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APRESENTAÇÃO PLANEJAMENTO URBANO & REGIONAL ARBORIZAÇÃO PLAN. URBANO E REGIONAL A arborização urbana é entendida como o conjunto de árvores cultivadas em áreas públicas e privadas da cidade, especialmente em ruas, avenidas, praças e parques. Ela é parte fundamental da infraestrutura verde urbana, desempenhando papel similar ao de vias, saneamento e transporte. No urbanismo contemporâneo, a arborização deixou de ser apenas elemento estético e passou a ser infraestrutura ecológica, necessária para manter o equilíbrio ambiental e social da cidade CONCEITO PLAN. URBANO E REGIONAL A) Ambientais Regulação climática: as árvores reduzem a temperatura superficial em até 5 °C, atenuando as ilhas de calor, t ípicas de metrópoles. Qualidade do ar: absorvem poluentes atmosféricos como CO₂, ozônio, dióxido de enxofre, além de reterem partículas sólidas suspensas. Recursos hídricos: raízes contribuem para a infiltração da água da chuva, diminuindo enchentes e sobrecarga de galerias pluviais. CAUSAS PLAN. URBANO E REGIONAL B) Urbanísticas Espaços públicos humanizados: a arborização melhora a escala urbana, reduz a sensação de opressão em áreas densamente construídas. Integração com o mobiliário urbano: quando planejada, a vegetação se articula com bancos, ciclovias, playgrounds e espaços de convivência. Ordenamento do território: árvores podem ser usadas como marcos visuais, referenciais de bairro e até barreiras acústicas contra ruídos de tráfego. CAUSAS PLAN. URBANO E REGIONAL C) Sociais e Culturais Saúde física e mental: contato com a natureza reduz estresse, melhora humor e estimula atividades f ísicas. Inclusão social: praças arborizadas são espaços democráticos de encontro e convivência. Identidade cultural: determinadas espécies marcam a paisagem urbana e carregam valores simbólicos (ex.: ipês em São Paulo, jacarandás em Buenos Aires). CAUSAS PLAN. URBANO E REGIONAL Como são feitas? A arborização em metrópoles exige planejamento técnico e interdisciplinar entre urbanistas, engenheiros florestais, arquitetos paisagistas e gestores públicos. Planejamento Levantamento ambiental e urbano: análise de clima, solo, largura das calçadas, fluxo de pedestres, presença de infraestrutura subterrânea e aérea. Mapeamento urbano: definição de áreas prioritárias (corredores viários, praças degradadas, áreas com déficit de verde). MODO PLAN. URBANO E REGIONAL Seleção de Espécies Critérios técnicos: resistência a poluição, porte adequado, sistema radicular não agressivo, baixa queda de folhas e frutos. Espécies nativas: valorização da flora local e estímulo à biodiversidade. Espécies exóticas: usadas em casos específicos, mas podem trazer riscos de desequilíbrio ecológico. Execução e Manejo Plantio: distanciamento correto entre árvores para evitar conflitos com fiação, trânsito e acessibilidade. Poda e manutenção: fundamental para evitar acidentes, manter a saúde da árvore e garantir segurança urbana. Monitoramento: uso de tecnologias de georreferenciamento (GIS) e inventários digitais de árvores para gerir a arborização. MODO PLAN. URBANO E REGIONAL Curitiba (Brasil) – A Cidade dos Parques Curitiba é considerada um laboratório urbanístico e referência mundial em sustentabilidade urbana desde a década de 1970. Planejamento integrado: a cidade desenvolveu um sistema de parques lineares em áreas sujeitas a enchentes. Em vez de canalizar rios e impermeabilizar o solo, transformou margens em áreas verdes, que absorvem a água da chuva e funcionam como espaços de lazer. Corredores verdes: ruas e avenidas foram planejadas com arborização contínua, conectando bairros e reduzindo a fragmentação ambiental Educação ambiental: programas como a "Universidade Livre do Meio Ambiente" e a coleta seletiva incentivam a população a participar da preservação urbana. Impacto urbanístico: Curitiba tornou-se referência por integrar transporte coletivo, arborização e espaços públicos, mostrando que a arborização pode ser usada como infraestrutura funcional e não apenas estética. EXEMPLOS PLAN. URBANO E REGIONAL Medellín (Colômbia) – Corredores Verdes e Transformação Social Medellín passou de cidade violenta nos anos 1990 a modelo de urbanismo social e sustentável no século XXI. Corredores Verdes: desde 2016, a cidade implantou mais de 30 corredores verdes, conectando áreas centrais, bairros periféricos e encostas. Nessas avenidas, foram plantadas mais de 350 mil árvores, arbustos e coberturas vegetais. Clima urbano: a arborização reduziu a temperatura média da cidade em até 2 °C, aliviando o efeito de ilhas de calor. Inclusão social: junto com obras de arborização, Medellín investiu em escadas rolantes e teleféricos urbanos integrados ao transporte público, levando qualidade de vida a áreas antes marginalizadas. Impacto urbanístico: a arborização foi usada como estratégia de resiliência climática e integração social, recuperando a imagem da cidade e atraindo investimentos. EXEMPLOS Barcelona (Espanha) – Superquadras e Humanização da Cidade Barcelona é conhecida por seu urbanismo inovador desde o século XIX, com o Plano Cerdà, que criou o famoso traçado em quadras regulares no bairro do Eixample. Hoje, a cidade busca soluções sustentáveis diante do excesso de carros e poluição. Superquadras (Superilles): blocos de 9 quadras onde o tráfego de veículos é restringido, priorizando pedestres, ciclistas e transporte público. Arborização intensiva: dentro dessas superquadras, as ruas recebem plantio de árvores em calçadas largas, áreas de lazer e espaços verdes contínuos. Qualidade ambiental: o objetivo é reduzir ruídos, poluição e aumentar a presença de verde, promovendo microclimas urbanos mais agradáveis. Impacto urbanístico: a arborização em Barcelona é parte de uma estratégia de reconquista do espaço público, diminuindo o domínio dos automóveis e aumentando a vitalidade urbana. Conexão entre os três exemplos Curitiba mostra como o verde pode ser infraestrutura funcional contra enchentes e como ferramenta de planejamento integrado. Medellín revela a arborização como estratégia social e climática, ligando inclusão urbana e sustentabilidade. Barcelona aponta para o futuro, ao usar o verde como meio de transformação do espaço público, reduzindo carros e devolvendo a cidade às pessoas. PLAN. URBANO E REGIONAL EXEMPLOS Referências Bibliográficas LIMA, Ana Lúcia Duarte; CAVALHEIRO, Felipe. Arborização urbana: função e manejo. Revista Brasileira de Arborização Urbana, v. 9, n. 2, p. 1-15, 2014. NUCCI, João Carlos. Planejamento da Arborização Urbana. Curitiba: Editora UFPR, 2008. RIO, Vicente del; DUARTE, Cristiane Rose. Urbanismo contemporâneo no Brasil. São Paulo: Editora Senac, 2013. OLIVEIRA, L. C. de; SILVA FILHO, D. F. A importância da arborização urbana para a qualidade ambiental. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 7, n. 3, 2012. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Plano Municipal de Arborização Urbana. São Paulo, 2017. LEITE, R. P. Cidades sustentáveis, cidades inteligentes: desenvolvimento sustentável num planeta urbano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. ONU-Habitat. Streets as public spaces and drivers of urban prosperity. Nairobi: United Nations Human Settlements Programme, 2013. · LEITE, R. P. Cidades sustentáveis, cidades inteligentes: desenvolvimento sustentável num planeta urbano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. · NUCCI, João Carlos. Planejamento da Arborização Urbana. Curitiba: Editora UFPR, 2008. · ONU-HABITAT. Streets as public spaces and drivers of urban prosperity. Nairobi: United Nations Human Settlements Programme, 2013. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11