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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
DRA ARIÁDNE DE BARROS 
CARVALHO
SERRA TALHADA – PE
2024
FARMACOCINÉTICA
SERRA TALHADA – PE
2024
• Estudo do movimento de uma substância química, em 
particular de um medicamento no interior de um organismo 
vivo,
• É o estudo dos processos de absorção, distribuição, 
biotransformação e excreção. 
SERRA TALHADA – PE - 2024
INTRODUÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Uma série de processos pelos quais uma substância externa 
a um ser vivo nele penetre sem lesão traumática, chegando 
até o sangue.
• Membranas biológicas - epitélio gastrintestinal, o endotélio 
vascular e, também, as membranas plasmáticas. 
• Constituição das membranas celulares, o pH do meio, o pK 
do medicamento e o transporte transmembrana. 
SERRA TALHADA – PE - 2024
ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Substâncias químicas utilizadas com fins terapêuticos:
• Substância química sem carga, ou seja, apolar – 
• Atravessam qualquer membrana biológica, tanto as da pele como 
as do estômago ou do intestino.
• Ácidos orgânicos – 
• Em geral, ácidos fracos são mais bem absorvidos no estômago 
que no intestino. 
• Aminas orgânicas - 
• De forma geral para monogástricos, bases fracas são mais bem 
absorvidas em pH alcalino, como o encontrado no intestino (pH 
de 7,5 a 8,0),
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Membranas celulares
• Envoltórios com espessura de aproximadamente 7,5 nm, 
constituídos de uma camada dupla de lipídios anfipáticos 
• Medicamentos lipossolúveis são facilmente absorvidos, 
enquanto aqueles com características hidrossolúveis 
precisam de processos especiais para atravessar essas 
membranas. 
SERRA TALHADA – PE - 2024
ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Passagem de medicamentos por membranas biológicas
� Processos passivos 
• Na difusão simples ou passiva, 
• As moléculas do soluto (medicamento) se distribuem da região em que 
estejam mais concentradas para as regiões em que haja menos 
concentração, 
• Na filtração, 
• O medicamento atravessa as membranas celulares através de canais aí 
existentes, 
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
� Transporte mediado por carreador
• Os carreadores são componentes da membrana celular que 
têm a capacidade de transportar, para o interior da célula, 
moléculas ou íons. 
• Entre os principais tipos de transporte mediado por 
carreador citam -se a difusão facilitada e o transporte ativo. 
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Difusão facilitada
• Sem gasto de energia, mediado por carreador no qual o substrato 
(medicamento) se move a favor do gradiente de concentração. 
• A velocidade de difusão é consideravelmente maior que o da 
difusão simples. 
• Transporte ativo
• Contra o gradiente de concentração, necessitando de gasto de 
energia
• Alto grau de especificidade estrutural 
• se duas substâncias físicoquimicamente correlatas se 
oferecerem para o transporte ao mesmo tempo, uma poderá 
inibir o transporte da outra.
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Pinocitose e fagocitose 
• A membrana celular se invagina em torno de uma 
macromolécula ou de várias pequenas moléculas e as 
engloba junto com gotículas do meio extracelular. 
• Fagocitose - partículas sólidas 
• Pinocitose - a absorção de partículas líquidas. 
• Exigem energia celular para a sua execução
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Tipos de barreiras tissulares corporais 
�Mucosa gastrintestinal 
• Células epiteliais muito unidas, bloqueio completo dos 
espaços intercelulares,
• Substâncias químicas = somente através das membranas 
celulares, em vez de passarem entre as células.
• As substâncias químicas devem ser solúveis na membrana 
para ultrapassar a barreira gastrintestinal. 
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
� Barreiras epiteliais de pele, córnea e bexiga 
• As células unidas umas às outras, impedindo a passagem de 
substâncias químicas entre os espaços intercelulares. 
• A única forma de penetração é a via celular, por difusão, 
exclusivamente para substâncias químicas apolares 
(lipossolúveis)
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
� Barreira hematencefálica 
• O sistema nervoso central (SNC)
• Apresenta uma barreira formada basicamente por paredes 
contínuas dos capilares, com poucas vesículas de pinocitose, 
• Impede que substâncias polares ou de peso molecular 
elevado penetrem no SNC.
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
� Barreira hematotesticular
• As células de Sertoli apresentam entre elas junções íntimas
• Só penetram no interior destas estruturas substâncias 
pouco polares com capacidade de atravessar as membranas 
celulares por difusão ou transporte ativo. 
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
� Barreira placentária
• Substâncias químicas de baixo peso molecular e lipossolúveis 
atravessam as camadas celulares que separam o feto da mãe por 
simples difusão, podendo também fazer uso de difusão facilitada, 
transporte ativo ou mesmo pinocitose.
• De modo geral, todo e qualquer medicamento com alto grau de 
lipossolubilidade tem a capacidade de atravessar as barreiras 
placentárias e causar efeito no feto; 
• Caso seja necessária a utilização de medicação durante a 
prenhez, é fundamental o conhecimento dos efeitos dos 
medicamentos utilizados no feto, ponderando -se sempre o 
risco/benefício ao feto e a mãe
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
� Barreiras capilares 
• Capilares com máculas: são a grande maioria dos capilares do 
organismo, apresentam zonas frouxas na junção entre as células 
que permitem que substâncias químicas não ligadas a proteínas 
plasmáticas possam sair de seu interior e alcançar o espaço 
extracelular
• Capilares fenestrados: As fenestrações ou janelas abertas entre 
as células tornam possível o pronto acesso das substâncias 
químicas livres, 
• Capilares com bloqueio completo: espaços intercelulares 
completamente ocluídos, e a travessia pelo interior das células 
epiteliais destes capilares é a única passagem de uma substância 
química para o espaço extracelular; são exemplos os capilares da 
barreira hematencefálica.
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS
• Mede a quantidade de um medicamento que atinge não só 
a circulação sanguínea como também o local de ação, 
• Graficamente - curvas de concentração de medicamento em 
tecidos ou líquidos biológicos em função do tempo.
• Os dados de biodisponibilidade são utilizados para 
determinar: 
• A quantidade de um medicamento absorvido a partir de uma determinada 
forma farmacêutica;
• A velocidade de absorção do medicamento; 
• A permanência do medicamento nos líquidos do organismo e sua 
correlação com as respostas farmacológicas e/ou tóxicas.
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ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• A aplicação dos conhecimentos de biodisponibilidade em estudos 
comparativos de duas ou mais formulações diferentes, contendo o 
mesmo princípio ativo, administrado na mesma dose, pela mesma via e 
na mesma espécie animal é denominado bioequivalência. 
• A Lei n o 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, que dispôs sobre a 
utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso 
humano, estabeleceu a necessidade de estudos de bioequivalência para 
os medicamentos genéricos, possibilitando a intercambialidade entre 
especialidades farmacêuticas produzidas por laboratórios distintos. 
SERRA TALHADA – PE - 2024
ABSORÇÃO
FARMACOCINÉTICA
•Curva típica para o estudo de biodisponibilidade de 
um medicamento administrado em dose única
• Pico de concentração máxima (Cmáx), - concentração mais 
elevada no compartimento intravascular após administração oral 
do medicamento
• Tempo do pico de concentração máxima (Tmáx)- tempo 
necessário para que ocorra o pico da concentração máxima, 
• Área sob a curva de concentração (ASC) - a quantidade de 
medicamento absorvido após administração de dose única;
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ABSORÇÃO
• Após sua absorção, um medicamento pode:
• Ficar sob a forma livre no sangue - somente o medicamento na forma 
livre é distribuído para os tecidos.
• Ligar -se a proteínas plasmáticas 
• Ser sequestrado para depósitos no organismo. 
• Distribuição - fenômeno em que um medicamento, após ter chegado 
ao sangue, sai deste compartimento e vai para o seu local de ação. 
• Os medicamentos abandonam a via circulatória para o espaço 
intercelular por processo de difusão através das membranas celulares 
dos capilares ou ainda por poros ou fenestrações existentes nas 
paredes dos capilares. 
SERRA TALHADA – PE - 2024
DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• A velocidade com que a concentração de um determinado 
medicamento livre demora para se equilibrar entre o plasma e o líquido 
dos demais compartimentos - vascularização de um determinado 
tecido. 
• Este equilíbrio é conseguido rapidamente em órgãos bem perfundidos 
como coração, fígado, rins e cérebro, denominados de compartimento 
central, quando comparados com pele, ossos ou depósitos de gordura, 
denominados de compartimento periférico. 
SERRA TALHADA – PE - 2024
DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Ligação de medicamentos às proteínas plasmáticas
• Uma quantidade significativa de medicamento absorvido por um 
organismo tende a ligar- se de forma reversível às proteínas 
plasmáticas.
• Quando a fração livre abandona a circulação, uma nova porção 
do medicamento ligado se libera das proteínas,
• Reservatório circulante do medicamento potencialmente ativo.
 
• Por outro lado:
• Hipoproteinemias- ocorre aumento da toxicidade de 
medicamentos que apresentam alta afinidade a essas proteínas.
• Dois medicamentos - aumento da atividade ou da toxicidade de 
um deles.
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DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Acumulação e estoque dos medicamentos nos diversos 
compartimentos orgânicos
• Certos medicamentos têm maior afinidade por determinadas 
estruturas orgânicas, tanto que isto pode ser utilizado 
terapeuticamente - tulatromicina no pulmão, 
• De maneira inadequada - tetraciclinas nos dentes e nos ossos, 
causando alterações indesejáveis, sobretudo em animais em fase 
de crescimento. 
SERRA TALHADA – PE - 2024
DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Meia-vida de eliminação (t½β) 
• Tempo necessário para que a concentração plasmática de um 
determinado agente terapêutico se reduza à metade. 
• Exemplificando: a concentração de um medicamento, após a 
administração intravenosa de uma única dose, é de 100 ng/mℓ de 
sangue; após 4 horas, esta concentração se reduz para 50 ng/mℓ 
de sangue. Portanto, para este medicamento a t½b é de 4 horas, 
isto é, o tempo necessário para que a concentração sanguínea 
caia pela metade, 
SERRA TALHADA – PE - 2024
DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Meia-vida de eliminação (t½β) 
SERRA TALHADA – PE - 2024
DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Meia-vida de eliminação (t½β) 
• A meia -vida de eliminação é importante para estimar:
• A duração da ação após uma única dose
• O tempo necessário para a eliminação plasmática do 
medicamento (t washout): 
• frequência da dose
• tempo necessário para alcançar o equilíbrio dinâmico 
(steady state): quantidade administrada em um 
determinado período de tempo seja igual à quantidade 
eliminada no mesmo período
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DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Falha na posologia
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DISTRIBUIÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Transformação química de substâncias - visando favorecer 
sua eliminação. 
• Permite a formação de metabólitos - mais polares e menos 
lipossolúveis do que a molécula original
• Mecanismos enzimáticos localizados no fígado responsáveis 
pela biotransformação de compostos lipossolúveis - no 
retículo endoplasmático liso. 
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
Fármaco 
Enzima 
Metabólitos 
+ Hidrossolúvel
+ Polar
Urina
Fezes 
...
Biotransforma 
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Toda substância química absorvida pelo sistema 
gastrintestinal vai obrigatoriamente até o fígado através da 
veia porta, no qual é biotransformada,
• O fígado não é o único local em que se dá a 
biotransformação de medicamentos e agentes tóxicos. 
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
•Metabolização > INATIVAÇÃO
•Metabolização > ATIVOS - PRÓ-FÁRMACOS
•Metabolização > METABÓLITOS TÓXICOS
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
Enzima 
Biotransforma 
OH
INATIVA ATIVA
“DISFARCE” “SEM DISFARCE”
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• As reações de metabolização das drogas foram classificadas 
em duas categorias com processos de fases 1 e 2. 
• Fase 1, que corresponde a reações não sintéticas catalisadas 
por enzimas microssômicas que envolvem oxidação, redução 
e hidrólise 
• Fase 2, com reações sintéticas intermediadas por enzimas 
citosólicas envolvendo conjugação ou síntese (De LUCIA e 
OLIVEIRA-FILHO, 2004).
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Os processos de fase 1 - oxidação, redução, e hidrólise. 
• Essas reações fornecem um grupo funcional que aumenta a 
polaridade da droga, e um sítio que é utilizado em reações 
para o metabolismo de fase 2. 
• Conversão do fármaco em um metabólito mais polar
• O metabólito resultante pode ser farmacologicamente 
inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula 
original.
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Os processos de fase 2 - conjugação ou reações sintéticas 
em que um grupamento químico grande é ligado à 
molécula. 
• Aumenta a solubilidade em água e facilita a excreção do 
metabólito.
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Metabolismo de fase 1 
• Oxidação: 
• Remoção de átomos de H e/ou adição de átomos de O
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Redução: 
• Raras que as de oxidação,
• Átomos de H são adicionados na molécula ou átomos de O 
são retirados
 
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Hidrólise:
• A molécula é quebrada em pedaços menores, na presença 
de água 
• Os átomos de H2O incorporam-se nos “pedaços”
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Metabolismo de fase 2
• Conjugação: Se houver um sítio adequado, que pode 
decorrer da fase 1 ou que ela já pode possuir naturalmente, 
a molécula do fármaco é susceptível à conjugação, isto é, a 
fixação de um grupo substitutivo. 
• Os grupos mais frequentes envolvidos na formação de 
conjugados são: glicuronil, sulfato, metil, acetil, glicil, e 
glutamil. 
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
•Alguns medicamentos podem passar por apenas 
uma das fases
•Mas, se passar pelas duas fases, será em sequência
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
• Fase I é responsável por criar pontos de ataque 
para que aconteça a Fase 2
• Fase I – várias enzimas – principalmente 
superfamília Citocromo P450 
• Sub famílias - CYP + NÚMERO
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METABOLISMO
FARMACOCINÉTICA
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
•Remoção irreversível do fármaco do organismo 
• ocorre principalmente pela via urinária.
• fezes, bile, pelo leite, pelo suor, pelo ar exalado 
pelos pulmões ou por outras secreções, sob a 
forma inalterada ou modificada quimicamente 
•A excreção de fármacos também pode ser realizada 
por meios não naturais, como no caso da diálise 
peritoneal e da hemodiálise (DORCE, 2004).
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
•Excreção renal
•Há três processos responsáveis na excreção renal:
1. Filtração glomerular
2. Secreção tubular ativa
3. Reabsorção tubular passiva
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• FILTRAÇÃO GLOMERULAR
• é limitada pelo tamanho dos poros no endotélio capilar 
e pela membrana de ultrafiltração (400 – 600 A°). 
• Desse modo, somente as pequenas moléculas são 
filtradas pelos glomérulos no líquidotubular. 
• As macromoléculas, inclusive a maioria das proteínas, 
não podem atravessar o filtro. 
• Assim somente as drogas livres que não estão ligadas às 
proteínas plasmáticas podem ser filtradas.
• O processo de filtração é passivo e relativamente 
lento, é limitado pela velocidade de difusão através do 
filtro e fluxo sangüíneo.
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• SECREÇÃO TUBULAR ATIVA
•As células dos túbulos contornados proximais 
transportam ativamente certas substâncias do 
plasma para a urina tubular. 
•Neste local, a transferência das drogas ocorre 
contra o gradiente de concentração pois as drogas 
tornam-se relativamente concentradas no interior 
da luz tubular. 
•O processo de transporte ativo caracteriza-se por:
• Necessidade de energia 
• Precisa de um transportador (proteína da membrana 
celular) para atravessar as membranas, portanto se duas 
drogas utilizarem o mesmo transportador elas 
competirão entre si. 
•A secreção tubular ativa é um processo 
relativamente rápido, que depura rapidamente 
toda a droga do sangue. 
EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
SERRA TALHADA – PE - 2024
EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• REABSORÇÃO TUBULAR 
• Pode ocorrer via transporte ativo principalmente para substâncias 
endógenas como a glicose e ácido úrico. 
• A maioria dos fármacos são reabsorvidos pelo processo passivo. 
• Essas substâncias deixam o filtrado para penetrar nas células 
tubulares e devem ser capazes de sair novamente da célula para 
circular no sangue.
• Desse modo, devem atravessar pelo menos duas membranas 
lipídicas. Como devemos lembrar as substâncias lipossolúveis são 
capazes de atravessar as membranas celulares e, por tal motivo, 
sofrem reabsorção passiva.
• Em geral, as moléculas com cargas não têm capacidade de 
atravessar as membranas das células epiteliais tubulares e, por 
isto, são excretada NA URINA
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
•Esses processos decorrem de alterações na 
ionização da droga, 
•Em alguns casos a alcalinização da urina pode 
produzir uma elevação de quatro a seis vezes na 
excreção de uma droga ácida 
•Um exemplo da exploração deste tipo de interação 
é a utilização de bicarbonato como alcalinizante da 
urina para aumentar a eliminação de barbitúricos 
em casos de intoxicação.
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
•A determinação da velocidade de excreção de 
certas drogas pelos rins serve como valioso 
subsídio no diagnóstico da função renal. 
•Pode ser obtido pelo método de depuração ou 
Clearance, que consiste em medir a quantidade 
absoluta de uma substância excretada pelos rins 
em um minuto, relacionando-a com sua 
concentração plasmática. 
•NÉFRON
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Excreção biliar 
• Alguns medicamentos e seus respectivos metabólitos são 
eliminados por via hepática por intermédio da bile. 
• Vários fatores determinam a excreção biliar, como, por 
exemplo, o peso molecular e a polaridade da molécula do 
medicamento a ser eliminado, sendo o principal o tamanho 
da molécula. 
• Algumas substâncias eliminadas na bile, ao alcançarem o 
intestino, podem ser reabsorvidas. 
• Este processo, quando ocorre de forma significativa, é 
responsável muitas vezes pelo retardo na excreção total de 
determinados medicamentos, que muitas vezes serão 
encontrados na urina vários dias após a administração da 
última dose
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Excreção pelo leite
• O epitélio secretor da glândula mamária tem características de 
membrana lipídica e separa o sangue do leite. 
• O leite tem pH levemente inferior ao do sangue (aproximadamente pH 
7,4), variando entre 6,4 e 6,8 em animais sadios. Este fato resulta em 
facilitação da excreção de medicamentos de caráter básico pelo leite. 
• Após a administração de um agente terapêutico à mãe, na maioria das 
vezes, a concentração deste será similar no plasma e leite materno, isto 
porque o epitélio da glândula mamária, funcionando à semelhança de 
uma membrana lipídica, permitirá a passagem, por difusão, de 
substâncias apolares. 
• o medicamento administrado sistemicamente à mãe, na maioria das 
vezes será excretado no leite, 
• Portanto, caso seja necessária a utilização de algum agente terapêutico 
no período de lactação, precisa se respeitar o período de eliminação 
(período de carência) do medicamento, antes da utilização do leite
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EXCREÇÃO
FARMACOCINÉTICA
• Excreção pelo ovo
•Os precursores da gema do ovo são produzidos no 
fígado e, em seguida, transportados pela circulação aos 
folículos da gema, localizados no ovário. 
• São vários folículos em desenvolvimento ao mesmo 
tempo, em diferentes estágios de crescimento. 
• A gema cresce exponencialmente, durante, 
aproximadamente, 11 dias; 
• A ave pode produzir ovos com resíduos desta 
substância na gema por até 10 a 11 dias após a 
suspensão da administração do medicamento. 
OBRIGADA PELA 
ATENÇÃO!
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
DRA ARIÁDNE DE BARROS 
CARVALHO
SERRA TALHADA – PE
2024

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