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Conceitos de Silvicultura

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SILVICULTURa – VII período agronomia AULA 1 - Conceitos: 
Silvicultura - é a ciência que trata do cultivo de árvores, referindo-se às práticas relativas à produção de mudas, plantio, manejo, exploração e regeneração dos povoamentos.
Silvicultura: É a arte ou a ciência de manipular um sistema dominado por árvores e seus produtos, com base no conhecimento das características ecológicas do sítio, com vista a alcançar o estado desejado, e de forma economicamente rentável (Louman et al., 2001).
Povoamento florestal: É uma parte da floresta, que se distingue evidentemente do resto da floresta, por causa da sua particular estrutura e composição das espécies arbóreas (Lamprecht, 1990).
Povoamentos equiânios: são aqueles que em determinado momento, as árvores pertencem à mesma classe de idade, isto é, a diferença de idades entre as árvores jovens e adultas não é superior a 20 % da idade de rotação (Loureiro, 1991). Normalmente são povoamentos artificiais e poucos deles, senão nunca, são encontrados como povoamentos naturais, dada a dificuldade que existe de se conhecer a idade real das florestas nativas. 
Povoamentos inequiânios ou multianos: São aqueles que possuem pelo menos três classes de idade misturadas no mesmo povoamento (Loureiro, 1991). Os povoamentos inequiâneos podem ser naturais ou artificiais. 
Povoamentos podem ser puros ou mistos.
Povoamentos puros: são os constituídos por uma ou muito poucas espécie arbóreas e normalmente são artificiais (plantações), mas também podem ser naturais. Para povoamentos artificiais, podem servir de exemplos as plantações. Os povoamentos puros (naturais), podem ser o resultado da força de concorrência superior de uma determinada espécie arbórea, condições extremas devido ao clima
(geadas, secas, fogos, pragas ou doenças, etc.), devido ao solo (solos permanentemente inundados, salinos, etc.) devido a topografia (terreno íngreme e acidentado, montanhoso, etc.) (Lamprecht, 1990).
Povoamento mistos: são os constituídos por várias espécies arbóreas, de tal forma que todas influenciam e determinam as circunstancias do meio ambiente do povoamento, por exemplo, a floresta amazônica, etc. (lamprecht, 1990). 
Floresta equiana: corresponde a uma floresta na qual os indivíduos se encontram na mesma idade. 
Floresta - é uma associação predominante de árvores, acrescida de sub-bosque, ocupando considerável extensão de terra, capaz de desenvolver um clima local próprio.
Sub-bosque - vegetação arbustiva, sub-arbustiva, herbácea e arvoretas encontradas sob o maciço florestal (regeneração natural).
Mata - é uma floresta de pequena extensão. Diferencia-se do conceito de floresta apenas pela extensão de terra.
Floresta pura - quando a freqüência de uma espécie é de mais de 90%.
Floresta mista - quando a floresta é formada por mais de uma espécie.
Floresta nativa (natural) - quando formada sem a intervenção do homem.
Floresta plantada (artificial) - quando plantada pelo homem.
Floresta de alto fuste - sua origem e regeneração se fazem por semeadura.
Floresta de talhadia - a regeneração se faz pela brotação da touça.
Floresta primária - floresta que se formou ao longo dos estágios sucessionais, sem interrupção.
Floresta secundária - formada naturalmente após a destruição da floresta primária.
Fuste - é a parte da árvore que vai do colo às primeiras ramificações da copa (tronco).
Campo - formação vegetal com apenas um estrato de cobertura, constituída principalmente de gramíneas, ciperáceas e leguminosas.
Cerrado - formação vegetal constituída de dois estratos, um de vegetação rasteira e outro com formas arbóreas que raramente ultrapassam 6 metros de altura, apresentando caules tortuosos, com espêssas cascas, folhas coriáceas e aparência xeromórfica.
Cerradão - formação constituída de três estratos, sendo os dois primeiros semelhante ao cerrado, e o terceiro é formado por árvores de 6 até 20 metros de altura, com melhor forma, possível de se encontrar madeira dura.
DAP - significa "diâmetro à altura do peito", e é o diâmetro da árvore medido a l,30 m do solo.
Crescimento: Crescimento de uma planta é o aumento do tamanho ao longo do tempo (Louman et al., 2001), e a formação de novos órgãos (GTZ, 1986). O crescimento é expresso em termos de diâmetro, altura, área basal ou volume (Louman et al., 2001).
Desbaste: É a redução do número de árvores que crescem num determinado povoamento, de modo a condicionar a competição, e dar as árvores restantes, mais espaço, luz e nutrientes para o seu bom desenvolvimento.
Desrama: É o corte ou supressão natural ou artificial, dos ramos mortos ou vivos que se situam ao longo do fuste, para melhorar a qualidade da madeira.
Sistemas Monocíclicos: São aqueles que removem numa só operação todo “stock” de madeira comercial. Estes sistemas, modificam completamente a estrutura natural da floresta, com objectivo de criar florestas altas equiâneas (Louman et al., 2001).
Sistemas Policíclicos: São aqueles que manejam o povoamento em pé, e apenas, uma parte das espécies são aproveitadas. Estes sistemas modificam muito pouco a estrutura natural da florersta, e o objetivo é de criar uma floresta alta multiânea e composta predominantemente por espécies de valor comercial (Louman et al., 2001)
Sítio Florestal: É um conceito abstracto, e denota uma combinação de vários fatores ambientais (fatores do solo, topográficos, climáticos e competitivos), que afetam o crescimento das árvores. Os fatores ambientais e das próprias plantas interagem entre si, tornado difícil separar, as causas e os efeitos do crescimento, e da produtividade do sítio. 
Tratamentos silviculturais: São intervenções florestais destinadas a manter ou melhorar o valor silvicultural da floresta (Louman et al, 2001).
Técnica Silviculturais: São os meios pelas quais se aplicam os tratamentos Silviculturais
SUBDIVISÕES DA SILVICULTURA- A silvicultura subdivide-se em silvicultura clássica e silvicultura moderna. 
A clássica opera quase exclusivamente com as florestas naturais, recorrendo as forças produtivas decorrentes do sítio, e os seus limites são determinados pela necessidade de não ameaçar a estabilidade natural, condicionada pelo ecossistema. 
A silvicultura moderna, opera quase exclusivamente com as florestas plantadas, e o mais independente possível do sítio natural, isto é, num meio artificial, e só artificialmente mantido. 
Ambas as subdivisões tem por objetivo fundamental, a produção de madeira (Lamprecht, 1990). Porém, a silvicultura moderna para além de produzir madeira, assume outras funções tais como: serviços (proteção, lazer, bem estar) ou bens (postes, resinas, cortiça, etc..).
Independentemente dos objetivos em questão, é tarefa do silvicultor saber quando e como intervir na floresta de modo a conseguir um alto rendimento, mas sem afetar o equilíbrio ecológico. 
Objetivos do florestamento ou reflorestamento
Um florestamento ou reflorestamento, além dos benefícios econômico-financeiros (madeira, óleos, celulose, látex, resinas, lenha), produz outros considerados de ordem geral, porém não menos importantes:
Controle à erosão
- Um povoamento florestal pode contribuir para o controle da erosão eólica e hídrica.
- No caso da erosão eólica, esta ocorre principalmente nas regiões de solos arenosos, onde os ventos passam com alta velocidade, em topos de morros descobertos e em áreas litorâneas. As árvores poderão recobrir a área ou ter a função de quebra-ventos.
- Para o caso da erosão hídrica, as árvores protegem o solo em três níveis: copa - primeira interceptação das gotas; superfície do solo - onde a manta orgânica amortece as gotas que passam ou caem das copas e ainda dificulta o escorrimento superficial, dando mais tempo para infiltração; no interior do solo - onde o enriquecimento orgânico do solo provocado pela grande quantidade de material orgânico que cai constantemente, aumenta a porosidade, e por conseguinte a capacidade de retenção e absorção.Enriquecimento das camadas superficiais do solo
As raízes profundas das árvores buscam os nutrientes no sub-solo, depositando-os na superfície quando da queda de folhas, ramos, galhos, flores, frutos, cascas e morte de indivíduos, num processo denominado ciclagem de nutrientes.
Melhoria das propriedades físicas
Os solos sob mata são em geral, bem estruturados, porosos, permeáveis e arejados.
Ativação da flora e fauna do solo
Devido à abundância de matéria orgânica e o arejamento dos solos florestais, nestes, o número de organismos é maior do que nos solos descobertos.
Regularização da vazão dos cursos d'água e melhoria da qualidade da água
As alterações nos cursos d'água que cortam florestas, tais como aumento ou diminuição na vazão, são menores ou mais lentas. A explicação para isso está na maior infiltração de água no solo, que é liberada gradativamente, não provocando inundações e melhorando a qualidade da água.
Proteção da flora e fauna
As matas servem de refúgio e local de alimentação a muitas espécies de animais. Algumas são exclusivamente arborícolas, como a preguiça e muitas espécies de macacos, não sobrevivendo em outras condições. Espécies vegetais, como muitas orquídeas, têm seu habitat nas copas de grandes árvores.
Influências sobre o clima
O ambiente no interior das florestas e próximo a elas geralmente é mais ameno do que nas áreas descobertas, devido à maior umidade provocada pela alta transpiração, e à diminuição dos extremos de temperatura. Entre o dia e a noite as variações do clima são menores nas áreas florestadas.
Turismo e recreação
Em países mais desenvolvidos os parques nacionais, que são reservas de áreas virgens destinadas ao lazer, tem infra-estrutura para atender à população, que deseja se recuperar do desgaste da vida urbana, através dos passeios, pesca, caça, acampamentos.
Maiores detalhes, referentes às funções ambientais e outras, dos reflorestamentos com eucaliptos podem ser observados no Apêndice E.

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