Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Dobras
Apresentação
Dobras, na Geologia, podem ser uma ondulação ou marcas semelhantes a ondas deixadas em 
rochas estratificadas da crosta terrestre. As rochas estratificadas foram originalmente formadas a 
partir de sedimentos depositados em camadas horizontais planas em vários locais. Os estratos não 
são mais originalmente horizontais, mas foram deformados.
Às vezes, o dobramento é tão suave que a inclinação dos estratos é quase imperceptível, ou o 
dobramento pode ser tão pronunciado que os estratos dos dois flancos podem ser essencialmente 
paralelos ou quase planos. As dobras variam muito em tamanho, algumas têm vários quilômetros ou 
mesmo centenas de quilômetros e outras medem apenas alguns centímetros ou menos. As cristas e 
os vales das grandes dobras são geralmente erodidos na superfície da Terra, expondo as seções 
transversais dos estratos inclinados.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender o que são dobras geológicas e seus 
principais elementos. Também irá determinar os tipos de dobras existentes, além de compreender 
os mecanismos e os processos que estão relacionados aos dobramentos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir dobras e seus elementos.•
Determinar a classificação de dobras.•
Identificar os mecanismos e os processos de dobramento.•
Desafio
As dobras parasíticas, também conhecidas como dobras menores ou dobras por arraste, são 
normalmente geradas em camadas incompetentes, como resultado de um cisalhamento simples ao 
longo dos flancos das dobras maiores, o que causa o dobramento das rochas. Apresenta seu eixo 
orientado paralelamente ao eixo da dobra principal e está localizado nos flancos do leste.
 
A partir do contexto apresentado, uma empresa de engenharia o contratou para que seja possível 
identificar, por meio do perfil apresentado na imagem, se haveria a possibilidade da ocorrência de 
camadas dobradas no perfil em questão, dada a configuração atual (pós processo erosivo). A grande 
preocupação é justamente com a alternância entre camadas competentes e camadas 
incompetentes, o que poderia condicionar o projeto. Dessa forma, é necessário que você 
reconstrua a configuração original (pré-erosão), identificando possíveis anticlinais (letra A) e 
sinclinais (letra B).
Infográfico
As dobras são estruturas secundárias que podem ser caracterizadas pela orientação e pela posição 
da linha da dobradiça e do plano axial, pela inclinação do plano da dobradiça e da dobradiça da linha 
da dobradiça, pelo ângulo entre seus flancos, etc. Além disso, as dobras podem ser muito 
importantes como armadilhas estruturais para reservatórios de petróleo.
Veja, no Infográfico a seguir, um pouco mais sobre a importância das dobras e os principais 
elementos que as compõem.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ab2185dd-73ee-4644-b1c0-dcd6e101ef0a/6803036e-6420-40c2-81bd-a0bf0423aeb6.png
Conteúdo do livro
Rochas dúcteis se comportam plasticamente e se dobram em resposta à tensão (estresse). Mesmo 
na crosta rasa, em que as rochas são frias e relativamente quebradiças, o dobramento pode ocorrer 
se o estresse for lento e constante e se der à rocha tempo suficiente para dobrar gradualmente. Se 
o estresse for aplicado muito rapidamente, as rochas na crosta rasa se comportarão como sólidos 
quebradiços e quebrarão. Mais fundo na crosta, em que as rochas são mais dúcteis, a dobra ocorre 
mais facilmente, mesmo quando o estresse e a tensão ocorrem rapidamente.
Na obraGeologia estrutural, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo Dobras e 
conheça os conceitos importantes sobre as dobras e seus principais elementos, além dos principais 
tipos e mecanismos de deformação associados.
Boa leitura.
GEOLOGIA 
ESTRUTURAL 
Márcio Fernandes Leão 
Dobras
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir dobras e os seus elementos.
  Determinar a classificação de dobras.
  Identificar os mecanismos e processos de dobramento.
Introdução
Dobra é a estrutura secundária produzida quando uma superfície origi-
nalmente plana é inclinada ou curvada em razão de deformação dúctil 
heterogênea, originada por tensões compressivas, que se manifesta 
como uma ou várias ondulações de seus elementos originais. Quando 
isso ocorre, as rochas sofrem uma modificação em sua geometria, re-
conhecida por uma característica retilínea linear, antes da deformação. 
A característica anterior mais comum é a estratificação. 
Neste capítulo, você vai estudar sobre o conceito de dobras geo-
lógicas e os elementos que as compõem. Para isso, verá a definição 
dessas estruturas, além de determinar sua classificação. Além disso, 
poderá identificar os mecanismos e os processos envolvidos nos 
dobramentos.
1 Dobras e seus elementos
Dobras são ondulações ou convexidades e concavidades existentes em cor-
pos rochosos originalmente planos. Tais estruturas são mais bem verifi cadas 
em rochas sedimentares, mas podem ocorrer em qualquer outro litotipo 
que possua acamamento ou foliação, como dunitos, gabros, serpentinitos, 
granitos, etc. O dobramento exibe dimensões variadas, algumas são mili-
métricas, enquanto outras são observáveis apenas ao microscópio. As que 
podem ser observadas com mais facilidade, ou seja, as que têm escala de 
afl oramento, são centimétricas a métricas. Já as dobras regionais, podem 
chegar a muitos quilômetros de extensão. Existem dobras tão gigantescas 
que só podem ser vistas de forma global, por meio de recursos como imagens 
de satélites ou radares, muitas delas são conhecidas por atingirem caráter 
continental (MATTAUER, 1973).
A posição de uma camada no terreno é definida por meio de duas medidas, 
feitas com a bússola, que constituem as coordenadas geológicas (ou atitude 
ou parâmetros geológicos) da camada que se compõem de dois elementos: a 
direção (strike) e o mergulho (dip). A direção de uma camada é a orientação 
em relação ao norte de uma linha resultante da interseção da superfície ou plano 
da camada com um plano horizontal imaginário. Define-se também como a 
orientação segundo o norte de uma linha horizontal contida na superfície ou no 
plano da camada; é, portanto o ângulo entre a direção do norte e de uma linha 
horizontal situada na superfície da camada, ou seja, o azimute dessa horizontal. 
O mergulho de uma camada é o ângulo diedro entre o plano da camada com o 
clinômetro da bússola em um plano vertical imaginário perpendicular à direção 
da camada.
Uma superfície dobrada pode ter uma grande variedade de formas, 
incluindo a geometria de uma superfície que pode ser muito difícil de 
descrever, especialmente quando as dobras são o resultado de duas fases 
de deformação. Muitas das dobras formadas na natureza se aproximam de 
formas cilíndricas, ou seja, superfícies curviplanares ou dobras cilíndricas 
(Figura 1).
Dobras2
Figura 1. Exemplo de dobra cilíndrica. 
Fonte: Adaptada de Rubilar (1999).
Para que as dobras sejam analisadas, é necessário observá-las em três dimensões 
e conhecer seus elementos geométricos. Para isso, o profissional examina uma das 
inúmeras superfícies dobradas da rocha deformada. Em geral, a superfície exposta 
é interestratal (entre estratos de uma mesma rocha) ou é parte de uma superfície de 
contato de rochas divergentes. As dobras também possuem elementos e caracte-
rísticas importantes que as definem, como os seguintes (Figura 2) (PARK, 1997). 
  Flanco ou limbo: superfície de um dos lados da dobra, cada dobra tem 
dois flancos.
  Crista: ponto mais alto da superfície dobrada.
  Vale: ponto mais baixo da superfície dobrada.
  Ponto de charneira: ponto de curvatura máxima da dobra, visto na 
seção transversal.
  Linha de charneira: linha que une os pontos de curvatura máxima de 
uma dobra e passa pelos pontos de charneira.
 Superfície ou plano de charneira (plano axial): superfície que contém 
as linhas de charneira de uma dobra no mesmo plano estrutural.
  Longitude de onda: distância horizontal entre crista e a crista em um 
antiforme ou entre vale e o vale em um sinforme, sempre considerando 
dobras contínuas. É uma medida do tamanho da dobra.
  Comprimento de onda: distância entre o ponto de inflexão e a crista de 
um antiforme ou o ponto de inflexão e o vale de um sinforme.
3Dobras
  Ângulo interflancos: ângulo menor que se forma entre os flancos de 
uma dobra.
  Eixo: linha que gera uma dobra (geratriz). Em um mapa, é definido 
como o traço do eixo da dobra na interseção da superfície axial com 
relevo topográfico. O eixo da dobra é desenhado em um mapa geológico 
para que ela seja representada de forma gráfica.
  Ponto de inflexão: ponto em que uma superfície dobrada passa de uma dobra 
para outra, ou seja, é vista de outra maneira como sendo côncava ou convexa.
Figura 2. Elementos e características de uma dobra cilíndrica. 
Fonte: Adaptada de Rubilar (1999).
Do ponto de vista geral, há dois tipos de dobras: antiforme, dobra que 
converge ou que se fecha para cima, sendo desconhecidas as relações estra-
tigráficas de suas rochas; e sinforme, dobra que converge ou que se fecha 
para baixo, sendo desconhecidas as relações estratigráficas de suas rochas. 
Na Figura 2 temos um exemplo de duas dobras antiformes (concavidade 
para baixo) e uma dobra sinforme (concavidade para cima). Quando as idades 
relativas das rochas dobradas são conhecidas, elas ainda podem ser classificadas 
em duas categorias (PASSCHIER; TROUW, 1996): 
  anticlinal: corresponde a uma dobra que se fecha para cima e que possui 
as rochas mais antigas no seu núcleo, isto é, no centro da curvatura;
  sinclinal: dobra que se fecha para baixo e tem litologias mais novas 
no seu núcleo. 
Dobras4
A morfologia e as atitudes relativas assumidas por camadas sucessivas em sequências 
dobradas são extremamente variadas e condicionadas pelas características físicas das 
rochas envolvidas e pela mecânica do dobramento. Na Figura 3, notam-se dois tipos de 
padrões de dobramento em uma mesma sequência deformada; na parte superior da 
foto, um dobramento menos acentuado (linha tracejada vermelha) e, na parte inferior, 
um dobramento mais acentuado (linha tracejada azul). 
Vamos supor que essa imagem fosse constituída por calcários, silexitos, ardósias 
e quartzitos. Com isso, poderia se constatar que todas as rochas, exceto as ardósias, 
reteriam mais ou menos sua espessura estratigráfica durante a deformação, dobrando-
-se em maior amplitude e fraturando-se. A camada de ardósia, por outro lado, exibiria 
grande variação de espessura, mostrando-se comprimida entre a camada de quartzito 
e silexito e totalmente plissada em dobras minúsculas. Tal fato demonstra que os tipos 
de rochas se comportam de maneiras diferentes perante os esforços de dobramento. 
Neste exemplo, o quartzito, o silexito e o calcário se deformariam de modo mais rígido 
e a ardósia, de modo mais plástico, acomodando-se passivamente em qualquer forma 
condicionada pelas forças tectônicas.
Figura 3. Deformações em rocha.
Fonte: Adaptada de Minikhan/Shutterstock.com.
As rochas do primeiro tipo deste exemplo (quartzitos, calcários e silexitos) são mais 
competentes, isto é, reagem de maneira mais rígida perante os esforços deformantes. 
Por outro lado, são denominadas incompetentes as litologias que se comportam de 
forma plástica perante tais esforços, dobrando-se mais intensamente e respondendo 
de modo passivo. Competência e incompetência são termos puramente relativos e 
denotam maior ou menor rigidez, mobilidade ou plasticidade, conforme for possível 
julgar ou analisar por meio das formas assumidas pelas unidades rochosas em uma 
dada região tectonizada.
5Dobras
Em uma certa região, é possível estudar a competência com base principal-
mente na amplitude do dobramento e no princípio da constância da espessura 
estratigráfica original das camadas. As dobras de maiores amplitudes carac-
terizam as litologias mais competentes; a maior espessura de uma formação 
condiciona a amplitude do estilo de dobramento. Assim, quartzitos, arenitos, 
calcários, dolomitos e xistos quartzosos espessos são mais competentes do 
que argilitos, folhelhos, ardósias filitos, margas, etc. As camadas de gipsita 
e sal-gema são as rochas mais incompetentes da natureza. 
Considerando-se o relativismo das propriedades de competência e incompetência, 
salientamos que uma camada ou rocha competente presente em uma dada área 
pode se apresentar mais deformável em um sítio vizinho, assim como uma camada 
incompetente é capaz de, por efeito de aumento do grau de metamorfismo e recris-
talização, se tornar outro ponto mais competente.
2 Classificação das dobras
A terminologia e a classifi cação das dobras são de natureza intuitiva e feitas 
com base na observação de várias gerações de especialistas. Como é comum 
nas ciências naturais, o rigor e a precisão matemática dos conceitos e das 
defi nições, embora usados, devem ser aplicados em função da necessidade 
prática de observação. A classifi cação mais simplifi cada das dobras baseia-se 
na simetria, na morfologia em seções transversais, na postura ou na atitude 
da superfície axial e do eixo e nas relações entre as superfícies dobradas 
sucessivas (PRICE; COSGROVE, 1990).
Classifi cação baseada na simetria — Essa classifi cação está fundamentada 
nas relações da dobra com as suas superfícies: axial, bissectora e envoltória 
(camada que recobre ou envolve a dobra e camada mais externa). Quanto à 
Dobras6
simetria, as dobras podem ser simétricas e assimétricas e ser discernidas 
com base na forma da superfície dobrada. As dobras simétricas são as que, 
sendo planares, possuem o perfi l bilateral simétrico em relação à superfície 
axial; nestas, portanto, as superfícies axial e bissectora coincidem (TWISS; 
MOORES,1992). 
Com base em seus elementos geométricos, ou seja, na orientação e posição 
da linha da charneira e do plano axial — Essa classifi cação está funda-
mentada na atitude da superfície axial e da charneira (eixo), sendo aplicada 
somente a dobras cilíndricas e planas. Nas dobras acilíndricas, a atitude é 
expressa somente em função das atitudes medidas em cada um dos seus 
segmentos planos ou cilíndricos (PRICE; COSGROVE, 1990). O plano axial 
e a charneira podem ser verticais, horizontais ou inclinados. Dependendo 
de sua posição e orientação, casos diferentes podem ser encontrados, como 
mostra o Quadro 1. 
Plano de charneira
Linha de charneira
Horizontal Inclinada Vertical
Vertical Horizontal normal Mergulho normal Vertical
Inclinado Horizontal inclinado Mergulho inclinado —
Horizontal Recumbente — —
Quadro 1. Classificação das dobras com base nas orientações do plano e da charneira
Com base no Quadro 1, podemos resumir as características das dobras 
cilíndricas em planas e não planas. Uma dobra horizontal possui o eixo 
horizontal ou sub-horizontal; se a dobra possui caimento, o seu eixo será 
inclinado de maneira oblíqua; e uma dobra vertical possui seu eixo vertical. 
Existem outras dobras classificadas com base na atitude do eixo, as quais 
(PRICE; COSGROVE, 1990):
7Dobras
  Dobra de caimento duplo: possui caimentos opostos a partir de um 
ponto central. Exemplos: antiformes e sinformes de caimento duplo.
  Domo: flexão ou ampla dobra, convexa para cima, na qual as camadas 
mergulham em todos os sentidos, de maneira mais ou menos igual, a 
partir de seu centro.
Considerando ainda seus elementos, as dobras planas cilíndricas e aci-
líndricas podem ser classificadas com base nas atitudes de suas superfícies 
axiais, ou seja, conforme a direção do plano de charneira e o mergulho da 
linha de charneira. Considerando que a direção e o mergulho da linha de 
charneira possam variar de 0° a 90°, as dobras podem ser classificadas da 
seguinte forma (Figura 4):
  Dobras normais: aquelas cuja superfícieaxial é vertical. Muitos autores, 
com base puramente no conceito de simetria em função somente da 
superfície axial, não consideram as superfícies bissetoras e envoltórias 
e chamam as dobras de superfície axial vertical simétrica.
  Dobras invertidas, inversas ou deitadas: aquelas cuja superfície axial 
mergulha menos de 90° e ambos os f lancos mergulham no mesmo 
sentido, mas com ângulos desiguais. O f lanco inverso ou girado é 
aquele que foi girado mais de 90° para adquirir sua posição atual; 
o f lanco normal é o que tem sua face original de deposição voltada 
para cima.
  Dobras recumbentes: aquelas cuja superfície axial tende à horizonta-
lidade; em geral, fixam-se como limites arbitrários e não rígidos os 
valores de 0°–10° para o mergulho da superfície axial.
  Dobras nappe: ocorrem quando há um grande pacote rochoso estru-
turado em vasta e completa dobra recumbente. A nappe de carrega-
mento ocorre quando o flanco inverso da dobra recumbente rompe 
por meio de sua superfície de cisalhamento sub-horizontal, designada 
carregamento. Dobras recumbentes e nappes são comuns nos Alpes 
e nos Himalaias.
  Dobra reclinada: mostra a direção da superfície axial normal ao rumo 
do eixo, ou seja, a superfície axial possui um traço sub-horizontal no 
perfil plano da dobra reclinada. 
Dobras8
Figura 4. Classificação das dobras com base na direção e no mergulho da linha 
e do plano de charneira.
Fonte: Adaptada de Rubilar (1999).
Classifi cação com base no ângulo entre os fl ancos ou no estilo — Essa 
classifi cação, também geométrica, baseia-se na forma geral ou no estilo 
observado em seções transversais normais à charneira das dobras. Como a 
orientação das dobras (planos, eixos, etc.) e a simetria são independentes, 
as diversas classes de dobras podem ser descritas por meio da combinação 
da terminologia aplicada a cada caso, as seguinte forma (PRICE; COS-
GROVE, 1990):
9Dobras
  Dobra isoclinal: quando seus flancos são essencialmente paralelos, isto é, 
mergulham no mesmo sentido e com ângulos iguais. Uma dobra isoclinal 
normal possui a superfície axial vertical. Se a superfície é inclinada ou 
deitada, a dobra é chamada de isoclinal invertida ou deitada. Uma dobra 
isoclinal recumbente tem a superfície axial essencialmente horizontal.
  Dobras em leque: é aquela em que ambos os flancos se mostram in-
vertidos. No antiforme em leque, os dois flancos mergulham um no 
sentido do outro; no sinforme em leque, ambos os flancos mergulham 
em sentidos opostos.
  Homoclinal: é uma estrutura formada por rochas que mergulham no 
mesmo sentido, com o mesmo valor angular e com uniformidade ra-
zoável. São flancos de grandes dobras.
  Terraço estrutural: é uma feição que ocorre em áreas onde camadas que 
mergulham adquirem localmente uma postura horizontal.
Essa classificação inclui o ângulo entre os flancos de uma dobra como ele-
mento descritivo e a classificando como fechada ou aberta, ou seja, considera 
que exista uma linha tangente aos pontos de inflexão, formando, portanto, o 
ângulo interflancos (Quadro 2).
Ângulo interflancos Tipo de dobra Exemplo
179°–120° Suave
119°–70° Aberta
69°–30° Fechada
 Quadro 2. Classificação das dobras com base no ângulo interflancos 
(Continua)
Dobras10
Classifi cação com base na geometria das cristas — Essa classifi cação é 
descritiva e baseia-se na geometria das cristas e/ou dos vales, angulares ou 
arredondados, conforme exemplos apresentados na Figura 5 e a seguir:
  Dobras kink: são um tipo de microdobra com formato monoclinal que 
possui distância entre as superfícies axiais adjacentes na ordem de 10 
cm. São dobras com flancos planos com cristas e vales completamente 
angulares. Os flancos de uma dobra kink têm comprimentos diferentes, 
portanto, são assimétricos. Podem ser conhecidas também pelo nome 
de dobras ziguezague ou em joelho.
  Dobras Chevron: são dobras angulares repetidas, simétricas e com 
flancos de igual comprimento; possuem flancos planos com cristas e 
vales completamente angulares, com flancos simétricos. Também são 
chamadas de dobra concertina ou sanfona.
  Dobras em caixa: dobra na qual o topo amplo e chato de um antiforme ou 
o fundo amplo e chato de um sinforme são adjacentes ou bordejados em 
ambos os lados por flancos de alto mergulho. Possuem duas superfícies 
Fonte: Adaptado de Rubilar (1999). 
Ângulo interflancos Tipo de dobra Exemplo
29°–0° Apertada
0° Isoclinal
 Quadro 2. Classificação das dobras com base no ângulo interflancos 
(Continuação)
11Dobras
axiais com mergulhos opostos, dobras com cristas e vales angulares, 
na forma de caixas (ângulos de aproximadamente 90°).
  Dobras cilíndricas: são dobras com cristas e vales arredondados que parecem 
uma superfície cilíndrica. As camadas competentes sucessivas se mantêm 
paralelas com a espessura mais ou menos constante ao longo da dobra.
Figura 5. Classificação das dobras com base na sua geometria: (a) dobra kink; (b) dobra 
cilíndrica ou concêntrica; (c) dobra Chevron; (d) dobra em caixa.
Fonte: Adaptada de Rubilar (1999).
Classifi cação com base no método das isógonas — Classifi cação alter-
nativa para diferenciar as diferentes dobras e que utiliza a distribuição das 
isógonas em uma dobra. Uma isógona é uma linha que une pontos de uma 
mesma charneira em capas (ou teto, sendo o bloco que fi ca acima do plano 
de falha) adjacentes em camadas adjacentes. É uma classifi cação baseada no 
estilo do dobramento. Em geral, as isógonas são defi nidas em incrementos 
de 10° e medem a convergência ou a divergência obtida. De acordo com essa 
classifi cação, existem cinco tipos de dobras (Figura 6):
  Dobras de isógonas com convergência forte: a curvatura da superfície 
externa é menor do que a interna e a isógona menor está localizada na 
charneira (classe 1A).
  Dobra paralela: consiste em um caso especial em que as isógonas têm a 
mesma distância e são normais para ambas as superfícies. Nesse caso, 
Dobras12
a curvatura da superfície externa permanece menor do que a interna e 
a espessura da capa é constante (classe 1B).
  Dobra de convergência fraca: é caracterizada pelo fato de que a curvatura 
da superfície externa é menor do que a do interior e os isógonos estão 
concentrados perto da dobradiça (classe 1C)
  Dobra semelhante: é um caso especial, pois as isógonas são paralelas e 
têm a mesma distância. A curvatura da superfície externa e da superfície 
inferior são iguais (classe 2).
  Plano de isógonas divergentes: neste caso, as isógonas não convergem 
para o núcleo da dobra, como nos casos anteriores. A curvatura da 
superfície externa é maior do que a interior (classe 3).
Figura 6. À esquerda, são observados diferentes tipos de dobras, em que a espessura da 
camada é normalizada e comparada com a inclinação da superfície dobrada observada 
localmente. À direita, verifica-se a classificação das dobras com base na profundidade das 
isógonas, gerando três classificações principais.
Fonte: Adaptada de Rubilar (1999).
Classifi cação com base no comportamento dos materiais — Devido ao 
comportamento dos materiais envolvidos no processo de deformação, as dobras 
podem ser harmônicas, ou seja, aquelas nas quais as camadas que as formam 
tendem a repetir a forma das camadas adjacentes (Figura 7a). Já as dobras que não 
possuem essas características, são chamadas de dobras desarmônicas (Figura 7b). 
13Dobras
Figura 7. Dobras (a) harmônicas e (b) desarmônicas.
Fonte: Adaptada de Rubilar (1999).
3 Mecanismos e processos de dobramento
Durante o dobramento de uma sequência de várias camadas de rocha, existem 
estruturas menores e estruturas secundárias, que são formadas de maneira 
subordinada ao processo de deformação. Sabe-se que, durante o desenvol-
vimento de uma dobra, ocorrem deslocamentos entre as camadas, fraturas 
e dobras secundárias na parte interna da dobra, que gera estruturas menores 
(LEYSHON; LISLE, 1996). Uma dessas estruturas é a dobra de arrasto 
S e Z (Figura 8).
Figura 8. Dobras de arrastoS e Z.
Fonte: Adaptada de Leyshon e Lisle (1996).
Dobras14
Em algumas dobras de arrasto, é possível deduzir se o flanco de uma 
estrutura erodida está na posição normal ou invertida. Para isso, dois aspectos 
devem ser considerados: o ângulo de observação (a dobra deve sempre ser ob-
servada do mesmo lado) e o deslocamento entre camadas (KULLBERG, 1995).
Outros tipos de estruturas secundárias são a xistosidade e os lineamentos 
minerais. Tais estruturas nos permitem ter uma ideia sobre a geometria e o 
mecanismo de geração de uma dobra, com exceção de alguns casos, em que, 
em geral, a xistosidade de uma dobra tende a ser paralela ao seu plano axial 
(Figura 9a). Outra estrutura secundária é a boudinage, formada quando um 
corpo tabular competente mais rígido do que a rocha circundante é deformado 
por estiramento ou esmagamento (Figura 9b). Quando uma sequência de rochas 
sofre deformação, a resposta do material ocorre por meio de dobras e/ou de 
falhas e fraturas. Quando essa sequência sofre várias deformações, pode ser 
utilizado o termo “dobras sobrepostas”, cuja configuração final é de grande 
complexidade e de difícil explicação e interpretação.
Figura 9. Estruturas secundárias das dobras de arrasto S e Z.
Fonte: Adaptada de Ghosh (1993).
Em virtude dos dados naturais e experimentais, são conhecidos dois tipos fun-
damentais de dobras classificadas cinematicamente, as dobras de deslizamento 
flexural e as dobras de deslizamento. Podem, ainda, ser considerados outros 
tipos, como dobras devido ao fluxo e dobras derivadas de movimentos verticais 
ou dobra dos blocos (DAVIS, 1984). Esses tipos e subtipos são descritos a seguir:
15Dobras
  Dobramento ativo (bukling): processo de dobragem que começa quando 
um estrato é encurtado de forma paralela à estratificação. Se as capas 
tiverem diferentes viscosidades e/ou propriedades mecânicas, elas 
responderão de maneira diferente aos esforços, gerando ondulações ou 
bukling. Alongitude da onda dependerá da espessura e da competência 
das capas.
  Dobramento passivo ou dobramento falso: é aquele em que a estra-
tificação não exerce influência mecânica sobre a dobra, ou seja, a 
estratificação serve como expressão visual de tensão sem contraste 
mecânico ou competição com as capas vizinhas.
  Dobramento flexural (slipfolding): processo no qual as camadas deslizam 
enquanto se dobram e podem manter sua espessura constante, mas isso 
depende da composição de cada capa, assim como a profundidade em 
que estão.
  Dobras por desprendimento (buckle ou detachment): dependem in-
teiramente das características mecânicas das capas encurtadas, bem 
como da sequência na qual repousam (sal, folhelhos), já que essas 
rochas são mais dúcteis e atuam como lubrificantes, formando uma 
superfície de décollement sobre as quais as capas se dobram como 
um acordeão.
  Dobra por flexão de falha ( fault-bend): característica das cadeias do-
bradas e cavalgadas. Elas são formadas quando as camadas se movem 
ao longo de falhas inversas de cavalgadura, com planos e rampas.
  Dobra por propagação de falha ( fault propagation fold): são formadas 
quando as rochas que estão na frente de uma falha são deformadas 
à medida que o deslizamento aumenta. A cada aumento no deslo-
camento da falha, os estratos do bloco se movem ao longo de um 
plano e de uma rampa, mas o extremo da rampa não se conecta a 
outro plano superior por deslocamento, de modo que uma dobra 
assimétrica é gerada, situada na direção em que as rochas estão 
sendo deslocadas.
  Dobras de cisalhamento (trishear): são aquelas relacionadas a uma falha 
inversa, em cuja ponta é formada uma zona triangular, na qual ocorre 
o cisalhamento, gerando dobras arredondadas em vez de geometrias 
de dobras.
Dobras16
Além de identificar as dobras por meio de suas características e considerando que 
elas possam apresentar tamanhos métricos a quilométricos, é possível representá-
-las com auxílio de um mapa geológico. Nesse caso, podem ser seguidas algumas 
dicas muito práticas para identificar esses elementos. Vários critérios podem ser 
usados para reconhecer a presença de dobras em planos geológicos, entre eles, 
os seguintes:
  Estudo do espaçamento entre as direções da camada: as direções da camada po-
dem ser interpretadas como isolinhas estruturais, com significado semelhante às 
linhas de contorno topográficas. Assim, o espaçamento variável entre as direções 
da camada ou mudanças em sua orientação sugerem a presença de superfícies 
estruturais não planas (estratos, falhas, etc.). A partir da forma e da distribuição 
das direções da camada, podemos interpretar a geometria das possíveis dobras 
(simétricas ou assimétricas, etc.).
  Estudo de séries estratigráficas e busca de repetições alternadas de subcon-
juntos dentro delas: a repetição da série se manifesta, em geral, em torno de 
um plano de simetria coincidente com o eixo da dobra. A partir da análise da 
idade relativa dos materiais presentes nas dobras (por exemplo, idade dos 
materiais e posição que ocupam em relação ao núcleo da dobra), é deduzido 
o tipo de dobra em questão.
Considerando todo o reconhecimento das feições dobradas e seus elementos, 
é de suma importância entender como essas feições podem ser definidas em 
mapas geológicos. É importante lembrar o significado das direções da camada 
e como elas são desenhadas em um plano geológico, que serão lineares na 
medida em que representam uma superfície estrutural plana. No entanto, 
em uma superfície dobrada, as direções da camada serão necessariamente 
curvas. Assim, ao fazer cortes geológicos em dobras, às vezes, não é fácil (ou 
correto) estender as direções da camada para procurar as interseções com a 
nossa direção de corte. As direções da camada devem ser tomadas em setores 
em que a topografia muda de orientação, ou seja, em vales, cordilheiras e 
divisões. Assim, por exemplo, você não deve tomar as direções da camada 
em declives, onde a topografia tem uma orientação semelhante, pois corre 
o risco de identificar como direção da camada uma linha que passa por dois 
pontos pertencentes a dois flancos ou a planos diferentes da mesma dobra.
17Dobras
As dobras não passam de superfícies estruturais não planas e, como tais, 
cruzam a topografia. Isso torna os padrões de afloramento complexos e, 
muitas vezes, não óbvios à primeira vista. É preciso sempre confiar na análise 
geométrica citada e, se necessário, fazer quantos cortes forem necessários para 
determinar a estrutura geológica presente na região mapeada.
A interseção do plano axial da dobra não deve ser confunfida com a topografia 
(ou seja, seu traçado axial), que pode ser uma linha curva, e o eixo da dobra 
como tal ou sua linha de dobradiça. Como referência, pode se levar em conta 
que, nos vales, representados por rios e córregos nos mapas geológicos sem 
topografia, a inflexão em forma de V que os contatos geológicos normalmente 
possuem indica a direção do mergulho das camadas. Em geral, esse critério pode 
ser usado com certa segurança para identificar os diferentes tipos de dobras.
É comum encontrar materiais dobrados na natureza. Os estágios de deformação 
se estendem por milhões de anos e a posição de uma rocha em relação ao elipsoide 
de tensão pode variar ao longo do tempo. É preciso lembrar que os processos 
tectônicos se desenvolvem dentro do contexto do movimento das placas litosféricas 
e que áreas deformadas em um determinado período geológico podem ter sido 
deformadas posteriormente. Isso introduz uma maior complexidade nos padrões 
de afloramento e na geometria das dobras. Na ausência de critérios objetivos, as 
potenciais camadas que constituem os flancos das séries dobradas será constante. 
Manter a constância de energia pode ser difícil em áreas dobradas, pois nelas, 
um espessamento é tolerável em comparação com os flancos. Isso será mais 
pronunciado quando a geometria das dobras for do tipo semelhante.
Na ausência de critérios objetivos, as áreas das dobradiças serão desenhadasde maneira arredondada. Existem dobras com charneiras angulares, embora sejam 
muito raras e sua formação obedeça a processos tectônicos específicos. Em geral, 
se não houver evidência direta da existência de tais dobras, uma certa curvatura 
será dada à área da charneira. O raio de curvatura não pode ser especificado de 
uma maneira geral, mas deve ser congruente com o corte geológico realizado.
Para visualizar melhor a geometria das dobras em uma seção geológica, é 
conveniente destacar com uma linha mais grossa os limites entre formações 
geológicas, e com linhas mais finas as linhas que representam estratos dentro 
da mesma formação. Acima da topografia, apenas os limites entre as forma-
ções geralmente são prolongados e sempre com uma linha tracejada. Se as 
dobras fossem afetadas por falhas, a extensão das linhas tracejadas acima da 
topografia obviamente as levaria em consideração. Isso ganha uma melhor 
visualização da estrutura geológica representada pelo corte (WILSON, 1982).
Dobras18
Como vimos, as dobras representam o modo mais comum de deformação 
das rochas da crosta. Contudo, quando se procura a origem do dobramento, 
constata-se que é um assunto pouco compreendido do ponto de vista mecâ-
nico. Ao iniciar qualquer estudo que envolva dobramentos, o profissional 
deve preocupar-se primeiramente em definir a geometria das dobras, em 
descrevê-las, em classificá-las e conseguir fazer medidas dessas estruturas. 
Posteriormente, deve investigar dois importantes problemas que se relacionam 
inteiramente, isto é, a física e a causa desse tipo de deformação.
Para saber mais sobre esse tipo de estrutura geológica, busque o vídeo Dobras, dis-
ponível no canal de Santiago Teixeira, no YouTube.
DAVIS, G. H. Structural geology of rocks and regions. New York: Wiley, 1984.
GHOSH, S. K. Structural geology: fundamentals and modern developments. Oxford: 
Pergamon, 1993.
KULLBERG, M. C. Geologia estrutural: apontamentos. Lisboa: Universidade de Lisboa, 1995.
LEYSHON, P. R.; LISLE, R. J. Stereographic projection techniques in structural geology. Oxford: 
Butterworth/Heinemann, 1996.
MATTAUER, M. Les déformations des matériaux de l'écorce terrestre. Paris: Hermann, 1973.
PARK, R. G. Foundations of structural geology. 3rd ed. Glasgow: Chapman & Hall, 1997.
PASSCHIER, C. W.; TROUW, R. A. J. Micro tectonics. New York: Springer. 1996.
PRICE, N. J.; COSGROVE, J, W. Analysis of geological structures. Cambridge: Cambridge 
University, 1990.
RUBILAR, N. H. Geología structural. Santiago (Chile): Ril Editores, 1999.
TWISS, R. J.; MOORES, E. M. Structural geology. New York: Freeman, 1992.
WILSON, G. Introduction to small-scale geological structures. Boston: Allen & Unwin, 1982.
19Dobras
Dica do professor
As dobras são uma das estruturas mais comuns que afetam os materiais geológicos. São essas 
estruturas que se formam como consequência da deformação dos materiais geológicos, sem que 
ocorra a ruptura deles.
Nesta Dica do Professor, veja como as principais características das dobras devem ser 
representadas em mapas e seções. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/f26a290f7e6658611dc2fc230121f136
Exercícios
1) A superfície dobrada é um elemento fundamental para a classificação das dobras. Sua 
definição é baseada na curvatura da superfície, sendo ela referenciada à curvatura de um 
círculo.
Analise as seguintes sentenças e assinale a alternativa correta: 
I– A zona de charneira corresponde a um plano em que passam linhas de charneira de forma 
paralela.
II– A linha de inflexão une os pontos de curvatura mínima, dividindo a dobra em dois 
setores, um de concavidade para cima e outro para baixo.
III– A linha de charneira une os pontos de curvatura máxima da superfície dobrada.
IV– A interseção da superfície axial com a topografia do terreno resulta em uma linha 
conhecida como traço axial da dobra, refletindo a arquitetura e a posição espacial das 
dobras. 
A) As afirmativas I e III estão corretas. 
B) As afirmativas I e IV estão corretas. 
C) As afirmativas II e III estão corretas. 
D) As afirmativas I, II e IV estão corretas. 
E) As afirmativas II, III e IV estão corretas. 
Os fatores físicos, em particular a temperatura e a pressão hidrostática/litostática, são 
funções da profundidade da crosta terrestre e permitem distinguir dois domínios 
deformacionais, responsáveis por fornecer às rochas estruturas geológicas.
Com base nesse contexto, analise as seguintes sentenças:
I– O domínio superficial se caracteriza por uma deformação essencialmente rúptil.
II– No domínio superficial, a rocha pode sofrer fusão parcial se a temperatura for 
suficientemente elevada.
III– O domínio profundo se caracteriza por uma deformação dúctil.
2) 
Carlos Henrique
Realce
IV– Os mecanismos de deformação são representados por estruturas, como falhas, fendas e 
fraturas, de natureza dúctil. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta as sentenças corretas. 
A) As afirmativas I e III estão corretas. 
B) As afirmativas I e IV estão corretas. 
C) As afirmativas II e III estão corretas.
D) As afirmativas I, II e IV estão corretas. 
E) As afirmativas II, III e IV estão corretas. 
3) Avaliar a influência da pressão hidrostática/litostática, da temperatura e da velocidade de 
deformação no comportamento dúctil ou rúptil das rochas, durante o processo 
deformacional, permite sua melhor compreensão. Considerando o contexto apresentado, 
avalie as seguintes asserções e a relação entre elas.
I- Em ensaios de laboratório, constatou-se que, se houver aumento da pressão confinante 
(pressão litostática), a rocha torna-se mais resistente à deformação.
II- Para a rocha se deformar, ela necessita de uma pressão de carga maior. Se a pressão 
litostática for muito elevada, as rochas se deformam sem ocorrer a ruptura. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. 
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é a justificativa da I. 
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E) As asserções I e II são proposições falsas. 
As dobras podem ser classificadas com base na posição espacial de seus elementos 
geométricos, na combinação desses elementos, na variação da superfície dobrada, ou, ainda, 
na combinação dessas classificações com critérios geométricos ou estratigráficos.
4) 
Carlos Henrique
Realce
Carlos Henrique
Realce
Com base nesse contexto, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F 
para falso:
( ) Dobras horizontais possuem o caimento do eixo em um intervalo entre 0° e 10°.
( ) Sinclinal corresponde a uma dobra que possui camadas mais novas no seu interior e mais 
antigas no exterior.
( ) Antiformes são dobras com o fechamento para cima e sinformes, com o fechamento para 
baixo.
( ) Dobras normais possuem superfícies axiais subverticais.
( ) Dobras inclinadas possuem o caimento entre 10° e 80°.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – V – V – V – V.
B) V – F – F – V – V.
C) F – V – V – V – F.
D) F – V – V – F – V.
E) V – F – F – F – V.
5) As dobras são deformações dúcteis que afetam corpos rochosos da crosta terrestre. O 
estudo dessas estruturas geológicas pode ser abordado a partir de escalas macroscópica, 
mesoscópica e microscópica.
Com base nesse contexto, analise as seguintes sentenças:
I- A dobra corresponde a um conjunto de feições morfológicas e geométricas associadas a 
um grupo de dobras.
II- O estudo das dobras, apesar de importante à geologia estrutural, é pouco aplicado a 
outras áreas, tendo em vista o efeito do intemperismo.
III- As feições das dobras são adquiridas durante processos de deformação.
IV- O estilo de uma dobrapode variar conforme o tipo de rocha e a profundidade da crosta, 
bem como a taxa de deformação.
Agora, assinale a alternativa que apresenta as sentenças corretas.
Carlos Henrique
Realce
A) As afirmativas I e III estão corretas.
B) As afirmativas II e IV estão corretas.
C) As afirmativas II e III estão corretas.
D) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
E) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
Carlos Henrique
Realce
Na prática
A maioria das dobras é resultado da deformação de camadas da crosta, como acamamentos, 
sendo sujeitas ao encurtando em uma direção no interior das camadas, por exemplo. A 
interpretação dessa estrutura, em uma área representada em mapas, é muito útil, se os padrões 
produzidos pela dobra, as estruturas, puderem ser reconhecidos diretamente.
Neste Na Prática, compreenda como as dobras e suas características podem ser identificadas em 
mapas e devidamente representadas em seções geológicas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Deformações
No vídeo a seguir, assista aos principais conceitos e a uma análise de algumas deformações que 
podem ocorrer nas rochas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Construção de maquetes de estruturas geológicas para a prática 
de obtenção de medidas estruturais
No artigo a seguir, são apresentados modelos reduzidos, por meio de maquetes, na exposição de 
conceitos estruturais para fins de ensino. Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Geologia estrutural
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/iZTjQI9hdQA
https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:irrDmJBwfaIJ:https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/86414/10519+&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
https://www.ofitexto.com.br/wp-content/uploads/2017/10/Geologia_Estrutural_cap12.pdf

Mais conteúdos dessa disciplina