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DIREITO CIVIL
 PARTE GERAL
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
Faculdade de Direito
Prof.: Nicia Diógenes
Notas introdutórias
1 - Importância do estudo
2 - Ementa
3 - Objetivos gerais
4 - Conteúdo programático
5 - Bibliografia
Notas introdutórias
6 - Metodologia
– Aulas expositivas
– Estudo dirigido de textos
– Casos práticos
– Análise de jurisprudência
– Debates
7 - Chamada
8 - Avaliação
- avaliações subjetivas – difusas, atividades discursivas, qualitativas, 
agendadas conforme avanço do conteúdo ministrado em sala.
- avaliações objetivas 
I) 1ª avaliação
II) 2ª avaliação
III) prova final
●O que é direito?
Primeiro dia de aula, o professor de Introdução ao Direito entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno 
que estava sentado na pri...meira fila:
- Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nelson, Senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estavam 
assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - vamos começar .
- Para que servem as leis? Perguntou o professor.
Os alunos seguiam assustados, porém, pouco a pouco, começaram a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça. - falou, timidamente, uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíam respondendo:
- Para salvaguardar os Direitos Humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal, porém, respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para 
praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, 
nunca mais! Vá buscar o Nelson. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.
Aprenda: 
Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.
CONCEITO DIREITO
Origem etimológica – directum, do verbo 
dirigere (di + regere) = reger, governar → 
direto, reto.
Ps. Jus-juris.
Acepções
Reto, correto, certo.
Prerrogativas conferidas a alguém.
Conjunto de normas jurídicas.
Etc...
Etc...
CONCEITO DIREITO
 Carlos Ducci Claro, in Derecho Civil, p. 9 – “O Direito 
constitui o conjunto de imperativos vigentes em uma 
comunidade, pelo qual se transformam simples 
relações humanas em relações jurídicas”.
Cristiano Chaves de Farias, in Direito Civil: Teoria Geral, 
p. 3 – “[...] o Direito – e particularmente o Direito Civil – 
forma-se a partir da influência sócio-cultural das 
civilizações, com os reflexos de cada momento 
histórico”.
Conceito de Direito
* O direito não é uma realidade dada e acabada.
* Teoria tridimensional - o Direito se compõe da 
conjugação harmônica dos três aspectos primordiais de 
distintas concepções unilaterais:
- O aspecto normativo, ou seja, o aspecto de 
ordenamento do Direito;
- O aspecto fático, ou seja, o seu nicho social e histórico; 
e
- O aspecto axiológico, ou seja, os valores buscados pela 
sociedade, como a Justiça.
Dialética de complementaridade segundo 
Reale:
 Valor
 
 Fato Norma
DIREITO E MORAL
Definição de moral
Origem etimológica - Mos, Mores = costumes ou tradições
“A moral é um sistema de normas, princípios e valores, 
segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas 
entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal 
maneira que estas normas, dotadas de um caráter 
histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, 
por uma convicção íntima, e não de uma maneira 
mecânica, externa um impessoal”. (Vazquez) 
 (Vazquez) 
 (Vazquez) 
(Vazquez) 
(Vazquez) 
DIREITO E MORAL
• - Semelhanças entre o direito e a moral:
Ambos disciplinam a relação entre os homens por 
meio de normas. 
Tanto as normas jurídicas como as morais se 
apresentam sob a forma imperativa.
Ambas visam à garantia da coesão social, 
atendendo à mesma necessidade social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
Moral e direito se modificam no mesmo momento 
em que se altera historicamente o conteúdo de sua 
função social.
DIREITO E MORAL
• - Distinção entre moral e direito:
A vida moral é interior e a vida jurídica é 
exterior. A observância da norma moral 
depende do foro íntimo da consciência 
individual. 
A coação é interna em relação à moral e 
externa no tangente ao direito. 
A moral é mais abrangente que o 
direito. 
A moral precedeu o direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO E MORAL
DIREITO E 
MORAL
Direito
● Coercível
● Heterônomo
DIVISÃO DOUTRINÁRIA DO DIREITO – 
PÚBLICO X PRIVADO
• Critério – origem da relação jurídica que
integra o conteúdo do ramo do direito.
Grande dicotomia do direito.
– Direito Público – interesses diretos ou
indiretos do poder público.
Ramos: Direito Internacional Público, Direito
Administrativo, Direito Constitucional, Direito
Econômico, Direito Tributário, Direito Penal,etc...
– Direito Privado - interesses predominantemente 
particulares. 
Ramos: Direito Civil, o Direito Comercial e o Direito 
Internacional Privado. 
Superação da dicotomia
DIVISÃO DOUTRINÁRIA DO DIREITO – 
PÚBLICO X PRIVADO
Direito Público
 Predomínio do
interesse geral
 Inderrogável pela
vontade das partes
Direito Privado
 Predomínio do
interesse
individualizado
 Derrogável pela
vontade das partes
História do Direito Civil
 Direito romano
– O direito privado era um só para regular toda relação
entre particulares.
– Distinção entre jus civile (romanos) e o jus gentium
(estrangeiros).
 Imperador Justiniano – conjunto de obras 
jurídicas -
Corpus Juris Civilis – identidade entre direito privado e
direito civil
– Divisão do Direito Civil em:
 Jus civile – Aplicável dentro das fronteiras do
império
 Jus gentium – aplicável às nações estrangeiras
 Jus naturale – ideal jurídico a se buscar
História do Direito Civil
 Idade Média – Corpus Juris Civilis
– Direito Romano x Direito Germânico x Direito Canônico
 Idade Moderna – Universidades e necessidade de
sistematização das normas
– Direito Público x Direito Privado
 Sec. XIX
– Desmembramento do direito privado – Código Civil e
Comercial de Napoleão
– Início da era da codificação
História do Direito Civil
 Séc. XX
– Código Alemão – BGB (1900)
 Conteúdo lógico formal
 Princípios abstratos e generalizados –segurança do Direito
– Código Suíço (1907)
 Qualidade científica e Clareza NapoleônicaHistória do Direito Civil no Brasil
 Brasil-Colônia – Leis Portuguesas
– Ordenações filipinas (baseada nos sistemas romano e
canônico)
 Independência do Brasil (1822)
– Incorporação, recepção ou codificação?
– Primeiro momento – recepção - vigência das ordenações,
leis e decretos de Portugal
 Constituição Federal de 1824
– Previsão de um Código Civil e Criminal – bases sólidas de
justiça e equidade.
– Código Comercial (1850)
História do Direito Civil Brasileiro
 História do Código Civil Brasileiro
– Projetos
 Teixeira de Freitas – prévia consolidação e “esboço”
(1855)
 Teixeira de Freitas – Projeto de Código Civil (1859)
 Nabuco de Araújo – Ministro da Justiça (1872)
 Joaquim Felício dos Santos – “apontamentos” rejeitados
pela comissão
 Comissão examinadora do projeto anterior – Proclamação
da República
 Coelho Rodrigues – projeto não aprovado pelo legislativo
 1895 – Comissão especial – Projeto de Coelho Rodrigues
– Clóvis Beviláqua: CC 1916/1017 – Código Civil (Lei nº 3.071 de 01/01/1917)  
Alterado pela Lei nº 3.725 de 01/01/1919  Características: – Rigor científico – 
Dualidade do direito privado – Individualista e patrimonial
História do Código Civil Brasileiro
 Constituição Federal de 1988
 Novos princípios
 Maior intervenção do Estado em determinadas esferas
até então, exclusivamente privadas.
 Unificação parcial do Direito Privado
– Necessidade de um novo Código
 Complexidade e dinamismo das relações sociais
 Criação de micro-sistemas jurídicos (leis esparsas)
 Retirada de setores do CC
– Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/71)
– Lei do Divórcio (Lei nº 6.515/77)
– ECA (Lei nº 8.069/90) 
História do Código Civil Brasileiro
 Novo Código Civil – 2002
– Características:
 Unificação parcial do direito privado
– Teoria da empresa
– Revogação da primeira parte do Código Comercial.
– PS. Enunciado 75 da Jornada de Direito Civil – não foi
abolida a autonomia científica do Direito Comercial, pois a
unificação foi parcial.
 Reconhecimento da jurisprudência
Novos paradigmas
Conceito de Direito Civil
 Origem etimológica – Cives = cidadão (jus cives 
= direito do cidadão) 
 Pilares: – Conjunto de normas 
– Relações jurídicas de natureza privada 
– Direito comum 
– Regula a pessoas, família e patrimônio 
– Momento – antes de nascer e após morrer
Conceito de Direito Civil
 Francisco Amaral – É o conjunto de normas e princípios que 
disciplinam as relações jurídicas comuns de natureza privada. É o 
direito comum, geral ou ordinário. De modo analítico, é o direito que 
regula a pessoa, a na sua existência e atividade, a família e o 
patrimônio. 
 Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze – “ramo do Direito que disciplina 
todas as relações patrimoniais que se formam entre os indivíduos 
encarados como tal, isto é, tanto quanto membros da sociedade”. 
 Carlos Roberto Gonçalves – “Disciplina a vida das pessoas desde 
a concepção – e mesmo antes dela, quando permite que se 
contemple a prole eventual – até a morte, e ainda depois dela, 
reconhecendo a eficácia posto mortem do testamento e exigindo 
respeito à memória dos mortos”.
Autonomia do Direito Civil
– Não existe autonomia absoluta, pois a ciência é o 
Direito - autonomia no estudo científico.
 Aspectos da autonomia:
– Didática- necessidade pedagógica de existência em cursos
jurídicos.
– Formal ou legislativa – norma em código – critério científico
ou utilidade prática?
– Substancial ou jurídica – conteúdo particular e original, com
princípios próprios que justificam a construção do ramo
autônomo e um corpo orgânico capaz de sustentar a sua
existência.
Fontes do Direito Civil
 Fontes = causa, origem, princípio
– Matrizes que originam o Direito Civil.
– Regras jurídicas nas quais o indivíduo sustenta o
seu direito ou o juiz o declara.
 As fontes podem ser:
– Materiais 
- Fenômenos sociais que originam a norma jurídica e dão 
elementos extraídos da realidade social e dos ideais dominantes para o seu 
conteúdo. – P. ex.:  Fundamentos históricos  Político-econômicos  
Religiosos  Morais  Sociais  Etc.
– Formais
Fontes formais
● Determinam os modos de formação e revelação das normas 
jurídicas.
● Indicam os meios através dos quais o direito objetivo se 
manifesta.
– São fontes formais:
● Lei
● Analogia
● Costumes 
● Princípios gerais de Direito
– Fontes não formais
● Doutrina 
● Jurisprudência
Relação do Direito Civil com 
outros ramos do direito
 Constitucionalização do Direito Civil
– Princípios Constitucionais relativos ao Direito 
Civil:
 Igualdade
 Legalidade
 Dignidade da pessoa humana
 Liberdade
 Propriedade
 Função social
 segurança
Aspectos gerais
 Ramos do Direito Civil
– Parte geral, família, sucessões, obrigações, das coisas.
 Princípios do Direito Civil
– Personalidade
 Todo ser humano é capaz de titularizar obrigações e direitos
– Autonomia da vontade
 Liberdade para praticar ou se abster de atos
– Propriedade
 Possibilidade de construir patrimônio
– Valorização familiar
 Equilíbrio entre proteção familiar e dig. da pessoa hum.
– Função social (solidariedade)
 Concilia exigências coletivas e interesses particulares
– Boa fé-objetiva
 Compreensão ética das relações privadas

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