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Grupo de estudos - METAS MAGIS PENAL - META 16 + LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA Grupo de Estudos “METAS Magis” Gracélia Menezes “METAS MAGIS” - PENAL - LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA - META 16 05.09.2025. METAS MAGIS - Grupo de estudos - GRACÉLIA MENEZES. LINK DO GRUPO EM MINAS REDES SOCIAIS - INSTAGRAM (@graceliamenezes) e X (Twitter). O link ficará liberado até dia 11.09.2025. Envio de 2 a 3 metas + listas de fixação por semana, acesso a pasta do drive do grupo com as metas e listas elaboradas desde de julho de 2025. Tudo isso por apenas R$ 50,00 por mês. Link: https://chat.whatsapp.com/KRmbER0lvka4VHr4GiA9OB?mode=ems_share_t DO CRIME/DA IMPUTABILIDADE PENAL 1) Caio, com intenção de matar, desferiu um disparo de arma de fogo no peito de Tício. Tício caiu, severamente machucado, porém, ainda vivo, quando se iniciou uma tempestade, um raio o atingiu, de maneira que Tício veio a falecer em decorrência da forte descarga elétrica. Nesse caso, sobre a responsabilidade de Caio, a causa superveniente produziu por si só o resultado, de forma a afastar a responsabilidade de Caio pelo evento morte, subsistindo a tentativa. (certo). (TJRJ - Programa de Residência - 2024 - FGV). A situação narrada no enunciado se encaixa perfeitamente no conceito de concausa absolutamente independente superveniente. Ela exclui o nexo de causalidade, portanto, o agente deverá responder apenas pelos atos já praticados (homicídio tentado). 2) No crime omissivo espúrio, a omissão é descrita no próprio tipo penal e não admite a tentativa nem a modalidade culposa. (errado). (Admite a tentativa em razão da possiblidade de fracionamento dos atos executórios do crime). (MPE-GO - Promotor de Justiça - 2024 - FGV). 3) Ricardo desferiu uma facada no pescoço de Carlos, com objetivo de matá-lo. Na sequência, para assegurar o resultado, ele desferiu um disparo de arma de fogo contra a cabeça de Carlos. Carlos veio a falecer em virtude dos ferimentos causados pelo disparo da arma de fogo. Este homicídio é exemplo de crime de passagem. (certo). (MPE-GO - Promotor de Justiça - 2024 - FGV). Crime progressivo: é aquele que para ser cometido deve o agente violar obrigatoriamente outra lei penal, a qual tipifica crime menos grave, chamado de crime de ação de passagem. Em síntese, o agente, pretendendo desde o início produzir o resultado mais grave, pratica sucessivas violações ao bem jurídico. Com a adoção do princípio da consunção para solução do conflito aparente de leis penais, o crime mais grave absorve o menos grave. Exemplo: relação entre homicídio e lesão corporal (Cleber Masson). Assim,,temos: Crime progressivo: homicídio. METAS MAGIS – grupo de estudos Crime de ação de passagem: lesão corporal. No caso, acredito que o examinador da FGV, com sua peculiar interpretação do direito penal, considerou a facada espécie de "homicídio tentado", sendo este considerado o crime de passagem para o homicídio consumado. Fonte: Comentários QConcurso. Esta assertiva causou polêmica, no entanto, não foi anulada. Considerada correta pela FGV. 4) A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, originando-se o dever de agir somente de dever de cuidado, proteção ou vigilância oriundos da lei e de assunção de responsabilidade para impedir o resultado. (errado). (Art. 13, §2º, “a” a “c”, CP). (MPE-GO - Promotor de Justiça - 2024 - FGV). 5) No estrito cumprimento de um dever legal, este dever funda-se em disposição jurídico-normativa e moral. (errado). (MPE-GO - Promotor de Justiça - 2024 - FGV). https://chat.whatsapp.com/KRmbER0lvka4VHr4GiA9OB?mode=ems_share_t Grupo de estudos - METAS MAGIS PENAL - META 16 + LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA Grupo de Estudos “METAS Magis” Gracélia Menezes 6) A pena é aumentada de 1/3 a 2/3 no crime de divulgação de cena de estupro, de sexo ou pornografia, se a vítima é pessoa com quem o sujeito ativo mantenha ou tenha mantido relação íntima de afeto ou com a finalidade de vingança ou humilhação. (certo). (Art. 218-C, §1º, CP). (MPE-GO - Promotor de Justiça - 2024 - FGV). 7) Janaína, viúva, mãe de quatro filhos, desempregada e sem dinheiro para comprar comida, passava por uma loja de frutas e verduras quando percebeu que havia uma cesta de maçãs que se projetava para o lado de fora da loja. Janaína subtraiu quatro daquelas frutas para dar a seus filhos, ocasião em que foi presa pelo vendedor que a tudo observava pelas câmeras de segurança. Nestas circunstâncias, Janaína está amparada por estado de necessidade. (certo). (Art. 24, CP). (MPE-GO - Promotor de Justiça - 2024 - FGV). Furto famélico. Caracteriza-se quando o agente pratica a conduta para saciar a fome própria ou de terceiro, sendo reconhecido pela jurisprudência como exemplo típico de conduta praticada em ESTADO DE NECESSIDADE, desde que presentes os seguintes requisitos: a) que o fato seja para mitigar a fome; b) que seja o único e derradeiro recurso do agente (inevitabilidade do comportamento lesivo); c) que haja a subtração de coisa capaz de diretamente contornar a emergência; d) a insuficiência dos recursos adquiridos pelo agente com o trabalho ou a impossibilidade de trabalhar. Nessa esteira, dispõe o Código Penal: METAS MAGIS - grupo de estudos 8) O agente que deu causa ao resultado por negligência, responderá por culpa, ainda que não haja previsão de crime culposo. (errado). (Art. 18, parágrafo único, CP). (PC-SC - 2024 - FGV). 9) A lei brasileira considera crime doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. (certo). (Art. 18, I, CP). (PC-SC - 2024 - FGV). 10) A imprudência caracteriza o agir culposo, mas a imperícia implica o agir doloso. (errado). (Art. 18, II, CP). (PC-SC - 2024 - FGV). 11) Adonis, 71 anos, reside sozinho em um bairro violento. Certo dia, percebeu que um homem desconhecido, portando uma arma de fogo na cintura, ingressou em seu terreno na calada da noite. Ao perceber que o indivíduo caminhava desorientado em seu quintal, Adonis, temendo por sua integridade física e sua vida, desferiu um disparo de arma de fogo na perna da vítima. Quando se aproximou da vítima, caída ao chão, constatou que se tratava de seu vizinho Heitor, que havia entrado no seu imóvel por engano, em razão de estar alcoolizado. Heitor foi hospitalizado, porém recebeu alta no mesmo dia. Diante do cenário descrito, é correto afirmar que deve ser reconhecida a exclusão da ilicitude pela legítima defesa. (errada). (Art. 20, §1º, CP). (PC-SC - Delegado - 2024 - FGV). 12) Adonis, 71 anos, reside sozinho em um bairro violento. Certo dia, percebeu que um homem desconhecido, portando uma arma de fogo na cintura, ingressou em seu terreno na calada da noite. Ao perceber que o indivíduo caminhava desorientado em seu quintal, Adonis, temendo por sua integridade física e sua vida, desferiu um disparo de arma de fogo na perna da vítima. Quando se aproximou da vítima, caída ao chão, constatou que se tratava de seu vizinho Heitor, que havia entrado no seu imóvel por engano, em razão de estar alcoolizado. Heitor foi hospitalizado, porém recebeu alta no mesmo dia. Diante do cenário descrito, é correto afirmar que Adonis está isento de pena, em razão da descriminante putativa por erro de tipo inevitável. (certo). (Art. 20, §1º, CP). (PC-SC - Delegado - 2024 - FGV).Erro de tipo permissível, caracteriza-se pela falsa percepção sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação, acreditando estar presente uma das excludentes de ilicitude, quais sejam: legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento de dever legal ou exercício regular de direito. METAS MAGIS – grupo de estudos 13) João e Guilherme, lutadores profissionais de boxe, disputaram a final do torneio mais importante do esporte em âmbito nacional. No último round da luta, João desviou de um golpe de seu oponente e, ato contínuo, desferiu um soco no rosto de Guilherme, que resultou na abertura do supercílio direito deste, ensejando forte sangramento. João não praticou qualquer crime, pois atuou sob o manto da inexigibilidade Grupo de estudos - METAS MAGIS PENAL - META 16 + LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA Grupo de Estudos “METAS Magis” Gracélia Menezes de conduta diversaexercício regular de direito, excludente de culpabilidadeilicitude. (errado). (Art. 23, III, CP c/c art. 5º, II, CF). (TJPA - Juiz Substituto - 2009 - FGV). 14) Tidão, primário, durante o cumprimento de pena privativa de liberdade decorrente de sentença penal condenatória transitada em julgado pela prática de roubo, rasga, em várias partes, o lençol que lhe foi fornecido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) com o intento de fazer um varal para que suas roupas lavadas pudessem secar com maior rapidez. O agente penitenciário de plantão, durante o confere diário do efetivo, ao adentrar a cela de Tidão percebe o dano causado ao item e comunica, imediatamente, à direção da unidade prisional. Com isso, o fato chega ao conhecimento do Ministério Público que oferece a peça vestibular acusatória por dano ao patrimônio público (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal), dando início à demanda penal. Considerando a doutrina pátria garantista sobre a teoria do crime e a jurisprudência ventilada no Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que Tidão deverá ser absolvido sumariamente. Analisando o caso apresentado diante do conceito estratificado de infração penal, constatasse a atipicidade formal. Isso porque o crime de dano é considerado, segundo entendimento doutrinário defensivo, delito de tendência, não sendo observado, no caso apresentado, o elemento implícito e subjetivo especial do injusto. Além disso, também é motivo para sua absolvição a atipicidade material, pois, conforme precedentes do Supremo Tribunal Federal, tem-se a orientação de que o cometimento de conduta em prejuízo da administração pública não impede, a princípio, a incidência do princípio da bagatela, pois devem ser avaliadas as especificidades do caso concreto. (certo). (DPE-RJ - Defensor Público - 2023 - FGV). METAS MAGIS – grupo de estudos O delito de tendência é aquele em que, para se tipificar o fato, é necessário conhecer a intenção do agente. Logo, o fato será considerado como crime a depender do animus do agente, diante da conduta apresentada. Para o STJ o fato é atípico se não tiver presente o “animus nocendi", intenção de causar prejuízo ao patrimônio público. No caso esse não era o objetivo do preso, pois conforme bem retratado no enunciado da questão, a intenção era apenas de fazer o seu varal para estender roupas. Se não estava presente o elemento subjetivo especifico exigido pelo tipo penal, há atipicidade formal da conduta. 15) João e Guilherme estavam a bordo de uma lancha, a caminho de uma praia paradisíaca, ocasião em que o marinheiro Jonatan acabou por colidir em uma pedra. Com a lancha afundando, João e Guilherme se jogaram ao mar, momento em que visualizaram um único colete salva-vidas. Após uma breve luta corporal, João conseguiu permanecer com o bem, enquanto Guilherme, desamparado, veio a óbito. João atuou sob o manto do exercício regular de um direitoestado de necessidade, causa de exclusão da culpabilidadeilicitude. (errado). (Art. 23, III, CP). (TJBA - Conciliador - 2023 - FGV). 16) Mévio foi vítima de crime de roubo com restrição de liberdade, tendo sido amarrado. Antes de liberá-lo, Caio, o roubador, fez com que Mévio ingerisse bebida alcoólica à força, a fim de reduzir a sua capacidade de resistência. Contudo, ainda que completamente embriagado e sem capacidade de discernimento sobre o caráter ilícito do fato, após ser liberado e estar a caminho de casa, Mévio resolveu voltar ao local em que Caio se encontrava e o espancou até ocasionar sua morte. Diante dessa situação, é correto afirmar que Mévio, não deverá responder por nenhum crime, ante a exclusão da culpabilidade. (certo). (Art. 28, II, §1º, CP). (TJMS - Juiz Substituo - 2023 - FGV). “Art. 28, CP: Não excluem a imputabilidade penal: II. a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. §1º. É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- se de acordo com esse entendimento. (...).” CONCURSO DE PESSOAS METAS MAGIS – grupo de estudos 17) João é servidor público do Estado de Santa Catarina. Vendo que sua repartição conta com computadores modernos, muito valiosos no mercado, acerta com José, seu amigo, que usualmente pratica roubos e furtos (o qual se sabe já ter sido condenado, com pena extinta há um ano pelo seu cumprimento), a Grupo de estudos - METAS MAGIS PENAL - META 16 + LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA Grupo de Estudos “METAS Magis” Gracélia Menezes subtração dos referidos computadores para posterior revenda. No dia combinado, João, valendo-se do acesso facilitado à repartição pública, ingressa no local, permite a entrada de José, e ambos subtraem, para si, cerca de 10 computadores portáteis. Sobre o concurso de pessoas, de acordo com a teoria monista, ainda que José não soubesse do fato de João ser servidor público, deveria responder por peculato. (certo). (Art. 29, § 2°, CP). (CGE-SC - Auditor - 2023 - FGV). 18) Acerca do concurso de pessoas, o Código Penal brasileiro adotou a teoria monistateroria monista temperada ou mitigada, sem qualquer exceção. (errado). (ART. 29, CP). (MPE-BA - 2022 - FGV). A teoria adotada quanto ao concurso de pessoas pelo nosso Código Penal, no seu artigo 29, foi a teoria monista temperada ou mitigada, pois nem todos que concorrem para o delito responderão do mesmo modo, havendo graus de responsabilização por conta da individualização da conduta e do comportamento dos concorrentes. Fonte: Professor Gilson Campos, Juiz Federal. 19) Acerca do concurso de pessoas, não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, inclusive quando elementares do crime. (errado). (Art. 30, CP). (MPE-BA - 2022 - FGV). 20) Agamenon, Aquiles, Ájax e Cadmo combinam de furtar pneus de veículos automotores do interior de um galpão cercado de mato e aparentemente abandonado. Agamenon e Cadmo permanecem no carro, ao passo que Ájax arromba o portão e Aquiles ingressa, se deparando, pouco depois, com um vigia. Diante da reação ao ingresso não consentido, de posse de um vergalhão, Aquiles golpeia, perfura e mata o vigia. Considerando esse cenário, é correto afirmar que Agamenon, Ájax e Cadmo responderão por cooperação dolosamente distinta. (certo). (Art. 29, §2º, CP). (PC-RJ - 2022 - FGV). 21) O Código Penal apresenta as regras do concurso de pessoas em seu Título IV e nelas prevê que cadaagente que concorre para um crime deve responder na medida da sua culpabilidade (Art. 29). Assim, quanto maior a contribuição, maior a responsabilização. Sendo participação de menor relevância, a pena poderá ser diminuída de um a dois terços (Art. 29, § 1º). Em alguns contextos, porém, o legislador entendeu que a participação do agente ganha maior destaque. Dentre as hipóteses de agravantes em contextos com pluralidade subjetiva, é correto afirmar que na autoria intelectual, um agente é coautor fundado no domínio funcional do fato, devendo ainda ter envolvimento pessoal na execução do delito. (errado). (TJPA - Juiz Substituto - 2019 - CEBRASPE). A autoria intelectual (ao contrário do que afirma parte da doutrina brasileira) não é espécie de autoria segundo a teoria roxiniana, ao menos que exerça o domínio da vontade ou o domínio funcional do fato. Fonte: Professor Francisco Menezes. 22) De maneira geral, os delitos tipificados no ordenamento jurídico brasileiro são de concurso eventual, tendo em vista que podem ser executados por uma ou mais pessoas. Excepcionalmente, porém, existem delitos de concurso necessário, sendo indispensável a pluralidade de agentes para configuração do tipo. Sobre o tema concurso de pessoas, é correto afirmar que as circunstâncias objetivas se comunicam aos coautores, diferente das de caráter pessoal, que não se comunicam, ainda que elementares do tipo. (errado). (Art. 30, CP). (MPE-RJ - 2018 - FGV). 23) Sobre o tema concurso de pessoas, a pluralidade de pessoas e a relevância causal das condutas são requisitos para sua configuração, mas não são requisitos para configurar o liame subjetivo. (errado). (TJRS - Juiz Substituto - 2018 - VUNESP). 24) ENUNCIADO: Juliano e Pedro decidem subtrair um veículo. Pedro porta arma de fogo, circunstância conhecida pelo comparsa Juliano. Quando a dupla avista um veículo parado no semáforo, Juliano se aproxima e manda a vítima descer e entregar o veículo, ao passo que Pedro aponta a arma de fogo. Assustada com a abordagem, a vítima acelera, Pedro dispara a arma de fogo e atinge a vítima Grupo de estudos - METAS MAGIS PENAL - META 16 + LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA Grupo de Estudos “METAS Magis” Gracélia Menezes mortalmente. Juliano e Pedro fogem sem levar o veículo, mas são presos por policiais militares que estavam em patrulhamento nos arredores do local do fato. A respeito da responsabilidade penal de Juliano e Pedro, assinale a afirmativa correta. ASSERTIVA: Juliano e Pedro responderão pelo crime de latrocínio consumado. (certo). (STJ - RHC 133.575; Súmula 610/STF e Art. 29, §2º, CP). (ENAM-2025.1 - FGV). “CRIME - LATROCÍNIO - DESCLASSIFICAÇÃO AFASTADA. Aquele que se associa a comparsas para a prática de roubo, sobrevindo a morte da vítima, responde pelo crime de latrocínio, ainda que não tenha sido o autor do disparo fatal ou a participação se revele de menor importância. LATROCÍNIO - PLURALIDADE DE VÍTIMAS - CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO NÃO CONFIGURADO. A pluralidade de vítimas em crime de latrocínio não enseja a conclusão de ocorrência de concurso formal impróprio. PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO. Ante o cumprimento parcial da pena privativa de liberdade, incumbe ao Juízo da execução a análise da possibilidade de progressão de regime, tendo por base a pena remanescente. STJ - 1T - RHC 133.575, Pub.: 16.05.2017 (info 885).” “Súmula 610/STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.” “Art. 29, CP: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 2º. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.” 25) Matheus e Mário, agindo com dolo, subtraíram, mediante grave ameaça, consubstanciada na utilização de simulacro de arma de fogo, a quantia de dez mil reais que estava sendo transportada por João. Registre-se que a vítima se encontrava em serviço de transporte de valores, o que era de conhecimento dos agentes. Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, assinale a opção que apresenta o crime pelo qual Matheus e Mário responderão: Roubo simples, com a incidência de duas causas de aumento de pena, em razão do concurso de pessoas e considerando que a vítima estava em serviço de transporte de valores, circunstância conhecida pelos agentes. (certo). (STJ - RR - Tema 1171 (REsp 1.994.182/RJ) e Art. 157, §2º, II e III, CP). (TRT3 - Analista - 2025 - FGV). Recurso Repetitivo - Tema 1171 - Tese: “A utilização de simulacro de arma configura a elementar grave ameaça do tipo penal do roubo, subsumindo à hipótese legal que veda a substituição da pena.” “Art. 157, CP: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: (...) §2º. A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: II. se há o concurso de duas ou mais pessoas; III. se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. (...).” 26) Maurício, Lucas e João foram presos em flagrante pela prática de determinado crime contra a Administração Pública federal. No curso da ação penal, Maurício confessou a perpetração dos fatos que lhe foram imputados. Por sua vez, a defesa de Lucas comprovou que a sua participação na empreitada delituosa foi de menor importância. Os advogados de João, a seu turno, demonstraram que ele quis participar de crime menos grave, embora tenha sido previsível o resultado mais gravoso. Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é correto afirmar que João estará sujeito à pena do crime efetivamente praticado, a qual será reduzida até a metade. Lucas, por sua vez, não tem direito a qualquer benefício penal. (errado). (Art. 29, §§1º e 2º, CP). (MPU - 2025 - FGV). (Lucas poderá ter a pena diminuída de um sexto a um terço. João, por sua vez, estará sujeito à pena do crime menos grave, a qual será aumentada até a metade.) Grupo de estudos - METAS MAGIS PENAL - META 16 + LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA Grupo de Estudos “METAS Magis” Gracélia Menezes “Art. 29, CP: (...) § 1º. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.” 27) Nos termos da legislação vigente, em relação ao concurso de pessoas, pode-se afirmar corretamente que exceto quando forem elementares do tipo, as circunstâncias e condições de caráter pessoal não se comunicam a todos os colaboradores da empreitada criminosa. (certo). (Art. 30, CP). (Câmara dos Deputados - 2024 - FGV). “Art. 30, CP: Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.” METAS MAGIS – grupo de estudos 28) A participação do agente na infração penal pode ocorrer desde a fase da cogitação até a consumação, porém, a relevância penal da conduta do partícipe é condicionada, salvo disposição em contrário, ao ingresso do autor na fase da execução. (certo). (Art. 31, CP). (ENAM-2024.1 - Reapliacação - FGV). “Art. 31, CP: O ajuste, a determinação ou instigaçãoe o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.” 29) Caio, 18 anos, Tício, 20 anos e Mévio, 22 anos, integram uma torcida organizada de uma agremiação futebolística. No dia de uma partida de seu clube, encontram um torcedor do time rival sozinho, saindo do trem a uma curta distância. Mévio então olhou para Caio e Tício e fez gestos com as mãos denotando que os três perseguissem e agredissem o torcedor rival. Ao efetivamente alcançarem a vítima, o lesionaram com socos e pontapés. Pelo exposto, é correto afirmar que Caio, Tício e Mévio devem responder por crime de associação criminosa CONCURSO DE PESSOAS e crime de lesão corporal. (errado). (Art. 29, “caput”, CP; Art. 129, CP e Art. 288, CP). (PC-SC - FGV - 2024). “Art. 29, “caput”, CP: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.” “Art. 129, CP: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: (...).” “Art. 288, CP: Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: (...).” (Foi apenas um crime e ainda foi algo aleatório) METAS MAGIS – grupo de estudos OUTROS METAS MAGIS - grupo de estudos 30) A multa não é uma pena. (errado). (Art. 32, III, CP c/c art. 5º, XLVI, CF). (PC-SC - 2024 - FGV). 31) Felisberto é condenado, por sentença definitiva, a uma pena de 1 ano de reclusão, em regime inicialmente aberto, a qual é substituída por uma pena restritiva de direitos de prestação de serviços à comunidade, pelo mesmo prazo. Decorridos 5 meses do início da execução da citada pena, sobrevém nova condenação definitiva, a uma pena de 6 anos de reclusão, em regime inicialmente semiaberto. Diante do caso narrado, o juiz da execução penal deverá manter a pena restritiva de direitos, pois sua execução é compatível com o regime prisional fixado na nova condenação. (errado). (Art. 44, §5º, CP). (TJPR - Juiz Substituto - 2021 - FGV). 32) Felisberto é condenado, por sentença definitiva, a uma pena de 1 ano de reclusão, em regime inicialmente aberto, a qual é substituída por uma pena restritiva de direitos de prestação de serviços à comunidade, pelo mesmo prazo. Decorridos 5 meses do início da execução da citada pena, sobrevém nova condenação Grupo de estudos - METAS MAGIS PENAL - META 16 + LISTA DE FIXAÇÃO COM RESPOSTA Grupo de Estudos “METAS Magis” Gracélia Menezes definitiva, a uma pena de 6 anos de reclusão, em regime inicialmente semiaberto. Diante do caso narrado, o juiz da execução penal deverá converter a pena restritiva de direitos na pena de reclusão, deduzindo o tempo de pena restritiva de direitos já cumprido e unificando as penas dos dois crimes. (certo). (REsp n.º 1.728.864/MG). (TJPR - Juiz Substituto - 2021 - FGV). 33) Fábio Augusto praticou dois diferentes crimes de furto pelos quais foi denunciado, iniciando dois diferentes processos penais. Em razão do primeiro crime de furto, Fábio Augusto foi condenado a pena privativa de liberdade, a ser cumprida inicialmente em regime semiaberto. Quando já se encontrava cumprindo a primeira pena, restou condenado a pena privativa de liberdade pela prática do segundo crime, mas essa sanção penal foi substituída por pena restritiva de direitos consistente em prestação de serviços à comunidade. Transitada em julgado a sentença que impôs a pena alternativa, o juízo competente para executar as penas converteu-a em privativa de liberdade. Diante do caso exposto, é correto afirmar que a conversão é possível, desde que demonstrada a impossibilidade de cumprimento simultâneo das penas. (errado). (Recurso Repetitivo 1106 e art. 44, §5º, CP). (DPE-RJ - Defensor Público - 2023 - FGV). Informativo 736/STJ: “Sobrevindo condenação por pena privativa de liberdade no curso da execução de pena restritiva de direitos, as penas serão objeto de unificação, com a reconversão da pena alternativa em privativa de liberdade, ressalvada a possibilidade de cumprimento simultâneo aos apenados em regime aberto e vedada a unificação automática nos casos em que a condenação substituída por pena alternativa é superveniente. STJ. 3ª Seção. REsp 1.918.287-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 27/04/2022 (Recurso Repetitivo – Tema 1106). METAS MAGIS – grupo de estudos 34) ENUNCIADO: Considerando as penas restritivas de direitos, avalie as situações fáticas a seguir. I. O desabamento de um prédio em construção resultou na morte de 8 operários e Cristiane, engenheira responsável pela obra, foi condenada à pena de 4 anos e 6 meses de reclusão, pelos crimes de homicídio culposo em concurso formal. II. Priscila, na direção de veículo automotor e com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, causou acidente e lesionou Juarez. Foi condenada à pena de 3 anos de reclusão. III. Mário foi condenado à pena de 1 ano e 6 meses de reclusão pela prática do crime de estelionato sendo reincidente, em virtude da prática anterior do crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido. IV. José Afonso, conhecido doleiro, foi condenado pela prática do crime de lavagem de dinheiro à pena de 6 anos de reclusão. No curso da investigação e do processo, José Afonso colaborou espontaneamente com as autoridades, o que resultou na identificação dos coautores e na recuperação dos valores objeto do crime. Em relação às situações fáticas, assinale a afirmativa correta. ASSERTIVA: A despeito da quantidade de pena, o Juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade aplicada à Cristiane por pena restritiva de direitos, se considerar as circunstâncias favoráveis. (certo). (Art. 44, I, §3º, CP). (DPE-PE - Defensor Público - 2025 - FGV). “Art. 44, CP: As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I. aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; (...)” MATERIAL PARTE INTEGRANTE DO GRUPO METAS MAGIS - Gracélia Menezes - 05.09.2025. Link: https://chat.whatsapp.com/KRmbER0lvka4VHr4GiA9OB?mode=ems_share_t https://chat.whatsapp.com/KRmbER0lvka4VHr4GiA9OB?mode=ems_share_t