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1 TERRAPLANAGEM Gerson Amorim de Castro 2 Gerson Amorim de Castro TERRAPLANAGEM 1ª edição Ipatinga – MG 2024 3 EDITORA PROMINAS EDITORIAL Diretor Geral: Valdir Henrique Valério Diretor Executivo: William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Cristiane Lelis dos Santos Revisão Gramatical e Ortográfica: Elislaine Patricia dos Santos Gomes Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Leite Lorena Oliveira Silva Portugal Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva Élen Cristina Teixeira Oliveira Cristiano Soares Andrade © 2024, Editora Prominas. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita do Editor. NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA Rua Salermo, 299 Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 www.faculdadeunica.com.br http://www.faculdadeunica.com.br/ 4 Snippet_31D19B86C.idms LEGENDA DE ÍCONES Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: FIQUE ATENTO Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas quais você precisa ficar atento. BUSQUE POR MAIS São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro. VAMOS PENSAR? Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-os a suas ações. FIXANDO O CONTEÚDO Atividades de múltipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro. GLOSSÁRIO Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro. 5 SUMÁRIO TERRAPLANAGEM ............................................................................................. 1 Introdução .............................................................................................................. 6 Cálculo de volumes ............................................................................................... 6 Momento de transporte ....................................................................................... 18 Diagrama de massas ou diagrama de brückner .............................................. 19 FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................. 29 GABARITO ....................................................................................................... 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 36 CONFIRA A SEGUIR Nesta aula serão explicados como os cálculos de volumes oriundos do processo de terraplenagem podem ser efetuados. Também são apresentados os procedimentos para o cálculo dos momentos de transporte, e são explicados como produzir o diagrama de massas e as suas propriedades. Também são explicados como extrair informações importantes através do uso deste diagrama. 6 INTRODUÇÃO Nesta aula serão explorados alguns aspectos importantes da terraplenagem de estradas. Para a execução desta etapa de um projeto, é preciso lembrar que as necessidades das rodovias e ferrovias, muitas vezes são diferentes. No caso das rodovias as limitações quanto, por exemplo, a inclinação das rampas é diferente das limitações das ferrovias. Assim no caso das ferrovias, as movimentações de terra podem assumir proporções muito maiores do que nas rodovias. Desta maneira, embora os objetivos sejam os mesmos, as necessidades são diferentes, o que exige um cuidado na análise dos volumes a serem remanejados dentre outros aspectos. CÁLCULO DE VOLUMES Após traçados o perfil longitudinal e transversal, já se dispõe de dados necessários para uma verificação da viabilidade da locação do greide de cada traçado através dos cálculos de movimento de terra. Para o cálculo de volumes é necessário conhecer a largura (L) da plataforma do greide de regularização (pista de terraplanagem) e as inclinações dos taludes. A inclinação dos taludes de corte e aterro varia conforme o tipo de solo encontrado. O principal objetivo ao elaborar um projeto de estradas é encontrar uma solução que permita a sua construção com o menor movimento de terras possível, obviamente seguindo um traçado mais racional possível. Esta preocupação se justifica, já que de acordo com Pontes Filho (1998), o custo do movimento de terra é, na maioria dos projetos, significativo em relação ao custo total da estrada, daí a importância de sua análise. As etapas que compõem o processo de terraplenagem dependem das condições do terreno e das características do seu relevo. As principais etapas do terraplenagem são, a limpeza da área, a escavação, o aterro e a compactação. Se estas etapas forem executadas com cuidado, o resultado da estrada terá a qualidade desejada. 7 O perfil longitudinal (greide) gera volumes a escavar (cortes) e volumes a aterrar (aterros). No projeto do greide procura-se um perfil longitudinal que proporcione boas compensações entre cortes e aterros, e também distâncias de transportes tão reduzidas quanto possível. Por isso nos locais onde os materiais de corte tiverem condições de serem usados nos aterros, acabam proporcionando menores custos de terraplenagem. O método usual para o cálculo de volumes, consiste em considerar o volume como proveniente de uma série de prismóides (sólidos geométricos limitados nos extremos por faces paralelas e lateralmente por superfícies planas). Na figura a seguir as faces paralelas correspondem às seções transversais externas, e as superfícies planas laterais correspondem à plataforma da estrada, os taludes e a superfície do terreno natural. A figura a seguir representa uma seção de uma estrada. Figura 1: Seção de uma estrada Fonte: Carciente (1985) – Adaptada Uma ferramenta para o cálculo de volumes muito utilizada é denominada, de acordo com Pontes Filho (1998), fórmula das áreas médias. Através desta fórmula são obtidos valores exatos para os volumes quando as duas seções transversais (A1 e A2) são iguais. Em outras condições, os resultados apresentam poucas diferenças em relação ao volume real. Na 𝐋 𝐕𝐦 = 𝟐 (𝐀𝟏 + 𝐀𝟐) 8 prática, foi apurado que este erro normalmente é inferior a 2%, o que é bastante aceitável para este tipo de cálculo. Para efetuar os cálculos dos volumes o procedimento deve ser feito conforme descrito a seguir. Em cada estaca do eixo da rodovia é feita a seção transversal de terraplenagem, que vai determinar os volumes dos cortes e dos aterros do greide projetado. Estas seções transversais são de três tipos, seções de corte, de aterro e mistas, de acordo com o perfil do terreno natural. De acordo com Pimenta et al (2017) em projetos informatizados, as seções são geradas automaticamente por programas que gera e desenha as diversas seções em ambiente CAD. Cálculo das áreas Pode-se considerar que a forma destes prismóides se aproxima à forma de um trapézio. Para a figura abaixo, que representa a área de uma seção de uma estrada, observe que ela pode ser dividida em quatro triângulos (A1, A2, A3 e A4). Figura 2: Prismóide Fonte: Elaboradopelo Autor (2023) Cada um com as seguintes áreas pode ser calculada pelas expressões abaixo: Exemplo: 9 Determine a área da seção transversal abaixo considerando que 1:1 é a inclinação do talude, para as situações a seguir. Figura 3: Seção transversal, exemplo letra a Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) Solução: É possível dividir a figura acima em dois triângulos, conforme figura a seguir. Figura 4: Seção transversal, solução da letra a Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) Obs.: Como a transição da seção em corte para a de aterro está se dando no eixo da via, é possível constatar que o triangulo A1 se refere a uma seção de corte e o A2 de aterro. Cálculo das áreas Área total = 9,80 + 16,45 = 26,25m2 10 Foi então apresentado um método simples de calcular as áreas das seções transversais de uma estrada. Embora este processo leve a erros, ele é muito usado, pois permite uma avaliação rápida dos volumes de terraplenagem. Fator de empolamento Uma propriedade característica dos solos, que é importante considerar na terraplenagem, é a expansão volumétrica ou empolamento. Quando o terreno natural é escavado, a terra está com um certo grau de compactação, originado de seu próprio processo de formação, e apresenta uma expansão volumétrica, que pode ser considerável em alguns casos. Após a escavação a terra assume, conforme DNIT (2010), um volume solto (Vs) maior do que aquele quando se encontrava em seu estado natural (Vn) e, portanto, com o peso específico solto (ɣs) correspondente ao material solto, menor do que o peso específico natural (ɣn). Desta maneira, ɣsVn.O fator de empolamento, (ou expansão volumétrica) pode ser expresso pela expressão a seguir. Também é possível relacionar o fator de empolamento com os volumes solto e natural, desta maneira esta relação será conforme abaixo. Denominando o fator de empolamento de Fe a expressão fica como abaixo. Nesta expressão Vc representa o volume de corte e Vs o volume solto. Como o volume de corte, por definição, é menor que o volume solto, FeVs= 180m3 Número de viagens = 𝟏𝟖𝟎=> Número de viagens = 36 𝟓 Custo total= 36 x 120,00 =>Custo total= R$ 4.320,00. Resposta: Valor total = R$ 4.320,00. Fator de Homogeneização O fator de homogeneização (Fh), como explica Pontes Filho (1998), é a relação entre o volume de material no corte na origem e o volume de aterro compacto que será resultante deste corte. Como foi visto no fator de empolamento, o volume de solo de corte (Vc) é menor que o volume de solo destinado ao aterro (Vs). Entretanto o valor a ser utilizado para aterro é compactado, desta maneira é obtido o volume compactado (Vcomp). Para os solos, que são os materiais mais utilizados nas operações de terraplenagem, prevalece entre estes volumes a seguinte relação: VcompEstaca 1- Área de corte= 66,02m2Área de Aterro= 0 Estaca 2- Área de corte= 35,65m2 Área de Aterro= 3,25m2=> Área de Aterro corrigida pelo FH= 3,25 x 1,1= 3,575m2 Volume entre estacas 1 e 2: Volume entre estacas 2 e 2 +8,60 Estaca 2- Área de corte= 35,65 m2 Área de Aterro= 3,25 m2 => Área de Aterro corrigida= 3,25 x 1,1= 3,575 m2 Estaca 2 + 8,60 Área de corte= 9,10 m2 Área de Aterro= 12,95 m2 => Área de Aterro corrigida= 12,95 x 1,1= 14,245m2 18 Volume entre estacas 2 +8,60 e 3 Estaca 2 + 8,60 Área de corte= 9,10 m2 Área de Aterro= 12,95 m2=> Área de Aterro corrigida= 12,95 x 1,1= 14,245 m2 Estaca 3 Área de corte= 0 m2 Área total de aterro = 68,395 m2 Área de Aterro corrigida= 68,395 x 1,1= 75,2345 m2 Volume de corte total no trecho: 1.016,70 + 192,43 + 51,87 = 1.261,00 m3 Volume de aterro compactado no trecho: 35,75 + 76,63 + 510,03 = 622,41 m3 Saldo= Corte – Aterro => Saldo = 1.261,00 – 622,41 Saldo = 638,59 m3 Haverá bota fora de 638,59 m3. MOMENTO DE TRANSPORTE O momento de transporte é o resultado do produto dos volumes transportados pelas distâncias médias de transporte. Assim: 𝐌 = 𝐕. 𝐝𝐦 Onde: M = Momento de transporte. V = Volume natural do solo dm= Distância média de transporte. Obs. Normalmente as unidades de M são m3xkm ou m3xdam. O livro Projeto Geométrico de Rodovias – Pimenta et al (2017) em seu capítulo 8 faz uma abordagem mais detalhadas sobre terraplenagem, vale a pena conferir. Disponível em: https://abreai.link/opr1k. Acesso em: 14 mar. 2023. https://abreai.link/opr1k. 19 Onde dam representa um decâmetro (decâmetro =10m). Quando o solo é transportado de um corte para um aterro, as distâncias de transportes mudam a cada viagem, assim é importante determinar uma distância média de transporte. Existem várias maneiras de executar a distribuição das terras em uma terraplenagem. Cada uma das alternativas irá gerar uma distância média de transporte total, e, portanto, um custo de terraplenagem. Exemplo: O volume de corte de um trecho é 830m3 e o volume de corte utilizado para empréstimo é de 375m3. Supondo que a distância média de transportes para descarte (bota fora) seja 25dame a dos empréstimos seja de 15m. Calcule o momento de transportes deste trecho. Solução: Vc= 830m3; V (para empréstimo) = 375m3; dm(corte)= 25dam; dm(empréstimo)= 15m = 1,5dam 𝐌 = 𝐕𝐱𝐝𝐦 => M = (830x25) + (375x1,5) => M = 20.750 + 562,50 =>M = 21.312,50 Resposta: M = 21.312,50m3xdam DIAGRAMA DE MASSAS OU DIAGRAMA DE BRÜCKNER O diagrama de massas é um método de análise gráfica usado em projetos de estradas com o intuito de auxiliar na distribuição dos materiais de corte e aterro. Desta maneira, ele acaba por facilitara análise das quantidades a serem movimentadas. Na figura a seguir estão representados o perfil longitudinal de um trecho de estrada e o diagrama de massas correspondente. 20 Figura 13: Perfil longitudinal e Diagrama de Massas Fonte: Pimenta et al (2017) O diagrama de massas (ou de Brückner) facilita a análise da distribuição dos materiais escavados. Nela são definidos a origem e o destino dos solos com suas classificações e distâncias médias de transporte. Após o cálculo das áreas das seções transversais e dos volumes, é possível preparar uma tabela com os volumes acumulados, que serão utilizados para a construção do Diagrama de Massas. Agora que você está começando a conhecer o diagrama de massas, reflita sobre a necessidade do projetista de estradas terem em mãos, com facilidade de consulta, a grande quantidade de informações que esta ferramenta disponibiliza. Para a construção do diagrama, primeiro são calculadas as ordenadas, que correspondem aos volumes de cortes (valores positivos), e de aterros (valores negativos) que são acumulados sucessivamente. A somatória dos volumes é feita a partir de uma ordenada inicial qualquer (normalmente é escolhida uma ordenada grande para evitar o aparecimento de ordenadas negativas). Quando ocorrerem seções mistas, a compensação lateral é feita de forma automática quando do cálculo das ordenadas de Brückner. Como os volumes de corte e de aterro são considerados em cada seção, o acréscimo 21 ou decréscimo nas ordenadas é obtido pela diferença entre os dois volumes considerados. Desta maneira a compensação lateral será o menor dos dois volumes e que o volume disponível para compensação, será a diferença entre esses volumes (PONTES FILHO, 1998). Para a construção do diagrama de massas, no eixo das abscissas é colocado o estaqueamento e no eixo das ordenadas, utilizando uma escala adequada, os valores acumulados para as ordenadas de Brückner, seção a seção. Os pontos encontrados são unidos por uma linha curva que forma o Diagrama de Brückner como apresentado na Figura anterior. As 8 regras do diagrama de Brückner Sobre o diagrama de massas, Antas et al (2010); Ambitante (2017); Patrizzi (2013); Pereira et al (2015); Pimenta et al (2017) e Pontes Filho (1998), listam a as suas propriedades que aqui foram agrupadas em 8 regras, que estão listadas a seguir. 1ª regra– O diagrama de massas não é o perfil longitudinal do terreno como pode ser percebido na Figura anterior. 2ª regra - Trecho ascendente se refere a um trecho de corte. Trecho descendente corresponde a um trecho de aterro. Isso pode ser constatado na figura abaixo. 22 Figura 14: Perfil longitudinal e Diagrama de massas Fonte: Pimenta et al (2017) adaptada 3ª regra - A diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de terra entre estes pontos. Figura 15: Terceira regra do diagrama de Brückner Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) Por exemplo, o volume de terra entre as estacas 0 e 6 pode ser obtido pela subtração dos volumes. V= 20 – 0 => Volume é de 20.000m3 de corte. 23 4ª regra - Os pontos extremos do diagrama correspondem aos pontos de passagem. Desta maneira: Pontos de máximo correspondem à passagem de corte para aterro. Pontos de mínimo correspondem à passagem de aterro para corte. Figura 16: Quarta regra do diagrama de Brückner Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) Deste modo as estacas 8 e 30 correspondem a passagem de corte para aterro e à estaca 18 corresponde a passagem de aterro para corte. 5ª regra - Qualquer linha horizontal traçada sobre o diagrama determina os trechos de volumes compensados (Volume de corte = Volume de aterro corrigido). Esta linha horizontal é chamada de linha de compensação. Isto quer dizer que o volume de corte nesta seção é o bastante para fazer o aterro necessário nesta seção. Isto pode ser observado no exemplo a seguir. Exemplo: Verifique se o volume de corte e de aterro compactado se equivalem entre as estacas 4 e 11 e entre as estacas 13 e 22 do diagrama abaixo. 24 Figura 17: Exemplo da quinta regra do diagrama de Brückner Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) Solução: Volume de corte da estaca 4 até à estaca 8: V= 40 – 20=20 => V=20.000m3. Volume de aterro compactado da estaca 8 a 11: V= 40 – 20=20 => V=20.000m3. Volume de corte da estaca 13 à estaca 18: V= 0 – (– 40)= 40 => V=40.000m3. Volume de aterro compactado da estaca 18 a 22: V= 0 – (– 40)= 40 => V=40.000m3. 6ª regra - A posição da onda do diagrama em relação à linha de compensação indica a direção do movimento de terra. Ondas positivas (linha do diagrama acima da linha de compensação), indicam transporte de terra no sentido do estaqueamento da estrada. Ondas negativas indicam transporte de terra no sentido contrárioao estaqueamento da estrada. 25 Figura 18: Sexta regra. Perfil longitudinal e diagrama de massas Fonte: Pimenta et al (2017) É possível observar, na figura, que na onda negativa, o aterro ocorre no sentido contrário ao do estaqueamento. 7ª regra: a distância média de transporte de cada distribuição pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do segmento compensado, e de altura igual à máxima ordenada deste segmento. Em outras palavras, ao determinar a altura média de uma onda também é determinada a distância média de transporte. Figura 19: Diagrama da sétima regra Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) 26 8ª regra: a área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação mede o momento de transporte da distribuição considerada. Figura 20: Diagrama da oitava regra Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) Exemplos: 1) Determine a distância média de transporte da área demarcada na figura abaixo. Figura 21: Diagrama do exemplo 1 Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) Solução: 27 A altura média está na linha azul da Figura abaixo. Figura 22: Diagrama da solução do exemplo 1 Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) A distância média de transporte pode ser calculada conforme abaixo. Distância da estaca 13 – distância da estaca 4. Assim: dm = (13 x 20) – (4 x 20) => dm = 260 – 80. Resposta: dm = 180m. 2) Observe o diagrama abaixo: Figura 23: Diagrama do exemplo 2 Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) 28 Determine considerando a área acima da linha de compensação: a) O volume a ser transportado. b) A distância média de transporte. c) O momento de transporte. Solução: Figura 24: Diagrama da solução do exemplo 2 Fonte: Elaborado pelo Autor (2023) a) O volume a ser transportado está representado pela linha azul no diagrama. Assim: V= 60 – 20 =>V= 40 =>V= 40.000m3. b) A distância média de transporte está representada pela linha verde no diagrama. Considerando que o início da linha verde está no meio entre as estacas 4 e 5. dm= dist. estaca 9 – dist. estaca 4 + 10 => dm= [9 x 20] – [(4 x 20) +10] =>dm= 180 – 90 => dm= 90m => dm= 9dam. c) O momento de transporte. M = V x dm=>M = 40.000 x 9 => M = 360.000m3x dam. 29 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (TCE – SE. FCC – 2011. Adaptado) Sobre os cálculos de volumes acumulados nos processos de terraplenagem, é correto afirmar: a) para que os volumes dos aterros possam ser compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário corrigir os volumes pelo fator de empolamento. b) considerando o fator de redução de forma, volumes geométricos dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos volumes geométricos de corte. c) para que os volumes dos cortes possam ser compensados pelos volumes geométricos de aterro, é necessário corrigir os volumes pelo fator de empolamento. d) considerando o fator de empolação, volumes geométricos dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos volumes geométricos de corte. e) para que os volumes dos cortes possam ser compensados pelos volumes de aterro compactado, é necessário corrigir os volumes pelo fator de homogeneização. 2. Observe o diagrama de massas abaixo. 30 Analise as afirmativas abaixo: I. O volume de transporte na área abaixo da linha azul é 60.000m3. II. A distância média de transporte na área abaixo da linha azul é 8dam. III. O momento de transporte na área abaixo da linha azul é 480.000m3xdam. IV. O volume de aterro compactado entre as estacas 1 e 8 é de 20.000m3. V. O volume de corte entre as estacas 13 e 15 é de40.000m3. Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas. a) Apenas as afirmativas II e IV. b) Apenas as afirmativas I, II e III. c) Apenas as afirmativas II, IV e V. d) Apenas as afirmativas II e IV. e) Apenas a afirmativa IV e V. 3. (ENADE 2011- Adaptado) Em razão dos jogos da copa de 2014 foi feita uma ampliação em uma pista de pouso e decolagem de um aeroporto. A pista que foi ampliada tem um comprimento de 1.200m e foi estaqueada com um total de 60 estacas de 20m cada. O projeto de terraplenagem desta ampliação foi realizado e foi feito o seguinte diagrama de massas. A partir da linha de distribuição representada no diagrama, qual é o volume do bota-fora? 31 a) 110m3. b) 500m3. c) 600m3. d) 1.100m3. e) 1.200m3. 4. A figura a seguir mostra um trecho da estrada conforme perfis abaixo. Considerando que o Fator de homogeneização é 1,25 e que a distância média de transportes é 960m. Avalie as afirmações abaixo: I. A área total de aterro da estaca 1 é aproximadamente 76,65m2. II. A área total de aterro da estaca 2 é aproximadamente 73,50m2. III. O volume de aterro entre as estacas 1 e 2, sabendo que a distância entre as estacas é 20m, é aproximadamente 1.727,50m3. IV. O momento de transportes é aproximadamente 1.858,40 m3xdam. Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas. a) Apenas a afirmativa I. b) Apenas a afirmativa II. c) Apenas as afirmativas I e IV. d) Apenas as afirmativas II e III. e) Apenas a afirmativa II, III e IV. 32 5. (ENADE 2017- Adaptado) Um engenheiro está desenvolvendo um projeto de terraplenagem de um trecho de uma rodovia federal, compreendido entre as estacas 0 e 25, e construiu o Diagrama de Brückner conforme figura abaixo. Baseado neste diagrama é possível afirmar que: a) O volume de transporte entre as estacas 10 e 14 é de aproximadamente 6.500m3. b) A distância média de transporte entre as estacas 1 e 9 é aproximadamente 160dam. c) O momento de transporte entre as estacas 10 e 17 é de 45.000m3xdam. d) O volume de aterro entre as estacas 18 e 22 é de 5.000m3. e) O volume de corte entre as estacas 6 e 9 é de 6.000m3. 6. (COPESE - UFPI 2014 - Adaptado) O diagrama de massas facilita a análise do movimento de terra e a distribuição dos materiais de terraplenagem, definindo a origem e o destino desses materiais, indicando volumes e distâncias médias de transporte. Com base no diagrama abaixo e considerando que D é o ponto médio do alinhamento BF, a distância média de transporte, o volume transportado e o momento de transporte são respectivamente. 33 a) AC; BF e ACxBF. b) AB; BD e ABxBD. c) AC; BD e ACxBD. d) BF; AC e BFxAC. e) CE; BF e CExBF. 7. (PERITO CRIMINAL – ENGENHARIA CIVIL - 2014 - Adaptado) A respeito do diagrama de Brückner, que facilita a análise da distribuição de materiais escavados quando se projeta, uma estrada, assinale a opção correta. a) A forma do diagrama possui relação direta com a topografia do terreno. b) Os pontos máximos do diagrama correspondem à passagem de corte para aterro. c) Qualquer linha vertical do diagrama representa trechos de volumes compensados. d) Todo trecho ascendente do diagrama corresponde a um trecho de aterro. e) Este diagrama não deve ser utilizado em seções mistas. 8. Em um trecho em construção de uma estrada, durante a terraplenagem, a quantidade transportada para execução de um aterro é de aproximadamente 260m3 de material. Considerando que o empolamento do solo é de 18%, o custo da retirada de terra é de R$ 95,00, que a capacidade do caminhão é de 7,50m3 por viagem e que o fator de homogeneização é 1,35, assinale a alternativa correta. a) O volume de corte é aproximadamente 193m3. b) O volume compactado é aproximadamente 187m3. c) Serão realizadas aproximadamente 30 viagens para executar este transporte. 34d) Caso o empolamento do solo fosse 27% o volume de corte aproximado seria 173m3. e) O custo total aproximado de transporte será R$ 3.325,00. 35 GABARITO QUESTÃO 1 E QUESTÃO 2 C QUESTÃO 3 D QUESTÃO 4 D QUESTÃO 5 A QUESTÃO 6 E QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 E 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMBITANTE, André L. Estradas. Porto Alegre: SAGAH, 2017. ANTAS, Paulo Mendes; VIEIRA, Alvaro; GONÇALO, Eluisio A.; LOPES Luiz A. S.Estradas – Projeto Geométrico e de terraplenagem. São Paulo: Interciência, 2010. AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Histórico das ferrovias. Disponível em: https://abreai.link/xwdsg. Acesso em 06 jan. 2023. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTES. Conheça o ABC das rodovias brasileiras. Disponível em: https://abreai.link/b6avy. Acesso em 19 fev. 2020. DRESCH, Fernanda. Projeto de Estradas. Porto Alegre: SAGAH, 2018. DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários. Escopos Básicos / Instruções de Serviço. Terceira edição - 2006. Disponível em: https://tinyurl.com/47h76bmh. Acesso em 31 jan. 2023. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Centrais de conteúdo. Disponível em: https://tinyurl.com/yjpmab53. Acesso em 09 jan. 2023. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais, 1999. Disponível em: https://tinyurl.com/yvb3ef42. Acesso em 11 jan. 2023. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Nomenclatura das Rodovias Nacionais, 2020. Disponível em: https://tinyurl.com/bafpmdxp. Acesso em 10 jan. 2023. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. As ferrovias na República. Disponível em: https://tinyurl.com/428yfpya. Acesso em 09 jan. 2023. LOURO, Thiago V. Projetos de Engenharia de Tráfico. São Paulo: Editora Saraiva,2021. PASTANA, Carlos Eduardo T. Pavimentos de Estradas I. 2010. Disponível em: https://tinyurl.com/ykkprhzm. Acesso em: 31 jan. 2023. PATRIZZI, Vinícius C. Estradas e Aeroportos. UNIP – Universidade Paulista: Engenharia Civil, Estradas e Aeroportos. 2013. Disponível em: https://tinyurl.com/3ccyhdtv. Acesso em: 21 jan. 2023. PIMENTA, Carlos R.; SILVA, Irineu da.; OLIVEIRA, Márcio P.; SEGANTINE, Paulo Cesar Lima. Projeto Geométrico de Rodovias.Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda.Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595152212. Disponível em: https://abreai.link/g30qr. Acesso em: 19/01/2023. https://abreai.link/xwdsg. https://abreai.link/b6avy. https://tinyurl.com/47h76bmh https://tinyurl.com/yjpmab53 https://tinyurl.com/yvb3ef42 https://tinyurl.com/bafpmdxp https://tinyurl.com/428yfpya https://tinyurl.com/ykkprhzm https://tinyurl.com/3ccyhdtv https://abreai.link/g30qr. 37 PIMENTA, Carlos R. T. e OLIVEIRA, Márcio P. Projeto Geométrico de Rodovias. 2a edição. São Carlos: RiMa Editora, 2004. PLANETA FERROVIA. Disponível em: https://tinyurl.com/2c6butkm. Acesso em 09 jan. 2023. PONTES FILHO, Glauco. Estradas de Rodagem: Projeto Geométrico. São Paulo: Bidim, 1998. SENÇO, Wlastermiler de. Manual de técnicas de projetos rodoviários. São Paulo: Pini, 2008. VEJA, Revista. Disponível em: https://tinyurl.com/48h8s7se. Acesso em 09 jan. 2023. https://tinyurl.com/2c6butkm https://tinyurl.com/48h8s7se 38