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UNIVERSIDADE EVANGÉLICA DE GOIÁS CURSO DE ODONTOLOGIA Projeto de intervenção em saúde: Educação em Saúde com Estudantes de Rede Pública Anápolis – GO 2025.1 Filipe Resplandes Julianna Cintra Letícia Andrade Letícia Gilberta Rafaela Nunes Runy Camila Projeto de intervenção em saúde: Educação em Saúde com Estudantes de Rede Pública Projeto apresentado ao Curso de Odontologia da Universidade Evangélica de Goiás – UniEvangélica, sob orientação da Prof.ª Dra. Evelin Soares de Oliveira Martins e da Prof.ª Me. Francielle Nunes de Azevedo Romanowski, como requisito para aprovação na disciplina de Saúde Coletiva I. Anápolis – GO 2025.1 Sumário 1. Introdução 4 2. Objetivo geral 5 3. Revisão de literatura 6 4. Resultados_________________________________________________________________ 5. Considerações finais_________________________________________________________ 6. Referências Bibliográficas 9 7. Plano de estratégia 10 1. INTRODUÇÃO A infância é uma fase essencial para o desenvolvimento de hábitos saudáveis, e a escola tem papel fundamental nesse processo, sendo um ambiente onde a criança passa grande parte do seu tempo e está em constante aprendizado. Pensando nisso, a educação em saúde dentro do ambiente escolar se mostra uma estratégia eficaz na prevenção de doenças e na promoção de uma melhor qualidade de vida para os alunos. Apesar disso, ainda é possível observar muitos casos de crianças com cáries, maus hábitos alimentares, ocorrências de traumatismos dentários e situações frequentes de bullying, que prejudicam não só a saúde física, mas também o bem- estar emocional e social. Esses problemas, muitas vezes, estão relacionados à falta de informação e de ações preventivas voltadas para a realidade das crianças e suas famílias. Diante desse cenário, percebe-se a importância de projetos educativos que tratem desses temas de forma clara, acessível e lúdica, tanto para os alunos quanto para os responsáveis. É necessário que o ambiente escolar vá além do ensino tradicional e promova atividades que contribuam para a formação de cidadãos mais conscientes e saudáveis. Com isso, este projeto tem como objetivo geral promover educação em saúde para crianças em idade escolar e seus responsáveis, abordando os temas de higiene bucal, alimentação saudável, traumatismo dentário e bullying, por meio de oficinas e materiais informativos que incentivem a prevenção e o cuidado com a saúde. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Promover a educação em saúde para crianças em idade escolar e seus responsáveis, por meio de oficinas e materiais informativos que abordem os temas de higiene bucal, alimentação saudável, traumatismo dentário e bullying, incentivando a prevenção e a adoção de hábitos saudáveis. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Ensinar práticas corretas de higiene bucal de forma lúdica e acessível. Estimular hábitos alimentares saudáveis entre as crianças. Informar sobre prevenção e cuidados em casos de traumatismo dentário. Promover a conscientização sobre o bullying e suas consequências. 2. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 HIGIENE BUCAL A higiene bucal é essencial para o bem-estar geral e deve ser estimulada desde os primeiros anos de vida. Durante a infância, é mais fácil adquirir e manter hábitos saudáveis, como a escovação correta dos dentes, o uso do fio dental e visitas regulares ao dentista. Esses cuidados ajudam a prevenir doenças bucais, como a cárie e a gengivite, que podem comprometer a saúde e o desenvolvimento das crianças. A escola, por ser um espaço de formação e convivência diária, tem papel importante na construção desses hábitos. De acordo com GARBIN. et al. (2012), a escola é um ambiente privilegiado para a promoção da saúde bucal, pois permite o desenvolvimento de ações educativas contínuas que favorecem o aprendizado e a mudança de comportamento entre os escolares. Além disso, a participação da família é fundamental para reforçar os cuidados em casa. Quando pais e responsáveis estão envolvidos, as crianças tendem a levar mais a sério os ensinamentos e a manter uma rotina de higiene bucal adequada. Assim, a parceria entre escola, família e profissionais da saúde contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e saudáveis. 3.2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL A alimentação saudável na primeira infância é crucial para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças. No entanto, diversos fatores influenciam os hábitos alimentares nessa fase. O estudo realizado pelo UNICEF (2021) com famílias beneficiárias do Bolsa Família revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados é elevado entre crianças pequenas, influenciado principalmente pelo sabor, preço e praticidade desses produtos. Além disso, o e-book da Prefeitura de Campinas (2023) destaca que a seletividade alimentar é comum em crianças pequenas, caracterizada pela recusa ou preferência por determinados alimentos. Esse comportamento pode ser transitório, mas, se persistente, pode afetar a qualidade nutricional da dieta infantil. O e-book enfatiza a importância de estratégias para ampliar a aceitação alimentar, como a introdução gradual de novos alimentos e a criação de um ambiente alimentar positivo. Diante desse cenário, é fundamental a implementação de políticas públicas que promovam a educação alimentar, incentivem. o consumo de alimentos frescos e minimamente processados e ofereçam suporte às famílias para lidar com a seletividade alimentar. Essas ações contribuem para a formação de hábitos alimentares saudáveis desde os primeiros anos de vida. 3.3 TRAUMATISMO DENTÁRIO O traumatismo dentário na dentição decídua é uma condição prevalente na infância, representando um problema de saúde pública devido aos seus impactos físicos, psicológicos e sociais. Lesões traumáticas nos dentes de leite requerem abordagens clínicas específicas, distintas das aplicadas à dentição permanente, considerando as particularidades anatômicas e fisiológicas dos dentes decíduos. Segundo o Guia de Atendimento de Pacientes com Traumatismos na Dentição Decídua, elaborado pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as lesões mais comuns incluem concussão, subluxação, luxações (intrusiva, extrusiva e lateral), fraturas coronárias e radiculares, além de avulsões. Cada tipo de lesão demanda uma conduta clínica específica, que pode variar desde a observação e acompanhamento até intervenções como reposicionamento, imobilização ou exodontia, sempre considerando fatores como a idade da criança, o estágio de desenvolvimento radicular e o tempo decorrido desde o trauma. O guia enfatiza a importância do atendimento imediato, preferencialmente até três horas após o evento traumático, para otimizar o prognóstico. Além disso, destaca-se a necessidade de acompanhamento clínico e radiográfico contínuo até a erupção do dente permanente sucessor, com avaliações periódicas para monitorar possíveis complicações, como necrose pulpar, reabsorções radiculares ou danos ao germe do dente permanente. A orientação adequada aos pais ou responsáveis também é crucial, pois eles desempenham um papel importante na identificação precoce dos sinais de trauma e na busca por atendimento odontológico. Em complemento, a o estudo de Oliveira et al. (2010) investigou ocorrência de traumatismos dentários e oclusopatias em crianças pré- escolares no município de Salvador, Bahia. A pesquisa revelou uma prevalência de traumatismo dentário de 16,3% entre os 472 pré-escolares examinados, com maior ocorrência em crianças com menos de 42 meses de idade. Além disso, observou-se que 50,4% das crianças apresentavam oclusão normal, enquanto 31,8% apresentavam má oclusão moderada ou severa, sendo a mordida aberta anterior a mais comum. O estudo identificou uma associação estatisticamente significativa entre o tempo prolongado de aleitamento materno (8 meses ou mais) e a presença de traumatismo dentário, sugerindo que fatores comportamentais e socioeconômicos podem influenciar na ocorrência dessas lesões. Comparando as duas abordagens, o guia da UFMG fornece diretrizes clínicas detalhadas para o manejo imediato e acompanhamento de traumatismos na dentição decídua, enfatizando a importância do atendimento precoce e do acompanhamento contínuo. Já o estudo de Oliveira et al. (2010) oferece uma perspectiva epidemiológica, identificando fatores associados à ocorrência de traumatismos dentários em pré-escolares, como idade, hábitos de sucção e tempo de aleitamento materno. Ambos os trabalhos convergem na necessidade de ações preventivas e educativas, destacando o papel da família e dos profissionais de saúde na promoção da saúde bucal infantil. 3. 4 BULLYING O bullying configura-se como uma forma de violência sistemática no ambiente escolar, caracterizada por comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, que visam causar dano físico, psicológico ou moral à vítima. Comumente, essas ações partem de um ou mais agressores em situação de poder ou influência e se direcionam a indivíduos em condição de vulnerabilidade, impactando negativamente seu desenvolvimento emocional, social e acadêmico. De acordo com o Programa Conviver sem Bullying (2019), o enfrentamento ao bullying demanda uma abordagem integrada, envolvendo todos os atores da comunidade escolar. A instituição de ensino deve assumir um papel ativo na promoção de uma cultura de respeito, por meio do fortalecimento de vínculos, do estímulo ao diálogo e da valorização A formação de um ambiente escolar saudável requer, necessariamente, a valorização das diferenças, a desconstrução de estigmas e a promoção de espaços seguros e acolhedores para todos os estudantes. Nesse contexto, a escola deve atuar como agente transformador, estimulando práticas pedagógicas que favoreçam a convivência respeitosa e o reconhecimento do outro como sujeito de direitos. A implementação de atividades educativas, como oficinas temáticas, rodas de conversa e dinâmicas participativas, mostra-se eficaz na sensibilização dos alunos quanto aos impactos do bullying e na construção de atitudes mais empáticas e colaborativas. Tais estratégias contribuem para o fortalecimento da cultura de paz e para o desenvolvimento de competências socioemocionais essenciais à formação cidadã. Além disso, o engajamento das famílias constitui fator fundamental nesse processo, uma vez que muitos sinais de sofrimento decorrentes do bullying se manifestam no ambiente doméstico. A parceria entre escola e responsáveis potencializa os resultados das ações preventivas e permite um acompanhamento mais eficaz das crianças envolvidas, promovendo uma rede de apoio que favorece o bem-estar e o desenvolvimento integral dos estudantes. 4. RESULTADOS A ação educativa realizada na escola foi bem produtiva. Nosso grupo teve contato com 33 crianças da escola Lena Leão localizada no bairro Parque Brasília (Foto 1). A escola é grande e com alunos carentes que precisam de apoio, O grupo pode fazer uma oficina de escovação correta com as crianças. Levamos um manequim para demostração de como realizar a escovação de maneira correta (Foto 2) e o uso correto do fio dental e todas as crianças receberam uma escova dentária (Foto 3). Foi feita ainda uma brincadeira com as crianças sobre alimentação saudável, onde as crianças colavam imagens de alimentos saudáveis e alimentos não saudáveis (Foto 4). Conversamos com eles da importância de manter uma alimentação saudável para uma boa saúde bucal. Para ensinar as crianças sobre um ambiente saudável e a valorização das diferenças, a desconstrução de estigmas e a promoção de espaços seguros e acolhedores para todos os estudantes, conversamos com eles sobre bullying no ambiente escolar e como eles podem pedir ajuda. Nesse contexto, a escola deve atuar como agente transformador, estimulando práticas pedagógicas que favoreçam a convivência respeitosa e o reconhecimento do outro como sujeito de direitos. Para que as famílias sejam engajadas nesta ação educativa foi confecionado um folder com explicações sobre todas as oficinas desenvolvidas pelo grupo (Foto 5). Todo o processo, desde a confecção das atividades até a aplicação foi de muito aprendizado para o grupo. O processo de apresentação e contado com as crianças também ajudou muito o grupo a entender a importância do contato com a comunidade. Foto 1. Sala de aula onde a educação em saúde foi feita na escola Lena Leão. Foto 2. Demostração da escovação correta e uso do fio dental Foto 3. Escovas entregues para as crianças depois da oficina de escovação Foto 4. Oficina sobre alimentos saudáveis. Foto 5. Folder educativo confecionado pelo grupo 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A infância é muito importante para o desenvolvimento de hábitos saudáveis, e a escola ajuda a promover esse ambiente. A ação educativa promovida na escola Lena Leão foi muito importante para mostrar para as crianças a importância de uma escovação correta, uma alimentação balanceada, o conhecimento do que fazer caso haja alguma perca dentária e como lidar com o bullying no ambiente escolar. As crianças puderam aprender sobre estes temas e o nosso grupo pode desenvolver atividade aprendida no ambiente acadêmico. Essa experiência extra murros nos ajudou muito a entender a importância da educação em saúde e do contato com a comunidade. Os projetos educativos são muito importantes tanto para alunos quanto ao grupo responsável para desenvolver um ambiente escolar que vai além do ensino tradicional, contribuindo assim para a formação de cidadãos mais conscientes e saudáveis. 6. REFERÊNCIAS SILVA, Paulo Vinícius Baptista da; SANTOS, Wellington Oliveira dos; PACÍFICO, Tânia Mara. Livro 2: Bullying e Violência nas Escolas. 2019. Disponível em: https://conviver.sembullying.com/wp-content/uploads/2019/04/Livro-2.pdf. Acesso em: maio 2025 PEREIRA, Ricardo Alexandre; VIANA, Adriano Willian da Silva. Como combater o bullying na sua escola: guia para educadores e gestores. UNICEF Brasil. (2021). Alimentação na primeira infância: conhecimentos, atitudes e práticas de beneficiários do Bolsa Família. Brasília: UNICEF. Disponível em: [https://www.unicef.org/brazil/media/17121/file/alimentacao-na-primeira- infancia_conhecimentos-atitudes-praticas-de-beneficiarios-do-bolsa-familia.pdf] (https://www.unicef.org/brazil/media/17121/file/alimentacao-na-primeira- infancia_conhecimentos-atitudes-praticas-de-benef SANTOS, Ricardo Peres dos. O bullying nas escolas: um estudo sobre a prevenção e o enfrentamento por meio da educação profissional e tecnológica. 2021. Produto educacional (Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica) – Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, Januária, 2021. Oliveira, M. S. B., Carneiro, M. C., Amorim, T. M., Maia, V. N., Alvarez, A. V., Vianna, M. I. P., & Almeida, T. F. (2010). Contexto familiar, traumatismo dentário e oclusopatias em crianças em idade pré-escolar: ocorrência e fatores associados. Revista de Odontologia da UNESP, 39(2), 81–88. Plano de Ação – Estratégias de Educação em Saúde Etapa / Atividade Objetivo Responsáveis Recursos necessários Data Oficina interativa sobre higiene bucal Ensinar e reforçar hábitos corretos de escovação e uso do fio dental Juliana Cintra Macromodelo, escova, fio dental. 20/05/2025 Dinâmica qual alimento devo usar Estimular escolhas alimentares saudáveis que favorecem a saúde bucal Rafaela Nunes Runy Camila Cartas com fotos de alimentos saudáveis e não saudáveis 20/05/2025 Jogo educativo quem socorre o dentinho? Sobre prevenção de traumas dentários Informar sobre os cuidados em situações de acidentes bucais Filipe Resplandes e Rafaela Nunes Folder educativo e demostração no quadro 20/05/2025 Roda de conversa usando o folder sobre empatia e respeito no ambiente escolar Promover a conscientização e prevenção do bullying relacionado a aparencia dentária. Leticia Andrade Leticia Gilberte Folder educativo e demostração de situações ruins 20/05/2025 image6.jpeg image7.jpeg image1.png image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg