolha de resíduos, os quais são classificados de acordo com a origem e depositado em contentores indicados por cores, podendo ser de origem orgânica ou inorgânica. Figura 12: Coleta Seletiva conforme o tipo de resíduo. Fonte: todamateria.com.br. Segundo a resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 275/2001, foi estabelecido um código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva, como referenciado em todamateria.com.br. O padrão das cores dos contentores e os matérias que cada um recebe são: · Azul: papéis e papelões; · Verde: vidros; · Vermelho: plásticos; · Amarelo: metais; · Marrom: resíduos orgânicos; · Preto: madeira; · Cinza: materiais não reciclados; · Branco: lixo hospitalar; · Laranja: resíduos perigosos; · Roxo: resíduos radioativos. Figura 13: Cores da coleta seletiva e o que representam. Fonte: reciclatecsite.wordpress.com. Importância da Coleta Seletiva. Tendo em visa um desenvolvimento humano mais sustentável, todos podemos colaborar com a separação do lixo, o que nos traz alguns benefícios através de pequenas atitudes como: · Estimular mudanças de habito de consumo, reduzindo assim a proliferação de lixo; · Reciclar através de processos artesanais e industriais; O sucesso da coleta seletiva depende da participação efetiva da sociedade, e está, diretamente associada aos investimentos feitos para sensibilização e conscientização da população. Normalmente quanto maior a participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor o seu custo de administração e maior seu sucesso, (GARCEZ, 2010). A coleta seletiva e o processo de reciclagem estão intimamente ligados. Em resumo a coleta seletiva é a separação dos materiais e a reciclagem é a transformação da matéria-prima que pode ser reaproveitada, ou seja, os recicláveis também são oriundos da coleta seletiva que acontece em muitos municípios brasileiros. Cooperativas de Reciclagem. Uma das principais características das cooperativas é ser uma ferramenta de inclusão e transformação. Isso porque, o recolhimento do lixo reciclável é uma ação benéfica ao meio ambiente e também um meio de sobrevivência para quem não enxergava mais nenhuma oportunidade de vida digna, desta forma as cooperativas de reciclagem possuem uma importância social significativa no país. Algumas cooperativas mantém até convênios com as prefeituras municipais que praticam o processo de coleta seletiva em seus municípios. Atualmente, são aproximadamente 2 mil organizações de catadores espalhadas por todas as regiões do Brasil. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 332 mil empregos diretos são gerados pelo setor de reciclagem. Por esse cenário é fácil entender a razão pela qual as cooperativas de reciclagem ajudam não só a geral empregos e a preservar o meio ambiente, mas também a valorizar o trabalho dos catadores segundo, baalberksp.com.br. As cooperativas trazem de volta ao ciclo o que parece não servir mais através de processos realizados para reciclagem de resíduos já descartados, como esquematizado a seguir: · Coleta: feito pelos catadores, que separam os materiais, os quais são divididos em alumínio, papel, plástico e vidro, estes, após separado são encaminhados para a triagem; · Triagem: depois da coleta os resíduos são separados novamente, para que nas empresas recicladoras, todos os resíduos sejam tratados e reciclados corretamente. · Prensa: os materiais são prensados e compactados através de equipamentos específicos e apropriados para isto. · Venda: último processo dento da cooperativa, todo material é transportado e vendido para empresas recicladoras. · Figura 14: Processos de uma cooperativa de reciclagem. Fonte: ifbonilo.org.br. Educação Ambiental. A educação ambiental compreende conceitos relacionados com meio ambiente, sustentabilidade, preservação e conservação, a educação ambiental busca a formação de cidadãos conscientes e críticos. Trabalhando com a inter-relação entre o ser humano e o meio ambiente, desenvolvendo um espirito cooperativo e se comprometendo com o futuro do nosso planeta, formando uma sociedade com um enorme potencial de sustentabilidade. Quando falamos de educação ambiental, estamos falando de uma questão bastante e continuo para que essas mudanças sejam de fato profundas. A educação ambiental trata-se de um grande desafio, de amadurecimento político, institucional, da gestão pública e da nossa sociedade, e com certeza um desafio também pedagógico de desenvolver os processos relacionados ao diagnóstico e planejamento das ações de gestão ambientalmente adequadas, em um conjunto de esforço de toda a sociedade. Uma vez que o município é responsável pelo gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos a sociedade civil e as escolas tem papel importantíssimo nesse processo de educação ambiental. Consideramos que a educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem par a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservem entre si relação de independência e diversidade. Isso requer responsabilidade individual e coletiva a nível local, nacional e planetário, (FORUM INTERNACIONAL DE ONGS, 1992). No brasil conforme o ministério do meio ambiente (MMA), a educação ambiental passa a fazer parte de uma política pública a partir da lei nº 6.938 de 1981, que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente. Em 1988 a Constituição federal assegura aos cidadãos brasileiros o direito a um ambiente equilibrado esaudável garantindo uma qualidade de vida e saúde dos cidadãos e atribui ao Estado a responsabilidade de promover a educação ambiental. Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade conforme imosul.ms.gov.br. A educação ambiental temos que considerar apenas resultados positivos, aliar valore, muito conhecimento e cultura e a mais importante, a necessidade da conservação e uma busca do desenvolvimento que respeite todas as formas de vida do nosso planeta. A Educação Ambiental nas Escolas. O ambiente escolar tem uma grande relevância, visto que desde de cedo as crianças aprendem a lidar com o desenvolvimento sustentável. O aluno é preparado para reconhecer temas relacionados a área ambiental, com o objetivo de se tornar um cidadão consciente de suas práticas e também na formação de valores e atitudes criadas sobre o enfoque de sustentabilidade. Vários trabalhos podem ser realizados com os alunos, como, consumo sustentável, recursos naturais, crise ambiental, efeito estufa, tipos de lixo, coleta seletiva, reciclagem, dentre muitos outros. Esses trabalhos podem ser realizados com os alunos para que eles se familiarizem com as práticas sustentáveis, e possam, vislumbrar os problemas relacionados com a degradação do meio ambiente e suas implicações futuras. Hoje as ações da educação ambiental estão voltadas para diferentes níveis de ensino formais. Mas precisamos vincular atitudes de vida, e relação sócio educativa com a comunidade em geral, desenvolvendo práticas que promova uma ação educativa permanente produzindo uma consciência global, do tipo de relação que o homem estabelece entre si e a natureza. Gerenciamento do Lixo Urbano. A solução mais comum para o lixo urbano, é uma expansão dos aterros sanitários, e também uma conscientização da população para o reaproveitamento de vários materiais descartados, que podem ser reutilizados para outras finalidades. O nosso planeta não suporta mais a quantidade de lixo que a humanidade gera, isso porque, o lixo é uma das principais causas dos problemas ambientais, como a poluição do ar, da água e do solo. E essa poluição traz todo um desequilíbrio ambiental (alterações climáticas, doenças, aspecto estético desagradável, maus odores, etc.). Lixo e Covid-19. Segundo a OMS dezenas de toneladas de resíduos extras foram, e são utilizados em resposta a pandemia de Covid-19, este aumento pressionou o sistema de gerenciamento de resíduos em todo o mundo, ameaçando a saúde humana e ambiental, expondo uma necessidade urgente de melhorar práticas de gestão de resíduos, de acordo com o novo relatório da OMS. Levando em consideração todo este contesto, o trabalho de limpeza pública é essencial para a saúde da população e não pode parar, principalmente neste senário. Por isso, os colaboradores da limpeza tanto na coleta orgânica quanto na coleta seletiva, devem seguir todas as normas e medidas de prevenção e higiene, para garantir o seu próprio bem, de seus familiares, e de toda a comunidade. Mas, para tanto, é preciso a ajuda de toda a população, em relação a maneira correta de descarte do lixo doméstico em tempo de pandemia, que exige uma atenção redobrada. Por isso é necessário atenção e orientação de como descartar de forma correta, principalmente se tiver algum caso de suspeita ou confirmação de Covid-19 na residência. Descarte de Lixo Sem Suspeita de Covid-19 na Residência. · Deve-se separar o reciclado do lixo comum; · Luvas e mascaras podem ser descartados no lixo comum; · Colocar os sacos de lixo para coleta de acordo com o dia e horário de recolhimento disponibilizados pela entidade responsável. Descarte de Lixo Com Suspeita de Covid-19 na Residência. · Não separar o lixo reciclável do comum; · Usar dois sacos para acondicionar o lixo, e fechá-los corretamente; · Os sacos devem ser fechado com lacre; · Não deve-se encher o saco até a borda, descartar quanto atingir dois terços de sua capacidade, para ter espaço suficiente para fecha-lo com segurança; · Colocar os sacos para coleta de acordo com o dia e horário disponibilizados pela entidade responsável. Material da Campanha. O material de campanha utilizado para a realização do trabalho, e orientação das pessoas envolvidas, foi o mesmo fornecido pela instituição de ensino responsável (UNINGÁ), o qual foi impresso e disponibilizado para os trabalhadores envolvidos e também afixado no escritório do centro de coleta de reciclado da cidade de Floresta, PR. Atividades Desenvolvidas. Primeiramente realizamos uma pesquisa aprofundada sobre o tema, tirando informações necessárias para o desenvolvimento da atividade proposta pela instituição (UNINGÁ). Após o estudo do caso, procuramos algumas pessoas para a arrecadação de luvas, que foram doadas aos trabalhadores do centro de coleta de reciclagem da cidade de Floresta – PR . Foi feito uma visita no centro de coleta e organizado uma conversa com os trabalhadores deste local, orientado sobre o processo correto de reciclagem, os riscos e todos os fatores envolvidos com o tema de reciclagem, foram retiradas todas as dúvidas dos trabalhadores, que surgiram durante a conversa, fornecemos um panfleto educativo, disponibilizado pela instituição de ensino (UNINGÁ). Registros Fotográficos. Considerações Finais. O conceito de desenvolvimento sustentável, é cada vez mais utilizado e apreciado pela sociedade. Porém, vejo que é necessário uma maior informação a população, para que conheçam o real risco sobre o impacto ambiental no planeta, por descarte incorreto do lixo gerado e para que intendam melhor sobre a importância da reciclagem, que além de contribuir para a manutenção do meio ambiente, também garante o sustento de muitas famílias. É necessário um maior investimento em informação e tecnologia para que a população conheça mais sobre o assunto, para que, ocorra na pratica a seleção e coleta de resíduos para um gerenciamento sustentável do lixo produzido em todos os setores da sociedade. Neste contesto o desenvolvimento deste projeto, nos ajuda a ter um aprendizado profundo sobre o tema reciclagem, e também possibilitou orientar uma algumas pessoas da população da cidade de Floresta – PR, a forma correta para o descarte do lixo, auxiliando algumas famílias que tiram seu sustento através da coleta do lixo reciclado, contribuindo para uma cidade mais limpa e um modo de vida mais sustentável. REFERENCIAS CARLOS, Canejo. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Rio de Janeiro. Editora Freitas Bastos, 2022. DOURADO, Jucelino; BELIZÁRIO, Fernando. Reflexão e Práticas em Educação Ambiental: Discutindo o Consumo e a Geração de Resíduos. São Paulo. Editora Oficina de Texto, 2012. GARCEZ, Lucília; GARCEZ, Cristina. Lixo, Coleção Planeta Saudável. 1º edição,2010, Rio de Janeiro, Callis Editora ltda, 2º reimpressão, 2012. GRIPPI, Sidney. Lixo: Reciclagem e Sua História: Um Guia Para as Prefeituras Brasileiras. 2º edição, Rio de Janeiro. Editora Interciência, 2006. SILVEIRA, Augusto Lima da. De Volta ao Ciclo: Tecnologias Para Reciclagem de Resíduos. 1º edição, Curitiba. Editora Inter Saberes, 2021. https://www.acamarcb.com.br https://www.baalberksp.com.br https://www.brasilcoleta.com.br https://www.clickfozdoiguacu.com.br https://www.curitiba.pr.gov.br https://www.autodoc.com.br https://www.cangacu.rs.gov.br https://www.dinamicambiental.com.br https://www.ecycle.com.br https://www.ifbonilo.org.br https://www.inasul.ms.gov.br https://www.istockphoto.com.br https://www.jundiai.sp.gov.br https://www.wikipedia.org https://www.nationalgeographicbrasil.com https://www.portal.mec.gov.br https://www.reciclatecsite.wordpres.com https://www.saneamentobasico.com.br https://www.sal-ourinhos.com.br https://www.todamatéria.com.brhttps://www.translix.com.br https://www.vgresidios.com.br image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.png image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.png image12.jpeg image13.jpeg image14.png image15.png image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg image20.jpeg image21.jpeg image22.jpeg image23.jpeg image24.jpeg image25.jpeg image26.jpeg image27.jpeg image28.jpeg image29.jpeg image30.jpeg image31.jpeg image32.jpeg image33.jpeg image34.jpeg image1.jpeg