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UNIDADE I 
 
 
 
Auditoria 
Externa II 
 
 
 
 
AUDITORIA ÁS CONTAS 
ACTIVAS 
 
 
 
2021 
 
AUDITORIA EXTERNA II 
 
Ficha Técnica: 
Título: Auditoria Externa II – Introducao `a Auditoria Externa II 
Autor: Selma Simango e Ismael Manuel 
Revisor: Estrela Charles e Teresa Almeida Nhachengo 
Execução gráfica e paginação: Instituto Superior Monitor 
2ª Edição: 2021 
Readaptação por Instituto Superior Monitor: Junho de 2021 
© Instituto Superior Monitor 
 
Todos os direitos reservados por: 
Instituto Superior Monitor 
Av. Samora Machel, n. º 202 – 2.º andar 
Caixa Postal 4388 Maputo 
MOÇAMBIQUE 
 
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou 
por qualquer processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia ou gravação, 
sem autorização prévia e escrita do Instituto Superior Monitor. Exceptua-se a transcrição de 
pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro. Esta excepção não deve de 
modo nenhum ser interpretada como sendo extensiva à transcrição de textos em recolhas 
antológicas ou similares, de onde resulte prejuízo para o interesse pela obra. Os transgressores 
são passíveis de procedimento judicial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice 
CAPITULO I – AUDITORIA ÁS DISPONIBILIDDAE/ AOS MEIO FINANCEIROS ...................... 7 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO ............................................................................................................. 7 
1.1 Introdução .................................................................................................................................... 7 
1.1.1 Disponibilidades / meios financeiros ................................................................................... 7 
1.1.2 Meios Financeiros / Activo Corrente .................................................................................. 7 
1.1.3 Práticas Contabilísticas Básicas .......................................................................................... 8 
1.2 Controlo Interno Ideal ................................................................................................................ 8 
1.3 Objectivos da Auditoria na Área de Meios Financeiros .......................................................... 9 
1.4 Procedimento de Auditoria Área de Meios Minanceiros / Disponibilidades ....................... 10 
1.4.1 Caixa – Fundo Fixo ............................................................................................................ 10 
1.4.2 Caixa – Recebimentos ........................................................................................................ 11 
1.4.3 Caixa – Pagamentos ........................................................................................................... 12 
1.4.4 Bancos – Depósitos à Ordem ............................................................................................. 12 
1.4.5 Outros Instrumentos Financeiros (Activos Correntes) ................................................... 14 
1.5 PROGRAMA DE AUDITORIA EM DISPONIBILIDADES ............................................... 15 
1.6 Conclusão ................................................................................................................................... 17 
1.7 QUADRO SINÓPTICO ............................................................................................................ 18 
1.8 EXERCÍCIOS ............................................................................................................................ 19 
CAPÍTULO II – AUDITORIA ÀS EXISTÊNCIAS ........................................................................................... 21 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO .................................................................................................................... 21 
2.1 Introdução .................................................................................................................................. 21 
2.2 CONDIÇÕES IDEAIS DE CONTROLO INTERNO DA ÁREA DAS EXISTÊNCIAS .... 22 
2.2.1 Planeamento ........................................................................................................................ 22 
2.3 OBJECTIVOS DE AUDITORIA A ATINGIR NA ÁREA DAS EXISTÊNCIAS .............. 22 
2.4 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA NA ÁREA DAS EXISTÊNCIAS .......................... 23 
2.4.1 Inventário Físico ................................................................................................................. 23 
2.4.2.1 Compras .......................................................................................... 26 
2.4.2.2 Vendas ............................................................................................. 27 
2.4.2.3 Movimentação Interna .................................................................. 27 
2.4.3 Procedimentos Posteriores à Contagem ........................................................................... 28 
2.4.4 Circularização ..................................................................................................................... 30 
 
2.5 PROGRAMAS DE AUDITORIA – Existências ..................................................................... 31 
2.6 QUADRO SINÓPTICO ............................................................................................................ 36 
2.7 EXERCÍCIOS ............................................................................................................................ 37 
CAPÍTULO III– Auditoria às Contas de Terceiros (Clientes e outras Dívidas a Receber)........................ 39 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO .................................................................................................................... 39 
3.1 Introdução ....................................................................................................................................... 39 
3.1.1 Conceitos ............................................................................................................................. 39 
3.2 Controlos Internos Ideais ..................................................................................................... 40 
3.3 PRINCIPAIS OBJECTIVOS De AUDITORIA DAS CONTAS A RECEBER .................. 40 
3.4 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA DAS CONTAS A RECEBER ................................ 41 
3.4.1 Controlo sobre as Confirmações ....................................................................................... 42 
3.5 AUDITORIA DE OUTROS CRÉDITOS ............................................................................... 44 
3.5.1 Objectivos Da Auditoria .................................................................................................... 44 
3.5.2 Procedimentos De Auditoria ............................................................................................. 44 
3.6 Programa de auditoria às dívidas a receber ........................................................................... 46 
3.7 QUADRO SINÓPTICO ............................................................................................................ 50 
3.8 EXERCÍCIOS ............................................................................................................................ 51 
CAPÍTULO IV – Auditoria às Imobilizações (Activos tangíveis) .............................................................. 52 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO: ................................................................................................................... 52 
4.1 Introdução .................................................................................................................................. 52 
4.2 Objectivos do Exame ................................................................................................................. 53 
4.3 Controlos Internos Ideais .....................................................................................................de reconciliação; 
h) Relativamente aos clientes que não responderem: 
▪ no que se refere as facturas entretantas pagas, examinar os pagamentos 
subsequentes através da análise dos talões de depósito dando espacial atenção 
da data da respectiva certificação bancaria; 
▪ no que se refere as facturas por pagar, analisar o respectivo processo de 
vendas (sobretudo: ordem de compra do cliente, guia de remessa e talão 
destacável da guia de remessa com indicação de que a mercadoria foi 
recepcionada) dando especial atenção as datas dos referidos documentos: 
(Costa 2000:390) 
i) Relativamente as respostas obtidas (concordantes e discontantes) dar especial 
atenção aos eventuais comentários pelos clientes; 
j) Resumir os resultados dos precedimentos de confirmação. Preparar o mapa de 
trabalho; 
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k) Concluir sobre os resultados da circularização. 
4. Analisar, cuidadosamente, a evolução dos saldos dos clientes circularizados, entre 
30/11/X4 e 31/12/X4. 
5. Verificar se existem compromissos de venda que possam conduzir a resultados 
negativos; 
6. Identificar as notas de créditos emitidas entre 31/12/X4 e momento de “fecho” do 
trabalho de campo da auditoria e verificar se as mesmas se referem a vendas 
efectuadas antes de 31/12/X4. Determiner creditos invulgares emitidos em 19X5. 
Caso existam, obter justificações para os mesmos. 
7. Enviar carta ao Advogado solicitando as informações consideradas necessárias á 
prossecução da auditoria, relacionadas não só com esta, mas também com outros 
áreas de trabalho. 
8. Analisar os saldos dos clientes considerados pe Empresa ABC de cobrança duvdosa. 
Preparar o mapa de trabalho. 
9. Obterou preparar um balancete por antiguidade de saldos de clientes conta corrente. 
Preparar o mapa de trabalho. 
10. Preparar a analise de evolução do saldo da provisão para cobranças duvidosas. 
 
(Costa 200:391) 
11. Avaliar a suficiência da provisão para cobrança duvidosa efectuando o seguine 
trabalho: 
a) Através da listagem da antiguidade dos saldos idenficar os clientes com 
problemas de compras; 
b) Debater os problemas de cobranças com os responsáveis da Empresa ABC, rever 
os arquivos de correspondência para os/dos clientes e a resposta obtida do 
Advogado; 
c) Rever as cobranças subsequentes relativamente aos saldos em análise; 
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d) Concluir sobre a suficiência da provisão. 
12. No caso das letras a receber, confirmar os dados do registros contabilísticos co o 
livro de letras a receber. No casodas letras descontadas cruzar a informação constante 
nas respostas dos bancos com elementos que constam do livro de letras a receber. 
13. Confirmar a adequação do critério valorimétrico dos saldos das contas 
originariamente expressas em divisas. 
 
OUTRAS DIVIDASA RECEBER 
14. Examinar os balancetes das restantes contas que compõem a rubrica de dívidas a 
receber (Sócios, Estado e outros devedores) e efectuar os seguintes procedimentos: 
a) Rever saldos, mas significativos, obtendo as respectivas decomposições; 
b) Analisar eventuais problemas de realização; 
c) Se necessário, efectuar so procedimentosde confirmação referidos no ponto 3 
deste programa. 
(Costa 1998:392) 
 
OUTROS ASPECTOS 
15. Verificar a adequação das informações divulgadas no Anexo. 
16. Elaborar mapa desajustamento e reclassificações. 
17. Elaboara um memorandum global sobre o trabalho de auditoria efectaudo nesta área 
e concluir sobre os resultados obtidos. Referir se existiram ou não quaisquer 
limitações na aplocação dos procedimentos de auditoria. 
18. Sugerir eventuais alterações ás políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa 
ABC e ao sistemade controlo interno. 
19. Rever o trabalho efectuado pelos assistentes e/ou seniores. 
20. Sugerir eventuais alterações ao programa de trabalho do próximo ano. 
(Costa 2000:393) 
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3.7 QUADRO SINÓPTICO 
 
 
 
 
 
Auditoria às 
contas de terceiros 
Conceito de Contas a Receber – Clientes. 
Controle Interno 
ideias 
Explica os objectivos do controle interno das Contas a Receber – Clientes. 
Tipos de erros ou 
irregularidades 
mais frequentes 
Identifica quais os desvios mais comuns e a importância do controle 
interno para a detecção e resolução dos mesmos. 
Objectivos do 
trabalho de 
auditoria das 
contas a receber 
Identificam-se os objectivos do trabalho de auditoria das contas a receber. 
Procedimentos de 
auditoria das 
Contas a Receber 
– Clientes 
Identificam-se os procedimentos de auditoria das Contas a Receber – 
Clientes. 
Controle sobre as 
confirmações 
Vários passos do trabalho do auditor nas Contas a Receber – Clientes. 
Auditoria de 
outros créditos 
Objectivos e procedimentos da auditoria de outros créditos. 
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3.8 EXERCÍCIOS 
1. Quais os registos efectuados Contas a Receber – Clientes? 
2. Podem existir alguns desvios ou fraudes! Diga quais são explicando convenientemente a 
sua resposta. 
3. Identifique e explique três objectivos do trabalho de auditoria Contas a Receber? 
4. Explique todo o processo de controlo das confirmações? 
5. Identifique e explique quatro procedimentos de auditoria de outros créditos? 
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CAPÍTULO IV – Auditoria às Imobilizações (Activos tangíveis) 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO: 
No final deste capítulo o estudante será capaz de: 
• Identificar imobilizações / activos tangíveis; 
• Identificar objectivos do exame de auditoria; 
• Identificar controlos ideais na área de imobilizações; 
• Conhecer quais os procedimentos de auditoria a adoptar na área imobilizações; 
• Identificar os elementos do programa de auditoria em imobilizações. 
 
4.1 Introdução 
As imobilizações, no actual Plano Geral de Contabilidade compreendem as contas 
designadas por activos tangíveis e integram os activos da empresa destinados à sua actividade 
operacional, que não se destinam a ser vendidos ou transformados, e cuja permanência seja 
superior a um ano. Incluem, ainda, as benfeitorias e as grandes reparações que sejam de 
acrescer ao custo daqueles activos. Fazem assim parte dos activos tangíveis: as construções, 
os edifícios industriais, os edifícios administrativos e comerciais, os edifícios para habitação 
e outros fins sociais, as vias de comunicação e construções afins, o equipamento básico, o 
mobiliário e equipamento administrativo social, o equipamento de transporte, as taras e 
vasilhame, as ferramentas e utensílios e ainda outros activos tangíveis que se enquadrem na 
definição. 
 
 
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4.2 Objectivos do Exame 
Verificar se: 
✓ As inversões em bens do imobilizado (do activo tangível) são registadas em tempo útil; 
✓ As operações com bens ocorridas no período sob exame estão devidamente registadas; 
✓ Os bens do imobilizado são de propriedade exclusiva da empresa e se são perfeitamente 
identificáveis; 
✓ Os critérios contabilísticos de registo são adequados e consistentes; 
✓ A classificação e a divulgação no balanço são adequadas; 
✓ Os bens do imobilizado representam activo produtivo empregado nas actividades 
operacionais da empresa; 
✓ O valor do imobilizado é ajustado por provisões que reflictam o seu uso; 
✓ Os ajustes aos valores capitalizados são com base em factos comprováveis como: 
depreciação, diferenças de inventário, perecimento e obsolescência. 
 
4.3 Controlos Internos Ideais 
Verificar se há na empresa: 
- Critérios definidos para aprovação de compras, abates (obsolescência ou venda) e sobre 
variações aos orçamentos;- Formalização de critérios sobre política de capitalização e reparações; 
- Critérios definidos de depreciação dos bens; 
- Controlos auxiliares dos bens, fornecendo o seu histórico; 
- Elaboração de inventários periódicos e/ou forma alternativa de confirmação da existência 
física dos bens; 
- Existência de um sistema adequado de valorização; 
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- Confronto periódico dos registos auxiliares com os contabilísticos; 
- Controlo efectivo sobre a movimentação física dos bens. 
 
4.4 Procedimentos de Auditoria Aplicáveis 
Avaliação dos controlos internos existentes. 
Exame da movimentação ocorrida nas contas, ou seja: 
- Exame dos abates/vendas; 
- Exame das depreciações; 
- Circularização. 
 
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4.5 PROGRAMA DE AUDITORIA às Imobilizações 
Descrição do objectivo/programa/teste 
I. Resumo dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno utilizados pela 
Empresa ABC 
……. 
…….. 
II. Objectivos de auditoria 
Concluir se: 
1. Os procedimentos contabilísticos e as medidas de controlo interno relacionados com as 
imobilizações incopóres e corpóreas são adequados e se estão, de facto a ser aplicados. 
2. As imobilizações são de propriedades da Empresas ABC (ou existe um contrato de locação 
financeira) e estão relacionadas com a sua actividade. 
3. As bases segundo as quais as contas de imobilizações estão apresentadas no Balanço estão de 
acordo com princípios de contabilidade geralmente aceite e têm vindo a ser consistententemente 
aplicados. 
4. As adições efectuadas no período sob verificação representam efectivamente valores a capitalizar 
e, ao mesmo tempo, propriedade fisicamente construída ou instalada ou débitos apropriados 
contra operações futuras. 
5. Existem débitos a contas de custos ou perdas que digam respeito a bens u direitos que devessem 
ter sido capitalizados. 
6. No caso de ter sido efectuada reavaliação, se esta foi feita de acordo com os princípios 
contabilísticos geralmente aceites (DC 16). 
7. Os custos e as amortizações acumuladas relativas a bens ou direitos que tenham sido abatidos ao 
serviço estão complentamente retirados das respectivas contas. 
 
(Costa 1998:327) 
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8. As amortizações efectuadas no exercício são adequadas e foram calculadas em bases aceitáveis 
e consistentes com as utilizadas em exercícios anteriores. 
9. Os saldos das contas de amortizações acumuladas são razoáveis atendendo á vida útil esperada 
e ao valor residual dos bens ou direitos. 
10. O saldo da conta imobilizações em curso respeita a obras em curso ainda não concluídas á data 
do Balanço e destinadas ãs imobilizações corpóreas ou incorpáreas e/ou adiantamentos 
efectuadas a terceiros por conta de imobilizados. 
11. Todas as informações pertinentes estão adequadamente divulgadas no Anexo. 
 
III. Procedimentos/testes de auditoria 
1. Rever as políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa ABC e o seu sistema de 
controlo interno. Actualizar se necessário, os respectivos «dossieres» permanentes. 
 
NUMA PRIMEIRA AUDITORIA 
2. Obter a análise histórica do imobilizado bruto (aquisições, abates, reavaliações e 
transfer~encias) e das respectivas amortizações acumuladas de 19X0 a 19X3. Nota: em 
caso especiais (terrenos, edifícios e outros imobilizados com vida útil superior a 5 
anos), poderá haver necessidade de começar a analisar em ano anterioi a 19X0. 
3. Com as necessárias adaptações, efectuar os procedimentos aplicáveis numa auditoria 
recorrente. 
NUMA AUDITORIA RECORRENTE 
4. Obter o resumo do movimento ocorrido em 19X4 no imobilizado bruto, conforme o 
mapa de trabalho. 
(Costa 1998:328) 
5. Relativamente a cada conta do imobilizado obter a listagem dos aumentos ocorridos 
drante o ano e: 
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a) Testar os de valor mais e menos significativo com os respectivos documentos de 
suporte (conforme mapa de trabalho N-1; ½) 
b) Inspecionar fisicamente os itens testados na alínea anterior, verificar se os mesmos 
estão operacionais, se se reacionam com a actividade da Empresa ABC e se o valor 
líquido contabilístico tem correspondência com a vida útil esperada. 
c) Verificar a adequação das respectivas amortizações, tendo em consideração o mês 
de entrada em funcionamento. 
6. Relativamente a cada conta do imobilizado obter a listagem dos abates ocorridos 
durante o exercício, conforme o mapa de trabalho N-1; 2/2. Verificar a adequação das 
respectivas amortizações, tendo em consideração o mês de abate. 
7. Durante a contegem física das existências (ver o ponto 4 do respectivo programa de 
trabalho) obter informações sobre as aplicações e abates ocorridosdurante o exercício e 
cruzar tais informações com os pontos 5 e 6 acima. 
8. Verificar as respectivas certidões, a titularidade dos sujeitos a registos e eventuais ónus 
sobre os mesmos. 
9. Elaborar o mapa decobertura dos imobilizados seguros,conforme mapa de trabalho N-9. 
10. Obter o resumo domovimento anual ocorrido nas amortizações acumuladas conforme 
mapa de trabalho Q. 
11. Cruzar os totais da respectiva coluna do mapa de trabalho Q com os respectivos mapas 
de trabalho das demostrações dos resultados designadamente com o mapa de trabalho 
16-1. 
Nota: Os mapas de trabalho reproduzem detalahadamente informações de cada uma das questões 
em análise, por exemplo o Mapa Q, reproduzir a informação de saldo ao Inicio e Fim de Ano; 
Reforçar, anulações e abates; transferências e actualizações de reavaliação. Ver (Costa, 2000:524) 
(Costa 1998:329) 
12. Analisar detalhadamente as transações ocorridas com empresas do grupo e associados e 
com partes relaciondas que envolvem a aquisição ou alienação de imobilizados. 
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13. Verificar se o valor líquido das imobilizações corpóreas e incorpóreas é recuperável 
através da sua utilização futura. 
14. Verificar se existem situações conducentes a contabilização de impostos diferidos. 
15. Se aplicáveis, testar os movimentos ocorridos durante o ano na conta Reservas 
dereavaliação. 
OUTROS ASPECTOS 
16. Verificar a adequação das informações divulgadas no anexo e relacionados com esta 
área. 
17. Elaborar mapa de ajustamento e reclassificações. 
18. Eleborar um memorandum global sobre o trabalho de auditoria efectuado nesta área e 
concluir sobre os resultados obtidos. Referir se existiram ou não quasquier limitações 
na aplicação dos procedimentos de auditoria. 
19. Sugerir eventuais alterações ás políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa ABC e 
ao seu sistema de controlo interno. 
20. Sugerir eventuais alterações ao programa de trabalho do próximo ano. 
21. Rever o trabalho efectuado pelos assistentes e/ou seniores. 
(Costa 1998:330) 
 
 
4.6 Conclusão sobre os Objectivos e procedimentos de auditoria para as imobilizações 
Poder concluir se: 
1. Os procedimentos contabilísticos e as medidas de controlo interno são adequados e 
estão, de facto, a ser aplicados; 
2. Os saldos das contas de Activos fixos tangíveis estão representados por todos os bens 
que sejam propriedade da empresa; 
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3. Os saldos das contas de Activos fixos intangíveis se referem a activos não monetários 
sem substância física; 
4. Os débitos efectuados durante o período nas contas de Activos fixos representam 
efectivamente quantias a capitalizar. Existem débitos efectuados em contas de gastos 
e/ou perdas que deviam ter sido objecto de capitalização; 
5. Todas as quantias relativas a bens ou direitos abatidos ou alienados foramretiradas 
dos saldos das respectivas contas do Balanço; 
6. As depreciações/amortizações contabilizadas no período são adequadas e foram 
calculadas de forma sistemática e de acordo com o normativo contabilístico aplicável; 
7. Os saldos das contas de depreciações/amortizações/imparidades acumuladas são 
adequados; 
8. Os saldos das contas de Activos fixos tangíveis e de Activos intangíveis estão 
adequadamente mensurados e apresentados; 
9. Estão divulgadas no anexo todas as informações pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
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4.7 QUADRO SINÓPTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imobilizações / 
Activos Tangíveis 
Enquadramento conceptual e elencam-se os bens constantes desta área de 
auditoria. 
Controlo ideal 
Apresentam-se, a título de enquadramento, algumas medidas de controlo 
ideais. 
Objectivos da 
auditoria na área 
de imobilizações 
Elencam-se os objectivos nesta área de auditoria. 
Procedimentos de 
auditoria na área 
de imobilizações 
Indicam-se os procedimentos a adoptar nesta área. 
Programa de 
auditoria em 
imobilizações 
Reproduz-se programa de auditoria para uma maior sedimentação de 
conhecimentos. 
Auditoria Externa II 
 
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4.8 EXERCÍCIOS 
1) Indique que procedimentos e testes de auditoria se devem adoptar numa primeira 
auditoria às imobilizações? 
2) O que fazer para comprovar se os bens são propriedade da empresa? 
3) Sobre que bens devem incidir os exames que se fazem para verificar se, esses mesmos 
bens, estão na posse da empresa? 
4) Qual a importância da comparação dos mapas anuais de imobilizado e de amortizações? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUGESTÕES PARA LEITURA 
Bibliografia: 
• COSTA, Carlos Baptista da (2000). Auditoria Financeira – Teoria e Pratica. 7ª Edição. 
Lisboa: Editora Reis dos Livros. 
• COSTA, Carlos Baptista da (1988). Auditoria Financeira – Teoria e Pratica. 6ª Edição. 
Lisboa: Editora Reis dos Livros. 
• COSTA, Carlos Baptista da, Alves, Gabriel Correia (1998). Casos Práticos de Auditoria 
Financeira, 1ª Edição, Lisboa: Vislis Editores. 
• INTERNATIONAL STANDARD ON AUDITING. Normas Internacionais de Auditoria 
(NIRs). 
• Manual do Revisor Oficial de Contas - Directrizes de Revisão Auditoria utilizadas em 
Portugal, disponível em http://www.infocontab.com.pt/download/DRA/, acedido em 
15.10.2011 
• MORAIS, Georgina e MARTINS, Isabel (2007). Auditoria Interna – função e processo. 
3ª Edição. Lisboa: Áreas Editora. 
 
Sites para consulta: 
• American Institute of Certified Public Accountants - http://www.aicpa.org - Statements 
on Auditing Standards - Copyright American Institute of Certified Public Accountants, 
Inc. Access the copyright permission information. 
• Normas Internacionais de Auditoria Interna http://www.theiia.org/guidance/standards-
and-guidance/ippf/standards/ - acedido em 16.10.2011 
 
http://www.infocontab.com.pt/download/DRA/
http://www.aicpa.org/
http://www.theiia.org/guidance/standards-and-guidance/ippf/standards/
http://www.theiia.org/guidance/standards-and-guidance/ippf/standards/53 
4.4 Procedimentos de Auditoria Aplicáveis................................................................................... 54 
4.5 PROGRAMA DE AUDITORIA às Imobilizações ................................................................. 55 
4.6 Conclusão sobre os Objectivos e procedimentos de auditoria para as imobilizações ........ 58 
4.7 QUADRO SINÓPTICO ............................................................................................................ 60 
4.8 EXERCÍCIOS ............................................................................................................................ 61 
Bibliografia: ........................................................................................................................................... 62 
 
INTRODUÇÃO 
Caro Estudante, 
Seja Bem-vindo(a) à unidade I da Auditoria Externa II. 
 Para ter sucesso nesta unidade necessita de estudar com atenção todo o manual, não 
deixando de rever as unidades anteriores. Para complementar os seus conhecimentos 
recomenda-se que realize uma leitura pelos recursos auxiliares recomendados ao longo 
desta unidade, não só pela bibliografia indicada como pelos websites sugeridos. Para aceder 
a outras bibliotecas faça-se acompanhar do seu cartão de estudante. 
A biblioteca virtual do ISM inclui livros digitalizados, artigos, websites e outras 
referências importantes para esta e outras disciplinas, que deverá utilizar na realização de 
casos práticos. A biblioteca virtual pode ser consultada em http://www. 
biblioteca.ismonitor.ac.mz. O aluno pode ainda recorrer a outras bibliotecas virtuais, como 
por exemplo em: 
www.saber.ac.mz 
www.books.google.com 
Recomenda-se que o aluno não guarde as suas dúvidas para si e que as apresente ao tutor, 
sempre que achar pertinente. Recomenda-se que entre em contacto com o respectivo tutor, 
caso ainda não tenha o contacto do mesmo poderá obtê-lo através do site: 
https://www.ismonitor.ac.mz/ ou através da página facebook: 
https://www.facebook.com/ismonitor/. Os exercícios práticos têm como objectivo a 
consolidação do conhecimento dos temas apresentados nesta unidade. O Instituto Superior 
Monitor fornece as soluções de muitos desses exercícios de forma a facilitar o processo de 
aprendizagem, mas atenção caro estudante, você deve resolver os exercícios de auto-
avaliação antes de consultar as soluções fornecidas. No final desta unidade encontra-se o 
teste de avaliação. A avaliação deve ser submetida ao Instituto Superior Monitor até 30 
(trinta) dias após a recepção da unidade. A avaliação da unidade pode ser submetida por e-
mail (testes@ismonitor.ac.mz) ou entrega directa na instituição sede ou centros de recursos. 
É da responsabilidade do aluno certificar-se da recepção do teste no exacto número de 
http://www.ismonitor.ac.mz/biblioteca
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páginas. Esta unidade pressupõe que a realização de 37,5 horas de aprendizagem, distribuídas 
da seguinte forma: 
✓ Tempo para leituras da unidade: 22 horas; 
✓ Tempo para trabalhos de pesquisa: 5 horas; 
✓ Tempo para realização de exercícios práticos: 8,5 horas; 
✓ Tempo para realizar avaliações: 2 horas. 
A presente unidade é válida por 12 (doze) meses. Os estudantes que não tenham obtido 
aproveitamento na disciplina (por terem interrompido o curso ou reprovado) devem 
contactar o Instituto Superior Monitor. Esta recomendação deve-se ao facto de os materiais 
serem periodicamente revistos e actualizados, de forma a se adaptarem às mudanças do 
mundo actual e às dinâmicas da produção de conhecimento no seio da própria disciplina. 
 
UNIDADE I – AUDITORIA ÁS CONTAS 
ESTRUTURA DA UNIDADE I 
Esta unidade concentra-se sobre a auditoria ás disponibilidades- meios financeiros, créditos 
sobre terceiros, existências e imobilizações. 
 
Em cada um dos capítulos são apresentados a título de enquadramento quais as condições do 
controlo interno, quais os objectivos de auditoria, quais os procedimentos a adptar. 
 
 
Recomenda-se que leia atentamente as generalidades desta unidade antes de iniciar os 
seus estudos. 
 
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CAPíTULO I – AUDITORIA ÁS DISPONIBILIDDAE/ AOS MEIO FINANCEIROS 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO 
No final deste capítulo, o aluno deverá ser capaz de: 
• Identificar quais as disponibilidades da empresa; 
• Identificar controlos inadequados; 
• Conhecer os objectivos de auditoria na área de meios financeiros; 
• Conhecer quais os procedimentos de auditoria a adoptar na área de meios financeiros; 
• Identificar os elementos do programa de auditoria em disponibilidades. 
 
1.1 Introdução 
1.1.1 Disponibilidades / meios financeiros 
O conceito de “Disponibilidades” actualmente denominado “Meios Financeiros”, inclui não 
só o dinheiro em caixa ou em depósitos bancários, mas também valores equivalentes (por 
exemplo cheques na nossa posse ou em trânsito), e que representam recursos disponíveis para 
movimentar ou para aplicação nas operações da empresa, desde que não existam restrições 
para uso imediato. 
É dentro deste conceito que as aplicações de liquidez imediata são também classificadas 
como disponibilidades, sendo apresentadas na sua respetiva conta. 
 
1.1.2 Meios Financeiros / Activo Corrente 
Para melhor compreendermos a evolução que a contabilidade tem sofrido, e 
consequentemente a auditoria, no plano conceptual, importa percebermos este novo conceito 
de “Activo corrente”, que é um activo que a entidade: 
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- Espera realizar, ou tem intenção de vender ou consumir, durante o seu ciclo normal 
operacional; 
- Detém essencialmente com o propósito de o negociar; 
- Espera realizar dentro do prazo de um ano após a data do balanço; ou 
- É caixa, ou um equivalente de caixa, a menos que o activo tenha restrições para ser trocado 
ou utilizado para liquidar um passivo durante pelo menos um ano após a data do balanço. 
(Ernst & Young, pg. 308) 
É sobre a auditoria aos meios financeiros – a caixa ou equivalentes de caixa que nos vamos 
concentrar neste capítulo. 
 
1.1.3 Práticas Contabilísticas Básicas 
Os valores em caixa, os depósitos nos bancos (à ordem) e as aplicações financeiras 
imediatamente convertíveis, isto é, de disponibilidade imediata devem ser contabilizados 
como activos correntes, ao contrário dos que não são imediatamente convertíveis, não 
gerando liquidez imediata, que devem ser considerados activos financeiros de investimento. 
Os vales, documentos de despesas ou adiantamentos a empregados, não devem fazer parte 
do fundo de caixa, porque não estão disponíveis para utilização imediata pela empresa. 
Cheques pré-datados em posse da empresa devem ser considerados como valor disponível. 
Os cheques emitidos, mas ainda não sacados pelos credores, não devem fazer parte dos 
valores de caixa. 
1.2 Controlo Interno Ideal 
Entre outras medidas a caixa deve ser controlada através de um fundo fixo e todos os 
comprovativos de suporte aos pagamentos devem ser conferidos por alguém que não 
manuseie a caixa nem assine os cheques de reposição desse fundo fixo; 
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Deve haver segregação de funções, entre as pessoas incumbidas do manuseamento dos 
valores e as que têm a seu cargo os registos contabilísticos dos mesmos. 
Para todas as saídas de dinheiro deve existir um documento de suporte cuja autenticidade 
deve ser sempre verificada. 
Deve existir controlo interno sobre os fundos de caixa, através de: 
(a) contagem periódica por pessoa independentedo caixa; 
(b) comparação do saldo de caixa com os saldos das contas do razão geral; 
(c) fecho diário do caixa com o registo de todas as operações diárias na folha de caixa; 
A emissão de vales deve ser normalizada pela Direcção da Empresa; 
Deve ser evitado o desconto de cheques em Caixa pelos funcionários da empresa. 
 
1.3 Objectivos da Auditoria na Área de Meios Financeiros 
Concluir se: 
1. Os procedimentos contabilísticos e as medidas de controlo interno relacionados com as 
disponibilidades são adequados e se estão a ser aplicados; 
2. O saldo da conta Caixa apresentado no Balanço representa apenas numerário ou meios 
líquidos de pagamento equivalentes e se são propriedade da Empresa; 
3. Os saldos das contas de depósitos bancários apresentados no Balanço representam 
efectivamente meios de pagamento existentes nas instituições de crédito em nome da 
Empresa e se estão adequadamente classificados no Balanço; 
4. Os saldos das contas de outros instrumentos financeiros pertencem à Empresa e estão 
devidamente valorizados e classificados no Balanço e se os respectivos resultados estão 
adequadamente mensurados, registados e classificados na demonstração dos resultados; 
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5. Todas as informações pertinentes estão adequadamente divulgadas no Anexo. 
 
1.4 Procedimento de Auditoria Área de Meios Financeiros / Disponibilidades 
Deve ser realizado um estudo adequado e uma avaliação do controlo interno existente, para 
estabelecer a base de confiança nos mesmos e para determinar a extensão e profundidade dos 
testes/exames a aplicar. 
Para que o auditor alcance os objectivos propostos e verifique se os controlos internos e 
contabilísticos são os mais adequados, devem ser aplicados os seguintes procedimentos de 
auditoria: 
 
1.4.1 Caixa – Fundo Fixo 
Apurar fisicamente e sem aviso prévio aos responsáveis, o montante de dinheiro e de outros 
valores que compõem o saldo de caixa na data escolhida para exame; 
Fazer a contagem de caixa na presença do responsável, preferencialmente no início ou no 
fim do horário de trabalho ou do expediente da empresa; 
Verificar a existência de “vales”, cheques não recebidos ou não depositados e outros 
documentos ou valores pendentes, e proceder às averiguações necessárias a fim de apurar a 
sua regularidade ou não, analisando o tempo de permanência na caixa, as autorizações 
internas e a legitimidade das operações que lhes deram origem; 
Incluir nos papéis de trabalho a análise das situações encontrados na “caixa” e que servem 
de base para eventuais averiguações dos valores inadequados; 
Identificar os vários caixa’s e o respectivo regime de movimentação, bem como as 
competências administrativas e limitações operacionais; 
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Verificar se são feitas as reconciliações entre o montante da contagem física, o saldo 
contabilístico da folha de caixa e da conta Razão (conta(s) 11); 
Identificar as situações pendentes, fazendo-as constar dos papéis de trabalho; 
Dar conhecimento à administração da empresa cliente sobre qualquer falta de numerário ou 
diferenças apuradas, após a assinatura do responsável pela caixa na folha de caixa, na 
contagem e na reconciliação; 
Observar a aplicação dos procedimentos indicados neste capítulo em todos as pequenas 
caixas eventualmente mantidas, incluindo as reconciliações com a caixa geral e os registos 
contabilísticos. 
Se os exames evidenciaram a existência de comprovativos de despesas e de vales, o auditor 
deve ficar atento quanto à contabilização desses documentos. 
 
1.4.2 Caixa – Recebimentos 
Analisar as entradas de caixa identificando as origens, a regularidade matemática legal e 
fiscal, verificando se têm documento de suporte; 
Conciliar as entradas, com os prazos nos documentos que deram origem ao direito de 
recebimento; 
Identificar atrasos de recebimento e a incidência ou não, de compensações moratórias – juros 
de mora –, bem como a exactidão das taxas aplicadas e respectivo cálculo; 
Verificar a coincidência entre as datas do efectivo recebimento de caixa com a da sua entrada 
ou registo no cliente, apurando e anotando possíveis discrepâncias e irregularidades; 
Verificar se a contabilização das operações de recebimento obedeceu regularmente às suas 
características jurídicas e financeiras e às determinações do plano de contas em vigor. 
 
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1.4.3 Caixa – Pagamentos 
Examinar a regularidade dos pagamentos registados com base na documentação, na 
competência e autoridade de quem aprovou o pagamento e na legitimidade da operação desde 
as suas origens; 
Verificar os procedimentos internos tendo em vista o fluxo de processos administrativos e 
contabilísticos; 
Examinar os aspectos legais e fiscais inerentes aos pagamentos efectuados bem como as 
respectivas obrigações processuais; 
Verificar se a contabilização das operações de pagamentos obedeceu regularmente às suas 
características jurídicas e financeiras e se estão em conformidade com o plano de contas em 
vigor; 
Verificar a conformidade de datas entre vencimentos e pagamentos e ainda se há direito a 
descontos e abatimentos por antecipações de pagamentos ou se há obrigação de pagamento 
de juros, no caso de prazos excedidos. 
 
1.4.4 Bancos – Depósitos à Ordem 
Verificar se os balancetes estão em conformidade com o balanço - se a soma das contas 
individuais corresponde ao saldo da conta do Razão e se o saldo constante do Balanço é igual 
ao do Razão; 
Examinar/reconciliar os registos do cliente e as demonstrações de conta remetidas pelos 
bancos anotando as eventuais situações pendentes e/ou discrepâncias e a sua efectiva 
regularização ou permanência; 
Testar os valores das situações pendentes nas reconciliações examinando as origens (extracto 
da contabilidade para valores não coincidentes com o extracto bancário e extracto bancário 
para valores não coincidentes na contabilidade); 
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Proceder às reconciliações das contas bancárias se não tiverem sido feitas; 
Analisar as emissões de cheques tendo em antenção o seguinte: 
a) a sequência numérica; 
b) as anulações; 
c) a regularidade da emissão; 
d) a legitimidade dos pagamentos segundo as operações que lhe deram origem; 
e) a competência legal, estatutária, contractual ou regulamentar (incluindo procurações) do(s) 
emissor(es); 
f) o rigor nos registos (contabilísticos e auxiliares) da empresa segundo os extractos do banco 
recebidos na contabilidade; 
Verificar o movimento de depósitos nas contas bancárias tendo em atenção o seguinte: 
a) A sua frequência cronológica, a fim de se determinar se o volume de dinheiro e de valores 
(cheques, etc.) é rapidamente depositado ou se é retido desnecessária ou irregularmente em 
caixa; 
b) A conciliação entre os depósitos e a sua efectiva disponibilidade em conta, verificando 
rapidamente se existem cheques sem cobertura e tomando as medidas necessárias em relação 
aos mesmos; 
c) A exactidão das datas e dos valores segundo os registos do caixa e a sua correspondência 
nos extractos dos bancos; 
Solicitar/consultar saldos ou extractos de contas bancárias, sempre que necessário; 
Apurar a regularidade de todas as demais operações registadas na conta bancária, incluindo: 
a) Débitos correspondentes a despesas, taxas, emolumentos, juros e outros encargos 
financeiros (se existirem), ordens de pagamento cumpridas, transferências autorizadas, etc.; 
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b) Créditos correspondentes a produto de cobranças, depósitos de terceiros, etc.; 
Na hipótese de “saques a descoberto” – contas caucionadasou outras situações – sem 
provisão ou com provisão insuficiente de fundos, verificar se o saldo credor da conta bancária 
figura no passivo do Balanço como exigibilidade; 
Verificar a existência de contas não movimentadas relacionando os saldos respectivos e 
anotando a data da última operação; 
 
1.4.5 Outros Instrumentos Financeiros (Activos Correntes) 
Verificar a natureza dos títulos e valores financeiros classificados como “Activos correntes” 
em virtude de sua pronta liquidez a fim de determinar se efectivamente são susceptíveis de 
imediata colocação no mercado ou de imediata liquidez; 
Proceder, perante o responsável, à contagem física dos títulos e valores que se encontram em 
tesouraria (ou em posse da empresa) e verificar a sua concordância com os registos 
contabilísticos; 
Examinar as demonstrações periódicas enviadas pelas instituições financeiras e solicitar-lhes 
confirmação e/ou extractos de conta conciliando-os com os registos contabilísticos; 
Verificar se a contabilidade e as demonstrações financeiras registam, além do custo de 
aquisição, as eventuais variações de valores decorrentes de actualizações monetárias e de 
outros eventos ou factores – cotação de mercado e/ou bolsa de valores; 
Verificar se todos os elementos de identificação dos títulos e valores, bem como a 
documentação que os originou (aquisição, doação, etc.) se encontram na posse da empresa e 
se são de facto propriedade da empresa e não pertença pessoal de algum dos sócios. 
 
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1.5 PROGRAMA DE AUDITORIA EM DISPONIBILIDADES 
Descrição do objectivo/programa/teste 
I- Resumo dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno utilizados pela 
Empresa ABC. 
… 
…. 
II- Objectivos da auditoria 
Concluir se: 
1. Os procedimentos conbalísticos e as medidas de controlo interno relacionados com as 
disponobilidades são adequados e se estão de facto a ser aplicados. 
2. O saldo da conta Caixa apresentado no Balanço representa apenas numerário ou meios 
líquidos de pagamento equivalentes, de propriedade da Empresa ABC. 
3. Os saldos das contas de depósitos bancários apresentados no Balanço representam 
efectivamente meios de pagamento existentes nas instituições de crédito em nome da 
Empresa ABC e se os mesmos estão adequadamente clarificados no Balanço. 
4. Os saldos das contas de títulos negociáveis e outras aplicações de tesouraria pertencem 
á Empresa ABC, se estão devidamente valorizados e clarificados no Balanço e se os 
respectivos resultados estão adequadamente mensurados. 
5. Todas as informações pertinentes estão adequadamente divulgadas no Anexo. 
 
III- Procedimentos/testes de auditoria 
1. Rever as políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa ABC e seu sistema de controlo 
interno. Actualizar, se necessário os respectivos «dossiers» de trabalho permanentes. 
(Costa, 1998:225) 
2. Efectuar umacontagem ao caixa nofinal dodia 32/12/X4 ou no ini~icio do dia 02/01/X5 
( ou em qualquer outra data, se a Empresa ABC utilizar fundos de caixa) e preparao 
mapa de trabalho. 
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3. Obter a decomposição dos saldos de caixa, que não funcionam em sistema de fundo 
fixo, e verificar a sua coincidência com o razão. Para os que funcionam em regime de 
fundo fixo analisar a última reposição de 19X4 e a primeira de 19X5. 
4. Prepararos modelos das confirmações bancárias, obter as respectivas cartas em papel 
timbrado da Empresa ABC, verificar se as mesmas estão assinadoas por quem tem 
poderes para tal e envia-la para todos os Bancos com os quais a Empresa ABC tem 
relações (Nota:assumindo que as confirmações são com preferências ã data de 
31/12/X4, as cartas devem ser enviadas para os Bancos em 02/01/X5). 
5. Obter asreconciliações bancãrias com referência á datade 31/12/X4 e efectuar o 
seguinte trabalho: 
a) Confrontar o saldo contabilístico de cada reconciliação com o respecto saldo do 
razão geral; 
b) Confrontar o saldo bancãio constantede cada recinciliaçao, com a confirmação 
obtida do banco e com o extrato bancário; 
c) Testar as operações artimétricas das reconciliações; 
d) Rever os item de reconciliação mais significativas, verificando a sua regularização 
no período seguinte, indicando a respectiva data. 
6. Preparar o mapa de trabalho, 
7. Obter ou preparar o mapa de trabalho relativamente ás transferências e/ou intra bancos 
efectuadas nos oito dias anteriores e posteriores a 31/12/X4 e verificar se as respectivas 
operações estão registadas no período apropriado. 
(Costa 1998:226) 
 
 
8. Testar a contabilização dos juros relativos ao saldos das diversas contas de 
disponibilidades e preparar o mapa de trabalho, 
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9. Confirmar a adequação do critério valorimétrico dos saldos das contas originariamente 
expressas em divisas. 
Outros Aspectos 
10. Verificar a adequação das informações divulgadas no Anexo. 
11. Elaborara o mapa de ajustamento e de reclassificações, 
12. Elaborar um memorandum global sobre o trabalho de auditoria efectuado nesta área e 
concluir sobre os resultados obtidos. Referir se exitiram ou não quaisquer limitações 
na aplicação dos procedimentos de auditoria. 
13. Sugerir eventuais alteraçãoes ás políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa ABC 
e ao seu sistema de controlo interno. 
14. Rever o trabalho efectuado pelos assistentes e/ou seniores; 
15. Sugerir eventuais alterações ao programa de trabalho de auditoria do próximo ano. 
(Costa: 1998:227) 
 
1.6 Conclusão 
Após ter terminado o trabalho de auditoria na área das Disponibilidades o auditor deve estar 
em condições de poder concluir se: 
1. Os procedimentos contabilísticos e as medidas de CI relacionadas com as 
disponibilidades são adequados e se estão, de facto, a ser aplicados; 
2. O saldo da conta Caixa apresentado no balanço representa apenas numerário ou meios 
líquidos de pagamento equivalentes, de propriedade da empresa; 
3. Os saldos das contas de depósitos bancários apresentados no balanço representam 
efectivamente meios de pagamento existentes nas instituições de crédito em nome da 
empresa e se os mesmos estão adequadamente classificados no balanço; 
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4. Os saldos das contas de títulos negociáveis e outras aplicações de tesouraria 
pertencem à empresa, se estão devidamente valorizados e classificados no balanço e 
se os respectivos resultados estão adequadamente mensurados, registados e 
classificados na demonstração de resultados; 
5. Todas as informações pertinentes estão adequadamente divulgadas no anexo. 
 
1.7 QUADRO SINÓPTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponibilidades / 
activo corrente 
Enquadramento conceptual das disponibilidades. 
Controlo ideal 
Apresentam-se, a título de enquadramento, algumas 
medidas de controlo ideais. 
Objectivos da 
auditoria na área 
de meios 
financeiros 
Elencam-se os objectivos nesta área de auditoria. 
Procedimentos de 
auditoria na área 
de meios 
financeiros 
Apresentam-se os procedimentos a adoptar nesta área, 
desdobrando em caixa-fundo fixo, caixa-recebimentos, 
caixa-pagamentos, bancos - depósitos à ordem e outros 
instrumentos financeiros. 
Programa de 
auditoria em 
disponibilidade 
Reproduz-se programa de auditoria para uma maior 
sedimentação de conhecimentos. 
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1.8 EXERCÍCIOS 
1) Suponha que é o auditor da empresa “Papel-Moeda S.A.” e que no levantamento que 
efectuou dos sistemas de controlo interno e contabilístico, apurou as seguintes informações: 
a) Existe uma única conta de caixa através da qual são registadostodos os recebimentos e 
pagamentos, ainda que estes sejam feitos por meio de cheque. A folha de caixa é remetida ao 
departamento de Contabilidade, juntamente com os documentos, até ao dia 10 do mês 
seguinte. Em virtude de existir muito trabalho e da demora na obtenção de alguns 
documentos, os registos das operações na referida folha chegam a demorar uma semana; 
b) O Director Financeiro tem verificado permanentemente uma coincidência entre o saldo da 
folha de caixa e o saldo contabilístico, pelo que considera desnecessário proceder a contagens 
físicas do caixa, ficando esta tarefa apenas a cargo do responsável pelo Caixa, que a executa 
mensalmente e de acordo com as instruções verbais fornecidas pelo Director Financeiro. 
1.1 Como auditor da empresa identifique os principais pontos fracos e as suas consequências. 
1.2 Apresente as sugestões consideradas adequadas para a sua melhoria. 
2) Da contagem física de Caixa realizada em 02/01/2012 às 10 horas, apuraram-se os 
seguintes valores: 
Numerário (notas e moedas) .......................................... 1.980 mtz 
Moedas e notas ............................................................. 1.105 mtz 
Vale do Director Financeiro, de 15/10/2010, para despesas de deslocação à Fábrica
 .......................................................................................... 150 mtz 
Selos do Correio ................................................................. 22 mtz 
Senhas de Refeição ........................................................... 200 mtz 
Pagamentos efectuados até à data da contagem e por lançar na folha de caixa de 02/01/2012
 .......................................................................................... 180 mtz 
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Idem para os recebimentos ............................................ 1 155 mtz 
Diferenças de Caixa, para menos, não justificadas pelo Tesoureiro 118 mtz 
Cheques de Clientes ...................................................... 3 140 mtz 
a) Que comentários lhe oferecem os elementos em caixa? 
b) Quais os elementos que não deviam constar como caixa? 
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CAPÍTULO II – AUDITORIA ÀS EXISTÊNCIAS 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO: 
No final deste capítulo o estudante será capaz de: 
• Identificar as condições ideais de controlo interno na área de existências; 
• Identificar controlos internos inadequados; 
• Conhecer os objectivos de auditoria na área de existências; 
• Conhecer quais os procedimentos de auditoria a adoptar na área de existências; 
• Conhecer as medidas de acompanhamento de inventário físico; 
• Identificar os elementos do programa de auditoria em existências. 
 
2.1 Introdução 
A área das existências tem de um modo geral, uma grande importância para a maioria das 
empresas industriais e comerciais, e o seu correcto apuramento no início e no final de cada 
exercício é fundamental para a determinação do correcto resultado da empresa. 
Na área de existências temos normalmente que considerar as seguintes categorias: 
a) produtos acabados – correspondem a bens fabricados ou adquiridos a terceiros, prontos 
para a venda; 
b) produtos em fabrico – correspondem a bens ainda em fabricação; 
c) matérias-primas – correspondem a materiais a serem utilizados na fabricação de produtos 
acabados; 
d) materiais diversos ou auxiliares – correspondem a materiais de natureza diversa a serem 
utilizados indiretamente na fabricação. 
 
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2.2 CONDIÇÕES IDEAIS DE CONTROLO INTERNO DA ÁREA DAS 
EXISTÊNCIAS 
2.2.1 Planeamento 
Consiste na estimativa das necessidades ideais para a empresa. A determinação dos lotes 
ideais pode gerar conflitos de interesses, tais como: o departamento de vendas necessitar de 
ter disponíveis as mercadorias para atender prontamente aos clientes; o departamento de 
produção procurar manter produções para obter o máximo de eficiência a baixos custos 
unitários (diluindo assim o custo fixo por unidade); o departamento financeiro procurar um 
mínimo de investimento possível, a fim de obter uma alta taxa de rotação de matérias-primas 
e subdisiárias para elevar sempre que possível os lucros e diminuir os materiais obsoletos. 
 
2.3 OBJECTIVOS DE AUDITORIA A ATINGIR NA ÁREA DAS EXISTÊNCIAS 
Concluir se: 
1. Os procedimentos contabilísticos e as medidas de controlo interno relacionados com as 
existências são adequados e se estão, de facto, a ser aplicados; 
2. As quantidades em "stock" representam existências de propriedade da Empresa e estão 
localizadas nos seus armazéns, em armazéns de terceiros, em trânsito ou à consignação; 
3. As listas das existências finais estão devidamente compiladas e resumidas, 
aritmeticamente correctas e se os seus totais são concordantes com os saldos das respectivas 
contas; 
4. As existências estão valorizadas de acordo com princípios de contabilidade geralmente 
aceites, aplicados de uma forma consistente entre anos e ao mais baixo do custo ou do preço 
de mercado; 
5. As existências excessivas ou com pouca rotação, defeituosas ou deterioradas, obsoletas, 
etc., estão cobertas por provisões adequadas; 
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6. As existências finais estão determinadas, no que respeita a quantidades, custos unitários, 
cálculos, "stocks" excessivos, etc., em bases consistentes com as utilizadas em anos 
anteriores; 
7. O custo das existências vendidas e consumidas reflectido na demonstração dos resultados 
respeita ao período sob exame, foi determinado de acordo com princípios de contabilidade 
geralmente aceites, calculado de uma forma consistente com a utilizada no período anterior 
e se está relacionado com os proveitos e/ou existências contabilizados no mesmo período; 
8. Todas as informações pertinentes estão adequadamente divulgadas no Anexo. 
 
2.4 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA NA ÁREA DAS EXISTÊNCIAS 
Os procedimentos aplicados para se atingir os objectivos de auditoria variam conforme as 
circunstâncias, controlos existentes e ramo de actividade da empresa. Alguns dos 
procedimentos usuais são os seguintes: 
 
2.4.1 Inventário Físico 
A existência física dos stocks é determinada pela realização do inventário físico completo de 
todos os materiais, no final ou perto do final do exercício – periódico. O inventário pode ser 
também feito por contagens cíclicas – rotativo. 
As instruções para acompanhamento do inventário físico devem conter todos os dados 
necessários para a realização do trabalho com sucesso e eficácia. 
Devem conter, por 
exemplo: 
- O sistema de contagem a ser adoptado; 
- Se haverá ou não recontagens do stock; 
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- O critério para preenchimento dos talões e referências de inventário, devendo ser anexado 
um modelo; 
- O sistema de controlo dos talões de contagem; 
- Como e por quem será feito o corte de operações, de requisições de materiais, de guias de 
transferência interna, de documento de entrada e saída, etc. 
- Se haverá movimentação de stock durante o inventário; 
- Como considerar as entradas e saídas durante os dias que antecedem o inventário; 
- Os responsáveis por cada área a ser inventariada; 
- Como identificar os materiais já contados; 
- Se os talões de contagem serão ou não afixados aos materiais; 
- Se os talões de contagem serão comparados às listagens de stock e quando; 
- As providências a tomar em caso de divergências; 
- A forma de contagem de materiais líquidos ou gasosos, como gás propano e óleo 
combustível; 
- A forma de identificação dos stocks obsoletos ou de pequena rotação; etc... 
Antes do início do inventário deve ser feita uma reunião com o pessoalenvolvido, que deve 
conhecer e identificar o material a ser contado. 
O pessoal deve também ser esclarecido quanto aos talões de contagem que não podem ser 
rasurados e se forem, deverão conter o visto dos auditores. 
Lembretes: 
Ao planear o acompanhamento do inventário físico o supervisor do trabalho deve ler 
atentamente os papéis de trabalho sobre custos, produção e controlo de stocks e determinar 
a extensão dos testes a aplicar. 
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O auditor não “faz”, não “determina” nem “supervisiona” o inventário, mas acompanha, 
observa e testa todos os procedimentos adoptados para a contagem física. 
 
Responsabilidade do Auditor no Acompanhamento do Inventário Físico: 
Durante o inventário, o auditor deve percorrer todos os locais onde é efetuado o 
levantamento, fazendo testes e conferindo-os no mesmo instante com a contagem do pessoal 
do departamento; as diferenças devem ser prontamente esclarecidas; 
O auditor deve ainda: 
Verificar se os procedimentos adoptados são correctos e estão de acordo com as instruções e 
se as mercadorias estão bem arrumadas; 
Anotar os testes de materiais importantes para identificação posterior com a listagem final 
dos inventários; 
Anotar também a contagem de alguns materiais não testados pelos auditores; 
Observar o trânsito de empilhadeiras pelos locais da contagem, certificando-se que não 
transferem materiais contados para outro sector; 
Verificar se não há movimentação de materiais entre secções, ou se há entradas e saídas de 
materiais da fábrica; 
Observar e questionar quanto à existência de materiais obsoletos, deteriorados, de baixa 
rotação; 
Verificar se o stock pertencente a terceiros é identificado e excluído do inventário; sendo um 
valor material, solicitar confirmação; 
Verificar se existem materiais facturados e não entregues, que devem estar separados e 
acompanhados dos respectivos documentos. Anotar alguns materiais para posterior 
verificação na contabilização; 
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No final da contagem, o auditor deve percorrer novamente a área da contagem e certificar-se 
de que todos os materiais foram contados; 
Os materiais de produtos em fabrico, quando de valor significativo, devem ser inspecionados 
fisicamente. Quando não puderem ser determinados dessa maneira, rever os procedimentos 
adoptados pela empresa para verificar a existência desses materiais; 
No final da contagem, ao preparar o corte de operações o auditor deve inspecionar todos os 
talões de contagem, para se certificar que estão corretamente preenchidos e não apresentam 
rasuras. 
O auditor deve, também seleccionar os talões de contagem com quantidades relevantes, não 
contadas por ele, e inspecionar o(s) lote(s), fisicamente. 
 
2.4.2 Corte de operações 
Na data da realização do inventário físico e na data do balanço, se for diferente, devem ser 
efetuados o corte de operações de compras, de vendas de existências e das guias de 
movimentação interna: 
 
 2.4.2.1 Compras 
O objectivo é saber se todo o material recebido até à data da contagem foi incluído e o 
correspondente passivo foi contabilizado. 
Para realizar esse objectivo, o auditor deve aplicar os seguintes procedimentos: 
- Registar nos papéis de trabalho as últimas entradas e as primeiras depois da data do 
inventário; 
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27 
 
 
 
- Na secção de recepção de materiais, determinar se os itens recebidos até à data da contagem 
foram incluídos nas mesmas, e se os que foram recebidos depois daquela data foram 
separados; 
- Testar alguns itens para posterior verificação. 
Por ocasião da visita final, dever-se-á localizar os itens recebidos antes da contagem, na 
listagem final do inventário, e o registo do passivo no período; para os itens recebidos após 
a data da contagem, dever-se-á percorrer a listagem para determinar que não houve inclusão, 
localizando o registo do passivo no período seguinte. 
 
2.4.2.2 Vendas 
O objectivo é determinar se os materiais em mãos e incluídos nos inventários finais não foram 
facturados a clientes e registados como contas a receber e vendas (evitando duplicações). 
O auditor deve aplicar os seguintes procedimentos: 
- Anotar nos papéis de trabalho os últimos documentos de venda antes da data da contagem 
e depois dessa data. (Anotar descrição do material, nº do documento, valor e cliente); 
- Comparar a contabilização dessas anotações posteriormente; 
- Verificar se existem materiais facturados e não entregues, que devem estar separados e 
acompanhados das respectivas facturas. Testar alguns itens e anotá-los para posterior 
verificação da contabilidade. 
 
2.4.2.3 Movimentação Interna 
Além da observação no local pelo auditor, ele deve anotar todos os últimos números de guias 
ou requisições internas para posterior comparação por ocasião da avaliação, assim como os 
números das últimas ordens de fabricação ou ordens de serviço, etc. 
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2.4.3 Procedimentos Posteriores à Contagem 
Verificar se o programa de observação do inventário físico foi devidamente efectuado. 
Analisar as observações feitas no programa. 
Rever os procedimentos da empresa para juntar e somar as contagens. 
Verificar o “corte de operações” (Exame aos registos contabilísticos fornecedores, stocks, 
vendas, contas a receber, etc.). 
Verificar se o material em produção no momento da contagem continua em aberto até à data 
da verificação, e se tal ocorrer adoptar procedimentos para assegurar que não está obsoleto 
ou defeituoso e está em condições de ser vendido. 
Examinar as Ordens de Fabricação e Ordens de Serviço para ter certeza que há débitos 
recentes de mão-de-obra e materiais. 
Para os casos de fabrico por encomenda, quando apropriado, selecionar alguns dos maiores 
produtos em fabrico e examinar contratos ou outros registos, conferindo datas de entrega ou 
quaisquer outras evidências de que o material existia na data do balanço. 
Testar preços de matérias-primas e outros materiais, com tabelas de mercado; de preferência 
produtos contados pelo auditor. 
Testar a avaliação dos produtos em fabrico e acabados (contados pelo auditor). 
Deixar evidências dos ajustamentos; 
O preço de mercado pode ser determinado da seguinte maneira: 
Reposição (usual para matérias-primas), consulta de facturas recentes, custos de produção 
recente e cotação de mercado; 
Valor líquido realizável – (produto acabado) consultar listas de preços de vendas de alguns 
produtos (contados por nós), descontos mais elevados e custos médios de vendas para 
colocação no mercado. 
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Verificar se o departamento efetuou provisão para obsolescência, para os produtos que se 
encontram nestas condições; conferir o cálculo efectuado. 
Certificar-se da existência ou não de ónus sobre os stocks através do exame de contratos de 
empréstimos e processos judiciais em litígio. 
Rever as contas do razão para examinar se houve lançamentos estranhos ou variações 
absurdas entre a data do inventário e o encerramento do exercício. 
Verificar se existem notas de crédito em demasia, após a data do balanço, evidenciando com 
isso grande devolução de vendas e, portanto, acréscimo irreal de receitas no final do 
exercício. 
Verificar se as notas de crédito emitidas após o encerramento do inventário físico foram 
realmente de produtos devolvidos após aquela data. Se houver indícios de devolução anterior 
ao inventário, certificar-se de que os produtos não foram incluídos indevidamente no 
inventário físico. 
Investigar se os stocks são razoáveis em relação às necessidades normais da empresa. 
Comparar os stocksdo final do exercício anterior e explicar as maiores flutuações. 
Calcular a rotação dos inventários e comparar com a rotação dos dois últimos anos, 
explicando as maiores flutuações. 
Verificar se os stocks da empresa estão devidamente cobertos por seguro contra incêndio. 
Investigar quanto à existência de compromissos substanciais de compra ou venda e se foi 
efectuada provisão para prováveis prejuízos significativos a ocorrerem devido a esses 
contratos. 
Obter um certificado (documento assinado pelo responsável) sobre stocks para a data do 
encerramento do exercício e outro para a data do inventário físico, se diferente. 
Concluir as contas examinadas. 
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2.4.4 Circularização 
Os stocks em poder de terceiros deverão ser confirmados, através de circularização. 
Devem ser solicitadas informações sobre a propriedade do stock e se se encontra em boas 
condições, livres de quaisquer ónus. 
 
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2.5 PROGRAMAS DE AUDITORIA – Existências 
Descrição do objectivo/programa/teste 
I. Resumo dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno utilizados 
pela Empresa ABC. 
…… 
…… 
II- Objectivos da auditoria 
Concluir se: 
1. Os procedimentos contabilísticos e as medidas de controlo interno relacionados com 
as existências e com o custo das existências vendidas e consumidas são adequados e 
se estão de factos a ser aplicados. 
2. As quantidades em “Stock” representam existências de propriedades em Empresas 
ABC e localizadas nos seus armazéns, em armazéns de terceiros, em trânsitos ou á 
consignação. 
3. As listas das existências finais estão devidamente complildas e resumidas, 
artimenticamente correctas e se os seus totais são concordantes com os saldos das 
respectivas contas. 
4. As existências estão valorizadas de acordo com princípios de contabilidade 
geralmente aceites, aplicados de uma forma consistente entre anos e ao mais baixo 
do custo ou do preço de mercado. 
5. As existências execessivas com pouca rotação, defeituosas ou deterioradas, 
obsoletas, etc, estão cobertas por visões adequadas. 
6. As existências finais estão determinadas, no que respeita a quantidades, custos 
unitários, cálculos, “stock” excessivo, etc, em bases consistentes com as utilizadas 
em anos anteriores. 
(Costa 1998:299) 
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7. O custo das existências vendidas e consumidas reflectido na demostração dos 
resultados respeita ao período sob exame, foi determinado de acordo com princípios 
de contabilidade geralmente aceites, calculado de uma forma consistente com a 
utluzada no período anterior e se está relacionado com proveitos e/ou existências 
contabilizados no mesmo período. 
8. Toas as informações pertenentes estão adequadamente divulgadas no anexo. 
 
III. Procedimentos/testes de auditoria 
ASPECTOS GERAIS 
1. Rever as políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa ABC e o seu sistema de 
controlo interno. Actualizar, se necessário os respectivos «dossiers» permentes. 
 
CONTAGENS FISICAS 
 
2. Obter cópia das instruções escritas para a realização do inventário, proceder a sua 
análise e esclarecer com o responsável pelo mesmo quaisquer aspectos menos claros. 
3. Seleccionar a equipa de assistentes e seniores para ceder aos testes ás contagens 
físicas. 
4. Acompanhar as equipas de contagem de forma alternada e aleatória recolhendo os 
dados da contagem (referências, designação e quantidades) e confirmar as 
quantidades inventariadas. Obter a ssinatura do aponatador da equipa de contagem 
no mapa de trabalho. Efctuar o trabalho referido no ponto 7 do orograma de auditoria 
relativo ás imobilizações. 
5. Verificar e anotar, durante as contagens, a existência de eventuais artigos obsoletos, 
deterioradas ou com puca rotação. 
(Costa 1998:300) 
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6. Verificar se o pessoal da Empresa ABC dedica especial cuidado aos procedimentos 
relacionados com o «Corte» de operações. 
7. Obeter informação acerca das entradas e saídas de existências dos armazéns, 
relativamente aos três dias anteriores e posteriores á data da contagem. 
8. Elaboarar um memorandum relativo ao trabalho realizado e concluir sobre os 
resultados do mesmo. 
 
LISTAS FINAIS DAS EXISTÊNCIAS 
 
9. Obter as listas finais das existências e sobre elas efectuar os seguintes procedimentos: 
a) Testar a exactidão artimetrica das mesmas (somas e multiplicações) dando 
especial antenção ás unidades de contagem; 
b) Verificar se os totais das listas são idênticos ás quantidades constantes en cada 
uma das contas de Existencias que irão aparecer no Balanço; 
c) Verificar, aleatiriamente, se as quantidades constantes das listas coincidem com 
as quantiades apresentadas nas listas ou talões elaborados aquando das contagens 
fisícas; 
d) Verificar se as quantiades constantes das listas coincidem comas que foram 
testadas pelos auditores aquando das contagens fisícas. No caso de haver 
diferenças, obter explicações cabais para tais situaçãoes. 
10. Com base nos elementos obtidos no ponto 7 efectuar os respectivos testes de “corte” 
de operações, conforme mapa de trabalho. 
11. Elaborar um memorandum relativo ao trabalho realizado e concluir sobre os 
resultados do mesmo. 
 
(Costa 1998:301) 
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12. Seleccionar os ….itens com quantiastotais mais significativas e, dos restantes, … 
de forma aleatória e verificar se o custo unitário constante nas listas finanis das 
existências é adequado.( Nota: Os itens seleccionados incluirão necessariamente 
todos os que foram objecto de contagem física pelos auditores). 
13. Relativamente ás existências de matérias primas e de mercadorias, efectuar o teste 
constente do mapa de trabalho tendo em consideração que as últimas facturas dos 
fornecedores devem cobrir as quantidades constantes das listas finais das 
existências. 
14. Relativamente ás existências de produtos e trabalhos em curso e de produtos 
acabados, testes os respectivos cursos, tendo em consideração o método de custeio 
e de sistemas de contabilidade de custos adoptados pela Empresa ABC. 
15. Relactivamente aos itens seleccionados nos pontos 12 e 14 (produtos acabados) 
obter os respectivos preços de mercado (custo de reposição ou valor realizável 
líquido, conforme os casos) e verificar seestes são inferiores ao custo constante nas 
listas finais das existências. Preparar o mapa de trabalho. 
16. Obter uma lista de artigos sem movimentos no exercício, compará-la com a 
informação obtida aquando das contagens (ver ponto 5) e concluir sobre as suas 
possibilidades de realização. 
17. Com base da informaçãoo obtida no ponto anterior e tendo em consideração o 
referido no ponto 15 verificar a adequação do saldo da conta provisões para 
depreciação de exeistências. Prepara o mapa de trabalho. 
18. Elaborar um memorandum relativo ao trabalho realizado e concluir sobre os 
resultados do mesmo. 
(Costa 1998:302) 
 
OUTROS ASPECTOS 
19. Verificar a adequação das informações divulgadas no anexo. 
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20. Elaboara o mapa de ajustamento e de reclassificações. 
21. Elaboarar um memorandum global sobre o trabalho de auditoria efectuada nesta 
área e concluir sobre os resultados obtidos. Prepara o mapa de trabalho, referir se 
existiram ou quaisquer limitações na aplicação dos procedimentos de auditoria. 
22. Sugerir eventuais alterações as polticas contabilísticas adoptadas pela empresa 
ABC e aoseu sistema de controlo interno. 
23. Rever o trabalho efectuadopelos assistentes e/ou seniores. 
24. Sugerir eventuais alterações no programa de trabalho de auditoria do próximo ano. 
14 (produto acabado) obter os respectivos preços de mercado (custo de reposição 
ou valor realizável liquido, conforme os custos) e verificar se estes são 
inferirores ao custo constante nas listas finasis das existências. Preparar o mapa 
de trabalho 
(Costa 1998:303) 
 
 
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2.6 QUADRO SINÓPTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existências Enquadramento conceptual e tipificação das existências. 
Controlo ideal 
Apresentam-se, a título de enquadramento, algumas medidas de controlo 
ideais. 
Objectivos da 
auditoria na área 
de existências 
Elencam-se os objectivos nesta área de auditoria. 
Procedimentos de 
auditoria na área 
de existências 
Apresentam-se os procedimentos a adoptar nesta área, desdobrando em 
inventário físico, corte de operações nas áreas das vendas, movimentação 
interna, procedimentos posteriores à contagem e circularização. 
Programa de 
auditoria em 
existências 
Reproduz-se programa de auditoria para uma maior sedimentação de 
conhecimentos. 
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2.7 EXERCÍCIOS 
1) Para realizar a prova de corte na área de compras, o auditor deverá fazer? 
a) Examinar os registos de mercadorias vendidas imediatamente depois do encerramento do 
exercício; 
b) Examinar os registos de mercadorias recebidas, comparando-os com as facturas dos 
fornecedores nas datas imediatamente anteriores e posteriores ao fim do exercício; 
c) Ter em atenção as variações dos preços; 
d) Circularizar os clientes mais significativos. 
 
2) Como auditor que acompanha o processo de inventário? Comente. 
Face ao sistema contabilístico implementado (inventário periódico) as existências são sempre 
totalmente inventariadas no final do exercício. A inventariação é feita exclusivamente pelo 
pessoal do Armazém. No caso dos produtos em curso, as listas de existências são elaboradas 
com base nas ordens de produção em aberto e na observação da fase de acabamento de cada 
uma. A contagem física, neste caso, é efectuada por amostragem. 
3) Considere a seguinte situação no âmbito do processo de inventário: 
As matérias-primas recepcionadas são conferidas através da comparação entre a guia de 
remessa do fornecedor e a cópia da nota de encomenda. Relativamente às quantidades 
concordantes é aposto um carimbo de “Conferido” na guia de remessa. Ocasionalmente, o 
responsável do Armazém exige que, mesmo em caso de concordância entre aqueles 
documentos, seja efectuada uma conferência dos produtos recebidos. Havendo divergência 
em algum dos itens o mesmo é sempre objecto de contagem. 
Quais as possíveis consequências resultantes desta situação para a contabilidade da empresa? 
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4) Na sequência dos testes efectuados, o auditor constatou que no inventário físico de 
31/12/2011 foram incluídas diversas mercadorias, compradas e recepcionadas no dia 
30/12/2011, no valor de 12 000 Mtz. 
A factura do fornecedor (relativa àquelas mercadorias), embora com data de 30/12/2011, só 
foi contabilizada em Compras e em Fornecedores pela Empresa em 6 de Janeiro de 2012, 
tendo o correspondente pagamento ocorrido em 30/01/2012. 
a) Quais os procedimentos que julga adequados face à situação ? 
b) Que ajustamentos se revelam adequados? 
 
 
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CAPÍTULO III– Auditoria às Contas de Terceiros (Clientes e outras Dívidas a Receber) 
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO: 
No final deste capítulo o estudante será capaz de: 
• Definir Contas a Receber – Clientes; 
• Identificar os objectivos do controle interno das Contas a Receber – Clientes; 
• Identificar desvios nos saldos das Contas a Receber – Clientes; 
• Explicar os objectivos do trabalho de auditoria das Contas a Receber – Clientes; 
• Explicar os procedimentos de auditoria das Contas a Receber – Clientes; 
• Explicar o procedimento de controlo sobre as confirmações; 
• Explicar os objectivos de auditoria de outros créditos; 
• Explicar o procedimento de auditoria de outros créditos. 
 
 3.1 Introdução 
3.1.1 Conceitos 
As contas a Receber – Clientes, constantes do activo, representam as operações correntes da 
empresa, ou seja, nelas se efectuam o registo e o controlo dos devedores devido à venda das 
mercadorias ou serviços. 
Dos créditos a receber de clientes, deverão figurar no balanço, como dedução, os valores 
descontados e a provisão para os créditos duvidosos. 
As Contas a Receber – Clientes estão relacionadas com as receitas da empresa, 
correspondendo às mercadorias vendidas ou serviços prestados. 
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3.2 Controlos Internos Ideais 
Os controlos internos são planeados de forma a proporcionar confiança na correção dos 
registos contabilísticos, fomentar e medir o cumprimento da orientação da empresa e 
impulsionar a eficiência das suas operações. 
Os auditores, devido ao seu especial interesse pelos dados apresentados nas demonstrações 
contabilísticas, estão particularmente interessados nos controles contabilísticos instituídos 
para a segurança do activo e para assegurar a correção dos registos contabilísticos. 
O objectivo primordial do controle interno é reduzir a probabilidade de ocorrência de erros e 
irregularidades ou, preferivelmente eliminá-la inteiramente. 
3.3 PRINCIPAIS OBJECTIVOS De AUDITORIA DAS CONTAS A RECEBER 
Podemos então dizer que os principais objectivos são: 
1. As medidas de controlo interno relacionados com as vendas e prestação de serviços e 
dívidas a receber são adequados se, estiverem a ser devidamente aplicadas; 
2. Deve-se ter em atenção se o valor das vendas e das prestações de serviços respeitante ao 
período analisado: 
a) Não está sobreavaliado, através de créditos ilegítimos por via de vendas não efectuadas 
ou serviços não prestados, mercadorias não expedidas ou falsa facturação; 
b) Não está subavaliado, devido a vendas efectuadas ou serviços prestados no exercício, 
mas diferidos para o exercício seguinte. 
3. Os descontos, abatimentos, devoluções e outras deduções a vendas ou a prestações de 
serviços, estão adequadamente mensurados e classificados; 
4. Os restantes proveitos e ganhos estão relacionados com a actividade da empresa, dizem 
respeito ao período em análise e estão adequadamente mensurados e classificados; 
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5. As dívidas a receber apresentadas no balanço representam efectivamente créditos 
legítimos da entidade sobre terceiros e estão adequadamente mensurados e apresentados no 
balanço; 
6. Os saldos das contas de Imparidades acumuladas de dívidas a receber são adequados, de 
forma a cobrir possíveis prejuízos resultantes de contas incobráveis; 
7. Os saldos das respectivas contas de acréscimos de custos e/ou provisões são adequados 
aos riscos que possam resultar de devoluções, descontos, abatimentos, bónus, garantias; 
8. Todas as informações pertinentes estão adequadamente divulgadas no anexo. 
 
 
3.4 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA DAS CONTAS A RECEBER 
Um dos objectivos da auditoria de Contas a Receber – Clientes, é a determinação da 
autenticidade das contas. 
O primeiro passo é verificar o saldo do razão auxiliar da conta Contas a Receber e o saldo da 
respectiva conta no balancete, depois é feita a comprovação para verificar se o saldo total 
corresponde ao saldo da conta no Balanço Geral. 
Após terem sido definidos adequadamente os itens de Contas a Receber – Clientes, o auditor 
deverá proceder à selecção de clientes que são necessários para a confirmaçãodos saldos, 
isto é, o pedido de confirmação de saldo feito directamente ao devedor. 
A empresa deve ser esclarecida quanto à necessidade de ela própria ter necessidade de 
formalizar os pedidos de confirmação. 
Ao mesmo tempo, o auditor deve providenciar: 
- Relação dos devedores seleccionados para a verificação; 
- Entrega dos formulários necessários; 
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- Explicação, ao pessoal da empresa da preparação das circulares/cartas para os devedores; 
- Envio das circulares/cartas aos devedores. 
 
3.4.1 Controlo sobre as Confirmações 
Com vista à certificação da autenticidade das confirmações, é essencial que os auditores as 
recebam directamente, para assegurar que os empregados da empresa não tenham 
oportunidade de as alterar. 
Não deve haver nenhuma possibilidade, dos empregados da empresa eliminarem ou 
modificarem os pedidos de confirmação depois de terem sido conferidos com os extractos e 
antes do seu envio aos devedores. Portanto, o auditor deve manter sob seu controle os pedidos 
de confirmação e ser ele a remetê-los com vista à confirmação das operações. 
O auditor deverá tentar obter o máximo de respostas às solicitações de confirmação e, se 
necessário, enviar mais que uma vez pedidos aos faltantes. 
Relativamente às respostas, podem ocorrer: 
- Respostas sem divergências: se o cliente confirma o saldo, e não contesta; 
- Respostas com divergência. Nesses casos, o auditor deve: 
• Investigar e solucionar as divergências existentes; as razões devem ser esclarecidas 
de forma clara e convincente, de modo a não deixarem dúvidas quanto à autenticidade 
dos valores; 
• Levar ao conhecimento da empresa quaisquer divergências que considere 
significativas, procedendo à averiguação das mesmas; 
• Fazer anotações apropriadas nos papéis de trabalho e, se necessário, discuti-las com 
o serviço de auditoria Interna. 
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- Respostas não recebidas: o auditor deverá dar atenção especial às contas dos devedores que 
não responderam ao pedido de confirmação. Como não recebeu informação terá de aplicar 
procedimentos alternativos, para assegurar-se quanto à veracidade dos valores 
contabilizados, tais como: 
• Verificação da liquidação subsequente; 
• Exame da origem dos saldos, ou seja, pedidos de encomenda, facturas, 
conhecimentos de embarque, talões de depósitos bancários (autenticadas pelos 
respectivos bancos) etc. 
O auditor deve proceder ao inventário físico dos vencimentos, por prazos (vencidos ou a 
vencer) e verificar as providências da administração quanto aos efeitos dos recebimentos 
pendentes. 
O auditor também se deve certificar quanto à regularidade do cálculo da provisão para 
créditos duvidosos consoante as disposições legais. 
Nos papéis de trabalho o auditor deve demonstrar separadamente as contas individuais e 
evidenciar o trabalho efetuado e as respectivas conclusões. 
Normalmente deverão ser incluídos como papéis de trabalho: 
- Programa de trabalho relativo a Contas a Receber; 
- Relação de clientes; 
- Cópia dos pedidos da confirmação de saldos; 
- Resumo estatístico comparativo do resultado da carta. 
- Demonstrativo da variação das contas a receber, comparações com anos anteriores e 
respectivas conclusões. 
 
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3.5 AUDITORIA DE OUTROS CRÉDITOS 
3.5.1 Objectivos da Auditoria 
Certificar-se que todos os créditos estão registados consoante os princípios fundamentais de 
contabilidade e dispositivos legais; 
Certificar-se que os créditos foram concedidos através de operações legais e comprovadas 
por documentação adequada; 
Apurar se os valores a receber declarados são realizáveis e passíveis de recebimento no curso 
do exercício seguinte. 
 
3.5.2 Procedimentos de Auditoria 
Para comprovação dos valores classificados neste subgrupo, o auditor deverá efectuar os 
exames aplicando os seguintes procedimentos: 
✓ Examinar os adiantamentos aos empregados; 
✓ Examinar as autorizações para os pagamentos; 
✓ Verificar se as liquidações são processadas nos prazos previstos; 
✓ Verificar se há omissão de adiantamentos efectuados a ex-empregados; 
✓ Examinar os adiantamentos para viagens; 
✓ Verificar as autorizações para os adiantamentos; 
✓ Verificar se as liquidações são processadas nos prazos previstos; 
✓ Examinar a origem dos créditos no que se refere aos contractos; 
✓ Examinar as reconciliações Bancárias (comparação entre os registos contabilísticos e 
os extractos enviados pelas instituições financeiras); 
✓ Verificar se os valores debitados pelas instituições financeiras foram creditados na 
conta de disponibilidades; 
✓ Examinar os Impostos e Encargos Sociais a Recuperar; 
 
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✓ Verificar se os impostos estão contabilizados de acordo com os critérios legais e 
fiscais e com base em documentos adequados; 
✓ Verificar se os impostos foram regularmente compensados de acordo com os critérios 
legais e fiscais; 
✓ Verificar se nos encargos sociais recolhidos por conta dos empregados foram 
utilizados os documentos adequados; 
✓ Examinar o adiantamento a fornecedores; 
✓ Verificar a documentação pertinente (pedido de autorização de compra, autorização 
de pagamento); 
✓ Solicitar confirmações junto dos devedores; 
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3.6 Programa de auditoria às dívidas a receber 
Descrição do objectivo/programa/teste 
I. Resumo dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno 
utilizados pela Empresa 
……. 
……. 
II. Objectivos de auditoria 
Concluir se: 
1. Os procedimentos contabilísticos e as medidas de controlo interno relacionados com 
as dívidas a receber são adequados e se estão de facto a ser aplicados. 
2. As dívidas a receber apresentadas no Balanço representam efectivamente créditos 
legítimos da Empresa ABC sobre terceiros. 
3. Tais créditos estão apropriadamente valorizados e classificados no Balanço. 
4. Os saldos das contas de Provisões para cobranças duvidosas são adequados, de forma 
a cobrir possíveis prejuízos resultantes de contas incobráveis. 
5. Os saldos das respectivas contas de acréscimos de custos e/ou provisões são 
adequados a fim de ocrrem a riscos que possam resultar de evoluções, abatimentos, 
bónus, garantias, etc. 
6. Todas as informações pertinentes estão adequadamente divulgadas no Anexo. 
 
III. Procedimentos/testes de auditoria 
1. Rever as políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa ABC e seu sistema de 
controlo interno. Actualizar, se necessário, os respectivos «dossiers» permanentes. 
(Costa 2000:389) 
2. Obter o balancete de cliente em 30/11/X4: testar a forma como o mesmo está 
elaborado e investigar saldos invulgares, saldos credores, contas que não 
representam valores a receber, etc. 
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3. Efectuar procedimentos de confirmação positiva de saldos, com referência a 
30/11/X4, como segue: 
a) Seleccionar os …. Saldos mais significativos e, dos restantes, … de forma 
aleatória; 
b) Obter a decomposição dos mesmos e envia-la juntamente com os pedidos de 
comunicação e com as cartas-resposta; 
c) Preparar o controlo da circularização no mapa de trabalho; 
d) Solicitar um segundo pedido para os clientes qua não respondem no prazo de 15 
dias; 
e) Confrontar as respostas obtidas com os registos contabilísticos; 
f) Relativamente as respostas concordantes: verificar se as cartas dos clientes estão 
devidamente assinadas; 
g) Relativamente as respostas discordantes: obter (ou efectuar) as respectivas 
reconciliações de saldos e testar a adequação do item

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