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CONFERÊNCIAS NACIONAIS em SEGURANÇA ALIMENTAR (CNSAN) As conferências nacionais realizadas no Brasil são entendidas como instituições participativas de deliberação que promovem interlocução entre Estado e sociedade sobre políticas públicas no nível nacional. As CNSAN têm relação direta com a existência do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), órgão consultivo ligado à Presidência da República. Criado em 1993, o CONSEA organizou a I CNSA em 1994. Entretanto, o CONSEA foi extinto em 1995, no governo de Fernando Henrique Cardoso e reestabelecido em 2003, no governo de Lula da Silva. As CNSAN seguintes, foram de 2004 até 2015. A Lei 11.346/2006 conhecida como Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) instituiu o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e definiu que as CNSAN deveriam estabelecer as prioridades da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN). Em 2019 o CONSEA foi novamente extinto, o que comprometeu a interlocução entre a sociedade civil e o Estado para tratar de assuntos voltados à SAN e implicou em não convocação da VI CNSAN, prevista 2019. CONFERÊNCIAS NACIONAIS em SEGURANÇA ALIMENTAR (CNSAN) 6º CONFERÊNCIA – será em 12/2023 Tema: Erradicar a fome e garantir direitos com comida de verdade, democracia e equidade. CONFERÊNCIAS NACIONAIS em SEGURANÇA ALIMENTAR (CNSAN) Após a V CNSAN a perspectiva era: No Brasil pós Mapa da Fome, iniciou-se um novo ciclo de gestão política com importantes agendas para a segurança alimentar e nutricional da população brasileira. No Plano Plurianual (PPA 2016-2019) a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada seria uma diretriz estratégica, qual seja: “Garantir o direito humano à alimentação adequada e saudável, promovendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional”. O momento era de reflexão para a elaboração do novo Plano de SAN, que teria vigência 2016/2019, com vários setores envolvidos. Assim como o PPA, o próximo PLANSAN assumiria compromissos e metas buscando a resolução dos seguintes desafios Mas não ocorreu... CONFERÊNCIAS NACIONAIS em SEGURANÇA ALIMENTAR (CNSAN) CONFERÊNCIAS NACIONAIS em SEGURANÇA ALIMENTAR (CNSAN) CONFERÊNCIAS NACIONAIS em SEGURANÇA ALIMENTAR (CNSAN) As CNSAN possibilitaram ao longo dos anos a discussão sobre o tema da SAN e a elaboração de propostas de políticas públicas nesse campo a partir de um processo que buscou garantir espaços de deliberação e abertura para participação civil. As CNSAN apresentaram desenho padronizado, foram convocadas pelo poder executivo, realizaram etapas preparatórias e previram escolhas de representantes governamentais. A maioria teve como objetivo a proposição de políticas públicas. A organização das CNSAN por meio de grupos de trabalhos e plenárias favoreceu a participação-deliberação. As conferências mobilizaram um grande número de participantes e de municípios. DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA O direito à alimentação adequada, compreendido como o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, é reconhecido como um direito humano pelo artigo 6º da Constituição Federal de 1988. Para protegê-lo e promovê-lo, o Brasil instituiu o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), por meio da Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN). A LOSAN – Lei nº 11.346, de 2006 – regulamenta as políticas de promoção e acesso a alimentos saudáveis e à água, assim como de fomento à produção, à comercialização e ao consumo de alimentos oriundos da agricultura familiar. CRIAÇÃO DO SISAN CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Art. 8º O SISAN reger-se-á pelos seguintes princípios: I. universalidade e equidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer espécie de discriminação; II. II. preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas; III. III. participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle das políticas e dos planos de segurança alimentar e nutricional em todas as esferas de governo; IV. IV. transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos critérios para sua concessão CRIAÇÃO DO SISAN CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Art. 9º O SISAN tem como base as seguintes diretrizes: I. I. promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não governamentais; II. II. descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo; III. III. monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para a área nas diferentes esferas de governo; IV. IV. conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação adequada, com ações que ampliem a capacidade de subsistência autônoma da população; V. V. articulação entre orçamento e gestão; VI. VI. estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos. CRIAÇÃO DO SISAN CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Art. 10. O SISAN tem por objetivos formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional, estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem como promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da segurança alimentar e nutricional do País. CRIAÇÃO DO SISAN CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL III . a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) integrada por Ministros de Estado e Secretários Especiais responsáveis pelas pastas afetas à consecução da segurança alimentar e nutricional, com as seguintes atribuições, dentre outras: a) elaborar, a partir das diretrizes emanadas do CONSEA, a Política e o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, indicando diretrizes, metas, fontes de recursos e instrumentos de acompanhamento, monitoramento e avaliação de sua implementação; b) coordenar a execução da Política e do Plano; c) articular as políticas e planos de suas congêneres estaduais e do Distrito Federal; IV . os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e V . as instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN CAISAN 1. Combater a insegurança alimentar e nutricional que persiste em grupos populacionais específicos, com ênfase em povos e comunidades tradicionais. 2. Contribuir para a redução da pobreza rural, por meio da inclusão produtiva dos agricultores e das agricultoras familiares. 3. Contribuir para a promoção do abastecimento e o acesso regular e permanente da população brasileira à alimentação adequada e saudável. os programas de compras públicas da agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Com vistas à ampliação dos mercados para os agricultores familiares, nos últimos anos, duas novas modalidades do PAA foram instituídas: a Aquisição de Sementes, que permite a compra e doação de sementes pelo Programa; e a Compra Institucional, que autoriza que municípios e órgãos federais da administração direta e indireta comprem alimentos da agricultura familiar por meio de chamadas públicas, com seus próprios recursos financeiros, dispensada licitação. Em 2010, o PNAE adquiriu 49% dos produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar. Já em 2014 esse percentual subiu para 89%. CAISAN 4. Promover o consumo de alimentos adequados e saudáveis. adoção de hábitos alimentares mais saudáveis e adequados pela população brasileira. A garantia integral do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) deve ser concebidaa partir de duas dimensões: estar livre da fome e da desnutrição e ter acesso a uma alimentação adequada e saudável. 5. Controlar e prevenir as doenças decorrentes da má alimentação. ações intersetoriais e participação social. Nesse sentido, o governo assumiu o compromisso de deter a obesidade em adultos até 2019, através da implementação da “Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade”, elaborada pela CAISAN, a qual reunia diversas ações do Governo Federal que contribuíam para a redução da obesidade no país. 6. Contribuir para ampliar o acesso à água para consumo humano para a população pobre no meio rural. 7. Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a participação social. 8. Estruturar e consolidar o diálogo e a cooperação internacional do Brasil para promoção da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14