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ALIMENTAÇÃO INFANTIL Fundamentos da Nutrição Infantil IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO PARA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL Atualmente, é consenso que se alimentar de forma saudável é fundamental para o desenvolvimento integral das pessoas. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, o Brasil vem alcançando nas últimas décadas importantes mudanças no padrão de consumo alimentar, devido à ampliação de políticas sociais nas áreas de saúde, educação, trabalho, emprego e assistência social. Oferecer um cardápio nutritivo e saudável, no entanto, não é uma tarefa fácil, já que vivemos em um país onde a fome e a desnutrição ainda são graves problemas sociais. Isso, ao passo que aumentam os casos de obesidade, pois o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, processados e ultraprocessados, muitas vezes mais baratos, também muito grande. A alimentação das crianças e adolescentes não é muito diferente da alimentação do adulto, principalmente a partir da formação da dentição. Vejamos as recomendações para alimentação de crianças e adolescentes se desenvolverem de forma saudável: Frutas, verduras e legumes; Cereais variados e alimentos à base deles, de preferência integrais; Fontes de proteínas, seja de origem animal (carnes, ovos, leite e seus derivados) ou de origem vegetal (leguminosas como feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico). Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias; Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia; Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura; Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias; Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece; Dar preferência, à setorização na cozinha, ou seja, cada local para um tipo de alimento e cada colaborador com suas funções. DIFERENÇAS ENTRE AS NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE CRIANÇAS E ADULTOS Crianças e Adolescentes: Maior necessidade de nutrientes: Crianças e adolescentes, especialmente durante a puberdade, precisam de mais proteína, cálcio, ferro e outros nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento. Maior necessidade de energia: O metabolismo de crianças e adolescentes é mais ativo, exigindo mais calorias para apoiar o crescimento e as atividades diárias. Necessidades adaptadas ao desenvolvimento: A pirâmide alimentar para crianças e adolescentes é diferente da dos adultos, com porções menores e uma ênfase maior em nutrientes específicos para a fase de desenvolvimento. Adultos: Necessidades mais estáveis Ajustes para atividade física Priorização de nutrientes Nutrição e Saúde: Uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades nutricionais de cada fase da vida é essencial para garantir a saúde e o bem-estar. A nutrição na infância é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, físico e emocional, influenciando a saúde ao longo da vida. Pais e cuidadores desempenham um papel importante na educação alimentar de crianças e adolescentes, promovendo a escolha de alimentos saudáveis e a formação de hábitos alimentares positivos. FUNÇÃO DOS PRINCIPAIS NUTRIENTES: CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS, LIPÍDIOS, VITAMINAS E MINERAIS Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/343135/ ALIMENTAÇÃO INFANTIL Aleitamento Materno e Alimentação Complementar BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO AÉ OS 6 MESES Benefícios para a Mãe: Redução do Risco de Doenças Recuperação Pós-Parto Fortalecimento do Vínculo Afetivo Importância do Aleitamento Materno Exclusivo: A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomendam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida. O leite materno é o único alimento que o bebê precisa nos primeiros 6 meses, não sendo necessário oferecer outros alimentos, como chás, sucos ou água. A amamentação exclusiva é uma das melhores formas de proteger a saúde do bebê e da mãe. Benefícios para o Bebê: Nutrição Completa: O leite materno fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver até os 6 meses, sendo um alimento completo. Proteção contra Doenças: O aleitamento materno ajuda a fortalecer o sistema imunológico do bebê, reduzindo o risco de diarreia, infecções respiratórias, alergias e outras doenças. Melhor Desenvolvimento: O leite materno contribui para um desenvolvimento cognitivo e psicomotor mais adequado. Redução de Risco de Doenças Crônicas: Estudos indicam que o aleitamento materno prolongado reduz o risco de obesidade, diabetes tipo 2 e outras doenças não transmissíveis. Fortalecimento do Vínculo Afetivo: O aleitamento materno promove o contato pele a pele entre mãe e filho, estimulando a liberação de ocitocina, um hormônio que fortalece o vínculo afetivo. INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS SÓLIDOS: QUANDO E COMO INICIAR De acordo com a cartilha do Ministério da Saúde, Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois anos (apud SANTOS, 2022), a introdução alimentar se inicia aos 6 meses com duas papas de frutas e uma papa salgada (caso ainda mame no peito). Aos oito meses, o bebê já pode se alimentar do mesmo que a família, com as devidas adaptações. Veja algumas recomendações: A partir dos seis meses, dê alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno; A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança; A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Começar com consistência pastosa e, gradativamente, aumentá-la até chegar à alimentação da família; Ofereça à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada e colorida. Sobre os alimentos que devem ser evitados, principalmente no primeiro ano de vida, são eles: Alimentos ricos em gordura; Alimentos com muito sal; Alimentos com grande quantidade de açúcares; Refrigerantes; Sucos artificiais; Café preto; Produtos embutidos e enlatados; Bolos e bolachas recheadas; Doces, chocolates, achocolatados, sorvetes e balas; Frituras; Alimentos industrializados; Alimentos que possuem aditivos e conservantes artificiais; Salgadinhos. Saiba mais sobre em: https://atualfm.com.br/introducao-alimentar-saiba- quando-iniciar-e-o-que-oferecer-ao-seu-bebe/ ORIENTAÇÕES SOBRE A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR NOS PRIMEIROS ANOS Priorizar a amamenta exclusiva até os 6 meses, e complementar com outros alimentos até os 2 anos ou mais. A partir dos 6 meses, introduzir alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, legumes, verduras, carnes, feijões, cereais, etc. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outros alimentos ultraprocessados. Promover hábitos alimentares saudáveis desde cedo, como a higiene no manuseio dos alimentos, a importância da água e a valorização do momento da refeição como um momento de aprendizado e afeto. Oferecer uma variedade de alimentos de diferentes grupos, como feijões, cereais, raízes e tubérculos, frutas, legumes e verduras, além de carnes, para estimular o paladar da criança. Os pais têm um papel fundamental em estimular a criança a experimentar novos sabores e texturas, tornando o momento da refeição uma experiência positiva e prazerosa. Recomendações práticas: Cozinhar a mesma comida para a família e para a criança Evitar o uso de liquidificador ou peneiras Evitar a adição de açúcar, adoçante ou mel Proteger a criança da publicidade dos alimentos Oferecer alimentação adequada e saudável também fora de casa Baixe a cartilha em: https://www.baixelivros.com.br/biologi cas-e-saude/nutricao/alimentacao- infantil ALIMENTAÇÃO INFANTIL Nutrição por Faixa Etária Desde cedo a criança deve se acostumarcom uma alimentação variada, evitando a monotonia e garantindo maior aporte de nutrientes, de forma a contribuir com a boa saúde e crescimento adequado do indivíduo. Para tanto, o consumo diário de frutas, verduras e legumes devem ser garantidos nos cardápios escolares e familiares. A composição da refeição precisa conter um alimento de cada grupo a seguir: Grupo dos cereais, raízes e tubérculo (arroz, milho, macarrão, batata, mandioca, mandioquinha, inhame, cará, entre outros). Grupo das verduras e legumes. Grupo dos feijões (feijão, soja, lentilha, grão-de-bico). Grupo das carnes e ovos (frango, boi, miúdos, gema de ovo). Os alimentos devem ser apresentados separadamente no prato da criança para que ela perceba as diferentes texturas, sabores e cores, como na figura: INTRODUÇÃO Para crianças de 1 a 3 anos, as refeições devem ser oferecidas em pequenas porções, devido ao reduzido apetite característico da faixa etária, sendo necessária especial atenção com sua qualidade para evitar carências nutricionais. No momento do café da manhã e lanche, oferecer frutas, vitaminas, sucos de fruta natural (até 120 ml por dia, como parte da refeição), mingaus, pães e biscoitos caseiros. Para as crianças de 4 a 5 anos, as orientações para o desjejum e os lanches seguem as regras de oferta idênticas às demais faixas etárias, observando, sempre o tamanho das porções. Para refeição do almoço e jantar, é necessário variar as preparações com alimentos saudáveis coloridos, texturas diferentes e formas atrativas, incluindo um alimento de cada grupo e como sobremesa fornecer fruta. As sopas também são boas escolhas para o jantar das crianças, mas não devem ser as únicas opções. Ensino Fundamental Os alunos são mais independentes e desejam maior autonomia na seleção dos seus próprios alimentos Não apresentam a falta de apetite observada na idade anterior; As refeições incluem café da manhã, lanche, almoço e jantar, dependendo do período de permanência do aluno na escola; O nutricionista deve estar atento para a qualidade dos alimentos oferecidos, orientando e estimulando os bons hábitos alimentares; É fundamental o fornecimento de uma alimentação escolar saudável e variada e que inclua todos os grupos alimentares (cereais, raízes e tubérculos, frutas, verduras e legumes, leite e derivados e carnes e ovos); O cardápio escolar deve fornecer frutas, verduras e legumes. Ensino Médio Na adolescência, é preciso estimular e preservar os hábitos alimentares saudáveis adquiridos na infância por meio da educação nutricional e alimentar; O cardápio escolar deve ser elaborado considerando o estímulo da adoção de práticas saudáveis, promovendo o consumo de frutas e legumes e verduras frescas, e buscando alternativas criativas para atrair o interesse dos jovens; Os alimentos oferecidos não precisam ser diferentes da faixa etária anterior, havendo diferenciação apenas nas quantidades ofertadas; O consumo de alimentos fonte de cálcio, como leite e seus derivados, bem como os ricos em ferro, como carnes e vegetais verde escuros, devem ser encorajados; O PNAE traz uma faixa de recomendação de ingestão de energia e de macronutrientes, para abranger as diferentes necessidades dos adolescentes, que são determinadas especialmente por fatores como a velocidade de crescimento e o nível de exercícios físicos. Adaptação de texturas e consistências alimentares conforme o desenvolvimento. Desenvolvimento infantil: A introdução de alimentos sólidos, que acontece por volta dos 6 meses, é um marco importante no desenvolvimento. A textura e a consistência dos alimentos são gradualmente aumentadas para que o bebê aprenda a mastigar, deglutir e a lidar com diferentes alimentos, preparando-o para a alimentação adulta. Pessoas com disfagia: A disfagia, ou dificuldade em deglutir, pode afetar pessoas de todas as idades. A adaptação da consistência dos alimentos, como a utilização de líquidos espessados ou alimentos mais macios e pastosos, torna a alimentação mais segura e acessível para essas pessoas. Prazer e experiência Utilizar técnicas de preparação: Cozinhar, amassar, liquidificar, picar, desfiar, e utilizar espessantes são exemplos de técnicas que podem ser utilizadas para adaptar a consistência dos alimentos. Adicionar alimentos ricos em gorduras saudáveis: Abacate, açaí, azeite de oliva e castanhas podem ser adicionados às preparações para aumentar a densidade energética e a consistência. Oferecer alimentos em pequenas porções: Reflexo de gag: O reflexo de gag, que pode ocorrer durante a introdução alimentar, é um mecanismo protetor e natural que vai diminuindo com a experiência. O reflexo de gag, também conhecido como reflexo do vômito, é uma reação natural do corpo para evitar que objetos estranhos ou alimentos entrem na faringe, laringe ou traqueia. É um mecanismo protetor que impede que substâncias indesejadas cheguem às vias aéreas. ALIMENTAÇÃO INFANTIL Promoção de Hábitos Alimentares Saudáveis ESTRATÉGIAS PARA INCENTIVAR O CONSUMO DE FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES Envolvimento e curiosidade: Leve a criança ao supermercado Envolva-a no preparo Crie apresentações divertidas Faça brincadeiras com a comida Apresentação e paladar: Varie as formas de preparo Explore combinações de texturas Use temperos e sabores Misture com o que ela gosta Ambiente alimentar positivo: Evite pressão e briga Tenha paciência: A recusa de certos alimentos é normal, e pode levar várias tentativas até que a criança aceite um novo ingrediente. Para facilitar a alimentação da criança, alguns passos podem ser seguidos: Estruture a rotina, em especial no que diz respeito à alimentação; Crie um passo a passo para familiarizar a criança com a hora de comer. Por exemplo: colocar a mesa / lavar as mãos / sentar / comer; Evite lanches e aperitivos fora da rotina, evitando perda de apetite; Realize refeições em família. Dessa forma, a criança pode ser movida a experimentar o que as outras pessoas estão a comer; Ofereça alimentos variados, mas não force o consumo; Incentive a comer sozinho; Brinque de “fazer comidinha”; Permita que a criança escolha os utensílios a serem postos na mesa. Questione com qual talher, prato ou copo ela prefere comer; Ao cozinhar, convide para ajudar, seja no lavar um legume ou até mesmo misturar um bolo; Cultive alimentos em horta com a ajuda da criança. Fonte: https://bhave.life/11-passos-para- driblar-a-seletividade-alimentar-em-criancas- autistas/ IMPORTÂNCIA DAS REFEIÇÕES EM FAMÍLIA E DA ROTINA ALIMENTAR Vínculos Familiares: A refeição em família é um momento de conexão, onde a família se reúne para compartilhar experiências, conversas e fortalecer os laços afetivos. Hábitos Alimentares Saudáveis: A família que come junta tende a consumir mais frutas, legumes e verduras, e menos alimentos processados e açucarados. Melhor Nutrição: A alimentação em família pode influenciar positivamente o consumo de nutrientes, ajudando a garantir que todos recebam o que precisam para uma boa saúde. Saúde Mental: O tempo dedicado às refeições em família pode ajudar a reduzir o estresse, ansiedade e depressão, contribuindo para uma maior sensação de bem-estar. Desenvolvimento Infantil: As refeições em família são um momento de aprendizado para as crianças, que observam os hábitos alimentares dos pais e aprendem sobre a importância de uma alimentação saudável. Impulso para o Desenvolvimento: As refeições em família podem estimular o desenvolvimento intelectual, social e emocional das crianças, incentivando a comunicação e a interação DEFINIÇÃO DE SELETIVIDADE ALIMENTAR O Transtorno Alimentar Seletivo (TAS) ou Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) é um transtorno alimentar que se se caracteriza pela resistência a certos alimentos, por causa da textura, cor, cheiro, formato, etc. É observado frequentemente como um período da infância que desaparece com a idade. Porém, em alguns casos o transtorno pode não desaparecer e continuar até a vida adulta. O Transtorno Alimentar Seletivo teve seunome alterado para Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e o critério usado para classificá-lo foi expandido, pois estava inserido em "Transtornos Alimentares da Infância" no DSM-IV. O DSM-5 define o TAS como uma perturbação alimentar que provoca falta de interesse na alimentação, restrição e esquiva por conta das características do alimento (aparência, cor, odor, textura), comportamento de esquiva ou restrição na ingestão alimentar. Leia mais sobre o tema em: https://www.piracanjubaexcellence.com.br/artig os-nutricao/o-que-e-seletividade-alimentar-e- quando-devo-me-preocupar SELETIVIDADE ALIMENTAR E NEOFOBIA A seletividade é a recusa pontual em consumir alguns alimentos de um mesmo grupo, enquanto a neofobia está relacionada ao medo; é literalmente o medo de novos alimentos. Muitos fatores podem desencadear neofobia alimentar infantil, tais como: Introdução alimentar errada; Formação do paladar; Hereditariedade; Experiência ruim com algum alimento; Monotonia alimentar (falta de diversidade); Forçar ou fazer chantagem para a criança comer. A carência nutricional pode resultar em diversos problemas, entre eles: Baixa imunidade; Afeta o crescimento; Prejudica o desenvolvimento, inclusive cognitivo; Influencia o humor; Desnutrição. O diagnóstico é muito importante para a determinação de um tratamento adequado, que geralmente contará com acompanhamento multiprofissional. Além da ajuda profissional, o tratamento também envolve a participação da família. Aliás, a atuação da família é fundamental, pois é ela que deve: Dar o exemplo; Incentivar o consumo do alimento rejeitado; Inovar nas preparações; Expor a criança aos alimentos e novos sabores. É preciso incentivo, persistência e paciência. Fonte: https://www.unimednortepaulista.com.br/noticias/neofobi a-alimentar-infantil-o-que-e-e-como-lidar O tratamento deve ser composto por profissionais como o médico pediatra em crianças e clínico para casos adultos, o nutricionista – para orientar o paciente quanto à importância nutricional, o psicólogo, e em alguns casos, o psiquiatra, para medicar o paciente no sentido de diminuir os sintomas de ansiedade. Crianças podem aderir também a um tratamento de quatro estágios baseado nos princípios da dessensibilização sistemática. Os quatro estágios deste tratamento são: Registrar, Recompensar, Relaxar e Revisar. Registrar: as crianças são encorajadas a anotar todos os hábitos alimentares que elas possuem, sem tentar fazer nenhuma mudança nos hábitos ou nos seus sentimentos cognitivos. Recompensar: as crianças devem criar uma lista dos alimentos que elas poderão gostar algum dia. Estes alimentos não devem ser algum alimento familiar preparado de um jeito diferente. Já que o objetivo é fazer a criança comer novos alimentos, então ela é recompensada quando experimenta alimentos novos. Relaxar: é o mais importante para crianças que sofrem de ansiedade quando colocadas de frente a alimentos diferentes da sua dieta. Elas então aprendem a relaxar para reduzir a ansiedade que sentem. Neste estágio, as crianças trabalham em cima de uma lista de estímulos que produzem ansiedade e a partir disto podem criar uma estória com imagens e cenários relaxantes. Nestas estórias podem ser introduzidos novos alimentos com a ajuda de uma pessoa real ou imaginária. Então, as crianças ouvem esta estória antes de comer novos alimentos, como uma forma de se imaginarem participando do enredo e ao mesmo tempo relaxam e expandem a variedade de alimentos. Revisar: é importante para acompanhar o progresso da criança. É importante incluir tanto sessões a sós com a criança, quanto sessões com um parente a fim de obter uma definição clara de como a criança está progredindo e se as técnicas de relaxamento estão funcionando. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_alimentar_seletivo Como lidar com a seletividade alimentar e dificuldades de aceitação de novos alimentos ALIMENTAÇÃO INFANTIL Educação Alimentar e Nutricional Conceitos de educação alimentar e nutricional Principais Conceitos da EAN: Autonomia e Autocuidado: visa empoderar as pessoas para que tomem decisões conscientes sobre sua alimentação, promovendo o autocuidado e a adoção de hábitos saudáveis. Processo Participativo: é um processo de diálogo entre profissionais de saúde e a população, que busca a construção conjunta do conhecimento e a promoção da saúde. Transdisciplinaridade: Valorização da Cultura Alimentar: A EAN reconhece a importância da cultura alimentar local, incentivando a valorização dos alimentos e das práticas culinárias tradicionais. Sustentabilidade: promove a adoção de práticas alimentares que sejam sustentáveis, tanto do ponto de vista ambiental quanto social e econômico. Direito Humano à Alimentação Adequada: fundamental para garantir o direito à alimentação adequada, que envolve o acesso a alimentos nutritivos e seguros, de forma socialmente justa e sustentável. Segurança Alimentar e Nutricional (SAN): envolve o acesso, a disponibilidade, a estabilidade, a utilidade e a qualidade dos alimentos. Objetivos da EAN: Promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. • Garantir o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAA). Contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Valorizar a cultura alimentar e a diversidade dos hábitos alimentares. Promover a sustentabilidade alimentar e a produção de alimentos de forma sustentável. Prevenir e controlar as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Promover a melhoria da qualidade de vida e da saúde. Desenvolver habilidades pessoais para a tomada de decisões sobre a alimentação. Fortalecer a autonomia e o autocuidado em relação à alimentação. Técnicas para envolver crianças no processo de escolha e preparo dos alimentos Envolver as crianças no preparo de refeições oferece vários benefícios: Habilidades culinárias Trabalho em equipe: Paciência Alimentação saudável Estratégias para Envolvimento Comece Pequeno: Comece com tarefas simples que as crianças possam executar com sucesso, como lavar frutas ou mexer massas. À medida que ganham confiança, atribua gradualmente tarefas mais complexas. Torne isso Divertido: Envolva as crianças na escolha de receitas que soem interessantes ou que incluam ingredientes que elas gostem. Transforme o preparo de refeições em um jogo ou brincadeira, usando formas divertidas ou permitindo que elas decorem pratos. Crie um Ambiente Seguro: Certifique-se de que a cozinha seja um ambiente seguro para as crianças. Forneça facas próprias para crianças e supervisione o uso de utensílios afiados ou quentes. Seja Paciente: Lembre-se de que as crianças aprendem em ritmos diferentes. Seja paciente e encorajador, mesmo que as coisas não saiam perfeitamente. Celebre o Sucesso: Reconheça e elogie o esforço e as contribuições das crianças. Faça com que se sintam valorizadas e orgulhosas do que ajudaram a criar. Fonte: https://revistapaisatentos.com.br/como-envolver-as-criancas-no-preparo-de-refeicoes- incentivando-a-participacao-na-cozinha/#google_vignette Nutricionistas da Educação apresentam projeto de rotulagem de alimentos nas escolas Saiba mais em: https://pmspa.rj.gov.br/nutricionistas-da-educacao- apresentam-projeto-de-rotulagem-de-alimentos-nas-escolas/ Utilização de jogos, histórias e atividades lúdicas para ensinar sobre alimentação saudável Brincar de preparar um suco com alimentos escolhidos pela criança. Assim ela ganha mais autonomia e exercita a criatividade. Fazer um jogo da memória entre ingredientes (frutas, legumes, verduras) e seus nomes, experimentando conforme os acertos. É o jeito perfeito de assimilar nomes ao paladar. Preparar um prato saudável em conjunto, seguindo receitas simples, como uma salada. Dessa forma, a criança se envolve mais nesse processo. Montar um rosto, ou um animal, com os itens do prato. Isso torna a refeição mais alegre, deixando a comida mais amigável. Permitir que a criançaconheça melhor o alimento, comendo com a mão, vendo de perto e sentindo todos os cheiros! Faz bagunça, mas é ótimo para o aprendizado! Preparar a lancheira para a escola seguindo temas e incluindo alimentos variados. Propor uma “caça aos ingredientes”, pedindo para a criança encontrar os itens para a receita pela cozinha em até dois minutos ou outro tempo que você considere plausível. Usar a escola a seu favor, diversificando o cardápio conforme o que ele aprende sobre saúde e alimentação. Montar uma pequena horta em casa para colher ervas e temperos frescos, por exemplo. Montar um prato divertido, usando pedaços de legumes para formar um personagem, um bichinho, uma casa… ou o que mais a imaginação permitir. Em casa, invista em: Alimentos que ela já gosta, mas preparados de outras formas. Alimentos diferentes, que ela nunca experimentou. Novos modos de montar as refeições, como diferentes formatos no corte dos alimentos. Diferentes formas de fazer uma refeição, como um piquenique no parque. Fonte: https://www.nestlebabyandme.com.br/artigos/atividades-ludicas-alimentacao HORTA ESCOLAR Os materiais básicos são: terra, adubo (este pode ser conseguido com compostagem), sementes e mudas, pás, ancinhos, carrinho-de-mão, regadores e estacas ou cercas. Segundo o site SAE Digital (disponível em: https://sae.digital/horta-na- escola/), as etapas do projeto podem ser: Semeadura: plantar as sementes na terra, preparada com nutrientes e própria para o plantio; Germinação: período em que as sementes brotam e originam novas plantas; Transplante: é o plantio das mudas no local onde permanecerão definitivamente, ou seja, pode ser a transferência da planta de um vaso para outro; Desbaste: retirar o excesso de mudas de um canteiro em que houve semeadura direta, espaçando-as para que não haja competição entre as plantas; Desbrotamento: eliminar brotos para proporcionar o melhor desenvolvimento dos frutos e das folhas; Colheita: retirada das espécies da terra durante o período de maturação; Escarificação: quebrar a crosta seca que se forma no solo para que fique arejado e a plantas consigam absorver a água; Adubação: colocar nutrientes no solo para aumentar o teor de matéria orgânica; Rega: regar as plantas conforme a necessidade de cada espécie; Drenagem: retirar o excesso de água do solo, com canais de escoamento das plantas; Estaqueamento: apoiar as plantas que necessitam de estacas ou toras, como as trepadeiras, para crescerem mais facilmente. ALIMENTAÇÃO INFANTIL Alimentação Escolar e Lancheira Importância da alimentação escolar para o desempenho acadêmico e saúde A alimentação escolar é muito importante no contexto atual. Além de questões relacionadas a um desenvolvimento físico saudável, ela envolve aspectos psicossociais, pois serve de incentivo para frequência nas aulas, além de retirar das famílias o peso financeiro de fornecer uma refeição nutritiva e fresca diariamente. A escola apoia as famílias que não têm condições de prover essa alimentação de forma substancial. Durante a pandemia, ela foi a principal fonte de alimentação para muitas crianças. Um estudo recente mostrou que o investimento de um dólar em alimentação escolar pode gerar até nove dólares de retorno para a sociedade. A escola precisa saber escolher alimentos (de modo que não causem reações alérgicas), prepará-los (caso seja necessário) irá organizar o local em que as crianças serão alimentadas, providenciando adaptações e monitorando a limpeza e higiene do mesmo e das crianças. A escola também manterá as crianças hidratadas, providenciando, além de água potável e fresca, sucos e frutas. Sobre o local onde as refeições serão servidas, geralmente um refeitório, é importante que seja arejado, com espaço suficiente e limpo. Sobre a organização das crianças no local e a rotina das refeições, os seguintes cuidados devem ser observados: As crianças devem se alimentar em grupos pequenos para facilitar a supervisão dos responsáveis; O espaço de amamentação deve ser reservado e longe das áreas de troca e banho; Todos devem lavar as mãos antes de se alimentar. Ensinar e acompanhar crianças no sanitário para que aprendam a se limpar e a lavar as mãos antes de saírem do ambiente (AVISALA, 2020). Sobre a alimentação infantil, atualmente existe uma preocupação muito grande por parte de pais e educadores com hábitos saudáveis, que devem ser estimulados e desenvolvidos desde os primeiros anos de vida da criança. Importância da Alimentação Escolar para o Desenvolvimento Infantil Atualmente, é consenso que se alimentar de forma saudável é fundamental para o desenvolvimento integral das pessoas. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf) , publicado pelo Ministério da Saúde, o Brasil vem alcançando nas últimas décadas importantes mudanças no padrão de consumo alimentar, devido à ampliação de políticas sociais nas áreas de saúde, educação, trabalho, emprego e assistência social. Isso se reflete na escola, que precisou se adaptar a mudanças que refletem formas mais naturais e saudáveis de alimentação. Para elaborar cardápios nutritivos, a escola conta com as orientações do PNAE, que utiliza os valores de referência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO, de 2001. Dessa forma, em relação ao consumo diário de calorias, temos: De 6 a 10 anos: 1500 kcal diárias; De 11 a 15 anos: 2175 kcal; De 16 a 18 anos: 2500 kcal. A resolução nº26, de 17 de junho de 2013, do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação – FNDE, dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da Educação Básica, e afirma que as unidades escolares que atuam em período integral devem atender, no mínimo, 70% das necessidades nutricionais diárias das crianças e adolescentes, distribuídas em pelo menos três refeições. Veja a tabela com as porcentagens: Planejamento de lancheiras nutritivas e atrativas Planejamento semanal: Elabore um cardápio semanal com lista de compras para evitar desperdícios e facilitar o preparo. Priorize alimentos saudáveis: Opte por frutas frescas, legumes, verduras, cereais integrais, grãos, carnes, leite, queijos e ovos. Diversifique os sabores e cores: Misture frutas, legumes, sementes e nozes para criar combinações saborosas e nutritivas. Apresentações atrativas: Use forminhas, moldes de corte e desenhos para tornar a lancheira mais divertida. Bebidas saudáveis: Opte por água, água de coco, sucos naturais ou chás, evitando bebidas com muito açúcar e conservantes. Lancheiras térmicas: Use lancheiras térmicas para manter os alimentos frescos e seguros durante o dia. Higienização: Higienize bem os alimentos e a lancheira para evitar problemas de saúde. Adapte às preferências da criança: Involva a criança no planejamento, propondo opções que ela goste e oferecendo novas experiências. Exemplos de lanches: Frutas frescas: maçã, banana, laranja, uva, pera. Vegetais em palitos: cenoura, pepino, aipo, pimentão com molho de iogurte. Castanhas e sementes: amêndoas, nozes, sementes de girassol (em porções controladas). Iogurte natural: com frutas, sementes ou granola. Ovos cozidos. Sanduíches integrais: com abacate, queijo, pasta de amendoim, frango, atum. Bolinhos caseiros, tortas, muffins. Pipoca, palitinhos de tapioca, biscoitos integrais. Sucos naturais, água de coco, chás HIGIENE E CUIDADOS COM ALIMENTOS CUIDADOS COM ALIMENTOS Ministério da Saúde Leia em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_alimentos.pdf CONTAMINAÇÃO QUÍMICA A contaminação química de alimentos pode ocorrer já durante a produção da matéria-prima (plantação) ou até a mesa de quem está consumindo o produto. Ela pode ocorrer através materiais de limpeza, pesticidas, metais, etc. O efeito da contaminação química pode ocorrer a longo prazo, como é o caso das substâncias carcinogênicas (capazes de provocar câncer) e dos metais pesados, que têm efeito cumulativo no organismo das pessoas.Os efeitos a curto prazo que esses contaminantes podem provocar são as alergias. Os resíduos de materiais de limpeza (sobras de desinfetantes, por exemplo) podem permanecer nos equipamentos e nos utensílios quando não são limpos adequadamente (enxágue malfeito) e, consequentemente, podem ser transferidos para os alimentos. ARMAZENAMENTO E PRÉ-PREPARO DOS ALIMENTOS Armazenamento: Local: O local de armazenamento deve ser limpo, seco, arejado e livre de pragas. A temperatura deve ser adequada para cada tipo de alimento, e os alimentos devem ser mantidos afastados do piso. Organização: Os alimentos devem ser organizados de forma a facilitar o acesso e a identificação, com os que vencem primeiro à frente. A etiqueta com data de validade e data de abertura deve ser usada em recipientes que não são embalados individualmente. Acondicionamento: Os alimentos devem estar em embalagens originais ou em recipientes limpos e protegidos. A embalagem deve ser adequada para cada tipo de alimento. Refrigeração: Os alimentos perecíveis devem ser mantidos sob refrigeração em temperaturas adequadas para cada tipo de alimento. A geladeira deve ser limpa regularmente e não deve ser forrada com plásticos ou toalhas. Pré-preparo: Lavagem: Frutas, verduras e legumes devem ser lavados com água limpa e, se necessário, com produto de limpeza adequado. Picagem: O picador e as tábuas devem ser limpos e higienizados antes e depois de cada uso. Acondicionamento: Os alimentos picados e pré-preparados devem ser mantidos sob refrigeração em recipientes limpos e protegidos. Tempo de armazenamento: O tempo de armazenamento de alimentos pré-preparados deve ser o menor possível, e eles devem ser consumidos em breve. cozinha devem ser limpos Cuidados importantes: Higiene: A higiene pessoal de quem manipula os alimentos é fundamental. Equipamentos: Os equipamentos de e higienizados regularmente. Controle de pragas: O controle de pragas deve ser feito para evitar a contaminação dos alimentos. Monitoramento: A temperatura dos alimentos deve ser monitorada durante o armazenamento e pré-preparo. Resíduos: Os resíduos devem ser acondicionados em recipientes exclusivos e limpos. ALIMENTAÇÃO INFANTIL Aspectos Psicossociais da Alimentação Infantil Influência da cultura, mídia e família nos hábitos alimentares A cultura, a mídia e a família são fatores que moldam profundamente os hábitos alimentares. A cultura estabelece padrões alimentares e preferências, enquanto a mídia influencia a percepção e o desejo por determinados alimentos, frequentemente promovendo escolhas menos saudáveis. A família, por sua vez, é o principal agente socializador, transmitindo hábitos alimentares e valores relacionados à comida desde cedo. Influência da Cultura: Padrões Alimentares: A cultura estabelece o que é considerado comida, como é preparada, servida e consumida, influenciando as escolhas alimentares em diferentes grupos e regiões. Religião e Tabus: Muitas culturas possuem regras religiosas e tabus relacionados à alimentação, que podem determinar o consumo de determinados alimentos e práticas alimentares. Simbolismo e Rituais: A comida é frequentemente carregada de significado cultural e social, sendo utilizada em celebrações, rituais e eventos sociais. Influência da Mídia: Publicidade: A mídia é uma poderosa ferramenta de persuasão, influenciando as escolhas alimentares, especialmente entre crianças e adolescentes, através de propagandas de alimentos industrializados. Ideal de Beleza: A mídia frequentemente promove um ideal de beleza baseado em corpos magros, o que pode levar a hábitos alimentares disfuncionais e distúrbios alimentares. Redes Sociais: As redes sociais podem gerar comparações sociais e pressão para adotar dietas restritivas ou consumir alimentos específicos, impactando a percepção de beleza e o comportamento alimentar. Como lidar com transtornos alimentares infantis Ortorexia: também chamado de ortorexia nervosa, é caracterizado pela obsessão patológica por alimentos saudáveis, mas ainda não foi reconhecido oficialmente como um transtorno alimentar pelo DSM 5 (o manual de diagnóstico de transtornos mentais feito pela Associação Americana de Psiquiatria – APA) Pela CID-11 [11ª edição da Classificação Internacional de Doenças], é considerado distúrbio alimentar as alterações persistentes na alimentação ou no comportamento relacionado aos alimentos. O que desencadeia um transtorno alimentar? O transtorno pode se manifestar devido a causas orgânicas, psicoemocionais e dietéticas, mas sempre levando em consideração a avaliação clínica e o histórico da criança. Causas orgânicas: podem estar relacionados aos distúrbios do metabolismo, desnutrição, problemas respiratórios, transtornos do neurodesenvolvimento, alterações sensoriais, disfagia, entre outros; Causas psicoemocionais: relacionadas a falta de rotina, introdução alimentar inadequada, problemas no núcleo familiar – como separação dos cuidadores e mudança de rotina repentina, traumas provenientes de uma situação desagradável, ansiedade etc; Causas dietéticas: como intolerância à lactose, intolerância alimentar, monotonia alimentar, alergias, entre outros. Quais são os distúrbios alimentares mais comuns na infância? Anorexia fisiológica: é identificada entre 6 e 12 meses, em que o bebê pode apresentar uma desaceleração no crescimento e menor apetite. Pode durar cerca de 4 a 5 anos. Apesar dessa diminuição no interesse em se alimentar, a criança não apresenta alteração do estado nutricional. Anorexia infantil ou anorexia verdadeira: é identificada quando a criança se recusa a comer espontaneamente. Os motivos podem ser de causa orgânica ou comportamental, influenciando na quantidade de nutrientes que o corpo precisa para se desenvolver de forma saudável. Falsa anorexia: quando os cuidadores entendem que a criança não está se alimentando de forma adequada, mas o desenvolvimento está dentro dos padrões esperados. Pseudo-anorexia: perda de apetite relacionada às características do alimento ou por dificuldade na alimentação, como: mastigação, deglutição, presença de aftas, estomatite, problemas dentários ou outras condições que provoquem dor e sofrimento. Anorexia seletiva ou seletividade alimentar: mais comum, é caracterizada quando a criança se recusa a comer uma variedade de alimentos e só aceita certos tipos (que podem ser determinados por cores, texturas, modo de preparo, quente, frio). Em alguns casos, pode desencadear problemas nutricionais. Em outros, apesar da seletividade, se a criança escolhe consumir alimentos considerados saudáveis, o desenvolvimento não é impactado. Quando uma criança apresenta um desses transtornos e não é acompanhada e tratada corretamente, pode desenvolver outros problemas no futuro, como: baixa estatura, cabelos danificados, falta de disposição para realizar atividades, dificuldade no aprendizado escolar, doenças cardiovasculares. “Os distúrbios alimentares também estão muito associados a distúrbios de imagem corporal e autoestima”, completa. Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/disturbios-alimentares-na-infancia-podem- impactar-o-desenvolvimento-ao-longo-da-vida/ Importância do exemplo dos adultos como modelo alimentar A participação da família, o acolhimento e o modelo de alimentação na rotina também são essenciais para a evolução da melhora da criança. Em muitos países, como o Brasil, a alimentação também está muito ligada ao social, ao emocional, à cultura e ao que a família trouxe de herança das gerações passadas. Basta conhecermos os costumes de outros estados para perceber isso na prática. Por isso, incluir as crianças nesse contexto pode ser ainda mais benéfico para que a relação com o alimento se torne mais saudável. Veja algumas dicas: Inclua as crianças durante os preparos dos alimentos (comece com funções mais simples e vá aumentando conforme a idade: como lavar o arroz,lavar ou cortar os legumes, preparar algum tempero); Leve as crianças na feira para explorar os diferentes alimentos (além de ensiná-las a escolher frutas e legumes, elas têm acesso a uma grande variedade de cor, formas e texturas); Apresente os pratos através de historinhas, para aguçar a curiosidade e incentivar a experimentação; Não associe boa alimentação a um corpo bonito, mas sim à boa saúde; Exercite o comer compartilhado, ao redor da mesa, sem a distração de telas. Além disso, é muito importante que todas essas ações sejam realizadas de forma sucessiva, sem forçar a criança a fazer algo que ela não se sinta à vontade. O respeito também faz parte da introdução alimentar na infância. ALIMENTAÇÃO INFANTIL Doenças Relacionadas à Alimentação Identificação e prevenção de obesidade infantil Identificação da Obesidade Infantil: Monitoramento do crescimento: A Caderneta de Saúde da Criança é uma ferramenta importante para registrar peso, altura e outros dados que auxiliam na avaliação do estado nutricional. Calculo do IMC: O Índice de Massa Corporal (IMC) por idade é utilizado para avaliar se a criança está acima do peso ou obesa. Acompanhamento médico/nutricional: É crucial que a avaliação seja feita por um profissional de saúde, que poderá interpretar corretamente os dados e oferecer orientações. Prevenção da Obesidade Infantil: Alimentação Saudável: Incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras: Oferecer alimentos naturais e ricos em nutrientes. Evitar alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e sódio: Limitar o consumo de alimentos industrializados. Estabelecer rotinas de refeições regulares: Criar horários para as refeições e evitar petiscos entre elas. Incentivar a participação das crianças na preparação das refeições: Envolver as crianças no processo pode ajudar a criar hábitos saudáveis. Atividade Física: Praticar pelo menos 60 minutos de atividade física diária: Incentivar brincadeiras ao ar livre, esportes e outras formas de exercício. Limitar o tempo de tela: Reduzir o tempo gasto em frente a telas e substituir por atividades físicas. Incentivar a prática de atividades físicas desde cedo: Criar hábitos de movimento desde a infância. Sono Adequado: estabelecer horários regulares para dormir e acordar. A falta de sono pode interferir no metabolismo e contribuir para o ganho de peso. Outras Dicas: Ensinar às crianças a importância de se hidratar: Beber água adequadamente é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Estabelecer limites e rotinas saudáveis: Criar regras e rotinas para as crianças. Ser exemplo para as crianças: Os pais devem ter hábitos saudáveis para que as crianças aprendam com o exemplo. Reconhecimento de sinais de desnutrição e estratégias de intervenção Vulnerabilidade do sistema imunológico: o sistema imunológico é a primeira linha de defesa contra doenças. Quando não nos alimentamos corretamente, ele é severamente comprometido, podendo ocorrer: Infecções frequentes; Enfermidades graves; Comprometimento cognitivo. Impacto significativo no desenvolvimento cognitivo das crianças, causando: Prejuízo à memória; Atenção e raciocínio comprometidos. de pobreza, Manifestações físicas: Retardo no crescimento; Deficiências nutricionais. Consequências ao longo da vida: a desnutrição pode ter consequências a longo prazo, tais como: Desafios na idade adulta: como menor desempenho acadêmico e limitações profissionais; Ciclos intergeracionais: o impacto da desnutrição pode perpetuar ciclos intergeracionais prejudicando o desenvolvimento das futuras gerações. Déficits cognitivos duradouros: o aspecto cognitivo é particularmente vulnerável à desnutrição, deixando cicatrizes profundas que reverberam ao longo da vida da criança, tais como: Carência de nutrientes essenciais: durante estágios críticos do desenvolvimento cerebral, a falta de nutrientes essenciais compromete a formação adequada do cérebro, resultando em déficits cognitivos duradouros; Desafios na capacidade de aprendizado: crianças desnutridas enfrentam não apenas dificuldades acadêmicas imediatas, mas também desafios persistentes na capacidade de aprender e se destacar intelectualmente ao longo da vida. Impactos emocionais profundos: a desnutrição aumenta o risco de problemas de saúde mental, influenciando a integração social da criança, além de desencadear: Maior risco de ansiedade e depressão; Estigma social e autoestima prejudicada. Efeitos sociais duradouros: além do indivíduo, os efeitos sociais do déficit nutricional reverberam na comunidade, perpetuando ciclos de desvantagem socioeconômica, como: Barreiras para o desenvolvimento: a desnutrição contribui para a criação de barreiras adicionais ao desenvolvimento e à prosperidade futura, perpetuando o ciclo da pobreza e limitando oportunidades; Impacto na capacidade contributiva: as consequências sociais limitam a capacidade da criança desnutrida de contribuir plenamente para a sociedade, impactando o desenvolvimento global da comunidade. Impacto de doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão na infância Tipos: A maior parte dos casos de diabetes infantil é do tipo 1, uma condição autoimune onde o corpo ataca as células produtoras de insulina. O diabetes tipo 2, também comum, é mais influenciado por fatores como obesidade e sedentarismo. Sinais e sintomas: Os sintomas de diabetes em crianças podem incluir sede excessiva, urinação frequente, perda de peso inexplicada, fadiga e fome constante. Diagnóstico: O diagnóstico do diabetes em crianças é feito através de exames de sangue, como a medida de glicemia de jejum ou aleatória, e/ou dos níveis de HbA1c. Tratamento: O tratamento do diabetes tipo 1 geralmente envolve a administração de insulina, enquanto o diabetes tipo 2 pode ser tratado com mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios, e, em alguns casos, com medicação. Hipertensão: Causas: A hipertensão em crianças, assim como em adultos, pode ser primária (sem causa identificada) ou secundária, resultante de outras condições, como problemas renais ou endócrinos. Sinais e sintomas: cansaço, dores de cabeça e dificuldades de concentração podem ser sinais. Diagnóstico: A pressão arterial é medida regularmente em crianças a partir dos 3 anos, e a aferição pode ser um alerta para a presença de hipertensão. Tratamento: O tratamento da hipertensão infantil geralmente começa com mudanças no estilo de vida, como dieta saudável com menor consumo de sal, gorduras e açúcares, e prática de atividade física regular. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos. Fatores de risco: Obesidade e sedentarismo: A obesidade e o sedentarismo são fatores de risco significativos para o desenvolvimento de ambos o diabetes tipo 2 e a hipertensão em crianças. Alimentação inadequada: Uma dieta rica em sal, gorduras e açúcares, e pobre em frutas, verduras e legumes, aumenta o risco de hipertensão e diabetes. Fatores genéticos: Uma predisposição genética pode aumentar o risco de diabetes tipo 1 e tipo 2, bem como de hipertensão. ALIMENTAÇÃO INFANTIL Alergias e Intolerâncias Alimentares Principais alergias alimentares na infância Intolerância ao Glúten: Você pode substituir a farinha branca pela farinha de soja ou de arroz integral, que não possuem glúten. Existem diversos cereais sem glúten, como o arroz integral, amaranto, quinoa, trigo sarraceno, painço, sorgo, arroz selvagem, entre outros. Derivados de arroz, milho, batata e mandioca são liberados na dieta: creme de arroz, milho ou fubá, amido de milho, maisena, pipoca, mandioca, aipim, tapioca, polvilho doce, polvilho azedo, batata doce, batata inglesa, macarrão de arroz, macarrão de milho, macarrão de mandioca são opções. Dica de Cardápio Café da Manhã: Bolacha de Arroz integral com geleia de fruta, 1 maçã e 1 copo de leite Lanche: 1 banana Almoço: Saladas e legumes à vontade, frango cozido, arroz e feijão Lanche da tarde: Tapioca de queijo minas e tomate Jantar: 1 filé de tilápia grelhado,legumes e salada à vontade Ceia: Castanhas do Pará Intolerância à Lactose Uma boa opção é o Kefir. Quando preparado com leite animal, os grãos de kefir consomem a lactose, produzindo ácido lático, o que confere o sabor similar ao do iogurte. Veja outras opções (fonte: Natural Fit): Leites vegetais - São bebidas ou extratos vegetais, como os leites de soja, castanha de caju, amêndoa, coco etc., chamados popularmente de leites vegetais e sendo comumente fortificados com cálcio em sua formulação; Produtos laticínios sem lactose - Há presente no mercado, tendo em vista a ampla demanda por produtos desse tipo, diversas opções de produtos que levam lactose em suas composições originais como a eliminação da presença deste açúcar, como requeijões, iogurtes, queijos, cremes de leite etc.; Alimentos que também são fonte de cálcio - Considerando a centralidade do cálcio para o funcionamento do organismo, podemos encontrá-lo também nos seguintes vegetais (sem lactose): feijão, tofu, vegetais verde-escuros (couve, espinafre, brócolis etc.) etc.; Não se esqueça da vitamina D - Para o correto funcionamento do cálcio do organismo, é de suma importância a presença de vitamina D, que pode ser obtida por meio da exposição ao sol (pelo menos 15 minutos diários no começo da manhã, antes da intensificação da radiação) e de alimentos como sardinha, atum, salmão e diversos tipos de cogumelos. Adaptando o mesmo cardápio anterior para os intolerantes à lactose: Café da Manhã: Bolacha de Arroz integral com geleia de fruta e 1 copo de suco de laranja. Lanche: 1 banana Almoço: Saladas e legumes à vontade, frango cozido, arroz e feijão Lanche da tarde: Tapioca recheada com ovo mexido e tomate Jantar: 1 filé de tilápia grelhado, salada e legumes à vontade Ceia: Castanhas do pará ou 1 maçã Fonte dos cardápios: https://divertindoelanchando.com.br/2017/09/15/montando-um- cardapio-para-seu-filho-com-intolerancia/ Sintomas, diagnóstico e manejo das alergias alimentares Gastrointestinais: Dores de estômago, diarreia, náusea, vômito. Cutâneos: Urticária, coceira, eczema, inchaço nos lábios, rosto, língua e garganta. Respiratórios: Sibilos, tosse, dificuldade para respirar, corrimento nasal. Outros: Fadiga, prurido, sensação de calor/frio extremo, ansiedade, palidez/rubor, rouquidão, tosse/asfixia, incapacidade de responder, colapso circulatório. Diagnóstico: História clínica: Avaliação da relação entre a ingestão de alimentos e o aparecimento dos sintomas. Exames de sangue: Testes de alérgenos (IgE) para identificar alérgenos específicos. Testes de pele: Prick test (teste de espiada) para verificar a resposta do corpo a diferentes alérgenos. Dieta de eliminação: Remoção do alimento suspeito da dieta para verificar a melhora dos sintomas e, posteriormente, reintrodução do alimento sob supervisão médica. Teste de provocação oral: Ingestão controlada do alérgeno sob supervisão médica para confirmar o diagnóstico. Manejo: Prevenção Sintomas leves: Anti-histamínicos. Sintomas graves: Autoinjetor de adrenalina (Epinefrina) em casos de anafilaxia. Tratamento de esofagite eosinofílica: Dietas de restrição, corticoides deglutidos e terapias imunobiológicas Orientações para a inclusão de crianças com alergias alimentares na alimentação escolar e familiar A Lei Federal nº 11.947/09, que estabelece o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), obriga escolas que recebem recursos do PNAE a fornecerem alimentação adaptada para alunos com necessidades alimentares especiais, incluindo aqueles com alergias Orientações para a escola: Elaborar cardápio especial: A merenda deve ser adaptada para atender às necessidades alimentares especiais, com acompanhamento de nutricionista, e deve ser fornecida de acordo com a legislação que garante merenda especial para alunos com restrições alimentares. Comunicação e conscientização: A escola deve conversar com a turma, explicando sobre os cuidados com a criança alérgica, e promover atividades educativas que estimulem o respeito e a inclusão. Prevenção: A escola deve garantir que os materiais utilizados em atividades e a merenda não contenham vestígios de alérgenos, e deve estar preparada para emergências, como a administração de epinefrina, se necessário. Acompanhamento: A escola deve ter um canal de comunicação aberto com os pais, para acompanhar a evolução da criança e adaptar as estratégias de inclusão. Orientações para a família: Educação: A família deve ensinar a criança a reconhecer os alérgenos, a importância de perguntar antes de comer qualquer coisa, e os sinais de uma reação alérgica. Comunicação: A família deve informar à escola sobre as alergias, fornecer laudo médico e garantir que a escola esteja preparada para lidar com emergências. Acompanhamento: A família deve acompanhar a evolução da criança, ajustar a dieta se necessário, e garantir que a criança receba os nutrientes adequados. Engajamento: A família deve acompanhar a criança na escola, participar de reuniões e atividades, e apoiar a escola na inclusão da criança. ALIMENTAÇÃO INFANTIL Aspectos Legais e Políticas Públicas em Alimentação Infantil Direitos das crianças à alimentação adequada e saudável Declaração Universal dos Direitos Humanos: Reconhece o direito à alimentação adequada e saudável, sendo um direito fundamental para todos, incluindo crianças. Constituição Federal: Garante o direito à alimentação adequada e saudável, bem como a proteção à maternidade e à infância. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Estabelece que a família, a comunidade, a sociedade em geral e o Poder Público têm o dever de assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos da criança e do adolescente, incluindo o direito à alimentação. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): Instituído pela Lei nº 11.947/2009, o PNAE garante a alimentação escolar para todos os estudantes da educação básica pública, visando a segurança alimentar e nutricional. Legislação Estadual e Municipal: Municípios podem legislar para criar e manter Conselhos Tutelares, que são órgãos responsáveis por proteger os direitos das crianças e adolescentes, incluindo o direito à alimentação. O Direito à Alimentação na Prática: Responsabilidade da Família: A família tem o dever de garantir a alimentação adequada aos seus filhos, fornecendo alimentos nutritivos e saudáveis. Papel do Estado: O Estado, por meio do PNAE e de outras políticas públicas, tem o dever de garantir a alimentação adequada para crianças em situação de vulnerabilidade social, especialmente na escola. Ação da Sociedade Civil: Organizações não governamentais e outras entidades da sociedade civil podem atuar para defender o direito à alimentação das crianças e adolescentes, denunciando casos de negligência e falta de acesso à alimentação. Educação e Sensibilização: É importante que famílias e comunidades sejam educadas sobre a importância da alimentação saudável para o desenvolvimento das crianças, incentivando hábitos alimentares adequados e promovendo a escolha de alimentos de qualidade. PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - PNAE Segundo a Lei nº 11.947/2009, a alimentação escolar é definida como: todo alimento oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo. Com a publicação da Resolução CD/FNDE nº 02, de 10 de março de 2023, que alterou a Resolução CD/FNDE nº 06/2020, os valores per capita sofreram reajuste e passaram a vigorar da seguinte forma *: R$ 0,41 (quarenta e um centavos de Real) para os estudantes matriculados na Educação de Jovens e Adultos - EJA; R$ 0,50 (cinquenta centavos de Real) para os estudantes matriculados no ensino fundamental e no ensino médio; R$ 0,72 (setenta e dois centavos de Real) para estudantes matriculados na pré-escola, exceto para aqueles matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos; R$ 0,86 (oitenta e seis centavos de Real) para os estudantes matriculados em escolas de educação básica localizadas em áreas indígenas e remanescentesde quilombos; R$ 1,37 (um Real e trinta e sete centavos de Real) para os estudantes matriculados em escolas de tempo integral com permanência mínima de 7h (sete horas) na escola ou em atividades escolares, de acordo com o Censo Escolar do INEP; R$ 1,37 (um Real e trinta e sete centavos de Real) para os estudantes matriculados em creches, inclusive as localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos; - para os estudantes contemplados no Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, haverá complementação financeira de forma a totalizar o valor per capita de R$ 2,56 (dois Reais e cinquenta e seis centavos); - para os estudantes que frequentam, no contraturno, o AEE, o valor per capita será de R$ 0,68 (sessenta e seis centavos de Real); Independente da etapa e da modalidade de ensino, se o estudante estiver em carga horária integral, o valor per capita considerado é de R$ 1,37. Em carga horária parcial, independente da etapa e da modalidade, o valor per capita considerado é de R$ 0,86 no caso de estudantes matriculados em escolas localizadas em terras indígenas e remanescentes de quilombos, exceto creche, quando o valor per capita permanece em R$ 1,37. * Valores vigentes ainda em 2025. DIRETRIZES DO PNAE Já conhecemos o PNAE, então chegou o momento de conhecer mais artigos da lei que prescreve as ações que devem ser tomadas em relação ao programa, vejamos: Art. 2o São diretrizes da alimentação escolar: - o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica; - a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional; - a universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede pública de educação básica; - a participação da comunidade no controle social, no acompanhamento das ações realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios para garantir a oferta da alimentação escolar saudável e adequada; - o apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos; - o direito à alimentação escolar, visando a garantir segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social. Art. 3o A alimentação escolar é direito dos alunos da educação básica pública e dever do Estado e será promovida e incentivada com vistas no atendimento das diretrizes estabelecidas nesta Lei. Art. 4o O Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE tem por objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo. Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) A PNAN tem como objetivo melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, promovendo hábitos alimentares saudáveis e prevenindo doenças. Guia Alimentar para a População Brasileira: Desenvolvido pelo Ministério da Saúde, o Guia oferece recomendações sobre alimentação saudável, incentivando o consumo de alimentos naturais e minimamente processados e a redução de alimentos ultraprocessados, gorduras e açúcares. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): Incentiva a agricultura familiar e distribui os alimentos produzidos a populações de baixa renda, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional. Programa Saúde na Escola (PSE): Promove a educação alimentar e nutricional em escolas, com foco na prevenção de doenças e na promoção de hábitos saudáveis. Outras iniciativas: Incluem a promoção de cantinas saudáveis em escolas e ambientes de trabalho, a regulamentação da rotulagem nutricional, a proibição da venda de alimentos ultraprocessados em escolas, entre outras. Prevenção de Doenças Relacionadas à Alimentação: Combate à obesidade e doenças crônicas não transmissíveis: A promoção da alimentação saudável é essencial para prevenir e controlar a obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde relacionados à alimentação. Prevenção de deficiências nutricionais: A diversificação alimentar e a ingestão adequada de nutrientes são importantes para garantir o desenvolvimento e a saúde, especialmente em crianças e mulheres. Redução do consumo de alimentos ultraprocessados: A redução do consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcares e sal, é fundamental para a saúde. Promoção da alimentação complementar: A alimentação complementar adequada em bebês e crianças é importante para garantir o desenvolvimento e prevenir deficiências nutricionais. As políticas públicas de alimentação saudável são importantes para garantir a saúde e o bem-estar da população, promovendo hábitos alimentares saudáveis e prevenindo doenças relacionadas à alimentação. image1.png image2.jpg image3.jpg image4.jpg image5.png image6.png image7.jpg image8.jpg image9.jpg image10.png image11.jpg image12.jpg image13.png image14.jpg image15.jpg image16.png image17.jpg image18.png image19.jpg image20.jpg image21.png image22.jpg image23.png image24.jpg image25.jpg image26.jpg image27.jpg image28.jpg image29.jpg image30.jpg image31.jpg image32.jpg image33.jpg image34.png image35.png image36.png image37.jpg image38.jpg image39.png image40.png image41.jpg image42.jpg image43.jpg image44.jpg image45.png