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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
“A Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, 
tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o seu uso racional. 
(PNM 2004) 
Esse conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua 
seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, 
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da 
qualidade de vida da população.” 
 
Conjunto de ações 
• Pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos; 
• Seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação; 
• Garantia da qualidade dos produtos e serviços; 
• Acompanhamento e avaliação de medicamentos e insumos; 
• Perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. Assistência 
farmacêutica pode ser realizada por diversos profissionais e atores em suas diversas etapas, não sendo realizada 
exclusivamente por farmacêuticos. Não confundir assistência farmacêutica com atenção farmacêutica. 
Objetivos da Assistência Farmacêutica 
• Assegurar que os medicamentos utilizados pela população tenham eficácia, segurança e custo-efetividade. 
• Uso Racional de Medicamentos. 
• Harmonização de condutas terapêuticas. 
Obs.: se tudo parte da seleção, significa que o gestor público conjuntamente com o conselho de saúde do município 
vai estabelecer alguns critérios importantes a serem seguidos. Na esfera federal, o próprio Ministério da Saúde sempre 
está ditando regras, condutas, normas que devem ser seguidas. 
 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS 
1988 – Promulgação da Constituição Federal. Inicia-se o direito social dos cidadãos brasileiros à saúde, orientado 
pelos princípios da universalidade, igualdade e equidade. 
1990 – Regulamentação da Constituição Federal estabelecida pela Lei Orgânica da Saúde 8080/90, que determina a 
estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma a garantir assistência terapêutica integral, inclusive 
Assistência Farmacêutica. 
1998 – Publicação da Política Nacional de Medicamentos. Estabelece que os medicamentos devem ser seguros e 
apresentar eficácia e qualidade. A PNM promove o uso racional e o acesso da população àqueles considerados 
essenciais. Dentre as diretrizes, as prioritárias são: a revisão permanente da Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (RENAME), a reorientação da Assistência Farmacêutica, a promoção do uso racional de medicamentos e a 
organização das atividades de Vigilância Sanitária de medicamentos. 
2003 – Realização da I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência. Foi traçado um quadro real a respeito 
da situação da Assistência Farmacêutica no SUS. 
2004 – Aprovação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Redefinição da Assistência Farmacêutica como 
uma política norteadora para reformulação de políticas setoriais, tais como políticas de medicamentos, ciência e 
tecnologia, desenvolvimento industrial, formação de recursos humanos, garantindo a intersetorialidade e envolvendo 
os setores público e privado de atenção à saúde. 
 
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS 
O uso racional do medicamento estende-se a todas as etapas de distribuição do medicamento, o que inclui a compra, 
o transporte, a apreciação de preço e de quantidade para não haver desperdício ou gastos desnecessários. 
 
CICLO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
É importante seguir o ciclo da assistência farmacêutica em todas as etapas para não haver prejuízos à 
população. O ciclo da assistência farmacêutica não é uma atividade privativa do farmacêutico, vários profissionais 
auxiliam e participam do ciclo. Ele é um sistema multifuncional, ele não é exclusivo do farmacêutico, mas de vários 
profissionais e atores envolvidos. 
O farmacêutico participa do ciclo como um todo, mas pode haver a especialização do farmacêutico em uma 
das etapas do ciclo. Há farmacêuticos que estão dentro das comissões de farmácia terapêutica fazendo seleção; outros 
estão envolvidos em logística, recebendo e organizando em uma central de abastecimento, entre outros. O 
financiamento da Assistência Farmacêutica está ligado a questões de política orçamentária. No sistema público de 
saúde, a assistência farmacêutica passa pela pauta de várias instituições como o Ministério da Saúde, a Anvisa, a ANS. 
Os municípios adquirem os medicamentos para serem dispensados à população por meio dos recursos 
disponibilizados, em conformidade com portarias (ex.: Portarias Consolidadas n. 2 e 6) que tratam do financiamento 
da Assistência Farmacêutica. O município deve ter conhecimento da sua dotação orçamentária para comprar 
medicamentos. O orçamento destinado a medicamentos passa pelos três entes federativos: União, estados e 
municípios. 
O gestor do SUS trabalha com um dotação orçamentária destinada à aquisição de medicamentos. Para 
adquirir os medicamentos, o gestor deve utilizar o ciclo da assistência farmacêutica como orientação. O gestor não 
está obrigado a adquirir apenas os medicamentos que figuram no RENAME, esse sistema apresenta uma vinculação 
orçamentária, se o gestor tiver outras fontes de financiamento, ele pode adquirir outros medicamentos. Para tanto, 
é necessário que o gestor apresente uma evidência clínica que justifique a aquisição do medicamento, além de 
protocolos de uso da medicação e com isso o medicamento passa a ser incorporado na relação de medicamentos 
Municipais REMUME. 
1. Seleção ou padronização: início da sequência do ciclo. Consiste em um processo de escolha de medicamentos 
eficazes e seguros, que visam atender às necessidades de uma população, tendo como base as doenças prevalentes, 
com a finalidade de garantir uma terapêutica medicamentosa de qualidade nos diversos níveis de atenção à saúde. 
A seleção de medicamentos é o eixo do ciclo da Assistência Farmacêutica, pois todas as outras atividades lhe 
são decorrentes. É a atividade responsável pelo estabelecimento da relação de medicamentos, sendo uma medida 
decisiva para assegurar o acesso aos mesmos. 
– Deve estar fundamentada em critérios claros e bem definidos que consideram aspectos epidemiológicos, técnicos 
e econômicos, além da estrutura dos serviços de saúde. 
– Já a padronização se refere simplesmente ao ato de definir uma lista de medicamentos que será usada na instituição 
ou no âmbito a que se aplica. 
A seleção envolve a comissão de farmácia e terapêutica, que é composta por profissionais de várias áreas da 
saúde. 
• Normalização 
– Dentro das teorias relacionadas à administração de materiais, incluindo a gestão de estoques de produtos 
farmacêuticos, a seleção compõe um processo denominado NORMALIZAÇÃO. 
– Envolvem a definição sobre O QUE comprar: seleção, padronização, especialização, classificação e codificação dos 
produtos. 
– Atividade de Controle: relacionadas à definição sobre QUANTO e QUANDO comprar: programação, planejamento e 
definição de valores em estoque. 
– Atividade de Aquisição: envolvem COMPRA e TRANSPARÊNCIA: aquisição de produtos necessários e transferência 
daqueles que não apresentam demanda no local (para outro setor, hospital ou instituição), obedecendo sempre à 
política institucional. 
2. Programação: planejar a quantidade de medicamentos a serem adquiridos. A programação de medicamentos é a 
atividade que tem como objetivo garantir a disponibilidade dos medicamentos previamente selecionados nas 
quantidades adequadas e no tempo oportuno para atender as necessidades da população. 
Por que programar? Para identificar as quantidades de medicamentos necessárias ao atendimento da demanda da 
população. Para evitar compras e perdas desnecessárias, assim como descontinuidade no suprimento. Para definir 
prioridades dos medicamentos a serem adquiridos, frente à disponibilidade de recursos. A programação deve levar 
em conta a dotação orçamentáriae a necessidade da população, verificação de eventual necessidade de outras fontes 
de financiamento. 
Aspectos a serem considerados: 
• Dados de consumo e demanda (atendida e não atendida) de cada produto, incluindo as sazonalidades, estoques 
existentes, e considerando a descontinuidade no fornecimento; os dados devem ser baseados num eficiente sistema 
de informações e gestão de estoques. 
A sazonalidade é muito importante para a programação, é importante considerar, por exemplo, que a partir de julho 
até novembro há um aumento do consumo de salbutamol. 
• Perfil epidemiológico local (morbimortalidade) – para que se possa conhecer as doenças prevalentes e avaliar as 
necessidades de medicamentos para intervenção. 
• Dados populacionais. 
• Conhecimento prévio da estrutura organizacional da rede de saúde local (níveis de atenção à saúde, oferta e 
demanda dos serviços, cobertura assistencial, infraestrutura, capacidade instalada e recursos humanos). Esse 
conhecimento prévio é importante porque é possível que o município não tenha profissional especializado para 
prescrever um tipo de medicamento, por exemplo. Isso pode gerar a paralização de estoque do medicamento. 
• Recursos financeiros disponíveis, para priorizar o que deve ser adquirido para a rede. 
• Mecanismo de controle e acompanhamento (publicidade das contas públicas) 
• Deve ser levado em considerado também o volume que a farmácia comportar para armazena. 
Métodos para programar: Existem diversos métodos para programar medicamentos, sendo que, os mais comuns e 
utilizados são: perfil epidemiológico, consumo histórico e oferta de serviços. Recomenda-se utilizar a combinação de 
diversos métodos, para que se consiga uma programação com melhores resultados. A programação visa ao 
estabelecimento da quantidade de medicamentos a serem adquiridos. 
3. Aquisição: Consiste num conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o processo de compra dos 
medicamentos e materiais, de acordo com uma programação estabelecida, com o objetivo de suprir necessidades de 
medicamentos, ou seja, disponibilizar os mesmos em quantidade, qualidade e menor custo/ efetividade e manter a 
regularidade e funcionamento do sistema de abastecimento. 
 
Atribuições do farmacêutico no processo de aquisição: Estabelecer requisitos técnicos e participar da elaboração de 
normal administrativas que irão compor o Edital, e de procedimentos que orientem o processo de compra (o 
farmacêutico emite parecer técnico). Solicitar pedido de compras, definindo as especificações técnicas (nome pela 
denominação genérica, forma farmacêutica, apresentação, quantidades e preços estimados). Encaminhar pedido de 
compra ao gestor com estimativa de custos, para dar agilidade ao processo. A previsão de custos possibilita a definição 
de prioridades, caso necessário, em função da limitação de recursos. Emitir parecer técnico dos processos de compras 
relacionados a medicamentos e/ou outros materiais sob sua responsabilidade. Acompanhar e avaliar o processo de 
compra e desempenho dos fornecedores. 
Aquisição: 
Setor privado: características específicas; 
Setor público: licitações. 
Licitação: regulamentada por conceitos e princípios do direito administrativo. 
Procedimento administrativo. 
Seleção da proposta mais vantajosa. 
Igualdade de oportunidades para os participantes. 
 
4. Armazenamento: assegurar condições de conservação dos medicamentos.; 
• Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que tem por finalidade assegurar as condições adequadas 
de conservação dos medicamentos. 
• Recepção/Recebimento de Medicamentos. 
• Estocagem e Guarda de Medicamentos. 
• Conservação de Medicamentos. 
• Controle de Estoque, para otimizar a distribuição. 
5. Distribuição: supervisionar e avaliar condições dos medicamentos entregues. Orientar funcionários do setor sobre 
as condições exigidas nesta etapa; 
Recomendações para Distribuição de Medicamentos 
• Contemplar no planejamento da distribuição o cronograma de entrega, normas e procedimentos, instrumentos 
(formulários) para acompanhamento e controle (POP). 
• Separar os medicamentos por ordem cronológica de prazo de validade. 
• Realizar inspeção física do medicamento para identificar alterações no produto ou nas embalagens antes da 
distribuição. 
• Reconferir sempre o pedido antes da entrega. 
• Registrar a saída no sistema de controle, após a entrega do pedido (rastreabilidade). 
• Arquivar a segunda via do documento. 
• Elaborar relatórios mensais, informando aos gestores, as quantidades e recursos distribuídos, percentuais de 
cobertura etc... 
• Registrar em formulário próprio (em duas vias) os pedidos não atendidos na totalidade (nome da unidade, 
especificação do produto, quantidade total a receber, quantidade entregue, total do crédito e a data). 
6. Dispensação (prescrição e uso, segundo protocolos clínicos). Dispensação e qualificação das atividades realizadas 
no setor. A dispensação é um processo complexo, que envolve o cuidado ao paciente; atenção às reações adversas 
apresentadas pelo paciente (anotação no prontuário do paciente); análise de farmacoterapia e conciliação 
medicamentosa. 
A dispensação de medicamentos de alto custo demanda uma observância maior da dispensação, há protocolos 
clínicos específicos para esses medicamentos. 
 
A clínica farmacêutica ocorre na etapa da dispensação. A dispensação de medicamentos é definida como: ato 
profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um usuário, geralmente em resposta à 
apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Assegurar que o medicamento seja entregue 
ao usuário na dose prescrita, na quantidade adequada, com regularidade, e que sejam fornecidas as informações 
suficientes para o uso correto. 
A dispensação é considerada atividade clínica? • A dispensação, isoladamente, não constitui uma atuação com 
características clínicas, não atende, por si só, à filosofia do cuidado. • Com ela, o profissional orienta e educa o 
indivíduo sobre seus medicamentos, mas não necessariamente se responsabiliza pelos resultados da sua 
farmacoterapia, nem desenvolve ou inicia o ciclo do cuidado. • Entretanto, essa atividade pode estar inserida em 
alguma etapa do processo clínico. 
Correlacionando a farmacovigilância no ciclo da AF 
A farmacovigilância ocorre na dispensação. 
• A Farmacovigilância, sendo a ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos 
e ainda de quaisquer problemas relacionados ao medicamento (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2005), espera 
que os profissionais de saúde também estejam atentos aos eventos adversos relacionados ao desvio de qualidade, 
queixas técnicas e erros relacionados a medicamentos, potenciais e reais. 
• NOTIVISA: sistema para notificação de queixa técnica de material. 
• VIGIMED: sistema para notificação de queixa técnica de medicamento. 
 
Habilidades e Competências do farmacêutico 
1. Habilidade humanístico-crítica. 
2. Boa comunicação interpessoal. 
3. Capacidade reflexiva. 
4. Empatia. 
5. Consciência e responsabilidade social. 
6. Capacidade de tomar decisões. 
7. Trabalho em equipe. 
8. Autoconhecimento. 
9. Visão holística do indivíduo e do processo saúde–doença. 
10. Compreender de forma biopsicossocial o paciente 
• Assistência Farmacêutica: Foco no Medicamento, realizada por diversos profissionais. 
• Atenção Farmacêutica (Cuidado Farmacêutico): Foco no Paciente, realizada somente pelo Farmacêutico. 
 
 
 
 
 
 
VANTAGENS DO PROCESSO DE SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS 
• Adequação da relação de medicamentos disponíveis às reais necessidades sanitárias da população atendida nos 
serviços de saúde (essa adequação evita vencimento de medicamentos não prescritos, nos casos em que a lista de 
medicamentos não foi feita com base nas necessidades da população, exemplo: município de Santa Catarina tem na 
lista um medicamento para o tratamento de malária); 
• Disponibilidade de medicamentos com valor terapêuticocomprovado (eficácia e segurança), propiciando maior 
resolutividade para os tratamentos implementados e, consequentemente, para os serviços de saúde; 
• Promoção do uso racional de medicamentos, na medida em que restringe o uso de medicamentos ineficazes e 
desnecessários; 
• Racionalidade dos custos e, assim, maior otimização dos recursos disponíveis, com a consequente ampliação do 
acesso aos medicamentos essenciais (licitação); 
• Uniformidade de condutas terapêuticas, baseando-as em evidências científicas, tornando impessoais as decisões na 
escolha dos medicamentos utilizados (PCDT); 
• Apoio ao gerenciamento técnico-administrativo do Ciclo da Assistência Farmacêutica, melhorando a sua eficiência; 
• Facilidade para o desenvolvimento de um trabalho de educação continuada aos prescritores, dispensadores e 
usuários de medicamentos; 
• Promoção do uso da Denominação Comum Brasileira ou Internacional (DCB ou DCI) em todas as etapas do ciclo da 
Assistência Farmacêutica (no processo licitatório é utilizada a denominação comum brasileira, dentro do SUS não é 
correto o uso do nome comercial do medicamento); 
• Favorecimento do processo de controle de qualidade e das ações de farmacovigilância, considerando a redução do 
número de medicamentos disponíveis (medicamentos que servem a um mesmo uso podem ser reduzidos, a depender 
da necessidade da população); 
• Maior possibilidade de aumentar a experiência e o nível de conhecimento dos prescritores e dispensadores sobre 
os medicamentos, facilitando o monitoramento e a identificação de reações adversas. 
 
Reforçando! 
1. Diminuir o número de medicamentos disponíveis (medicamentos que servem a um mesmo fim devem ser 
reduzidos, a partir da escolha do medicamento com melhor custo-benefício). 
2. Facilitar o gerenciamento dos itens, por restringir o número de medicamentos. 
3. Favorecer o aprofundamento sobre as informações dos medicamentos, considerando o menor número de 
medicamentos. 
4. Promover o uso racional, estimulando o uso de medicamentos eficazes, seguros, custo-efetivos, dentre outros 
critérios. 
5. Estimular o uso da Denominação Comum Brasileira. 
 
Pontos importantes da seleção. 
1. Eficácia e segurança comprovadas (valor terapêutico comprovado); 
2. Menor custo por tratamento; 
3. Farmacocinética mais favorável; 
4. Facilidade de administração e maior comodidade para o paciente; 
5. Disponibilidade no mercado (sujeita ao registro no país); A indústria farmacêutica todos os anos deixa de produzir 
medicamentos por falta de viabilidade econômica, essa interrupção da produção deve ser comunicada à ANVISA. 
6. Indicação para mais de uma enfermidade (Exemplo: propranolol); 
7. Maior estabilidade e facilidade de armazenamento; 
8. Medicamentos com um único princípio ativo (monofármacos), exceto quando a análise de custo efetividade indicar 
uma significativa superioridade da associação sobre o uso dos fármacos isolados. Na seleção de medicamentos não é 
recomendado ter associações, porque isso pode favorecer algum fornecedor no processo licitatório. 
 
COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA (CFT) 
• Deve ser instituída uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) ou Comissão de Padronização de Medicamentos 
(CPM). 
• A Comissão de Farmácia e Terapêutica é uma instância colegiada (composta por vários profissionais), de caráter 
consultivo e deliberativo, cujo objetivo é selecionar medicamentos a serem utilizados no sistema de saúde, podendo 
abranger diversos níveis de atenção, ou ainda em âmbito institucional. 
• A Resolução CFF n. 619, de 27 de novembro de 2015, apresentou nova redação à Resolução CFF n. 449, de 24 de 
outubro de 2006, que dispõe sobre as atribuições do Farmacêutico na Comissão de Farmácia e Terapêutica. 
• É obrigatória a presença do farmacêutico na Comissão de Farmácia e Terapêutica. 
Art. 1º - Dar nova redação aos artigos 1º e 2º da Resolução/CFF nº 449 de 24 de outubro de 2006, publicada no DOU 
de 27/10/2006, Seção 1, página 157, que dispõe sobre as atribuições do Farmacêutico na Comissão de Farmácia e 
Terapêutica, nos seguintes termos: "Art. 1º - (...): 
I. Atuar na escolha, análise crítica e utilização de estudos científicos que fundamentem a adequada seleção de 
medicamentos e produtos para saúde; 
II. Implantar ações visando à promoção do uso racional de medicamentos e produtos para saúde; 
III. Participar da elaboração de diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos, observando normativas do Ministério da 
Saúde; 
IV. Estabelecer normas para prescrição, dispensação, distribuição, administração, utilização e avaliação dos 
medicamentos e produtos para saúde selecionados; 
V. Avaliar e estabelecer critérios para prescrição e uso de medicamentos e produtos para saúde não selecionados, 
eventualmente prescritos; 
VI. Utilizar técnicas de farmacoeconomia para a avaliação dos medicamentos e outros produtos para saúde; 
VII. Acompanhar a documentação sobre reação adversa dos medicamentos selecionados, propondo critérios de 
segurança sempre que necessário; 
VIII. Participar da definição de critérios que disciplinem a divulgação de medicamentos e produtos para saúde no 
ambiente hospitalar; 
IX. Garantir a divulgação permanente da relação de medicamentos selecionados e dos produtos para saúde, 
destacando sempre as atualizações da relação promovidas pela Comissão; 
X. Estimular a realização de estudos de utilização de medicamentos e a implantação de programas de 
farmacovigilância e tecnovigilância; XI. Utilizar indicadores epidemiológicos como critério do processo decisório de 
seleção; 
XII. Zelar pela adesão e cumprimento da seleção de medicamentos e produtos para saúde; 
XIII. Participar da elaboração do guia farmacoterapêutico. Parágrafo único - O farmacêutico poderá ocupar as funções 
de membro efetivo, secretário ou presidente da Comissão e, consequentemente, suas atribuições irão variar de 
acordo com o cargo ocupado. 
Art. 2º - O Farmacêutico deverá, se for o caso, propor a criação da Comissão de Farmácia e Terapêutica para a 
instituição de saúde, sendo que a Comissão deverá ter atuação constante e ininterrupta, considerando a legislação 
em vigor. 
 
 
O financiamento dos medicamentos é tripartite (União, Estados e Municípios) 
 
 
COMPONENTES DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
• O financiamento das ações de saúde é organizado em blocos. 
• A Assistência Farmacêutica constitui um desses blocos e se divide em três Componentes: Componente Básico, 
Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica e Componente Especializado. 
1- COMPONENTE BÁSICO 
O Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) está voltado para a aquisição de medicamentos e insumos 
no âmbito da atenção básica em saúde. Tem como base de organização a RENAME em vigor, e envolve tanto o anexo 
I (medicamentos do CBAF) como o IV (insumos). 
O Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) abrange a aquisição de insumos e medicamentos essenciais 
destinados à atenção primária em saúde. Esses medicamentos têm o propósito de atender às necessidades 
relacionadas às doenças e condições de saúde mais prevalentes, podendo ser obtidos nas farmácias das Unidades 
Básicas de Saúde. 
A responsabilidade pelo financiamento do CBAF recai sobre os órgãos de gestão nos âmbitos Federal, Estadual e 
Municipal, de acordo com as seguintes diretrizes: 
• Federal: os recursos financeiros são variáveis e estabelecidos entre R$5,85 e R$6,05 por habitante/ano, 
conforme o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). 
• Estadual: os valores oscilam entre R$2,85 e R$3,25 por habitante/ano, também considerando o IDHM. 
• Municipal: há uma quantia mínima estabelecida de R$2,36 por habitante/ano. 
Quanto às responsabilidades de cada órgão de gestão, cabe ao governo federal a aquisição e distribuição dos recursos 
para os estados. Por sua vez, os estados são responsáveis por receber, armazenar e distribuir os insumos para os 
municípios. Por fim, os municípios são encarregados de realizar a dispensação dos medicamentosaos usuários finais. 
 
2 COMPONENTE ESTRATÉGICO 
Os medicamentos elencados neste componente são financiados pelo Ministério da Saúde e destinados ao tratamento 
de doenças que, por sua natureza, possuam abordagem terapêutica estabelecida, com perfil endêmico, que tenham 
impacto socioeconômico e sejam consideradas problemas de saúde pública. 
O CESAF disponibiliza medicamentos para controle da tuberculose, da hanseníase, antirretrovirais dos programas de 
DST/AIDS, endemias focais como malária, esquistossomose, leishmaniose, filariose, meningite, tracoma, micoses 
sistêmicas, doença de Chagas e outras doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional, sangue e 
hemoderivados, tabagismo, influenza, prevenção de deficiências nutricionais, entre outros. Também incluem vacinas, 
soros e imunoglobulinas. 
Esse grupo possui uma logística de funcionamento própria, tendo a participação das três instâncias de gestão do SUS. 
Todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) têm um papel fundamental no funcionamento desse 
componente: 
• Federal: é responsável pela programação, aquisição e distribuição dos medicamentos para os estados; 
• Estadual: é responsável pelo armazenamento, distribuição e apoio à programação dos medicamentos; 
• Municipal: é responsável pelo armazenamento e distribuição dos medicamentos para as Unidades Básicas de 
Saúde, que por sua vez realizam a dispensação desses medicamentos aos usuários. 
 
3 COMPONENTE ESPECIALIZADO 
O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) busca garantir a integralidade do tratamento 
medicamentoso, em nível ambulatorial, para algumas situações clínicas, principalmente, agravos crônicos, com custos 
de tratamento mais elevados ou de maior complexidade. No CEAF, o acesso aos medicamentos ocorre de acordo com 
critérios definidos em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDTs) publicados pelo Ministério da Saúde. 
Os medicamentos abrangidos pelo CEAF são destinados ao tratamento de doenças e agravos com impacto financeiro 
elevado e menor prevalência. O financiamento e as responsabilidades são divididos entre os entes federativos, de 
acordo com as categorias dos insumos. 
 
Financiamento: 
A Portaria de Consolidação nº 2/2017 apresenta a divisão dos medicamentos em três grupos e define as 
responsabilidades de financiamento entre os entes federados: 
– Grupo 1A: financiamento e aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde; 
– Grupo 1B: financiados pelo Ministério da Saúde com transferência de recursos financeiros aos estados e Distrito 
Federal; 
– Grupo 2: responsabilidade executiva e financeira das SES e do Distrito Federal; 
– Grupo 3: financiados conforme regras do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. 
 
 
 
Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011 regulamenta a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. 
“a Rename compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de 
agravos no âmbito do SUS”. “a cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da 
Rename e do respectivo FTN”. 
PORTARIA GM/MS N. 3.435, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2021 
Estabelece a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename 2022) no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS), por meio da atualização do elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (Rename 2022) 
 
Nesse índice, é possível notar que existe o apêndice A e o apêndice B da RENAME. O apêndice A está dividido pela 
classificação anatômica terapêutica química (ATC). Na RENAME 2020 não tinha essa classificação ATC. O Apêndice B 
trata dos anexos de acordo com os componentes da assistência farmacêutica. 
 
COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS (CONITEC) 
• Conitec é um órgão colegiado (várias instituições associadas) de caráter permanente, esse órgão é responsável por 
elaborar a RENAME. Esse órgão tem caráter consultivo e é vinculado ao Ministério da Saúde. 
• Assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à análise e à elaboração de estudos de avaliação dos 
pedidos de incorporação, ampliação de uso, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde. 
• Assessorar a constituição ou a alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). A próxima 
atualização da RENAME deve ser feita, obrigatoriamente, em 2024, mas essa data pode ser adiantada. 
A próxima atualização da RENAME deve ser feita, obrigatoriamente, em 2024, mas essa data pode ser 
adiantada. 
• Responsável por propor a atualização da Rename, conforme estabelecido no Decreto n. 7.646, de 21 de 
dezembro de 2011. 
Vantagens da RENAME 
• Possibilitar maior eficiência no gerenciamento do Ciclo da Assistência Farmacêutica. 
• Disponibilizar medicamentos eficazes e seguros, voltados para as necessidades da população. 
• Contribuir para promoção do uso racional de medicamentos. 
• Racionalizar custos e possibilitar maior otimização dos recursos disponíveis. 
• Permitir a uniformização de condutas terapêuticas, disciplinando o seu uso. 
• Facilitar o fluxo de informações. 
• Propiciar melhores condições para prática da farmacovigilância. 
• Desenvolver e facilitar o estabelecimento de ações educativas para prescritores, dispensadores e usuários. 
 
Formulário Terapêutico Nacional (FTN) 
• Documento orientador para o uso dos medicamentos, juntamente aos PCDT publicados pelo Ministério da Saúde. • 
O documento contém informações científicas, isentas de conflitos de interesse e com base em evidências sobre os 
fármacos constantes na Rename. 
• São apresentadas indicações terapêuticas, contraindicações, precauções, efeitos adversos, interações, esquemas de 
administração, orientação ao paciente, formas farmacêuticas e apresentações disponíveis, entre outras informações. 
• Auxiliar profissionais de saúde e gestores para a seleção, a prescrição, a dispensação e o uso dos medicamentos e 
insumos indispensáveis e adequados às condições clínicas mais prevalentes. 
• Aplicativo MedSUS 
 
 
 
PNM POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS 
Diretrizes da PNM 
 
LEI N. 14.133, DE 1º DE ABRIL DE 2021 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, 
autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange: I – os órgãos dos 
Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos 
Municípios, quando no desempenho de função administrativa; II – os fundos especiais e as demais entidades 
controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública. § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016, 
ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei. 
 
Abrangência da Lei de Licitações Não se aplica (em regra) 
 
Lei n. 13.303/2016 – Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Princípios que regem a licitação: 
• Procedimento formal (na forma da lei) – autorização expressa do gestor para abertura da licitação, alocação de 
recursos orçamentários, aprovação da compra e fontes de pagamento. 
• Publicidade do ato – toda licitação deve ser divulgada, para que permita o conhecimento e participação dos 
interessados, desde que devidamente habilitados. 
• Igualdade de condições entre os licitantes – não poderá haver privilégios ou condições especiais a nenhum dos 
participantes. 
• Reserva na apresentação das propostas – os fornecedores e a administração não podem conhecer previamente as 
propostas dos concorrentes. 
• Cumprimento do edital – não se pode exigir o que não foi definido em edital, mesmo que com vantagem superior. 
O edital é soberano, ele que dita as regras da licitação. 
• Adjudicação – validação do processo de aquisição.ÁREA FÍSICA E CAF (CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO) 
A área de armazenamento de medicamentos deve ter capacidade para permitir uma estocagem adequada e 
organizada de todos os produtos. O espaço deve ser suficiente para um fluxo racional de pessoal e materiais, visando 
minimizar o risco de trocas de medicamentos diferentes, ou lotes de um mesmo medicamento. A CAF deve estar 
organizada com base na gestão de logística do endereçamento. O endereçamento do medicamento indica a 
localização, a quantidade e a validade. Alguns municípios não possuem equipamentos para acondicionar 
medicamentos em temperaturas muito baixas, isso pode resultar em problemas, como foi visto na pandemia de Covid-
19. Na programação, deve-se levar em conta a capacidade de armazenamento disponível e adequação desse 
armazenamento ao medicamento. A CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) é a área onde é feita a guarda dos 
itens e realizadas atividades quanto à adequada recepção, estocagem e distribuição. 
 
Existem CAFs de todos os tamanhos, mas todos devem ser organizados, as prateleiras não podem estar encostadas 
no solo e nem nas paredes. Os produtos devem estar acondicionados e todas a unidades devem ter endereçamento. 
O local de armazenamento deve estar protegido contra pragas. No local de armazenamento não pode haver luz direta, 
mas pode ter luz indireta. 
Áreas para armazenamento de medicamentos 
 
 
Verificação das Especificações Técnicas 
• Especificações dos produtos - os medicamentos devem ser entregues em conformidade com a solicitação: forma 
farmacêutica, concentração, apresentação e condições de conservação e inviolabilidade. 
• Registro sanitário do produto - os medicamentos recebidos devem apresentar nas embalagens o número do registro 
na Anvisa. Os medicamentos só podem ser comercializados se estiverem registrados no Ministério da Saúde. 
• Certificado de Análise ou Laudo de Controle de Qualidade - documento emitido pelo Controle de Qualidade do 
fabricante do produto, no qual são certificadas as especificações técnicas de qualidade do medicamento. 
 
Estabilidade dos medicamentos 
• Temperatura: a elevação de temperatura pode afetar; estabilidade de muitos medicamentos, tanto a temperatura 
elevada quanto baixas temperaturas. É importante verificar qual temperatura ideal para cada medicamento e 
armazená-lo respeitando sua característica. 
• Luz: há medicamentos que quando expostos à luz sofrem influência na velocidade de reações de fotodegradação, 
ou seja, a luz degrada o medicamento, comprometendo sua eficácia. 
• Umidade: pode ocasionar reações como, por exemplo, em medicamentos como cápsulas que podem absorver 
umidade, tornando-os impróprios para a utilização. 
Em regiões muito úmidas, como no norte do Brasil, a mitigação da umidade pode ser feita com o uso de dessecadores, 
que retiram a umidade do ar. Acima de 70% de umidade, não é recomendado o armazenamento. 
 
Controle de Estoques 
Armazenamento em condições especiais 
 
Na CAF deve-se avaliar a ocorrência de eventuais quedas de energia que prejudiquem a manutenção da temperatura 
exigida pelo fabricante do medicamento (vacina, por exemplo). 
 
Umidade 
• A umidade, assim como a temperatura, deve ser controlada e o registro das verificações deve ser feito. 
• O alto valor de umidade do ar pode alterar as características dos medicamentos, assim como, pode danificar as 
embalagens dos medicamentos e dos produtos hospitalares comprometendo sua utilização. 
• A umidade relativa do ar em ambientes de armazenagem deve ser inferior a 70%. 
• Nos locais onde a umidade for maior que 70%, a utilização de desumidificadores é recomendada. 
• O equipamento que mede a umidade do ar chama-se higrômetro e nos locais de estoque deve estar presente para 
que o monitoramento seja feito diariamente. As áreas de armazenamento devem ter iluminação adequada para 
permitir a realização de todas as atividades, com precisão e segurança. Deve-se bloquear a incidência de luz solar 
direta sobre os produtos estocados, para evitar problemas de alterações de cor, instabilidade e degradação dos 
medicamentos. 
 
 
Condições especiais de armazenamento 
• Medicamentos controlados: Segundo a portaria 344, esses medicamentos devem ser armazenados em armários 
com chave, que fica na posse do farmacêutico. 
• Produtos inflamáveis: A CAF tem um setor específico para acondicionamento de produtos inflamáveis. 
• Medicamentos alto risco (medicamentos de alta vigilância): devem ser segregados de modo a mostrar para os 
profissionais que são medicamentos que demandam um cuidado maior na hora da liberação. 
 
 
Conferência de Alma-Ata 
• A Conferência de Alma-Ata, realizada no Cazaquistão em 1978, declara a necessidade do abastecimento de 
medicamentos essenciais como um dos pilares para o fortalecimento da atenção primária em saúde: medicamentos 
essenciais são aqueles que satisfazem às necessidades de saúde prioritárias da população (OMS, 1978). 
• A necessidade de que cada país formulasse uma política de suprimento de medicamentos, com a garantia de 
fornecimento de medicamentos essenciais – atendendo às principais nosologias prevalentes no país – e o acesso a 
estes medicamentos pela população, conduziu à criação de uma RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS. 
Lista de medicamentos da OMS: voltada aos países que não possuem uma saúde muito desenvolvida. 
Relação de medicamentos essenciais 
• Benefício terapêutico: por promover uma melhora da qualidade da utilização, administração, informação, 
cumprimento e controle do medicamento; 
• Benefício econômico e administrativo: por diminuir o número de medicamentos a serem comprados, armazenados, 
analisados e distribuídos, possibilitando maiores descontos por compra em maior quantidade e diminuição de custos 
para realizar inventário. 
 
Pharmaceutical Care 
• O termo pharmaceutical care foi utilizado pela primeira vez na década de 70, todavia o conceito mundialmente 
difundido foi publicado em 1990 por Hepler & Strand, nos Estados Unidos. 
• Espanha – “Atención Farmacéutica” 
• França – “Suive Pharmaceutique” 
• Portugal – “Cuidados Farmacêuticos” 
• Brasil inicialmente como “Atenção Farmacêutica”. Atualmente, o termo recomendado é “Cuidado Farmacêutico”. 
 
Cuidado farmacêutico 
• É um modelo de prática que orienta a provisão de uma variedade de serviços farmacêuticos ao paciente, sua família 
e comunidade, por meio da ação integrada do farmacêutico com a equipe multiprofissional de saúde. • Centrado no 
usuário, esse modelo visa a promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de agravos; bem como a 
resolução de problemas da farmacoterapia e o uso racional dos medicamentos. 
 
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) 
• São documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; – resultados dos 
exames 
• O tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; – diagnóstico 
• As posologias recomendadas; 
• Os mecanismos de controle clínico; – algoritmos 
• O acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS; 
• Devem ser baseados em evidência científica e considerar critérios de eficácia, segurança, efetividade e custo-
efetividade das tecnologias recomendadas. 
Obs.: tarefa da aula – acessar o site da CONITEC – Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas e Consultas Públicas.

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