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1 CÁLCULO DOS DESLOCAMENTOS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS Profª. Esp. Renata de Oliveira Marinho 2 CÁLCULO DOS DESLOCAMENTOS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS PROFª. ESP. RENATA DE OLIVEIRA MARINHO 1° edição Ipatinga, MG Editora Prominas 2023 3 © 2023, Editora Prominas. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza- ção escrita do Editor. Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Me. Cristiane Lelis dos Santos Revisão Gramatical e Ortográfica: Profª. Débora Rith Costa Teixeira Revisão Técnica: Prof. Clélio Rodrigo Paiva Rafael Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Lorena Oliveira Silva Portugal Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva Daniel Guadalupe Reis Élen Cristina Teixeira Oliveira Maria Eliza Perboyre Campos 4 LEGENDA DE Ícones Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas quais você precisa ficar atento. Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro. Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-os a suas ações. Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro. Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro. FIQUE ATENTO BUSQUE POR MAIS VAMOS PENSAR? FIXANDO O CONTEÚDO GLOSSÁRIO 5 CONFIRA A SEGUIR O livro apresenta os esforços internos presentes nas estruturas isostáticas no plano, que são as forças e os momentos que atuam no interior de um elemento estrutural. Além disso, você estudara sobre o principal método de cálculo de deslocamento em estruturas, o Princípio dos Trabalhos Virtuais (PVT), utilizado na análise de deformações e deslocamentos de sistemas estruturais. SUMÁRIO 1. Esforços Internos .................................................................................................................................................6 2. Princípio dos Trabalhos Virtuais ...............................................................................................................9 2.1 Deslocamentos virtuais ............................................................................................................................10 3. Método da Carga Unitária para Cálculo dos Deslocamentos ..........................................11 FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................15 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ......................................................................................................18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................................................19 CÁLCULO DOS DESLOCAMENTOS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS......................................2 6 1. ESFORÇOS INTERNOS Uma compreensão crucial na engenharia estrutural é a análise do esforço cortante e do momento fletor dentro de sistemas estruturais. As equações para o esforço cortante e o momento fletor são fundamentais para o cálculo das deflexões. Frequentemente, o esforço cortante e o momento flexível são representados em diagramas, proporcionando uma visualização clara da resposta estrutural (MCCORMAC, 2009). Ainda de acordo com o mesmo autor, a fim de analisar as condições internas de uma estrutura, é desenhado um diagrama de corpo livre que permite a determinação das forças convenientes para manter o equilíbrio da estrutura. O esforço cortante e o momento fletor são dois efeitos das cargas externas que atuam sobre a estrutura e precisam ser compreendidos para um estudo adequado das forças internas. O esforço cortante, ou cisalhamento, é a soma algébrica das forças à esquerda ou à direita de uma seção perpendicular ao eixo do elemento. Esforço cortante é uma das componentes dos esforços internos que atuam em um elemento estrutural, como uma viga ou um pilar. Esse esforço atua transversalmente ao eixo longitudinal do elemento, tendendo a "cortá-lo". Em termos simples, o esforço cortante representa uma força interna que tenta deslizar uma parte da estrutura em relação à outra. Para visualizar melhor o esforço cortante, imagine um livro empilhado sobre outro. Se você tentar deslizar o livro de cima horizontalmente, enquanto o livro de baixo permanece imóvel, a resistência que você sente contra o deslizamento é semelhante à ação do esforço cortante em um elemento estrutural. Nas vigas, o esforço cortante é comumente causado por cargas verticais distribuídas ou concentradas que atuam perpendicularmente ao eixo longitudinal da viga. A distribuição e magnitude do esforço cortante ao longo da viga dependerão da geometria, das condições de apoio e da configuração de carga. O esforço cortante é crucial na análise estrutural, pois pode causar falhas por cisalhamento no material. Assim, é fundamental garantir que o material e a seção transversal da estrutura sejam adequadamente dimensionados para resistir a tais esforços O momento fletor é a soma algébrica dos momentos resultantes de todas as forças à esquerda ou à direita de uma seção transversal específica. Esses momentos são calculados em torno de um eixo que passa pelo centroide da seção transversal. Para entender intuitivamente o momento fletor, imagine uma régua flexível apoiada em suas extremidades. Se você pressionar a régua no meio, ela se curvará. A força que você aplica tenta fazer a régua rotacionar, criando um momento. O efeito que causa a curvatura é o momento fletor. Na Figura , podemos observar a convenção de sinais para os esforços internos. 7 Figura 1: Convenção de sinais usada para esforços internos de cisalhamento, de momentos fletores e normais Fonte: Mccormac, (2009) Esforço cortante O esforço cortante, representado por Q, em uma seção é calculado pela soma vetorial dos componentes do sistema de forças em um dos lados da seção em análise sobre o plano considerado. Dividindo a força nos dois componentes que compõem o plano, é possível determinar o esforço cortante (SOUZA, 2018). Com isso, temos que: Levando em consideração que x é a direção transversal à seção analisada (HIBBELER, 2011 apud SOUZA, 2018). Souza (2018) pág. 218, diz que “O esforço cortante provoca o deslizamento de uma seção sobre outra infinitamente próxima, causando o corte ou o cisalhamento da seção (vide Figura 34).” Momento fletor O momento fletor em uma seção é obtido somando vetorialmente os momentos causados pelas cargas externas de um dos lados da seção em análise, considerando a direção perpendicular a essa seção como a direção x. Portanto, o momento fletor pode existir em duas simples: y e z (SOUZA, 2018). Com isso, temos que: 𝑄𝑧 = �𝐹𝑦 𝑒𝑥𝑡, à 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 � � = �𝐹𝑦 𝑒𝑥𝑡, à 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 � � 𝑄𝑧 = �𝐹𝑧 𝑒𝑥𝑡, à 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 � � = �𝐹𝑧 𝑒𝑥𝑡, à 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 � �Figura 2: Carregamento cortante sobre um elemento infinitesimal compreendido entre as seções S e S’ e a respectiva convenção de sinais. A linha tracejada representa a deformação do elemento Fonte: Souza (2018). 8 O principal efeito do momento fletor é encurtar as fibras comprimidas e alongar as fibras tracionadas, resultando em um giro da seção transversal em torno de um eixo contido na própria seção (MCCORMAC, 2009). Momento torçor O momento de torque em uma seção é calculado pela soma vetorial dos momentos de torque causados pelos carregamentos externos em um dos lados da seção em análise, considerando a direção perpendicular a essa seção como a direção x (MCCORMAC, 2009). Com isso, temos que: Souza (2018) pág. 219, retrata que “o momento torçor tende a torcer o elemento estrutural, fazendo com que a seção transversal seja deformada. Basicamente, ocorre um giro da seção em torno da direção longitudinal da peça” Figura 3: O momento fletor pode ser nas direções z e y. No caso do momento z, ele é positivo quando as fibras inferiores do elemento são tracionadas. No caso do momento y, ele é positivo quando as fibras internas são tracionadas. A linha tracejada representa a deformação do elemento Fonte: Souza (2018). Figura 4: O momento torçor. Quando o vetor momento sai (entra) da (na) seção é con-vencionado que o momento torçor é positivo (negativo). A linha tracejada representa a deformação do elemento Fonte: Souza (2018). 𝑀𝑦 = �𝑀𝑦 𝑒𝑥𝑡, à 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 � � = �𝑀𝑦 𝑒𝑥𝑡, à 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 � � 𝑀𝑧 = �𝑀𝑧 𝑒𝑥𝑡, à 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 � � = �𝑀𝑧 𝑒𝑥𝑡, à 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 � � 𝑀𝑇 = 𝑀𝑋 = �𝑀𝑇 𝑒𝑥𝑡, à 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 � � = �𝑀𝑇 𝑒𝑥𝑡, à 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 � � 9 Vamos entender melhor o cálculo do esforço cortante através do exemplo a seguir, baseado em Mccormac (2009). Para isso, vamos determinar o esforço cortante para o elemento estrutural apresentado na figura. Solução. Esforço cortante na seção a-a: Va-a à esquerda = 25,7 k (114,32 kN) ↑, ou + 25,7 k (+ 114,32 kN) Va-a à direita = 20 + 15 + 16 – 25,3 = 25,7 k (114,32 kN) ↓, ou + 25,7 k (+ 114,32 kN) Esforço cortante na seção b-b: Vb-b à esquerda = 25,7 – 20 – 15 = 9,3 k (41,37 kN) ↓, ou –9,3 k (41,37 kN) Vb-b à direita = 16 – 25,3 = –9,3 k (–41,37 kN) ↑, ou –9,3 k (41,37 kN) Os momentos fletores nas seções a-a e b-b da viga do Exemplo são calculados da seguinte maneira: Momento na seção a-a: Ma-a à esquerda = (25,7).(5) = 128,5’ k ↻, +128,5’ k Ma-a à direita = (25,3).(35) – (16)(27) – (15)(15) – (20)(5) = 128,5′ k ↺ ou +128,5’ k Momento na seção b-b: Mb-b à esquerda = (25,7)(25) – (20)(15) – (15)(5) = 267,5’ k ↻, +267,5’ k Mb-b à direita = (25,3)(15) – (16)(7) = 267,5’ k ↺, +267,5’ k É comum haver confusão entre os momentos de fletor e torçor. É importante lembrar que o momento fletor provoca tração em uma extremidade da seção e comprime na outra, resultando em uma curvatura na peça. Enquanto isso, o momento torçor causa a rotação da seção específica ao redor de sua direção normal. Peças sujeitas a um momento de torçor são torcidas. FIQUE ATENTO 2. PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS O Princípio dos Trabalhos Virtuais, também conhecido como o princípio de D'Alembert, é um conceito fundamental na mecânica aplicada e é amplamente utilizado para analisar a estabilidade e o equilíbrio de sistemas mecânicos e estruturas. Este princípio estabelece uma relação entre os trabalhos virtuais das forças aplicadas Figura 5: Exemplo aplicado Fonte: Mccormac, (2009) 10 e as deformações associadas a um sistema de equilíbrio. Em engenharia estrutural, é crucial para a análise de estruturas e para a determinação das forças internas em componentes estruturais (HIBBELER, 2010). O princípio dos trabalhos virtuais afirma que, em um sistema mecânico de equilíbrio, o trabalho realizado pelas forças virtuais externas é igual ao trabalho das forças internas devido às deformações impostas ao sistema. Em outras palavras, a soma algébrica de todos os trabalhos virtuais das forças externas aplicadas é igual a zero. Na engenharia estrutural, o Princípio dos Trabalhos Virtuais é frequentemente utilizado para determinar as respostas em apoios e as forças internas em vários componentes de uma estrutura. Por meio deste princípio, é possível analisar a estabilidade estrutural, prever as deformações sob carga e determinar a distribuição de forças em vigas, pilares e outros elementos estruturais. Embora o Princípio dos Trabalhos Virtuais seja uma ferramenta poderosa, sua aplicação depende de certas simplificações e pressupostos, como a linearidade do material e o comportamento elástico da estrutura. Além disso, este princípio assume que o sistema está em equilíbrio, o que pode não ser aplicável a todos os cenários estruturais complexos. 2.1 Deslocamentos virtuais O princípio dos trabalhos virtuais permite expressar as condições de equilíbrio em termos de trabalho, uma quantidade escalar. Pressupõe-se que o conceito de trabalho seja conhecido. No entanto, ele não se aplica ao termo “virtual”. Portanto, antes de enunciar o princípio dos trabalhos virtuais, é necessário considerar algumas definições e informações preliminares (SORIANO, 2010). De acordo, com Hibbeler (2010), um conjunto de deslocamentos virtuais (ou simplesmente variações de deslocamentos) é composto de deslocamentos que gozam das seguintes características: 1. São pequenos (isto é, parcelas de segunda ordem, ou superior, de uma expansão em série de Taylor são desprezáveis). 2. São arbitrários, mas compatíveis com os vínculos internos e externos do sistema mecânico. Traduzindo este fato para um corpo elástico, diz-se que as condições de contorno geométricas (vínculos externos) são respeitadas e que a configuração assumida pelo corpo é tal que sua continuidade também é respeitada, isto é, ela não apresenta fissura ou outros vazios. 3. São deslocamentos da posição verdadeira do sistema mecânico (por exemplo, deslocamentos da posição de equilíbrio estático, ou da trajetória verdadeira de cada ponto do sistema, num dado instante). 4. São diferenciais, satisfazendo, pois, as regras da diferenciação, comuns ao cálculo infinitesimal. 5. Não são deslocamentos verdadeiros, isto é, são virtuais. Esta é, geralmente, a característica que mais confunde. Dizer que não são deslocamentos verdadeiros equivale a dizer que não ocorrem efetivamente, sendo, assim, imaginários ou virtuais. Portanto, não existe variação de tempo associada a esses deslocamentos, ou seja, o tempo transcorrido durante sua ocorrência é nulo. Para lembrar esta característica, são ordinariamente representados por , em vez de d. 11 O cálculo do deslocamento pelo PTV, pode ser regido com a equação descrita a seguir. Essa equação é proveniente exatamente do conceito inicial, onde o trabalho interno é igual ao trabalho externo, onde vamos ter que (SUSSEKIND, 1980): Analisando a equação acima, nós temos a parcela do esforço normal, do esforço cortante e do momento fletor, respectivamente. Também poderia se ter a parcela do momento torsor, porém para estruturas no plano, não se tem a torção e a parcela é desconsiderada. Além disso, para o cálculo de deslocamento as parcelas de esforço cortante e normal são muito pequenas em relação ao do momento fletor e são desconsideradas. Com isso, temos que: Quando se iguala essas expressões, vamos obter a que está expressa a seguir. 𝑊𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 = 𝑃�𝛿 𝑊𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 = � 𝑁�𝑁 𝐸𝐴 𝑑𝑠+ �𝑥 𝑄�𝑄 𝐺𝐴 𝑑𝑠 + � 𝑀�𝑀 𝐸𝐼 𝑑𝑠 � 𝑙 � 𝑙 � 𝑙 𝛿 = � 𝑁�𝑁 𝐸𝐴 𝑑𝑠 + �𝑥 𝑄�𝑄 𝐺𝐴 𝑑𝑠 + � 𝑀�𝑀 𝐸𝐼 𝑑𝑠 � 𝑙 � 𝑙 � 𝑙 = � 𝑁𝑎𝑁𝑏 𝐸𝐴 𝑑𝑠 � 𝑙 + � 𝑓𝑠 𝑉𝑎𝑉𝑏 𝐺𝐴 𝑑𝑠 + � 𝑀𝑎𝑀𝑏 𝐸𝐼 𝑑𝑠 � 𝑙 � 𝑙 𝛿 = � 𝑀𝑎𝑀𝑏 𝐸𝐼 𝑑𝑠 � 𝑙 O princípio dos trabalhos virtuais é muito importante na análise de estruturas e envolvem muitos pontos, por isso, se faz necessário que você busque por mais e entenda a fundo este conteúdo. Leiao capítulo 1 do livro Curso de Análise Es- trutural volume 2 de Sussekind (1980), disponível no link: https://shre.ink/Tr6k. Acesso em: 20 abr. 2023. Como complemento, estudo o material disponível no link: https://shre.ink/Tr6g. Acesso em: 20 abr. 2023. Além disso, assista a videoaula a respeito do conteúdo no link: https://shre.ink/ Tr6I. Acesso em: 20 abr. 2023. BUSQUE POR MAIS 3. MÉTODO DA CARGA UNITÁRIA PARA CÁLCULO DOS DESLOCAMENTOS O método de carga unitária é uma abordagem usada para calcular as deslocações de estruturas sejam, elas estaticamente determinadas (onde os esforços internos e externos podem ser específicos apenas por equilíbrio) ou indeterminadas, com base no https://shre.ink/Tr6k https://shre.ink/Tr6g https://shre.ink/Tr6I https://shre.ink/Tr6I 12 princípio do trabalho virtual. Para aplicar esse método, dois sistemas de carregamento são considerados: • O primeiro sistema envolve uma estrutura sob cargas reais, mudanças de temperatura ou outras causas que levam a deslocamentos. • O segundo sistema consiste em uma carga unitária que atua isoladamente na estrutura. Uma carga unitária é uma carga fictícia ou substituta introduzida para calcular o deslocamento (∆) da estrutura devido às forças reais. Isso pode resultar em translação, rotação, rotação relativa ou rotação relativa. Quando a carga unitária envelhece na estrutura, ela gera reações nos apoios e esforços nos membros (Nu, Mu, Vu e Tu), que, quando combinadas com a carga unitária e as reações, formam um sistema de forças em equilíbrio. De acordo com o princípio do trabalho virtual, ao importar uma pequena deformação virtual, o trabalho virtual das forças externas deve ser igual ao trabalho virtual das forças internas. O método de carga unitária está relacionado ao princípio do trabalho virtual, pois requer uma escolha completa da deformação virtual. Nesse caso, as deformações reais da estrutura causadas pelo primeiro sistema de carregamento são consideradas como as deformações virtuais a serem impostas ao segundo sistema (a estrutura com carga unitária). O trabalho virtual externo durante essa deformação virtual é realizado pela carga unitária, uma vez que é a única carga externa agitada na estrutura. Isso pode ser expresso como: Este método é usado para determinar os deslocamentos de estruturas estruturais a cargas variadas, usando uma abordagem baseada em equilíbrio e trabalho virtual. Ao aplicar o método de carga unitária, os deslocamentos resultantes podem ser determinados com precisão, levando em consideração as propriedades elásticas do material e as características geométricas da estrutura. Esse método é especialmente útil em situações em que a solução analítica direta é complexa ou impraticável. Além disso, o método de carga unitária pode ser adaptado para lidar com estruturas hiperestáticas, proporcionando uma compreensão mais profunda dos comportamentos estruturais complexos. 𝑊𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 = 1 � 𝛿x Tendo em vista o que foi trabalho no tópico, reflita sobre como o método de carga unitária pode ser aplicado de forma eficaz para calcular os deslocamentos em uma variedade de estruturas, considerando diferentes tipos de carregamento e condições de contorno? O método de carga unitária é uma técnica eficaz na determinação dos deslocamentos em uma variedade de estruturas, independentemente do tipo de carregamento e das condi- ções de contorno. Essa abordagem envolve a aplicação de uma carga unitária em cada local de interesse na estrutura e a subsequente análise dos deslocamentos resultantes. Ao considerar diferentes tipos de carregamento, como cargas pontuais, distribuídas ou momentos, e condições de contorno, como apoios fixos, móveis ou simplesmente apoia- dos, o método de carga unitária permite uma avaliação abrangente dos deslocamentos estruturais. VAMOS PENSAR? 13 Portanto, a aplicação eficaz do método de carga unitária oferece uma abordagem versátil para analisar os deslocamentos em estruturas sob uma variedade de condições de carregamento e limitações de contorno, fornecendo uma base sólida para a avaliação e o projeto de estruturas em engenharia. Para melhor absorver o conteúdo, vamos fazer um exemplo aplicado que está exposto a seguir. SOLUÇÃO Aplicação do método da carga unitária e cálculo das reações: Calculando o estado de deslocamento real: 14 Aplicando o PTV: 15 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (COMPERVE- 2017). Os esforços internos em elementos estruturais são definidos como resultantes de componentes de tensões que ocorrem nas seções retas desses elementos. Em relação aos esforços internos e às componentes de tensões, o esforço solicitante que resulta da integração da distribuição da componente de tensão cisalhante ao longo da seção reta é: a) Esforço cortante. b) Momento de flexão. c) Esforço normal. d) Momento de torção. e) Tensão de cisalhamento 2. (Fundação Carlos Chagas- 2016). Para a elaboração do dimensionamento de uma viga de uma estrutura de concreto armado foram determinados todos os carregamentos externos, acidentais e permanentes. A partir destes dados e das características geométricas da viga o projetista, utilizando os conceitos da física relativos à estática, calculou as reações de apoio e o diagrama de esforços internos. Os esforços internos determinados foram, no mínimo: a) Flexão, tração e momento fletor. b) Tração, cisalhamento e cortante. c) Normal, cortante e momento fletor. d) Normal, tração e momento fletor. e) Normal, momento fletor e flexão. 3. (Adaptado de FUNDATEC- 2016). Esforços internos em uma estrutura caracterizam as ligações internas de tensões. Representam o efeito de forças e momentos entre duas porções de uma estrutura reticulada resultantes de um corte em uma seção transversal. Para responder à questão, utilize a Figura 1 a seguir. Sob a perspectiva dos esforços internos, assinale a alternativa que apresenta o valor do momento fletor no ponto C. a) 3 tf.m. b) 4 tf.m. 16 c) 5 tf.m. d) 6 tf.m. e) 7 tf.m. 4. (IBADE- 2019). Para que se facilite a observação e sua determinação, os esforços internos estão associados às deformações que provocam e se classificam de acordo com elas. Esforços internos representam o efeito de forças e momentos entre duas porções de uma estrutura reticulada, que são resultantes de um corte em uma seção transversal. Quando temos uma força interna que tende a promover uma rotação relativa entre duas seções infinitamente próximas, em torno de um eixo que lhes é perpendicular, passando pelo seu centro de gravidade, definimos como: a) Esforço normal. b) Esforço cortante. c) Momento torsor. d) Momento fletor. e) Esforço anormal. 5. É importante entender os diferentes tipos de suportes e quais reações eles produzem em seu modelo de análise. Entre os tipos de suportes podemos citar o suporte fixo, suporte de rolo e o engastado. Calcule as reações da viga a seguir: a) Rx = -16,67 kN; Ry = 12,75 kN; RM = 26,21 kN; b) Rx = -4,67 kN; Ry = 3,75 kN; RM = 46,21 kN; c) Rx = -4,67 kN; Ry = 3,75 kN; RM = 46,21 kN; d) e) Rx = 8,67 kN; Ry = -6,75 kN; RM = -26,21 kN; e) Rx = -8,67 kN; Ry = 6,75 kN; RM = 26,21 kN; 6. (UECE- 1018). Atribuir as vinculações de vigas em um projeto é de suma importância, visto que têm influência direta nos esforços, deslocamentos e na própria estabilidade global da edificação. Neste sentido, uma viga engastada é carregada conforme a figura apresentada a seguir. 17 Considerando-se o sistema convencionado para os sentidos dos esforços internos, é correto afirmar que os valores do esforço cortante e do momento fletor no ponto "A" da viga são, respectivamente: a) -3,0 kN e -2,25 kN.m. b) 2,25 kN e 3,0 kN.m. c) -2,25 kN e -3,0 kN.m. d) 3,0 kN e 2,25 kN.m. e) 6,0 kN e 4,25 kN.m. 7. O princípio dos trabalhos virtuais (PTV) permite ao engenheiro calcular uma única componente de deflexão a cada aplicação do método. Sobre estruturas, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. I. Esforço solicitante – Esforçosinternos que ocorrem nos elementos estruturais decorrentes do carregamento externo. II. O Princípio dos Trabalhos Virtuais estabelece uma relação entre os trabalhos virtuais das forças aplicadas e as deformações associadas a um sistema de equilíbrio. III. O princípio dos trabalhos virtuais afirma que, em um sistema mecânico de equilíbrio, o trabalho realizado pelas forças virtuais externas é igual ao trabalho das forças internas devido às deformações impostas ao sistema. a) I e II estão corretas b) I e III estão corretas c) I, II e III estão corretas d) Somente I está correta e) Somente III está correta 8. (Fundação Carlos Chagas- 2012). O uso de treliças em edificações, com as cargas aplicadas nos nós ideais, é um sistema construtivo composto de barras idealizado para resistir aos esforços solicitantes de: a) Tração e compressão. b) Tração e flexão. c) Compressão e flexão. d) Cisalhamento e torção. e) Torção e flexão. 18 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO QUESTÃO 1 A QUESTÃO 2 C QUESTÃO 3 D QUESTÃO 4 C QUESTÃO 5 E QUESTÃO 6 A QUESTÃO 7 C QUESTÃO 8 A 19 ADORNA, D. L. Estruturas. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book. ISBN 9788595022010. Disponível em: https://tinyurl.com/bdzzzs58. Acesso em: 26 out. 2023. ALMEIDA, M. C. F. Estruturas Isostáticas.1.ed., Oficina de Texto, 2009. CAMPANARI, F. A. Teoria das Estruturas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1985. V 1, 2, 3 e 4. CARNEIRO, F.; MARTINS, J. G. Análise de Estruturas: Contraventamento de Edifícios. Série Estruturas: 1ª edição, 2008. EDMUNGO, D. A.; GUIMARÃES, D; ROJAS, F. C.; et al. Teoria das estruturas. Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788595023550. 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