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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CAMPUS NITERÓI 
GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bullying e Cyberbullying 
 
 
 
 
 
 
Alunos: Thayane Pereira de Lima – 201908253479, Jakcillainy Musquim Antunes – 
201908258772, Laryssa da Silva Thomaz – 202109541421, Marcelo Vasconcellos Lovisi 
– 202101308425, Ana Carolina Friziera da Cruz Pioto Guimaraes Braga – 
202107370841, Rhayssa Barcelos Nicolau Santos – 202403617641, Lara de Paula Cunha 
Gomes – 202202681172, Ricardo Rêgo de Oliveira – 202209029489, Luzinete Moraes 
da Silva Viana – 201908534451, Gleicyellen Guimarães Antunes - 202403680432, Pedro 
Carnevalli Campos – 202309513031. 
 
Professor orientador: Jalles Pires 
Disciplina: ARA - Direitos Humanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2024 
 
Niterói/RJ 
O que é o Bullying? 
 
 
 
O bullying é a prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais 
e repetidos, cometidos por um ou mais agressores contra uma determinada vítima. 
O termo em inglês "bullying" é derivado da palavra "bully" (tirano, brutal). 
 
Ainda que esse tipo de agressão tenha sempre existido, o termo foi cunhado 
na década de 70 pelo psicólogo sueco Dan Olweus. 
O Bullying pode ocorrer em qualquer ambiente onde existe o contato 
interpessoal, seja no clube, na igreja, na própria família ou na escola. 
Aos poucos o combate efetivo ao bullying vem ganhando importância na 
mídia e em ONG’s empenhadas em campanhas de anti-bullying. 
O bullying pode ser caracterizado por alguns tipos, como o social/relacional, 
físico, verbal, psicológico e eletrônico/virtual, tais como: 
 
 
 
1. Bullying físico. 
2. Bullying psicológico. 
3. Bullying verbal. 
4. Bullying social. 
5. Cyberbullying. 
 
 
 
 
 
 
O que é o Cyberbullying? 
Cyberbullying é um tipo de bullying na internet, cometido por meio de 
canais virtuais, como redes sociais, aplicativos de mensagens e grupos online. Além 
de ofensa, difamação e/ou divulgação de imagens e informações pessoais da vítima, 
é caracterizado pela repetição dessa conduta por parte de um ou mais agressores. 
 
A era digital trouxe uma dimensão totalmente nova ao comportamento 
abusivo. Analisamos algumas das características que diferenciam o bullying cara a 
cara do on-line. 
O bullying é um problema global que sempre esteve presente: acontece em 
escolas, escritórios e até mesmo em casas. O problema é abordado por policiais, 
funcionários de escolas, governos e várias organizações sem fins lucrativos. Com o 
advento da tecnologia digital, o problema se estendeu ao mundo on-line, e o 
cyberbullying se tornou tão difundido que esse termo em inglês acabou ganhando 
lugar no Concise Oxford English Dictionary. 
No bullying cara a cara, como o nome sugere, a vítima é ciente de quem é o 
seu agressor (ou agressores). Mesmo se os agressores caluniarem suas vítimas pelas 
costas, eles geralmente fazem uma demonstração disso. Por outro lado, os 
cyberbullies têm uma vantagem extra: a internet pode fornecer a eles a camada extra 
de anonimato. Os agressores se escondem atrás de pseudônimos e imagens de perfil 
obviamente irreais em fóruns públicos ou redes sociais, mantendo-se fora de alcance. 
Como as vítimas não sabem quem são seus agressores, diminui a chance de que esses 
indivíduos sejam pegos e minimiza o medo de serem punidos. 
Quando se trata de bullying em sua forma tradicional, é mais fácil buscar 
refúgio em outro lugar, uma vez que o próprio ato depende da proximidade física do 
agressor. O mesmo não pode ser dito sobre o cyberbullying, já que a vítima é um alvo 
onde quer que esteja, desde que esteja conectada... o que é quase inevitável nesta era 
digital. A vítima pode ir dormir e acordar com uma nova onda de mensagens 
ameaçadoras em sua caixa de entrada ou com novos rumores circulando sobre ela na 
internet. Esse bullying incessante pode até fazer com que as vítimas se sintam 
inseguras no lugar em que deveriam se sentir mais seguras: suas casas. 
O bullying, seja cara a cara ou digital, é um assunto muito sensível, que pode 
ser difícil de abordar. Afeta a todos, independentemente da idade, raça, sexo ou 
religião. Embora isso possa fazer com que a vítima se sinta isolada, é importante 
lembrar que ela não está sozinha. É fundamental não ter medo de falar sobre seus 
problemas e procurar ajuda. 
Além disso, é fundamental que a vítima saiba que ela não é culpada e que não 
fez nada que justifique esse tipo de comportamento. Ninguém merece ser intimidado 
em nenhuma circunstância, não importa quem seja, sua aparência ou em que 
acreditem. 
 
 
 
As consequências do bullying nos bens jurídicos tutelados: 
 
 
 
Para elaborar e entender a dinâmica desse trabalho de extensão é importante 
entender o porquê o direito está ligado ao bullying e cyberbullying? 
Devemos analisar da primazia onde o direito, tem o objetivo de tutelar bens 
jurídicos, sejam eles direitos cíveis ou até mesmo na área penal. Para que dentro da 
sociedade para que haja uma convivência pacífica e harmônica entre os indivíduos 
em um Estado democrático de direito. 
Esses bens jurídicos tutelados, são encontrados primeiramente de forma 
expressa e tácita em nossa Constituição Federal, nas partes de suma importância da 
carta garantida em seu preâmbulo: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos 
em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, 
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na 
harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução 
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
Também encontrada em seus princípios Art. 1º A República Federativa do 
Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
III - a dignidade da pessoa humana; 
 
Também aduz a carta magna no título de direitos e garantias fundamentais. Em 
seu Art. 5°, III. III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante. 
Traçando para nós a importância de inserir em nosso ordenamento jurídico, 
outras normas com o objetivo de salva guardar de maneira mais especifica cada lesão 
que possa ocorrer a esses bens jurídicos, atendendo assim ao princípio da 
especialidade. Observaremos no decorrer do trabalho que o legislador precisou inovar 
em diversas áreas do direto, a fim de que possa ser resguardado do direito do indivíduo 
que muitas das vezes, sofre a prática da intimidação sistemática individualmente ou 
em grupo humilhando e discriminando de maneira verbal, moral ou até mesmo física, 
onde quem pratica a conduta deve ser responsabilizado com a intenção de fazer tutelar 
bens jurídicos de suma importância na esfera penal. Trazendo também posteriormente 
a esse indivíduo a devida reparação em quando se tratar de responsabilidade civil 
quando a pessoa atua de modo adverso a lei. 
 
 
 
A responsabilidade civil: 
 
 
 
A responsabilidade civil se resume na aplicação de medidas coercitivas a 
alguém, para que este repare os prejuízos materiais ou morais que provocou a terceiro, 
através de ato que ele próprio ou pessoa que está sob sua responsabilidade praticou, 
em razão de algum objeto que a ele pertença ou por mera imposição legal. 
O objetivo de se estabelecer o instituto da responsabilidade civil é trazer 
proteção, respaldo àquilo que é lícito, reprimindo o ilícito. Tem por finalidade garantir 
que se concretizem os atos praticados por quem se comporta conforme o Direito e 
impedir que se aja contrariamente à lei, ou então punir aquele que realizou conduta 
adversa, porque somos responsáveis pelo que praticamos. 
Assim, a responsabilidadecivil traz consigo um caráter de obrigação 
secundária, a qual passa a existir quando alguém deixa de cumprir a obrigação 
primária que lhe caiba, nos casos das obrigações de dar e fazer, como também quando 
se tem a obrigação de abstenção, de não agir (obrigação de não fazer) e a pessoa atua 
de modo contrário. 
Quando o bullying é praticado por pessoa incapaz ou relativamente incapaz: 
Entende-se que estas não podem responder diretamente pela reparação do dano 
causado a terceiro, recaindo a obrigação sobre o estabelecimento de ensino, por 
exemplo, caso o ato tenha sido praticado no local ou em atividade de responsabilidade 
deste, bem como sobre os pais ou responsáveis pelo agressor. 
Os arts. 932 e 933, do CC dissertam a esse respeito: 
 
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
 
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua 
companhia; 
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas 
mesmas condições; 
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, 
no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se 
albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores 
e educandos; 
V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a 
concorrente quantia.” 
“Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda 
que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali 
referidos.” 
1. Quando o bullying ocorre no ambiente de escolas privadas: 
 
Quando o bullying ocorre no ambiente de escolas privadas resta ainda mais 
evidente a responsabilidade de indenização ao aluno-vítima, independentemente de 
ter havido culpa ou não por parte da instituição, uma vez que presentes e fortemente 
caracterizados os requisitos de configuração da responsabilidade civil oriunda da 
relação de consumo, prevista no já mencionado art. 14, do CDC. 
Tanto nas escolas públicas como nas privadas existe a celebração de um 
contrato pelas partes e o fornecimento de um serviço, o que basta para a caracterização 
de uma relação de consumo, gerando, automaticamente, em ambos os casos, o dever 
de indenizar. O que poderia diferenciá-las é o fato de que o ensino público é 
caracterizado como prestação de serviço público, qualificado no art. 22, do CDC. 
Ademais, salienta o art. 37, § 6º da Constituição Federal: 
 
“Art. 37. § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa”. 
2. Quando o bullying é praticado pelo professor: 
 
Não parece muito comum se pensar em um cenário de bullying onde o agressor 
seja o educador, pessoa madura, instruída e com alto nível de paciência e 
compreensão. 
Sendo o próprio professor o agressor, este terá responsabilidade de reparar os 
danos, uma vez que é pessoa capaz, porém, a instituição de ensino que o contratou 
responderá solidariamente, já que o empregador é responsável pelos atos de seus 
empregados, independentemente de culpa, como lecionam os outrora mencionados 
Arts. 932, III e 933 do Código Civil. 
3. Quando o professor é a vítima do bullying: 
 
Primeiramente, o educador-vítima deve levar ao conhecimento da instituição 
onde leciona as agressões sofridas, a qual não poderá ser omissa, tomando as devidas 
providências, de caráter imediato para sanar o problema. Não havendo solução para a 
questão, o professor deverá buscar a indenização judicial cabível pelos danos 
suportados, podendo acionar o estabelecimento educacional, se este tiver 
permanecido inerte ou os responsáveis pelo agressor, quando incapaz; se capaz, o 
próprio agressor será obrigado a indenizá-lo. 
 
 
 
Cyberbullying na esfera penal, calúnia, difamação e injúria: 
 
 
 
O cyberbullying é uma violência anônima e digital, mas os impactos na saúde 
mental e a dor de quem sofre as agressões são reais, é uma violência silenciosa e anônima 
que pode causar impactos profundos na vida das crianças, adolescentes e adultos, em que 
muitas vezes não sabem de quem se defender ou a quem pedir ajuda. A violência é digital, 
mas a dor é real. 
Pode-se entender que o cyberbullying é uma extensão das práticas tradicionais do 
bullying e exige mais atenção das famílias e escolas, bem como da sua parceria para 
combater a violência que ocorre no ambiente digital. A lei define o Cyberbullying como 
“intimidação sistemática por meio virtual, usando recursos online para depreciar, incitar 
violência, adulterar fotos e dados pessoais, visando constrangimento psicossocial. 
Se for realizado por meio da internet, rede social, aplicativos, jogos on-line ou 
transmitida em tempo real, a pena será de reclusão de 2 a 4 anos, e multa, se a conduta 
não constituir crime mais grave.” 
No Brasil, o Código Penal classifica o cyberbullying como calúnia (Art. 138), 
difamação (Art. 139), ou injúria (Art. 140), com penas aumentadas em dois terços em 
comparação ao bullying tradicional. Se o crime for cometido na presença de várias 
pessoas ou facilitado por redes sociais, a pena é aumentada em um terço. Quando 
cometido ou divulgado nas redes sociais, a pena é triplicada. 
O Código Penal permite a retratação do agressor, que deve ser feita pelos mesmos 
meios de comunicação usados para a ofensa, se a vítima assim desejar. 
A Lei 13.185/2015 criou o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, 
definindo bullying como atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, 
sem motivo aparente, praticados para intimidar ou agredir, causando dor e angústia em 
uma relação de desequilíbrio de poder. 
A Lei 13.185/2015 obriga o Estado, famílias, escolas e clubes a promoverem 
medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate ao bullying, tanto físico 
quanto virtual. Crimes de bullying cometidos por menores de 18 anos são tratados como 
atos infracionais, sujeitos a medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (Lei 8.069/90). 
 
 
 
Cyberbullying constrangimento ilegal, ameaça, falsa identidade: 
 
 
 
A prática do bullying na internet envolve muitas características, não há como 
especificar um grupo, já que a prática envolve tanto adultos, quanto adolescentes. Seja 
em meio social, escolar e acadêmico. O Cyberbullying, onde vítima, agressor e 
espectadores que não defendem a vítima e ridicularizam a situação, ou até mesmo 
registram ou compartilham fotos, vídeos e frases vexatórias da vítima para ganhar 
repercussão nas redes sociais. E com o grande volume de visibilidade, resultam em pré 
julgamentos, comentários maldosos, o aumento de criações de perfis falsos, seja até 
mesmo se passando por outras pessoas para destilar o ódio, insultos e violências verbais. 
Na maioria dos casos, não há o porquê da agressão, embora elas sejam verbais, 
físico, material, social. Inicia e resultar na vítima se acuar, e possuir dificuldade para se 
defender. As consequências das agressões, prejudicam o desenvolvimento mental e surge 
diversos problemas como a crise de pânico, esquizofrenia, suicídio, alto mutilação, 
depressão. Em ambiente escolar, ocorre o amedrontamento para que a vítima não tenha 
chances de buscar ajuda, se defender ou conseguir acionar o responsável informando o 
que está acontecendo com medo de ser agredido, ficar sem amparo ou não ter qualquer 
tipo de êxito na hora de denunciar as agressões. 
Os assuntos como classe social, cor, orientação sexual e religião são os alvos mais 
citados na prática do cyberbullying, incluindo a falsa identidade, que por muita das vezes 
são pessoas que criam falsos perfis para insultar, ameaçar e expor opiniões abusivas e 
preconceituosaspara a vítima. Distribuir vídeos, não averiguar se as imagens, 
notificações são verdadeiras ou falsas. As vítimas geralmente não conseguem mais ter 
boas relações com familiares e amigos, surge o sentimento da vergonha, cria-se a 
ansiedade, insegurança e medo das opiniões e isolamento afetando a saúde e bem-estar. 
Vítimas da prática do Cyberbullying tem direito a justiça e de que seus agressores 
sejam punidos e responsabilizados. As punições nem sempre são as formas mais efetivas 
de cessar a prática dos agressores, mas muita das vezes conseguimos reverter a situação 
consertando o dano se posicionando e construindo um bom relacionamento social com 
essas pessoas que não imaginam o estrago mental e emocional que é causado nas vítimas. 
 
 
 
Lei 13.185/15: 
 
 
 
A Lei 13.185/15, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, 
tipifica diversas formas de violação, diferenciando as nuances do bullying e 
estabelecendo medidas de prevenção e proteção às vítimas, bem como punições aos 
agressores. Vamos discorrer sobre esses pontos: 
 
 
 
Formas de Violência: 
 
 
 
1. Violência Física: Caracteriza-se pela agressão direta ao corpo da vítima, 
podendo incluir socos, chutes, empurrões e qualquer outra forma de contato físico que 
cause dano ou dor. 
2. Violência Verbal: Envolve o uso de palavras, expressões ou gestos 
ofensivos, humilhantes ou intimidadores, que têm o objetivo de diminuir a autoestima 
ou causar constrangimento à vítima. 
3. Violência Psicológica ou Moral: É caracterizada por ameaças, chantagens, 
exclusão social, disseminação de boatos, ridicularização constante, entre outras 
formas de manipulação que afetam o bem-estar emocional da vítima. 
4. Violência Social ou Relacional: Consiste na tentativa de isolar a vítima, 
excluindo-a de grupos sociais, amizades ou atividades, causando-lhe prejuízos sociais 
e emocionais. 
5. Violência Virtual ou Cyberbullying: Refere-se ao uso da tecnologia para 
intimidar, humilhar ou difamar a vítima, através de mensagens de texto, redes sociais, 
e-mails, entre outros meios digitais. 
 
 
 
Medidas de Prevenção e Proteção às Vítimas: 
 
 
 
1. Campanhas de Conscientização: Promover ações educativas para 
sensibilizar alunos, professores e familiares sobre os danos do bullying e a 
importância de prevenir e denunciar essas práticas. 
2. Criação de Canais de Denúncia: Estabelecer mecanismos seguros e 
confidenciais para que as vítimas e testemunhas possam reportar casos de bullying às 
autoridades escolares. 
3. Apoio Psicológico: Oferecer acompanhamento psicológico às vítimas para 
ajudá-las a lidar com as consequências emocionais do bullying e fortalecer sua 
autoestima. 
4. Capacitação de Professores: Capacitar os educadores para identificar e 
intervir precocemente em situações de bullying, além de promover um ambiente 
escolar inclusivo e respeitoso. 
 
 
 
Punições aos Agressores: 
 
 
 
1. Advertência: Em casos menos graves, os agressores podem receber uma 
advertência formal, alertando sobre as consequências de suas ações. 
2. Suspensão: Em situações mais sérias, os agressores podem ser suspensos 
temporariamente das atividades escolares, como uma forma de punição e reflexão 
sobre seu comportamento. 
3. Transferência: Em casos extremos, quando o agressor persiste em suas 
atitudes prejudiciais, pode ser necessário transferi-lo para outra instituição de ensino, 
visando proteger a integridade das vítimas. 
4. Responsabilização Legal: Em casos de violência física grave ou 
cyberbullying, os agressores podem ser responsabilizados legalmente, conforme as 
leis vigentes sobre crimes virtuais e violência física. 
É importante destacar que a Lei 13.185/15 representa um avanço significativo na 
luta contra o bullying no Brasil, reconhecendo a gravidade desse problema e 
estabelecendo diretrizes claras para sua prevenção e enfrentamento. No entanto, sua 
eficácia depende da efetiva implementação das medidas previstas, do engajamento de 
toda a comunidade escolar e da conscientização da sociedade como um todo sobre a 
importância de se combater essa forma de violência. 
 
 
 
Análise do projeto de pesquisa do projeto de extensão: 
 
 
 
Para obter informações concretas sobre o tema no contexto social relacionado ao 
projeto, foi conduzida uma pesquisa utilizando o Google Forms. Nessa pesquisa, o grupo 
procurou buscar dados a respeito do bullying e cyberbullying na sociedade. 
Segue o resultado: 
 
A pesquisa foi iniciada no dia 04/04/2024 e foi finalizada no dia 30/05/2024, 
obtendo um total de 85 respostas. 
Dentre o público interessado pela pesquisa, a grande maioria foi da faixa etária de 
18 a 30 anos, totalizando 48,8% das respostas. Em segundo lugar, as pessoas entre 30 e 
45 anos, correspondendo a 25,6% da totalidade de respostas, como mostra o gráfico 
abaixo: 
 
 
 
Em relação ao gênero do público que respondeu a pesquisa, vê-se que a 
maioria é composta pelo sexo feminino, compreendendo 46,3% das respostas obtidas. 
Já o sexo masculino foi equivalente a 31,7% das respostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A seguir buscou-se compreender se os participantes sabem o que é o bullying 
e o cyberbullying e constatou-se que 92,7% sabem o que é e 7,3% não sabem. 
 
 
 
Desta forma, a pesquisa buscou entender a respeito daqueles que sofreram ou 
não o bullying, e o resultado foi que 52,4% do grupo respondeu que sim e 47,6% 
respondeu que não sofreu bullying. 
 
 
 
 
 
 
 
Posteriormente, 64,3% afirmou ter sofrido em ambiente escolar, 30,5% diz ter 
sofrido bullying vindo de um amigo, 56,1% possuía entre 10 e 18 anos, como 
demonstram os gráficos abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sendo assim, tem-se que 76.8% não compartilhou com outras pessoas que 
sofreu bullying, 50% sabem seus direitos e 50% não sabem e 96,3% dos que sofreram 
não receberam qualquer tipo de auxílio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, 81,7% das pessoas consideram os assuntos que tangem a esfera do 
bullying e cyberbullying importantes: 
 
 
 
 
Estes gráficos demonstram exatamente o que foi desenvolvido durante este 
trabalho de extensão e ressalta a importância da sua confecção, pois através deste 
tivemos a oportunidade de filtrar esses grupos, que muitas vezes apagados da 
sociedade, hoje possuem voz para lutar por seus direitos, conceituando o bullying, e 
a partir daí conscientizando cada vez mais pessoas, a fim de fazê-las compreender a 
respeito das responsabilidades civis e penais em que seu enquadram seus agressores 
e assim cumprir o propósito da justiça e dos direitos humanos, o de trazer uma 
sociedade mais segura e justa para todos. 
 
Relatório individual 
 
Com a oportunidade de ficar com a parte de cyberbullying na esfera penal como: calúnia, 
difamação e injúria. Consegui estudar e pesquisar matérias e conteúdos valiosos e grande 
experiência com o tema. Foi muito interessante cada momento de pesquisa e de grande 
relevância para o projeto. Pude perceber o quanto o tema é frágil e ainda não há total 
atenção da parte da sociedade. 
Ainda há muita falta de informação a respeito da esfera penal do cyberbullying no Brasil. O 
que mais me chama a atenção nesse caso, é que a pena de reclusão é de 2 a 4 anos e multa, 
sendo que, há casos de cyberbullying que a parte que sofreu ate sucicidou-se, em casos 
extremos. Em muitos outros, levam traumas para vida inteira, como depressão e ataque de 
pânico. 
Com esse projeto espero transmitir conhecimento e informação sobre o tema cyberbullying 
na esfera penal e de alguma maneira ajudar e conscientizar as pessoas que sofrem ou que 
praticam esse ato e mostrar a gravidade do mesmo. 
 
	O que é o Cyberbullying?
	As consequências do bullying nos bens jurídicos tutelados:
	A responsabilidade civil:
	Cyberbullying na esfera penal, calúnia, difamação e injúria:
	Cyberbullying constrangimento ilegal, ameaça, falsa identidade:Lei 13.185/15:
	Análise do projeto de pesquisa do projeto de extensão:

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