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Direito Penal IV

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Direito Penal IV
Art. 288 do CP – Quadrilha ou bando
Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando (sinônimos), para o fim de cometer crimes. (cometer crimes habitualmente).
Para configuração e responsabilização criminal por este crime, é necessário comprovar que os componentes, os sujeitos, estão juntos para cometer vários crimes, de forma habitual.
A simples reunião de mais de 3 pessoas, para praticar um crime, não configura o crime 288. Assim como a execução de apenas um crime.
O bando ou quadrilha devem viver do crime
Pena: Reclusão, de um a três anos
§ único: A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado.
Mínimo 4 pessoas para configurar 0 288
Apenas o ajuste para cometer crime, quando forem mais de 3 pessoas, planejarem crimes, ´se crime de formação de quadrilha ou bando! Tanto o ajuste, o planejamento (a antecipação do crime, mesmo que o crime não ocorra já é 288 - quadrilha ou bando), quanto a execução dos crimes, a quadrilha responderá pelos crimes que cometerem + pelo 288.
Objeto jurídico: paz pública
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
Corrente 1- contam-se os inimputáveis (para alguns doutrinadores) – jurisprudência em maioria
Corrente 2 – não se conta os inimputáveis (para alguns doutrinadores, tais como, Celso Del Manto) 
Para algumas correntes, o menor responderia pelo crime 288, embora fosse condenado ao regime de infração.
Para outras correntes, o menor não responderia pelo crime 288, pois não responde por crime e sim infração
Sujeito Passivo: A coletividade, a vítima é a coletividade que tenha perdido a paz pública
Tipo Objetivo: Associarem-se, aliarem-se, agregarem-se, mais de 3 pessoas para cometer crimes.
O art. 288 nos remete a lei de crimes hediondos, § único do art. 8º da lei 8072/90
Delação Premiada: trata-se de um instituto de Direito Penal, que beneficia o agente delator com diminuição de pena. Delatar = entregar
Neste sentido é necessário que o participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou a quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
Conforme art. 8º, caput da lei de crimes hediondos- a quadrilha ou bando que se forma para cometer crimes hediondos a pena será de 3 a 6 anos de reclusão. (prática da tortura, tráfico de drogas, ou terrorismo).
Delação premiada no caso de extorsão mediante sequestro: se um dos associados da quadrilha ou bando, delatar (denunciar) o crime de extorsão mediante seqüestro, afim de, facilitar a liberação, libertação da vítima, ele terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3, conforme § 4º do Art. 159 do CP, acrescido por força do art. 7º da Lei de Crimes Hediondos (ex. informar o local do cativeiro). 
Em 2012 o art. 288 sofreu acréscimo a partir da lei 12.720/12, criando o art. 288-A: que estabeleceu, criou o tipo penal denominado “Constituição de Milícia Privada”
Organização paramilitar: paramilitares são aquelas criadas clandestinamente s às margens da lei e formadas por agentes públicos da área de segurança, em atividade ou não.
Milícia particular: consiste numa força que se estabelece às margens da lei, sendo formada por agentes públicos e por particulares.
Características da milícia particular (privada): Segundo Ignácio Cano
“1. controle de um território e da população que nele habita, por parte de um grupo armado e regular.
2. O caráter coativo deste controle realizado pelo grupo. 
3. Ânimo de lucro individual como motivação central.
4. Apresentação de um discurso de legitimação referido à proteção dos moradores e à instauração de uma ordem.
5. Participação ativa e reconhecida dos agentes do Estado.
Serviços prestados pela milícia particular: segurança, transporte, fornecimento de gás, TV à cabo, etc.
Método de atuação da milícia particular: se dá pela imposição do regime de terror, obrigando os moradores a aderirem aos serviços.
Grupo: Reunião amadora, menos estruturada do que os paramilitares e a milícia particular.
Esquadrão: Termo usado para designar uma unidade militar, ex. esquadrão anti-bomba; o esquadrão que aparece no art 288-A é aquele não militar, um grupo de justiceiros que se forma para exterminar pessoas, fazer justiça com as próprias mãos, tomando um território qualquer é denominado esquadrão. Formado tanto por militares ou particulares.
Art. 297 do CP - Falsificação de documento público
Objeto jurídico: O bem jurídico que atinge: fé pública
Sujeito ativo: qq pessoa
Sujeito Passivo: o Estado, e se houver, o terceiro prejudicado
Tipo Objetivo: Falsificar no todo ou em parte documento público
Falsificar: criar, imitar, um documento falso, mantendo o aspecto físico, ou seja, um documento integralmente ilegítimo. 
Falsificação ideológica: Alterar a idéia do documento, a estrutura é legítima, porém sofreu modificações.
Tipo subjetivo deste crime: dolo
Consumação: se dá com a efetiva falsificação ou alteração.
Tentativa: é possível, quando o sujeito é surpreendido enquanto falsificava.
Pena: 2 a 6 anos e multa
Causa de aumente do pena: Se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ segundo: Faz uma equiparação de outros tipos de documentos ao documento público. Tais como: testamento, etc.
§ terceiro: nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
§ quarto: O empregador que contrato um empregado e omite na carteira de trabalho, nome do segurado, dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou prestação de serviços.
*conceito de documento público: é aquele elaborado por funcionário público, no exercício da sua função, de acordo com a legislação.
Tem jurisprudência dizendo que falsificação de xérox não autenticada não configura o crime de falsificação.
Falsificação grosseira não configura crime.
Aula
06/09/2013
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. 
Fraude de lei sobre estrangeiro 
Objeto jurídico: fé pública
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: o Estado e a pessoa eventualmente prejudicada
Usar como se fosse seu, documento alheio
Tipo objetivo: usar como próprio passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem para que dele se utilize.
Se o documento for falso – é uso de documento falso
Tipo subjetivo: dolo
Consumação: com o uso do documento ou a cessão do documento
Tentativa: Não se admite na modalidade de usar, na cessão talvez
Adulteração de sinal identificador de veículo automotor
Art. 311
Objeto jurídico: fé pública
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: O Estado e se houver o terceiro prejudicado
Tipo objetivo: adulterar (falsificar), ou remarcar (marcar de novo), número do chassi, ou qualquer sinal identificador do veículo automotor, de seu componente ou equipamento.
Tipo subjetivo: dolo
Consumação: com a adulteração ou remarcação capaz de dissimular a identificação do veículo
Tentativa: admite-se
Pena: 3 a 6 anos
Causa de aumento de pena: aumenta-se em 1/3 se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela.
§2º Pune-se com as mesmas penas do §1º o funcionário público que concorre para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial.
Peculato – art 312 do CP
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-sede facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. 
Peculato culposo 
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
Objeto jurídico: Administração pública
Sujeito Ativo: Crime próprio estabelece que o autor é o funcionário público. Pode haver co-autoria ou participação de pessoas que não sejam funcionários públicos, desde que elas tenham conhecimento da qualidade de funcionário público do autor. (por força do art. 30 do CP)
Sujeito Passivo: O Estado e, eventualmente o terceiro prejudicado
Tipo objetivo: 3 formas
Peculato – apropriação (primeira parte do caput do art.) consiste na conduta do funcionário público que se apossa de valor, dinheiro ou qualquer outro bem móvel que esteja à disposição.
O funcionário público detém a posse legítima da coisa!
Peculato – desvio (segunda parte do caput) consiste na conduta do funcionário público que dá ao objeto, destinação diferente do que fora definido (dinheiro, valor qualquer outro bem móvel que esteja à disposição).
Peculato – furto (§1º do art.) consiste na conduta do funcionário público que subtrai dinheiro, valor ou bem de que não tenha posse.
O funcionário público não detém a posse legítima da coisa!
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Peculato culposo: consiste na conduta do funcionário público que por agir de forma imprudente, negligente ou imperita, facilita a prática de peculato apropriação, desvio ou furto.
Ex. Esqueceu o cofre aberto.
Extinção da punibilidade no caso de peculato culposo: eliminação do direito de punir do Estado – o funcionário público se livra das garras do direito penal
Se houver reparação do dano antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, extingue-se a punibilidade.
Se houver reparação do dano depois do trânsito em julgado da sentença condenatória, reduz-se a pena pela metade.
Art. 16 arrependimento posterior, no caso do agente não ser funcionário público, acarretando diminuição de pena. 
No caso do funcionário público, se houver a reparação antes do caso ser encerrado, extingue-se a punibilidade.
Apropriação indébita
Art. 22 causa excludente da culpabilidade
Tipo subjetivo: dolo e culpa
Consumação: com a efetiva posse, subtração ou desvio
Tentativa: é admissível nas modalidades de desvio e furto
Dados interessantes:
30 mil menores internados no Brasil (presos)
Só em SP 10 mil
7 mil para cada é o que o Estado de SP gasta por mês
Até 2003 tráfico de drogas
Em 2013 tráfico de drogas e roubo
Aula
13/09/2013
Art. 316 CONCUSSÃO
Concussão: extorsão, abalo
Objeto jurídico: Administração pública
Sujeito ativo: somente funcionário público, vide sujeito ativo do peculato
Sujeito Passivo: Estado e a pessoa que sofre diretamente a ação
Tipo objetivo: exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
O núcleo da conduta é exigir, que tem o sentido de demandar, impor, ordenar ou logo, a conduta criminosa prevista no tipo penal descreve a hipótese em que o funcionário público no exercício da função ou em razão dela exige vantagem indevida.
Pena de 2 a 8 anos
Tipo subjetivo: dolo
Consumação: com a efetiva exigência independente do atendimento (atendimento a exigência) – se dá no momento que exigiu, independendo do recebimento daquilo que foi exigido.
Ex. O funcionário do DETRAN que exige 50 reais para realizar a inspeção.
Tentativa: é possível somente na forma escrita, pq na forma verbal, ou o sujeito exige ou não.
§1º excesso de exação (exação=tributo) / pune a conduta do funcionário que exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber ser indevido. 
Pune-se a cobrança vexatória.
Pune-se o comportamento do funcionário público que emprega meio gravoso ou humilhante para cobrança de tributo ou contribuição social, ainda que estes sejam devidos.
Pena: 3 a 8 anos e multa
§2º Pune-se a conduta do funcionário público que, após praticar uma das modalidades do delito de excesso de exação, em vez de recolher aos cofres públicos o tributo ou contribuição social que recebeu indevidamente do contribuinte, o desvia.
Pena: e a 12 anos e multa
CORRUPÇÃO PASSIVA ART. 317 CP
Devassidão, deterioração de caráter, degeneração
Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-las, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
Pena: 2 a 12 e multa.
Sujeito Ativo: somente o funcionário público ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas desde que pratique o crime em razão da função pública.
Objeto jurídico: administração pública
Sujeito passivo: O Estado (quem sofre o crime)
Ex. O funcionário do DETRAN que solicita 50 reais para realizar a inspeção.
Tipo objetivo: solicitar (pedir), receber (entrar na posse), aceitar promessa (concordar com a proposta, promessa)
Tipo subjetivo: dolo de solicitar, receber ou aceitar promessa.
Consumação: com a efetiva solicitação, recebimento ou aceitação
Tentativa: é admissível, solicitação por escrito
Art. 333 CORRUPÇÃO ATIVA
Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. 
Pena: 2 a 12 anos e multa
Parágrafo único: A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
Objeto jurídico: proteção a administração pública
Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive o funcionário público que não esteja no exercício da função e que não haja em razão dela.
Ex. Se o funcionário público ou qq outra pessoa está saindo de férias com a família e a polícia rodoviária para o carro em razão de documentos atrasados, e o funcionário apresenta como identificação a sua carteira (dá cadteirada) além de oferecer um dinheiro.
Sujeito passivo: O Estado
Tipo objetivo: oferecer (por a disposição, apresentar para que seja aceito) ou prometer (obrigar-se a tal)
Tipo subjetivo: dolo de obter uma vantagem
Tentativa: admissível na forma escrita
Consumação: ocorre com o simples ato de oferecimento e conseqüente conhecimento por parte do funcionário público.
PREVARICAÇÃO Art. 319
Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Objeto jurídico: Administração pública
Sujeito Ativo: O Estado
Tipo objetivo: 
A) retardar indevidamente ato de ofício, 
B) deixar de praticar indevidamente ato de ofício 
C) Praticá-lo em desacordo com a forma legalmente prevista

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