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ASPECTOS SANITÁRIOS RELACIONADOS À APRESENTAÇÃO DO LIXO URBANO PARA COLETA PÚBLICA

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ASPECTOS SANITÁRIOS RELACIONADOS À APRESENTAÇÃO DO LIXO 
URBANO PARA COLETA PÚBLICA 
 
 
João Paulo Alves dos Reis1 
 Osmar Mendes Ferreira2 
 
 
Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental 
Av. Universitária, Nº 1440 – Setor Universitário – Fone (62)3227-1351. 
CEP: 74605-010 – Goiânia - GO. 
 
 
 
 
Resumo 
A presente pesquisa tem por objetivo avaliar as conseqüências enfrentadas pela população 
circulante no ambiente urbano, em decorrência da inadequada forma de apresentação do lixo 
para o serviço de coleta. Trata-se de um estudo que se desenvolveu no campo teórico e prático 
possibilitando a investigação de questões sanitárias resultantes da apresentação do lixo 
domiciliar para a coleta pública. Desta forma foi possível avaliar a forma atual de 
acondicionamento do lixo, mostrando as facilidades de aparecimento de vetores transmissores 
de doenças, entupimento de galerias pluviais e impactos ambientais no solo, na água e no ar. 
A elaboração desta pesquisa nos permitiu ainda, propor uma série de medidas com o intuito 
de minimizar tais impactos ambientais urbanos. 
 
Palavras-chave: resíduos sólidos, acondicionamento, ambiente urbano, contaminação 
 
 
 
Abstract 
This research aims to assess the consequences faced by the people circulating in the urban 
environment as a result of inadequate procedure for making the garbage collection for the 
service. This is a study that has developed in the field enabling practical and theoretical 
research on health issues arising from the presentation of household garbage to collect public. 
Desta forma foi possível avaliar a forma atual de acondicionamento do lixo, mostrando as 
facilidades de aparecimento de vetores transmissores de doenças, entupimento de galerias 
pluviais e impactos ambientais no solo, na água e no ar. The establishment of this research has 
allowed us to still be proposing a series of measures aiming to minimize environmental 
impacts such cities. 
 
 
Key- words: Solid waste, packaging, urban environment, contamination 
 
 
Goiânia, dezembro de 2008 
 
1 Acadêmico do curso de Engº Ambiental da Universidade Católica de Goiás. (jaopaullo@hotmail.com) 
2 Orientador Profº Msc. Dep. Engª Universidade Católica de Goiás - UCG. (mendes_osmar@yahoo.com.br) 
 2
1 INTRODUÇÃO 
 
Durante a Idade Media a humanidade se viu diante de epidemias até então 
desconhecidas. Eram as chamadas pragas e pestes, que decorriam de problemas ligados à 
atividade humana. O esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas. As doenças 
apareciam e milhares de pessoas morriam, sendo vitimados reis, príncipes, senhores feudais, 
artesãos, servos, padres dentre outros. 
Nas pesquisas realizadas em sua tese de doutorado, Nascimento (2007) define 
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) com sendo um termo bastante amplo, abrangendo o estado 
sólido, semi-sólidos e até mesmo líquidos. Sabe-se que o acondicionamento do lixo pode 
servir como atração para diversos organismos capazes de transmitir inúmeras doenças 
atribuídas ao lixo, uma vês que os vetores utilizam o ambiente do lixo como abrigo, alimento 
e local ideal para sua reprodução. 
No Brasil, o lixo doméstico em sua maioria é acondicionado em sacolas plásticas 
procedente das compras. Essas sacolas podem não atender a resistência ideal para esse 
acondicionamento. Posteriormente o armazenamento temporário do lixo, passa a ser 
depositado em lixeiras individuais das residências, ou coletivas. Os excessos dos resíduos 
nessas lixeiras podem causar desagregação e rompimento das sacolas, podendo se espalhar 
para o ambiente. 
Já o armazenamento sob as calçadas, facilitam o aparecimento de pequenos e 
grandes vetores tais como: cães, gatos, ratos, moscas, etc. Agregando aos resíduos dos 
domicílios uma série temeridade ao meio, resultante destas formas de apresentação para a 
coleta pública, o que potencializa os riscos no ambiente urbano, nos aspectos químicos, 
físicos e biológicos. 
O apodrecimento do lixo gera um liquido escuro também conhecido como 
chorume. O chorume pode influir diretamente no solo ou ser carreado para os cursos d’água. 
O impacto produzido pelo chorume sobre o meio ambiente está diretamente relacionado com 
sua fase de decomposição. 
Assim, o correto manejo do lixo e seu acondicionamento em contededores 
apropriados para a quantidade e peso ideal, bem como a presença de lixeiras com 
características adequadas para o armazenamento temporário, protegida das ações do próprio 
ser humano e dos animais, são de suma importância para a coleta dos resíduos domésticos. 
Com essas ações tornam-se mínimas as possibilidades de possíveis conflitos ao Meio 
Ambiente. 
 3
Diante desta problemática, este estudo se justifica já que objetiva avaliar os riscos 
a que esta exposta a população circulante no ambiente urbano, resultantes da inadequada 
forma de apresentação dos resíduos residenciais, condominiais e atividades comerciais, em 
vias públicas para o serviço de coleta. 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Nesta pesquisa apresentamos uma revisão bibliográfica dos principais estudos 
associados ao tema, que abordam a problemática da apresentação do lixo domiciliar para 
coleta pública como: saneamento básico, resíduo sólido urbano, acondicionamento de lixo 
domestico, vetores transmissores de doenças, chorume, contaminação do solo e de 
mananciais. 
 A palavra lixo origina-se do latim lix, que significa cinzas ou lixívia, termo que 
foi substituído por resíduo (BIDONE e POVINELLI, 1999). Assim, o termo resíduo 
originado do latim residuu, que significa aquilo que sobra de qualquer substância, foi utilizado 
como termo técnico e o adjetivo sólido foi dado com o objetivo de diferenciar de outros tipos 
de resíduo, como líquidos e gasosos. (MARQUES e NETO, 2005). 
 O crescimento e a evolução da população, aliados à melhoria do poder aquisitivo 
e à forte industrialização ocorrida durante o século XX, vêm acarretando a geração de grandes 
volumes de resíduos sólidos das mais diversas naturezas. Sendo influenciada por fatores 
como: densidade populacional; grau de desenvolvimento econômico do local; hábitos de 
consumo, principalmente alimentício; variações sazonais e condições sociais (ILPES, 1999). 
 Para ACURIO et.al.(1998), a geração de resíduos sólidos domiciliares no Brasil é 
de cerca de 0,6 kg/hab/dia e mais 0,3 kg/hab/dia de resíduos de varrição, limpeza de 
logradouros e entulhos. Estudos da Japan International Coorporation Agency – JICA, na 
cidade da Guatemala e Assunción, entre 1992 e 1993, mostraram a seguinte relação: 
a) países de baixa renda produzem de 0,4 a 0,6 kg /hab /dia; 
b) países de média renda produzem entre 0,5 a 0,9 kg/hab/dia; 
c) países de alta renda produzem de 0,7 a 1,8 kg/hab/dia. 
 A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Saneamento Básico como o 
controle de todos os fatores do meio físico onde o homem habita e exercem ou podem exercer 
efeitos prejudiciais ao seu bem-estar físico, mental ou social. 
A LEI Nº 11.445 (BRASI, 2007) que estabelece diretrizes nacionais para o 
 4
saneamento básico; em seu Art. 3º define para os efeitos desta Lei, considera-se: 
 I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações 
operacionais de: 
 c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-
estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino 
final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias 
públicas; 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10.004 (ABNT, 
2004), Resíduos Sólidos são os “resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos,que resultam de 
atividade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de 
varrição”. Ficam incluídos nesta definição dos lodos provenientes de sistemas de tratamento 
de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como 
alguns líquidos que é inevitável o lançamento em redes públicas de esgoto ou corpos d’água”. 
 Resíduos Sólidos Urbanos Compreendem todos os resíduos sólidos gerados em 
um aglomerado urbano excetuados os resíduos de serviço de saúde, os resíduos indústrias 
perigosos e os resíduos de portos e aeroportos (ABRELP, 2003). 
 De acordo com a NBR 11174 (ABNT, 1990) que fixa as condições mínimas 
necessárias ao armazenamento de resíduos classes II , de forma a proteger a saúde pública e o 
meio ambiente. Estabelece que os resíduos devem ser armazenados de maneira a não 
possibilitar a alteração de sua classificação e de forma que sejam minimizados os riscos de 
danos ambientais, não podendo ser armazenado juntamente com os resíduos de Classe I . Já os 
recipientes podem ser: contêineres e/ou tambores, em tanques e a granel. 
 Ainda segundo a NBR 11174 (ABNT, 1990) o armazenamento de Resíduos de 
Classe II devem atender condições de controle da Poluição do Ar em que qualquer que seja a 
forma de armazenamento dos resíduos, medidas de controle de poluição das águas e do solo. 
Devendo propor um sistema retenção de sólidos, sistema de impermeabilização da base do 
local de armazenamento, em caso de armazenamento em recipientes como tanques e/ou 
tambores, devendo-se prever medidas para contenção de vazamentos acidentais. 
 A Resolução do Conselho Nacional do meio ambiente CONAMA 001 de 1986, 
estabelece que impacto ambiental é qualquer alteração nas propriedades, físicas, químicas e 
biológicas do meio ambiente, causado por qualquer forma de matérias ou energia resultantes 
das atividades humanas que. Direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem 
estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições sanitárias do 
meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais; 
 5
 A Lei Nº. 6938, de 31 de Agosto de 1981- que instituí a Política Nacional do 
Meio Ambiente define poluição ambiental como: degradação da qualidade ambiental 
resultante de atividades que direta ou indiretamente: 
 - prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
 - criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
 - afetem desfavoravelmente a biota; 
 - afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
 - lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos. 
 Para Rodrigues (1997) a quantidade de alimentos existente no lixo atrai 
numerosas diversidades de insetos e animais que estão a procura de comida, podem-se dividir 
em micro e macro vetores. Dentre os micro vetores destacam os insetos e os roedores. Os 
macro vetores são cães, gatos, aves, e o homem. 
 Com relação aos vetores mecânicos e biológicos os resíduos sólidos constituem 
uma fonte de alimento, água e abrigo para inúmeros vetores veiculadores de agentes 
etiológicos de reservatórios aos hospedeiros suscetíveis. PROSAB (2006). 
 A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) estipula o tempo de sobrevivência 
dos microorganismos nos resíduos sólidos conforme Quadro 1: 
 
Quadro1: Tempo de sobrevivência nos microrganismos patogênicos nos resíduos sólidos. 
Microrganismo Doenças Tempo de sobrevivência(dias) 
 Bactérias 
Salmonella typhi Febre tifóide 29-70 
Coliformes fecais Gastroenterites 35 
Leptospira Leptospirose 15-43 
Mycrobacterium tuberculosis Tuberculose 150-180 
Vibrio cholerae Cólera 01-13 
 Vírus 
Enterovírus Poliomielite 20-70 
 Helmintos 
Ascaris lumbricóides Ascaridiase 2.000-2.500 
Trichuris trichiura Trichiuríase 1800 
Larvas de ancilóstomos Ancilostomose 35 
 Protozoários 
Entamoeba Amebiase 8-12 
Fonte: FUNASA (2004) 
 
As doenças relacionadas ao lixo e que são transmitidas por vários macro vetores segundo a 
FUNASA são: 
 6
 
Quadro 2: Enfermidades relacionadas aos resíduos sólidos, transmitidos por macro vetores 
Vetores Formas de Transmissão Enfermidades 
Rato e Pulga Mordida,urina,fezes e picada 
Leptospirose, peste bubônica, tifo 
murino 
Mosca Asas, patas, corpo, fezes e saliva 
Febre tifóide, cólera, amebíase, 
disenteria,giardíase, ascaridíase 
Mosquito Picada 
Malária, febre amarela, dengue e 
leishimaniose 
Barata Asas, patas, corpo e fezes Febre tifóide, cólera, giardíase 
Gado e porco Ingestão de carne contaminada Teníase, cictcercose 
Cão e gato Urina e fezes Toxoplasmose 
Fonte: FUNASA (2004) 
 
 
 O Decreto 9287 de 23 de Abril de 1990 que aprova os regulamentos de Limpeza 
Urbana e de Controle de Vetores no Município do Rio de Janeiro em seu Art. 1° Parágrafo 
estabelece que o lixo domiciliar, quando colocado no logradouro público deve com vistas à 
sua coleta, permanece sob responsabilidade do usuário até que a COMLURB o colete, sendo 
proibida a catação ou extração por terceiros, de qualquer parte do seu conteúdo 
 O envio do lixo para tratamento e disposição final ocorre em duas diferentes 
etapas sendo a primeira de responsabilidade do gerador, que compreende coleta interna, 
acondicionamento e armazenamento, ainda segundo o mesmo autor sendo a primeira etapa de 
responsabilidade do usuário cabe administração municipal exercer as funções de 
regulamentação, educação e fiscalização visando a segurar as condições sanitárias e 
operacionais adequadas. 
Para o Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas (CPU 1991) o problema de limpeza 
urbana começa nas residências onde é possível definir a forma correta do acondicionamento 
mais impossível realizar a sua padronização uma vez que a atribuição é total do usuário. 
Assim a educação é a única forma de conscientizar a população dos riscos e 
conseqüentemente tenta tentar diminuir os resíduos e acondicioná-los com menos risco. 
 BARROS et.al. (1995), estabelece que o acondicionamento dos resíduos, nas 
fontes geradoras, deve ser previsto por meio de normas específicas da prefeitura. O ideal é 
que ele seja padronizado, funcional e higiênico; tenha tampas e alças laterais; tenha 
capacidade de carga em torno de 20 kg, e formato que facilite seu esvaziamento. 
 Fonseca (2001), define que o acondicionamento do lixo é um dos sérios 
problemas de limpeza pública que começa dentro das residências, sendo tarefa da limpeza 
 7
urbana promover a educação da população no sentido de acondicionar adequadamente seu 
lixo e atender os seguintes requisitos: 
 - ter condições sanitárias preconizadas; 
 - ser estético, não provocar repulsão ou rejeição e ser bonito; 
 - ter a capacidade de atendimento, em termos de volume, entre duas coletas; 
 - permitir uma coleta rápida, contribuindo para o aumento da produtividade do 
trabalho; 
 - garantir uma manipulação segura por parte da guarnição: 
 Ainda segundo FONSECA (2001) os tipos de recipientes devem ser 
dimensionados a partir de tais fatores: 
 - as características do lixo; 
 - a freqüência da coleta; 
 - o tipo de edificação por área; 
 - o custo recipiente; 
 - considerar se é recipiente com retorno ou sem retorno. 
 Existem três diferentes tipos de recipientes que podem ser fixos, com retorno 
devolvidos pelo coletor após os esvaziamento e os sem retornos, que são colocados no 
caminhão juntamente com os resíduos contidos no mesmo, onde devem conter espessuraadequada para o não rompimento durante o transporte (Zveibil, 1991). 
 CPU (1991) define que os sacos plásticos são ideais para o acondicionamento do 
ponto de vista sanitário e de agilizar o processo de coleta, mas os sacos plásticos podem 
apresentar aspectos desfavoráveis como: fragilidade em relação a materiais cortantes ou 
perfurantes; preço elevado dos sacos considerados ideais. 
 Em relação à biodegradabilidade, os resíduos sólidos podem ser classificados em 
(BIDONE e POVINELLI, 1999): 
 a) facilmente degradáveis: é o caso da matéria orgânica presente nos resíduos 
sólidos de origem urbana; 
 b) moderadamente degradáveis: são papéis, papelão e material celulósico; 
 c) dificilmente degradáveis: são os pedaços de panos, retalhos, aparas e serragens 
de couro,borracha e madeira; 
 d) não degradáveis: os vidros, metais, plásticos, pedras, terra, entre outros. 
 
 Para SERAFIM (2001), define chorume como é um líquido escuro gerado pela 
degradação dos resíduos em aterros sanitários. Ainda segundo o mesmo autor o chorume é o 
 8
originário de três diferentes fontes: 
 - da umidade natural do lixo, aumentando no período chuvoso; 
 - da água constituída a matéria orgânica, que escorre durante o processo de 
decomposição; 
 - das bactérias existentes no lixo, que expelem enzimas, enzimas essas que 
dissolvem a matéria orgânica com forma o de liquido. 
 Para Zveibil (1991) o lixo em seu aspecto sanitário por trazer problemas físicos 
sendo o caso do lixo acumulado às margens de cursos d’água, canais e encostas, pode 
provocar seu assoreamento e o deslizamento de tais encostas. Já no que se refere aos agentes 
biológicos quanto ao mau acondicionamento do lixo ou quanto a serem depositado a céu 
aberto, constitui-se em foco de proliferação de vetores transmissores de doença. 
E o impacto ambiental do lixo é mais sentido sobre o aspecto da poluição, no solo 
na água e no ar. A poluição atmosférica pode ser entendida como tudo o que não tem odor 
objetável, os poluentes atmosféricos segundo (CRUZ 1979) tem diferentes origens natural, 
pelos transportes, fenômenos de combustão e os gerados pela indústria. Sendo o Odor uma 
fonte natural. 
Ainda segundo ZVEIBIL (1991) quanto aos agentes químicos à poluição 
atmosférica pode ser causada pela queima de lixo a céu aberto e a contaminação de lençóis 
d’água por substâncias químicas presentes na massa de resíduos. O mau acondicionamento do 
lixo pode causar ainda problemas com os aspectos estéticos e ao bem estar (poluição visual) 
sendo a exposição indevida do lixo geradora de incômodos a população tanto pelo odor 
quanto pela poluição visual. 
MOTA 2003 define que o homem causa poluição ambiental pelo lançamento de 
resíduos de seu próprio processo biológico (dejetos), ou resultante de suas atividades, nas 
fases sólidas, liquidas ou de energia. Lançar esses resíduos no solo, na água ou no ar pode 
provocar alterações que podem ser prejudiciais ao meio. 
O lançamento de resíduos sólidos, no solo pode resultar em vários problemas: 
- aspecto estético desagradável. Desfiguração da paisagem; 
- produção de maus odores; 
- proliferação de insetos e roedores, transmissores de doenças; 
- presença de catadores, gerando um problema social e de saúde pública; 
- poluição da água, pelo carregamento de detritos para a mesma ou através do 
chorume; 
- produção de gases, principalmente o metano, que é explosivo, como resultado da 
 9
decomposição anaeróbia dos resíduos; 
- poluição do ar se houver a queima de lixo; 
Monteiro (2001) estabelece que os principais motivos sanitários para que as ruas 
sejam mantidas limpas são: 
- prevenir doenças resultantes da proliferação de vetores em depósitos de lixo nas 
ruas ou em terrenos baldios; 
- evitar danos à saúde resultantes de poeira em contato com os olhos, ouvidos, 
nariz e garganta; 
Ainda, segundo este mesmo autor, a limpeza das ruas é de interesse comunitário e 
deve ser tratada priorizando-se o aspecto coletivo em relação ao individual, respeitando os 
anseios da maioria dos cidadãos. Uma vez que uma cidade limpa propicia um orgulho aos 
seus habitantes, atraindo diversos benefícios para a população. 
No que se refere à importância de se manter as ruas limpas em razões de 
segurança Monteiro (2001) destaca os seguintes aspectos: 
- prevenir danos a veículos, causados por impedimentos ao tráfego, como galhadas 
e objetos cortantes; 
- promover a segurança do tráfego, pois a poeira e a terra podem causar 
derrapagens de veículos, assim como folhas e capins secos podem causar 
incêndios; 
- evitar o entupimento do sistema de drenagem de águas pluviais. 
 
 
 
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 A execução deste trabalho se deu a partir de pesquisas e informações feitas por 
meio de uma revisão bibliográfica tendo como fonte de consulta livros didáticos, publicações 
em artigos científicos, teses e dissertações acadêmicas, legislações, revistas, jornais e bem 
como em sites específicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. 
Em um segundo momento, foram realizadas visitas de campo a diversas áreas da 
cidade de Anápolis-GO, que visavam a identificação de situações críticas da apresentação do 
lixo para coleta. Frente a tais situações, eram realizados também registros de imagens para a 
 10 
elaboração do diagnóstico e sua influência direta com sociedade. 
Para o objetivo proposto no trabalho, considerou-se potencialmente a temeridade 
de contaminação do ambiente pela forma de apresentação do lixo para coleta em médio e alto 
risco. 
Tendo em vista que os objetivos da pesquisa foram determinados procurando-se 
analisar os riscos à população circulante no ambiente urbano, resultantes da inadequada forma 
de apresentação dos resíduos residenciais, condominiais e atividades comerciais, em via 
pública para o serviço de coleta, foram realizadas entrevistas com moradores e comerciantes a 
cerca dessas questões, permitindo ao entrevistado manifestar suas opiniões e argumentos 
sobre o tema discutido. 
Não foi seguida uma metodologia padrão para a elaboração do formulário desta 
pesquisa, porém as seguintes etapas foram previstas: 
O formulário elaborado para a pesquisa deste trabalho inicia-se com as questões 
mais simples, passando gradativamente para as questões classificadas como de maior 
complexidade e mais especificamente ligadas ao tema do trabalho, composto por quinze 
questões, permitindo uma interpretação objetiva; 
A primeira pergunta da pesquisa objetiva prende-se ao período que o entrevistado 
reside atualmente. Posteriormente o morador é abordado quanto ao flagrante de micro e 
macro vetores em seu lixo. Na parte social o questionário solicita quanto a uma possível 
separação do lixo nas residências, se a população tem conhecimento que o lixo domiciliar é 
uma fonte de contaminação do ser humano, se seria de interesse da população participar de 
um programa de educação visando à melhoria da forma de apresentação do seu lixo para 
coleta pública e a forma de disposição do lixo no município do estudo. Quanto à limpeza 
publica as questões abrangem a quantidade de vezes que é realizada a coleta em sua 
residência e a freqüência da varrição das vias públicas nesse setor. A forma de 
acondicionamento e armazenamento é examinada quanto ao tipo de saco utilizado para o 
acondicionamento, em que tipo de local é utilizado para armazenar o lixo e se o seu recipiente 
para armazenamento seria suficiente para armazenamento temporário. Já os riscos de 
acondicionamento e armazenamento questiona se houve degradação do lixo e a ruptura do 
saco no qual o mesmo estava acondicionado.As pessoas entrevistadas têm um perfil cultural de nível diversificado sendo 50% 
dos moradores residentes em setor de classe média-alta e o restante de classe baixa. 
 11 
Visando atender esse objetivo foi realizado um estudo descritivo-exploratório 
através de pesquisas em livros, revistas, artigos e assuntos sobre o tema. Também registramos 
fatos importantes para essa análise, complementada com entrevistas com moradores de áreas 
diretamente influenciada. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
De acordo com o Art. 30 da Constituição Federal, cabe à administração municipal 
a responsabilidade pela gestão dos serviços de interesse local, como a coleta e destino final 
adequado de todo lixo gerado no município. A prefeitura é responsável pela coleta, destino 
final, controle e fiscalização do lixo domiciliar, comercial e público. O lixo especial – como, 
por exemplo, o gerado em hospitais e nas indústrias – e o entulho da construção civil, poderão 
ser de co-responsabilidade da prefeitura e da fonte geradora, dependendo da legislação local, 
sendo da competência da prefeitura o controle e a fiscalização desses serviços. 
Para apresentar o lixo à coleta pública regular, devem-se observar os 
regulamentos estabelecidos no código de posturas do município, atendendo as condições de 
acondicionamento em contenedores como: sacos plásticos com volumes inferiores a 100 
(cem) litros ou a 50 (cinqüenta) quilos. 
O acondicionamento do lixo em vasilhame deve ser dotado de tampa, 
confeccionado em material resistente e com formato que permita fácil limpeza. O recipiente 
deverá ter capacidade para armazenar o lixo produzido entre uma coleta e outra. Compete à 
administração municipal orientar a população e incentivar o uso adequado de recipientes para 
o acondicionamento do lixo, sendo os mais comuns: 
Para o lixo domiciliar - recipiente com tampa - sacos plásticos fechados de modo 
a evitar a exposição ou recipientes metálicos, plásticos ou em pneus usados, com tampa; 
Para o lixo comercial - sacos plásticos, sacos de ráfia, tambores de 200 litros, 
com identificação ou caçambas estacionárias; 
Para o lixo industrial - não perigoso – contêineres/caçambas - perigoso – 
recipientes especiais; 
Para o lixo de serviços de saúde - sacos plásticos brancos especiais. 
A Tabela 1 mostra o diagnóstico realizado para a avaliação da participação da 
população na forma de apresentação dos resíduos residenciais, condominiais e atividades 
 12 
comerciais, em via pública para o serviço de coleta 
Tabela 1: Indicadores avaliados na pesquisa 
Indicadores Fatores 
Nº de 
respostas 
Total de 
respostas 
(%) 
Período que reside neste endereço 
< 1 ano 8 
100 
8 
1 < 5< anos 21 21 
> 5 anos 71 71 
Presenciou catadores de lixo na rua 
Sim 87 
100 
87 
Não 13 13 
Participa de programa de separação 
do lixo na sua casa para coleta 
seletiva 
Sim 17 
100 
17 
Não 83 83 
Qual tipo de contenedor você utiliza 
para acondicionamento do seu lixo 
para dispor à coleta pública 
Sacolas de supermercados 69 
100 
69 
Sacos próprios para lixo 28 28 
Outros 3 3 
Quais tipos de animais você já 
observou em sua lixeira 
Cães 50 
100 
50 
Gatos 37 37 
Insetos (baratas,moscas) 63 63 
Homem 44 44 
Outros 6 6 
Alguma vez ocorreu a ruptura do 
contenedor em que seu lixo estava 
acondicionado para a coleta pública 
Sim 89 
100 
89 
Não 11 11 
Quantas vezes por semana a coleta 
municipal passa na sua região 
1 vez 7 
100 
7 
2 vezes 12 12 
3 vezes 32 32 
4 vezes 4 4 
5 vezes 5 5 
6 vezes 40 40 
Quanto tempo antes da coleta você 
coloca seu lixo para coleta pública 
Menos que 1 hora 18 
100 
18 
2 horas 29 29 
3 horas 41 41 
mais que 4 horas 12 12 
Qual local que você armazena seu 
lixo de sua residência para a coleta 
pública 
Lixeira própria 61 
100 
61 
Sobre a calçada 26 26 
Lixeira coletiva 13 13 
Sua lixeira é suficiente para 
armazenar todo seu lixo 
Sim 68 
74 
68 
Não 6 6 
Tem conhecimento que o lixo 
domiciliar é um fonte de 
contaminação do ser humano, 
quando não recebe acondicionamento 
e destinação final adequada 
Sim 92 
100 
92 
Não 8 8 
Já observou a degradação de seu lixo 
no contenedor causando aspecto 
desagradável no local, pela liberação 
de líquidos e odor desagradável, 
atraindo vetores 
Sim 81 
100 
81 
Não 19 19 
Você participaria de programa de 
educação ambiental, visando à 
melhoria da forma de apresentação 
Sim 63 
100 
63 
Não 37 37 
 13 
Indicadores Fatores 
Nº de 
respostas 
Total de 
respostas 
(%) 
de seu lixo para a coleta pública 
Tem conhecimento da forma em que 
é feita à disposição final do lixo 
urbano de seu município 
Sim 41 
100 
41 
Não 59 59 
Qual a freqüência da varrição das 
vias públicas nesse setor 
Uma vês por dia 12 12 
Duas vezes por dia 0 
100 
0 
Três vezes por dia 9 9 
Quatro vezes por dia 0 0 
Dias alternados 3 3 
Uma vez por semana 25 25 
Duas vezes por semana 0 0 
Três vezes por semana 0 0 
Irregular 22 22 
Não realiza este serviço. 28 28 
 Total 100 
 
 
Na Figura 1 pode-se observar em relação ao tempo de residência dos participantes 
nesse diagnóstico que 71% reside a mais de cinco anos na localidade (a) e que 83 % desses 
não participam de programa de separação do lixo na sua casa para coleta seletiva (b). A 
observação dessas pessoas demonstra que 87 % notam a presença de catadores de lixo nas 
vias públicas. 
 
Figura 1: Mostra o censo de observação das pessoas em relação a gestão dos RSU 
 
Na Figura 2 é possível evidenciar a preferência da população em acondicionar seu 
lixo em sacolas de supermercados 69% (d) e os diferentes tipos de vetores que normalmente é 
observado pelos moradores, nos locais de apresentação de seu lixo para a coleta pública, 
sendo predominante a presença de insetos e cães com 32% e 25% respectivamente (e). 
P art ic ipa de pro grama de 
separação do lixo na sua casa 
para co leta selet iva?
17%
83%
Sim Não 
P resencio u catado res de lixo 
na rua?
87%
13%
Sim Não 
 14 
Figura 2: Mostra a preferência para acondicionar o lixo e observação da presença de vetores 
 
 
A Figura 3 revela que a maior parte da população abordada, cerca de 89% , 
já presenciou a ruptura do contenedor do seu lixo (f). Em duas regiões distintas do município 
os moradores responderam em qual freqüência é realizada a coleta do lixo em sua região(g). 
 
Figura 3: Mostra a observação dos moradores no aspecto do seu lixo e do serviço municipal. 
 
 
Na Figura 4 ficou demonstrado que as pessoas tem conhecimento da freqüência 
em que é realizada a coleta de seu lixo. Nessa observação, destaca-se o fato de que 41% 
apresenta seu lixo 3 horas antes da rota do caminhão coletor passar para a coleta e que 29% 2 
horas antes, 18% período inferior a 1 hora e a minoria com 12% armazena o lixo em um 
período superior a 4 horas (h) e que 61 % dos abordados possuem lixeira própria para 
armazenamento temporário do lixo (i). 
Qual t ipo de co ntenedo r vo cê ut iliza para 
acondic ionamento do seu lixo para dispo r à 
co leta pública?
69%
28%
3%
Sacolas de supermercados Sacos próprios para lixo Outros
Quais t ipo s de animais vo cê já observou em 
sua lixe ira?
25%
19%
32%
22%
3%
Cães Gatos Insetos Homem Outros
Quantas vezes po r semana a co leta munic ipal 
passa na sua região?
7%
12%
32%
4%5%
40%
1 vez 2 vezes 3 vezes 4 vezes 5 vezes 6 vezes
A lguma vez o co rreu a ruptura do 
contenedo r em que seu lixo estava 
acondic io nado para a co leta 
pública?89%
11%
Sim Não 
 15 
Figura 4: Identifica o tempo de apresentação e local de apresentação do lixo para coleta 
 
 
Na Figura 5 o diagnóstico mostrou que a grande maioria (92%) dos entrevistados, 
possui consciência que o lixo domiciliar é uma fonte de proliferação de vetores que podem 
transmitir doenças a seus familiares (l) e que a maior parte acredita ser suficiente o tamanho 
da lixeira para acondicionamento de seu lixo, sendo ela individual ou coletiva(j). 
 
 Figura 5: Define a tamanho da suficiência do espaço e os riscos expostos na área de acondicionamento do 
lixo para a coleta pública 
 
 
A Figura 6 demonstrou que 81% das respostas dadas na entrevista, as pessoas já 
presenciaram a degradação do seu lixo nos contenedores, causando aspecto desagradável (m). 
Uma parte significativa 63% informou que participariam de programa de educação ambiental 
buscando uma melhor forma de segregação, acondicionamento e armazenamento de seu lixo 
(n). Também ficou demonstrado que 60% das pessoas, não tem conhecimento da forma em 
que é feita a disposição final do lixo pelo município, nesse estudo (o). 
 
Quanto tempo antes da co leta vo cê co lo ca seu 
lixo para co leta pública?
18%
29%41%
12%
Menos que 1 hora 2 horas 3 horas mais que 4 horas
Qual lo ca l que vo cê armazena seu lixo 
domiciliar para a co leta pública?
61%
26%
13%
Lixeira própria Sobre a calçada Lixeira coletiva
Sua lixeira é sufic iente para 
armazenar to do seu lixo ?
92%
8%
Sim Não 
Tem conhecimento que o lixo domiciliar é um fonte 
de contaminação do ser humano, quando não recebe 
acondicionamento e destinação final adequada?
92%
8%
Sim Não
 16 
Figura 6: Observação do aspecto desagradável de disposição do lixo, disponibilidade em ser um colaborador em 
 programa de educação ambiental e o desconhecimento da destinação dada ao lixo urbano 
 
 
A Figura 7 mostra a variedade do serviço de limpeza de logradouros públicos nos 
ambientes dessa pesquisa. 
 
Figura 7: Freqüência da varrição das vias publicas observado pelos cidadãos 
 
A Figura 8 apresenta uma situação de dimensionamento de lixeira que não atende 
as exigências ideais para armazenamento temporário e ação direta catador de lixo (p), a 
apresentação do lixo em horário impróprio, acondicionamento em sacolas inadequadas e o 
armazenamento em um logradouro público causando aspecto visual negativo ao ambiente. 
Qual a f reqüência da varrição das vias públicas nesse seto r?
12%
0%
9%
0%3%
25%
0%
0%
22%
28%
Uma vês por dia Duas vezes por dia Três vezes por dia
Quatro vezes por dia Dias alternados Uma vez por semana
Duas vezes por semana Três vezes por semana Irregular
Não realiza este serviço. 
T em co nhecimento da fo rma 
em que é fe ita à dispo sição 
f ina l do lixo urbano de seu 
munic í pio?
41%
59%
Sim Não 
Já observou a degradação de seu lixo no contenedor 
causando aspecto desagradável no local, pela 
liberação de líquidos e odor desagradável, atraindo 
vetores?
81%
19%
Sim Não
Você participaria de programa de educação 
ambiental, visando à melhoria da forma de 
apresentação de seu lixo para a coleta pública?
63%
37%
Sim Não 
 17 
Figura 8: Mostra o aspecto do lixo transbordando e apresentação para a coleta pública (p). Lixo espalhado 
pela via pública, resultado do acondicionamento e apresentação em horário inadequado (q) 
 
 
Na Figura 9 temos um acumulo de lixo no entroncamento entre ruas onde a coleta 
é realizada somente duas vezes por semana em cada sentido (vertical e horizontal) este 
acumulo ocorre em um período superior a quatro horas, facilitando a ação de vetores, 
impedido a circulação adequada de veículos (r), um coletor localizado junta a passagem de 
pedestres e apresentando facilidade para o rompimento (s). 
 
Figura 9: Mostra o aspecto de sujeira deixada no local de apresentação do lixo para coleta (r). Mostra um 
coletor disposto em área de circulação de pedestres em via pública (s) 
 
5 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES 
A pesquisa mostrou ser uma ferramenta eficaz na tomada de decisões, pois 
permite retratar o cenário atual, além de testar e analisar novos projetos. Podendo analisar 
quais são os maiores impactos atuais e propor medidas para minimizá-los. 
 18 
O acondicionamento e o armazenamento inadequado do lixo doméstico 
promovem o surgimento de impactos ambientais negativos. Quando os lixos são apresentados 
para a coleta pública nas calçadas e lixeiras, macro vetores como cães, gatos e o homem, os 
micro vetores como insetos e roedores, ao mexer nos detritos podem adquirir e transmitir 
doenças á população através de contato com os mesmos. Os macro vetores podem também 
espalhar estes resíduos para o ambiente, obstruindo a drenagem urbana e conseqüentemente 
causar pontos de alagamento e enchentes. Nestas enchentes, os dejetos carregados vão para os 
cursos d’água, contaminando-os. Além disso tem-se também o aspecto visual negativo 
causado pela poluição e sujeiras espalhadas pela cidade. 
De acordo com a pesquisa, cerca de 82% da população já presenciou a degradação 
do seu lixo causando aspecto desagradável no local, pela liberação de líquidos e odor, sendo 
este último, uma forma de poluição atmosférica. Ocorre ainda a liberação do líquido, 
conhecido como chorume, com conseqüência a contaminação do solo e mananciais. Além 
disso, tem-se também o aspecto visual negativo causado pela poluição e sujeiras espalhadas 
pela cidades. Estes aspectos podem ser causados pelo período extenso em que o lixo é 
apresentado, falhas no serviço de limpeza pública, como ausência de varrição de logradouro 
público, quantidade reduzida de coleta, ausência de lixeiras e também um dimensionamento 
equivocado das mesmas. 
Os “catadores” de lixo atuam de forma precária sem equipamentos de segurança, 
com risco diário de contaminação, transmissão de doenças e até acidentes. A população deve 
ser instruída no sentido de segregar melhor o seu lixo e acondicionar em contenedores ideais, 
posteriormente os resíduos passíveis de reciclagem devem ser levados até os postos de entrega 
voluntária, onde os catadores podem organizar-se em cooperativas, tendo assim um trabalho 
mais digno e seguro. 
Deve-se levar a todos os níveis da sociedade a importância de apresentar o lixo de 
forma ideal para coleta pública, através da educação ambiental, uma vez que este é um 
problemas que atinge todas as camadas sociais. 
Ao poder público cabe a disponibilização de recursos para pesquisas visando à 
minimização dos impactos ambientais no ambiente. Torna-se ainda necessário legislar sobre a 
temerariedade de doenças que podem ser causadas pelo lixo no ambiente, pela forma de 
apresentação para coleta e quanto a responsabilidade do mesmo, considerando o período ideal 
para apresentação do lixo, tipos de contenedores ideais para este fim e lixeiras apropriadas. 
É também função do poder público fiscalizar a população quanto a sua 
responsabilidade frente ao problema do lixo bem como a empresa responsável pelo serviço 
municipal de limpeza pública, fornecendo incentivos para aquisição e substituição de lixeiras. 
 19 
 
REFERÊNCIAS 
 
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II -não inertes e III – inertes – classificação.Rio de Janeiro de, 1990 
 
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2007. 
 
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Urbana.João Pessoa: JRC Gráfica e Editora. 2º edição, 2001. 
 
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MONTEIRO, Jose Henrique Penido. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos 
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MOTA, Suetônio. Introdução à Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES, 2003. 
 
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São Carlos: UFSCAR.2007. 160p Tese (Doutorado). 
 
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Ênfase na Proteção dos Corpos D’Água. Florianópolis,2006. 
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SERAFIM ALINE CAMILLO et al. Chorume, Impactos, Ambientais e Possibilidades de 
Tratamento. Limeira - SP 
 
RIO DE JANEIRO.Regulamentos de Limpeza Urbana e de Controle de Vetores do Município 
do Rio de Janeiro DECRETO nº 9287 de 23 de Abril de 1990 
 
RODRIGUES, Francisco Luiz, CAVINATTO Vila Maria. Lixo, De onde vem? Pra onde vai. 
São Paulo: Editora Moderna, 1997. 
 
SÃO PAULO (estado) Secretaria de Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental. 
Guia Pedagógico do lixo: São Paulo: PANAMCO,1998. 
 
 
	Resumo
	A presente pesquisa tem por objetivo avaliar as conseqüências enfrentadas pela população circulante no ambiente urbano, em dec
	4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

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