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Aula 1 1. O processo de comunicação envolve um emissor, uma mensagem, um canal e um receptor. No entanto, durante esse processo, os ruídos podem ocorrer, interferindo na transmissão e recepção corretas da mensagem. Esses ruídos podem ser de vários tipos, incluindo ruído físico, psicológico e semântico, entre outros. Considerando a descrição acima, qual das seguintes afirmações é verdadeira em relação aos ruídos no processo de comunicação? E. O ruído psicológico se refere à distração ou ao preconceito mental do receptor que pode prejudicar a compreensão correta da mensagem. O ruído psicológico é qualquer distração ou preconceito mental que possa impedir a recepção ou compreensão correta da mensagem. As outras opções estão erradas, pois confundem os tipos de ruídos. O ruído físico refere-se a problemas físicos ou ambientais, como barulho ou má qualidade de sinal, que interferem na transmissão da mensagem. Já o ruído semântico ocorre quando o emissor e o receptor interpretam os símbolos ou linguagem da mensagem de maneira diferente. 2. Compreender o processo de comunicação e seus elementos fundamentais é crucial para garantir uma troca de informações eficaz e precisa. De acordo com o linguista Roman Jakobson, seis elementos são essenciais neste processo: o emissor (destinador), o receptor (destinatário), o canal, a mensagem, o código e o referente. A compreensão adequada desses elementos permite não apenas a codificação e decodificação da mensagem, mas também a escolha do canal mais apropriado e a consideração do contexto da mensagem. Com base nesse entendimento, analise as afirmações a seguir. I. A mensagem necessita de um canal físico para a transmissão da informação, assim como de uma conexão psicológica entre o emissor e o receptor, para que haja compreensão. II. O código utilizado na mensagem não precisa ser comum entre o emissor e o receptor, podendo ser distinto para cada parte envolvida no processo comunicativo. III. O contexto da mensagem, seja ele verbal ou passível de verbalização, deve ser apreendido pelo receptor para que a comunicação seja efetiva. Está correto o que se afirma em: C. I, apenas. Há situações em que a comunicação ocorre mesmo que o contexto não seja completamente compreendido pelo receptor. Portanto, apenas a afirmação I está correta, pois destaca corretamente a importância tanto do canal físico quanto da conexão psicológica na comunicação. Já a II está incorreta, pois, conforme mencionado no texto, a mensagem precisa de um código que seja comum ao emissor e ao receptor, ao menos em parte, para que a comunicação seja efetiva. Portanto, o código não pode ser distinto para cada parte envolvida no processo comunicativo. Por sua vez, a afirmação III está equivocada porque o texto deixa claro que o contexto da mensagem precisa ser apreendido pelo receptor, mas não estabelece que isso seja uma condição para a comunicação ser efetiva. 3. Roman Jakobson, um importante linguista, definiu seis elementos essenciais para um ato comunicativo efetivo. Segundo ele, a comunicação ocorre quando há um emissor (que envia a mensagem), um receptor (que recebe a mensagem), um canal (o meio pelo qual a mensagem é transmitida), um código (o sistema de sinais usado para codificar a mensagem), um referente (o contexto da mensagem) e a própria mensagem. Esses elementos operam de maneira conjunta e são necessários para que a comunicação seja bem-sucedida, seja a intenção explícita ou não. Com base nesse conceito, marque a alternativa correta. Você acertou! A. O emissor e o receptor precisam compartilhar o mesmo código para a comunicação ser efetiva. Para uma comunicação efetiva, tanto o emissor quanto o receptor devem compartilhar o mesmo código, ou seja, devem ser capazes de entender o sistema de sinais usado para codificar e decodificar a mensagem. A mensagem é um elemento crucial, mas todos os outros elementos também são necessários para a comunicação. O código pode ser qualquer sistema de sinais compartilhado, não apenas a linguagem falada ou escrita. O canal pode ser qualquer meio que transmita a mensagem, não apenas meios digitais. O referente é importante para fornecer contexto, mas a comunicação ainda pode ocorrer sem um referente específico. 4. Segundo o linguista Roman Jakobson, cada um dos seis elementos fundamentais da comunicação — emissor, receptor, canal, código, referente e mensagem — determina uma função diferente da linguagem. Para uma comunicação eficaz, a mensagem precisa se referir a algo externo a ela, ou seja, precisa ter um contexto. Além disso, o contato, que representa tanto o canal físico em que a mensagem circula quanto as ligações psicológicas entre o destinador e o destinatário, é um aspecto crucial da comunicação. Isso significa que ambos, emissor e receptor, só percebem a mensagem porque dominam o mesmo código. Com base nesse conceito, marque a alternativa correta. D. A função do referente é fornecer contexto à mensagem. De acordo com Jakobson, o referente fornece contexto à mensagem, o que é essencial para uma comunicação eficaz. O canal de comunicação tem importância tanto física quanto psicológica. Emissor e receptor precisam dominar o mesmo código para que a comunicação seja eficaz. Assim como todos os elementos da comunicação têm uma função, não apenas a mensagem. A presença de contexto geralmente melhora a eficácia da mensagem, não a sua ausência. 5. No processo de comunicação, existem diversos elementos essenciais que precisam funcionar em harmonia para garantir uma transmissão de mensagem eficaz. No entanto, barreiras ou obstáculos, também conhecidos como "ruídos", podem perturbar esses elementos e interferir na comunicação como um todo. Qualquer tipo de comunicação pode sofrer com ruídos e, em alguns casos, essas barreiras podem até impedir a comunicação ou afetar a fluidez das trocas comunicacionais. Com base nisso, assinale a alternativa correta. B. O ruído na comunicação é qualquer perturbação que interfere na transmissão adequada da mensagem ao receptor. O ruído na comunicação é qualquer perturbação que impede que a mensagem chegue adequadamente ao receptor. Além disso, o ruído na comunicação pode incluir, mas não está limitado a, interferências físicas. Assim como qualquer tipo de comunicação, não apenas a verbal, pode sofrer com ruídos. A presença de ruído não necessariamente leva à total falha na comunicação, mas pode interferir na sua fluidez. E nem todos os ruídos na comunicação são evitáveis ou indicam falta de planejamento. Aula 2 1. Machado de Assis, uma das figuras literárias mais renomadas do Brasil, era mestre em utilizar a descrição. Ao descrever personagens, Machado frequentemente entrelaçava a aparência externa com traços internos, proporcionando ao leitor uma visão holística e profunda do indivíduo. Na obra Conto de escola, observe como Machado de Assis descreve o personagem Raimundo: "Chamava-se Raimundo este pequeno e era mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levavam apenas trinta ou cinquenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco" (Assis, 1994, p. 2). No trecho citado, Machado de Assis: C. faz tanto a descrição física quanto a psicológica para que o leitor construa uma ideia integral do personagem. No trecho apresentado, a descrição de Raimundo oferece uma visão nítida não apenas do aspecto físico da criança, mas também de sua disposição mental, de seus desafios e de sua relação com o ambiente escolar e familiar. Essa abordagem multidimensional da descrição é típica do estilo de Machado, em que cada detalhe é meticulosamente escolhido para pintar um retrato completo e evocativo. Portanto, o trecho apresenta uma descrição tanto objetiva quanto subjetiva do personagem para que o leitor tenha uma ideia integral dele. 2. Eça de Queirós, umadas vozes mais distintas da literatura portuguesa do século XIX, tinha uma capacidade notável de transformar a linguagem em uma paisagem viva e pulsante. O autor, com sua escrita realista, tinha o dom de pintar quadros vivos com suas palavras, de modo a transportar o leitor para o coração da cena descrita. Considere o seguinte trecho: "A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma portinha pequena. Logo à entrada, um cheiro mole e salobro enojou-a. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente, apertada entre paredes onde a cal caía, e a umidade fizera nódoas. No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado, coberta de teias de aranha, coava a luz suja do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-se o ranger de um berço, o chorar doloroso de uma criança" (Queirós, 2001, p. 262?). Observando os recursos de estilo presentes na composição desse trecho de O primo Basílio, é correto afirmar que: B. o autor conduz o leitor pelo olhar do personagem que sai da carruagem. Ao caracterizar o personagem psicologicamente, o autor explora a descrição subjetiva, mas não é apenas este o artifício utilizado. Além disso, o autor explora tanto os aspectos físicos (tamanho, cor da pele) quanto os aspectos psicológicos do personagem (inteligência tardia, raramente alegre, etc.). Tanto a descrição objetiva como subjetiva são utilizadas pelo autor. A descrição objetiva é usada no momento em que descreve os aspectos físicos do personagem. E a descrição subjetiva é usada pelo autor no momento em que descreve os aspectos psicológicos do personagem. 3. Os textos descritivos são frequentemente utilizados para detalhar e representar características, qualidades e aspectos de pessoas, objetos, lugares, entre outros. A descrição procura retratar de forma precisa e, muitas vezes, minuciosa determinado ser ou objeto. Para compor tais textos, o autor deve utilizar estratégias específicas e escolher elementos linguísticos que ajudem o leitor a formar uma imagem mental do que está sendo descrito. Com base no entendimento de textos descritivos, identifique a alternativa que relaciona corretamente elementos e estratégias que devem ser utilizados na construção e na leitura desse tipo de texto. D. Textos descritivos fazem uso de adjetivos, termos concretos e figuras de linguagem, como metáforas e comparações para enriquecer a descrição e permitir uma visualização mais detalhada. Os textos descritivos utilizam adjetivos, termos específicos e figuras de linguagem para enriquecer a descrição e proporcionar ao leitor uma representação clara e detalhada do que está sendo descrito. Além disso, costumam ser detalhados para proporcionar uma imagem clara ao leitor sobre o objeto ou sujeito descrito. Nos textos descritivos, verbos de ação não são predominantes. Ao contrário, há um foco maior em adjetivos e expressões que detalham características. Já a ordem cronológica é uma característica de textos narrativos, e não dos descritivos. Embora diálogos possam aparecer em qualquer gênero textual, eles não são essenciais em textos descritivos, especialmente para descrever características físicas. 4. Na literatura, na redação acadêmica e em outras formas de escrita, os textos descritivos têm um papel crucial. Eles são empregados para criar imagens vivas e claras na mente do leitor, detalhando pessoas, lugares, objetos ou situações, com uma linguagem rica e expressiva. A habilidade de entender e identificar a estrutura desses textos é fundamental para a interpretação correta e a apreciação da riqueza dos detalhes apresentados pelo autor. Considerando o exposto, identifique a alternativa correta que apresenta os elementos típicos que compõem a estrutura de um texto preponderantemente descritivo. E. Apresentação do objeto de descrição, detalhamento de características físicas e sensoriais, uso de adjetivos e expressões que evocam imagens mentais. Em um texto descritivo, o foco está na apresentação detalhada de um objeto, pessoa, lugar ou situação, utilizando-se de uma linguagem rica em adjetivos e expressões que ajudam a criar uma imagem clara e vívida na mente do leitor. Já a apresentação do contexto, o desenvolvimento da ação, o clímax e a conclusão fazem parte da estrutura típica de um texto narrativo, em que há um desenvolvimento de ações que culminam em um clímax e se resolvem na conclusão. A introdução ao tema, a apresentação de argumentos, a refutação e a conclusão são partes da estrutura comum em textos argumentativos. A proposição do problema, o desenvolvimento de hipóteses, a execução do experimento e a discussão dos resultados são típicos de textos expositivos ou científicos, especialmente em relatórios de pesquisa e artigos acadêmicos. 5. As sequências descritivas são componentes cruciais em muitos gêneros textuais, desde romances literários até relatórios técnicos. A habilidade de reconhecer e construir essas sequências é essencial para escritores e leitores, pois elas proporcionam detalhes e contextos que enriquecem a compreensão e a apreciação dos textos. Essas descrições ajudam a iluminar características, ambientes, personagens e objetos, tornando o texto mais vivo e engajante. Com base nisso, identifique a alternativa que ilustra a utilização eficaz de sequências descritivas na construção de diferentes gêneros textuais. a. Você acertou! A. Em um romance, descrever detalhadamente as emoções e expressões dos personagens, bem como o ambiente ao redor, para construir uma atmosfera envolvente. Em romances, as sequências descritivas são vitais para construir um mundo vívido e tridimensional, proporcionando uma experiência imersiva para o leitor e dando profundidade aos personagens e aos cenários. Já, em notícias, a objetividade e a concisão são fundamentais. Longas descrições podem desviar o foco das informações centrais que o texto busca transmitir. Manuais de instruções devem ser claros e concisos. Embora a descrição do produto seja importante, não deve ofuscar a clareza das instruções operacionais. Além disso, o uso excessivo de termos técnicos e jargões pode tornar o texto inacessível para leitores que não estão familiarizados com eles, o que não é um uso eficaz de sequências descritivas. Em artigos científicos, é essencial equilibrar a descrição do ambiente de pesquisa com a apresentação e a discussão dos resultados. O foco excessivo em qualquer elemento pode comprometer a eficácia do texto. Aula 3 1. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de incoerência no texto: Você acertou! A. Choveu muito durante o inverno e foram necessários novos projetos para ampliar a irrigação. Esse é um exemplo de incoerência. Se houve chuva suficiente, não há necessidade de ampliar a irrigação. 2. Observe a seguinte proposição: "Ontem, fui ao médico e ele me recomendou repouso e um remédio para melhorar o sono porque não estou tendo problemas com o estresse". Qual alternativa apresenta uma maneira de reescrever a frase de forma que ela fique coerente? B. Ontem, fui ao médico e ele me recomendou repouso e um remédio para melhorar o sono, apesar de eu não estar tendo problemas com o estresse. A frase ganha sentido com o conectivo "apesar de". 3. Observe a frase a seguir: "Ele sempre foi bom, porém honesto". O conectivo mais adequado para promover a coerência da frase é: C. E. O conectivo "e" completa e dá coerência à frase a partir de uma relação de adição. 4. Assinale a alternativa que apresenta a frase coerente e coesa: D. O trânsito ficou completamente paralisado por duas horas por causa das fortes chuvas. A frase é coerente e foi utilizado o conectivo correto. E. O animal seria cruel ao matar um homem, enquanto os homens matam livremente os animais para comê-los, sem que isso seja considerado crueldade. Essa é a incoerência apresentada no diálogo da tirinha. Aula 4 1. As estratégias de leitura contextual não se limitam à superfície textual. Elas englobam a análise das entrelinhas, das intenções do autor e dos subtextos presentes na obra, permitindouma compreensão mais ampla e profunda da mensagem transmitida. Leia o trecho da crônica “Dirigir um lar”, de Clarice Lispector, de 24 de fevereiro de 1960: "Somente uma mulher, e dona de casa, sabe e reconhece a grande tarefa que é bem dirigir uma casa. A dona de casa tem de ser, antes de tudo, uma economista, uma “equilibrista” das finanças, principalmente, com as dificuldades da vida atual. O lar é o lugar onde devemos encontrar a nossa paz de espírito num ambiente limpo, sadio e agradável e cabe à mulher providenciar isso [...] A boa dona de casa é a que sabe dar ordens e acompanha de perto a sua execução. É a que mantém a limpeza, a ordem, o capricho em sua casa, sem fazer desta um eterno lugar de cerimônias, de deveres, onde tudo é proibido. É a que faz de sua casa o lugar de descanso, da felicidade, do marido e dos filhos, onde eles se sentem realmente bem, à vontade e são bem tratados. O melhor lugar do mundo." Considerando as informações contextuais e o trecho da crônica, indique a alternativa correta sobre a função principal da mulher, no ano de 1960, como dona de casa: D. Gerir a casa e mantê-la em ordem. A função da mulher era de gerir a casa e mantê-la em ordem, uma vez que essa função foi definida no início do texto e explicitada ao longo dele. Além disso, as questões espirituais não foram sinalizadas no texto. Ainda, definir o que era permitido ou proibido e preparar um lugar cerimonioso não foram mencionados no trecho. Promover a paz de espírito dos moradores não foi enfatizada no texto como função da mulher, talvez como resultado. 2. O aprimoramento das estratégias de leitura é essencial para uma compreensão mais profunda e eficaz do texto. As estratégias contextuais referem-se à habilidade do leitor em compreender um texto por meio de pistas contextuais, como palavras-chave, expressões ou estrutura do texto. Considerando a importância das estratégias contextuais na leitura, escolha a alternativa que indica uma maneira correta de aprimorar essas estratégias. E. Identificar palavras-chave e expressões-chave para compreender o contexto e buscar conexões entre elas e as informações do texto. Identificar palavras-chave e expressões-chave auxilia na compreensão do contexto global do texto, ajudando o leitor a encontrar conexões significativas. Já focar apenas em palavras desconhecidas pode limitar a compreensão do contexto global do texto. Assim como pular partes do texto prejudica a compreensão completa do contexto apresentado. Ignorar completamente o contexto não contribui para uma compreensão adequada do texto e saltar diretamente para perguntas ou resumos pode prejudicar a compreensão contextual do texto antes da leitura. 3. Ao tematizar o mesmo fato da revista Veja, a revista Carta Capital, de 11 de março de 2013, traz também a notícia da morte de Hugo Chávez. Observe as informações contextuais presentes na capa e julgue as três asserções que seguem com relação ao posicionamento desse veículo quanto às ações do ex-presidente. As imagens do vídeo a seguir possuem audiodescrição. Para acessar o recurso, Das três afirmativas, pode-se dizer que: I. A revista Carta Capital, provavelmente, foi favorável à política do ex-presidente, o que pode ser afirmado pela manchete “a morte de um líder” e pela imagem de um líder que olha para frente com um semblante de visionário. II. A revista Carta Capital, provavelmente, foi contrária à política do ex-presidente, o que pode ser afirmado pela opção por uma imagem desfocada e com cores vibrantes. III. Os indícios deixados na capa não são suficientes para que o leitor infira sobre o posicionamento da revista Carta Capital em relação à política do ex-presidente. Assinale a alternativa correta: D. I. Todos os indícios verbais e não verbais da capa da revista são suficientes para que o leitor entenda o posicionamento favorável da revista Carta Capital em relação à política do ex-presidente. Portanto, apenas a assertiva I está correta. Já as alternativas II e III estão incorretas. 4. As estratégias de leitura contextual representam um conjunto valioso de ferramentas que os leitores utilizam para compreender um texto para além das palavras escritas. A leitura contextual vai além da mera decodificação do texto, pois busca captar os significados implícitos e subjacentes, considerando o contexto em que a obra foi produzida. A partir disso, analise o trecho da canção “Língua”, de Caetano Veloso: "Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões Gosto de ser e de estar E quero me dedicar a criar confusões de prosódia E uma profusão de paródias Que encurtem dores E furtem cores como camaleões Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia está para a prosa Assim como o amor está para a amizade E quem há de negar que esta lhe é superior? E deixe os Portugais morrerem à míngua "Minha pátria é minha língua" Fala Mangueira! Fala! Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer O que pode esta língua?" A partir dos versos acima, qual dispensa inferências a conhecimentos específicos para que o leitor possa construir um sentido? E. O que quer/O que pode esta língua? No trecho "O que quer/ O que pode esta língua?" não há referência a um conteúdo específico. O leitor é livre para construir o sentido que desejar para essa pergunta. Já o trecho “Gosto do Pessoa na pessoa” se refere ao poeta português Fernando Pessoa, que deve ser do conhecimento do leitor, para que ele produza sentido do texto. O trecho “[Gosto] Da rosa no Rosa” se refere ao cantor Noel Rosa, que o leitor deve conhecer para ser mais efetivo na leitura. A sentença “E deixe os Portugais morrerem à míngua” se refere à origem da língua portuguesa para o Brasil e a situação atual do país. E a sentença “Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó” trata-se de um dos nomes dados à Língua Portuguesa, sendo o Lácio uma região italiana de onde surgiu o português. Outros termos como “latim em pó” também se referem à origem da língua portuguesa. 5. As estratégias de leitura contextual capacitam os leitores a explorar os significados ocultos, as nuances e os contextos sutis que enriquecem a experiência de leitura, Isso promove uma compreensão mais completa e reflexiva das obras literárias e textos diversos. A partir disso, leia um trecho de “A rosa de Hiroshima”, de Vinícius de Moraes: "Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida. A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada." Ao intitular a poesia de “A rosa de Hiroshima”, Vinícius de Moraes faz uma associação entre as imagens da rosa e da bomba de Hiroshima. Os termos que objetivamente conduzem o leitor para tal ligação são: C. rosa radioativa, anti-rosa atômica. O trecho “Rosa radioativa, anti-rosa atômica” contempla as duas expressões e associam objetivamente as imagens da rosa/anti-rosa à imagem da bomba radioativa e atômica. Já os termos destacados cirrose e cálidas — doentes e quentes — e os termos rotas alteradas e cegas inexatas não vinculam objetivamente a imagem da rosa à imagem da bomba atômica. "Crianças mudas e feridas" não podem ser relacionadas, objetivamente, a nenhuma das imagens em análise. Já a frase "crianças telepáticas" não se referem à imagem em análise e "rosas cálidas" não se vinculam à imagem da bomba. Aula 5 1. Estratégias de leitura são conjuntos de técnicas e habilidades utilizadas pelos leitores para compreender, interpretar e analisar textos de maneira mais eficaz. Elas são fundamentais para que o leitor consiga extrair significados mais profundos, identificar informações importantes, reconhecer relações entre ideias e contextualizar o conteúdo lido. Considerando esse contexto, analise o trecho a seguir e indique a alternativa correta: Para Brasileiro (2013), uma das tarefas mais difíceis do pesquisador, nafase inicial do trabalho, é caracterizar a metodologia da sua pesquisa quanto aos fins, aos meios e à abordagem. No trecho destacado, o tipo de intertextualidade do qual a autora lançou mão foi: C. citação. O trecho indicado utiliza a citação, pois se utiliza do dito de outro texto como argumento de autoridade, mencionando-se a fonte. Já a bricolagem é uma colagem de fragmentos de vários textos, ao passo que a alusão é uma menção que se faz de outro texto sem a devida citação, já que se trata de algo de conhecimento amplo. E a epígrafe constitui uma escrita que serve para introduzir outra como forma de ilustração ou resumo do texto todo. A paródia é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. 2. O desenvolvimento de estratégias de leitura permite a navegação fluida por diferentes gêneros textuais, tornando-se essencial não apenas na esfera acadêmica, mas também no cotidiano, ao lidar com variados tipos de informação presentes em jornais, livros, artigos, entre outros. Essas estratégias englobam desde a compreensão literal do texto até a capacidade de inferir mensagens implícitas e estabelecer conexões com conhecimentos prévios, tornando-se uma habilidade crucial para a construção do conhecimento e o aprimoramento da compreensão textual. A partir desse contexto, considere o trecho a seguir: O chefe da seção disse à equipe: “Vamos juntos, turma! Um galo sozinho não tece uma manhã”. Qual foi o tipo de intertextualidade utilizado pelo autor? Você acertou! A. Alusão. O trecho se utiliza da alusão, pois é uma menção que se faz de outro texto sem a devida citação, já que se trata de algo de conhecimento amplo. Nesse caso, é a alusão de um conhecido poema de João Cabral de Melo Neto, “Tecendo a manhã”. Já a paráfrase é a reprodução do texto de outrem com as palavras do autor, ao passo que a paródia é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Pastiche é uma recorrência a um gênero. O pastiche insiste na norma a ponto de esvaziá-la. E epígrafe constitui uma escrita que serve para introduzir outra, como forma de ilustração ou resumo do texto todo. 3. – "[...] Elas acreditam que o príncipe encantado está a caminho e que um dia serão felizes para sempre. Mas, enquanto isso não acontece, o negócio é viver cada experiência livre e sem culpa. Suas avós eram consideradas mulheres de verdade: cuidavam dos filhos e da casa, tal qual a Amélia da canção de Mário Lago e Ataulfo Alves, de 1942. A geração seguinte exorcizou a Amélia e deu passos largos na luta pela igualdade de direitos entres os sexos, deixando para as filhas um campo menos minado no trajeto para o sucesso profissional" [...] (Orosco, 2003). Ao mencionar a personagem Amélia, da canção de Mário Lago e Ataulfo Alves, a autora pretende: Resposta correta. A. diferenciar as mulheres de verdade, como as avós, das mulheres da sociedade contemporânea. Ao mencionar a personagem Amélia, da canção de Mário Lago e Ataulfo Alves, a autora pretende diferenciar o modelo de mulheres de verdade, as avós, das mulheres da sociedade contemporânea, pois os autores apresentam a Amélia para diferenciá-la dos modelos da mulher contemporânea. Além disso, o trecho apresenta um modelo de mulher que vive com culpa. A tese do autor refere-se ao comportamento da mulher contemporânea. O texto não faz menção de uma geração que exorcizou a desigualdade entre os gêneros. O texto também não comprova que houve uma remoção da ideia da existência de um príncipe encantado e do “felizes para sempre”. 4. No contexto da produção artística e da cultura, é comum uma forma de expressão que utiliza elementos visuais para fazer referência, ridicularizar ou subverter obras, ícones ou conceitos previamente estabelecidos. Considerando a relevância dessa técnica na arte moderna e na comunicação visual, analise a imagem a seguir e identifique o tipo de intertextualidade utilizada na segunda imagem. A imagem a seguir possui audiodescrição. Para acessar o recurso, A. Paródia. A segunda imagem é uma paródia de Salvador Dali criado sobre a obra Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Ou seja, a imagem 2 (a Monalisa de Salvador Dali) é a apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Nesse caso, a paródia retoma o original de forma cômica ao dar a aparência do rosto do artista, Dali, à obra de Da Vinci. Não se trata, portanto, de uma paráfrase, já que não é uma reprodução do texto de outrem com as palavras do autor, tampouco de uma epígrafe que sirva para introduzir outra como forma de ilustração ou resumo do texto todo. Não se pode considerar um pastiche, pois não é uma recorrência a um gênero, a ponto de esvaziá-lo, nem uma alusão, já que esta é uma menção que se faz de outro texto sem a devida citação, uma vez que se trata de algo de conhecimento amplo. 5. Quando se lê um texto e, direta ou indiretamente, se remete a outro, se trata do fenômeno linguístico da intertextualidade, que é o diálogo entre textos. Leia os três fragmentos seguintes, retirados de textos de Drummond, Chico Buarque e Adélia Prado: "Quando nasci, um anjo torto Desses que vivem na sombra Disse: Vai Carlos! Ser 'gauche' na vida." (Andrade, 1964) "Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim." (Buarque, 1989) "Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Esta espécie ainda envergonhada." (Prado,1986) Chico Buarque e Adélia Prado estabelecem, respectivamente, em relação a Carlos Drummond de Andrade, os seguintes tipos de intertextualidade: Você acertou! A. Paráfrase e paródia. Chico Buarque e Adélia Prado estabelecem respectivamente, em relação a Carlos Drummond de Andrade, a paráfrase e a paródia. Chico Buarque diz algo semelhante a Drummond, alterando a estrutura. E Adélia Prado diz algo diferente em uma estrutura inicial muito semelhante. Além disso, Chico Buarque não apenas alude ao tema, mas traz uma mensagem positiva em relação ao dito de Drummond, ao passo que Adélia Prado traz uma construção negativa, descaracterizando a paráfrase. Adélia Prado não cita o trecho em intertexto, mas usa outro recurso para lembrá-lo. Aula 6 1. Qual alternativa apresenta um parágrafo que melhor exemplifica uma introdução de um texto argumentativo? D. O uso excessivo de celulares por crianças em idade escolar é um problema, não só dos professores e funcionários das escolas, mas também – e principalmente – dos pais. É sabido que, atualmente, a maior parte das crianças tem um aparelho que leva para a escola. A justificativa é que, ao permitir que os estudantes tenham celulares e o levem consigo para a sala de aula, a família pode ter um contato direto em caso de emergência. A alternativa D apresenta um parágrafo que pode ser utilizado como introdução de um texto argumentativo. Primeiramente, essa alternativa apresenta o tema que será abordado, o qual, pela primeira linha, entendemos que é “o uso excessivo de celulares por crianças em idade escolar”. Além disso, o parágrafo apresenta informações para contextualizar a informação e “abre” o texto a respeito da possível posição do autor. A alternativa A apresenta um parágrafo que seria melhor usado como conclusão. A alternativa B é um exemplo de texto que poderia ser usado como um parágrafo de desenvolvimento. A alternativa C, embora apresente conteúdos que poderiam ser utilizados como uma introdução, não serviria como narração de um texto argumentativo, mas de uma narrativa. A alternativa E apresenta um texto que serviria como chamada de texto jornalístico. 2. Qual a diferença entre tempo cronológico e tempo psicológico em uma narrativa? Você acertou! A. Tempo cronológico é externo e medido pelo passar do tempo, como em segundos, horas, dias, meses, anos, etc. Já o tempo psicológico é o que ocorre por uma perspectivainterior, sem seguir, necessariamente, uma linha cronológica. Tempo cronológico é, literalmente, uma demarcação do passar do tempo. Esse tempo é presente e demonstrado na história por meio de advérbios ou locuções adverbiais de tempo. Ele é externo aos personagens. Já o tempo psicológico é interno ao personagem e independe do tempo cronológico. Ele revela detalhes a respeito dos sentimentos e impressões dos personagens. 3. Qual a melhor definição para protagonista e para antagonista, respectivamente? D. Protagonista é o personagem principal da narrativa, independente de ser herói ou vilão, bom ou mau. Antagonista é o personagem que se opõe ao protagonista, independente de ser herói ou vilão, bom ou mau. Embora exista uma confusão de que um protagonista é sempre uma representação do bem, enquanto o antagonista é uma representação do mal, isso não é verdade. Protagonista é sempre o personagem principal da história. Antagonista é o personagem que se opõe a ele. O protagonista pode ser um vilão, desde que seja o principal da história. Assim como o antagonista pode ser um herói, desde que inserido em uma narrativa onde ele se opõe ao protagonista. 4. Qual alternativa apresenta um exemplo de narrador-personagem? C. Enquanto eu dirigia, o vento batia nos meus cabelos. Nunca senti uma sensação de liberdade tão forte. Foi o melhor dia da minha vida. O sol estava brilhando, a estrada estava vazia, meu tipo preferido de dia. A única alternativa que apresenta um narrador-personagem é a C. Narrador-personagem é aquele que narra a história que vivencia, de maneira que a descrição da história e dos detalhes seja limitada por sua perspectiva. 5. Qual alternativa apresenta um exemplo de narrador-onisciente? Você acertou! A. Dirceu dormiu com a televisão ligada. Isso é bastante rotineiro. Ele chega cansado do trabalho, toma um banho, janta e vê televisão por alguns minutos. Dona Lola, coitada, mal consegue dormir. Além de estar incrivelmente chateada pelas notícias que recebeu naquela manhã, as batidas do relógio pareciam incrivelmente altas. A noite estava bonita, mas isso não importava para nenhum deles. Em direção a sua casa vinha alguém que mudaria sua vida para sempre. Segurava em suas mãos um pequeno cesto, com algo que deixaria dona Lola acordada por várias noites. Com exceção da alternativa A, todos os outros parágrafos apresentam um narrador-personagem, que vivencia a história enquanto a conta. A alternativa A, por sua vez, apresenta o tipo de narrador que é onisciente, porque ele sabe de todos os detalhes, tanto da história quanto dos personagens. Aula 7 1. A leitura tradicional se fundamenta na decodificação linguística como ponto central para a interpretação do texto. Nessa perspectiva, a habilidade de entender as palavras e seus significados é crucial para a compreensão textual. Geralmente associada a ambientes escolares mais conservadores, ela prioriza o ensino tradicional, focando excessivamente a escrita em detrimento da leitura. A prática sintética do ensino da língua muitas vezes domina o ensino, favorecendo a composição inicial de palavras. Segundo Kato (2007), a leitura linear se dá palavra por palavra, sem incorporar estratégias de leitura. O leitor é passivo, decodificando cada palavra, buscando o sentido na composição textual. Essa abordagem implica uma visão limitada dos signos, tratados como fixos e imutáveis. No entanto, a leitura moderna compreende que a interpretação vai além da decodificação. Para essa perspectiva, a leitura é um processo mais amplo, relacionado às interações sociais, ao conhecimento e ao contexto. Com base no texto fornecido, qual é a principal característica da leitura tradicional? D. Focaliza exclusivamente a decodificação de palavras. A leitura tradicional se baseia na decodificação palavra por palavra, sem priorizar a compreensão além do conhecimento das palavras. Já a compreensão textual não representa a principal característica da leitura tradicional, pois ela enfatiza a decodificação linguística. Assim como as estratégias de leitura também não se alinham com a abordagem da leitura tradicional, que tende a não incorporar estratégias avançadas de interpretação. O conhecimento linguístico é outro aspecto que não reflete a principal característica da leitura tradicional, que se concentra na decodificação linguística e também não é considerada um processo dinâmico e flexível, como na leitura moderna. 2. A abordagem tradicional de leitura está associada à decodificação linguística, na qual a compreensão do texto é fundamentada na decifração das palavras e seus significados. Em contraste, a abordagem moderna considera a leitura um processo mais amplo, envolvendo não apenas a compreensão textual, mas também as interações sociais, o conhecimento do mundo e as experiências pessoais. Considerando as diferenças entre a abordagem tradicional e a abordagem moderna de leitura, assinale a alternativa que melhor representa uma característica da abordagem moderna. E. Inclui aspectos sociais, conhecimento e contexto na interpretação do texto. A abordagem moderna da leitura envolve aspectos sociais, conhecimento e contexto na interpretação do texto, o que amplia significativamente a compreensão. Já a abordagem tradicional considera a leitura um processo linear e estático, desvinculado do contexto que aborda as relações entre as palavras como fundamentais para a interpretação do texto. Por isso foca apenas a decodificação palavra por palavra, assim como desconsidera as experiências pessoais como parte integrante do processo de leitura. 3. A leitura, enquanto processo, apresenta diversas abordagens e formas de execução. Duas das principais estratégias são a leitura horizontal e a leitura vertical. Uma abordagem é mais superficial, buscando compreender o texto de maneira geral, focando títulos, subtítulos e partes essenciais do conteúdo; a outra é mais profunda e analítica, se concentra na estrutura linguística completa do texto e procura uma compreensão aprofundada dos argumentos e conceitos fundamentais apresentados. Considerando as diferenças entre a leitura horizontal e a leitura vertical, assinale a alternativa que melhor caracteriza a leitura vertical. Você acertou! A. Realiza uma análise crítica, buscando detalhes, examinando argumentos fundamentais e criticando o conteúdo. A leitura vertical é caracterizada pela análise crítica e detalhada do texto, examinando argumentos fundamentais e realizando uma avaliação reflexiva e analítica. Já a leitura horizontal busca compreender o texto de maneira geral, focando títulos, subtítulos e partes essenciais do conteúdo; tem como objetivo familiarizar o leitor com o conteúdo e obter uma informação de caráter geral. Além disso, desconsiderar o contexto descreve uma leitura limitada apenas ao texto explícito, não considerando aspectos implícitos e externos. 4. No contexto da leitura, diferentes estratégias podem ser adotadas para compreender um texto. A leitura horizontal é uma abordagem que se concentra na observação de títulos, subtítulos e partes essenciais do conteúdo, permitindo uma visão mais ampla e superficial do texto. Considerando as características da leitura horizontal, avalie as assertivas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F) e marque a opção correta. ( ) A leitura horizontal prioriza a análise crítica e detalhada dos argumentos fundamentais do texto. ( ) Esta estratégia de leitura tem o objetivo de familiarizar o leitor com o conteúdo, obtendo uma visão geral e superficial do tema. ( ) Na leitura horizontal, o foco é apenas no que está explícito no texto, desconsiderando informações e fontes externas. ( ) A leitura horizontal se limita à decodificação das palavras e frases-chave, ignorando a estrutura global do texto. D. F, V, V, F A leitura horizontal não se concentra na análise crítica e detalhada dos argumentos fundamentais do texto, mas, sim, em obter uma visão geral e superficial do conteúdo ao focar títulos, subtítulos e partesessenciais. Ela não se restringe apenas ao texto explícito, podendo levar em conta informações e fontes externas para uma compreensão geral; e tampouco se limita à decodificação de palavras-chave, já que considera a estrutura global do texto. 5. A compreensão textual é auxiliada por diferentes estratégias de leitura. Essas estratégias são fundamentais para a formação de leitores autônomos, permitindo uma compreensão mais profunda e eficaz dos textos. A divisão em estratégias cognitivas e metacognitivas, conforme abordado por Solé (2014) e Kleiman (2002), destaca a importância do controle consciente sobre as ações durante a leitura. Considerando as informações sobre as estratégias de leitura, assinale a alternativa que melhor descreve as estratégias cognitivas. B. Incluem ações inconscientes, como o fatiamento sintático, que são realizadas sem controle ou domínio consciente sobre elas. As estratégias cognitivas são ações inconscientes, como o fatiamento sintático, realizadas sem domínio consciente sobre elas. Já as estratégias metacognitivas envolvem controle consciente sobre as operações durante a leitura, não correspondendo às estratégias cognitivas. Além disso, as estratégias metacognitivas permitem ao leitor identificar e resolver problemas de compreensão de forma consciente e envolvem a autoavaliação da compreensão e a definição de objetivos para a leitura. Aula 8 1. A pluralidade cultural brasileira é um fenômeno complexo, sendo o resultado de séculos de interação entre diferentes grupos étnicos, raciais e culturais. O Brasil é um dos países mais diversos do mundo. A cultura brasileira é marcada por uma vasta gama de tradições, línguas, religiões, culinárias, músicas e danças, refletindo a convivência e a mistura desses diversos grupos. Estudos destacam a formação e a dinâmica dessa pluralidade cultural, enfatizando tanto os conflitos quanto às contribuições mútuas que moldaram a identidade nacional (Freyre, 2006; Ribeiro, 1995). Assinale a alternativa que melhor caracteriza a pluralidade cultural brasileira. C. A pluralidade cultural brasileira é dinâmica e resulta do contínuo processo de interação, conflito e síntese entre diferentes grupos étnicos e culturais, incluindo indígenas, africanos, europeus e asiáticos. A pluralidade cultural brasileira é um fenômeno dinâmico, resultante da interação contínua entre diversos grupos étnicos e culturais, incluindo indígenas, africanos, europeus e asiáticos. Essa visão está de acordo com os estudos que destacam os conflitos e as contribuições mútuas na formação da identidade cultural brasileira (Freyre, 2006; Ribeiro, 1995). É incorreto descrever uma homogeneização cultural, pois isso não reflete a realidade brasileira, marcada pela diversidade e a influência de múltiplas matrizes culturais. Romantizar a integração cultural é inadequado, visto que ignora os conflitos históricos e contemporâneos que fazem parte desta dinâmica. Limitar a pluralidade cultural a apenas duas influências, desconsiderando a significativa contribuição europeia e asiática, é inadequado. Além disso, é incorreto negar as influências externas que foram fundamentais na formação da cultura brasileira, resultante de um processo de contínua troca cultural. 2. A variedade falada pelas elites econômicas e políticas tende a ser valorizada por meio de sistemas educacionais e de comunicação, resultando em uma maior exposição. A pressão social para a conformidade linguística também contribui para a adoção de uma variedade padrão, especialmente em contextos formais e profissionais (Labov, 2001). Além disso, a globalização e a urbanização têm intensificado a intercomunicação entre diferentes regiões, promovendo a disseminação de variedades consideradas prestigiadas. Estudos também apontam que essa dinâmica pode levar à marginalização de variedades regionais e tradicionais, impactando negativamente a diversidade linguística (Calvet, 2007). Assinale a alternativa que melhor justifica as razões pelas quais uma variedade falada sobrepõe-se à outra. E. A sobreposição de uma variedade falada é influenciada principalmente por fatores sociais, econômicos e políticos, que conferem prestígio e institucionalização à variedade dominante. É correto afirmar que há uma forte influência de fatores sociais, econômicos e políticos na sobreposição de uma variedade falada. Essa visão é confirmada pelos estudos de Bortoni-Ricardo (2004) e Labov (2001), que enfatizam a importância desses princípios na valorização e na disseminação de determinadas variedades linguísticas. Sugerir uma superioridade linguística intrínseca não é embasado por estudos sociolinguísticos. Estes mostram que todas as variedades têm igual valor. É incorreto colocar a responsabilidade exclusivamente nas comunidades locais, ignorando as pressões externas e sistêmicas que influenciam a adoção de uma variedade dominante. Embora a globalização e a urbanização contribuam para o fenômeno, a sobreposição de variedades linguísticas não é um fenômeno exclusivamente recente. É inadequado ignorar o papel ativo das influências sociais, econômicas e políticas, pois isso sugere um determinismo natural que não é sustentado pelas pesquisas sociolinguísticas. 3. As redes sociais têm desempenhado um papel significativo na evolução da língua portuguesa. O ambiente digital facilita a criação e a disseminação rápida de neologismos, memes e gírias, que, muitas vezes, são incorporados ao uso cotidiano. Além disso, a comunicação instantânea e a limitação de caracteres em plataformas como Twitter e Instagram incentivam o uso de abreviações e siglas, que acabam por alterar a estrutura das mensagens. Assinale a alternativa que melhor descreve a influência das redes sociais no português brasileiro. B. As redes sociais promovem uma hibridização linguística, na qual elementos da fala e da escrita se misturam e criam formas de expressão que desafiam as normas. A influência das redes sociais na língua portuguesa é amplamente reconhecida por promover uma hibridização linguística que mistura elementos da fala e da escrita, criando novas formas de expressão que desafiam as normas tradicionais. Essa visão reflete a realidade observada nas plataformas digitais, nas quais a comunicação instantânea e a limitação de caracteres incentivam o uso criativo e inovador da língua. Por outro lado, afirmar que a influência é apenas lexical ignora as mudanças sintáticas e estruturais evidenciadas nas redes sociais. Considerar que essa influência se limita às interações informais desconsidera o impacto crescente na escrita formal, especialmente entre os jovens. A ideia de que a linguagem das redes sociais é completamente desvinculada da norma culta não leva em conta o diálogo contínuo entre diferentes registros linguísticos. Por fim, a suposição de que as mudanças são temporárias subestima o potencial de incorporação dessas novas formas ao uso cotidiano, evidenciado pelo rápido acolhimento de neologismos e gírias na fala comum. 4. A diversidade linguística no Brasil é notável, pois reflete a extensão territorial do país e suas características históricas e sociais. Em particular, as variedades do português falado no Brasil apresentam diferenças significativas devido a influências regionais e culturais. Algumas dessas variedades são mais prevalentes em contextos específicos, levantando questões sobre por que uma variedade falada pode predominar em determinadas situações. Analise as asserções a seguir: I. Variedades linguísticas predominantes são determinadas principalmente pela geografia e a densidade populacional de uma região. II. A influência de mídias sociais na disseminação de variedades linguísticas pode contribuir significativamente para a prevalência de uma variedade sobre a outra. III. Em comparação às influências sociais e culturais locais, a educação formal tem um papel secundário na determinação da predominância de variedades linguísticas. Assinale a alternativa correta. D. As afirmações I e II estão corretas. As variedades linguísticas predominantes são moldadas poruma combinação complexa de fatores, incluindo geografia, densidade populacional, mídias sociais e influências educacionais. Tanto a geografia quanto a influência das mídias sociais desempenham papéis significativos na prevalência de uma variedade sobre a outra. A educação formal subestima seu impacto na padronização e na propagação de variedades linguísticas, que, frequentemente, são moldadas por políticas educacionais e práticas pedagógicas regionais. 5. A influência das redes sociais na língua portuguesa tem sido um tema de crescente interesse entre linguistas e estudiosos da comunicação. O Brasil é um dos países com maior número de usuários ativos em redes sociais, o que coloca em evidência o impacto dessas plataformas na maneira com que a língua é usada e disseminada (Digital [...], 2023). É possível observar que as redes sociais podem refletir e moldar aspectos linguísticos, introduzindo neologismos, alterando estruturas sintáticas e influenciando o vocabulário cotidiano. Analise as asserções a seguir: I. As redes sociais promovem uma padronização na língua portuguesa, unificando os padrões de comunicação entre diferentes grupos sociais. II. O uso de hashtags e memes nas redes sociais tem contribuído para a criação e a popularização de novos termos e expressões na língua. III. A influência das redes sociais na língua portuguesa pode ser percebida apenas na linguagem escrita, não afetando a linguagem falada. Assinale a alternativa correta. Você acertou! A. Apenas a afirmação II está correta. As redes sociais exercem uma influência significativa na língua portuguesa, como evidenciado pelo impacto de hashtags e memesna criação de novos termos e expressões. No entanto, dizer que as redes sociais promovem uma padronização na língua não reflete a diversidade linguística observada. Elas ampliam frequentemente a variedade de registros e estilos linguísticos. A influência das redes sociais na língua portuguesa é perceptível tanto na linguagem escrita quanto na falada, refletindo mudanças em ambas as formas de comunicação. image1.png image2.jpeg image3.png