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Prova P1 ODONTOPEDIATRIA Data: 21.03.2023 ==========Considerações sobre PLANO DE TRATAMENTO INFANTIL=========== 1)Deve-se ter a autorização dos pais ou responsáveis das crianças para realizar qualquer ripo de procedimento odontológico, inclusive o plano de tratamento = termo de consentimento. 2)Quando consideramos urgência? Traumas, abscessos e dor aguda. 3)Diário alimentar -> Devemos anotar os hábitos e frequências de alimentação considerada criogênica em maior quantidade para controle do hábito alimentar infantil. Fases do plano de tratamento • É composto por 5 fases de tratamento; • Primeiramente, saber se o tratamento deve ser de urgência ou não urgência; • Segundamente, se o tratamento for considerado não urgência damos continuidade ao plano de tratamento ‘’normal”, seguido de: 1)Fase de tratamento sistêmico -> Saúde geral do paciente e anamnese, medidas profiláticas e terapêuticas para conhecer o nosso paciente. 2)Fase preparatória -> Educação do paciente e adequação do meio bucal (índice de placa, profilaxia complementar, índice de sangramento, diário alimentar, drenagem de absecessos, exodontias, terapias pulpares se necessário). 3)Fase restauradora -> Procedimentos restauradores como próteses, orto e cirurgias. 4)Fase de manutenção -> Acompanhamento e pós-tratamento. ………………………………………………………………………………………………………… Indicações dos exames radiográficos • Cuidado devido a que quanto menor o estado de diferenciação celular, maior será/ poderá ser as nocividade das radiações, ou seja, crianças são mais suscetíveis aos efeitos tardios da radiação do que os pacientes adultos!! • Dividida em 3 ramos principais = Radiografias intra-orais (periapicais, oclusal e interproximal), radiografias extra-orais (panorâmicas, laterais, telerradiografia) ou intra- oral especial (Clarck ou Miller-Winter). 1)Periapicais -> Analisa cronologia e sequência de erupção dental, relação dos dentes decíduos com os permanentes, alterações coronárias/pulpares/periapicais, cáries, anomalias, edemas, traumas. 2)Interproximais -> Cáries, alterações na crista-óssea e restaurações. 3)Oclusais -> Analisa a oclusão da criança, porém, necessita de uma maior área para visualizar a maxila e a mandíbula da criança. 4)Panorâmicas -> Analisa desenvolvimento de grandes patologias. 5)Lateral de mandíbula e maxila -> Analisa traumatismo e intrusão dental. 6)Lateral de Fazzi -> Examina ângulo, ramo e corpo de mandíbula. 7)Telerradiografias. 8)Técnica de Clarck -> Localiza dentes supranumerários, inclusos, cistos, odontomas, tumores de maxila = Necessidade de duas radiografias. 9)Técnica de Miller-Winter -> Localiza dentes retidos, supranumerários, cistos, odontomas no sentido vestíbulo-lingual na mandíbula = Necessidade de duas radiografias - Periapical + Oclusal. ………………………………………………………………………………………………………… Indicações das exodontias • Ter autorização por escrito dos pais da criança. • Avaliação da necessidade e da oportunidade da cirurgia. 1)Dentes sem condição de realizar procedimento restaurador. 2)Lesões cariosas atingem nível de furcas. 3)Rarefação óssea persistente mesmo após tratamento endodôntico. 4)Rompimento de cripta -> Reabsorção óssea e acometimento do adjacente. 5)Dentes com raízes fraturadas. 6)Dentes com alveólise -> Consequências de necrose, absorção óssea. 7)Dentes anquilosados. 8)Retenções prolongadas. 9)Reabsorção interna avançada na coroa dental -> Deixa o dente cor-de-rosa. 10)Reabsorção externa avançada. 11)Reabsorção ectópica -> Ocorre numa mesma classificação dental, ou seja, entre dentes adjacentes (molares). ………………………………………………………………………………………………………… Uso de anestésicos em crianças • Usamos quando vamos mexer em tecido com sintomatologia, ou seja, tanto em dentina como também em esmalte. • Usamos SEMPRE agulhas curtas 30g, finas ou extra-finas. • Desvantagem dessas agulhas: Podem infiltrar vasos sanguíneos e durante processo de aspiração podem resultar em “falso-negativo”. • Lembrar que o osso de crianças são mais porosos do que os de adultos!! • Tomar muito cuidado com alergias, alterações sistêmicas, peso da criança = Tubetes? • Realizar anestesia local com o uso de sal anestésico junto com vasoconstritor. • Aplicar injeção bem lentamente e realizar aspiração. • Tomar muito cuidado também em relação a fraturas de agulhas devido movimentação brusca, formação de úlceras traumáticas e injeção intravascular = Aumento da toxicidade, taquicardia e pressão arterial. ………………………………………………………………………………………………………… =========Considerações sobre MANEJO COMPORTAMENTAL INFANTIL========== 1)Fazer sempre o monitoramento, ou seja, controlar ansiedade, emoção, explicar. 2)Lembrar que o comportamento infantil é baseado no histórico do paciente, núcleo familiar, plano de tratamento e tipo de abordagem odontológica. 3)Conhecer os pais/responsáveis pela criança e passar confiança e segurança a ele. 4)Diagnóstico individual e analisar manifestações quanto ao medo e ansiedade. • Desconfiança, choro, fraqueza, aumento da salivação, stress frequente, desespero constante, agitação, secreção gástrica e taquicardia. • Medo: Classificado em objetivo e indireto (experiências vividas passadas) ou subjetivo (situações vividas por outras pessoas que foram negativas = Fantasia). • Stress tóxico: Episódio de stress forte de intensidade frequente ou longa duração, choro tóxico, alto e contínuo de constante liberação de cortisol. Técnicas de manejo comportamental NÃO FARMACOLÓGICOS 1)Técnica de mostrar, falar e fazer -> Mudar termos: Aviãozinho, canudinho. 2)Reforço positivo -> Recompensar o paciente com prêmios, brinquedos e carinho. 3)Controle de voz-> Gerenciamento de comunicação, explicação prévia = Só pode acontecer com a aprovação da mãe/responsável devido ao “aumento" do tom de voz. 4)Distração -> Desviar a atenção da criança = TV, DVD, filmes. 5)Modelagem -> Mostrar o que será feito por meio de bichinhos, filmes, slides = Comunicação deve partir de uma única pessoa (única fonte). 6)Estabilização protetora -> Restringe movimentos do paciente minimizando riscos de injúria e danos, deixando a consulta segura e protegida. • Contenção ativa: Joelho-joelho, mãos dadas, corpo-corpo. • Contenção passiva: Dispositivos e instrumentais = Abridor de boca. • Os pais devem estar no consultório e mais uma vez assinar o termo de consentimento para evitar processos jurídicos, garantindo segurança a ambos. FARMACÓLOGICOS • Deve apresentar formação específica para esse tipo de tratamento infantil. • Recomenda ter uma equipe multiprofissional incluindo médico para sedação. • Pode trazer riscos e complicações mais comuns do que nos adultos. - Indicado para casos de endodontia, abscessos e exodontias. - Até os 6 anos de idade o risco é mais aumentado. - Diminuição mínima da consciência = Tomar cuidado com as paradas cardiorrespiratórias e lembrar que as vias aéreas das crianças são menores e não contam com grande reserva de oxigênio no sangue. • Diferentes medicamentos -> Benzodiazepínicos (Midazolam, Diazepam e Triazolam), Cloridrato de Hidroxizina, Cloridrato de Meperidina, Hidrato de cloral e sedação com óxido nitroso = N2O/O2.