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Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Unidade 1 Juros e Parcelamentos - Conceitos Básicos Aula 1 Juros simples e Taxa Equivalente Juros simples e taxa equivalente Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Olá, estudante! Nesta aula, você conhecerá alguns conceitos iniciais da Matemática Financeira como: juros simples, taxa equivalente e montante, os quais podem ser encontrados em nosso dia a dia em diversas situações, como cálculo de juros em um empréstimo ou na compra de um eletrodoméstico, aplicação de taxas, entre outros. Para melhor compreender sobre o assunto, considere a situação do Davi, que precisa comprar alguns itens para seu escritório e a loja oferece a seguinte condição de pagamento: compras com entrada de 25% do valor à vista e pagamento até 10 dias, sob taxa de juros simples de 2,7% a.m. Como Davi realizou uma compra de R$ 800,00, quanto ele irá pagar no prazo �nal? Se você estivesse no lugar do Davi, como faria para resolver essa situação? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u1a1_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos Começar! Juros simples O conceito de juros simples pode ser aplicado em situações do nosso dia a dia, como cálculo em multas, cheque especial, impostos, entre outros. De acordo com Moreira (2010), o conceito de juros surgiu há muito tempo quando o homem relacionou o tempo com ganho de dinheiro, com processos de acumulação de capital e a desvalorização da moeda. Na Matemática Financeira, para aprofundarmos sobre o cálculo dos juros, primeiramente precisamos conhecer a de�nição de alguns termos: Taxa de juros (i): é a unidade de medida dos juros, correspondente à remuneração paga pelo uso, durante determinado tempo, apresentada nas situações pela porcentagem. Por exemplo: um empréstimo com taxa de 2% ao mês: Tal que, 2% referem-se à taxa percentual e 0,02 à taxa unitária. Uma observação importante é que o mercado �nanceiro trabalha com base na taxa de juros percentual, porém é necessário colocá- la na forma unitária para realizar os cálculos �nanceiros. Tempo (n): prazo da operação �nanceira, o qual deve estar equivalente ao período da taxa. Capital (C): quantidade de recurso �nanceiro disponível ou exigido no ato de uma operação �nanceira, compra ou aplicação. O capital também é denominado valor presente (VP) e valor atual (VA). Juros (J): é a remuneração do capital empregado, ou seja, se aplicarmos um determinado valor durante um período de tempo, ao �m do prazo, obteremos um valor de juros. Montante (M): também denominado como valor futuro (VF), é o resultado futuro de operações �nanceiras realizadas com o capital. O juro simples é calculado sempre sobre o valor do capital inicial. Os juros de cada período são obtidos multiplicando a taxa de juros (i) pelo capital (C) e pelo tempo da aplicação (n), dado pela seguinte fórmula: Para melhor compreender, observe o exemplo: Joana emprestou R$ 1500,00 de uma instituição bancária para pagar daqui 4 meses, com uma taxa de 2% a.m. no regime de juros simples. Quanto Joana pagará de juros para instituição bancária? Temos que: 2% = 2 100 = 0,02 J = C. i.n C = 1500 n = 4 meses Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Substituindo na fórmula: Montante Com intuito de aprofundar ainda mais sobre o regime de capitalização de juros simples, vamos abordar o cálculo do montante. O montante também é conhecido como valor futuro e na língua inglesa, usa-se Future Value, indicado nas calculadoras �nanceiras pela tecla FV. O cálculo do montante é a soma do capital com os juros, ou seja, a partir da seguinte fórmula: Observe um exemplo do cálculo do montante: Marcos investiu R$ 10.500,00 a uma taxa simples de 12% a.a., quanto ele terá ao �nal de 12 meses? Temos que o capital é: O período é E a taxa que está ao ano deverá ser convertida ao mês, para que se torne equivalente ao período da taxa, logo: Agora, deve-se substituir na fórmula: i = 2% a.m = 2 100 = 0,02 J = C. i.n J = 1500.0,02.4 J = 120,00 M = C(1 + i.n) C = 10.500 n = 12 meses i = 12% a. a = 1% a.m 1 100 = 0,01 M = C(1 + i.n) M = 10 500(1 + 0,01.12) Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o montante será R$ 11 760,00. Siga em Frente... Taxa equivalente Para que possamos compreender sobre taxa equivalente, primeiramente, vamos abordar sobre o período comercial, qual é utilizado em transações �nanceiras: 1 mês = 30 dias 1 ano = 12 meses 1 ano = 360 dias Essas informações serão necessárias para toda nossa disciplina, pois antes de calcular qualquer fórmula você deve se atentar se o período temporal da taxa de juros (i) e período (n) estão equivalentes, ou seja, se a taxa de juros (i) está ao ano, o período (n) também deve estar ao ano. Se por acaso esses períodos temporais estiverem diferentes, faz-se necessário o cálculo da taxa equivalente. No regime de capitalização do juros simples a taxa equivalente i_eq é calculada da seguinte forma: quando a taxa for apresentada numa referência maior que a solicitada, deverá dividir pela proporção da referência. Quando a taxa for apresentada numa referência menor que a solicitada, deverá multiplicar pela proporção da referência menor. Por exemplo: Carmem emprestou um valor X de seu irmão comprometendo-se a pagar após 4 meses, com uma taxa de 15% a.a. no regime de juros simples. A taxa está equivalente com o período? Como podemos deixá-la equivalente? Observe que a taxa de juros está ao ano e o período de tempo está ao mês, logo, faz-se necessário deixar a taxa equivalente. Para isso, como temos a taxa ao ano, um período de referência maior que o período ao mês, vamos dividir a taxa por 12. Logo, a taxa equivalente será Vamos Exercitar? M = 10 500(1 + 0,12) M = 10 500(1,12) M = 11 760 i = 15% a. a = ieq = 15% 12 = 1,25%a.m ieq = 1, 25%a.m. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para colocar em prática os conceitos vistos, considere a situação Davi, que precisa comprar alguns itens para seu escritório e a loja oferece a seguinte condição de pagamento: Compras com entrada de 25% do valor à vista e pagamento até 10 dias, sob taxa de juros simples de 2,7% a.m. Como Davi realizou uma compra de R$ 800,00, quanto ele irá pagar no prazo �nal? Se você estivesse no lugar do Davi, como faria para resolver essa situação? Primeiramente, temos que calcular o valor da entrada, ou seja, 25% de 800: Como a entrada é R$ 200,00, subtraindo do valor da compra de R$ 800,00, temos que o capital é: O período é E a taxa que está ao mês deverá ser convertida ao dia, para que se torne equivalente ao período da taxa, logo: Agora, deve-se substituir na fórmula: Logo, João pagará no prazo �nal R$ 605,40. Saiba mais 25% de 800 = 25 100 . 800 = 20000 100 = 200 C = 600 M = C(1 + i.n) n = 10 dias. ieq = 2,7% a.m = 2,7% 30 dias = 0,09% a. d = 0,09 100 = 0,0009 M = C(1 + i.n) M = 600(1 + 0,0009.10) M = 600(1 + 0,009) M = 600(1,009) M = 605,40 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para saber mais sobre o regime de capitalização de juros simples leia o artigo Uma breve introdução à matemática �nanceira: juros simples de José Bonifácio de Araújo Júnior. Referências ARAÚJO JÚNIOR, J. B. Uma breve introdução à matemática �nanceira: juros simples. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 29-38, 2020. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MOREIRA, F. R. et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 9, 2010. Aula 2 Séries de Juros Simples Séries de juros simples Este conteúdoa expansão de negócios lucrativos, �nanciamento de equipamentos, instalações, entre outros, o que pode compensar no �nal das contas. Existem diferentes tipos de �nanciamento, mas o exemplo a ser estudado nesta seção é do cálculo de parcelas iguais e periódicas no regime de capitação de juros compostos, ou seja, taxa efetiva. Cálculo de prestações Para o cálculo de �nanciamentos com parcelas periódicas e iguais, podemos usar a fórmula do valor presente: Onde: VP: valor presente, capital, valor à vista. parc: parcela, prestações iguais. n: número total de parcelas, prestações iguais e periódicas. i: taxa de juros compostos, taxa efetiva. Tal fórmula apresenta uma vantagem em trabalhar com parcelamentos de número muito grande de prestações iguais, como 60, 120, 180 parcelas. As parcelas sempre deverão ter vencimentos periódicos, como mensais, bimestrais, semestrais, entre outros. Vejamos um exemplo: Ana Alice comprou um aparelho celular em 10 parcelas mensais e iguais de R$ 150,00 sob taxa efetiva de 2,5% a.m. Qual o valor à vista do aparelho celular? Primeiramente, vamos extrair os valores do problema: Substituindo os valores na fórmula, temos: V P = parc. [ 1−(1+i)−n i ] V P =? parc = 150,00 n = 10 parcelas mensais e iguais. i = 2,5% a.m = 0,025 a.m VP = parc[ 1−(1+i)−n i ] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor à vista do aparelho celular é de R$ 1.312,80. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, imagine que você deseja �nanciar um veículo cujo valor à vista é R$ 38.000,00. Uma loja apresentou uma proposta de 48 vezes mensais e iguais sob a taxa efetiva de 1,51% a.m. Nesse cenário, qual é o valor da parcela dessa proposta de �nanciamento? Primeiramente, vamos extrair os valores do problema: n = 48 parcelas mensais e iguais. Substituindo os valores na fórmula, temos: Onde: AV = V P = 150[ 1−(1+0,025) −10 0,025 ] AV = V P = 150[ 1−(1,025)−10 0,025 ] AV = V P = 150[ 1−0,7812 0,025 ] AV = V P = 150[ 0,2188 0,025 ] AV = V P = 150 ⋅ 8,752 AV = V P = 1 312,80 V P = AV = R$38.000,00 parc =? i = 1,51% a.m = 0,0151 a.m VP = parc[ 1−(1+i)−n i ] 38.000 = parc[ 1−(1+0,0151) −48 0,0151 ] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o �nanciamento proposto pelo vendedor resultará em 48 parcelas mensais e iguais a R$ 1.118,74. Saiba mais Para saber mais sobre �nanciamentos, leia o artigo Matemática �nanceira: uma abordagem sobre �nanciamentos de Nilo César Costa Fernandes. Referências ASSAF NETO, A. Matemática �nanceira e suas aplicações. 12 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. FERNANDES, N. C. C. Matemática �nanceira: uma abordagem sobre �nanciamentos. Dissertação (Mestrado em Matemática em Rede Nacional). Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. 2014. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/9588. Acesso em: 18 nov. 2023. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 2 Valor Presente - Financiamento com Entrada Valor presente – �nanciamento com entrada Este conteúdo é um vídeo! 38.000 = parc[ 1−0,4871 0,0151 ] 38.000 = parc[ 0,5129 0,0151 ] 38.000 = parc ⋅ 33,9669 parc = 38.000 33,9669 = 1.118,74 https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/9588 https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/9588 https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/9588 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprofundará ainda mais seus estudos sobre �nanciamentos e empréstimos, bem como o regime de capitalização de juros compostos com entrada. Tais conhecimentos são aplicados em situações do nosso dia a dia, em �nanciamentos de habitação, móveis, entre outros. Para melhor compreender sobre o assunto, imagine que você deseja �nanciar um veículo cujo valor à vista é R$ 38.000,00 em 48 vezes mensais e iguais sob a taxa efetiva de 1,51% a.m. com entrada de 20% do valor à vista. Sendo assim, você deverá apresentar os valores da entrada e das parcelas dessa proposta de �nanciamento. Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Juros compostos no �nanciamento com entrada Você já sonhou em comprar um carro novo ou casa própria? Muitas pessoas almejam realizar tais sonhos, assim como outros, e para isso optam pelo �nanciamento para viabilizar as compras. Porém, é necessário tomar algumas decisões importantes nesse processo de tomada de decisão e uma delas é escolher entre fazer um �nanciamento com maior entrada ou mais parcelas. Essas decisões, assim como a escolha da taxa de juros, são importantes porque in�uenciam o valor �nal do �nanciamento. Dependendo do valor �nanciado, escolher entre uma maior entrada ou mais parcelas pode economizar e muito seu dinheiro. Neste sentido, lembre-se que o �nanciamento faz uso, na maioria das vezes, do regime de capitalização de juros compostos e a utilização do pagamento de uma entrada como parte do valor �nanciado pode ajudar muito, diminuindo o valor dos juros a serem pagos no �nanciamento como todo. Um exemplo pode ser o da compra de uma casa no valor de R$ 200.000,00, em que a pessoa pode dar uma entrada de R$ 50.000,00 no ato da contratação, restando �nanciar somente R$ 150.000,00 para incidência de juros. https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u3a2_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Figura 1 | Financiamento de imóvel. Fonte: Freepik. Siga em Frente... Financiamento com entrada Agora que você já compreendeu sobre a importância do pagamento de uma entrada no ato da contratação de um �nanciamento, vamos conhecer a fórmula que nos auxilia para o cálculo do valor das parcelas, o valor a ser �nanciado, a taxa de juros e quantidade de parcelas. Para isso, vamos utilizar a fórmula do valor presente. Substituindo “VP" por “AV-E" na equação passaremos a ter a equação que nos auxiliará a resolver problemas de �nanciamento com entrada, como apresentado a seguir: Em que: V P = parc[ 1−(1+i)−n i ] AV − E = parc. [ 1−(1+i)−n i ] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA VP: valor presente, capital, valor à vista. parc: parcela, prestações iguais. n: número total de parcelas, prestações iguais e periódicas. i: taxa de juros compostos, taxa efetiva. Um exemplo de utilização dessa fórmula pode ser para o cálculo das prestações de um �nanciamento no valor X com taxa de 1,5% a.m. em 48 parcelas mensais e iguais. Parcelamento Quando realizamos um �nanciamento para adquirir algum bem, estamos emprestando um capital para pagar em parcelas, nesse caso especí�co, iguais e periódicas, com incidência de juros no regime de capitalização composto. Observe um exemplo em que podemos utilizar a fórmula do valor presente com entrada para cálculo de parcelamentos. Lucas vai comprar um computador cujo valor é R$ 5.400,00 em 10 parcelas mensais e iguais, sob regime de juros compostos de 3,2% a.m. e entrada igual ao valor da parcela. Qual o valor da entrada? Extraindo as informações do problema, temos: Substituindo os valores na fórmula do valor presente com entrada, temos: AV : R$5.400,00 E :? parc : E n : 10 i : 3,2 % a.m = 0,032 AV − E = parc. [ 1−(1+i)−n i ] 5.400 − E = E ⋅ [ 1−(1+0,032) −10 0,032 ] 5.400 − E = E ⋅ [ 1−(1,032) −10 0,032 ] 5.400 − E = E ⋅ [ 1−0,7298 0,032 ] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor da entrada será de R$ 571,80. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, imagine que você deseja �nanciar em 48 vezes mensais e iguais sob ataxa efetiva de 1,51% a.m. um veículo cujo valor à vista é R$ 38.000,00, com entrada de 20% do valor à vista. Sendo assim, você deverá apresentar os valores da entrada e das parcelas dessa proposta de �nanciamento. Primeiramente, vamos calcular o valor da entrada: 20% do valor à vista: Agora que temos o valor da entrada, vamos substituir os valores na fórmula do valor presente com entrada: 5.400 − E = E ⋅ [ 0,2702 0,032 ] 5.400 − E = E ⋅ [8,4438] 5.400 − E = 8,4438E 5.400 = 8,4438E + E 5.400 = 9,4438E 5.400 9,4438 = E E = 571,80 E = 20% ⋅ 38.000 E = 0,20 ⋅ 38.000 E = R$7.600,00 V P = R$38.000,00 E = R$7.600,00 parc =? n = 48 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o �nanciamento terá entrada de R$ 7.600,00 e 48 parcelas mensais e iguais a R$ 894,99. Saiba mais Para saber mais sobre parcelamento, leia a dissertação Matemática Financeira: um conhecimento necessário e importante para as pessoas de Ido José Schneider. Referências CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. SANTOS, J. C. Matemática �nanceira. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S/A, 2016, 216 p. SCHNEIDER, I. J. Matemática �nanceira: um conhecimento importante e necessário para a vida das pessoas. Dissertação. Mestrado em Educação. Universidade de Passo Fundo, 2008. Aula 3 Valor Presente - Condições Especiais i = 1,51 % a.m = 0,0151 a.m AV − E = parc[ 1−(1+i)−n i ] 38.000 − 7.600 = parc[ 1−(1+0,0151)−48 0,0151 ] 30.400 = parc[ 1−0,4871 0,0151 ] 30.400 = parc ⋅ 33,9669 parc = 30.400 33,9669 = 894,99 https://secure.upf.br/pdf/2008IdoJoseSchneider.pdf https://secure.upf.br/pdf/2008IdoJoseSchneider.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Valor presente – condições especiais Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprofundará ainda mais nosso estudo sobre �nanciamentos, mais especi�camente, quando temos condições especiais, ou seja, período de carência. Com intuito de aprofundar e aplicar os conceitos vistos, considere que Joana pretende �nanciar um veículo no valor de R$ 38.000,00 em 48 vezes mensais e iguais sob a taxa efetiva de 1,51% a.m. com entrada de R$ 7.600,00, pagando a primeira parcela somente após 3 meses. Considerando tal situação, agora, você deve calcular as parcelas que Joana pagará. Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Juros compostos no �nanciamento com condições especiais Muitas pessoas acabam optando pelo �nanciamento para aquisição de algum bem, seja ele um carro, uma casa ou apartamento, entre outros. Porém, a escolha do �nanciamento pode in�uenciar muito no valor �nal pago. Depende do valor da taxa de juros, quantidade de parcelas e em alguns casos até �nanciamentos com condições especiais. Um exemplo disso é o �nanciamento com período de carência, em que o início dos pagamentos das parcelas ocorre após determinado tempo (k). Os juros cobrados no período de carência ocorrem quando a pessoa não paga nenhuma parcela durante um determinado tempo e depois tal valor é diluído nas demais parcelas. Observe o esquema a seguir, em que temos o AV como valor à vista e ele é reajustado em função de k -1, em que k é o período de carência. Após esse período, temos o VP que é o novo valor à vista reajustado. https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u3a3_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Um exemplo disso é quando uma pessoa contrata um �nanciamento para pagar a primeira parcela após 90 dias, ou seja, os juros cobrados nesses 3 meses serão diluídos nas próximas parcelas mensais. Siga em Frente... Parcelamento Podemos ter �nanciamentos com período de carência também com valor de entrada no início da sua contratação. Assim, além do pagamento da primeira parcela iniciar em um prazo maior, também deve-se dar uma entrada. Para isso, usamos a seguinte fórmula: Em que, VP: valor presente, capital, valor à vista. parc: parcela, prestações iguais. n: número total de parcelas, prestações iguais e periódicas. i: taxa de juros compostos, taxa efetiva. k: período em que ocorrerá o início do pagamento do �nanciamento (período de carência). E: entrada. Um exemplo dessa situação seria de uma pessoa que necessita fazer um empréstimo para comprar uma motocicleta e dará um valor de entrada, mas pagará a primeira parcela mensal somente após 2 meses, como período de carência. Período de carência (AV − E)(1 + i)k−1 = parc. [ 1−(1+i)−n i ] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para o cálculo de parcelas, valor à vista, taxa e período em um �nanciamento com período de carência, ou seja, considerando juros compostos desde o ato da compra até a primeira parcela, temos: VP: valor presente, capital, valor à vista. parc: parcela, prestações iguais. n: número total de parcelas, prestações iguais e periódicas. i: taxa de juros compostos, taxa efetiva. k: período em que ocorrerá o início do pagamento do �nanciamento (período de carência). Vejamos um exemplo: uma bicicleta no valor de R$ 3.000,00 foi �nanciada por Lucas em 5 parcelas mensais e iguais, sob taxa efetiva de 3% a.m., iniciando os pagamentos após 5 meses do ato da compra. Sendo assim, qual o valor das parcelas do �nanciamento realizado pelo Lucas? Extraindo as informações do problema, temos: Substituindo os valores na fórmula do �nanciamento com período de carência, temos: AV (1 + i)k−1 = parc. [ 1−(1+i)−n i ] AV = R$3 000,00 k = 5 meses n = 5 parcelas i = 3 % a.m = 0,03 a.m AV (1 + i)k−1 = parc[ 1−(1+i)−n i ] 3.000(1 + 0,03)5−1 = parc[ 1−(1+0,03) −5 0,03 ] 3.000(1,03)5−1 = parc[ 1−(1,03) −5 0,03 ] 3.000(1,03)4 = parc[ 1−(1,03)−5 0,03 ] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor de cada parcela será R$ 737,23. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, considere que Joana pretende �nanciar um veículo no valor de R$ 38.000,00 em 48 vezes mensais e iguais sob a taxa efetiva de 1,51% a.m. com entrada de R$ 7.600,00, pagando a primeira parcela somente após 3 meses. Considerando tal situação, agora, você deve calcular as parcelas que Joana pagará. Extraindo as informações do problema, temos: n= 48 parcelas Substituindo na fórmula do valor presente com condições especiais: 3.000 ⋅ 1,1255 = parc[ 1−0,8626 0,03 ] 3.000 ⋅ 1,1255 = parc[ 0,1374 0,03 ] 3.376,5 = parc ⋅ 4,58 parc = 3.376,5 4,58 parc = 737,23 AV = R$38.000,00 E = R$7.600,00 k = 3 meses i = 1,51 % a.m = 0,0151 a.m (AV − E)(1 + i)k−1 = parc[ 1−(1+i)−n i ] (38.000 − 7.600)(1 + 0,0151)3−1 = parc[ 1−(1+0,0151) −48 0,0151 ] 30.400 ⋅ 1,0304 = parc[ 1−0,4871 0,0151 ] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, esse �nanciamento terá entrada de R$ 7.600,00 e 48 parcelas mensais e iguais de R$ 922,20. Saiba mais Para saber mais sobre �nanciamentos, acesse o livro Matemática Financeira e Comercial de Ulysses Sodré. Referências CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. PUCCINI, A. L. Matemática �nanceira. Projeto Universidade Aberta, p. 8, 2007. SODRÉ, U. Matemática comercial e �nanceira. Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008. Aula 4 Determinação da Taxa de Juros do Valor Presente Determinação da taxa de juros do valor presente Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelocomputador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. 31.324,16 = parc ⋅ 33,9669 parc = 31.324,16 33,9669 = 922,20 http://uel.br/projetos/matessencial/superior/matfin/MatComFin.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprenderá como determinar a taxa de juros num �nanciamento no regime de capitalização de juros compostos com parcelas iguais e periódicas, tanto pelo método de Newton-Raphson como pelo uso da calculadora HP12C. Para melhor compreender sobre o assunto, suponha que você pretenda �nanciar um veículo com a mesma taxa de juros que seu amigo usou para comprar um veículo no valor de R$ 30.000,00 em 48 vezes mensais e iguais de R$ 789,89. Sendo assim, qual a taxa de juros compostos que foi aplicada a esse �nanciamento? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Valor presente Quando estamos trabalhando com �nanciamentos no regime de capitalização nos juros compostos com uma quantidade maior de parcelas periódicas e iguais, fazemos uso da fórmula do valor presente. Porém, pode haver situações em que temos que determinar a taxa de juros imposta num �nanciamento. Para determinar a taxa de juros compostos de um �nanciamento, fazemos uso das séries uniformes que têm como base os Métodos Numéricos, ou seja, Métodos Iterativos, pois obtemos a resposta esperada a partir da repetição de cálculos algumas vezes. Um exemplo disso pode ser um �nanciamento em que se tem o valor �nanciado, o valor das parcelas, quantidade das parcelas periódicas e iguais, mas não se sabe a taxa de juros imposta. https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u3a4_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Figura 1 | Financiamento de um imóvel. Fonte: Freepik. Siga em Frente... Método para cálculo de taxa no �nanciamento Um dos métodos numéricos que utilizamos para determinação da taxa num �nanciamento, que apresentam o menor número de repetições, é o Método de Newton-Raphson. Para sua aplicação, fazemos uso de uma série de funções, em que: VP: Valor presente parc: Valor da parcela periódica e igual :Taxa de juros (chute)ij Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Função da taxa de juros compostos: Função marginal da taxa de juros compostos: Função de Newton-Raphson: A partir das funções acima, vamos conhecer o mecanismo do método: 1º passo: estipular uma taxa de juros compostos inicial em valor relativo ( ). 2º passo: substituir i_j na função da taxa de juros compostos f ( ). Se então é a taxa de juros compostos imposta no �nanciamento. Se então não é a taxa de juros compostos imposta no �nanciamento, vá para o 3º passo. 3º passo: usando o valor da taxa de juros compostos , calcule o valor da função marginal da taxa de juros compostos . 4º passo: usando os valores da taxa de juros compostos ( ), da função da taxa de juros compostos f ( ) e da função marginal da taxa de juros compostos , calcule a próxima taxa de juros compostos ( ). 5º passo: com a nova taxa ( ), determinada no passo anterior, volte ao 2º passo e refaça os cálculos como se essa fosse a taxa inicial, esquecendo-se da taxa anterior. f(ij) = V P parc ij + (1 + ij) −n − 1 f'(ij) = V P parc − n(1 + ij) −n−1 ij+1 = ij − f(ij) f '(ij) ij ij |f(ij)| ≤ 0,0001 ij |f(ij)| > 0, 0001 ij ij f'(ij) ij ij f'(ij) ij+1 ij+1 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Os passos deverão ser repetidos até que Utilização da calculadora HP para cálculo da taxa de �nanciamento Além do método de Newton-Raphson, podemos calcular a taxa de um �nanciamento com parcelas iguais e periódicas a partir da utilização da calculadora HP-12C. Observe o passo a passo na HP12C para cálculo da taxa de juros num �nanciamento. Digita valor presente Tecla CHS e Tecla PV Digita quantidade de parcelas Tecla n Digita valor da parcela Tecla PMT Tecla i Vejamos um exemplo: um computador custa R$ 2.000,00 e foi parcelado em 12 vezes mensais e iguais a R$ 260,00, sob taxa de juros compostos. Determine a taxa de juros compostos aplicada nesse �nanciamento. Podemos seguir o passo a passo abaixo para resolver pela HP12C: Digita o valor presente 2000 Tecla CHS e Tecla PV Digita quantidade de parcelas 12 Tecla n Digita valor da parcela 260 Tecla PMT Tecla i Logo, teremos o valor da taxa igual a 7,6062% a.m. ij f'(ij) ij ij f'(ij) ij+1 ij+1 |f(ij)| ≤ 0,0001 https://www.vichinsky.com.br/hp12c/hp12c.php Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, suponha que você pretenda �nanciar um veículo com a mesma taxa de juros que seu amigo usou para comprar um veículo no valor de R$ 30.000,00 em 48 vezes mensais e iguais de R$ 789,89. Sendo assim, qual a taxa de juros compostos que foi aplicada ao �nanciamento de seu amigo considerando uma taxa para chute inicial de 2% a.m.? Primeiramente, vamos utilizar o Método de Newton-Raphson, em que: Substituindo na função taxa de juros, temos: Agora, vamos considerar a função de Newton-Raphson a seguir: Na sequência fazer as iterações até que tenhamos a condição de Bloco 1 1º 2º 3º Iterações 1ª 0,02 0,01461 19,7880 2ª 0,0126 0,0268 11,9914 3ª 0,0104 0,0039 9,0687 4ª 0,0100 0,0001 FIM Bloco 2 4º V P = 30000,00 parc = 789,89 ij = 2%a.m = 0,02 a.m f '(ij) = V P parc − n(1 + ij) −n−1 f(ij) = 37,98 − 48(1 + ij) −49 ij+1 = ij − f(ij) f'(ij) |f(ij)| ≤ 0,0001 ij ij F(ij) F ′(ij) Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA 0,0126 0,0104 0,0100 De acordo com o quadro, a taxa utilizada na 4ª iteração é aproximadamente 0,01, ou seja, 1% a.m. Podemos também seguir o passo a passo abaixo para resolver pela HP12C: Digita o valor presente 30 000 Tecla CHS e Tecla PV Digita quantidade de parcelas 48 Tecla n Digita valor da parcela 789,89 Tecla PMT Tecla i Logo, teremos o valor aproximado da taxa igual a 1% a.m. Saiba mais Para saber mais sobre negociação, leia o artigo Utilização do método de Newton-Raphson para análise de planos de �nanciamento no centro comercial de Abaetetuba-PA de Manuel Costa. Referências CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. COSTA, M.; LIMA, R. C.; COSTA, J. F. S. Utilização do método de Newton-Raphson para análise de planos de �nanciamento no centro comercial de Abaetetuba-PA. Conjecturas, v. 21, n. 6, p. 99- 114, 2021. GUERRA, F.; TANEJA, I. J. Matemática �nanceira. Curso de graduação em Administração a Distância, v. 1, 2014. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 5 Análise de Financiamentos ij+1 http://conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/291 http://conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/291 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Videoaula de Encerramento Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Chegada Para desenvolver a competência desta unidade, que é compreender os diferentes tipos de �nanciamento com o intuito de auxiliar na tomada de decisão que requer a escolha de um tipo de �nanciamento é necessário abordar os seguintes conceitos: O �nanciamento no regime de capitalização de juros compostos, com grande quantidade de parcelas periódicas iguais, deve-se utilizar a seguinte fórmula do valor presente: Onde: VP: valorpresente, capital, valor à vista. parc: parcela, prestações iguais. n: número total de parcelas, prestações iguais e periódicas. i: taxa de juros compostos, taxa efetiva. Se substituirmos o “VP" por “AV-E" na equação, temos a fórmula para resolução de �nanciamentos com entrada: Podemos também ter �nanciamentos com período de carência, em que o pagamento da primeira parcela iniciará em um prazo maior e os juros serão diluídos nas demais parcelas. Nesse caso, temos a fórmula para cálculo com entrada: V P = parc. [ 1−(1+i)−n i ] AV − E = parc. [ 1−(1+i)−n i ] https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u3enc_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Em que, VP: valor presente, capital, valor à vista. parc: parcela, prestações iguais. n: número total de parcelas, prestações iguais e periódicas. i: taxa de juros compostos, taxa efetiva. k: período em que ocorrerá o início do pagamento do �nanciamento (período de carência). E: entrada. Para o cálculo de parcelas, valor à vista, taxa e período em um �nanciamento com período de carência, temos a seguinte fórmula: Continuando os estudos sobre �nanciamento também podemos ter situações que necessitam do cálculo da taxa de juros. Nesse caso, um dos métodos numéricos que utilizamos, que apresentam o menor número de repetições, é o Método de Newton-Raphson. Função da taxa de juros compostos: Função marginal da taxa de juros compostos: Função de Newton-Raphson: A partir das funções acima, deve-se seguir os passos do método até encontrar a taxa adequada ao problema. Além do método de Newton-Raphson podemos calcular a taxa de um �nanciamento com parcelas iguais e periódicas a partir da utilização da calculadora HP-12C. Observe o passo a passo na HP12C para cálculo da taxa de juros num �nanciamento. Digita valor presente Tecla CHS e Tecla PV (AV − E)(1 + i)k−1 = parc. [ 1−(1+i)−n i ] f(ij) = V P parc ij + (1 + ij) −n − 1 f'(ij) = V P parc − n(1 + ij) −n−1 ij+1 = ij − f(ij) f '(ij) Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Digita quantidade de parcelas Tecla n Digita valor da parcela Tecla PMT Tecla i Logo, nesta unidade abordamos sobre tipos de aplicações da fórmula do valor presente em �nanciamentos, bem como suas principais características. É Hora de Praticar! Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Agora, você colocará em prática os conceitos vistos nesta unidade. Vamos lá! Raquel e Luís estão reformando sua casa e realizaram uma compra de materiais de construção que foi �nanciada em 12 parcelas mensais e iguais de R$ 370,50, com taxa de juros compostos de 4,3% a.m. e entrada de R$ 300,00. Sendo assim, qual é o valor à vista da compra desse casal? Após os estudos realizados, responda: Você consegue identi�car qual fórmula utilizar em cada situação-problema? Você extrai as informações de forma correta dos problemas? Você consegue identi�car situações do seu dia a dia em nossa disciplina e como ela pode te ajudar? Clique aqui e acesse os slides do Dê o play! Primeiramente, vamos extrair as informações do problema: Substituindo os valores na fórmula do valor presente com entrada: AV =? E = 300,00 parc : 370,50 n : 12 i : 4,3 % a.m = 0,043 AV − E = parc[ 1−(1+i) −n i ] AV = parc[ 1−(1+i)−n i ]+ E https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u4_de_o_play_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor à vista da compra foi de R$ 3.717,23. Figura 1 | Mapa mental - análise de �nanciamentos CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MOREIRA, Fernando Ricardo et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 9, 2010. OLIVEIRA, W. Sistema de juros compostos. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 11-22, 2020. , AV = 370,50[ 1−(1+0,043) −12 0,043 ]+ 300 AV = 370,50[ 1−0,6034 0,043 ]+ 300 AV = 370,50[ 0,3966 0,043 ]+ 300 AV = 370,50[ 0,3966 0,043 ]+ 300 AV = 370,50 ⋅ 9,2233 + 300 AV = 3.417,23 + 300 AV = 3.717,23 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Unidade 4 Investimento Aula 1 Valor Futuro - Aplicações Valor futuro e aplicações Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você se aprofundará nos estudos relacionados a investimentos, desde sua de�nição, utilização e como podemos usar fórmulas matemáticas para calcular investimentos com depósitos periódicos e iguais. Para melhor compreender sobre o assunto, imagine que você fez uma aplicação para utilizar o dinheiro em uma viagem. Sendo assim, qual foi resultado de uma aplicação mensal de R$ 20.000,00, durante 3 anos sob regime de juros compostos e taxa de 1,20% a.m.? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Investimentos Muitas pessoas acabam tendo dúvidas sobre o que é um investimento, que é considerando qualquer valor capaz de gerar um lucro, seja em um período de curto, médio ou longo prazo. As pessoas optam por investir seu dinheiro para adquirir algo no futuro, seja uma viagem, https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u4a1_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA compra um imóvel ou móvel, para ter rendimentos, rendas, entre outros. Um investimento é toda aplicação de dinheiro visando ganhos. Vejamos alguns exemplos de aplicação: Caderneta de poupança. Fundos. Ações. Antes de escolher um investimento, faz-se necessário planejar e estudar os demais tipos de investimentos existentes no mercado. Para isso, alguns conceitos discutidos na Matemática Financeira podem contribuir bastante. Fonte: Freepik. Siga em Frente... Cálculo do valor futuro Ao trabalharmos com investimentos, podemos utilizar o cálculo do valor futuro, que está embasado no resultado de uma aplicação com depósitos iguais e periódicos. Para determinar o valor futuro, usamos a seguinte fórmula matemática: Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Em que: VF: valor futuro; resultado da aplicação ou investimento. dep: refere-se ao valor do depósito. n: número total de depósitos periódicos e iguais. i: taxa de juros compostos. Um exemplo disso pode ser uma pessoa que queira aplicar um determinado valor sempre no mesmo dia, em uma aplicação que renda um valor x de taxa de juros compostos. Após um determinado período de depósitos, se obtém o valor �nal, ou seja, o valor futuro. Resultado de aplicações Para encontrarmos o resultado de uma aplicação, ou seja, o valor futuro, ou valor de depósitos periódicos e iguais, ou período, fazemos uso da fórmula do valor futuro. Para melhor compreender, observe um exemplo: Em uma determinada instituição �nanceira, uma aplicação que paga uma taxa de juros compostos de 1,2% a.m. após dois anos apresentou um valor futuro de R$ 8.839,27. Sendo assim, qual o valor dos depósitos mensais e iguais que foram realizados nesse período? Primeiramente, vamos extrair os valores do problema: n: 24 depósitos periódicos e iguais. Substituindo na fórmula: Temos, VF = dep. [ (1+i)n−1 i ] V F : R$ 8. 839, 27 dep :? V F = dep[ (1+i) n −1 i ] 8 839,27 = dep[ (1+0,012) 24 −1 0,012 ] 8 839,27 = dep[ 0,3315 0,012 ] 8 839,27 = dep ⋅ 27,6250 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor de cada depósito foi de R$ 319,97. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, imagine que você fez uma aplicação para realização de uma viagem. Sendo assim, qual foi resultadode uma aplicação mensal de R$ 20.000,00, durante 3 anos sob regime de juros compostos e taxa de 1,20% a.m.? Primeiramente, vamos extrair os valores do problema: VF: Resultado �nal da aplicação. dep: R$ 20.000,00 por mês. n: 36 depósitos periódicos e iguais, pois trata-se de depósitos mensais durante três anos. Substituindo os valores na fórmula, temos: Temos, Logo, o resultado da aplicação �nal é de R$ 894.000,00. Saiba mais Para saber mais sobre investimentos, leia o artigo Análise de investimentos de Luiz Henrique Figueira Marquezan. dep = 8 839,27 27,6250 = 319,97 V F = dep[ (1+i)n−1 i ] i : 1,20% a.m VF = 20.000[ (1+0,012) 36 −1 0,012 ] V F = 20.000[ 1,5364−1 0,012 ] V F = 20.000 ⋅ 44,70 V F = R$894.000,00 https://periodicos.ufsm.br/contabilidade/article/view/21 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Referências ASSAF NETO, A.. Matemática �nanceira e suas aplicações. 12 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MARQUEZAN, L. H. F.; BRONDANI, G. Análise de investimentos. Revista eletrônica de contabilidade, v. 3, n. 1, p. 35-35, 2006. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 2 Determinação da Taxa de Juros do Valor Futuro Determinação da taxa de juros do valor futuro Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprofundará ainda mais seu conhecimento sobre os investimentos, sejam eles para compra de um veículo, um imóvel, entre outros. Você vai também compreender sobre como calcular o valor da taxa de juros imposta em um rendimento e fazer uso da calculado HP – 12C para seu cálculo. Para melhor compreender sobre o assunto, imagine que o dono de uma multinacional pretende https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u4a2_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA fazer uma reforma, mas para isso vai aplicar R$ 10.000,00 por mês, durante seis meses. Sabendo que essa mesma aplicação resultou, num período de quatro meses, no valor de R$ 48.763,64, depositando R$ 12.000,00 por mês, qual é a taxa de juros dessa aplicação? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Taxa de juros no investimento Quando estamos pensando em fazer um investimento, é necessário estar ciente da in�uência do cenário econômico, assim como a taxa de juros também pode impactar diretamente a sua estrutura. Além disso, a taxa de juros é bastante utilizada no mercado de crédito como um todo, por esse motivo é importante estar atento às suas variações. Compreender e conseguir determinar a taxa de juros pode contribuir para melhores resultados nas aplicações �nanceiras, já que ela afeta de maneira direta a rentabilidade da maioria dos investimentos disponibilizados no mercado. Um exemplo disso pode ser de duas �nanceiras oferecendo taxas de juros distintas; mesmo que o valor da diferença entre ela seja pequeno, opte sempre pela menor e as melhores condições, pois isso pode impactar o seu rendimento futuro. Figura 1 | Taxa de juros no investimento. Fonte: Freepik. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Siga em Frente... Métodos para o cálculo de taxa Muitas vezes necessitamos determinar a taxa imposta em investimentos. Nesse caso, podemos fazer uso do Método de Newton-Raphson para valor futuro, o qual apresenta o menor número de iterações. Para sua aplicação, fazemos uso de uma série de funções, em que: VF: valor futuro parc: valor do depósito periódico e igual : taxa de juros (chute) Função da taxa de juros compostos: Função marginal da taxa de juros compostos: Função de Newton-Raphson: Mecanismo do método: 1º passo: estipular uma taxa de juros compostos inicial em valor relativo Se ij f(ij) = V F dep ij − (1 + ij) n + 1 f'(ij) = V F dep − n(1 + ij) n−1 ij+1 = ij − f(ij) f'(ij) (ij) ij f(ij) |f(ij)| ≤ 0,0001 ij Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Se 3º passo: usando o valor da taxa de juros compostos 4º passo: usando os valores da taxa de juros compostos 5º passo: com a nova Os passos deverão ser repetidos até que: Exemplo disso é quando pretende saber qual o valor dos depósitos periódicos e iguais, as quantidades das parcelas e o resultado da aplicação. Utilização da calculadora HP para cálculo da taxa de investimento Além do método de Newton-Raphson podemos calcular a taxa de um investimento com depósitos iguais e periódicas a partir da utilização da calculadora HP-12C. Observe o passo a passo na HP12C para cálculo da taxa de juros num �nanciamento. |f(ij)| > 0,0001 ij ij f'(ij) (ij) f(ij) f'(ij) (ij+1) (i(j+ 1)) |f(ij)| ≤ 0,0001 https://www.vichinsky.com.br/hp12c/hp12c.php Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Digita valor futuro Tecla CHS e Tecla FV Digita quantidade de depósitos Tecla n Digita valor do depósito Tecla PMT Tecla i Observe um exemplo: João Lucas depositou todos os meses, durante 15 meses, o valor de R$ 2.000,00 em um investimento. Esse investimento resultou um montante �nal de R$ 34.586,83. Qual é a taxa de juros compostos paga por essa aplicação? Podemos seguir o passo a passo abaixo para resolver pela HP12C: Digita o valor futuro 34 586,83 Tecla CHS e Tecla FV Digita quantidade de depósitos 15 Tecla n Digita valor do depósito 2 000 Tecla PMT Tecla i Logo, teremos o valor da taxa igual a 2% a.m. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, imagine que o dono de uma multinacional pretende fazer uma reforma, mas para isso vai aplicar R$ 10.000,00 por mês, durante seis meses. Sabendo que essa mesma aplicação resultou, em um período de quatro meses, o valor de R$ 48.763,64, depositando R$ 12.000,00 por mês, qual é a taxa de juros dessa aplicação? 1ª Etapa: determinando a taxa de juros compostos da aplicação: n: 4 dep: R$ 12.000,00/mês Substituindo na função da taxa de juros compostos, temos? V F : R$48.763,64 ij f(ij) = V F dep ij − (1 + ij) n + 1 f(ij) = 48.763,64 12.000 ij − (1 + ij) 4 + 1 f(ij) = 4,0636ij − (1 + ij) 4 + 1 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Substituindo na função da taxa de juros compostos Substituindo na função da taxa de juros compostos Observe na tabela como �ca as iterações: Bloco 1 1º 2º 3º Iterações 1ª 0,02 -0,0012 -0,1812 2ª 0,0134 -0,0002 -0,0992 3ª 0,0114 -0,0001 FIM 9,0687 Bloco 2 4º 0,0134 0,0114 0,0100 Logo, a taxa imposta nesse investimento é de 1,14% a.m. Saiba mais Para saber mais sobre investimentos, leia a dissertação O efeito dos atributos dos mercados na escolha de investimentos de Simone Hilário da Silva Brasileiro. Referências ASSAF NETO, A. Matemática �nanceira e suas aplicações. 12. ed. São Paulo: f'(ij) = V F dep − n(1 + ij) n−1 f'(ij) = 4,0636 − 4(1 + ij) 3 ij+1 = ij − f(ij) f'(ij) ij F(ij) F ′(ij) ij+1 http://ppggo.sistemasph.com.br/images/documentos/dissertacoes/2016/SIMONE_HILARIO_DA_SILVA_BRASILEIRO.pdf http://ppggo.sistemasph.com.br/images/documentos/dissertacoes/2016/SIMONE_HILARIO_DA_SILVA_BRASILEIRO.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Editora Atlas, 2012. BRASILEIRO, S. H. S. et al. O efeito dos atributos dos mercados na escolha de investimentos. 2018. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 3 Amortização Amortização Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Vocêpode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você conhecerá sobre os sistemas de amortização para �nanciamentos, seja de um imóvel, um carro, entre outros. Abordaremos suas principais características, assim como vamos aprender a realizar cálculos para o sistema SAC e PRICE. Para melhor compreender sobre o assunto, imagine que você vai �nanciar uma obra em 4 parcelas trimestrais sob regime de juros compostos e taxa de 3,66% a.t. Sabendo que o sistema de amortização é o SAC e o valor �nanciado é de R$ 306.000,00, qual valor das parcelas? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u4a3_mat_finan_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos Começar! Sistemas de amortização É muito comum as pessoas optarem por �nanciamentos para compra da sua casa própria, carro, para realizar uma viagem, algum item para sua casa, entre outros. Muito se discute sobre valores abusivos de juros que podem ser cobrados em alguns �nanciamentos, por isso é necessário conhecer e compreender os tipos de �nanciamentos para optar pelo melhor cenário. No Brasil, para �nanciamentos, de uma forma geral, podemos utilizar diversos métodos, mas em especí�co, nesta aula, abordaremos sobre os dois métodos de amortização da dívida de compra: SAC (Sistema de Amortização Constante). PRICE (Sistema Francês de Amortização). Um exemplo desses métodos pode ser o �nanciamento de uma casa pela SAC e um carro pelo sistema PRICE. Figura 1 | Financiamento de um automóvel. Fonte: Freepik. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Siga em Frente... Sistema SAC O SAC - Sistema de Amortização Constante tem como característica a diminuição do valor das parcelas ao longo do tempo. Para o cálculo de suas parcelas temos que primeiramente calcular o valor da amortização, pois a parcela será composta sempre pela mesma amortização, a�nal ela é constante, mais o valor dos juros. Fórmula para cálculo da Amortização Em que, Am: Amortização VP: Valor presente n: Quantidade parcelas Fórmula para cálculo da Parcela Em que, Am: amortização : valor da parcela : juros Fórmula para cálculo dos Juros Em que, i: taxa de juros Am Am = V P n Pk Pk = Am+ Jk Pk Jk Jk Jk = Dk−1. i Jk Dk−1 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Fórmula para cálculo da Dívida Em que, : dívida atual : dívida Am: amortização Um exemplo desse tipo de sistema é para �nanciamento de compra de imóveis. Sistema PRICE O PRICE – Sistema Francês de Amortização tem como característica suas parcelas serem iguais. Tem maior aplicação em �nanciamentos de veículos. Fórmula para cálculo da Parcela: Em que, parc: valor da parcela VP: valor presente n: quantidade parcelas i: taxa de juros Fórmula para cálculo da Amortização Em que, Amk: amortização parc: valor da parcela : valor dos juros Dk Dk+1 = Dk −Am D(k+ 1) Dk parc = V P .i.(1+i)n (1+i) n −1 Am Amk = parc− Jk Jk Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Fórmula para cálculo dos Juros Em que: : juros : dívida anterior I: taxa de juros Fórmula para cálculo da Dívida Em que, : dívida anterior : dívida Amk: amortização Um exemplo desse tipo de método são �nanciamentos de veículos, em que as parcelas são constantes ao longo de todo �nanciamento. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, imagine que você vai �nanciar uma obra em 4 parcelas trimestrais sob regime de juros compostos e taxa de 3,66% a.t. Sabendo que o sistema de amortização é o SAC e o valor �nanciado é de R$ 306.000,00, qual valor das parcelas? Dívida ( ) Amortização (Am) Juros ( ) Parcela ( ) 306 000,00 76 500,00 229 500,00 76 500,00 11 199,60 87 699,60 153 000,00 76 500,00 8 399,70 84 899,70 76 500,00 76 500,00 5 599,80 82 099,80 0,00 76 500,00 2 799,90 79 288,90 306 000,00 333 999,00 Jk Jk = Dk−1. i Jk Dk−1 Dk Dk = Dk−1 −Amk Dk−1 Dk Dk Dk+1 = Dk −Am Am = V P n Jk Jk = Dk−1. i Pk Pk = Am+ Jk Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para melhor compreender a nossa tabela: Observe que a nossa dívida inicial =306 000. Para calcularmos a amortização (coluna II), dividimos o valor do �nanciamento por R$ 306.000,00 pela quantidade de parcelas (4). Na terceira coluna, temos que o cálculo dos juros será a multiplicação da dívida anterior pela taxa de juros. E, por �m, na quarta coluna, somamos a amortização e valor dos juros para determinação do valor das parcelas. Sendo assim, o valor das parcelas será R$ 87.699,60; R$ 84.899,70; R$ 82.099,80; R$ 79.288,90; R$ 333.999,00. Saiba mais Para saber mais sobre �nanciamentos, leia o artigo SAC ou PRICE? de Debora Borges Ferreira. Referências ASSAF NETO, A. Matemática �nanceira e suas aplicações. 12 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. FERREIRA, D. B. Sac ou PRICE? Revista do Professor de Matemática, n. 85, p. 42-45, SBM, Rio de Janeiro, 2014. FERNANDES, N. C. C. Matemática �nanceira: uma abordagem sobre �nanciamentos. 2014. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/9588. Acesso em: 18 nov. 2023. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 4 Método Hamburguês Método Hamburguês Este conteúdo é um vídeo! Dk https://rpm.org.br/rpm/img/conteudo/files/85_SAC%20ou%20PRICE.pdf https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/9588 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprenderá sobre o cheque especial, bem como utilizar o método hamburguês para calcular valor de juros do cheque especial. Para melhor compreender sobre o tema, imagine que você controla todo �uxo de caixa de uma empresa. Observe o extrato bancário: Data Histórico Movimento Saldo 01 Transporte 1.000,00 + 03 Clientes 400.000,00 + 05 Fornecedores 150.000,00 - 05 Funcionários 100.000,00 - 10 Encargos �scais 170.000,00 - 13 Clientes 50.000,00 + 15 Pagamento de reforma 17.541,51 - 22 Pagamento de manutenção 20.000,00 - 28 Pagamento de material de construção 85.000,00 - 30 Clientes 100.000,00 + 30 Juros do cheque especial A instituição bancária cobra uma taxa de juros simples de 0,47% a.d. e IOF de 0,07% ao dia. Qual o valor dos juros a serem cobrados pelo uso do cheque especial e o saldo bancário da empresa no último dia do mês? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u4a4_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos Começar! Conta garantida Muitas pessoas acabam tendo dúvidas sobre o que é uma conta garantida, pois trata-se de um empréstimo rotativo destinado às empresas clientes da instituição �nanceira. O dinheiro �ca disponível da conta bancária do cliente e a empresa, de acordo com o limite contratado, pode fazer seu uso para suprir eventuais necessidades de �uxo de caixa. Porém, quando o dinheiro é utilizado, são cobrados valores de juros que incidem somente sobre os valores utilizados nos dias úteis, sendo debitados mensalmente da conta garantida e o limite utilizado pode ser coberto a qualquer momento, por meio de créditos na conta garantida. Podemos dizer que a conta garantida é quase a mesma coisa quecheque especial, com a diferença que conta garantida é um produto especí�co para pessoas jurídicas. É comum também, na pessoa jurídica, que a conta garantida seja separada da conta da pessoa física. Um exemplo de conta garantida é quando uma empresa faz uso do dinheiro disponibilizado pela instituição bancária para pagamentos de salários e depois de alguns dias cobre esse dinheiro e mais o adicional dos juros pelo período utilizado. Figura 1 | Empréstimo bancário. Fonte: Freepik. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Siga em Frente... Cheque especial Hoje em dia, com tantos imprevistos, muitas vezes, o nosso dinheiro não é su�ciente para sanar as despesas do mês, bem como podem aparecer alguns gastos de emergência. Diante desse contexto, o cheque especial é um tipo de crédito que o banco disponibiliza em sua conta corrente, como se fosse um empréstimo pré-aprovado que �ca ali disponível diretamente na conta para usar a qualquer momento. Algumas instituições bancárias também oferecem um período no qual aquele limite disponível pode ser utilizado sem a aplicação de juros, por até 10 dias sem incidência de juros. A partir do cheque especial, o limite �ca disponível para usar sempre que a pessoa precisar, fácil e prático, mas é necessário cautela, pois muitas pessoas cometem o erro de usar o limite do cheque especial como se fosse uma extensão da conta corrente, o que pode ocasionar num endividamento fora do controle. Cálculo dos juros do cheque especial Com intuito de contribuir para o cálculo dos juros do uso do cheque especial e da conta garantida, a serem cobrados ao �nal de um período de trinta dias para conta garantida ou cheque especial, podemos utilizar o método hamburguês a partir da seguinte fórmula: Em que, J: juros a serem cobrados pelo uso da conta garantida ou cheque especial. i: taxa de juros simples ao dia. IOF: Imposto sobre Operações Financeiras ao dia. SD: saldo devedor. d: número de dias em que o saldo devedor (SD) não se altera. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, imagine que você controla todo �uxo de caixa de uma empresa. Observe o extrato bancário: Data Histórico Movimento Saldo 01 Transporte 1.000,00 + J = (i+ IOF)∑SD. d Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA 03 Clientes 400.000,00 + 05 Fornecedores 150.000,00 - 05 Funcionários 100.000,00 - 10 Encargos �scais 170.000,00 - 13 Clientes 50.000,00 + 15 Pagamento de reforma 17.541,51 - 22 Pagamento de manutenção 20.000,00 - 28 Pagamento de material de construção 85.000,00 - 30 Clientes 100.000,00 + 30 Juros do cheque especial A instituição bancária cobra uma taxa de juros simples de 0,47% a.d. e IOF de 0,07% ao dia. Qual o valor dos juros a serem cobrados pelo uso do cheque especial e o saldo bancário da empresa no último dia do mês? Ao analisar o extrato bancário, vamos adicionar os valores positivos, subtrair os valores negativos e quando o saldo �car negativo multiplicar cada valor pela quantidade de dias que o saldo se manteve negativo. Sendo assim, temos que: Substituindo os valores na fórmula: Logo, os juros a serem cobrados serão de R$ 1.313,01. ∑SD. d = 279 364,08 i = 0,47% a. d = 0,0047 a. d IOF = 0,07 % a. d = 0,0007 a. d J = (i + IOF)∑SD. d J = (0,0047 + 0,0007 ). 279364,08 J = 0,0047.279364,08 J = R$1.313,01 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Saiba mais Para saber mais sobre conta garantida e cheque especial, leia o artigo Gestão do capital de giro de pequenas empresas de Valdineide Santos Araújo. Referências ARAÚJO, V. S.; MACHADO, M. A. V. Gestão do capital de giro de pequenas empresas. Revista Ciências Administrativas, v. 13, n. 1, 2007. ASSAF NETO, A. Matemática �nanceira e suas aplicações. 12 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 5 Investimento Videoaula de Encerramento Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Chegada Para desenvolver a competência desta unidade, que é compreender os conceitos relacionados a investimentos e os diferentes tipos sistemas de amortização a �m de aplicá-los na resolução de problemas �nanceiros, é necessário abordar os seguintes conceitos: https://periodicos.unifor.br/rca/article/view/259 https://periodicos.unifor.br/rca/article/view/259 https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u4enc_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Ao trabalharmos com investimentos com depósitos iguais e periódicos, podemos utilizar o cálculo do valor futuro, a partir da seguinte fórmula matemática: Em que: VF: valor futuro; resultado da aplicação ou investimento. dep: refere-se ao valor do depósito. n: número total de depósitos periódicos e iguais. i: taxa de juros compostos. Além dessa fórmula do valor futuro, às vezes precisamos determinar a taxa imposta em investimentos. Nesse caso, podemos fazer uso do Método de Newton-Raphson: VF: valor futuro. parc: valor do depósito periódico e igual. : taxa de juros (chute). Função da taxa de juros compostos: Função marginal da taxa de juros compostos: Função de Newton-Raphson: Mecanismo do método 1º passo: estipular uma taxa de juros compostos inicial em valor relativo . 2º passo: substituir i_j na função da taxa de juros compostos . Se , então é a taxa de juros compostos imposta na aplicação. Se , então não é a taxa de juros compostos imposta na aplicação, vá para o 3º passo. 3º passo: usando o valor da taxa de juros compostos VF = dep. [ (1+i)n−1 i ] ij f(ij) = V F dep ij − (1 + ij) n + 1 f'(ij) = V F dep − n(1 + ij) n−1 ij+1 = ij − f(ij) f'(ij) (ij) f(ij) |f(ij)| ≤ 0,0001 ij |f(ij)| > 0,0001 ij ij Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA , calcule o valor da função marginal da taxa de juros compostos . 4º passo: usando os valores da taxa de juros compostos , da função da taxa de juros compostos , e da função marginal da taxa de juros compostos , calcule a próxima taxa de juros compostos (i_(j+1) ), que deverá substituir a última taxa que não deu certo. 5º passo: com a nova determinada no passo anterior, volte ao 2º passo e refaça os cálculos como se essa fosse a taxa inicial, esquecendo-se da taxa anterior. Os passos deverão ser repetidos até que: Além do método de Newton-Raphson podemos calcular a taxa de um investimento com depósitos iguais e periódicas a partir da utilização da calculadora HP-12C. Agora, em nosso dia a dia, podemos optar por diversos tipos de �nanciamentos, dois deles são o SAC e o PRICE. O SAC – Sistema de Amortização Constante tem como característica ter suas parcelas num comportamento decrescente, ou seja, as parcelas diminuem ao longo do tempo. Já o PRICE – Sistema Francês de Amortização tem como característica suas parcelas serem iguais. Tem maior aplicação em �nanciamentos de veículos. E, por �m, para o cálculo dos juros do uso do cheque especial e da conta garantida, a serem cobrados ao �nal de um período de trinta dias para conta garantida ou cheque especial, podemos utilizar o método hamburguês a partir da seguinte fórmula: f'(ij) (ij) f(ij) f'(ij) (i(j+ 1)) ij f'(ij) (ij) f(ij) f'(ij) (i(j+ 1)) |f(ij)| ≤ 0,0001 https://www.vichinsky.com.br/hp12c/hp12c.php Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Em que, J: juros a serem cobrados pelo uso da conta garantida ou cheque especial. i: taxa de juros simples ao dia. IOF: Imposto sobre operações �nanceiras ao dia. SD: Saldo devedor. d: número dedias em que o saldo devedor (SD) não se altera. É Hora de Praticar! Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Agora, você colocará em prática os conceitos vistos nesta unidade. Vamos lá! Carlos pretende realizar uma viagem cujo custo é de R$ 6.400,00. Ele tem R$ 450,00 para aplicar mensalmente num investimento, que paga uma taxa de juros compostos de 1,07% a.m. Sendo assim, quantos depósitos mensais deverão ser feitos para atingir o valor da viagem? Ao �nal dos estudos, responda: Você consegue identi�car qual fórmula utilizar em casa situação problema? Você extrai as informações dos problemas de forma correta? Você consegue identi�car situações do seu dia a dia em nossa disciplina e como ela pode te ajudar? Dê o Play! Clique aqui para acessar os slides do Dê o play! Primeiramente, vamos extrair as informações do problema: VF: R$ 6.400,00 dep: 400,00 n: ? i: 1,07% a.m = 0,0107 a.m Substituindo os valores na fórmula, temos: J = (i+ IOF)∑SD. d V F = dep[ (1+i)n−1 i ] https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u4_de_o_play_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para tombar expoente, vamos multiplicar por ln Logo, serão necessários aproximadamente 13 meses de depósitos para atingir o valor necessário para a viagem. Figura 1 | Mapa mental - investimentos ARAÚJO, V. S.; MACHADO, M. A. V. Gestão do capital de giro de pequenas empresas. Revista Ciências Administrativas, v. 13, n. 1, 2007. ASSAF NETO, A. Matemática �nanceira e suas aplicações. 12 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. 6400 = 450[ (1+0,0107)n−1 0,0107 ] 6400 450 = [ (1,0107)n−1 0,0107 ] 14,22. 0,0107 + 1 = (1,0107)n 1,1522 = (1,0107)n ln1,1522 = ln(1,0107) n ln1,1522 = n. ln1,0107 0,1417 = n. 0,0106 n = 0,1417 0,0106 = 13,37 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MOREIRA, Fernando Ricardo et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Bioesfera, v. 6, n. 9, 2010. OLIVEIRA, W. Sistema de juros compostos. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 11-22, 2020.é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você vai aprofundar ainda mais seus estudos com relação ao regime de capitalização de juros simples, desde fazer uma discussão sobre empréstimos, os juros simples e o parcelamento e, por �m, compreender como calcular prestações em situações que envolvem os juros simples com e sem entrada. Para colocar em prática o cálculo de parcelamento com juros simples, considere a situação da Ana, que para compra de uma máquina nova para sua empresa, parcelou em 3 vezes mensais uma quantia de R$ 4.500,00 com taxa de juros simples de 5% a.m. Determine o valor de cada https://periodicos.processus.com.br/index.php/multi/article/view/656 https://periodicos.processus.com.br/index.php/multi/article/view/656 https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u1a2_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA parcela que Ana vai pagar. Antes de resolver o problema da Ana, vamos realizar um estudo sobre parcelamento! Vamos Começar! Parcelamento Muitas vezes, você, ao comprar um móvel, imóvel ou qualquer outra coisa �nanciada, precisa calcular o valor das parcelas a serem pagas. Você já viu o seguinte tipo de anúncio: Taxa de juros de 0,89%! Saberia veri�car se o valor da parcela pago pelo produto foi calculado exatamente com essa taxa de juros? Para isso, vamos aprender o conceito de séries, que utilizamos em situações que envolvem parcelamento e prestações. Essa fórmula das séries deve ser aplicada em problemas que envolvam poucas parcelas. As séries de juros simples são compostas a partir da equação geral do montante de juros simples, da seguinte forma: Considerando que cada parcela ou prestação são pequenos montantes (M) e o valor à vista de uma compra é o capital, temos: Logo, Tal que: Então: Tal que, M = C(1 + i.n) C = M (1+i.n) C1 = M1/(1 + i.n1)′′′′;C2 = M2 (1+i.n2) ;… ;Cj = Mj (1+i.nj) C = C1 + C2 +…+ Cj C = M1 (1+i.n1) + M2 (1+i.n2) +…+ Mj (1+i.nj) C = ∑j j=1 Mj (1+i.nj) Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA C: capital M: montante (parcelas) i: taxa de juros n: período de cada parcela Siga em Frente... Juros simples no parcelamento Quando pretendemos trabalhar com parcelamento no regime de capitalização de juros simples, deve-se utilizar a fórmula de série: Tal que C refere-se ao capital, M é o resultado do montante (parcelas), i o valor da taxa de juros, n o período de cada parcela. Para melhor compreender, observe o exemplo a seguir: João pretende comprar uma televisão em 2 vezes mensais e iguais, tal que o preço à vista é R$ 740,00. Se o parcelamento será realizado sob a taxa de juros simples de 4% a.m., qual o valor das parcelas? Neste caso, temos 2 vezes iguais e mensais, ou seja, 2 parcelas iguais a M (Cada uma delas vale M). Como são mensais, ocorrerão nos meses 1 e 2 a partir da compra e o valor à vista que equivale ao capital (C) é igual a R$ 740,00. A taxa de juros simples é igual a i = 4% a.m. Lembre-se que, conforme vimos na seção anterior, temos que transformar a taxa percentual para unitária, ou seja, i = 0,04 a.m. Aplicando a equação da série de juros simples: C = ∑j j=1 Mj (1+i.nj) C = ∑j j=1 Mj (1+i.nj) M 1+0,04∙1 + M 1+0,04∙2 = 740 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos colocar o M em evidência, Portanto, serão duas parcelas mensais e iguais a R$ 392,07. Séries de juros simples Utilizamos a série de juros simples em situações que necessitam do cálculo de prestações e parcelamentos, em tal regime de capitalização. Agora, vamos continuar abordando este tema, porém quando temos o pagamento de uma entrada, na seguinte fórmula: Tal que, AV: valor à vista M: montante (parcelas) i: taxa de juros n: período de cada parcela E: valor da entrada Observe um exemplo: Uma impressora está em promoção com duas parcelas iguais a R$ 400,00, vencendo em dois meses, com entrada de R$ 200,00. Sabendo que esses valores foram obtidos sob taxa de juros simples de 60% a.a., determine o valor à vista da impressora. ( 1 1,04 + 1 1,08 )M = 740 (0,9615 + 0,9259)M = 740 1,8874M = 740 M = 740 1,8874 = 392,07 AV − E = ∑j j=1 Mj (1+i.nj) Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Primeiramente, temos que deixar nossa taxa equivalente, uma vez que está ao ano e precisamos passar para ao mês. Na sequência, é preciso substituir os valores na fórmula da série de juros simples com entrada. Portanto, o valor à vista da impressora é R$ 911,47. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, considere a situação da Ana, que parcelou em 3 vezes mensais uma quantia de R$ 4.500,00, com taxa de juros simples de 5% a.m., para compra de uma máquina nova para sua empresa. Determine o valor de cada parcela que Ana vai pagar. Logo, Ana pagará R$ 1.647,69 em cada parcela. Saiba mais Para saber mais sobre parcelamento e séries de juros simples, leia o artigo Sistema de prestações constantes no regime de juros simples de Clovis de Faro e Gerson Lachtermacher. Referências ieq = 60% 12 = 5% a.m AV − E = ∑j j=1 Mj (1+i.nj) AV − 200 = 400 1+0,0⋅2 + 400 1+0,05⋅3 AV = 400 1,1 + 400 1,15 + 200 AV = 363,64 + 347,83 + 200 AV = 911,47 C = ∑j j=1 Mj 1+inj 4500 = M 1+0,05⋅1 + M 1+0,05⋅2 + M 1+0,05⋅3 https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ce78d8b3-706c-41eb-af25-612cbcde4883/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ce78d8b3-706c-41eb-af25-612cbcde4883/download Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. FARO, C.; LACHTERMACHER, G. Sistema de prestações constantes no regime de juros simples. Revista Estudos e Negócios Academics, v. 3, n. 5, p. 3-13, 2023. MOREIRA, F. R. et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 9, 2010. Aula 3 Juros compostos e Taxa Equivalente Juros compostos e taxa equivalente Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você vai conhecer o regime de capitalização de juros compostos, que difere do regime de capitalização de juros simples, pois considera o resgate dos juros a cada período. Os juros são calculados sobre o valor corrigido do período anterior e a taxa de juros varia exponencialmente em função do tempo. Para colocar em prática o cálculo do montante dos juros compostos, considere a situação da Alana que comprou um aparelho celular no valor de R$ 900,00 e irá pagá-lo no prazo de 2 meses, a partir da seguinte condição de pagamento: Compras com pagamento entre 30 e 60 dias, sem entrada, sob taxa de juros compostos de 42,58% a.a. Diante disso, quanto Alana pagará no aparelho celular no �nal dos 2 meses? Antes de resolver essa situação, vamos abordar os conceitos relacionados ao regime de capitalização de juros https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u1a3_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA compostos, desde cálculo do montante e taxa equivalente. Vamos Começar! Juros compostos O juro composto é calculado sobre o montante relativo ao período anterior, em que os juros são incorporados, a cada período de capitalização, ao principal. Para seu cálculo também utilizaremos as seguintes nomenclaturas:Capital (C): quantidade de recurso �nanceiro disponível ou exigido no ato de uma operação �nanceira, compra ou aplicação. O capital também é denominado como valor presente (VP) e valor atual (VA). Montante (M): também denominado como valor futuro (VF), é o resultado futuro de operações �nanceiras realizadas com o capital. Juros (J): são as compensações �nanceiras nas operações realizadas, representando um acréscimo. Taxa (i): taxa de juros aplicadas sobre o capital (C). Período (prazo) (n): período de tempo da incidência da taxa de juros sobre o capital (C). Os juros compostos são bem mais utilizados que juros simples em nosso dia a dia, especialmente em aplicações, investimentos, empréstimos, cálculos de prestações, �nanciamentos, entre outros. Geralmente, nas mais diversas situações, temos que considerar o prazo n de acordo com a unidade de tempo da taxa, ou vice-versa, o que se faz necessário calcular as taxas equivalentes para diferentes períodos. Montante Quando pretendemos trabalhar com cálculo do montante, o resultado futuro de operações �nanceiras realizadas com o capital, no regime de capitalização de juros compostos, é calculado por meio da fórmula do montante: Em que: M: montante ou valor futuro C: capital ou valor presente i: taxa de juros n: período de tempo ou prazo da operação �nanceira M = C. (1 + i) n Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Observe o exemplo a seguir para melhor compreender o cálculo do montante para regime de capitalização de juros compostos. Sonia emprestou R$ 1.000,00 de uma instituição bancária a uma taxa de juros compostos de 4% a.m. (ao mês), para pagar após dois meses. Determine o valor que ela pagará no �nal para instituição bancária. Substituindo os valores na fórmula do montante, Siga em Frente... Taxa equivalente As taxas equivalentes são as taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes do prazo da operação �nanceira, ou vice-versa. Quando estas são aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado, no regime de juros compostos. Para isso, no período comercial, sempre devemos considerar o seguinte: M = C(1 + i)n M = 1000(1 + 0,04)2 M = 1000 ⋅ 1,04² M = 1000 ⋅ 1,0816 M = 1 081,60 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA 1 ano = 6 bimestres 1 ano = 4 trimestres 1 ano = 3 quadrimestres 1 ano = 2 semestres 1 biênio = 2 anos 1 triênio = 3 anos Para o cálculo da taxa equivalente no regime de capitalização dos juros compostos, considere a seguinte fórmula: Em que (a) é o período apresentado e (p) é o período pedido ou desejado. Vejamos um exemplo para melhor compreensão: Lucas emprestou um valor X para seu irmão a uma taxa de juros compostos de 14% a.a. para pagar em 12 meses. Nesta situação, a taxa de juros está ao ano e o prazo da operação �nanceira está ao mês, logo, faz-se necessário deixar as taxas equivalentes. Para isso, primeiramente, temos que calcular com a menor unidade, ou seja, o mês. A fórmula a ser utilizada será a de taxa equivalente para juros compostos: Logo, a taxa equivalente a 14% a.a. ao mês será i = 1,1% a.m. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, considere a situação da Alana que comprou um aparelho celular no valor de R$ 900,00 e irá pagar no prazo de 2 meses, a partir da seguinte condição de pagamento: ieq = (1 + i) p a − 1 ieq = (1 + i) p a − 1 ieq = (1 + 0,14)1/12 − 1 ieq = (1,14)1/12 − 1 ieq = (1,14) 0,0833 − 1 ieq = 1,011 − 1 ieq = 0,011 a.m ieq = 1,1 % a.m Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Compras com pagamento entre 30 e 60 dias, sem entrada, sob taxa de juros compostos de 42,58% a.a. Diante disso, quanto Alana pagará no aparelho celular no �nal dos 2 meses? Considerando as informações extraídas do problema, antes de calcularmos o montante, devemos deixar a taxa i = 42,58% a.a. equivalente ao mês. Para isso, vamos utilizar a fórmula de taxa equivalente de juros compostos: Em que, i = 42,58% a.a. = 0,4258 a.a. a = 12; pois a taxa apresentada é ao ano e 1 ano é igual a 12 meses. p = 1; pois a taxa pedida é ao mês, ou em um mês. Substituindo os valores na fórmula, temos: ieq = (1 + i) p a − 1 ieq = (1 + i)p/a − 1 ieq = (1 + 0,4258)1/12 − 1 ieq = (1,4258)1/12 − 1 ieq = (1,4258)0,0833 − 1 ieq = 1,0300 − 1 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Sendo assim, a taxa utilizada será i = 3% a.m., ou seja, i = 0,03 a.m. Substituindo os valores na fórmula do montante: Portanto, o valor a ser pago após 2 meses por Alana será de R$ 954,81. Saiba mais Para saber mais sobre o regime de capitalização dos juros compostos leia o artigo Sistema de Juros Compostos de Wilson de Oliveira. Referências CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MOREIRA, F. R. et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 9, 2010. OLIVEIRA, W. Sistema de juros compostos. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 11-22, 2020. Aula 4 Séries de Juros Compostos Série de juros compostos Este conteúdo é um vídeo! ieq = 0,0300 a.m ieq = 3 % a.m M = C(1 + i)n M = 900(1 + 0,03)2 M = 900 ⋅ 1,0609 M = R$954,81 https://periodicos.processus.com.br/index.php/multi/article/view/635 https://periodicos.processus.com.br/index.php/multi/article/view/635 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você vai aprofundar ainda mais seus estudos com relação ao regime de capitalização de juros compostos, desde fazer uma discussão sobre empréstimos, os juros simples e o parcelamento e, por �m, compreender como calcular prestações em situações que envolvem os juros compostos com e sem entrada. Para colocar em prática o cálculo de parcelamento com juros compostos, considere a condição de pagamento da loja MM: Compras parceladas em até 6 vezes com taxa de juros compostos de 56% a.a. Neste sentido, qual valor da compra realizada pela Melissa, sabendo que vai pagar três parcelas mensais de R$ 500,00? Vamos lá! M=7401,8861=392,34Vamos Começar! Parcelamento Com os juros simples, para o cálculo de parcelamento em juros compostos também vamos utilizar as séries. Em situações que envolvem parcelamento, prestações em pequenas quantidades, vamos utilizar a fórmula das séries. Para cálculos com quantidades maiores de parcelas faz-se uso da fórmula do valor presente, o qual veremos mais adiante em nosso livro. Considerando que cada parcela ou prestação são pequenos montantes (M) e o valor à vista de uma compra é o capital, temos: M = C. (1 + i) n C = M (1+i) n https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u1a4_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, Tal que: Então: Tal que, C: capital M: montante (parcelas) i: taxa de juros n: período de cada parcela Juros compostos no parcelamento Conforme vimos na seção anterior, quando pretendemos trabalhar com parcelamento no regime de capitalização de juros compostos deve-se utilizar a fórmula de série: Tal que C refere-se ao capital, M é o resultando do montante (parcelas), i o valor da taxa de juros, n o período de cada parcela. Para melhor compreender, observe o exemplo a seguir: Carla pretende comprar um equipamento eletrônico que custa R$ 740,00. Ela vai pagar em duas parcelas mensais e iguais. Sabendo que o parcelamento será realizado sob a taxa de juros compostos de 4% a.m., determine o valor das parcelas. Neste caso, temos 2 vezes iguais e mensais, ou seja, 2 parcelas iguais a M (cada uma delas vale M). Como são mensais, ocorrerão nos meses 1 e 2 a partir da compra e o valor à vista que equivale ao capital (C)é igual a R$ 740,00. A taxa de juro composto é igual a i = 4% a.m. Lembre-se, que conforme vimos na seção anterior, temos que transformar a taxa percentual para unitária, ou seja, i = 0,04 a.m. C1 = M1 (1+i) n1 ;C2 = M2 (1+i) n2 ;… ;Cj = Mj (1+i) nj C = C1 + C2 +…+ Cj C = M1 (1+i) n1 + M2 (1+i) n2 +…+ Mj (1+i) nj C = ∑j j=1 Mj (1+i) nj C = ∑j j=1 Mj (1+i) nj Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Aplicando a equação da série de juros compostos: Vamos colocar o M em evidência, Portanto, serão duas parcelas mensais e iguais a R$ 392,07. Siga em Frente... Séries de juros compostos Agora, vamos continuar abordando este tema, porém quando temos o pagamento de uma entrada, na seguinte fórmula: C = ∑j j=1 M (1+i) n 740 = M (1+0,04) 1 + M (1+0,04) 2 740 = M (1,04) 1 + M (1,04) 2 ( 1 1,04 + 1 1,0816 )M = 740 (0,9615 + 0,9246)M = 740 1,8861M = 740 M = 740 1,8861 = 392,34 AV − E = ∑j j=1 Mj (1+i)nj Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Tal que, AV: valor à vista M: montante (parcelas) i: taxa de juros n: período de cada parcela E: valor da entrada Observe um exemplo: Raquel comprou um móvel que custa R$ 900,00 e terá que pagar 25% do valor à vista de entrada e mais 2 parcelas iguais e mensais, sob taxa de juros compostos de 3,6% a.m. Qual valor de cada parcela? Temos que, AV = R$ 900,00 E = 25% de 900 = 225 i = 3,6% a.m = 0,0360 a.m. Substituindo os valores na fórmula da série de juros compostos com entrada, temos: Colocando o M em evidência, AV − E = ∑j j=1 Mj (1+i)nj 900 − 225 = M (1+0,0360)1 + M (1+0,0360)2 675 = M 1,0360 + M 1,0733 ( 1 1,0360 + 1 1,0733 )M = 675 (0,9653 + 0,9317)M = 675 1,8970M = 675 M = 675 1,8970 M = R$355,82 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Portanto, Raquel pagará uma entrada de R$ 225,00 e mais duas parcelas de R$ 355,82. Vamos Exercitar? Para colocar em prática o cálculo de parcelamento com juros compostos, considere a condição de pagamento da loja MM: Compras parceladas em até 6 vezes com taxa de juros compostos de 56% a.a. Neste sentido, qual valor da compra realizada pela Melissa, sabendo que vai pagar três parcelas mensais de R$ 500,00? Vamos lá! Considerando as informações do problema, antes de calcularmos o valor da compra, devemos deixar a taxa i = 56% a.a. equivalente ao mês. Para isso, vamos utilizar a fórmula de taxa equivalente de juros compostos: Em que, i = 56% a.a. = 0,56 a.a. a = 12; pois a taxa apresentada é ao ano e 1 ano é igual a 12 meses. p = 1; pois a taxa pedida é ao mês, ou em um mês. Substituindo, Sendo assim, a taxa utilizada será i = 3,77% a.m., ou seja, i = 0,0377 a.m. Substituindo na fórmula das séries dos juros compostos, temos: ieq = (1 + i) p a − 1 ieq = (1 + i) p a − 1 ieq = (1 + 0,56) 1 12 − 1 ieq = (1,56)0,0833 − 1 ieq = 1,0377 − 1 ieq = 0,0377 ieq = 3,77% a.m. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor da compra foi de R$ 1.393,64. Saiba mais Para saber mais sobre a série de juros compostos, leia o artigo Matemática �nanceira: juros compostos de José Bonifácio de Araújo Júnior. Referências ARAÚJO JÚNIOR, J. B. Matemática �nanceira: juros compostos. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 2, p. 46-51, 2020. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MOREIRA, F. R. et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 9, 2010. OLIVEIRA, W. Sistema de juros compostos. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 11-22, 2020. Aula 5 Juros e Parcelamentos - Conceitos Básicos Videoaula de Encerramento Este conteúdo é um vídeo! C = ∑j j=1 M (1+i) n C = 500 (1+0,0377)1 + 500 (1+0,0377)2 + 500 (1+0,0377)3 C = 500 (1,0377)1 + 500 (1,0377)2 + 500 (1,0377)3 C = 500 1,0377 + 500 1,0768 + 500 1,1174 C = 481,83 + 464,34 + 447,47 C = 1.393,64 https://periodicos.processus.com.br/index.php/multi/article/view/657 https://periodicos.processus.com.br/index.php/multi/article/view/657 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Chegada Olá, estudante! Para desenvolver a competência desta unidade, que é compreender os conceitos relacionados a juros e parcelamento para aplicá-los na resolução de problemas �nanceiros, é preciso diferenciar os regimes de capitalização de juros simples e compostos. Importante ressaltar que quando estamos nos referindo aos juros simples, estamos calculando os juros sempre sobre o valor do capital inicial, ou seja, eles são obtidos multiplicando a taxa de juros (i) pelo capital (C) e pelo tempo da aplicação (n), dado pela seguinte fórmula: Além disso, devemos nos atentar para a taxa equivalente, em que o período temporal da taxa de juros (i) e período (n) devem estar equivalentes, ou seja, se a taxa de juros (i) está ao ano o período (n) também deve estar ao ano. Quando somamos o capital inicial ao juro aplicado encontramos o valor do montante, que nos juros simples pode ser calculado a partir da seguinte fórmula: Ainda no regime de capitalização dos juros simples, podemos calcular valores de prestações considerando algumas situações de �nanciamento, em que cada parcela ou prestação corresponde a pequenos montantes (M) e o valor à vista de uma compra é o capital, a partir da fórmula das séries: Assim como nos juros simples, também temos diversos pontos a nos atentar sobre os juros compostos, pois estes são calculados sobre o valor corrigido do período anterior e a taxa de juros varia exponencialmente em função do tempo, ou seja, a taxa de juros é aplicada a cada período. Para o cálculo do montante (M) nos juros compostos, faz-se uso da seguinte fórmula: J = C. i.n M = C(1 + i.n) C = ∑j j=1 Mj (1+i.nj) M = C. (1 + i) n https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u1enc_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Também deve-se atentar para as taxas equivalentes, pois o período de tempo da taxa de juros deve ser o mesmo do prazo da operação �nanceira, assim, utiliza-se a seguinte fórmula para o regime de capitalização de juros compostos: Em que (a) é o período apresentado e (p) é o período pedido ou desejado. Por �m, podemos calcular valor de prestações em �nanciamentos com uso da fórmula da série dos juros compostos, em que cada parcela ou prestação corresponde a pequenos montantes (M) e o valor à vista de uma compra é o capital. Essa fórmula deve ser utilizada para situações com pequenas quantidades de parcelas, pois ao apresentar uma quantidade maior de parcelas faz-se uso da fórmula do valor presente, o qual será visto mais adiante na disciplina. É Hora de Praticar! Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. A loja de departamento disparou um pan�eto promocional contendo a seguinte informação: ieq = (1 + i) p a − 1 C = ∑j j=1 Mj (1+i) nj Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Sabendo que Mônica comprou um produto e vai pagar uma entrada de R$ 200,00 e mais duas parcelas iguais de R$ 400,00, vencendo em dois meses. Qual o valor à vista deste produto? Re�ita sobre as perguntas a seguir: Você consegue identi�car qual fórmula utilizar em cada situação-problema? Você extrai as informações de forma correta dos problemas? Você consegue identi�car situações do seu dia a dia em nossa disciplina e como ela pode te ajudar? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Primeiramente vamos extrair as informações do problema: E (entrada) = 200,00M (2 parcelas) = 400,00 Vence em dois meses, então (n) começa em 2 meses. AV (valor a vista) = ? i = 60% a.a. = 0,60 a.a https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u1_de_o_play_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA a = 12; pois a taxa apresentada é ao ano e 1 ano é igual a 12 meses. p = 1; pois a taxa pedida é ao mês, ou em um mês. Substituindo os valores na fórmula, temos: Logo, temos que a taxa a ser utilizada será i = 3,99% a.m. Agora, vamos utilizar a fórmula das séries de juros compostos com entrada: Substituindo, Portanto, o valor do produto era R$ 925,60. Figura 1 | Mapa mental dos juros e parcelamentos ieq = (1 + i)p/a − 1 ieq = (1 + 0,6)1/12 − 1 ieq = 1,60,0833 − 1 ieq = 1,0399 − 1 ieq = 0,0399 a.m ieq = 3,99% a.m AV − E = ∑j j=1 Mj (1+i) nj AV − 200 = 400 (1+0,0399) 2 + 400 (1+0,0399) 3 AV = 400 1,0814 + 400 1,1245 + 200 AV = 369,89 + 355,71 + 200 AV = 925,60 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MOREIRA, F. R. et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 9, 2010. OLIVEIRA, W. Sistema de juros compostos. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 11-22, 2020. , Unidade 2 Aplicações dos Conceitos Básicos Aula 1 Capital de Giro - Desconto Bancário Capital de giro - desconto bancário Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprenderá algumas aplicações de conceitos básicos da Matemática Financeira como: capital de giro, desconto bancário e valor nominal, os quais podem ser encontrados em aplicações do nosso cotidiano, como: antecipar recebimentos de títulos para garantir capital de giro de uma empresa ou até mesmo antecipação de recebimento do 13º salário, entre outros. Para melhor compreender sobre o assunto, considere a situação do Lindolfo que trabalha numa empresa de telefonia; faltam três dias para ele receber o 13º salário e ele vai solicitar antecipação desse pagamento para quitar algumas dívidas. O salário de Lindolfo é R$ 1.800,00. Diante deste contexto, sabendo que uma instituição �nanceira lhe cobrará uma taxa nominal de https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u2a1_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA 0,7% a.d., qual será o valor resgatado por Lindolfo? Se você estivesse no lugar do Lindolfo, como faria para resolver essa situação? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Capital de giro No mercado de trabalho, muitas vezes, é o capital de giro que garante a saúde �nanceira das empresas. De acordo com Padoveze (2004), o termo “giro” vem da ideia de movimentação contínua dos principais elementos formadores das transações da empresa, em que ela basicamente forma seus lucros. Em outras palavras, ainda para Pandoveze (2004), da movimentação dos capitais aplicados no giro é que há a formação tradicional do lucro, ou seja, capital de giro é a terminologia utilizada para designar os valores investidos no ativo circulante, conjunto de bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro no considerado ano �scal da empresa. Segundo Gonçalves (2007), a expressão giro refere-se aos recursos em curto prazo da empresa, normalmente de�nidos como aqueles capazes de serem convertidos em dinheiro no prazo máximo de um ano (ciclo operacional) e que o capital de giro demonstra, em sentido amplo, o valor total dos recursos demandados pela empresa para �nanciar seu ciclo operacional, que reúne as necessidades circulantes identi�cadas desde a aquisição da matéria-prima até o recebimento das vendas. Um exemplo de se obter o capital de giro e uma das formas de gerenciar esse capital é a partir do desconto bancário, o qual refere-se à obtenção de capital por meio antecipação de títulos, que podem ser boletos ou promissórias resultantes de vendas ou serviços prestados a clientes que pagarão numa relação futura. Desconto bancário O desconto bancário refere-se à antecipação no período em dias do recebimento de um título, seja por meio de promissória, boleto, entre outros, realizado por uma instituição �nanceira. Nos dias atuais, trata-se de uma operação comum entre pessoas jurídicas, que são empresas de grande, médio e pequeno porte, assim como também pessoas físicas. A pessoa jurídica, ou seja, instituição com responsabilidades jurídicas, empresas, associações, companhias, entre outras, pode realizar antecipações de diversos títulos, veja alguns exemplos: Promissórias; Duplicatas; Boletos; Cheques; Faturas de cartão de crédito. A pessoa física, ou seja, todo indivíduo, homem ou mulher, identi�cado por um CPF (Cadastro de Pessoa Física), também pode fazer uso dessa operação �nanceira, observe alguns exemplos: Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA 13º salário – 1ª e 2ª parcela. Restituição de Imposto de Renda. O recebimento antecipado de títulos não ocorre na sua totalidade, pois a instituição �nanceira cobra uma taxa administrativa pela realização dessa operação. O desconto bancário refere-se ao valor resultante da antecipação de um título, ou seja, é a quantia a ser abatida do valor nominal (valor do título). Figura 1 | Desconto bancário. Fonte: Freepik. Siga em Frente... Valor nominal O valor nominal (N) é denominado como valor do título que será antecipado, e as antecipações de títulos ocorrem geralmente a poucos dias do vencimento dos títulos, isso para que o valor resgatado (V_B ) seja o mais próximo do valor nominal (N), ou seja, do valor do título. A taxa nominal é uma taxa de juros simples, então se necessitarmos convertê-la de mês para dia, ou de ano para dia, devemos usar o conceito de taxa equivalente em juros simples. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para calcularmos o valor do desconto que será aplicado na antecipação de um título, ou seja, o desconto racional, é dado por: Em que: N é o valor nominal. d corresponde a taxa de juros simples ao dia. n é o período de antecipação. Agora, para o cálculo do valor resgatado (V_B), que é o valor nominal menos o desconto racional, fazemos uso da seguinte fórmula: Para melhor compreender, observe um exemplo: Ana, gerente de uma loja de roupas, necessita efetuar um pagamento e para isso antecipará o recebimento de uma duplicada no valor de R$ 1.100,00 vencendo em 7 dias. A instituição �nanceira que fará a antecipação da duplicata cobra uma taxa nominal administrativa de 17,1% a.m. Qual valor Ana resgatará pela duplicata? Primeiramente, temos que uma taxa nominal (d) de 17,1% a.m., mas trabalhamos com taxa nominal ao dia. Logo, precisamos deixá-la equivalente, lembrando que a taxa nominal é taxa de juros simples: Assim, temos: Substituindo na fórmula do valor resgatado: D = N ⋅ d ⋅ n VB = N(1 − dn) ieq = 0,171 30 = 0,0057 a. d = 0,57% a. d d = 0,57% a. d N = R$ 1000,00 n = 7 dias VB = N(1 − dn) VB = 1100(1 − 0,0057.7) VB = 1100(1 − 0,0399) VB = 1100(0,9601) Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor a ser resgatado por Ana é de R$ 1056,11. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, considere a situação do Lindolfo que trabalha numa empresa de telefonia e faltam três dias para receber o 13º salário. O salário de Lindolfo é R$ 1.800,00 e ele vai antecipar o seu recebimento para pagar algumas dívidas. Diante deste contexto, sabendo que a instituição �nanceira lhe cobrará uma taxa nominal de 0,7% a.d., qual será o valor resgatado por Lindolfo? A segunda parcela do 13º salário, nesse caso, é título a ser antecipado, então: N = R$ 1.800,00. A instituição cobrauma taxa nominal de 0,7% a.d. = d. Lindolfo está a três dias de receber a segunda parcela do 13º salário e decide antecipar o seu recebimento, então n = 3. Substituindo na fórmula do valor resgatado: Portanto, pela antecipação do 13º salário em 3 dias, Lindolfo receberá R$ 1.762,20. Saiba mais Para saber mais sobre capital de giro, leia o artigo Necessidade de capital de giro e sua aplicabilidade prática de José Bonifácio de Mateus Benatti. Referências ARAÚJO JÚNIOR, J. B. Uma breve introdução à matemática �nanceira: juros simples. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 29-38, 2020. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. GONÇALVES, D. C. Capital de Giro. Disponível em: http://www.esacam.edu.br/jornal. Acesso em: VB = 1 056,11 VB = N(1 − dn) VB = 1800(1 − 0,007.3) VB = 1800(1 − 0,021) VB = 1800(0,979) VB = 1762,20 https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/159054/000646253.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/159054/000646253.pdf?sequence=1&isAllowed=y http://www.esacam.edu.br/jornal Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA 04 abr. 2024. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 2 Desconto Bancário com IOF Desconto bancário com IOF Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprofundará ainda mais seus estudos sobre as aplicações de conceitos básicos da Matemática Financeira como: antecipações de títulos, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e títulos de alto porte, os quais podem ser utilizados em antecipações de recebimentos de clientes. Para melhor compreender sobre o assunto, considere a situação do gerente Paulo, que precisa trocar os equipamentos do setor da linha de produção de uma metalúrgica e para isso fará a antecipação de um título de valore nominal: Título: R$ 23.650,00 O título vencerá em 17 dias em uma instituição �nanceira que cobra pela transação uma taxa nominal de 0,12% a.d. e IOF de 0,017% a.d. Qual será o valor resgatado por Paulo? Se você estivesse no lugar do Paulo, como faria para resolver essa situação? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u2a2_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos Começar! Antecipação de títulos Nos dias atuais, a antecipação de títulos pode ser uma ferramenta útil para os gestores de empresas dos mais diversos setores, uma vez que os desa�os na gestão de uma empresa são inúmeros, sejam eles, fatores internos ou externos, de modo que o planejamento �nanceiro não ocorre da forma esperada. A antecipação de títulos consiste em receber de forma antecipada valores de títulos de crédito como duplicatas, notas promissórias, cheques, entre outros, com vencimentos futuros, para que a empresa possa ter esse dinheiro em caixa para movimentações �nanceiras. Em outras palavras, a antecipação de títulos permite que um valor a ser creditado no futuro seja realocado para o presente. No caso de um negócio que realiza vendas a prazo, a antecipação de títulos possibilita acesso aos recursos de maneira imediata, sem ser necessário esperar o vencimento desses títulos. Uma observação importante é que as antecipações de títulos ocorrem geralmente a poucos dias do pagamento dos clientes, isso para que o valor resgatado seja o mais próximo do valor nominal, ou seja, do valor do título. Veja um exemplo: João vai receber a primeira parcela do seu 13º salário no dia 30 de novembro, mas irá antecipar esse recebimento para o dia 10 de novembro, logo ele terá um desconto do valor nominal devido aos 20 dias de antecipação. IOF O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi criado pela Lei nº 5.143, de 1966, com intuito de substituir o imposto sobre transferência para o exterior. O IOF envolve operações de câmbio, crédito, seguro ou relativas a títulos ou valores imobiliários.Quando estamos trabalhando com desconto bancário, antecipação de títulos, promissórias e duplicatas, o IOF se apresenta conforme a fórmula a seguir: Em que: VB: valor descontado, valor resgatado, valor resultante da antecipação. N: valor nominal, valor do título antecipado. d: taxa nominal, taxa de juros simples, ao dia. n: período de antecipação do título, geralmente em dias. IOF: Imposto sobre Operações Financeiras, taxa de juros simples, ao dia. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi criado pela Lei nº 5.143, de 1966, com intuito de substituir o imposto sobre transferência para o exterior. O IOF envolve operações de câmbio, crédito, seguro ou relativas a títulos ou valores imobiliários.Quando estamos trabalhando com VB = N [1 − (d+ IOF)n] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA desconto bancário, antecipação de títulos, promissórias e duplicatas, o IOF se apresenta conforme a fórmula a seguir: Siga em Frente... Títulos de alto porte Os títulos que têm incidência do IOF são denominados como alto porte, identicamente à taxa de desconto, este percentual é calculado sobre o valor nominal do título juntamente com uma taxa nominal cobrada no ato da liberação dos recursos, de forma antecipada (SANTOS, 2016). De acordo com Santos (2016), as operações de desconto praticadas pelas instituições �nanceiras costumam apresentar encargos �nanceiros, os quais são geralmente cobrados sobre o valor nominal do título (valor de resgate) e pagos à vista (descontados no momento da liberação dos recursos). Vejamos um exemplo de como podemos aplicar o conceito de antecipação em títulos de alto porte. Marina pretende antecipar um título de alto porte no valor de R$ 17.500,00 em 15 dias e consultou que o valor do resgate seria de R$ 12.000,00. Sabendo que o IOF cobrado foi de 0,05% a.d., qual a taxa nominal cobrada nessa antecipação? Primeiramente, vamos utilizar a fórmula da antecipação de títulos com IOF. Na sequência, vamos extrair as informações do problema: Depois, vamos substituir os seguintes valores: VB = N [1 − (d+ IOF)n] Vb = 12000 N = 17500 d =? n = 15 dias IOF = 0, 05% = 0, 0005 a. d. VB = N [1 − (d+ IOF)n] 12. 000 = 17. 500[1 − (d+ 0, 0005)15] 12.000 17.500 = [1 − (d+ 0, 0005)15] Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Portanto, a taxa nominal cobrada nessa antecipação foi de 1,95% a.d. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, considere a situação do gerente Paulo, que precisa trocar os equipamentos do setor da linha de produção de uma metalúrgica e para isso fará a antecipação de um título de valor nominal R$ 23.650,00. O título vencerá em 17 dias em uma instituição �nanceira que cobra pela transação uma taxa nominal de 0,12% a.d. e IOF de 0,017% a.d. Qual será o valor resgatado por Paulo? Primeiramente, vamos extrair as informações do problema: Substituindo os valores na fórmula: 0, 7 = [1 − (d+ 0, 0005)15] 0, 7 = [1 − (15d+ 0, 0075)] 0, 7 = [1 − 15d− 0, 0075] 0, 7 = 0, 9925 − 15d 15d = 0, 9925 − 0, 7 15d = 0, 2925 15d = 0, 2925 d = 0,2925 15 d = 0, 0195 a. d d = 1, 95% a. d Vb =? N = 23650 d = 0, 12% a. d = 0, 0012 a. d n = 17 dias IOF = 0, 017% = 0, 00017 a. d. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Logo, o valor resgatado será de R$ 23.099,19. Saiba mais Para saber mais sobre IOF, leia o artigo Imposto sobre operações �nanceiras, câmbio e a novíssima Lei Nº 14.286 de 2021 de Luiz Henrique Nicolau. Referências ARAÚJO JÚNIOR, J. B. Uma breve introdução à matemática �nanceira: juros simples. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 29-38, 2020. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B.S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. GONÇALVES, D. C. Capital de Giro. Disponível em: http://www.esacam.edu.br/jornal. Acesso em: 04 abr. 2024. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. SANTOS, J. C. Matemática �nanceira. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S/A, 2016, 216 p. Aula 3 Taxa Efetiva e Nominal VB = N [1 − (d+ IOF)n] VB = 23. 650[1 − (0, 0012 + 0, 00017)17] VB = 23. 650[1 − (0, 00137)17] VB = 23. 650[1 − 0, 02329] VB = 23. 650. 0, 9767 VB = 23099, 19 https://rtrib.abdt.org.br/index.php/rtfp/article/view/581 https://rtrib.abdt.org.br/index.php/rtfp/article/view/581 http://www.esacam.edu.br/jornal Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Taxa efetiva e taxa nominal Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você compreenderá sobre a importância da utilização de forma adequada das taxas equivalentes nos regimes de capitalização de juros simples e juros compostos, ou seja, a taxa efetiva e taxa nominal. Com intuito de aprofundar e aplicar os conceitos vistos, considere a situação de Lilian, que precisa �nanciar a compra de um equipamento da linha de produção de uma empresa e terá a seguinte condição de pagamento: Pagar uma entrada e �nanciar o restante em parcelas mensais e iguais, sob a taxa nominal de 13,2% a.a. em regime de juros compostos. Considerando tal situação, agora, você deve apresentar de forma adequada a taxa de juros da proposta de pagamento da Lilian. Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Taxa equivalente A taxa equivalente, seja no regime de capitalização de juros simples ou compostos, tem como função adequar a taxa à relação temporal de trabalho.Para uma melhor compreensão, observe um exemplo: Se temos uma situação em que as parcelas são mensais, a taxa de juros também precisa estar ao mês (a.m.). O mesmo ocorre se as parcelas estiverem ao ano (a.a.), logo, é necessário converter a taxa de juros também ao ano, utilizando os conceitos de taxas equivalentes para cada regime de capitalização. Importante relembrar que no período comercial, temos o seguinte: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u2a3_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA 1 mês = 30 dias 1 ano = 12 meses 1 ano = 360 dias 1 bimestre = 2 meses 1 trimestre = 3 meses semestre = 6 meses Sendo assim, a taxa equivalente só altera a relação temporal, pois quando temos alteração de regime de capitalização de juros simples para compostos, ou vice-versa, trabalhamos com taxa efetiva ou nominal. Figura 1 | Cálculo de taxas. Fonte: Freepik. Siga em Frente... Taxa efetiva A taxa efetiva refere-se a uma taxa em que a unidade de tempo é igual à unidade de tempo do período de capitalização especí�co para o regime de juros compostos. Para converter uma taxa nominal em efetiva usa-se a seguinte fórmula: Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Em que: n: período da taxa nominal, em dias. f: período da taxa efetiva, em dias. d: taxa nominal. Observe um exemplo: José vai realizar um �nanciamento em regime de juros compostos, o qual apresentou taxa nominal de 32% a.a. Qual é a taxa de trabalho desse �nanciamento ao ano? Como se trata de um �nanciamento em juros compostos, a taxa de trabalho não pode ser a taxa nominal, pois ela é taxa de juros simples; então deveremos trabalhar com taxa efetiva. Extraindo informações da situação, temos: n = 360 dias. f = 360 dias. d = 32% = 0,32 Substituindo na fórmula: Logo, a taxa efetiva para o �nanciamento é 38,24% a.a. Taxa nominal A taxa nominal refere-se a uma taxa em que a unidade de tempo é igual à unidade de tempo do período de capitalização dos juros simples. Para converter uma taxa efetiva em nominal usa-se a seguinte fórmula: ief = ( d n + 1) f − 1 ief = ( d n + 1) f − 1 ief = ( 0,32 360 + 1) 360 − 1 ief = (0,0009 + 1)360 − 1 ief = 1,3824 − 1 ief = 0,3824 a. a = 38,24% a. a d = [(ief + 1) 1 f − 1]n Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Em que: n: período da taxa nominal, em dias. f: período da taxa efetiva, em dias. d: taxa nominal. : taxa efetiva. Para melhor compreender, observe um exemplo: Alana vai realizar um �nanciamento em regime de juros simples, mas como o parcelamento é a curto prazo, apresentou taxa efetiva de 27% a.a. Qual é a taxa de trabalho desse �nanciamento ao ano? Como se trata de um �nanciamento em juros simples, a taxa de trabalho não pode ser a taxa efetiva, pois ela é taxa de juros compostos; então deveremos trabalhar com taxa nominal. n = 360 dias f = 360 dias Substituindo na fórmula, temos: Portanto, a taxa de trabalho, que é a taxa nominal é de 25,2% a.a. ief ief = 27% = 0,27 d = [(ief + 1) 1 f − 1]n d = [(0,27 + 1) 1 360 − 1]360 d = [(1,27)0,0028 − 1]360 d = [1,0007 − 1]360 d = [1,0007 − 1]360 d = 0,0007.360 d = 0,252 a. a d = 25,2% a. a Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, considere a situação de Lilian, que precisa �nanciar a compra de um equipamento da linha de produção de uma empresa e terá a seguinte condição de pagamento: Pagar uma entrada e �nanciar o restante em parcelas mensais e iguais, sob a taxa nominal de 13,2% a.a. em regime de juros compostos. Considerando tal situação, agora, você deve apresentar de forma adequada a taxa de juros da proposta de pagamento da Lilian. Como a proposta trata de um �nanciamento em parcelas mensais e iguais em regime de juros compostos, não calcularemos as parcelas com a taxa nominal, pois ela é uma taxa de juros simples, por isso vamos converter a taxa dada em taxa efetiva ao mês. n = 360 dias f = 30 dias d = 13,2% = 0,132 Substituindo na fórmula, temos: Portanto, a taxa de que iremos usar para calcular as parcelas mensais e iguais da proposta, que é a taxa efetiva, será de 1,21% a.m. Saiba mais Para saber mais sobre taxas, acesse o livro Matemática �nanceira de Ernesto Coutinho Puccini. ief = ( d n + 1) f − 1 ief = ( 0,132 360 + 1) 30 − 1 ief = ( 0,132 360 + 1) 30 − 1 ief = (0,0004 + 1)30 − 1 ief = 1,0121 − 1 ief = 0,0121 a.m = 1,21% a.m https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/643232/2/Matem%C3%A1tica%20Financeira%20e%20An%C3%A1lise%20de%20Investimentos.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Referências ARAÚJO JÚNIOR, J. B. Uma breve introdução à matemática �nanceira: juros simples. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 29-38, 2020. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. PUCCINI, A. L. Matemática �nanceira. Projeto universidade aberta, 2007. Aula 4 Negociação com Juros Simples e Compostos Negociação de juros simples e compostos Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você aprenderá sobre negociação em regime de juros simples e compostos, bem como analisar propostas e contrapropostas, aplicando conceitos de séries de ambos os regimes de capitalização. Para melhor compreender sobre o assunto, considere a situaçãode Kátia, que pretende comprar um carro e ofereceu a seguinte proposta de pagamento: uma entrada de R$ 25.670,40 a uma taxa de juros efetiva de 1,21% a.m., mais três parcelas mensais e iguais. A loja fez uma contraproposta de três parcelas iguais a R$ 22.000,00 com vencimento a cada 10 dias, sob a taxa de juros simples de 4% a.d. Considerando isso, qual é o valor de cada parcela da proposta de Kátia? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u2a4_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Vamos Começar! Negociação em juros simples O ato de negociar faz parte de nossas vidas, pois a partir disso é que adquirimos bens de consumo dentro de nossas reais possibilidades, sem depreciar o valor real do bem. A negociação tem como princípio um fundamento básico: o capital numa situação A deve ser o mesmo numa situação B, ou seja, o capital do anúncio tem que ser o mesmo do proposto, independentemente da forma de pagamento e regime de juros. = capital numa situação “A” = capital numa situação “B” Podemos ter situações que envolvem o pagamento de entrada, daí temos a seguinte situação: Observe um exemplo: uma loja de departamento masculina está anunciando um terno por duas parcelas iguais de R$ 300,00 a cada sete dias, sob regime e taxa de juros simples de 0,035% a.d. Ricardo tem muito interesse pelo terno e apresentou uma proposta de pagar em três parcelas iguais, vencendo a cada dez dias, sob a mesma taxa e o mesmo regime imposto pela loja. Qual é o valor das parcelas propostas pelo Ricardo? Vamos substituir na fórmula a condição anunciada e a condição proposta: Logo, o valor de cada parcela proposta por Carlos é R$ 200,67. CA = CB CA CB AVA = AVB AVA AVB AV Anunciado = AV Proposto ∑j j=1 MjAnunciada 1+iAnunciadanjAnunciado = ∑j j=1 MjProposta 1+iPropostanjProposta 300 (1+0,00035.7) + 300 (1+0,00035.14) = M (1+0,00035.10) + M (1+0,00035.20) + M (1+0,00035.30) 597,81 = 2,9791M 597,81 2,9791 = M M = 200,67 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Siga em Frente... Negociação em juros compostos Assim como vimos na negociação de juros simples, podemos utilizar os mesmos conceitos para os juros compostos, com a diferença da utilização da série de juros compostos. Exemplo: um aparelho celular está sendo anunciado por duas parcelas mensais e iguais a R$ 600,00, sob o regime de juros compostos de 1,8% a.m. Carlos pretende comprar o aparelho celular, mas ofereceu a seguinte condição: 3 parcelas iguais vencendo em 2, 3 e 5 meses, sob taxa e regime de juros compostos de 2,0% a.m. Qual é o valor das parcelas propostas por Carlos? Vamos substituir na fórmula a condição anunciada e a condição proposta. Logo, o valor de cada parcela proposta por Carlos é R$ 415,91. Negociação em juros simples e compostos Podemos ter também numa mesma negociação ambos os regimes de capitalização, juros simples e juros compostos. Veja o exemplo: Renata está vendendo um aparelho eletrônico por duas parcelas de R$ 150,00 a cada 12 dias, sob regime e taxa de juros simples de 0,043% a.d. Joana quer pagar em duas parcelas mensais e AV Anunciado = AV Proposto ∑j j=1 MjProposta (1+iProposta) njProposta = ∑j j=1 MjProposta (1+iProposta) njProposta 600 (1+0,018) 1 + 600 (1+0,018) 2 = M (1+0,02) 2 + M (1+0,02) 3 + M (1+0,02) 5 600 1,018 + 600 1,0363 = M 1,0404 + M 1,0612 + M 1,1041 589,39 + 578,98 = ( 1 1,0404 + 1 1,0612 + 1 1,1041 )M 1168,37 = (0,9612 + 0,9423 + 0,9057)M 1168,37 = 2,8092M 1168,37 2,8092 = M M = 415,91 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA iguais sob regime e taxa de juros compostos de 1,32% a.m. Qual é o valor das parcelas que Joana está disposta a pagar? Portanto, o valor das parcelas propostas por Joana é de R$ 151,80. Vamos Exercitar? Para colocar em prática os conceitos vistos, considere a situação de Kátia, que pretende comprar um carro e ofereceu a seguinte proposta de pagamento: uma entrada de R$ 25.670,40 a uma taxa de juros efetiva de 1,21% a.m., mais três parcelas mensais e iguais. Mas a loja fez uma contraproposta de três parcelas iguais a R$ 22.000,00 com vencimento a cada 10 dias, sob a taxa de juros simples de 0,4% a.d. Considerando isso, qual valor de cada parcela da proposta de Kátia? Primeiramente, temos o valor anunciado e valor proposto: AV Anunciado = AV Proposto ∑j j=1 MjAnunciada 1+iAnunciadanjAnunciado = ∑j j=1 MjProposta (1+iProposta) njProposta 150 1+0,00043⋅12 + 150 1+0,00043⋅24 = M (1+0,0132)1 + M (1+0,0132)2 297,70 = 1,9611M M = 297,70 1,9611 M = R$151,80 AV Anunciado = AV Proposto ∑j j=1 MjAnunciada 1+iAnunciadanjAnunciado = EProposta +∑j j=1 MjProposta (1+iProposta) njProposta 22.000 1+0,0004⋅10 + 22.000 1+0,0004⋅20 + 22.000 1+0,0004⋅30 = = 25.670,40 + M (1+0,0121)1 + M (1+0,0121)2 + M (1+0,0121)3 65.476,88 = 25.670,40 +M( 1 1,0121 + 1 1,0243 + 1 1,0367 ) 65.476,88 − 25.670,40 = M(0,9880 + 0,9763 + 0,9646) Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Portanto, o valor das parcelas propostas é de R$ 13.590,93. Saiba mais Para saber mais sobre negociação, leia o livro Matemática �nanceira de Fernando Guerra e Inder Jeet Taneja. Referências ARAÚJO JÚNIOR, J. B. Uma breve introdução à matemática �nanceira: juros simples. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 29-38, 2020. CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. GUERRA, F.; TANEJA, I. J. Matemática Financeira. Curso de graduação em Administração a Distância, v. 1, 2014. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 5 Aplicações dos Conceitos Básicos Videoaula de Encerramento 39.806,48 = 2,9289M M = 39.806,48 2,9289 M = R$13.590,93 https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/17372616022012Matematica_Financeira_Aula_1.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Chegada Para desenvolver a competência desta unidade, que é compreender os conceitos relacionados a descontos e à taxa efetiva e nominal a �m de utilizá-los na resolução de problemas que envolvam negociações �nanceiras, é necessário elencar os conhecimentos a seguir. Quando trabalhamos com desconto bancário, nos referimos à antecipação do recebimento de títulos no período em dias, seja por meio de promissória, boleto, entre outros, realizado por uma instituição �nanceira. Para calcularmos o valor do desconto que será aplicado na antecipação de um título, ou seja, o desconto racional, utilizamos a seguinte fórmula: Em que: N: valor nominal. d: corresponde a taxa de juros simples ao dia. n: período de antecipação. Agora, para o cálculo do valor resgatado ( Também podemos trabalhar com desconto bancário de títulos de alto porte, ou seja, com IOF, a partir da seguinte fórmula: Em que: D = N ⋅ d ⋅ n VB VB = N(1 − dn) VB = N [1 − (d+ IOF)n] https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u2enc_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA : valor descontado, valor resgatado, valor resultante da antecipação. N: valor nominal, valor do título antecipado. d: taxa nominal, taxa de juros simples, ao dia. n: período de antecipação do título, geralmente em dias. IOF: Imposto sobre Operações Financeiras, taxa de juros simples, ao dia. Outro tema importante para área refere-se às conversões das taxas equivalentes, em que a taxa de juros e o período precisam estar na mesma unidade tempo. Para o regime de juros compostos utilizamos a taxa efetiva e para sua conversãousa-se a seguinte fórmula: Em que: n: período da taxa nominal, em dias. f: período da taxa efetiva, em dias d: taxa nominal A taxa nominal refere-se a uma taxa no regime de capitalização dos juros simples. Para converter uma taxa efetiva em nominal usa-se a seguinte fórmula: Em que: n: período da taxa nominal, em dias. f: período da taxa efetiva, em dias d: taxa nominal : taxa efetiva Por �m, temos que a negociação tem como princípio um fundamento básico: o capital numa situação A deve ser o mesmo numa situação B, ou seja, o capital do anúncio tem que ser o mesmo do proposto, independentemente da forma de pagamento e regime de juros. Para negociação com anúncio e proposta em juros simples usa-se a fórmula: Para negociação com anúncio e proposta em juros compostos usa-se a fórmula: VB ief = ( d n + 1) f − 1 d = [(ief + 1) 1 f − 1]n ief AV Anunciado = AV Proposto ∑j j=1 MjAnunciada 1+iAnunciadanjAnunciado = ∑j j=1 MjProposta 1+iPropostanjProposta Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Para negociação com anúncio em juros simples e proposta em juros compostos usa-se a fórmula: Importante ressaltar que podemos ter anúncio em juros compostos e proposta em juros simples também. Tais conceitos vistos nesta unidade além de contribuir para o avanço dos conteúdos da disciplina também visam contribuir para resolução de problemas do nosso dia a dia. É Hora de Praticar! Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Agora, você colocará em prática os conceitos vistos nesta unidade. Vamos lá! Dona Maria alugou um forno para sua padaria e vai pagar duas parcelas mensais e iguais a R$ 650,00 sob regime de juros compostos e taxa efetiva de 4% a.m. Senhor José, dono da padaria ao lado, também tem interesse em alugar a mesma máquina, mas tem condição para pagar em três vezes mensais e iguais sob regime de juros compostos e taxa efetiva de 4% a.m. Sendo assim, qual o valor de cada parcela Seu José vai pagar? Após o estudo, re�ita sobre as seguintes perguntas: Você consegue identi�car qual fórmula utilizar em cada situação-problema? Você extrai as informações de forma correta dos problemas? Você consegue identi�car situações do seu dia a dia em nossa disciplina e como ela pode te ajudar? Dê o Play! Clique aqui para acessar os slides do Dê o play! Primeiramente temos que: ∑j j=1 MjProposta (1+iProposta) njProposta = ∑j j=1 MjProposta (1+iProposta) njProposta ∑j j=1 MjAnunciada 1+iAnunciadanjAnunciado = ∑j j=1 MjProposta (1+iProposta) njProposta https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u2_de_o_play_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Situação A (Anúncio): duas parcelas mensais e iguais a R$ 650,00 sob regime de juros compostos e taxa efetiva de 4% a.m. Situação B (Proposta): três vezes mensais e iguais sob regime de juros compostos e taxa efetiva de 4% a.m. Observe que não será necessário converter as taxas, pois temos taxa efetiva no regime de juros compostos. Neste caso, temos tanto o anúncio quanto a proposta em regime de juros compostos, então vamos utilizar a seguinte fórmula: Substituindo os valores, temos: Logo, o valor de cada parcela da proposta do sr. José é R$ 441,77. ∑j j=1 MjA (1+iA) njA = ∑j j=1 MjB (1+iB) njB 650 (1+0,04)1 + 650 (1+0,04)2 = M (1+0,04)1 + M (1+0,04)2 + M (1+0,04)3 650 1,04 + 650 1,0816 = M 1,04 + M 1,0816 + M 1,1249 625 + 600,96 = M( 1 1,04 + 1 1,0816 + 1 1,1249 ) 1.225,96 = M(0,9615 + 0,9246 + 0,8890) 1.225,96 = 2,7751M M = 1.225,96 2,7751 M = 441,77 Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Figura 1 | Mapa mental dos cálculos de juros e parcelamentos (desconto bancário e taxa efetiva) CARVALHO, L. C. S.; ELIA, B. S.; DECOTELLI, C. A. Matemática �nanceira aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MOREIRA, F. R. et al. Juros: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 9, 2010. OLIVEIRA, W. Sistema de juros compostos. Revista Processus Multidisciplinar, v. 1, n. 1, p. 11-22, 2020. , Unidade 3 Análise de Financiamentos Aula 1 Valor Presente - Financiamento Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Valor presente – �nanciamento Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação pro�ssional. Vamos assisti-la? Bons estudos! Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Ponto de Partida Nesta aula, você fará uma análise sobre �nanciamentos, sejam eles de um veículo, um imóvel, entre outros, além de compreender sobre características de um �nanciamento e a utilização da fórmula do valor presente para seu cálculo. Para melhor compreender sobre o assunto, imagine que você deseja �nanciar um veículo cujo valor à vista é R$ 38.000,00. Uma loja apresentou uma proposta de 48 vezes mensais e iguais sob a taxa efetiva de 1,51% a.m. Qual será o valor da parcela dessa proposta de �nanciamento e como você faria para resolver essa situação? Para isso, vamos dar início ao nosso estudo! Vamos Começar! Juros compostos no �nanciamento com mais parcelas Em nosso dia a dia, muitas vezes, somos colocados em situações nas quais são oferecidas diversas formas de pagar alguma compra, como parcelar em valores mensais e iguais uma geladeira, uma casa, um carro, entre outros. Mas, a�nal, como são realizados os cálculos em diferentes �nanciamentos? O �nanciamento tem como base de cálculo a série de juros compostos, que também pode ser chamado de valor presente. Utilizamos a série de juros compostos quando estamos fazendo cálculos de parcelas e prestações, mas com quantidades pequenas de parcelas, que não precisam ser periódicas e nem iguais. Já no caso de �nanciamento em juros compostos, com grande quantidade de parcelas periódicas iguais, fazemos uso da fórmula do valor presente, um caso particular de séries de https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/MATEMATICA_FINANCEIRA/PPT/u3a1_mat_fin_1p.pdf Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA juros compostos. O valor presente refere-se ao �nanciamento em juros compostos e por se tratar de uma relação �nanceira a longo prazo, geralmente, suas parcelas ocorrem em relação mensal. No cálculo do valor presente, ou seja, no �nanciamento, faz-se uso da taxa de juros compostos, o que consequentemente nos leva ao uso da taxa efetiva. Por isso, importante ressaltar que a taxa nominal deve ser convertida para efetiva quando necessário fazer esse tipo de cálculo. Um exemplo para compreender sobre o valor presente pode ser situação de um �nanciamento imobiliário com 300 parcelas iguais e mensais sob uma taxa efetiva de 7,8% a.a. Neste caso, temos uma quantidade grande de parcelas periódicas e iguais, além de trabalharmos com uma taxa efetiva. Figura 1 | Juros. Fonte: Freepik. Siga em Frente... Financiamentos Em nosso cotidiano é comum usar �nanciamentos para aquisição de bens. Um �nanciamento é quando alguém empresta uma determinada quantia em dinheiro a uma pessoa ou a uma empresa. Quando acontece um empréstimo de dinheiro, por exemplo, quem empresta cobra uma porcentagem de juros sobre o valor emprestado, o que exige conhecimento para escolha da melhor taxa de juros para cada situação. É muito comum fazer uso de empréstimos de instituições bancárias, com um período pré- determinado para sua liquidação e nessas situações o valor dos juros é calculado de acordo com o valor do empréstimo, bem como conforme a taxa percentual aplicada pelo banco. Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA Muito se fala na aquisição de bens sem a necessidade de �nanciamentos, no entanto, tudo depende do cenário e contexto de cada um, pois muitas vezes se realiza um �nanciamento para