Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

GRAMÁTICA
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
231229328935
 
BRUNO PILASTRE
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas 
de Língua Portuguesa (Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). 
Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia 
de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online, atua na área de 
desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: 
http://lattes.cnpq.br/1396654209681297).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
PDF Sintético de Gramática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Estrutura e Formação de Palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Emprego das Classes de Palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1. Substantivo, Adjetivo, Artigo, Pronome e Numeral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2. Emprego de Tempos e Modos Verbais; Advérbios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.3. Preposição e Conjunção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.4. Interjeição e Palavras e Locuções Denotativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4. Domínio da Estrutura Morfossintática do Período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5. Relações de Coordenação entre Orações e entre Termos da Oração . . . . . . . . . . 43
6. Relações de Subordinação entre Orações e entre Termos da Oração . . . . . . . . . 45
7. Funções do QUE e do SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
8. Sintaxe de Concordância, de Regência e de Colocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
8.1. Concordância Verbal e Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
8.2. Regência Verbal e Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
8.3. Colocação Pronominal – Próclise, Mesóclise e Ênclise . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
9. Emprego do Sinal Indicativo de Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
10. Emprego dos Sinais de Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
4 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna 
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções 
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso 
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um material sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De 
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova 
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por 
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou 
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei 
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante 
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência, 
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um 
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador 
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de 
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência, de 16 anos como concurseiro, e de outros tantos ensinando 
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa 
efetivamente te atender.
A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!
Professor Aragonê Fernandes
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
Olá! Sou o professor Bruno Pilastre, autor do PDF Sintético de Gramática. Meu objetivo, 
ao longo desta aula, é simples: ser sintético, relevante e preciso na abordagem do conteúdo 
de Gramática em concursos públicos. Para atingir esse objetivo, utilizarei os meus 15 anos 
de experiência na elaboração obras didáticas preparatórias para processos seletivos e toda 
a minha trajetória acadêmica (Graduação, Mestrado e Doutorado). Espero atender todas 
as suas demandas.
É isso. Feita essa rápida apresentação, podemos iniciar os trabalhos!
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
5 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
PDF SINTÉTICO DE GRAMÁTICAPDF SINTÉTICO DE GRAMÁTICA
1 . ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA1 . ORTOGRAFIA OFICIALcivil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
40 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Para os termos integrantes e acessórios, destaco a distinção entre complemento nominal 
e adjunto adnominal. A identificação dos valores semânticos e da pontuação aplicada aos 
adjuntos adverbiais também é destaque em provas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
41 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Sobre as vozes verbais, a distinção entre voz reflexiva e voz recíproca pode ser importante 
na interpretação de textos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
42 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Para a voz passiva, as bancas exigem a transformação ativapassiva. Também se 
exige a transformação passiva analíticapassiva sintética. Por fim, a diferença entre o 
SE apassivador e o SE índice de indeterminação do sujeito também é bastante avaliada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
43 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Encerramos, de forma sintética, a sintaxe do período simples. Passemos agora à sintaxe 
do período composto.
5 . RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE 5 . RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE 
TERMOS DA ORAÇÃOTERMOS DA ORAÇÃO
Há dois tipos de coordenadas: as sindéticas (com conectivo manifesto) e as assindéticas 
(sem conectivo manifesto). É importante, aqui, lembrar que a coordenação pode ocorrer 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
44 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
dentro de um sintagma, entre sintagmas e entre orações. Em concursos, a coordenação 
entre orações prevalece (e, em especial, prevalecem as coordenadas sindéticas).
As bancas avaliam o seu conhecimento sobre a possibilidade ou não de mudar uma conjunção 
(das orações coordenadas). A expressão típica utilizada pelo examinador é a seguinte: 
“No trecho X é possível, sem prejuízo sintático-semântico, substituir a conjunção y pela 
conjunção z”.
Vejamos as principais orações coordenadas sindéticas (com conectivo):
Sentido Conectivos Exemplo
Aditiva
Denotam soma, acréscimo 
entre o que se apresenta 
nas orações.
e
nem (= e não)
mas (precedido de não só)
bem... como
não só... mas (também)
não só... mas (ainda)
bem... como
não só... como (ainda)
tanto... como
tanto... quanto
O Rafael lê e escreve muito 
bem.
Adversativas
D e n o t a m o p o s i ç ã o , 
contraste, quebra de 
expectativa, compensação, 
restrição, adversidade.
mas
porém
contudo
todavia
entretanto
no entanto
O novo filme do Star Wars 
teve sucesso nas bilheterias, 
mas não agradou os fãs da 
franquia.
Alternativas
Veiculam a ideia de uma 
opcionalidade (escolha) ou 
oposição (dessemelhança) 
entre o que se informa na 
oração 1 e o que se informa 
na oração 2.
ou
ou... ou
quer... quer
já... já
ora... ora
O aluno ora se comportava, 
ora bagunçava.
Conclusivas
Denotam consequência, 
conclusão, ilação (ação de 
inferir).
pois [após o verbo]
portanto
logo
por conseguinte
Ele sempre fo i muito 
mentiroso, por isso ninguém 
acredita nele.
Explicativa
Manifestam a semântica 
de que a oração 2 explica/
justifica o que se afirma na 
oração 1.
pois [antes do verbo]
porque
que
porquanto
Não fume perto de postos 
de combustível, porque é 
perigoso.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
45 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
6 . RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE 6 . RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE 
TERMOS DA ORAÇÃOTERMOS DA ORAÇÃO
Nas subordinadas, as relações entre termos e entre orações é do tipo hierárquica: 
há o termo subordinante e o termo subordinado. Em nível oracional, há três classes de 
subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as adverbiais. Vejamos cada uma delas nas 
tabelas a seguir:
Subordinadas substantivas
Subjetiva
Função de sujeito.
É claro que não tenho medo.
Objetiva direta
Função de objeto direto.
O Matias disse que você chegaria um pouco mais tarde.
Objetiva indireta
Função de objeto indireto.
Lembrou-se de que a classe estava atrasada.
Completiva nominal
Função de complemento nominal.
Tenho a sensação de que me furam os tímpanos.
Predicativa
Função de predicativo.
A conclusão é que a vida e a morte são heterogêneas.
Apositiva
Função de aposto.
Ele descobriu a verdade: que escolhera o pior candidato nas eleições.
Nas subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas e objetivas indiretas, a subordinada 
pode ser substituída pela forma ISSO (ou, se houver preposição, [PREPOSIÇÃO] ISSO).
Subordinadas adjetivas
Adjetiva restritiva
(sem vírgula)
STF pode julgar ação que questiona proibição às piadas na eleição.
Adjetiva explicativa
(com vírgula)
Os professores, que sempre aderem à greve, tiveram o ponto cortado.
Aqui, é importante diferenciar as subordinadas substantivas das subordinadas adjetivas:
Oração subordinada substantiva Oração subordinada adjetiva
Exercem função de substantivo. Exercem função de adjetivo.
A forma “que”, quando presente, é simples 
conector (conjunção integrante), não 
exercendo função sintática.
A forma “que” é pronome relativo (ao (pro)nome a que se 
refere) e exerce função sintática na oração subordinada.
A forma “que” não pode ser substituída por 
formas variantes.
A forma “que”, pronome relativo, pode ser substituída 
por forma equivalente, a qual manifestará os traços de 
gênero e número: o(s) qual(is), a(s) qual(is).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
46 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Subordinadas adverbiais
Condicionais
A subordinada contém uma hipótese ou uma condição 
necessária para que se cumpra a asserção da oração 
principal.
Se o Brasil for campeão da Copa, poderemos 
comemorar o Hexa!
Concessivas
A subordinada exprime uma oposição ao que é dito na 
oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou 
impedir o fato mencionado.
Embora ele corra algum risco, concordo que o 
investimento possa dar retorno.
Conformativas
A subordinada expressa uma noção de acordo, de 
conformidade em relação à asserção da oração principal.
Conforme os ensinamentos do nutricionista, 
não posso comer açúcar branco.
Consecutivas
A subordinada possui um conteúdo que é consequência 
da asserção da oração principal.
Isso é tão salgadoque até dá sede.
Finais
A subordinada exprime a finalidade daquilo afirmado 
pela oração principal.
Todos trabalharam arduamente para que o 
evento desse certo.
Causais
A subordinada exprime uma relação de causa, isto é, 
explicita que o que se diz na oração subordinada é causa 
ou motivo para o que se diz na oração principal.
Já que está calor, vestirei uma roupa mais leve.
Comparativas
A subordinada exerce o papel de segundo membro de 
uma comparação, de um cotejo.
É menos arriscado investir em CDB do que 
investir na Bolsa de Valores.
Proporcionais
A subordinada faz referência a um fato ocorrido ou 
a ocorrer concomitantemente com o fato da oração 
principal.
À medida que treinava, o chute do jogador 
ficava mais potente.
Temporais
A subordinada expressa uma circunstância de tempo.
Quando eu me lembro do acidente, fico ansioso.
Subordinadas adverbiais reduzidas
CAUSAL
de infinitivo De tanto pedir, eu entrara na posse do objeto sonhado.
de gerúndio
Não sendo meu costume dissimular ou escolher nada, contarei 
nesta página o caso do muro.
CONCESSIVA
de infinitivo Sem o querer, associou o trio à imagem das bancas examinadoras.
de gerúndio Mesmo estando doente, saiu para a festa.
de particípio Mesmo afastado do trabalho, insistia em enviar os relatórios.
CONDICIONAL
de infinitivo
Na hipótese de ser feriado no jogo da Copa, o professor cancelou 
a próxima aula.
de gerúndio Responsabilizando qualquer deles, meu pai me esqueceria.
de particípio Executada, esta infâmia não surtiria efeito em mim.
FINAL de infinitivo A sua resposta foi compelir-me fortemente a olhar para baixo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
47 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Subordinadas adverbiais reduzidas
CONSECUTIVA de infinitivo Fazia um frio de tremer os queixos.
TEMPORAL
de infinitivo Ao chegar em casa, foi logo beijar os filhos.
de gerúndio Entrando em casa, foi logo beijar os filhos.
de particípio
Cumprida a tarefa, Rafael foi logo arrumando as coisas para 
partir.
7 . FUNÇÕES DO QUE E DO SE7 . FUNÇÕES DO QUE E DO SE
O tópico “funções do QUE e do SE” é bastante frequente nos conteúdos programáticos 
dos editais das principais bancas. Para o QUE, há 738 questões disponíveis na plataforma 
Gran Questões; para o SE, 662 questões.
Em provas, os enunciados das questões que avaliam o QUE e o SE possuem tipicamente 
estas formulações:
Banca Enunciado da questão sobre o QUE e o SE
CEBRASPE
No último parágrafo do texto, a partícula “se”, em “Fala-se já de bombas eletrônicas”, 
indica que o sujeito da oração é indeterminado.
No segundo parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas” 
(antepenúltimo período) e “que hackers interfiram no sistema” (penúltimo período), 
pertence à mesma classe gramatical.
FGV
Assinale a frase em que o vocábulo SE está corretamente identificado.
Nesse segmento do texto 3 há cinco ocorrências do vocábulo QUE, que se encontram 
sublinhadas. Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que:
VUNESP
Na frase – E se bobear chega a mil facinho! –, a palavra “se” tem o mesmo emprego 
que a destacada em:
Na frase – Não ia fazer nada sozinho, que eu não sou bobo. – o termo QUE se 
classifica como
AOCP
Em relação ao item destacado em “[...] três colegas que se formaram em medicina 
[...]”, assinale a alternativa correta.
A palavra “que” no trecho “[...] bem como o desenvolvimento de uma estrutura 
de risco, que atualmente não existe globalmente.” exerce qual função sintática?
Para cada um dos vocábulos, trabalharei com tabelas. A primeira tabela versará sobre 
o QUE; a segunda, sobre o SE.
QUE
CLASSE FUNÇÃO EXEMPLO
CARACTERÍSTICA 
IDENTIFICADORA
Substantivo
Núcleo de sintagma 
nominal
O quê possui várias funções.
Nomeia o item lexical.
É acentuado e determinado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
48 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
QUE
CLASSE FUNÇÃO EXEMPLO
CARACTERÍSTICA 
IDENTIFICADORA
Pronome 
interrogativo
Sujeito ou predicativo do 
sujeito
Que dizem sobre isso?
O “que” é a coisa interrogada.
É acentuado em final de 
período.
Objeto direto
Que dirá você diante dessa 
pergunta?
Objeto indireto De que trata esse manual?
Pronome 
indefinido
F u n ç ã o i n t e r n a a o 
sintagma nominal.
Que novidades surpreendentes 
você me trouxe!
Equivale a “quanto(s)/
quanta(s)”.
Pronome 
relativo
Exerce função de sintagma 
n o m i n a l d e nt ro d a 
subordinada adjetiva.
O homem é o único animal que 
pensa.
Está vinculado a um termo 
de natureza (pro)nominal, 
podendo ser substituído por 
“o(a)(s) qual(is)”.
Advérbio de 
intensidade
Função adverbial. Que bobo eu fui! Equivale a “quão”.
Preposição 
acidental
Perífrase “ter QUE + 
infinitivo”
Eu tinha que ter estudado mais.
Pode ser subst itu ída 
por outra preposição 
(tipicamente o “de”).
Conjunção
Introduz subordinadas 
substantivas e adverbiais.
Dissemos que o Pedro não valia 
nada.
Não retoma outro termo.
Palavra 
denotativa 
de realce
Sem função sintática. Quem que falou essa mentira? Se retirar, “não faz falta”.
Interjeição Função discursiva. Quê! Você enlouqueceu?
Denota estado emocional 
(o mais comum sendo o de 
espanto, de incredulidade).
Para fins de concurso público, certamente o QUE pronome relativo e o QUE conjunção 
integrante são os mais avaliados.
Passamos agora à morfossintaxe do SE:
SE
Classificação (morfológica e sintática) Exemplo
Substantivo (pode ser pluralizado)
Os diversos usos dos ses devem ser estudados por 
todos os candidatos.
Pronome oblíquo
Índice de indeterminação do sujeito
(com V.L., V.I., V.T.I. na 3ª p.s.)
Precisa-se de bons profissionais de TI.
Apassivador
(com V.T.D., concordando com o 
sujeito paciente)
Vendem-se bons livros no Sebinho.
Reflexivo
(a si mesmo)
Recíproco
(um ao outro)
O mecânico se cortou por não usar EPI.
Cortaram-se um ao outro enquanto brincavam 
com a tesoura.
Parte integrante do verbo Ele se precaveu das dívidas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
49 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
SE
Classificação (morfológica e sintática) Exemplo
Conjunção 
subordinativa
Integrante
(em subordinadas substantivas)
Não sei se é dormindo ou alheado que estou.
Condicional
(indica hipótese)
Se houver adiamento das eleições, será preciso 
pensar em novas estratégias eleitorais.
Causal
(se = “porque”, “visto que”)
Se a alimentação é uma necessidade básica, então 
é necessário incentivar a agricultura.
Temporal
(se = “todas as vezes”)
Se fala, irrita a todos.
Palavra denotativa de realce
(não exerce função sintática e pode ser omitida)
Ele se tremia de raiva após a descoberta da traição.
Em provas, o SE pronome e o SE conjunção são os mais avaliados.
8 . SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE 8 . SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE 
COLOCAÇÃOCOLOCAÇÃO
Vejamos o quantitativo de questões disponíveis na plataforma Gran Questões para 
cada um dos fenômenos sintáticos abordados neste capítulo:
Concordância
Nominal 1.526
Verbal 3.366
Regência
Nominal 1.029
Verbal 3.328
Colocação
Próclise 491
Mesóclise 118
Ênclise 424
Observe o número expressivo de questões sobre concordânciaverbal e sobre regência verbal.
8 .1 . CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL8 .1 . CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
A concordância nominal e a concordância verbal partilham o mesmo princípio: um termo 
x leva um ou mais termos a manifestarem certas propriedades gramaticais, as quais estarão 
de acordo com o que o núcleo determinar. Em “O João e a Ana chegaram”, observamos o 
verbo concordando com o sujeito no plural; em “Os professores renomados”, os termos “Os” 
e “renomados” concordam com o núcleo masculino plural.
Para cada um dos tipos de concordância, elaborarei uma tabela. Na primeira, 
apresento as principais regras de concordância verbal; na segunda, as principais regras de 
concordância nominal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
50 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Concordância verbal
Concordância padrão A flexão verbal manifesta os traços de número e pessoa do sujeito gramatical.
Com verbos impessoais Flexão verbal fica sempre na terceira pessoa do singular.
Regras para sujeito 
s i m p l e s (co m u m 
núcleo) em ordem SVO
Quando o núcleo do sujeito é uma palavra com sentido coletivo, o verbo fica 
no singular.
Quando o sujeito de uma subordinada adjetiva é formado pelo pronome relativo 
“que”, o verbo deve concordar com os traços do referente do pronome relativo.
Nas expressões do tipo [pronome interrogativo/demonstrativo/indefinido no 
plural + de nós/de vós], o verbo concorda com o pronome no plural ou com as 
formas nós/vós.
Em topônimos pluralizados (isto é, em nomes geográficos que ocorrem sempre 
no plural), o plural ocorrerá quando da presença obrigatória do artigo plural 
antes do topônimo.
Quando o sujeito é formado por expressões como “menos de”, “cerca de”, “perto 
de” + NUMERAL, o núcleo verbal concorda com o numeral.
Na voz passiva sintética (aquela formada com o pronome “se” e que ocorre 
sem agente da passiva), o núcleo verbal concorda com os traços do sujeito (seja 
singular, seja plural).
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo sempre fica na terceira 
pessoa (do singular ou do plural).
Regras para sujeito com 
núcleo composto em 
ordem SVO
Quando há mais de uma pessoa 
gramatical (aquelas: 1ª, 2ª e 3ª), deve-
se respeitar a seguinte hierarquia:
− 1ª pessoa tem prioridade em 
relação à 2ª pessoa.
− 2ª pessoa tem prioridade em 
relação à 3ª pessoa.
Quando os núcleos do sujeito composto estiverem ligados pela preposição 
“com”, o núcleo verbal será flexionado no plural.
Quando cada um dos núcleos do sujeito composto estiver acompanhado da 
palavra “cada” ou “nenhum”, o núcleo verbal será flexionado no singular.
Quando os núcleos do sujeito forem formas infinitivas, a flexão ocorre no 
singular.
Quando os núcleos do sujeito composto forem ligados por “nem... nem...”, o 
verbo ocorre preferencialmente no plural.
Se os núcleos do sujeito composto 
forem ligados por “ou”, temos as 
seguintes possibilidades:
− quando o “ou” indica exclusão: 
concordância no singular;
− quando o “ou” indica retificação 
ou sinonímia: concordância com o 
núcleo mais próximo (por atração);
− quando o “ou” indicar adição/
inclusão: concordância no plural.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
51 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
E agora, é claro, as regras de concordância nominal:
Concordância nominal
Concordância padrão
O núcleo do sintagma nominal desencadeia a concordância nos 
demais termos a ele vinculados.
Sujeito simples O predicativo do sujeito concordará com os traços do núcleo.
Sujeito simples com 
expressões partitivas, como 
“a maioria de”
A concordância é dupla: ocorre com a expressão partitiva ou com 
o especificador do termo partitivo.
Quando possuem valor 
adjetivo (e modificam um 
nome, seja por adjunção, seja 
por predicação), as seguintes 
palavras são flexionadas:
Junto Elas viviam juntas no apartamento.
Leso Cometeu crime de lesa-pátria.
Obrigado A Ana ficou obrigada por tantas gentilezas.
Extra Os trabalhos extras serão pagos.
Quite Os comerciantes ficaram quites com a Receita Federal.
Anexo As pastas anexas devem ser utilizadas na auditoria.
Incluso Os custos não estão inclusos.
Mesmo A médica mesma fez o exame.
Bastante Posso citar bastantes exemplos de filmes de terror.
Meio Ela levou meia hora para chegar.
Não são flexionadas as 
seguintes palavras (quando 
em função de advérbios):
Bastante Almoçamos bastante ontem.
Meio Elas estavam meio cansadas.
Junto A cantina fica junto da quadra de esportes.
Caro Comprou caro aquele carro usado.
8 .2 . REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL8 .2 . REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
O fenômeno de regência está relacionado à seleção de complementos nas classes 
nominais e verbais. A presença (ou não) de preposição – e as diferenças de sentido para cada 
preposição selecionada, quando há múltiplas regências – é o foco em provas de concurso. 
Outro foco em provas é identificar o termo regente da preposição. O preenchimento de 
lacunas com as preposições adequadas (regência correta) também é comum.
Na primeira parte dessa seção, veremos as regências dos verbos mais recorrentes em 
concursos. Faremos isso por meio de esquemas. Na sequência, veremos uma lista ilustrativa 
(apresentada em tabela) com as principais regências nominais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
52 de 142gran.com.br
Regência verbal (parte 1)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
53 de 142gran.com.br
Regência verbal (parte 2)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
54 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Exemplos de regência nominal
Abuso de, contra
Acatado de, por, em
Acessível a
Acostumado a, com
Adesão a
Aflito com, por
Alheio a, de
Alusão a
Análogo a
Ansioso de, para, por
Assíduo a, em
Atenção a, para
Atencioso com, para
Atento a, em
Aversão a, por
Ávido de, por
Benéfico a
Benefício a
Bom para
Capaz de, para
Certeza de
Coerente com
Compatível com
Cuidadoso com
Compaixão de, para com, por
Compatível com
Concordância a, com, de, entre
Conforme a, com
Constituído com, de, por
Constante de, em
Desfavorável a
Desgostoso com, de
Desleal a
Desprezo a, de, por
Desrespeito a
Devoção a, por, para, com
Devoto a, de
Diferente de
Dificuldade com, de, em, para
Discordância com, de, sobre
Disposição para
Dúvida sobre, em, acerca de
Dúvida em, sobre, acerca de
Empenho de, em, por
Escasso de
Estranho a
Essencial para
Facilidade de, em, para
Falho de, em
Farto de
Favorável a
Fiel a
Grato a
Hábil em
Habituado a
Hostil a, contra, para com
Imbuído de, em
Impossibilidade de, em
Impotente para, contra
Impróprio para
Imune a, de
Inábil para
Invasão de
Junto a, de
Maior de
Medo de, a
Necessário a
Necessidadede
Nocivo a
Ódio a, contra
Posterior a
Preferência a, por
Propenso a, para
Propício a
Próprio de, para
Próximo a, de
Receio de
Relacionado com
Respeito a, com, de, por, para
Vazio de
Versado em
Visível a
8.3. COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE8.3. COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE
Para o fenômeno de colocação pronominal (dos pronomes oblíquos), importa conhecer 
os fatores que levam a uma determinada colocação (antes, “entre” ou após o núcleo verbal). 
É exatamente isso o que a tabela a seguir sintetiza:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
55 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Fatores que levam à 
colocação
Exemplo
Próclise
(antes do verbo)
Palavra negativa
Nunca se esqueça de colocar a máscara para 
ir ao comércio.
Advérbio ou expletivo
Agora se negam a apresentar os comprovantes 
de depósito.
Conjunções subordinativas
Disseram que me enviariam a encomenda 
até hoje.
Pronome relativo
O policial chamou a equipe que se destinava 
às operações táticas.
Pronome interrogativo
Quem me perguntou sobre você não sabia 
de sua viagem.
Substantivos indefinidos Poucos me perguntaram sobre o incidente.
Ambos Ambos me disseram que eu seria enganado.
Mesóclise
(entre verbo e 
desinência)
Verbo no futuro do presente do 
indicativo (sem palavra atrativa)
Ver-nos-emos amanhã.
Verbo no futuro do pretérito do 
indicativo (sem palavra atrativa)
Ver-nos-íamos com mais frequência se você 
não viajasse tanto.
Ênclise
(após o verbo)
Início de período (sem palavra 
atrativa ou verbo no futuro do 
indicativo).
Vejo-me concursado daqui a cinco anos.
Quando há pausa antes do verbo 
(sem palavra atrativa).
Após a discussão, iniciou-se a votação.
Será facultativa a colocação que não estiver enquadrada em alguma das regras 
apresentadas no quadro anterior.
Quando há estrutura verbal composta, as seguintes regras se impõem:
Estrutura Colocações possíveis
AUXILIAR + 
INFINITIVO
ou
AUXILIAR + 
GERÚNDIO
Proclítico ao auxiliar
Enclítico ao auxiliar (com 
ou sem hífen)
Enclítico ao verbo 
principal
Eu lhe quero falar.
Eu quero-lhe falar.
ou
Eu quero lhe falar.
Eu quero falar-lhe
AUXILIAR + 
PARTICÍPIO
Proclítico ao auxiliar Enclítico ao auxiliar
ÊNCLISE É PROIBIDA 
COM PARTICÍPIOEu lhe tenho falado.
Eu tenho-lhe falado.
ou
Eu tenho lhe falado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
56 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
9 . EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE9 . EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
A crase é um fenômeno de natureza fonológica que descreve a junção de sons vocálicos 
semelhantes. Em gramática, descreve a junção de preposição e artigo ou de preposição e 
pronome demonstrativo iniciado por a (aquele(a)(s)). Na escrita, o fenômeno gramatical 
de crase é indicado pelo sinal grave [`].
Em concursos, avaliam-se os casos em que o emprego do sinal indicativo de crase 
(a o próprio fenômeno de crase) é obrigatório, proibido ou facultativo. Como estamos 
trabalhando a síntese dos conteúdos, minha exposição será feita por recursos gráficos. 
Confira os esquemas a seguir.
Casos obrigatórios de crase
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
57 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Casos proibitivos de crase (parte 1)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
58 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Casos proibitivos de crase (parte 2)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
59 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Casos facultativos de crase
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
60 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
10 . EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO10 . EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
Em concursos, os sinais de pontuação mais avaliados são a vírgula, o ponto e vírgula, os 
dois-pontos, os parênteses, o travessão e as aspas. Os sinais de ponto, ponto de interrogação, 
ponto de exclamação e reticências são pouco avaliados.
Em termos de abordagem, há dois eixos: o da reescrita e o da correção gramatical. Na 
reescrita, sugere-se a substituição, com as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, de 
vírgula por ponto e vírgula, de vírgula por ponto, de vírgulas por parênteses ou travessões, de 
parênteses por travessão etc. Na análise da correção gramatical, exige-se o seu conhecimento 
sobre o emprego (in)correto de determinada pontuação. Por fim, uma abordagem mais 
discursiva avalia os sentidos e as funções comunicativas de certas pontuações, como as aspas.
Os pontos mais importantes no emprego dos sinais de pontuação são apresentados 
na tabela a seguir:
Sinal de pontuação Emprego
Vírgula,
NÃO se aplica a vírgula nos seguintes casos (sem inversões sintáticas):
separando o sujeito não oracional de seu predicado;
separando o verbo de seus complementos;
separando o núcleo substantivo de seus adjuntos ou complementos;
separando o agente da passiva de seu núcleo verbal;
separado o predicativo do termo predicado;
separando orações coordenadas sindéticas aditivas ligadas por “e” 
ou “nem”.
EMPREGA-SE obrigatoriamente a vírgula para isolar, no período 
simples:
aposto;
vocativo;
expressões exemplificativas, retificativas, explicativas etc.;
termos coordenados em uma enumeração;
termos repetidos;
termos deslocados da ordem canônica.
No período composto, EMPREGA-SE a vírgula para:
marcar a elipse de um verbo;
separar orações coordenadas assindéticas;
− separar orações coordenadas sindéticas adversativas, alternativas, 
conclusivas e explicativas;
− separara orações subordinadas adjetivas explicativas;
− separar orações subordinadas substantivas deslocadas;
− separar orações subordinadas adverbiais, especialmente quando 
ocorrem em início de período, antes da oração principal;
− isolar oração interferente.
Ponto e vírgula;
É utilizado:
em enumerações, para distinguir frases ou sintagmas de mesma 
função sintática;
na separação entre orações coordenadas não unidas por conjunção 
coordenativa; e
para indicar suspensão maior que a da vírgula (e menor que a do 
ponto) no interior de uma oração.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratoresà responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
61 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Sinal de pontuação Emprego
Dois-pontos:
Esse sinal precede uma fala direta, uma citação, uma enumeração, 
um esclarecimento ou uma síntese do que foi dito antes.
Parênteses ( )
Travessões – –
Indicam um isolamento sintático e semântico mais completo dentro 
do enunciado.
Informacionalmente, trazem conteúdos correlacionados (adicionais) 
ou um comentário do enunciador.
Travessão simples –
Adotado amplamente em textos narrativos e dialogais, nos quais é 
preciso indicar a fala de um personagem/enunciador.
Aspas “”
Pode:
delimitar citação textual;
identificar títulos de obras, textos, capítulos etc.;
identificar palavras estrangeiras;
indicar a perspectiva subjetiva/analítica do enunciador, expressando 
ironia, descrença, malícia ou imprecisão (lexical).
Para finalizar o nosso curso sintético de gramática, vamos conhecer o enunciado das 
questões sobre crase e pontuação (principais bancas):
Banca Enunciado da questão sobre crase e pontuação
FCC
Os verbos e o sinal indicativo de crase estão empregados corretamente na seguinte 
frase, redigida a partir do texto:
É plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
FGV
Assinale a frase em que a utilização do acento grave indicativo da crase é realizada de 
forma errada.
“Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, 
ambientes urbanos físicos, sociais e econômicos, tendo como protagonista a biologia 
dos seus habitantes.”
Uma proposta de reescritura da passagem do texto destacada acima na qual NÃO se 
verifica erro relativo ao emprego dos sinais de pontuação é:
CEBRASPE
No trecho “correspondem a novas ansiedades emergentes” (final do segundo parágrafo), 
seria gramaticalmente correta a inserção do acento indicativo de crase no vocábulo “a”, 
haja vista a regência do verbo corresponder e a flexão da palavra “novas” no feminino.
No trecho “Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?)”, os 
parênteses, que poderiam ser substituídos por travessões, foram empregados para 
isolar uma digressão feita pelo autor do texto.
IDECAN
As orações abaixo foram construídas a partir do texto precedente. Assinale entre elas 
a única em que o uso do sinal indicativo da crase é utilizado com correção.
Considere o seguinte excerto do texto:
“O major era aparentado com Cecília, a moça dos olhos azuis”.
Assinale a alternativa que contém a pontuação de razão equivalente ao trecho acima.
Finalizamos aqui o nosso curso sintético de Gramática. Espero ter contribuído em sua 
preparação.
Agora é hora de resolver as questões.
Abraços!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
62 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA
001. 001. (CEBRASPE/PROCURADOR/PGM/2019)
1 | A jurisdição constitucional na contemporaneidade
apresenta-se como uma consequência praticamente natural do
Estado de direito. É ela que garante que a Constituição ganhará
4 | efetividade e que seu projeto não será cotidianamente rasurado
por medidas de exceção desenhadas atabalhoadamente. Mais
do que isso, a jurisdição é a garantia do projeto constitucional,
7 | quando os outros poderes buscam redefinir os rumos durante
a caminhada.
Nesses termos, a jurisdição constitucional também se
10 | apresenta como medida democrática. Por meio dela, as bases
que estruturaram democraticamente o Estado são conservadas,
impedindo que o calor dos fatos mude a interpretação
13 | constitucional ou procure fugir de sua incidência sempre que
os acontecimentos alegarem certa urgência.
Ademais, é a garantia hodierna de que os ventos da
16 | mudança não farão despencar os edifícios que sustentam as
bases constitucionais, independentemente das maiorias
momentâneas e dos clamores populares.
(Emerson Ademir Borges de Oliveira. Jurisdição constitucional: entre a guardada Constituição e o ati-
vismo judicial. Revista Jurídica da Presidência, Brasília, DF, v. 20, n. 121p. 468-494, jun./set. 2018. Com 
adaptações)
Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (l.4), 
pois aquela forma foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.
002. 002. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
Texto 14A15AAA
1 | A natureza jamais vai deixar de nos surpreender.
As teorias científicas de hoje, das quais somos justamente
orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por
4 | futuras gerações de cientistas. Nossos modelos de hoje
certamente serão pobres aproximações para os modelos do
futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro seria
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
63 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
7 | impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido
impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton.
Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão
10 | sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais
corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de
perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e
13 | imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim
como nossos antepassados, estaremos sempre buscando
compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem fim,
16 | compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre
o mundo a nossa volta.
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa
19 | aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge a
cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias
atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias
22 | daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do
conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual.
Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos
25 | todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o
Universo. É a persistência do mistério que nos inspira a criar.
(GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Big-Bang. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2006. p. 384-5. Com adaptações)
Feito o devido ajuste de inicial maiúscula, a locução “É… que”, por ser puramente de realce 
nesse caso, poderia ser suprimida do trecho “É a persistência do mistério que nos inspira 
a criar” (l.26), sem comprometer a clareza nem a correção gramatical do texto.
003. 003. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
1 | Popularmente conhecidos como seios aéreos faciais,
os seios paranasais começam a se desenvolver precocemente na
vida fetal. As funções desses seios não são totalmente
4 | compreendidas, mas a grande maioria da literatura anatômica
sugere que eles aliviam o crânio e adicionam ressonância à voz.
Entre os principais seios do crânio humano
7 | destacam-se os seios maxilar, frontal, esfenoidal e etmoidal.
Um considerável interesse na identificação forense de
indivíduos tem-se voltado para o estudo do seio frontal.
10 | O estudo comparativo de imagens do seio frontal tem valor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
64 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
significativo para o estabelecimento da identificaçãodo
indivíduo sob exame.
13 | Como as impressões digitais, os padrões dos seios
frontais são únicos para uma pessoa. A identificação
comparativa de radiografias do seio frontal é muito segura
16 | porque não há duas pessoas com a mesma configuração de seio
frontal. Além das radiografias de projeção tradicional normal,
a tomografia computadorizada do seio frontal também tem sido
19 | usada para essa identificação.
À semelhança do que ocorre com a identificação de
indivíduos por meio de suas impressões digitais, a identificação
22 | a partir do estudo dos seios frontais pode inviabilizar-se em
algumas situações. Há casos, por exemplo, de indivíduos
adultos em que essas cavidades não se formam. Além disso, os
25 | seios frontais podem ser afetados por traumas e por patologias
agudas ou crônicas, como inflamações, displasias endócrinas
e osteíte.
(Z. Nateghian et al. Frontal sinus pattern and evaluation of rightand left frontal sinus volume according to 
gender, using multidetector CT scan. Journal of Forensic Science & Criminology, [s.l.], v. 4, n. 4, ISSN: 2348-
9804 (tradução livre, com adaptações)
A correção gramatical do texto precedente, assim como sua coerência e sua coesão, seriam 
preservadas se o terceiro e o quarto parágrafos fossem fundidos em um único parágrafo 
mediante a introdução, entre eles, da conjunção “Contudo” ou da conjunção “Todavia”, feitas 
as devidas alterações na pontuação e nas letras maiúsculas e minúsculas.
004. 004. (CEBRASPE/DIPLOMATA/INSTITUTORIOBRANCO/2018)
Texto XII
1 | Impugnada a todo instante pela escravidão a ideologia
liberal, que era a das jovens nações emancipadas da América,
descarrilava. Seria fácil deduzir o sistema de seus
4 | contrassensos, todos verdadeiros, muitos dos quais agitaram a consciência teórica e 
moral de nosso século XIX. Já vimos
uma coleção deles. No entanto, estas dificuldades
7 | permaneciam curiosamente inessenciais. O teste da realidade
não parecia importante. É como se coerência e generalidade
não pesassem muito, ou como se a esfera da cultura ocupasse
10 | uma posição alterada, cujos critérios fossem outros — mas
outros em relação a quê? Por sua mera presença, a escravidão
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
65 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
indicava a impropriedade das ideias liberais; o que, entretanto,
13 | é menos que orientar-lhes o movimento. Sendo embora a
relação produtiva fundamental, a escravidão não era o nexo
efetivo da vida ideológica. A chave desta era diversa. Para
16 | descrevê-la é preciso retomar o país como todo.
Esquematizando, pode-se dizer que a colonização produziu,
com base no monopólio da terra, três classes de população: o
19 | latifundiário, o escravo e o “homem livre”, na verdade
dependente. Entre os primeiros dois a relação é clara, é a
multidão dos terceiros que nos interessa. Nem proprietários
22 | nem proletários, seu acesso à vida e a seus bens depende
materialmente do favor, indireto ou direto de um grande. O
agregado é a sua caricatura. O favor é, portanto, o mecanismo
25 | através do qual se reproduz uma das grandes classes da
sociedade, envolvendo também outra, a dos que têm. Note-se
ainda que entre estas duas classes é que irá acontecer a vida
28 | ideológica, regida, em consequência, por este mesmo
mecanismo. Assim, com mil formas e nomes, o favor
atravessou e afetou no conjunto a existência nacional,
31 | ressalvada sempre a relação produtiva de base, esta assegurada
pela força. Esteve presente por toda parte, combinando-se às
mais variadas atividades, mais e menos afins dele, como
34 | administração, política, indústria, comércio, vida urbana, Corte
etc. Mesmo profissões liberais, como a medicina, ou
qualificações operárias, como a tipografia, que, na acepção
37 | europeia, não deviam nada a ninguém, entre nós eram
governadas por ele. E assim como o profissional dependia do
favor para o exercício de sua profissão, o pequeno proprietário
40 | depende dele para a segurança de sua propriedade, e o
funcionário para o seu posto. O favor é a nossa mediação
quase universal — e, sendo mais simpático do que o nexo
43 | escravista, a outra relação que a colônia nos legara, é
compreensível que os escritores tenham baseado nele a sua
interpretação do Brasil, involuntariamente disfarçando a
46 | violência, que sempre reinou na esfera da produção.
(SCHWARZ, Roberto. As ideias fora do lugar. In: Ao vencedor as batatas. São Paulo: Duas Cidades, 1992. 
Com adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
66 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Segundo preconiza o Novo Acordo Ortográfico, o vocábulo “contrassensos” (l.4) é grafado 
conforme as mesmas regras que antissocial.
005. 005. (CEBRASPE/PC/PCGO/2016)
Texto CB1A1AAA
1 | Na Idade Média, durante o período feudal, o príncipe
era detentor de um poder conhecido como jus politiae —
direito de polícia —, que designava tudo o que era necessário
4 | à boa ordem da sociedade civil sob a autoridade do Estado, em
contraposição à boa ordem moral e religiosa, de competência
exclusiva da autoridade eclesiástica.
7 | Atualmente, no Brasil, por meio da Constituição
Federal de 1988, das leis e de outros atos normativos,
é conferida aos cidadãos uma série de direitos, entre os quais
10 | os direitos à liberdade e à propriedade, cujo exercício deve ser
compatível com o bem-estar social e com as normas de direito
público. Para tanto, essas normas especificam limitações
13 | administrativas à liberdade e à propriedade, de modo que, a
cada restrição de direito individual — expressa ou implícita na
norma legal —, corresponde equivalente poder de polícia
16 | administrativa à administração pública, para torná-la efetiva e
fazê-la obedecida por todos.
(Internet: www.ambito-juridico.com.br. Com adaptações)
O sentido original do texto seria preservado e as normas da ortografia oficial da língua 
portuguesa seriam respeitadas caso se substituísse o trecho “é conferida aos cidadãos 
uma série de direitos” (l.9) por “aos cidadões confere-se muitos direitos”.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
006. 006. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018/ADAPTADA)
Texto 6A4AAA
1 | Todo escritor convive com um terror permanente: o do
erro de revisão. O revisor é a pessoa mais importante na vida
de quem escreve. Ele tem o poder de vida ou de morte
4 | profissional sobre o autor. A inclusão ou a omissão de uma
letra ou de uma vírgula no que sai impresso pode decidir se o
autor vai ser entendido ou não, admirado ou ridicularizado,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
67 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
7 | consagrado ou processado. Todo texto tem, na verdade, dois
autores: quem o escreveu e quem o revisou. Toda vez que
manda um texto para ser publicado, o autor se coloca nas mãos
10 | do revisor, esperando que seu parceiro não falhe.
Pode-se imaginar o que uma conspiração organizada,
internacional, de revisores significaria para a nossa
13 | civilização. Os revisores só não dominam o mundo porque
ainda não se deram conta do poder que têm. Eles
desestabilizariam qualquer regimecom acentos indevidos e
16 | pontuações maliciosas, além de decretos oficiais ininteligíveis.
Grandes jornais seriam levados à falência por difamações
involuntárias, exércitos inteiros seriam imobilizados por
19 | manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de
estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas
e fórmulas de química incompletas. E os efeitos de uma
22 | revisão subversiva na instrução médica são terríveis demais
para contemplar.
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Cuidado com os revisores. VIP Exame, mar. 1995, p. 36-7. Com adaptações)
A palavra “desencaminhadas” (l.20) é formada por derivação parassintética.
007. 007. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/FUB/2018)
1 | O ensino superior no Brasil é oferecido por
universidades, centros universitários, faculdades, institutos
superiores e centros de educação tecnológica. O cidadão pode
4 | optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura
e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação
são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs)
7 | e strictu sensu (mestrados e doutorados).
Além da forma presencial, em que o aluno deve
ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações,
10 | ainda é possível formar-se por meio do ensino a distância.
Nessa modalidade, não é necessária a presença do aluno
dentro de sala de aula, e ele recebe livros e apostilas e conta
13 | com a ajuda da Internet. Há também cursos semipresenciais,
com aulas em sala e também a distância.
A Secretaria de Regulação e Supervisão
16 | da Educação Superior, órgão do Ministério da Educação,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
68 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
é a unidade responsável por afiançar que a legislação
educacional seja cumprida para garantir a qualidade
19 | dos cursos superiores do país.
Para medir a qualidade dos cursos de graduação
no país, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
22 | Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da
Educação utilizam o índice geral de cursos (IGC), divulgado
uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados
25 | do ENADE. A base de cálculo do IGC é uma média
dos conceitos dos cursos de graduação de uma instituição,
ponderada a partir do número de matrículas mais as notas
28 | de pós-graduação de cada instituição de ensino superior.
(Internet: www.brasil.gov.br. Com adaptações)
A forma verbal “Há” (l.13) poderia ser substituída por “Existe”, sem prejuízo para a correção 
gramatical do texto, já que ambas são sinônimas.
008. 008. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018) As palavras “conspiração”, “sutilmente” e “terríveis” 
são formadas pelo processo morfológico de formação de palavras denominado sufixação.
009. 009. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEE-DF/2017) As palavras “pedagogicamente”, “fortemente” e 
“historicamente” são formadas por derivação sufixal e apresentam dois acentos tônicos: o 
principal herdado das palavras primitivas e o secundário, introduzido pelo sufixo “-mente”.
010. 010. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEE-DF/2017) Dois processos morfológicos atuam na formação 
do advérbio “infelizmente”. Dadas as propriedades dos afixos presentes, verifica-se uma 
ambiguidade estrutural referente à ordem de ocorrência desses processos: pode-se 
primeiramente adicionar o prefixo in- ao adjetivo feliz, e, depois o sufixo -mente, ou, ao 
contrário, pode-se adicionar primeiro o sufixo e, depois, o prefixo.
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
011. 011. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
1 | O nome é o nosso rosto na multidão de palavras.
Delineia os traços da imagem que fazem de nós, embora
não do que somos (no íntimo). Alguns escondem seus
4 | donos, outros lhes põem nos olhos um azul que não
possuem. Raramente coincidem, nome e pessoa. Também
há rostos quase idênticos, e os nomes de quem os leva
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
69 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
7 | (pela vida afora) são completamente díspares, nenhuma
letra se igualando a outra.
O do autor deste texto é um nome simples,
10 | apostólico, advindo do avô. No entanto, o sobrenome, pelo
qual passou a ser reconhecido, é incomum. Sonoro,
hispânico. Com uma combinação incomum de nome e
13 | sobrenome, difícil seria encontrar um homônimo. Mas eis
que um surgiu, quando ele andava pelos vinte anos. E
continua, ao seu lado, até agora — sombra amiga.
16 | Impossível não existir aqui ou ali alguma confusão
entre eles, um episódio obscuro que, logo, viria às claras
com a real justificativa: esse não sou eu. Houve o caso da
19 | mulher que telefonou para ele, esmagando-o com
impropérios por uma crítica feita no jornal pelo outro,
sobre um célebre arquiteto, de quem ela era secretária.
(João Anzanello Carrascoza. Homônimo. In: Diário das Coincidências. Ed. digital. São Paulo: Objetiva, p. 52. 
Com adaptações)
O vocábulo “um” (l.14) refere-se a um indivíduo cujo nome é idêntico ao do autor do texto.
012. 012. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
1 | A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de
preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos
animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e
4 | vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas
vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser
poucas as pessoas que acordam se sentindo primatas,
7 | mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.
A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de
10 | afastar as trevas noturnas de todo hábitat humano. Luz soa
para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se
observar do espaço o mapa das desigualdades econômicas
13 | mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A
parcela ocidental do hemisfério norte é, de longe, a mais
iluminada.
16 | Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo
ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o
excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
70 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
19 | dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de
melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília
Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil
22 | quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para
mim mesmo a pergunta que me faço desde que me
conheço por gente: quem é o responsável por acender as
25 | luzes da cidade? O mais plausível é imaginar que essa
tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados pelos
bairros. Mas e antes dos sensores, como é que se fazia?
28 | Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da
luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se
31 | iluminava.
Não consigo pensar em um cargo público mais
empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se
34 | existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter
se transferido para o mundo das trevas eternas.
(MORAES, Reinaldo. Luz! Mais luz. Internet: www.nexojornal.com.br. Com adaptações)
A substituição da locução “a cidade toda” (l.30) por “toda cidade” preservaria os sentidos 
e a correção gramatical do período.
013. 013. (CEBRASPE/NÍVELSUPERIOR/FUB/2018)1 | Na farmácia, presencio uma cena curiosa, mas
não rara: balconista e cliente tentam, inutilmente, decifrar
o nome de um medicamento na receita médica. Depois
4 | de várias hipóteses, acabam desistindo. O resignado senhor
que porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico
e voltar mais tarde. “Letra de doutor”, suspira o balconista,
7 | com compreensível resignação. Letra de médico já se
tornou sinônimo de hieróglifo.
Exercício de caligrafia saiu de moda, mas todos
10 | os alunos sabem que devem escrever de modo legível
para conquistar a boa vontade dos professores. A letra dos
médicos, portanto, é produto de uma evolução, de uma
13 | transformação. Mas que fatores estariam em jogo atrás delas?
Que eu saiba, o assunto ainda não foi objeto de
uma tese de doutorado, mas podemos tentar algumas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
71 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
16 | explicações. A primeira, mais óbvia (e mais ressentida),
atribui os garranchos médicos a um mecanismo de poder.
Doutor não precisa se fazer entender: são os outros,
19 | os seres humanos comuns, que têm de se familiarizar com
a caligrafia médica.
Pode ser isso, mas acho que não é só isso. Há outros
22 | componentes: a urgência, por exemplo. Um doutor que
atende dezenas de pacientes num movimentado ambulatório
de hospital não pode mesmo caprichar na letra. Receita
25 | é uma coisa que ele deve fornecer — nenhum paciente
se considerará acolhido se não levar uma receita. A receita
satisfaz a voracidade de nossa cultura pelo remédio, e está
28 | envolta numa aura mística: é como se o doutor, por meio dela,
acompanhasse o paciente. Mágica ou não, a receita é,
muitas vezes, fornecida às pressas; daí a ilegibilidade.
31 | Há um terceiro aspecto, mais obscuro e delicado.
É a relação ambivalente do médico com aquilo que ele
receita — a sua dúvida quanto à eficácia dos medicamentos.
34 | Os velhos doutores sabem que a luta contra uma doença não
se apoia em certezas, mas sim em tentativas: na medicina,
“sempre” e “nunca” são palavras proibidas. Daí a dúvida,
37 | daí a ansiedade da dúvida, da qual o doutor se livra pela
escrita rápida. E pouco legível.
(SCLIAR, Moacyr. Letra de médico. In: A face oculta. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2001, p. 23-5. Com 
adaptações)
Infere-se do texto que, pelo emprego do adjetivo “compreensível” (l.7), o narrador transmite sua 
opinião, o que se confirma pela ponderação exposta no último período do primeiro parágrafo.
014. 014. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
Texto 14A15AAA
1 | A natureza jamais vai deixar de nos surpreender.
As teorias científicas de hoje, das quais somos justamente
orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por
4 | futuras gerações de cientistas. Nossos modelos de hoje
certamente serão pobres aproximações para os modelos do
futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro seria
7 | impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
72 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton.
Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão
10 | sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais
corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de
perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e
13 | imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim
como nossos antepassados, estaremos sempre buscando
compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem fim,
16 | compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre
o mundo a nossa volta.
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa
19 | aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge a
cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias
atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias
22 | daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do
conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual.
Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos
25 | todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o
Universo. É a persistência do mistério que nos inspira a criar.
(GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Big-Bang. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2006. p. 384-5. Com adaptações)
A substituição do termo “do futuro”, em “modelos do futuro” (l.5 e 6), pelo adjetivo “futuristas” 
manteria os sentidos originais do texto.
015. 015. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
Texto XI
1 | Até meados do século XIX, a classe que trafica
adquire bens para convertê-los em lucro e benefício. Daí em
diante, ela será outra. Um traço para distinguir as duas fases já
4 | foi lembrado: o despertar do entorpecimento que lhe causava
a predominância social da classe proprietária, por sua vez, na
cúpula, recoberta pelo estamento dos que mandam, governam
7 | e dirigem a política. Mas que não haja equívoco: o arrastar na
sombra denunciava-lhe prestígio negativo, oriundo da
composição de estrangeiros entre seus membros e do tipo de
10 | negócios a que se dedicava, sobretudo no comércio negreiro.
Não que vivesse alheia à importância econômica ou à
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
73 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
eficiência no trato do sistema. Era ela a categoria dinâmica da
13 | economia, a que lhe dava impulso à energia, financiando a
produção, com o fornecimento de crédito e escravos.
Sobretudo, armava o elo que ligava o café ao comércio
16 | mundial, polo diretor, em última instância, da economia
nacional, dependente de flutuação de centros de decisões fora
do país. De outro lado, comunicava às cidades e ao campo a
19 | modernização, de nível europeu, de mercadorias, e, por via
delas, de costumes, modas e hábitos de consumo. Estava na
sombra, mas não lhe faltava atividade, vibração nervosa e
22 | energia. Por via desse subterrâneo pulsar, ligava-se ao estrato
dirigente, o estamento, com repulsa e, não raro, em oposição
de estilos de vida, mas em íntima compreensão, além da zona
25 | dos salões e dos palácios, aos interesses materiais. Assim é
que, antes de 1850, a arquitetura política, caracterizada no
centralismo, servia mais ao grupo dos negociantes,
28 | comissários, traficantes de escravos, importadores e
exportadores, do que aos isolados produtores e fazendeiros.
Servia-a, também, a estabilidade monetária, quebrada de
31 | maneira grave com a agitação de fazendeiros e especuladores
industriais no fim do império. Houve um momento em que ela
— a classe lucrativa — se emancipou, passou a viver de seu
34 | próprio impulso, sem se disfarçar ou mascarar-se em traços
secundários de outra classe, detentora de maior expressão
social, ou do estrato monopolizador do prestígio político. Sobe
37 | uma classe e dentro dela elevam-se muitos aspirantes a essa
camada. Individualmente, é o momento da crise — o homem
escolhe o seu caminho, desdenhando o curso batido e
40 | frequentado. Socialmente, toda uma camada quer os bens da
vida, materiais e ideais, sem arrimos ou auxílios, agora vistos
como ilegítimos. O empresário faz-se na cidade, conquista43 | títulos de nobreza e cadeiras no parlamento. Foi neste
momento que a surpreendeu Machado de Assis, mal inclinado
a ela por força de seu preconceito, nutrido de tradição. No seu
46 | sarcasmo, ferindo-a de zombarias e riso, ele vê um mundo que
cresce a sua frente, transformando a sociedade — ele tudo vê,
com escândalo, repugnância e indignação. O dinheiro,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
74 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
49 | avassalando os negócios, invade as consciências,
infundindo torpeza em toda parte, na queda de escrúpulos,
virtudes e valores.
(FAORO, Raymundo. Lucro e negócios — classe lucrativa. In: Machado de Assis — a pirâmide e o trapézio. 
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974. p. 226. Com adaptações)
No trecho “toda uma camada quer os bens da vida” (l.40 e 41), o artigo indefinido foi 
empregado como item de realce, razão por que sua eliminação não prejudicaria a correção 
gramatical nem o sentido original do texto.
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO
016. 016. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEDUC-AL/2018)
1 | Deixei-o nessa reticência, e fui descalçar as botas, que
estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e
deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás
4 | deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então
considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas
da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as
7 | descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os
depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e
de Epicuro. […] Daqui inferi eu que a vida é o mais engenhoso
10 | dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar
a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles
aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que
13 | toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra Completa, v. 1, p. 555-6.
Dados os sentidos do texto, subentende-se que o agente da forma verbal “Mortifica” (l.7) 
é “botas” (l.5).
017. 017. (CEBRASPE/TÉCNICO/STJ/2018)
10 | Autores importantes do campo
da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram
intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX,
13 | e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a
perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,
eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de
16 | situações de justiça social e têm hipóteses concretas para
se chegar a esse estado de coisas.
O sujeito da forma verbal “têm” (l.16) está elíptico e retoma “cada um desses autores” (l.14).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
75 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
018. 018. (CEBRASPE/AUDITOR/SERFAZ-RS/2018)
26 | Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos,
que atingem o fluxo econômico, por tributos que incidam
28 | sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior
desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,
produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 27 do texto é corretamente classificado 
como simples.
019. 019. (CEBRASPE/ANALISTA/PGE-PE/2019)
1 | A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de
um movimento do espírito que de um juízo fundado em
argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há
4 | período histórico que não tenha sido julgado, de uma parte ou
de outra, como um período em crise. Ouvi falar de crise em
todas as fases da minha vida: depois da Primeira Guerra
7 | Mundial, durante o fascismo e o nazismo, durante a Segunda
Guerra Mundial, no pós-guerra, bem como naqueles que foram
chamados de anos de chumbo. Sempre duvidei que o conceito
10 | de crise tivesse qualquer utilidade para definir uma sociedade
ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de
13 | difamar ou condenar o passado para absolver o presente, nem
de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.
Desejo apenas ajudar a que se compreenda que todo juízo
16 | excessivamente resoluto nesse campo corre o risco de parecer
leviano. Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras
menos. Mas é difícil dizer se a maior turbulência depende de
19 | uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios
fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais,
políticas, culturais ou até mesmo biológicas.
(BOBBIO, Norberto. Elogio da serenidade e outros escritos morais. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: 
Editora UNESP, 2002, p. 160-1. Com adaptações)
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (l.18) funciona como complemento desse termo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
76 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
020. 020. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos
que quase tudo que vemos existe em razão de atividades do
10 | trabalho humano. Os processos de produção dos objetos
que nos cercam movimentam relações diversas entre os
indivíduos, assim como a organização do trabalho
13 | alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da
história.
(MELLO, Thiago de. Trabalho. Internet: educacao.globo.com. Com adaptações)
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações 
diversas entre os indivíduos” (l.10 a 12), o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos 
de produção dos objetos”.
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E TERMOS DA ORAÇÃO
021. 021. (CEBRASPE/DIPLOMATA/INSTITUTORIOBRANCO/2018)
Texto VII
1 | Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois
princípios que se combatem e regulam diversamente as
atividades dos homens. Esses dois princípios encarnam-se nos
4 | tipos do aventureiro e do trabalhador. Já nas sociedades
rudimentares manifestam-se eles, segundo sua predominância,
na distinção fundamental entre os povos caçadores ou coletores
7 | e os povos lavradores […] Existe uma ética do trabalho, como
existe uma ética da aventura. Assim, o indivíduo do tipo
trabalhador só atribuirá valor moral positivo às ações que sente
10 | ânimo de praticar e, inversamente, terá por imorais e
detestáveis as qualidades próprias do aventureiro — audácia,
imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade,
13 | vagabundagem — tudo, enfim, quanto se relacione com a
concepção espaçosa do mundo, característica desse tipo. Por
outro lado, as energias e esforços que se dirigem a uma
16 | recompensa imediata são enaltecidos pelos aventureiros; tanto
as energias que visam à estabilidade, à paz, à segurança
pessoal quanto os esforços sem perspectiva de rápido proveito
19 | material passam, ao contrário, por viciosos e desprezíveis para
eles. Nada lhes parece mais estúpido e mesquinho do que o
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
77de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
ideal do trabalhador. Entre esses dois tipos não há, em verdade,
22 | tanto uma oposição absoluta como uma incompreensão radical.
(BUARQUE DE HOLANDA, Sergio. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 44. Com 
adaptações)
O trecho “tanto uma oposição absoluta como uma incompreensão radical” (l.22) exprime uma 
relação de proporcionalidade entre “uma oposição absoluta” e “uma incompreensão radical”.
022. 022. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/EMAP/2018)
1 | É curioso notar que a ideia de porto está presente
nas sociedades humanas desde o aparecimento das cidades.
Isso porque uma das características das primeiras estruturas
4 | urbanas existentes na região do Oriente Próximo foi a
presença do porto.
As primeiras cidades, no sentido moderno,
7 | surgiram no período compreendido entre 3.100 e 2.900 a.C.,
na Mesopotâmia, civilização situada às margens dos rios
Tigre e Eufrates. A estrutura desses primeiros agrupamentos
10 | urbanos era tripartite: a cidade propriamente dita, cercada
por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto
e as células dos futuros palácios reais; uma espécie
13 | de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências
e instalações para criação de animais e plantio; e o porto
fluvial, espaço destinado à prática do comércio e que era
16 | utilizado como local de instalação dos estrangeiros,
cuja admissão, em regra, era vedada nos muros da cidade.
Não se trata, portanto, de uma criação aleatória
19 | apenas vinculada à atividade comercial. O porto aparece
como mais um elemento de uma forte mudança civilizacional
que marcou o contexto do surgimento das cidades e da
22 | escrita. O comportamento fundamental dessa mudança
localiza-se no aumento das possibilidades do agir humano,
na diversificação dos papéis sociais e na abertura para
25 | o futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau
de complexidade da sociedade.
(PAIXÃO, Cristiano; FLEURY, Ronaldo C. Trabalho portuário — a modernização dos portos e as relações de 
trabalho no Brasil. São Paulo: Método, 2008, p 17-8. Com adaptações)
A palavra “portanto” (l.18) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
78 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
023. 023. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
Texto 6A3BBB
30 | Mesmo reconhecendo-se que o objetivo das
31 | organizações vinculadas ao Estado não deveria ser o lucro,
demandava-se maior eficiência e transparência quanto ao valor
que, efetivamente, elas agregavam à sociedade. Nesse sentido,
34 | as organizações públicas se veem pressionadas a rever suas
estruturas e dinâmicas de funcionamento, a fim de otimizarem
seus processos e rotinas, assegurando melhor desempenho e
37 | resultados mais efetivos. Como resultante, a demanda por
reformas no setor passou a constituir importante elemento da
agenda política nacional, inserindo-se, de forma sistemática,
40 | nos discursos de lideranças e gestores públicos, que, cada vez
mais, deveriam assumir um perfil empresarial e gerencial.
(OLIVEIRA, Fátima B. de; SANT’ANNA, Anderson de S.; VAZ, Samir L. Liderança no contexto da nova adminis-
tração pública: uma análise sob a perspectiva de gestores públicos de MG e RJ. Revista de Administração 
Pública, Rio de Janeiro, v. 44, n. 6, p. 1453-75, nov./dez. 2010. Com adaptações)
A correção gramatical do texto seria preservada caso o trecho “Mesmo reconhecendo-se” 
(l.30) fosse substituído por “Embora se reconhecesse”.
Texto CB1A2AAA
1 | No direito brasileiro convencional, a relação entre a
espécie humana e as demais espécies animais limita-se à tutela
dos animais pelo poder público em função da sua utilidade
4 | enquanto fauna brasileira intrínseca ao meio ambiente
equilibrado. Alguns doutrinadores brasileiros inovadores
defendem a existência de um direito animal, ou seja, de direitos
7 | garantidos aos animais não humanos como sujeitos.
A Constituição de 1988 contém uma norma que
protege os animais, independentemente de sua origem ou
10 | classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se
em um argumento puramente utilitarista: os animais são
protegidos com a finalidade de garantir um hábitat saudável às
13 | atuais e futuras gerações humanas.
Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica
no direito penal, os animais são tema de direito civil. Ainda são
16 | estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito
romano, como simples coisas semoventes, como se
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
79 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou apego. Em
19 | jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a
capacidade de se mover e que podem proporcionar lucros aos
seus proprietários.
(GOMES, Nathalie Santos Caldeira. Ética e dignidade animal. Internet: www.publicadireito.com.br. Com 
adaptações)
024. 024. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/TRF 1ª REGIÃO/2017) A oração “Desprovidos de valor próprio e 
de relevância jurídica no direito penal” (l.14 e 15) introduz no período uma ideia de concessão, 
razão por que poderia ser corretamente introduzida por “Embora”, feito o devido ajuste na 
inicial maiúscula da palavra “Desprovidos”.
025. 025. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/TRF 1ª REGIÃO/2017) A correção gramatical e o sentido original 
do texto seriam preservados caso a conjunção “Porém” (l.10) fosse substituída por “Mas”.
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO
026. 026. (CEBRASPE/DELEGADO/PC-SE/2018)
10 | Para que a atuação policial ocorra dentro dos
parâmetros democráticos, é essencial que haja a
implementação de um modelo de policiamento que
13 | corresponda aos preceitos constitucionais, promovendo-se
o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e segurança.
(OLIVEIRA JUNIOR, Almir de (org.). Instituições participativas no âmbito da segurança pública: programas 
impulsionados por instituições policiais. Rio de Janeiro: IPEA, 2016, p. 13. Com adaptações)
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (l.11 e 12) tem a 
função de qualificar o adjetivo que a antecede: “essencial” (l.11).
027. 027. (CEBRASPE/CONHECIMENTOSBASICOS/ANATEL/2014)
15 | É importante ressaltar que o termo comunicação
16 | carrega, no mundo moderno, as marcas de sua
17 | ambiguidade original (tornar comum a muitos, partilhar,
18 | trocar). Nesse sentido, quando se fala em comunicação
19 | face a face ou interativa, pode-se dizer que se trata de
20 | troca e partilha, mas quando se fala de comunicação
21 | mediada, como rádio e TV, destaca-se consideravelmente
22 | a sua função de tornar comum a muitos.
(BORDIEU, Pierre. Questões de sociologia e comunicação. FAPESP, ANABLUME, 2007, p. 42-3. Com adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
80 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
O trecho “que o termo comunicação carrega, no mundo moderno, as marcas de sua 
ambiguidade original” (l.15 a 17) exerce a função de complemento verbal no contexto em 
que ocorre.
028. 028. (CEBRASPE/CONHECIMENTOSBÁSICOS/TCE-RN/2015)E ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A ortografia oficial em Língua Portuguesa é estabelecida pelo Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa, assinado em dezembro de 1990 pelos países signatários (no Brasil, a 
obrigatoriedade de se adotar o Acordo teve início em 1º de janeiro de 2016). O documento 
apresenta 21 bases, as quais estabelecem normas sobre a grafia correta de vocábulos e 
locuções. Busca-se, então, uma unificação do registro escrito, o qual tem por finalidade 
reproduzir graficamente os sons da fala.
Nem sempre é simples ensinar ortografia. O conhecimento da grafia correta das palavras 
está relacionado ao hábito de leitura e escrita. Para fins de concurso público, alguns padrões 
de cobrança surgem da análise de questões anteriores. Observe os exemplos a seguir 
(questões dos últimos 4 anos):
Banca Enunciado da questão sobre ortografia
FUMARC Ocorre erro de ortografia em:
FUNDATEC
São palavras escritas de acordo com sistema ortográfico oficial vigente na língua 
portuguesa:
VUNESP
Assinale a alternativa em que a frase está em conformidade com a norma-padrão 
de ortografia e acentuação.
FEPESE Assinale a alternativa correta quanto à ortografia e acentuação gráfica.
FGV Assinale a opção ortograficamente correta.
CEBRSPE Assinale a opção em que a palavra apresentada está corretamente grafada.
O primeiro padrão é a necessidade de se identificar a grafia correta. O segundo padrão, 
por oposição, é identificar as grafias incorretas. O terceiro padrão é o do tipo “preenchimento 
de lacuna”, no qual a banca exige que você selecione a alternativa em que todas as palavras 
são adequadas para figurar em determinado contexto.
Consultando a Plataforma Gran Questões, observamos a existência de 1.034 questões 
específicas sobre ortografia oficial. Eu estou seguro de que a maioria dessas questões 
versam sobre grafia correta/grafia incorreta de palavras da Língua Portuguesa.
Sobre o sistema ortográfico da Língua Portuguesa, há 4 padrões para memorizar:
Padrão Descrição Exemplo
Dígrafos
Combinações de letras que 
representam um só fonema.
Chave
Quilo
Diferentes letras representam 
o mesmo som
Letras (e dígrafos) diferentes 
que podem representar o 
mesmo fonema.
Exato/Rezar/Pesar
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
6 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Padrão Descrição Exemplo
Uma letra representa 
diferentes sons
A mesma letra pode 
representar fonemas 
distintos.
Xícara
Exame
Letra que não representa som
Uma letra não representa 
nenhum fonema.
Hotel
Hora
Um outro ponto fundamental em ortografia é o fenômeno de paronímia. Quando 
observamos palavras que são quase homônimas, mas que se diferenciam ligeiramente 
na grafia e na pronúncia, estamos diante da paronímia. O “alto”/”auto” pode ilustrar esse 
fenômeno: o termo “alto” caracteriza algo de grande extensão vertical; a palavra “auto”, por 
sua vez, denomina um ato público, um registro escrito de um ato ou uma peça processual.
O que pega mesmo em provas é o danado do hífen. De modo geral, esse sinal é utilizado 
para unir os elementos de palavras compostas, separar sílabas em final de linha e marcar 
ligações enclíticas e mesoclíticas (na colocação pronominal). Em ortografia, o desafio é 
saber se uma palavra é ou não grafada com hífen. Veja quando o hífen é sempre empregado 
(casos de vocábulos compostos):
Sempre se usa o hífen Exemplos
Nas palavras compostas que designam espécies 
botânicas e zoológicas
abóbora-menina
erva-doce
feijão-verde
bem-te-vi
Nos compostos com os elementos
além | aquém | recém | sem
além-mar
aquém-mar
recém-casado
sem-número
Nas combinações históricas ou ocasionais de 
topônimos
Áustria-Hungria
Angola-Brasil
Como regra geral, NÃO se emprega o hífen nos seguintes casos:
NÃO se usa o hífen Exemplos
Nas locuções substantivas
cão de guarda
fim de semana
sala de jantar
Nas locuções adjetivas
cor de açafrão
cor de café com leite
cor de vinho
Nas locuções pronominais
cada um
ele próprio
nós mesmos
quem quer que seja
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
7 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
NÃO se usa o hífen Exemplos
Nas locuções adverbiais
à parte
à vontade
de mais
depois de amanhã
em cima
por isso
Nas locuções prepositivas
abaixo de
acima de
a fim de
a par de
à parte de
apesar de
aquando de
debaixo de
quanto a
Nas locuções conjuncionais
a fim de que
ao passo que
contanto que
por conseguinte
Para os prefixos, adoto o quadro proposto por Azeredo (2008):
Na prefixação, USA-SE o hífen quando:
O 1º elemento for: E o 2º elemento:
aero
agro
alfa
ante
anti
arqui
auto
beta
bi
bio
contra
di
entre
extra
foto
gama
geo
giga
hidro
hipo
homo
infra
intra
iso
lacto
lipo
macro
maxi
mega
meso
micro
mini
mono
morfo
multi
nefro
neo
neuro
paleo
peri
pluri
poli
proto
psico
retro
semi
sobre
supra
lete
tetra
tri
ultra
a) for iniciado por vogal igual à vogal final 
do 1º elemento;
b) for iniciado por h.
ab
ob
sob
sub
for iniciado por b, h, r
co (“com”)
for iniciado por h (sugere-se eliminar 
essa letra, passando-se a grafar, assim, 
coerdar, coerdeiro etc.)
ciber
inter
super
nuper
hiper for iniciado por h, r
ad for iniciado por d, h, r
pan
a) for iniciado por vogal;
b) for iniciado por h, m, n (diante de b e 
p passa a pam)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
8 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Na prefixação, USA-SE o hífen quando:
O 1º elemento for: E o 2º elemento:
circum
a) for iniciado por vogal;
b) for iniciado por h, m, n (aceita formas 
aglutinadas como circu e circum).
além
aquém
ex
recém
sem
sota
soto
vice
qualquer (sempre)
pós
pré
pró
sempre que conservem autonomia 
vocabular.
Nos casos em que não ocorre o emprego do hífen na formação de palavras por prefixação, 
proponho a tabela a seguir:
Na prefixação, NÃO se usa hífen quando
O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”
antissemita
infrassom
microssistema
microrradiografia
O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal 
diferente
antiaéreo
extraescolar
autoaprendizagem
plurianual
Ocorrem formações que contêm em geral os prefixos “des-“ e “in-“ 
e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial
Desumano (humano)
Inábil (hábil)
Inumano (humano)
Ótimo, finalizamos esse primeiro tópico. Agora seguiremos com o resumo sobre 
acentuação gráfica.
Apenas uma breve introdução: na fonologia, há dois grupos de sons, as consoantes 
(em que o ar que sai dos pulmões encontra algum obstáculo no aparelho fonador) e as 
vogais (em que o ar que sai dos pulmões não encontra obstáculo no aparelho fonador). Em 
estrutura mais complexa, encontramos as sílabas, as quais sempre possuem uma vogal 
como núcleo. Amparadas pelas vogais, observa-se a existência de semivogais. Vogais e 
semivogais na mesma sílaba dão origem aos ditongos e aos tritongos. Quando duas vogais 
de sílabas diferentes se encontram, observamos um hiato. Em estruturas silábicas, também 
observamos o fenômeno de acento tônico, o qual expressa uma maior força, uma maior 
intensidade na cadeia falada. As regras de acentuação gráfica buscam justamente marcar 
onde ocorre a tonicidade, considerando,1 | Os primeiros vestígios de atividade contábil foram
encontrados na Mesopotâmia, por volta de 4.000 a.C.
Inicialmente, eram utilizadas fichas de barro para representar
4 | a circulação de bens, logo substituídas por tábuas gravadas com
a escrita cuneiforme. Portanto, os registros contábeis não só
antecederam o aparecimento da escrita como subsidiaram seu
7 | surgimento e sua evolução. Embora a fiscalização de contas
conste de registros mais antigos, prática já exercida por
escribas egípcios durante o reinado do faraó Menés I, foi na
10 | Grécia que se configurou o primeiro esboço de um tribunal
de contas, formado por dez tesoureiros, guardiões da
administração pública. Contudo, somente em Roma, a
13 | contabilidade atingiu sua mais alta expressão com a
sistematização de mecanismos de controle que, por gozarem de
estatuto jurídico preeminente, influenciaram todo o Ocidente
16 | e as civilizações modernas.
(BRITTO, Cristina. Uma breve história do controle. Salvador, BA: P55 edições, 2015, p. 15. Internet: www.tce.
ba.gov.br. Com adaptações)
É possível identificar no trecho “foi na Grécia que se configurou o primeiro esboço de um 
tribunal de contas” (l.9 a 11) duas orações, sendo uma delas de natureza restritiva.
029. 029. (CEBRASPE/CONHECIMENTOSBÁSICOS/TELEBRAS/2015)
1 | A reestruturação do setor de telecomunicações no
Brasil veio acompanhada da privatização do Sistema
TELEBRAS — operado pela Telecomunicações Brasileiras
4 | S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal verticalmente
integrado e organizado em diversas subsidiárias, que prestava
serviços por meio de uma rede de telecomunicações
7 | interligada, em todo o território nacional.
A ideia básica do novo modelo era a de adequar o
setor de telecomunicações ao novo contexto de globalização
10 | econômica, de evolução tecnológica setorial, de novas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
81 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
exigências de diversificação e modernização das redes e dos
serviços, além de permitir a universalização da prestação de
13 | serviços básicos, tendo em vista a elevada demanda reprimida
no país.
A privatização, ao contrário do que ocorreu em
16 | diversos países em desenvolvimento e mesmo em outros
setores de infraestrutura do Brasil, foi precedida da montagem
de detalhado modelo institucional, dentro do qual se destaca a
19 | criação de uma agência reguladora independente e autônoma,
a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além
disso, a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro
22 | foi precedida de reformas setoriais em vários outros países, o
que trouxe a possibilidade de aprendizado com as experiências
anteriores.
(PIRES, José Claudio Linhares. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil. Internet: www.
bndespar.com.br. Com adaptações)
A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam preservados se, no primeiro 
parágrafo, todas as vírgulas fossem eliminadas e a forma verbal “prestava” (l.5) fosse 
substituída por “prestavam”.
030. 030. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
1 | A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de
preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos
animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e
4 | vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas
vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser
poucas as pessoas que acordam se sentindo primatas,
7 | mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.
A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de
10 | afastar as trevas noturnas de todo hábitat humano. Luz soa
para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se
observar do espaço o mapa das desigualdades econômicas
13 | mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A
parcela ocidental do hemisfério norte é, de longe, a mais
iluminada.
16 | Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo
ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
82 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
19 | dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de
melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília
Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil
22 | quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para
mim mesmo a pergunta que me faço desde que me
conheço por gente: quem é o responsável por acender as
25 | luzes da cidade? O mais plausível é imaginar que essa
tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados pelos
bairros. Mas e antes dos sensores, como é que se fazia?
28 | Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da
luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se
31 | iluminava.
Não consigo pensar em um cargo público mais
empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se
34 | existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter
se transferido para o mundo das trevas eternas.
(MORAES, Reinaldo. Luz! Mais luz. Internet: www.nexojornal.com.br. Com adaptações)
A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho 
“que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (l.18 e 19) fosse isolado por vírgulas.
FUNÇÕES DO QUE E DO SE
1 A política tributária não se restringe ao objetivo de abastecer os cofres públicos, mas 
tem também objetivos econômicos e sociais. Se fosse aumentada a tributação 4 sobre 
um produto considerado nocivo para o consumidor ou para a sociedade, o seu consumo 
poderia ser desestimulado. Caso a intenção fosse promover uma melhor distribuição 7 de 
renda, o Estado poderia reduzir tributos incidentes sobre os produtos mais consumidos 
pela população de renda mais baixa e elevar os tributos sobre a renda da classe mais alta.
10 Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia, 
os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus 13 
produtos e poderia gerar um crescimento das vendas. Outro efeito viável dessa política 
seria o aumento do lucro das empresas, favorecendo-se, assim, a elevação dos seus 16 
investimentos — e, consequentemente, da produção — e o surgimento de novas empresas, 
o que provavelmente resultaria no crescimento da produção, bem como no 19 acirramento 
da concorrência, com possíveis reflexos sobre os preços. Em qualquer um desses cenários, 
o setor seria estimulado.
(Internet: Com adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
83 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
031. 031. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2019) No texto 1A3-I, a oração “se o Estado reduzisse 
a tributação de determinado setor da economia” (l.10 e 11) apresenta, no período em que 
se insere, noção de
a) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país.
b) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor.
c) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que 
se diminuísse a tributação.
d) tempo, uma vez que a diminuiçãodos custos do referido setor ocorreria somente após 
a redução da tributação sobre ele.
e) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução 
da tributação sobre ele.
032. 032. (CEBRASPE/PAPOLOSCOPISTA/PCPE/2016)
Texto CG1A01AAA
1 As perícias médico-legais relacionadas ao fato tanatológico comportam sempre forte 
impregnação cronológica.
4 A definição cronológica da morte, isto é, a determinação do momento em que ela ocorreu, 
é de extrema importância. Em termos jurídicos, é bastante relevante a 7 determinação do 
momento de ocorrência do êxito letal ou de seu relacionamento com eventos não ligados 
diretamente a ele — como no caso, por exemplo, dos problemas sucessórios 10 surgidos 
na comoriência. Também na área do direito penal, sobretudo quando se lida com mortes 
presumivelmente criminosas, a fixação do momento da morte tem especial 13 importância, 
pois pode ajudar a esclarecer os fatos e a apontar autorias.
Por outro lado, os progressos da ciência médica têm 16 tornado imperioso que o momento 
do óbito seja estabelecido com o máximo rigor. De fato, a problemática ligada à separação de 
partes cadavéricas destinadas a transplantes em 19 vivos exige que sua retirada seja feita 
em condições de aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse procedimento 
seja feito em prazos curtos, iniciados com o 22 momento da morte. É importante, pois, que 
o médico estabeleça o momento de ocorrência do êxito letal com a maior precisão possível.
25 Estabelecer o momento da morte é situá-la no tempo e, para situar um acontecimento 
no tempo, é preciso que se tenha um conceito claro do que seja tempo. Fugindo das 
28 conceituações matemáticas ou filosóficas de tempo, pragmaticamente aceitamos a 
conceituação popular de tempo, isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, 
meses 31 ou anos. Essa tomada de posição, embora simplista e empírica, é a única que se nos 
afigura capaz de contribuir para a solução do problema tanatognóstico e, consequentemente, 
do da 34 conceituação do momento da morte.
Estando a medicina legal a serviço do direito e as conceituações jurídicas estando 
frequentemente ligadas às 37 noções temporais, compreende-se que se deva esperar 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
84 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
da medicina legal uma função cronodiagnóstica. Os critérios cronológicos não se limitam 
a classificar os fatos em anteriores 40 ou posteriores; vão mais longe. É preciso medir o 
tempo que separa dois eventos, pois, como afirma Bertrand Russel, só podemos afirmar 
que conhecemos um fenômeno quando somos 43 capazes de medi-lo, e o conceito de 
morte está intimamente ligado ao conceito de tempo.
(MARLET, José Maria. Conceitos médico-legal e jurista de morte. (Internet: Com adaptações)
No texto CG1A01AAA, a oração “que sua retirada seja feita em condições de aproveitamento 
útil” (l.19 e 20) exerce a função de
a) sujeito
b) adjunto adnominal.
c) predicativo do sujeito.
d) predicativo do objeto.
e) objeto direto.
033. 033. (CEBRASPE/AGENTE DA POLICIA/PC-PE/2016)
Texto CG1A01AAA
1 O crime organizado não é um fenômeno recente. Encontramos indícios dele nos grandes 
grupos contrabandistas do antigo regime na Europa, nas atividades dos piratas e 4 corsários 
e nas grandes redes de receptação da Inglaterra do século XVIII. A diferença dos nossos dias 
é que as organizações criminosas se tornaram mais precisas, mais 7 profissionais.
Um erro na análise do fenômeno é a suposição de que tudo é crime organizado. Mesmo 
quando se trata de uma 10 pequena apreensão de crack em um local remoto, alguns 
órgãos da imprensa falam em crime organizado. Em muitos casos, o varejo do tráfico é um 
dos crimes mais desorganizados 13 que existe. É praticado por um usuário que compra 
de alguém umas poucas pedras de crack e fuma a metade. Ele não tem chefe, parceiros, 
nem capital de giro. Possui apenas a 16 necessidade de suprir o vício. No outro extremo, 
fica o grande traficante, muitas vezes um indivíduo que nem mesmo vê a droga. Só utiliza 
seu dinheiro para financiar o tráfico ou seus 19 contatos para facilitar as transações. A 
organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas fica, na maior parte das vezes, 
entre esses dois extremos. É constituída de pequenos e 22 médios traficantes e uns poucos 
traficantes de grande porte.
Nas outras atividades criminosas, a situação é a mesma. O crime pode ser praticado por um 
indivíduo, uma 25 quadrilha ou uma organização. Portanto, não é a modalidade do crime 
que identifica a existência de crime organizado. Guaracy Mingardi. Inteligência policial e 
crime organizado.
(LIMA, Renato Sérgio de; PAULA, Liana de (orgs.). Segurança pública e violência: o Estado está cumprindo 
seu papel? São Paulo: Contexto, 2006. p. 42. Com adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
85 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
No texto CG1A01AAA, funciona como complemento nominal a oração
a) “que identifica a existência de crime organizado” (l.26)
b) “que as organizações criminosas se tornaram mais precisas, mais profissionais” (l.5 a 7).
c) “de que tudo é crime organizado” (l.8 e 9).
d) “para facilitar as transações” (l.19).
e) “que compra de alguém umas poucas pedras de crack” (l.13 e 14).
034. 034. (CEBRASPE/DELEGADO/PC-PE/2016)
7 | O Pacto Pela Vida é um programa do governo do
estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e
ao controle da violência. A decisão ou vontade política de
10 | eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro marco
que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória
dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que o
13 | tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente
negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam
associar-se ao assunto como também o tratam de modo
16 | simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.
O Pacto pela Vida, entendido como um grande
concerto de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em
19 especial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade
no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram
estabelecidos os principais valores que orientaram a construção
22 | da política de segurança, a prioridade do combate aos crimes
violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao
ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes.
25 | Desse modo, definiu-se, no estado, um novo
paradigma de segurança pública, que se baseou na
consolidação dos valores descritos acima (que estavam em
28 | disputa tanto do ponto de vista institucional quanto da sociedade)
No trecho “se pensa” (l.11), a partícula “se” foi empregada para indeterminar o sujeito.
035. 035. (CEBRASPE/TÉCNICO/TCU/2015)
13 | Aquele momento inicial de um direito sagrado e
14 | ritualizado, expressão das divindades, desenvolveu-se na
15 | direção de práticas normativas consuetudinárias.
[…]
23 | A invenção e a difusão da técnica da escritura,
somadas à compilação de costumes tradicionais,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
86 de142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
25 | proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o
de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas.
Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram
28 | melhores depositários do direito e meios mais eficazes
Tanto em “desenvolveu-se” (l.14) quanto em “Constata-se” (l.27), a partícula “se” desempenha 
a mesma função sintática.
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE COLOCAÇÃO
036. 036. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2018)
8 | Embora, infelizmente, tais metas não tenham sido
9 | atingidas, ocorreram diversos avanços, como, por exemplo,
10 | a diminuição da mortalidade infantil e do analfabetismo;
A correção gramatical e os sentidos do trecho acima seriam preservados caso a forma 
verbal “ocorreram” (l.9) fosse substituída por “aconteceu”.
037. 037. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
24 | Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga,
25 | Maquiavel acaba por encontrá-las na discórdia entre seus
26 | cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como
27 | “tumultos”. Trata-se de uma visão revolucionária, já que o
28 | convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” (l.27) fosse substituída por ideias revolucionárias, 
seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para “Tratam-se”, para se manter a 
correção gramatical do texto.
038. 038. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
17 | Grandes jornais seriam levados à falência por difamações
involuntárias, exércitos inteiros seriam imobilizados por
19 | manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de
estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas
e fórmulas de químicas incompletas.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” (l.20) por “desencaminhados” manteria 
a correção gramatical e a coerência textual, caso em que passaria a concordar com 
“estudantes” (l.20).
039. 039. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas
7 | natural, do que falar, com relutante perfeição, uma língua
artificialmente construída.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
87 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
A regência do verbo “preferir” observada no quarto período do texto é típica da variedade 
culta do português europeu, sendo pouco frequente na variedade brasileira do português, 
principalmente em textos informais.
040. 040. (CEBRASPE/AGENTE/IBGE/2021)
Texto 1A1-I
Estou escrevendo um livro sobre a guerra…
Eu, que nunca gostei de ler livros de guerra, ainda que, durante minha infância e juventude, 
essa fosse a leitura preferida de todo mundo. De todo mundo da minha idade. E isso não 
surpreende — éramos filhos da Vitória. Filhos dos vencedores.
Em nossa família, meu avô, pai da minha mãe, morreu no front; minha avó, mãe do meu 
pai, morreu de tifo; de seus três filhos, dois serviram no Exército e desapareceram nos 
primeiros meses da guerra, só um voltou. Meu pai.
Não sabíamos como era o mundo sem guerra, o mundo da guerra era o único que conhecíamos, 
e as pessoas da guerra eram as únicas que conhecíamos. Até agora não conheço outro 
mundo, outras pessoas. Por acaso existiram em algum momento?
A vila de minha infância depois da guerra era feminina. Das mulheres. Não me lembro de 
vozes masculinas. Tanto que isso ficou comigo: quem conta a guerra são as mulheres. 
Choram. Cantam enquanto choram.
Na biblioteca da escola, metade dos livros era sobre a guerra. Tanto na biblioteca rural 
quanto na do distrito, onde meu pai sempre ia pegar livros. Agora, tenho uma resposta, 
um porquê. Como ia ser por acaso? Estávamos o tempo todo em guerra ou nos preparando 
para ela. E rememorando como combatíamos. Nunca tínhamos vivido de outra forma, talvez 
nem saibamos como fazer isso. Não imaginamos outro modo de viver, teremos que passar 
um tempo aprendendo.
Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade me assustava e atraía. Desse 
desconhecimento da vida surgiu uma coragem. Agora penso: se eu fosse uma pessoa mais 
ligada à realidade, teria sido capaz de me lançar nesse abismo? De onde veio tudo isso: do 
desconhecimento? Ou foi uma intuição do caminho? Pois a intuição do caminho existe…
Passei muito tempo procurando… Com que palavras seria possível transmitir o que escuto? 
Procurava um gênero que respondesse à forma como vejo o mundo, como se estruturam 
meus olhos, meus ouvidos.
Uma vez, veio parar em minhas mãos o livro Eu venho de uma vila em chamas. Tinha uma 
forma incomum: um romance constituído a partir de vozes da própria vida, do que eu 
escutara na infância, do que agora se escuta na rua, em casa, no café. É isso! O círculo se 
fechou. Achei o que estava procurando. O que estava pressentindo.
(ALEKSIÉVITCH, Svetlana. A guerra não tem rosto de mulher. Companhia das Letras, 2016, p. 9-11. Com 
adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
88 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Com relação à colocação pronominal, a correção gramatical do texto 1A1-I seria mantida 
caso, no trecho
I – “Não me lembro de vozes”, o pronome “me” fosse deslocado para logo após “lembro”: 
lembro-me.
II – “Estávamos o tempo todo em guerra ou nos preparando para ela”, o pronome “nos” 
fosse deslocado para logo após “preparando”: preparando-nos.
III – “a realidade me assustava”, o pronome “me” fosse deslocado para logo após “assustava”: 
assustava-me.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
041. 041. (CEBRASPE/TÉCNICO/STJ/2018)
13 | Embora a
perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,
eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de
16 | situações de justiça social e têm hipóteses concretas para
se chegar a esse estado de coisas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de 
crase no vocábulo “a” em “a esse estado de coisas” (l.17).
042. 042. (CEBRASPE/AGENTE/ABIN/2018)
13 | Se praticada por autoridade superior, a espionagem
pode configurar, além de infração penal, crime de
responsabilidade, que, a despeito do nome, não tem natureza de
16 | crime em sentido técnico, mas, sim, de infração política sujeita
a cassação de mandato e suspensão de direitos políticos.
O paralelismo sintático do último parágrafo do texto seria prejudicado se fosse inserido 
sinal indicativo de crase em “a cassação” (l.17).
043. 043. (CEBRASPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/TÉCNICO/2018) No trecho “Diga não às 
‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo 
“a” em “dia a dia”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
89 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
044. 044. (CEBRASPE/ANALISTA/MPC-PA/2019)
Texto CG2A1-I
1 Na década de 1960, o mundo passou por um aumento populacional inédito devido à 
brusca queda na taxa de mortalidade, o que gerou preocupações sobre a capacidade dos 
4países em produzir comida para todos. A solução encontrada foi desenvolver tecnologia 
e métodos que aumentassem a produção.
7 Em 1981, o indiano ganhador do Prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen, em seu livro 
Pobreza e Fomes, identificou a existência de populações com fome mesmo em 10 países 
que não convivem com problemas de abastecimento. O economista indiano traçou então, 
pela primeira vez, uma relação causal entre fome e questões sociais como pobreza e 13 
concentração de renda. Tirou, assim, o foco de aspectos técnicos e mudou o tom do debate 
internacional sobre a questão e as políticas públicas a serem tomadas a partir daí.
16 As últimas décadas foram de grande evolução no combate à fome em escala global. Nos 
últimos 25 anos, 7,7% da população mundial superou o problema, o que representa 19 216 
milhões de pessoas. É como se mais que toda a população brasileira saísse da subnutrição 
em menos de três décadas. Contudo, 10,8% do mundo ainda vive sem acesso a uma dieta 
22 que forneça o mínimo de calorias e nutrientes necessários para uma vida saudável, e 21 
mil pessoas morrem diariamente por fome ou problemas derivados dela.
25 Um estudo publicado em 2016 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação 
e a Agricultura) mostra que a produção mundial de alimentos é 28 suficiente para atender a 
demanda das 7,3 bilhões de pessoas que habitam a Terra. Apesar disso, aproximadamente 
uma em cada nove dessas pessoas ainda vive a realidade da fome. A 31 pesquisa põe em 
xeque toda a política internacional de combate à subnutrição crônica colocada em prática 
nas últimas décadas. Em vez de crescimento da produção e ajudas momentâneas, 34 surge 
agora como caminho uma abordagem territorial que valorize e potencialize a produção local.
Embora os números absolutos estejam caindo, o tema 37 ainda é um dos mais delicados da 
agenda internacional. Um exemplo da extensão do problema está na declaração dada em 
2017 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância 40 (UNICEF), segundo a qual 1,4 milhão 
de crianças, de quatro diferentes países da África — Nigéria, Somália, Iêmen e Sudão do Sul 
—, corre risco iminente de morrer de fome. A questão 43 é tão antiga quanto complexa, e 
se conecta intrinsecamente com a estrutura política e econômica sobre a qual o sistema 
internacional está construído. Concentração da renda e da 46 produção, falta de vontade 
política e até mesmo desinformação e consolidação de uma cultura alimentar pouco nutritiva 
são fatores que compõem o cenário da fome e da desnutrição no 49 planeta.
(Internet: Com adaptações)
A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preservada se fosse inserido sinal indicativo 
de crase em
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
90 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
a) “a demanda” (l.28).
b) “as políticas públicas” (l.15).
c) “a uma dieta” (l.21).
d) “a Terra” (l.29).
e) “a produção local” (l.35).
045. 045. (CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-TO/2017)
Texto CG1A1BBB
1 O Tocantins dá abrigo à mais completa floresta fossilizada do mundo, que viveu no Período 
Permiano, em uma época anterior à dos dinossauros. No final desse período, o 4 planeta 
assistiu à maior extinção em massa da fauna e da flora de sua existência.
Os fósseis da floresta foram preservados graças à 7 presença de sílica no ambiente, que se 
infiltrou nas plantas e conservou seus formatos, por meio do processo de permineralização 
celular. A infiltração e a impregnação de 10 sílica nas células e nos espaços intercelulares 
formaram uma matriz inorgânica que sustentou os tecidos das plantas, preservando-os. 
A origem do agente da permineralização 13 silicosa ainda permanece obscura.
O alto índice de samambaias indica que a região central do Tocantins era, então, uma planície 
costeira com farto 16 sistema hídrico sob um clima tropical. E o ambiente? Há dúvidas 
quanto à sua caracterização, isto é, se era amazônico ou parecido com o do cerrado.
(Internet: Com adaptações)
No trecho “em uma época anterior à dos dinossauros” (l. 2 e 3) do texto CG1A1BBB, o 
emprego do sinal indicativo de crase decorre da
a) regra de acentuação de palavras monossílabas.
b) presença de expressão adverbial com nome feminino.
c) elipse do nome “época” imediatamente depois de “à” (l.3).
d) regência do adjetivo “anterior” (l.3) e presença do artigo feminino antes do termo 
elíptico “época”.
e) regência do nome “época” (l.3).
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
046. 046. (INÉDITA/2024)
“Por conseguinte, e ao contrário do que comumente (e lamentavelmente) se lê em textos 
assinados por sociolinguistas – num discurso que se repete também nos livros didáticos de 
português, supostamente “atualizados” com os avanços da ciência linguística –, a norma-
padrão definitivamente não é uma das muitas variedades linguísticas que existem na 
sociedade. Não existe uma variedade padrão (aliás, uma contradição em termos, pois se é 
padrão, isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), nem um dialeto-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
91 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
padrão, nem uma língua padrão, embora esses termos pululem na bibliografia dedicada ao 
tema. O que existe é uma norma-padrão, língua materna de ninguém, língua paterna por 
excelência, língua da lei, uma norma no sentido mais jurídico do termo.”
(“O que é uma língua? Imaginário, ciência e hipóstase.” In: LAGARES, X. C.; BAGNO, M. Políticas 
da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011. Adaptado)
Nesse segmento textual, as duas ocorrências dos parênteses têm a finalidade de:
a) Confrontar a afirmativa anterior.
b) Demarcar o ponto de vista do autor em relação à temática abordada.
c) Retificar da afirmativa precedente.
d) Esclarecer o significado de um termo anterior.
e) Acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.
047. 047. (INÉDITA/2024)
Enap, Ministério da Economia e Finep lançam chamada pública para receberem 
propostas de startups
A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o Ministério da Economia e a Finep, 
empresa pública federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), 
lançam, nesta terça-feira (2), uma chamada pública em busca de projetos de inteligência 
artificial que possam ser aplicados a serviços públicos. Intitulada “Soluções de IA Poder 
Público – Rodada 1”, o projeto dispõe de R$ 36 milhões para apoiar 12 desafios tecnológicos 
de três entidades públicas: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As propostas devem ser submetidas por startups. Serão apoiados os melhores projetos 
apresentados para cada desafio tecnológico, tendo como requisito a geração de impactos 
positivos sobre a qualidade e o custo dos serviços públicos prestados. Os recursos de 
subvenção econômica (não reembolsáveis) são do Fundo Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (FNDCT). As propostas em que haja a participação de Institutos de 
Ciência e Tecnologias (ICT) como parceiros poderão ser mais bem avaliadas.
A Inteligência Artificial (IA) é a tecnologia que simula, por meio de algoritmos computacionais, 
mecanismos avançados de cognição e suporte à decisão baseados em grandes volumes de 
informação. Seu funcionamento alicerça-se em outras tecnologias,como machine learning, 
que consiste no reconhecimento de padrões a partir da análise de grandes conjuntos de 
dados, permitindo a construção de resultados de forma autônoma.
(Disponível em: https://enap.gov.br/pt/acontece/noticias/governo-federal-investira-r-36-milhoes-em-in-
teligencia-artificial-aplicada-a-servicos-publicos-2. Acesso em: 4 ago. 2022. Com adaptações)
Em “A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o Ministério da Economia e a Finep” 
(1º período do 1º parágrafo), o emprego da vírgula é correto, pois
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
92 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
a) separa termos coordenados.
b) isola aposto explicativo.
c) separa predicativos do sujeito deslocados.
d) separa termos repetidos.
e) separa adjuntos adverbiais deslocados.
048. 048. (INÉDITA/2024) É plenamente adequado o emprego de vírgula no seguinte período:
a) Apoiadores do candidato, participaram de manifestações.
b) O atleta criticou o comitê, e ironizou o treinador.
c) Já já o período natalino aquece o comércio.
d) Jornal afirma, que dona do Facebook planeja iniciar milhares de demissões nesta semana.
e) Em Minas Gerais, a ressocialização de menores infratores vira negócio lucrativo.
049. 049. (INÉDITA/2024)
Memórias do cárcere
Graciliano Ramos
Chegávamos à cancela. E experimentei de chofre a necessidade imperiosa de expandir-me 
numa clara ameaça. A desarrazoada tentação era tão forte que naquele instante não me 
ocorreu nenhuma ideia de perigo.
– Levo recordações excelentes, doutor. E hei de pagar um dia a hospitalidade que os senhores 
me deram.
– Pagar como? exclamou a personagem.
– Contando lá fora o que existe na Ilha Grande.
– Contando?
– Sim, doutor, escrevendo. Ponho tudo isso no papel. O diretor suplente recuou, esbugalhou 
os olhos e inquiriu carrancudo:
– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas ou 
mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O médico 
enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas e saiu 
resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.
(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere, capítulo II, p. 158, 1956)
Em “Sim, doutor, escrevendo.”, a vírgula foi empregada para
a) isolar aposto
b) isolar vocativo
c) isolar uma explicação
d) isolar um termo adjunto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
93 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
050. 050. (INÉDITA/2024)
Lições de vida
Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger 
e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa. 
Sully virou herói e a lenda estava criada.
Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda para 
contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências do 
capitão Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo 
necessário pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo 
quando existiam opções mais sensatas?
Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível ter 
evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou a 
duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?
Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é “Rationalism 
in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” tornou-se 
a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: uma crença 
na razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.
Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, da 
vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, que 
pode ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.
Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um conhecimento 
técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados 
com rigor cartesiano.
Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de Sullenberger. 
O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente, procura 
a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, entende que 
ele não basta para salvar o dia.
E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma sabedoria que 
não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma equação matemática.
As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum 
é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também 
súbitas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.
Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da modernidade, 
mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de salvação. O ensaio era, 
paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza humana. Eastwood, 
aos 86 anos, traduziu essas imagens.
(COUTINHO, João Pereira. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
94 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
No segundo parágrafo do Texto, as aspas são empregadas para:
a) identificar um título.
b) destacar uma ironia.
c) delimitar uma citação.
d) relativizar o significado original de uma palavra.
e) destacar uma palavra estrangeira.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
95 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
GABARITOGABARITO
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. E
2. C
3. C
4. C
5. E
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
6. E
7. E
8. E
9. E
10. E
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
11. C
12. E
13. C
14. E
15. E
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO
16. E
17. E
18. C
19. E
20. E
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E TERMOS DA ORAÇÃO
21. E
22. C
23. C
24. E
25. E
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO
26. E
27. C
28. E
29. E
30. C
FUNÇÕES DO QUE E DO SE
31. e
32. e
33. c
34. C
35. E
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE COLOCAÇÃO
36. E
37. E
38. E
39. E
40. d
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
41. E
42. C
43. E
44. a
45. d
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
96 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno PilastreEMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
46. b
47. a
48. e
49. b
50. a
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
97 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA
001. 001. (CEBRASPE/PROCURADOR/PGM/2019)
1 | A jurisdição constitucional na contemporaneidade
apresenta-se como uma consequência praticamente natural do
Estado de direito. É ela que garante que a Constituição ganhará
4 | efetividade e que seu projeto não será cotidianamente rasurado
por medidas de exceção desenhadas atabalhoadamente. Mais
do que isso, a jurisdição é a garantia do projeto constitucional,
7 | quando os outros poderes buscam redefinir os rumos durante
a caminhada.
Nesses termos, a jurisdição constitucional também se
10 | apresenta como medida democrática. Por meio dela, as bases
que estruturaram democraticamente o Estado são conservadas,
impedindo que o calor dos fatos mude a interpretação
13 | constitucional ou procure fugir de sua incidência sempre que
os acontecimentos alegarem certa urgência.
Ademais, é a garantia hodierna de que os ventos da
16 | mudança não farão despencar os edifícios que sustentam as
bases constitucionais, independentemente das maiorias
momentâneas e dos clamores populares.
(Emerson Ademir Borges de Oliveira. Jurisdição constitucional: entre a guardada Constituição e o ati-
vismo judicial. Revista Jurídica da Presidência, Brasília, DF, v. 20, n. 121p. 468-494, jun./set. 2018. Com 
adaptações)
Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (l.4), 
pois aquela forma foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.
No Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), encontramos os dois registros: 
cotidiano e quotidiano. Ambas as formas possuem o mesmo significado. É por isso, portanto, 
que o item está errado, pois a forma registrada com “qu” não foi abolida.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
98 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
002. 002. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
Texto 14A15AAA
1 | A natureza jamais vai deixar de nos surpreender.
As teorias científicas de hoje, das quais somos justamente
orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por
4 | futuras gerações de cientistas. Nossos modelos de hoje
certamente serão pobres aproximações para os modelos do
futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro seria
7 | impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido
impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton.
Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão
10 | sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais
corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de
perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e
13 | imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim
como nossos antepassados, estaremos sempre buscando
compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem fim,
16 | compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre
o mundo a nossa volta.
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa
19 | aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge a
cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias
atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias
22 | daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do
conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual.
Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos
25 | todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o
Universo. É a persistência do mistério que nos inspira a criar.
(GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Big-Bang. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2006. p. 384-5. Com adaptações)
Feito o devido ajuste de inicial maiúscula, a locução “É… que”, por ser puramente de realce 
nesse caso, poderia ser suprimida do trecho “É a persistência do mistério que nos inspira 
a criar” (l.26), sem comprometer a clareza nem a correção gramatical do texto.
Esse item não aborda especificamente o conteúdo de Ortografia e Acentuação. No entanto, 
vale destacar o registro da banca para a necessidade de haver ajuste de inicial maiúscula. 
Nas questões de reescritura da banca CEBRASPE, esse tipo de ajuste sempre é indicado.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
99 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
003. 003. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
1 | Popularmente conhecidos como seios aéreos faciais,
os seios paranasais começam a se desenvolver precocemente na
vida fetal. As funções desses seios não são totalmente
4 | compreendidas, mas a grande maioria da literatura anatômica
sugere que eles aliviam o crânio e adicionam ressonância à voz.
Entre os principais seios do crânio humano
7 | destacam-se os seios maxilar, frontal, esfenoidal e etmoidal.
Um considerável interesse na identificação forense de
indivíduos tem-se voltado para o estudo do seio frontal.
10 | O estudo comparativo de imagens do seio frontal tem valor
significativo para o estabelecimento da identificação do
indivíduo sob exame.
13 | Como as impressões digitais, os padrões dos seios
frontais são únicos para uma pessoa. A identificação
comparativa de radiografias do seio frontal é muito segura
16 | porque não há duas pessoas com a mesma configuração de seio
frontal. Além das radiografias de projeção tradicional normal,
a tomografia computadorizada do seio frontal também tem sido
19 | usada para essa identificação.
À semelhança do que ocorre com a identificação de
indivíduos por meio de suas impressões digitais, a identificação
22 | a partir do estudo dos seios frontais pode inviabilizar-se em
algumas situações. Há casos, por exemplo, de indivíduos
adultos em que essas cavidades não se formam. Além disso, os
25 | seios frontais podem ser afetados por traumas e por patologias
agudas ou crônicas, como inflamações, displasias endócrinas
e osteíte.
(Z. Nateghian et al. Frontal sinus pattern and evaluation of rightand left frontal sinus volume according to 
gender, using multidetector CT scan. Journal of Forensic Science & Criminology, [s.l.], v. 4, n. 4, ISSN: 2348-
9804 (tradução livre, com adaptações)
A correção gramatical do texto precedente, assim como sua coerência e sua coesão, seriam 
preservadas se o terceiro e o quarto parágrafos fossem fundidos em um único parágrafo 
mediante a introdução, entre eles, da conjunção “Contudo” ou da conjunção “Todavia”, feitas 
as devidas alterações na pontuação e nas letras maiúsculas e minúsculas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
100 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Novamente, vemos um item que não aborda especificamente o conteúdo de Ortografia e 
Acentuação. Vale destacar, novamente, o registro da banca para a necessidade de haver 
ajuste de inicial maiúscula.
Certo.
004. 004.(CEBRASPE/DIPLOMATA/INSTITUTORIOBRANCO/2018)
Texto XII
1 | Impugnada a todo instante pela escravidão a ideologia
liberal, que era a das jovens nações emancipadas da América,
descarrilava. Seria fácil deduzir o sistema de seus
4 | contrassensos, todos verdadeiros, muitos dos quais agitaram a consciência teórica e 
moral de nosso século XIX. Já vimos
uma coleção deles. No entanto, estas dificuldades
7 | permaneciam curiosamente inessenciais. O teste da realidade
não parecia importante. É como se coerência e generalidade
não pesassem muito, ou como se a esfera da cultura ocupasse
10 | uma posição alterada, cujos critérios fossem outros — mas
outros em relação a quê? Por sua mera presença, a escravidão
indicava a impropriedade das ideias liberais; o que, entretanto,
13 | é menos que orientar-lhes o movimento. Sendo embora a
relação produtiva fundamental, a escravidão não era o nexo
efetivo da vida ideológica. A chave desta era diversa. Para
16 | descrevê-la é preciso retomar o país como todo.
Esquematizando, pode-se dizer que a colonização produziu,
com base no monopólio da terra, três classes de população: o
19 | latifundiário, o escravo e o “homem livre”, na verdade
dependente. Entre os primeiros dois a relação é clara, é a
multidão dos terceiros que nos interessa. Nem proprietários
22 | nem proletários, seu acesso à vida e a seus bens depende
materialmente do favor, indireto ou direto de um grande. O
agregado é a sua caricatura. O favor é, portanto, o mecanismo
25 | através do qual se reproduz uma das grandes classes da
sociedade, envolvendo também outra, a dos que têm. Note-se
ainda que entre estas duas classes é que irá acontecer a vida
28 | ideológica, regida, em consequência, por este mesmo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
101 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
mecanismo. Assim, com mil formas e nomes, o favor
atravessou e afetou no conjunto a existência nacional,
31 | ressalvada sempre a relação produtiva de base, esta assegurada
pela força. Esteve presente por toda parte, combinando-se às
mais variadas atividades, mais e menos afins dele, como
34 | administração, política, indústria, comércio, vida urbana, Corte
etc. Mesmo profissões liberais, como a medicina, ou
qualificações operárias, como a tipografia, que, na acepção
37 | europeia, não deviam nada a ninguém, entre nós eram
governadas por ele. E assim como o profissional dependia do
favor para o exercício de sua profissão, o pequeno proprietário
40 | depende dele para a segurança de sua propriedade, e o
funcionário para o seu posto. O favor é a nossa mediação
quase universal — e, sendo mais simpático do que o nexo
43 | escravista, a outra relação que a colônia nos legara, é
compreensível que os escritores tenham baseado nele a sua
interpretação do Brasil, involuntariamente disfarçando a
46 | violência, que sempre reinou na esfera da produção.
(SCHWARZ, Roberto. As ideias fora do lugar. In: Ao vencedor as batatas. São Paulo: Duas Cidades, 1992. 
Com adaptações)
Segundo preconiza o Novo Acordo Ortográfico, o vocábulo “contrassensos” (l.4) é grafado 
conforme as mesmas regras que antissocial.
A regra, aqui, é aquela em que NÃO há hífen quando o primeiro elemento for terminado por 
vogal e o segundo elemento for iniciado por “r” ou “s”: anti (terminado por vogal) + social 
(é iniciado por “s”) = “antissocial”
Contra (terminado por vogal) + sensos (é iniciado por “s”) = “contrassensos”
Certo.
005. 005. (CEBRASPE/PC/PCGO/2016)
Texto CB1A1AAA
1 | Na Idade Média, durante o período feudal, o príncipe
era detentor de um poder conhecido como jus politiae —
direito de polícia —, que designava tudo o que era necessário
4 | à boa ordem da sociedade civil sob a autoridade do Estado, em
contraposição à boa ordem moral e religiosa, de competência
exclusiva da autoridade eclesiástica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
102 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
7 | Atualmente, no Brasil, por meio da Constituição
Federal de 1988, das leis e de outros atos normativos,
é conferida aos cidadãos uma série de direitos, entre os quais
10 | os direitos à liberdade e à propriedade, cujo exercício deve ser
compatível com o bem-estar social e com as normas de direito
público. Para tanto, essas normas especificam limitações
13 | administrativas à liberdade e à propriedade, de modo que, a
cada restrição de direito individual — expressa ou implícita na
norma legal —, corresponde equivalente poder de polícia
16 | administrativa à administração pública, para torná-la efetiva e
fazê-la obedecida por todos.
(Internet: www.ambito-juridico.com.br. Com adaptações)
O sentido original do texto seria preservado e as normas da ortografia oficial da língua 
portuguesa seriam respeitadas caso se substituísse o trecho “é conferida aos cidadãos 
uma série de direitos” (l.9) por “aos cidadões confere-se muitos direitos”.
A grafia correta do plural de “cidadão” é “cidadãos”. No item, vemos a reescritura propor a 
grafia inadequada: “cidadões”.
Errado.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
006. 006. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018/ADAPTADA)
Texto 6A4AAA
1 | Todo escritor convive com um terror permanente: o do
erro de revisão. O revisor é a pessoa mais importante na vida
de quem escreve. Ele tem o poder de vida ou de morte
4 | profissional sobre o autor. A inclusão ou a omissão de uma
letra ou de uma vírgula no que sai impresso pode decidir se o
autor vai ser entendido ou não, admirado ou ridicularizado,
7 | consagrado ou processado. Todo texto tem, na verdade, dois
autores: quem o escreveu e quem o revisou. Toda vez que
manda um texto para ser publicado, o autor se coloca nas mãos
10 | do revisor, esperando que seu parceiro não falhe.
Pode-se imaginar o que uma conspiração organizada,
internacional, de revisores significaria para a nossa
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
103 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
13 | civilização. Os revisores só não dominam o mundo porque
ainda não se deram conta do poder que têm. Eles
desestabilizariam qualquer regime com acentos indevidos e
16 | pontuações maliciosas, além de decretos oficiais ininteligíveis.
Grandes jornais seriam levados à falência por difamações
involuntárias, exércitos inteiros seriam imobilizados por
19 | manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de
estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas
e fórmulas de química incompletas. E os efeitos de uma
22 | revisão subversiva na instrução médica são terríveis demais
para contemplar.
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Cuidado com os revisores. VIP Exame, mar. 1995, p. 36-7. Com adaptações)
A palavra “desencaminhadas” (l.20) é formada por derivação parassintética.
Para ser derivação parassintética, prefixo e sufixo devem ser afixados SIMULTANEAMENTE. 
Não é isso o que ocorre em “desencaminhadas”, já que temos a forma “encaminhadas”, sem 
um prefixo.
Errado.
007. 007. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/FUB/2018)
1 | O ensino superior no Brasil é oferecido por
universidades, centros universitários, faculdades, institutos
superiores e centros de educaçãotecnológica. O cidadão pode
4 | optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura
e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação
são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs)
7 | e strictu sensu (mestrados e doutorados).
Além da forma presencial, em que o aluno deve
ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações,
10 | ainda é possível formar-se por meio do ensino a distância.
Nessa modalidade, não é necessária a presença do aluno
dentro de sala de aula, e ele recebe livros e apostilas e conta
13 | com a ajuda da Internet. Há também cursos semipresenciais,
com aulas em sala e também a distância.
A Secretaria de Regulação e Supervisão
16 | da Educação Superior, órgão do Ministério da Educação,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
104 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
é a unidade responsável por afiançar que a legislação
educacional seja cumprida para garantir a qualidade
19 | dos cursos superiores do país.
Para medir a qualidade dos cursos de graduação
no país, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
22 | Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da
Educação utilizam o índice geral de cursos (IGC), divulgado
uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados
25 | do ENADE. A base de cálculo do IGC é uma média
dos conceitos dos cursos de graduação de uma instituição,
ponderada a partir do número de matrículas mais as notas
28 | de pós-graduação de cada instituição de ensino superior.
(Internet: www.brasil.gov.br. Com adaptações)
A forma verbal “Há” (l.13) poderia ser substituída por “Existe”, sem prejuízo para a correção 
gramatical do texto, já que ambas são sinônimas.
Não se pode realizar a substituição sem realizar a FLEXÃO verbal na forma “existe”. Assim, 
o adequado é registrar a flexão verbal no plural (existem), já que esse verbo é pessoal 
e concorda com o termo “cursos semipresenciais”, sujeito da oração. O verbo “haver” é 
impessoal quando em sentido existencial.
Errado.
008. 008. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018) As palavras “conspiração”, “sutilmente” e “terríveis” 
são formadas pelo processo morfológico de formação de palavras denominado sufixação.
As palavras “conspiração” e “sutilmente” são formadas (isto é, criadas) a partir da sufixação 
dos morfemas -ção e -mente. São exemplos, portanto, de derivação. A palavra terríveis, 
no entanto, não é criada; trata-se de um caso de flexão (de plural), que não forma nova 
palavra. Fique atento(a)!
Errado.
009. 009. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEE-DF/2017) As palavras “pedagogicamente”, “fortemente” e 
“historicamente” são formadas por derivação sufixal e apresentam dois acentos tônicos: o 
principal herdado das palavras primitivas e o secundário, introduzido pelo sufixo “-mente”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
105 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
O problema da afirmativa está em afirmar que TODAS as palavras mantêm o acento 
secundário que se origina do radical ao qual o afixo -mente se soma. A palavra “pedagógico” 
possui acento que se tornará secundário (proparoxítona); a palavra “histórico” também 
possui acento que se tornará secundário (proparoxítona). A palavra forte, no entanto, não 
possui acento que se tornará secundário - em “fortemente”, há apenas o acento principal 
(na sílaba “men”).
Errado.
010. 010. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEE-DF/2017) Dois processos morfológicos atuam na formação 
do advérbio “infelizmente”. Dadas as propriedades dos afixos presentes, verifica-se uma 
ambiguidade estrutural referente à ordem de ocorrência desses processos: pode-se 
primeiramente adicionar o prefixo in- ao adjetivo feliz, e, depois o sufixo -mente, ou, ao 
contrário, pode-se adicionar primeiro o sufixo e, depois, o prefixo.
Em aula, falei sobre a ordem em que os afixos se somam à palavra, lembra-se? A questão diz 
que a ordem de afixação do prefixo in- e do sufixo -mente é livre. Vimos, no entanto, que a 
afixação tem por prioridade inserir afixos dentro da classe gramatical. Assim, primeiro há a 
prefixação (que mantém a classe gramatical dos adjetivos: felizAdj>infelizAdj) para depois 
ocorrer a sufixação, que muda a palavra de classe (infelizAdj>infelizmenteAdv)
Errado.
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
011. 011. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
1 | O nome é o nosso rosto na multidão de palavras.
Delineia os traços da imagem que fazem de nós, embora
não do que somos (no íntimo). Alguns escondem seus
4 | donos, outros lhes põem nos olhos um azul que não
possuem. Raramente coincidem, nome e pessoa. Também
há rostos quase idênticos, e os nomes de quem os leva
7 | (pela vida afora) são completamente díspares, nenhuma
letra se igualando a outra.
O do autor deste texto é um nome simples,
10 | apostólico, advindo do avô. No entanto, o sobrenome, pelo
qual passou a ser reconhecido, é incomum. Sonoro,
hispânico. Com uma combinação incomum de nome e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
106 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
13 | sobrenome, difícil seria encontrar um homônimo. Mas eis
que um surgiu, quando ele andava pelos vinte anos. E
continua, ao seu lado, até agora — sombra amiga.
16 | Impossível não existir aqui ou ali alguma confusão
entre eles, um episódio obscuro que, logo, viria às claras
com a real justificativa: esse não sou eu. Houve o caso da
19 | mulher que telefonou para ele, esmagando-o com
impropérios por uma crítica feita no jornal pelo outro,
sobre um célebre arquiteto, de quem ela era secretária.
(João Anzanello Carrascoza. Homônimo. In: Diário das Coincidências. Ed. digital. São Paulo: Objetiva, p. 52. 
Com adaptações)
O vocábulo “um” (l.14) refere-se a um indivíduo cujo nome é idêntico ao do autor do texto.
O vocábulo, de fato, faz referência a um indivíduo cujo nome é idêntico ao do autor do 
texto. Isso pode ser comprovado pela inserção dessa informação no trecho: “Mas eis que 
um homônimo surgiu”, e homônimo equivale “pessoa com mesmo nome que o meu”.
Certo.
012. 012. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
1 | A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de
preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos
animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e
4 | vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas
vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser
poucas as pessoas que acordam se sentindo primatas,
7 | mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.
A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de
10 | afastar as trevas noturnas de todo hábitat humano. Luz soa
para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se
observar do espaço o mapa das desigualdades econômicas
13 | mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A
parcela ocidental do hemisfério norte é, de longe, a mais
iluminada.
16 | Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo
ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o
excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a suareprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
107 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
19 | dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de
melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília
Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil
22 | quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para
mim mesmo a pergunta que me faço desde que me
conheço por gente: quem é o responsável por acender as
25 | luzes da cidade? O mais plausível é imaginar que essa
tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados pelos
bairros. Mas e antes dos sensores, como é que se fazia?
28 | Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da
luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se
31 | iluminava.
Não consigo pensar em um cargo público mais
empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se
34 | existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter
se transferido para o mundo das trevas eternas.
(MORAES, Reinaldo. Luz! Mais luz. Internet: www.nexojornal.com.br. Com adaptações)
A substituição da locução “a cidade toda” (l.30) por “toda cidade” preservaria os sentidos 
e a correção gramatical do período.
Os sentidos não seriam preservados, pois “a cidade toda” diz respeito a uma única cidade, 
concebida em sua totalidade. Já “toda cidade” é uma generalização que envolve um universo 
de diferentes cidades, concebidas coletivamente.
Errado.
013. 013. (CEBRASPE/NÍVELSUPERIOR/FUB/2018)
1 | Na farmácia, presencio uma cena curiosa, mas
não rara: balconista e cliente tentam, inutilmente, decifrar
o nome de um medicamento na receita médica. Depois
4 | de várias hipóteses, acabam desistindo. O resignado senhor
que porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico
e voltar mais tarde. “Letra de doutor”, suspira o balconista,
7 | com compreensível resignação. Letra de médico já se
tornou sinônimo de hieróglifo.
Exercício de caligrafia saiu de moda, mas todos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
108 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
10 | os alunos sabem que devem escrever de modo legível
para conquistar a boa vontade dos professores. A letra dos
médicos, portanto, é produto de uma evolução, de uma
13 | transformação. Mas que fatores estariam em jogo atrás delas?
Que eu saiba, o assunto ainda não foi objeto de
uma tese de doutorado, mas podemos tentar algumas
16 | explicações. A primeira, mais óbvia (e mais ressentida),
atribui os garranchos médicos a um mecanismo de poder.
Doutor não precisa se fazer entender: são os outros,
19 | os seres humanos comuns, que têm de se familiarizar com
a caligrafia médica.
Pode ser isso, mas acho que não é só isso. Há outros
22 | componentes: a urgência, por exemplo. Um doutor que
atende dezenas de pacientes num movimentado ambulatório
de hospital não pode mesmo caprichar na letra. Receita
25 | é uma coisa que ele deve fornecer — nenhum paciente
se considerará acolhido se não levar uma receita. A receita
satisfaz a voracidade de nossa cultura pelo remédio, e está
28 | envolta numa aura mística: é como se o doutor, por meio dela,
acompanhasse o paciente. Mágica ou não, a receita é,
muitas vezes, fornecida às pressas; daí a ilegibilidade.
31 | Há um terceiro aspecto, mais obscuro e delicado.
É a relação ambivalente do médico com aquilo que ele
receita — a sua dúvida quanto à eficácia dos medicamentos.
34 | Os velhos doutores sabem que a luta contra uma doença não
se apoia em certezas, mas sim em tentativas: na medicina,
“sempre” e “nunca” são palavras proibidas. Daí a dúvida,
37 | daí a ansiedade da dúvida, da qual o doutor se livra pela
escrita rápida. E pouco legível.
(SCLIAR, Moacyr. Letra de médico. In: A face oculta. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2001, p. 23-5. Com 
adaptações)
Infere-se do texto que, pelo emprego do adjetivo “compreensível” (l.7), o narrador transmite sua 
opinião, o que se confirma pela ponderação exposta no último período do primeiro parágrafo.
O emprego do adjetivo “compreensível” denota, sim, a opinião do narrador. Isso porque 
o narrador concorda, acha compreensível a resignação do balconista. Quando o narrador 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
109 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
fala que “Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo” (último período do último 
parágrafo), confirma a ideia de que a resignação do balconista é compreensível.
Certo.
014. 014. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
Texto 14A15AAA
1 | A natureza jamais vai deixar de nos surpreender.
As teorias científicas de hoje, das quais somos justamente
orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por
4 | futuras gerações de cientistas. Nossos modelos de hoje
certamente serão pobres aproximações para os modelos do
futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro seria
7 | impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido
impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton.
Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão
10 | sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais
corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de
perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e
13 | imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim
como nossos antepassados, estaremos sempre buscando
compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem fim,
16 | compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre
o mundo a nossa volta.
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa
19 | aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge a
cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias
atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias
22 | daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do
conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual.
Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos
25 | todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o
Universo. É a persistência do mistério que nos inspira a criar.
(GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Big-Bang. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2006. p. 384-5. Com adaptações)
A substituição do termo “do futuro”, em “modelos do futuro” (l.5 e 6), pelo adjetivo “futuristas” 
manteria os sentidos originais do texto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
110 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
O termo “futurista” significa “relativo ou adepto do futurismo”, e “futurismo” significa toda 
uma corrente de pensamento nas artes e nas ciências. Essas noções não estão presentes 
no trecho “modelos do futuro”, em que “futuro” equivale apenas a “tempo que se segue 
ao presente”.
Errado.
015. 015. (CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2018)
Texto XI
1 | Até meados do século XIX, a classe que trafica
adquire bens para convertê-los em lucro e benefício. Daí em
diante, ela será outra. Um traço para distinguir as duas fases já
4 | foi lembrado: o despertar do entorpecimento que lhe causava
a predominância socialda classe proprietária, por sua vez, na
cúpula, recoberta pelo estamento dos que mandam, governam
7 | e dirigem a política. Mas que não haja equívoco: o arrastar na
sombra denunciava-lhe prestígio negativo, oriundo da
composição de estrangeiros entre seus membros e do tipo de
10 | negócios a que se dedicava, sobretudo no comércio negreiro.
Não que vivesse alheia à importância econômica ou à
eficiência no trato do sistema. Era ela a categoria dinâmica da
13 | economia, a que lhe dava impulso à energia, financiando a
produção, com o fornecimento de crédito e escravos.
Sobretudo, armava o elo que ligava o café ao comércio
16 | mundial, polo diretor, em última instância, da economia
nacional, dependente de flutuação de centros de decisões fora
do país. De outro lado, comunicava às cidades e ao campo a
19 | modernização, de nível europeu, de mercadorias, e, por via
delas, de costumes, modas e hábitos de consumo. Estava na
sombra, mas não lhe faltava atividade, vibração nervosa e
22 | energia. Por via desse subterrâneo pulsar, ligava-se ao estrato
dirigente, o estamento, com repulsa e, não raro, em oposição
de estilos de vida, mas em íntima compreensão, além da zona
25 | dos salões e dos palácios, aos interesses materiais. Assim é
que, antes de 1850, a arquitetura política, caracterizada no
centralismo, servia mais ao grupo dos negociantes,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
111 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
28 | comissários, traficantes de escravos, importadores e
exportadores, do que aos isolados produtores e fazendeiros.
Servia-a, também, a estabilidade monetária, quebrada de
31 | maneira grave com a agitação de fazendeiros e especuladores
industriais no fim do império. Houve um momento em que ela
— a classe lucrativa — se emancipou, passou a viver de seu
34 | próprio impulso, sem se disfarçar ou mascarar-se em traços
secundários de outra classe, detentora de maior expressão
social, ou do estrato monopolizador do prestígio político. Sobe
37 | uma classe e dentro dela elevam-se muitos aspirantes a essa
camada. Individualmente, é o momento da crise — o homem
escolhe o seu caminho, desdenhando o curso batido e
40 | frequentado. Socialmente, toda uma camada quer os bens da
vida, materiais e ideais, sem arrimos ou auxílios, agora vistos
como ilegítimos. O empresário faz-se na cidade, conquista
43 | títulos de nobreza e cadeiras no parlamento. Foi neste
momento que a surpreendeu Machado de Assis, mal inclinado
a ela por força de seu preconceito, nutrido de tradição. No seu
46 | sarcasmo, ferindo-a de zombarias e riso, ele vê um mundo que
cresce a sua frente, transformando a sociedade — ele tudo vê,
com escândalo, repugnância e indignação. O dinheiro,
49 | avassalando os negócios, invade as consciências,
infundindo torpeza em toda parte, na queda de escrúpulos,
virtudes e valores.
(FAORO, Raymundo. Lucro e negócios — classe lucrativa. In: Machado de Assis — a pirâmide e o trapézio. 
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974. p. 226. Com adaptações)
No trecho “toda uma camada quer os bens da vida” (l.40 e 41), o artigo indefinido foi 
empregado como item de realce, razão por que sua eliminação não prejudicaria a correção 
gramatical nem o sentido original do texto.
Veja a diferença de interpretação quando retiramos o artigo indefinido do trecho analisado:
“toda uma camada quer os bens da vida”
“toda camada quer os bens da vida”
Sem o artigo, a interpretação é muito mais generalizante. Por isso, haveria prejuízo para 
o sentido original do texto.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
112 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO
016. 016. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEDUC-AL/2018)
1 | Deixei-o nessa reticência, e fui descalçar as botas, que
estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e
deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás
4 | deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então
considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas
da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as
7 | descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os
depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e
de Epicuro. […] Daqui inferi eu que a vida é o mais engenhoso
10 | dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar
a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles
aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que
13 | toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra Completa, v. 1, p. 555-6.
Dados os sentidos do texto, subentende-se que o agente da forma verbal “Mortifica” (l.7) 
é “botas” (l.5).
O primeiro ponto a ser notado: caso “botas” fosse sujeito do verbo “mortificar”, a concordância 
seria necessária (e então teríamos “as botas mortificam”).
Em segundo lugar, o verbo está no imperativo afirmativo e concorda com a segunda pessoa 
do singular.
Errado.
017. 017. (CEBRASPE/TÉCNICO/STJ/2018)
10 | Autores importantes do campo
da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram
intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX,
13 | e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a
perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,
eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de
16 | situações de justiça social e têm hipóteses concretas para
se chegar a esse estado de coisas.
O sujeito da forma verbal “têm” (l.16) está elíptico e retoma “cada um desses autores” (l.14).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
113 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
A forma verbal “têm” retoma o pronome “eles”, da linha 15.
Errado.
018. 018. (CEBRASPE/AUDITOR/SERFAZ-RS/2018)
26 | Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos,
que atingem o fluxo econômico, por tributos que incidam
28 | sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior
desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,
produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 27 do texto é corretamente classificado 
como simples.
O sujeito da forma verbal “incidam” é o pronome relativo “que”, cujo referente é “tributos”. 
Assim, a pluralidade do referente desencadeia a concordância na forma verbal. O sujeito é 
classificado, portanto, como simples.
Certo.
019. 019. (CEBRASPE/ANALISTA/PGE-PE/2019)
1 | A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de
um movimento do espírito que de um juízo fundado em
argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há
4 | período histórico que não tenha sido julgado, de uma parte ou
de outra, como um período em crise. Ouvi falar de crise em
todas as fases da minha vida: depois da Primeira Guerra
7 | Mundial, durante o fascismo e o nazismo, durante a Segunda
Guerra Mundial, no pós-guerra, bem como naqueles que foram
chamados de anos de chumbo. Sempre duvidei que o conceito
10 | de crise tivesse qualquer utilidade para definir uma sociedade
ou uma época.
Que fique claro:é claro, certos parâmetros, organizados no quadro 
esquemático a seguir.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
9 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Posição da sílaba tônica Quando a palavra é acentuada Exemplos
Última sílaba
- oxítona –
Terminada em -a(s) Pará
Terminada em -e(s) Café
Terminada em -o(s) Cipó
Terminada em -em/-ens Armazém/Armazéns
Penúltima sílaba
- paroxítona –
Terminadas em ditongo História
Terminadas em tritongo Águem
Terminadas em -ão(s) e -ã(s) Órgão
Qualquer outra terminação que não 
seja:
-a(s)
-e(s)
-o(s)
-em(ns)
Fácil
Glúten
Quórum
Caráter
Tórax
Júri
Tênis
Vênus
Fórceps
Antepenúltima sílaba
- proparoxítona – TODAS são acentuadas
Cômodo
Econômico
Estávamos
Lâmpada
Músico
Elétrico
Página
No caso da acentuação pela regra dos hiatos, temos o seguinte: as vogais tônicas grafadas 
em i e u das palavras oxítonas e paroxítonas LEVAM ACENTO quando são antecedidas de 
uma vogal com que não formam ditongo (isto é, com a qual formam hiato) e desde que não 
constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s. Exemplos: 
país, atraí, saúde, juízes, raízes, saída.
Em relação às mudanças advindas do Acordo de 1990, não se empregam mais os seguintes 
acentos gráficos:
Não se emprega mais o acento circunflexo na primeira vogal das 
terminações -eem nas terceiras pessoas do plural do presente 
do indicativo ou do subjuntivo dos verbos
Crer: creem/descreem
Dar: deem/desdeem
Ler: leem/releem
Ver: veem/anteveem
Não são mais acentuadas as palavras paroxítonas com os ditongos 
abertos -ei e -oi:
Assembleia
Ideia
Heroico
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
10 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Há também os acentos diferenciais e os casos de dupla grafia:
R e c e b e m a c e n t o s 
diferenciais
Flexões distintas da forma verbal “poder”: pôde x pode
pôr (verbo) x por (preposição)
Aceitam dupla grafia Forma ou Fôrma
Por fim, e talvez o tópico mais avaliado em concursos públicos, observamos a distinção 
entre “tem” e “têm” (e derivados). Aqui, estamos diante de uma marcação morfológica: 
“tem” marca a concordância com sujeito na terceira pessoa do SINGULAR; “têm” marca a 
concordância com sujeito na terceira pessoa do PLURAL. Aplica-se o mesmo padrão para 
o par “vem”/”vêm” (e derivados). Note que, quando houver forma derivada, o padrão de 
acentuação das oxítonas deve ser aplicado: “ele detém” e “eles detêm”. 
Professor, e nas provas? Como esse assunto é abordado?Professor, e nas provas? Como esse assunto é abordado?
Na Plataforma Gran Questões, encontramos 3.044 questões sobre acentuação gráfica. 
Na maioria das bancas, os enunciados se apresentam da seguinte forma:
Banca Enunciado da questão sobre acentuação gráfica
SELECON A palavra “câncer” é acentuada pela mesma razão da palavra:
INSTITUTO AOCP
Assinale a alternativa em que os termos destacados sejam acentuados pela 
mesma norma gramatical.
FGV
A frase abaixo em que as duas palavras sublinhadas mostram acento gráfico 
devido à mesma regra, é:
IDECAN Assinale a alternativa que contém palavras acentuadas pela mesma regra.
CEBRASPE
O emprego de acento agudo nas palavras “elétricos”, “pálidas” e “móveis” 
justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica.
QUADRIX
Justifica-se, com base na mesma regra de acentuação gráfica, o emprego 
do acento nas palavras
Podemos observar claramente um padrão emergindo: as bancas solicitam em especial 
a identificação de padrões de acentuação. Deve-se encontrar o grupo de palavras que são 
acentuadas pela mesma regra. Outra abordagem é a identificação de desvios ortográficos 
em reescritas.
Finalizamos aqui os tópicos de Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica. Passaremos 
direto para um novo nível de análise, o morfológico.
2 . ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS2 . ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
A morfologia estuda a estrutura e os processos de formação de palavras. O objeto de 
análise é o morfema, a menor unidade portadora de significado. Os morfemas podem ser 
raízes ou afixos. As raízes são elementos morfológicos que tipicamente formam a base 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
11 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
de uma palavra quando os afixos são retirados. Os afixos, por sua vez, são elementos não 
autônomos (não ocorrem isoladamente em uma frase) que se unem às raízes. Em uma 
palavra como “desleal”, o morfema “des-“ é um afixo e o morfema “leal” é a raiz. É comum 
que a raiz expresse o significado descritivo de entidades do mundo biossocial (coisas, 
eventos, emoções etc.).
Dois conceitos são centrais na análise mórfica: a flexão e a derivação. A flexão é 
caracterizada por mudanças na forma do vocábulo que expressam noções gramaticais. Já 
a derivação se caracteriza por ser um processo que cria novas palavras. Em “casa” | “casas”, 
há flexão, pois há a inserção de uma noção gramatical (número plural), sem que isso crie 
um novo vocábulo. Em “casa” | “casebre”, observamos uma derivação, pois se cria uma nova 
palavra a partir de um elemento primitivo.
Na flexão, as estruturas mais importantes são as flexões nominais e verbais, como 
esquematizado a seguir (e ilustrado pela forma verbal cantássemos):
RAIZ +
VOGAL 
TEMÁTICA
+
MORFEMA DE 
MODO-TEMPO
+
MORFEMA DE 
NÚMERO-PESSOA
Cant- -á -sse -mos
Para os nomes (substantivos e adjetivos), o padrão é mais simples:
RAIZ + VOGAL TEMÁTICA + MORFEMA DE GÊNERO + MORFEMA DE NÚMERO
Os morfemas que expressam as noções gramaticais da flexão são denominados desinências.
Os padrões de formação de novas palavras estão organizados a seguir. Note que a flexão 
ocorre sempre por sufixação (as desinências são afixadas após a raiz). Na derivação, os 
processos são mais dinâmicos.
Processos de derivação por afixação (adição de afixo(s))
Prefixação União de prefixo + RAIZ infeliz (in- + feliz)
Sufixação União de RAIZ + Sufixo felizmente (feliz + -mente)
Prefixação e sufixação
União não simultânea de
Prefixo + RAIZ + Sufixo
Infelizmente
(in- + feliz + -mente)
Parassíntese
União simultânea de
Prefixo + RAIZ + Sufixo
Emporcalhar
(em- + porco + -alhar)
Para identificar os processos de derivação por afixação, um teste deve ser aplicado: 
observe a palavra e pergunte se é possível retirar o afixo. Esse “retirar o afixo” significa mais 
ou menos o seguinte: a palavra existe na língua sem aquele afixo? Em “infeliz”, podemos 
tirar o “in-” porque sabemos da existência autônoma de “feliz”. Isso também vale para 
“felizmente”. Na parassíntese, há um fato adicional: a palavra só vai existir se os afixos 
forem retirados simultaneamente, já que não existem as formas “emporco” ou “porcalhar”. 
Esse raciocínio é muito exigido em questões sobre morfologia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
12 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Em concursos,não tenho nenhuma intenção de
13 | difamar ou condenar o passado para absolver o presente, nem
de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.
Desejo apenas ajudar a que se compreenda que todo juízo
16 | excessivamente resoluto nesse campo corre o risco de parecer
leviano. Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
114 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
menos. Mas é difícil dizer se a maior turbulência depende de
19 | uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios
fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais,
políticas, culturais ou até mesmo biológicas.
(BOBBIO, Norberto. Elogio da serenidade e outros escritos morais. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: 
Editora UNESP, 2002, p. 160-1. Com adaptações)
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (l.18) funciona como complemento desse termo.
A estrutura “é difícil” é um predicado cujo sujeito é a estrutura oracional “dizer se a maior 
turbulência depende de uma crise moral”. A ordem direta é esta: “dizer se a maior turbulência 
depende de uma crise moral é difícil”.
Errado.
020. 020. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos
que quase tudo que vemos existe em razão de atividades do
10 | trabalho humano. Os processos de produção dos objetos
que nos cercam movimentam relações diversas entre os
indivíduos, assim como a organização do trabalho
13 | alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da
história.
(MELLO, Thiago de. Trabalho. Internet: educacao.globo.com. Com adaptações)
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações 
diversas entre os indivíduos” (l.10 a 12), o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos 
de produção dos objetos”.
O sujeito da forma verbal “cercam” é o pronome relativo “que”, o qual tem como referente 
“objetos”.
Errado.
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E TERMOS DA ORAÇÃO
021. 021. (CEBRASPE/DIPLOMATA/INSTITUTORIOBRANCO/2018)
Texto VII
1 | Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois
princípios que se combatem e regulam diversamente as
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
115 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
atividades dos homens. Esses dois princípios encarnam-se nos
4 | tipos do aventureiro e do trabalhador. Já nas sociedades
rudimentares manifestam-se eles, segundo sua predominância,
na distinção fundamental entre os povos caçadores ou coletores
7 | e os povos lavradores […] Existe uma ética do trabalho, como
existe uma ética da aventura. Assim, o indivíduo do tipo
trabalhador só atribuirá valor moral positivo às ações que sente
10 | ânimo de praticar e, inversamente, terá por imorais e
detestáveis as qualidades próprias do aventureiro — audácia,
imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade,
13 | vagabundagem — tudo, enfim, quanto se relacione com a
concepção espaçosa do mundo, característica desse tipo. Por
outro lado, as energias e esforços que se dirigem a uma
16 | recompensa imediata são enaltecidos pelos aventureiros; tanto
as energias que visam à estabilidade, à paz, à segurança
pessoal quanto os esforços sem perspectiva de rápido proveito
19 | material passam, ao contrário, por viciosos e desprezíveis para
eles. Nada lhes parece mais estúpido e mesquinho do que o
ideal do trabalhador. Entre esses dois tipos não há, em verdade,
22 | tanto uma oposição absoluta como uma incompreensão radical.
(BUARQUE DE HOLANDA, Sergio. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 44. Com 
adaptações)
O trecho “tanto uma oposição absoluta como uma incompreensão radical” (l.22) exprime uma 
relação de proporcionalidade entre “uma oposição absoluta” e “uma incompreensão radical”.
Não há ideia de proporcionalidade, mas de equivalência.
Errado.
022. 022. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/EMAP/2018)
1 | É curioso notar que a ideia de porto está presente
nas sociedades humanas desde o aparecimento das cidades.
Isso porque uma das características das primeiras estruturas
4 | urbanas existentes na região do Oriente Próximo foi a
presença do porto.
As primeiras cidades, no sentido moderno,
7 | surgiram no período compreendido entre 3.100 e 2.900 a.C.,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
116 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
na Mesopotâmia, civilização situada às margens dos rios
Tigre e Eufrates. A estrutura desses primeiros agrupamentos
10 | urbanos era tripartite: a cidade propriamente dita, cercada
por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto
e as células dos futuros palácios reais; uma espécie
13 | de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências
e instalações para criação de animais e plantio; e o porto
fluvial, espaço destinado à prática do comércio e que era
16 | utilizado como local de instalação dos estrangeiros,
cuja admissão, em regra, era vedada nos muros da cidade.
Não se trata, portanto, de uma criação aleatória
19 | apenas vinculada à atividade comercial. O porto aparece
como mais um elemento de uma forte mudança civilizacional
que marcou o contexto do surgimento das cidades e da
22 | escrita. O comportamento fundamental dessa mudança
localiza-se no aumento das possibilidades do agir humano,
na diversificação dos papéis sociais e na abertura para
25 | o futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau
de complexidade da sociedade.
(PAIXÃO, Cristiano; FLEURY, Ronaldo C. Trabalho portuário — a modernização dos portos e as relações de 
trabalho no Brasil. São Paulo: Método, 2008, p 17-8. Com adaptações)
A palavra “portanto” (l.18) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.
A conjunção “portanto” possui valor de conclusão e equivale a “logo”, “por conseguinte”, 
“consequentemente”, “por isso”, “assim sendo” etc.
Certo.
023. 023. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
Texto 6A3BBB
30 | Mesmo reconhecendo-se que o objetivo das
31 | organizações vinculadas ao Estado não deveria ser o lucro,
demandava-se maior eficiência e transparência quanto ao valor
que, efetivamente, elas agregavam à sociedade. Nesse sentido,
34 | as organizações públicas se veem pressionadas a rever suas
estruturas e dinâmicas de funcionamento, a fim de otimizarem
seus processos e rotinas, assegurando melhor desempenho e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
117 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
37 | resultados mais efetivos. Como resultante, a demanda por
reformas no setor passou a constituir importante elemento da
agenda política nacional, inserindo-se, de forma sistemática,
40 | nos discursos de lideranças e gestores públicos, que, cada vez
mais, deveriam assumir um perfil empresarial e gerencial.
(OLIVEIRA, Fátima B. de; SANT’ANNA, Anderson de S.; VAZ, Samir L. Liderança no contexto da nova adminis-
traçãopública: uma análise sob a perspectiva de gestores públicos de MG e RJ. Revista de Administração 
Pública, Rio de Janeiro, v. 44, n. 6, p. 1453-75, nov./dez. 2010. Com adaptações)
A correção gramatical do texto seria preservada caso o trecho “Mesmo reconhecendo-se” 
(l.30) fosse substituído por “Embora se reconhecesse”.
Ambas as estruturas introduzem uma CONCESSÃO.
Certo.
Texto CB1A2AAA
1 | No direito brasileiro convencional, a relação entre a
espécie humana e as demais espécies animais limita-se à tutela
dos animais pelo poder público em função da sua utilidade
4 | enquanto fauna brasileira intrínseca ao meio ambiente
equilibrado. Alguns doutrinadores brasileiros inovadores
defendem a existência de um direito animal, ou seja, de direitos
7 | garantidos aos animais não humanos como sujeitos.
A Constituição de 1988 contém uma norma que
protege os animais, independentemente de sua origem ou
10 | classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se
em um argumento puramente utilitarista: os animais são
protegidos com a finalidade de garantir um hábitat saudável às
13 | atuais e futuras gerações humanas.
Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica
no direito penal, os animais são tema de direito civil. Ainda são
16 | estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito
romano, como simples coisas semoventes, como se
desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou apego. Em
19 | jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a
capacidade de se mover e que podem proporcionar lucros aos
seus proprietários.
(GOMES, Nathalie Santos Caldeira. Ética e dignidade animal. Internet: www.publicadireito.com.br. Com 
adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
118 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
024. 024. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/TRF 1ª REGIÃO/2017) A oração “Desprovidos de valor próprio e 
de relevância jurídica no direito penal” (l.14 e 15) introduz no período uma ideia de concessão, 
razão por que poderia ser corretamente introduzida por “Embora”, feito o devido ajuste na 
inicial maiúscula da palavra “Desprovidos”.
A relação entre as orações não é de concessão, mas de CAUSA. Veja que a reescrita funcionaria 
adequadamente se se inserir formas como “devido a”, “por causa de” (“Devido ao fato de 
estarem desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, [resta] aos 
animais serem tema do direito civil“).
Errado.
025. 025. (CEBRASPE/NÍVELMÉDIO/TRF 1ª REGIÃO/2017) A correção gramatical e o sentido original 
do texto seriam preservados caso a conjunção “Porém” (l.10) fosse substituída por “Mas”.
Em aula, falei que a conjunção adversativa “mas” é a única que não é seguida de vírgula 
quando em início de período (a menos que haja termo intercalado). Assim, a substituição 
do “porém” pelo “mas” exigiria a retirada da vírgula: “Mas a proteção que lhes é […]”.
Errado.
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO
026. 026. (CEBRASPE/DELEGADO/PC-SE/2018)
10 | Para que a atuação policial ocorra dentro dos
parâmetros democráticos, é essencial que haja a
implementação de um modelo de policiamento que
13 | corresponda aos preceitos constitucionais, promovendo-se
o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e segurança.
(OLIVEIRA JUNIOR, Almir de (org.). Instituições participativas no âmbito da segurança pública: programas 
impulsionados por instituições policiais. Rio de Janeiro: IPEA, 2016, p. 13. Com adaptações)
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (l.11 e 12) tem a 
função de qualificar o adjetivo que a antecede: “essencial” (l.11).
É preciso perguntar ao predicado “é essencial”: o que é essencial? A resposta que temos é: 
“que haja a implementação de um modelo de policiamento”. É por isso que estamos diante 
de uma oração subordinada substantiva (subjetiva), não adjetiva.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
119 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
027. 027. (CEBRASPE/CONHECIMENTOSBASICOS/ANATEL/2014)
15 | É importante ressaltar que o termo comunicação
16 | carrega, no mundo moderno, as marcas de sua
17 | ambiguidade original (tornar comum a muitos, partilhar,
18 | trocar). Nesse sentido, quando se fala em comunicação
19 | face a face ou interativa, pode-se dizer que se trata de
20 | troca e partilha, mas quando se fala de comunicação
21 | mediada, como rádio e TV, destaca-se consideravelmente
22 | a sua função de tornar comum a muitos.
(BORDIEU, Pierre. Questões de sociologia e comunicação. FAPESP, ANABLUME, 2007, p. 42-3. Com 
adaptações)
O trecho “que o termo comunicação carrega, no mundo moderno, as marcas de sua 
ambiguidade original” (l.15 a 17) exerce a função de complemento verbal no contexto em 
que ocorre.
A estrutura subordinada em análise é complemento do verbo “ressaltar”.
Certo.
028. 028. (CEBRASPE/CONHECIMENTOSBÁSICOS/TCE-RN/2015)
1 | Os primeiros vestígios de atividade contábil foram
encontrados na Mesopotâmia, por volta de 4.000 a.C.
Inicialmente, eram utilizadas fichas de barro para representar
4 | a circulação de bens, logo substituídas por tábuas gravadas com
a escrita cuneiforme. Portanto, os registros contábeis não só
antecederam o aparecimento da escrita como subsidiaram seu
7 | surgimento e sua evolução. Embora a fiscalização de contas
conste de registros mais antigos, prática já exercida por
escribas egípcios durante o reinado do faraó Menés I, foi na
10 | Grécia que se configurou o primeiro esboço de um tribunal
de contas, formado por dez tesoureiros, guardiões da
administração pública. Contudo, somente em Roma, a
13 | contabilidade atingiu sua mais alta expressão com a
sistematização de mecanismos de controle que, por gozarem de
estatuto jurídico preeminente, influenciaram todo o Ocidente
16 | e as civilizações modernas.
(BRITTO, Cristina. Uma breve história do controle. Salvador, BA: P55 edições, 2015, p. 15. Internet: www.tce.
ba.gov.br. Com adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
120 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
É possível identificar no trecho “foi na Grécia que se configurou o primeiro esboço de um 
tribunal de contas” (l.9 a 11) duas orações, sendo uma delas de natureza restritiva.
A expressão “foi… que” não é uma oração (e o “que” não é pronome relativo, daí não ser 
uma oração subordinada adjetiva restritiva). A única oração é nucleada pela forma verbal 
“configurou”.
Errado.
029. 029. (CEBRASPE/CONHECIMENTOSBÁSICOS/TELEBRAS/2015)
1 | A reestruturação do setor de telecomunicações no
Brasil veio acompanhada da privatização do Sistema
TELEBRAS — operado pela Telecomunicações Brasileiras
4 | S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal verticalmente
integrado e organizado em diversas subsidiárias, que prestava
serviços por meio de uma rede de telecomunicações
7 | interligada, em todo o território nacional.
A ideia básica do novo modelo era a de adequar o
setor de telecomunicações ao novo contexto de globalização
10 | econômica, de evolução tecnológica setorial, de novas
exigências de diversificação e modernização das redes e dosserviços, além de permitir a universalização da prestação de
13 | serviços básicos, tendo em vista a elevada demanda reprimida
no país.
A privatização, ao contrário do que ocorreu em
16 | diversos países em desenvolvimento e mesmo em outros
setores de infraestrutura do Brasil, foi precedida da montagem
de detalhado modelo institucional, dentro do qual se destaca a
19 | criação de uma agência reguladora independente e autônoma,
a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além
disso, a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro
22 | foi precedida de reformas setoriais em vários outros países, o
que trouxe a possibilidade de aprendizado com as experiências
anteriores.
(PIRES, José Claudio Linhares. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil. Internet: www.
bndespar.com.br. Com adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
121 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam preservados se, no primeiro 
parágrafo, todas as vírgulas fossem eliminadas e a forma verbal “prestava” (l.5) fosse 
substituída por “prestavam”.
Vamos proceder às alterações: “A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil 
veio acompanhada da privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela Telecomunicações 
Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal verticalmente integrado e organizado em 
diversas subsidiárias que prestavam serviços por meio de uma rede de telecomunicações 
interligada em todo o território nacional.”
Com a reescrita (principalmente a retirada da vírgula e a nova flexão verbal), as relações 
sintáticas e semânticas mudam: a oração subordinada “que prestava(m) serviços” passa 
de restritiva a explicativa, e o termo relativo não é mais “monopólio estatal”, mas “diversas 
subsidiárias”.
Errado.
030. 030. (CEBRASPE/POLICIAL/PRF/2019)
1 | A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de
preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos
animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e
4 | vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas
vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser
poucas as pessoas que acordam se sentindo primatas,
7 | mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.
A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de
10 | afastar as trevas noturnas de todo hábitat humano. Luz soa
para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se
observar do espaço o mapa das desigualdades econômicas
13 | mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A
parcela ocidental do hemisfério norte é, de longe, a mais
iluminada.
16 | Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo
ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o
excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
19 | dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de
melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília
Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
122 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
22 | quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para
mim mesmo a pergunta que me faço desde que me
conheço por gente: quem é o responsável por acender as
25 | luzes da cidade? O mais plausível é imaginar que essa
tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados pelos
bairros. Mas e antes dos sensores, como é que se fazia?
28 | Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da
luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se
31 | iluminava.
Não consigo pensar em um cargo público mais
empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se
34 | existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter
se transferido para o mundo das trevas eternas.
(MORAES, Reinaldo. Luz! Mais luz. Internet: www.nexojornal.com.br. Com adaptações)
A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho 
“que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (l.18 e 19) fosse isolado por vírgulas.
A estrutura em análise é uma subordinada adjetiva. Sem vírgula, tem valor restritivo; com 
vírgula, tem valor explicativo.
“o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos”
x
“o excesso de luz urbana, que se infiltra no ambiente no qual dormimos,”
Em (i) acima, sem vírgula, a interpretação é restritiva. Em (ii), a interpretação é explicativa, 
visto haver vírgula. Então a presença de vírgula alteraria, sim, o sentido – e a correção 
gramatical seria mantida.
Certo.
FUNÇÕES DO QUE E DO SE
1 A política tributária não se restringe ao objetivo de abastecer os cofres públicos, mas 
tem também objetivos econômicos e sociais. Se fosse aumentada a tributação 4 sobre 
um produto considerado nocivo para o consumidor ou para a sociedade, o seu consumo 
poderia ser desestimulado. Caso a intenção fosse promover uma melhor distribuição 7 de 
renda, o Estado poderia reduzir tributos incidentes sobre os produtos mais consumidos 
pela população de renda mais baixa e elevar os tributos sobre a renda da classe mais alta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
123 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
10 Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia, 
os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus 13 
produtos e poderia gerar um crescimento das vendas. Outro efeito viável dessa política 
seria o aumento do lucro das empresas, favorecendo-se, assim, a elevação dos seus 16 
investimentos — e, consequentemente, da produção — e o surgimento de novas empresas, 
o que provavelmente resultaria no crescimento da produção, bem como no 19 acirramento 
da concorrência, com possíveis reflexos sobre os preços. Em qualquer um desses cenários, 
o setor seria estimulado.
(Internet: Com adaptações)
031. 031. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2019) No texto 1A3-I, a oração “se o Estado reduzisse 
a tributação de determinado setor da economia” (l.10 e 11) apresenta, no período em que 
se insere, noção de
a) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país.
b) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor.
c) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que 
se diminuísse a tributação.
d) tempo, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor ocorreria somente após 
a redução da tributação sobre ele.
e) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução 
da tributação sobre ele.
O “se” que introduz a oração poderia ser substituído por “na situação em que/na hipótese em 
que/caso”. “Caso” isso seja atendido, algo está licenciado a acontecer. Há, então, uma ideia 
de condição: atendida a condição X, Y pode acontecer (caso O Estado reduza a tributação 
de determinado setor da economia, os custos desse setor podem diminuir).
Letra e.
032. 032. (CEBRASPE/PAPOLOSCOPISTA/PCPE/2016)
Texto CG1A01AAA
1 As perícias médico-legais relacionadas ao fato tanatológico comportam sempreforte 
impregnação cronológica.
4 A definição cronológica da morte, isto é, a determinação do momento em que ela ocorreu, 
é de extrema importância. Em termos jurídicos, é bastante relevante a 7 determinação do 
momento de ocorrência do êxito letal ou de seu relacionamento com eventos não ligados 
diretamente a ele — como no caso, por exemplo, dos problemas sucessórios 10 surgidos 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
124 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
na comoriência. Também na área do direito penal, sobretudo quando se lida com mortes 
presumivelmente criminosas, a fixação do momento da morte tem especial 13 importância, 
pois pode ajudar a esclarecer os fatos e a apontar autorias.
Por outro lado, os progressos da ciência médica têm 16 tornado imperioso que o momento 
do óbito seja estabelecido com o máximo rigor. De fato, a problemática ligada à separação de 
partes cadavéricas destinadas a transplantes em 19 vivos exige que sua retirada seja feita 
em condições de aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse procedimento 
seja feito em prazos curtos, iniciados com o 22 momento da morte. É importante, pois, que 
o médico estabeleça o momento de ocorrência do êxito letal com a maior precisão possível.
25 Estabelecer o momento da morte é situá-la no tempo e, para situar um acontecimento 
no tempo, é preciso que se tenha um conceito claro do que seja tempo. Fugindo das 
28 conceituações matemáticas ou filosóficas de tempo, pragmaticamente aceitamos a 
conceituação popular de tempo, isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, 
meses 31 ou anos. Essa tomada de posição, embora simplista e empírica, é a única que se nos 
afigura capaz de contribuir para a solução do problema tanatognóstico e, consequentemente, 
do da 34 conceituação do momento da morte.
Estando a medicina legal a serviço do direito e as conceituações jurídicas estando 
frequentemente ligadas às 37 noções temporais, compreende-se que se deva esperar 
da medicina legal uma função cronodiagnóstica. Os critérios cronológicos não se limitam 
a classificar os fatos em anteriores 40 ou posteriores; vão mais longe. É preciso medir o 
tempo que separa dois eventos, pois, como afirma Bertrand Russel, só podemos afirmar 
que conhecemos um fenômeno quando somos 43 capazes de medi-lo, e o conceito de 
morte está intimamente ligado ao conceito de tempo.
(MARLET, José Maria. Conceitos médico-legal e jurista de morte. (Internet: Com adaptações)
No texto CG1A01AAA, a oração “que sua retirada seja feita em condições de aproveitamento 
útil” (l.19 e 20) exerce a função de
a) sujeito
b) adjunto adnominal.
c) predicativo do sujeito.
d) predicativo do objeto.
e) objeto direto.
A subordinada ““que sua retirada seja feita em condições de aproveitamento útil” é complemento 
(objeto) direto da forma verbal “exige” (l.19), cujo sujeito é “a problemática […]”.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
125 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
033. 033. (CEBRASPE/AGENTE DA POLICIA/PC-PE/2016)
Texto CG1A01AAA
1 O crime organizado não é um fenômeno recente. Encontramos indícios dele nos grandes 
grupos contrabandistas do antigo regime na Europa, nas atividades dos piratas e 4 corsários 
e nas grandes redes de receptação da Inglaterra do século XVIII. A diferença dos nossos dias 
é que as organizações criminosas se tornaram mais precisas, mais 7 profissionais.
Um erro na análise do fenômeno é a suposição de que tudo é crime organizado. Mesmo 
quando se trata de uma 10 pequena apreensão de crack em um local remoto, alguns 
órgãos da imprensa falam em crime organizado. Em muitos casos, o varejo do tráfico é um 
dos crimes mais desorganizados 13 que existe. É praticado por um usuário que compra 
de alguém umas poucas pedras de crack e fuma a metade. Ele não tem chefe, parceiros, 
nem capital de giro. Possui apenas a 16 necessidade de suprir o vício. No outro extremo, 
fica o grande traficante, muitas vezes um indivíduo que nem mesmo vê a droga. Só utiliza 
seu dinheiro para financiar o tráfico ou seus 19 contatos para facilitar as transações. A 
organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas fica, na maior parte das vezes, 
entre esses dois extremos. É constituída de pequenos e 22 médios traficantes e uns poucos 
traficantes de grande porte.
Nas outras atividades criminosas, a situação é a mesma. O crime pode ser praticado por um 
indivíduo, uma 25 quadrilha ou uma organização. Portanto, não é a modalidade do crime 
que identifica a existência de crime organizado. Guaracy Mingardi. Inteligência policial e 
crime organizado.
(LIMA, Renato Sérgio de; PAULA, Liana de (orgs.). Segurança pública e violência: o Estado está cumprindo 
seu papel? São Paulo: Contexto, 2006. p. 42. Com adaptações)
No texto CG1A01AAA, funciona como complemento nominal a oração
a) “que identifica a existência de crime organizado” (l.26)
b) “que as organizações criminosas se tornaram mais precisas, mais profissionais” (l.5 a 7).
c) “de que tudo é crime organizado” (l.8 e 9).
d) “para facilitar as transações” (l.19).
e) “que compra de alguém umas poucas pedras de crack” (l.13 e 14).
Para ser complemento nominal, é preciso estar relacionado a um nome e ser introduzido por 
preposição. Descartamos, assim, as alternativas (A) e (B) e (E) (por não serem introduzidas 
por preposição) e a alternativa (C) (por estar vinculada à forma verbal “utiliza” (l.18)). Resta-
nos a alternativa (C), a qual traz um termo que completa o nome “suposição”.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
126 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
034. 034. (CEBRASPE/DELEGADO/PC-PE/2016)
7 | O Pacto Pela Vida é um programa do governo do
estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e
ao controle da violência. A decisão ou vontade política de
10 | eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro marco
que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória
dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que o
13 | tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente
negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam
associar-se ao assunto como também o tratam de modo
16 | simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.
O Pacto pela Vida, entendido como um grande
concerto de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em
19 especial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade
no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram
estabelecidos os principais valores que orientaram a construção
22 | da política de segurança, a prioridade do combate aos crimes
violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao
ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes.
25 | Desse modo, definiu-se, no estado, um novo
paradigma de segurança pública, que se baseou na
consolidação dos valores descritos acima (que estavam em
28 | disputa tanto do ponto de vista institucional quanto da sociedade)
No trecho “se pensa” (l.11), a partícula “se” foi empregada para indeterminar o sujeito.
A partícula “se” é índice de indeterminaçãodo sujeito e o verbo “pensar” é transitivo indireto 
(o que inviabiliza a classificação do “se” como partícula apassivadora – que só ocorre com 
verbos transitivos diretos).
Certo.
035. 035. (CEBRASPE/TÉCNICO/TCU/2015)
13 | Aquele momento inicial de um direito sagrado e
14 | ritualizado, expressão das divindades, desenvolveu-se na
15 | direção de práticas normativas consuetudinárias.
[…]
23 | A invenção e a difusão da técnica da escritura,
somadas à compilação de costumes tradicionais,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
127 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
25 | proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o
de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas.
Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram
28 | melhores depositários do direito e meios mais eficazes
Tanto em “desenvolveu-se” (l.14) quanto em “Constata-se” (l.27), a partícula “se” desempenha 
a mesma função sintática.
Vamos observar cada ocorrência da forma -se:
Na linha 14, estamos diante de um verbo pronominal (desenvolver-se). O “se”, então, é 
parte integrante do verbo.
Na linha 27, o “se” é partícula apassivadora (note que “constatar” é transitivo direto na 
ativa). A expressão oracional “que os textos […]” é sujeito sintático.
O contraste entre (i) e (ii) mostra que a partícula “-se” não desempenha a mesma função 
sintática.
Errado.
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE COLOCAÇÃO
036. 036. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2018)
8 | Embora, infelizmente, tais metas não tenham sido
9 | atingidas, ocorreram diversos avanços, como, por exemplo,
10 | a diminuição da mortalidade infantil e do analfabetismo;
A correção gramatical e os sentidos do trecho acima seriam preservados caso a forma 
verbal “ocorreram” (l.9) fosse substituída por “aconteceu”.
O sujeito da forma verbal “ocorreram” está posposto. Se perguntarmos ao verbo “o que 
é que ‘ocorreram’?”, a resposta será: “diversos avanços”. Assim, a substituição pela forma 
verbal “aconteceu”, flexionada na terceira pessoa do singular, não manteria a correção 
gramatical, dado que o sujeito (diversos avanços) manifesta traços de terceira pessoa do 
plural. A forma verbal correta, observando apenas a questão de adequação gramatical 
(concordância), deveria ser “aconteceram”.
Cuidado para não confundir as funções sintáticas, já que nem tudo o que está posposto 
ao verbo é complemento verbal.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
128 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
037. 037. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
24 | Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga,
25 | Maquiavel acaba por encontrá-las na discórdia entre seus
26 | cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como
27 | “tumultos”. Trata-se de uma visão revolucionária, já que o
28 | convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” (l.27) fosse substituída por ideias revolucionárias, 
seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para “Tratam-se”, para se manter a 
correção gramatical do texto.
Lembra-se daquela aula em que falei que o sujeito de uma oração NUNCA pode ser 
preposicionado? Pois então: no trecho em análise, “uma visão revolucionária” é iniciado pela 
preposição “de”. Por esse motivo, não importa a forma (se singular ou plural) do que está 
após a preposição, pois a sequência “de uma visão revolucionária”/”ideias revolucionárias” 
nunca desencadeará concordância na forma verbal.
A forma verbal “Trata-se” é classificada como de sujeito indeterminado (verbo na terceira 
pessoa do singular + índice de indeterminação do sujeito).
Errado.
038. 038. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
17 | Grandes jornais seriam levados à falência por difamações
involuntárias, exércitos inteiros seriam imobilizados por
19 | manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de
estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas
e fórmulas de químicas incompletas.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” (l.20) por “desencaminhados” manteria 
a correção gramatical e a coerência textual, caso em que passaria a concordar com 
“estudantes” (l.20).
A forma verbal “desencaminhadas” concorda com o núcleo “gerações” - e a predicação 
recai sobre esse núcleo. Caso a predicação recaia sobre o termo “estudantes”, a coerência 
textual sofre alteração.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
129 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
039. 039. (CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018)
Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas
7 | natural, do que falar, com relutante perfeição, uma língua
artificialmente construída.
A regência do verbo “preferir” observada no quarto período do texto é típica da variedade 
culta do português europeu, sendo pouco frequente na variedade brasileira do português, 
principalmente em textos informais.
No texto, observamos a seguinte estrutura:
“[alguém] preferirá [algo] [do que alguma coisa]”
A preposição utilizada no texto, então, é “de”.
Isso é diferente do que se estabelece na norma culta (Brasileira e, consequentemente, 
europeia, dado que a nossa tradição assumiu como corretas as características desta): o 
verbo preferir é transitivo direto e indireto, selecionando a preposição “a”.
Então o item está errado por afirmar que a construção “preferir algo do que alguma coisa” 
é pouco frequente - na verdade, ela é muito frequente!
Outro erro do item: a regência típica da variedade culta do português europeu é:
“[alguém] preferirá [algo] [a alguma coisa]”
Errado.
040. 040. (CEBRASPE/AGENTE/IBGE/2021)
Texto 1A1-I
Estou escrevendo um livro sobre a guerra…
Eu, que nunca gostei de ler livros de guerra, ainda que, durante minha infância e juventude, 
essa fosse a leitura preferida de todo mundo. De todo mundo da minha idade. E isso não 
surpreende — éramos filhos da Vitória. Filhos dos vencedores.
Em nossa família, meu avô, pai da minha mãe, morreu no front; minha avó, mãe do meu 
pai, morreu de tifo; de seus três filhos, dois serviram no Exército e desapareceram nos 
primeiros meses da guerra, só um voltou. Meu pai.
Não sabíamos como era o mundo sem guerra, o mundo da guerra era o único que conhecíamos, 
e as pessoas da guerra eram as únicas que conhecíamos. Até agora não conheço outro 
mundo, outras pessoas. Por acaso existiram em algum momento?
A vila de minha infância depois da guerra era feminina. Das mulheres. Não me lembro de 
vozes masculinas. Tanto que isso ficou comigo: quem conta a guerra são as mulheres. 
Choram. Cantam enquanto choram.
Na biblioteca da escola, metade dos livros era sobre a guerra. Tanto na biblioteca rural 
quanto na do distrito, onde meu pai sempre ia pegar livros. Agora, tenho uma resposta, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
130 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
GramáticaBruno Pilastre
um porquê. Como ia ser por acaso? Estávamos o tempo todo em guerra ou nos preparando 
para ela. E rememorando como combatíamos. Nunca tínhamos vivido de outra forma, talvez 
nem saibamos como fazer isso. Não imaginamos outro modo de viver, teremos que passar 
um tempo aprendendo.
Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade me assustava e atraía. Desse 
desconhecimento da vida surgiu uma coragem. Agora penso: se eu fosse uma pessoa mais 
ligada à realidade, teria sido capaz de me lançar nesse abismo? De onde veio tudo isso: do 
desconhecimento? Ou foi uma intuição do caminho? Pois a intuição do caminho existe…
Passei muito tempo procurando… Com que palavras seria possível transmitir o que escuto? 
Procurava um gênero que respondesse à forma como vejo o mundo, como se estruturam 
meus olhos, meus ouvidos.
Uma vez, veio parar em minhas mãos o livro Eu venho de uma vila em chamas. Tinha uma 
forma incomum: um romance constituído a partir de vozes da própria vida, do que eu 
escutara na infância, do que agora se escuta na rua, em casa, no café. É isso! O círculo se 
fechou. Achei o que estava procurando. O que estava pressentindo.
(ALEKSIÉVITCH, Svetlana. A guerra não tem rosto de mulher. Companhia das Letras, 2016, p. 9-11. Com 
adaptações)
Com relação à colocação pronominal, a correção gramatical do texto 1A1-I seria mantida 
caso, no trecho
I – “Não me lembro de vozes”, o pronome “me” fosse deslocado para logo após “lembro”: 
lembro-me.
II – “Estávamos o tempo todo em guerra ou nos preparando para ela”, o pronome “nos” 
fosse deslocado para logo após “preparando”: preparando-nos.
III – “a realidade me assustava”, o pronome “me” fosse deslocado para logo após “assustava”: 
assustava-me.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Em (I), a próclise é obrigatória (porque há fator de atração, o “não”), e por isso a afirmativa 
está errada. Em (II), a ênclise é permitida (não há fator de atração). Em (III), por fim, a ênclise 
também é permitida (com sujeito manifesto). Por essa razão, a alternativa (D) está correta.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
131 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
041. 041. (CEBRASPE/TÉCNICO/STJ/2018)
13 | Embora a
perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,
eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de
16 | situações de justiça social e têm hipóteses concretas para
se chegar a esse estado de coisas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de 
crase no vocábulo “a” em “a esse estado de coisas” (l.17).
Vimos que apenas os pronomes possessivos femininos (singular ou plural) aceitam ser 
precedidos de acento indicativo de crase. O pronome “esse” não pode ser precedido por 
artigo feminino singular (não se pode falar “A essa carta chegou”). Não havendo artigo, não 
pode haver crase. O “a” presente no trecho é uma preposição (regida pelo verbo “chegar”).
Errado.
042. 042. (CEBRASPE/AGENTE/ABIN/2018)
13 | Se praticada por autoridade superior, a espionagem
pode configurar, além de infração penal, crime de
responsabilidade, que, a despeito do nome, não tem natureza de
16 | crime em sentido técnico, mas, sim, de infração política sujeita
a cassação de mandato e suspensão de direitos políticos.
O paralelismo sintático do último parágrafo do texto seria prejudicado se fosse inserido 
sinal indicativo de crase em “a cassação” (l.17).
De fato, haveria prejuízo ao paralelismo sintático. Quando se fala de paralelismo, fala-se 
de “sequência de frases com estruturas gramaticais idêntica”. Os itens que devem receber 
(ou não) o artigo determinado são os seguintes:
de infração política sujeita a
/ cassação de mandato
\ suspensão de direitos políticos
Na representação acima, os termos “cassação de mandato” e “suspensão de direitos políticos” 
não são precedidos por artigo. Por isso não há crase no primeiro “a”.
Na representação a seguir, diferentemente, os termos destacados são precedidos por 
artigo - e é por isso que o primeiro “a” deve receber o acento indicativo de crase (pois nesse 
caso há a soma a + a).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
132 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
de infração política sujeita a
/ a cassação de mandato
\ a suspensão de direitos políticos
Por paralelismo, então, o segundo termo deve ser precedido por artigo.
Certo.
043. 043. (CEBRASPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/TÉCNICO/2018) No trecho “Diga não às 
‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo 
“a” em “dia a dia”.
Aqui você deve aplicar aquela pergunta: qual é o gênero gramatical da palavra “dia”? Essa 
palavra SEMPRE será masculina, por isso não pode ser precedida por artigo definido feminino 
(e, consequentemente, não pode ser precedida de crase).
Errado.
044. 044. (CEBRASPE/ANALISTA/MPC-PA/2019)
Texto CG2A1-I
1 Na década de 1960, o mundo passou por um aumento populacional inédito devido à 
brusca queda na taxa de mortalidade, o que gerou preocupações sobre a capacidade dos 
4 países em produzir comida para todos. A solução encontrada foi desenvolver tecnologia 
e métodos que aumentassem a produção.
7 Em 1981, o indiano ganhador do Prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen, em seu livro 
Pobreza e Fomes, identificou a existência de populações com fome mesmo em 10 países 
que não convivem com problemas de abastecimento. O economista indiano traçou então, 
pela primeira vez, uma relação causal entre fome e questões sociais como pobreza e 13 
concentração de renda. Tirou, assim, o foco de aspectos técnicos e mudou o tom do debate 
internacional sobre a questão e as políticas públicas a serem tomadas a partir daí.
16 As últimas décadas foram de grande evolução no combate à fome em escala global. Nos 
últimos 25 anos, 7,7% da população mundial superou o problema, o que representa 19 216 
milhões de pessoas. É como se mais que toda a população brasileira saísse da subnutrição 
em menos de três décadas. Contudo, 10,8% do mundo ainda vive sem acesso a uma dieta 
22 que forneça o mínimo de calorias e nutrientes necessários para uma vida saudável, e 21 
mil pessoas morrem diariamente por fome ou problemas derivados dela.
25 Um estudo publicado em 2016 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação 
e a Agricultura) mostra que a produção mundial de alimentos é 28 suficiente para atender a 
demanda das 7,3 bilhões de pessoas que habitam a Terra. Apesar disso, aproximadamente 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
133 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
uma em cada nove dessas pessoas ainda vive a realidade da fome. A 31 pesquisa põe em 
xeque toda a política internacional de combate à subnutrição crônica colocada em prática 
nas últimas décadas. Em vez de crescimento da produção e ajudas momentâneas, 34 surge 
agora como caminho uma abordagem territorialque valorize e potencialize a produção local.
Embora os números absolutos estejam caindo, o tema 37 ainda é um dos mais delicados da 
agenda internacional. Um exemplo da extensão do problema está na declaração dada em 
2017 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância 40 (UNICEF), segundo a qual 1,4 milhão 
de crianças, de quatro diferentes países da África — Nigéria, Somália, Iêmen e Sudão do Sul 
—, corre risco iminente de morrer de fome. A questão 43 é tão antiga quanto complexa, e 
se conecta intrinsecamente com a estrutura política e econômica sobre a qual o sistema 
internacional está construído. Concentração da renda e da 46 produção, falta de vontade 
política e até mesmo desinformação e consolidação de uma cultura alimentar pouco nutritiva 
são fatores que compõem o cenário da fome e da desnutrição no 49 planeta.
(Internet: Com adaptações)
A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preservada se fosse inserido sinal indicativo 
de crase em
a) “a demanda” (l.28).
b) “as políticas públicas” (l.15).
c) “a uma dieta” (l.21).
d) “a Terra” (l.29).
e) “a produção local” (l.35).
Como sabemos, a crase ocorre com a junção da preposição (a) e do artigo definido feminino 
(a(s)). Em (A), o verbo “atender” possui dupla regência (transitiva direta ou transitiva 
indireta) – e por isso a crase pode ser aplicada, pois o artigo está lá. Assim, a construção 
“atender à demanda” considera a regência transitiva indireta do verbo “atender”. Em (B), 
(D) e (E), falta a preposição “a”. Em (C), já há artigo (indefinido).
Letra a.
045. 045. (CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-TO/2017)
Texto CG1A1BBB
1 O Tocantins dá abrigo à mais completa floresta fossilizada do mundo, que viveu no Período 
Permiano, em uma época anterior à dos dinossauros. No final desse período, o 4 planeta 
assistiu à maior extinção em massa da fauna e da flora de sua existência.
Os fósseis da floresta foram preservados graças à 7 presença de sílica no ambiente, que se 
infiltrou nas plantas e conservou seus formatos, por meio do processo de permineralização 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
134 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
celular. A infiltração e a impregnação de 10 sílica nas células e nos espaços intercelulares 
formaram uma matriz inorgânica que sustentou os tecidos das plantas, preservando-os. 
A origem do agente da permineralização 13 silicosa ainda permanece obscura.
O alto índice de samambaias indica que a região central do Tocantins era, então, uma planície 
costeira com farto 16 sistema hídrico sob um clima tropical. E o ambiente? Há dúvidas 
quanto à sua caracterização, isto é, se era amazônico ou parecido com o do cerrado.
(Internet: Com adaptações)
No trecho “em uma época anterior à dos dinossauros” (l. 2 e 3) do texto CG1A1BBB, o 
emprego do sinal indicativo de crase decorre da
a) regra de acentuação de palavras monossílabas.
b) presença de expressão adverbial com nome feminino.
c) elipse do nome “época” imediatamente depois de “à” (l.3).
d) regência do adjetivo “anterior” (l.3) e presença do artigo feminino antes do termo 
elíptico “época”.
e) regência do nome “época” (l.3).
O emprego ocorre em razão da forma nominal “anterior”, a qual rege preposição “a” (anterior 
a algo). Como há artigo definido diante do termo elíptico “época”, a crase ocorre: “em uma 
época anterior à época dos dinossauros”. Assim, a alternativa (D) está correta.
Letra d.
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
046. 046. (INÉDITA/2024)
“Por conseguinte, e ao contrário do que comumente (e lamentavelmente) se lê em textos 
assinados por sociolinguistas – num discurso que se repete também nos livros didáticos de 
português, supostamente “atualizados” com os avanços da ciência linguística –, a norma-
padrão definitivamente não é uma das muitas variedades linguísticas que existem na 
sociedade. Não existe uma variedade padrão (aliás, uma contradição em termos, pois se é 
padrão, isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), nem um dialeto-
padrão, nem uma língua padrão, embora esses termos pululem na bibliografia dedicada ao 
tema. O que existe é uma norma-padrão, língua materna de ninguém, língua paterna por 
excelência, língua da lei, uma norma no sentido mais jurídico do termo.”
(“O que é uma língua? Imaginário, ciência e hipóstase.” In: LAGARES, X. C.; BAGNO, M. Políticas da norma e 
conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011. Adaptado)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
135 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Nesse segmento textual, as duas ocorrências dos parênteses têm a finalidade de:
a) Confrontar a afirmativa anterior.
b) Demarcar o ponto de vista do autor em relação à temática abordada.
c) Retificar da afirmativa precedente.
d) Esclarecer o significado de um termo anterior.
e) Acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.
Nos trechos “(e lamentavelmente) e (aliás, uma contradição em termos, pois se é padrão, 
isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), os parênteses demarcam o 
ponto de vista do autor em relação à temática abordada (alternativa (B)). Nessas ocorrências, 
os parênteses não estão sendo utilizados para (A) confrontar a afirmativa anterior, (C) 
retificar da afirmativa precedente, (D) esclarecer o significado de um termo anterior ou 
(E) acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.
Letra b.
047. 047. (INÉDITA/2024)
Enap, Ministério da Economia e Finep lançam chamada pública para receberem 
propostas de startups
A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o Ministério da Economia e a Finep, 
empresa pública federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), 
lançam, nesta terça-feira (2), uma chamada pública em busca de projetos de inteligência 
artificial que possam ser aplicados a serviços públicos. Intitulada “Soluções de IA Poder 
Público – Rodada 1”, o projeto dispõe de R$ 36 milhões para apoiar 12 desafios tecnológicos 
de três entidades públicas: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As propostas devem ser submetidas por startups. Serão apoiados os melhores projetos 
apresentados para cada desafio tecnológico, tendo como requisito a geração de impactos 
positivos sobre a qualidade e o custo dos serviços públicos prestados. Os recursos de 
subvenção econômica (não reembolsáveis) são do Fundo Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (FNDCT). As propostas em que haja a participação de Institutos de 
Ciência e Tecnologias (ICT) como parceiros poderão ser mais bem avaliadas.
A Inteligência Artificial (IA) é a tecnologia que simula, por meio de algoritmos computacionais, 
mecanismos avançados de cognição e suporte à decisão baseados em grandes volumes de 
informação. Seu funcionamento alicerça-se em outras tecnologias, como machine learning, 
que consiste no reconhecimento de padrões a partir da análise de grandes conjuntos de 
dados, permitindo a construção de resultados de forma autônoma.
(Disponível em: https://enap.gov.br/pt/acontece/noticias/governo-federal-investira-r-36-milhoes-em-in-
teligencia-artificial-aplicada-a-servicos-publicos-2. Acesso em: 4 ago. 2022. Com adaptações)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada,por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
136 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Em “A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o Ministério da Economia e a Finep” 
(1º período do 1º parágrafo), o emprego da vírgula é correto, pois
a) separa termos coordenados.
b) isola aposto explicativo.
c) separa predicativos do sujeito deslocados.
d) separa termos repetidos.
e) separa adjuntos adverbiais deslocados.
Em “A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o Ministério da Economia e a Finep”, 
emprega-se a vírgula para separar termos coordenados. Não há, no trecho em análise, 
aposto, predicativo, termos repetidos ou adjuntos adverbiais deslocados. Logo, a alternativa 
(A) é a correta, levando à eliminação as demais (B), (C), (D) e (E)).
Letra a.
048. 048. (INÉDITA/2024) É plenamente adequado o emprego de vírgula no seguinte período:
a) Apoiadores do candidato, participaram de manifestações.
b) O atleta criticou o comitê, e ironizou o treinador.
c) Já já o período natalino aquece o comércio.
d) Jornal afirma, que dona do Facebook planeja iniciar milhares de demissões nesta semana.
e) Em Minas Gerais, a ressocialização de menores infratores vira negócio lucrativo.
Apenas em (E) a vírgula é corretamente aplicada (separa adjunto deslocado). Nas demais 
alternativas, os erros são estes: (A) vírgula separando sujeito do predicado; (B) vírgula separando 
coordenação sindética aditiva com sujeitos semelhantes; (C) é necessário separar expressões 
repetidas com a vírgula ( já, já); e (D) vírgula separando verbo do complemento (oracional).
Letra e.
049. 049. (INÉDITA/2024)
Memórias do cárcere
Graciliano Ramos
Chegávamos à cancela. E experimentei de chofre a necessidade imperiosa de expandir-me 
numa clara ameaça. A desarrazoada tentação era tão forte que naquele instante não me 
ocorreu nenhuma ideia de perigo.
– Levo recordações excelentes, doutor. E hei de pagar um dia a hospitalidade que os senhores 
me deram.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
137 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
– Pagar como? exclamou a personagem.
– Contando lá fora o que existe na Ilha Grande.
– Contando?
– Sim, doutor, escrevendo. Ponho tudo isso no papel. O diretor suplente recuou, esbugalhou 
os olhos e inquiriu carrancudo:
– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas ou 
mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O médico 
enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas e saiu 
resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.
(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere, capítulo II, p. 158, 1956)
Em “Sim, doutor, escrevendo.”, a vírgula foi empregada para
a) isolar aposto
b) isolar vocativo
c) isolar uma explicação
d) isolar um termo adjunto
A vírgula está sendo empregada para isolar um vocativo, tendo em vista o termo “doutor” 
constituir um chamamento (o narrador do texto evoca o interlocutor). Por isso a alternativa 
(B) está correta.
Letra b.
050. 050. (INÉDITA/2024)
Lições de vida
Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger 
e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa. 
Sully virou herói e a lenda estava criada.
Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda para 
contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências do 
capitão Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo 
necessário pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo 
quando existiam opções mais sensatas?
Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível ter 
evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou a 
duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
138 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é “Rationalism 
in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” tornou-se 
a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: uma crença 
na razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.
Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, da 
vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, que 
pode ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.
Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um conhecimento 
técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados 
com rigor cartesiano.
Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de Sullenberger. 
O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente, procura 
a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, entende que 
ele não basta para salvar o dia.
E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma sabedoria que 
não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma equação matemática.
As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum 
é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também 
súbitas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.
Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da modernidade, 
mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de salvação. O ensaio era, 
paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza humana. Eastwood, 
aos 86 anos, traduziu essas imagens.
(COUTINHO, João Pereira. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)
No segundo parágrafo do Texto, as aspas são empregadas para:
a) identificar um título.
b) destacar uma ironia.
c) delimitar uma citação.
d) relativizar o significado original de uma palavra.
e) destacar uma palavra estrangeira.
No primeiro parágrafo, as aspas são utilizadas para identificar o título do filme: Em 2016, 
no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda para contar o 
que aconteceu depois do milagre. É por isso que a alternativa (A) está correta e as demais 
(B), (C), (D) e (E)), incorretas.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
139 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
AZEREDO, J. Escrevendo pela nova ortografia. São Paulo: Publifolha, 2008.
AZEREDO, J. Iniciação à sintaxe do português. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 2017.
BECHARA, E. Lições de português pela análise sintática. São Paulo,SP: Padrão, 2010.
BELTRÃO, Odacir; BELTRÃO, Mariúsa. Correspondência: linguagem & comunicação - oficial, 
comercial, bancária, particular. São Paulo: Atlas, 2007.
BRASIL. Presidência da República. Manual De Redação da Presidência da República. Brasília: 
Presidência da República, 2018.
CAMARA Jr., J. M. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1981.
CAMARA Jr., J. M. Estrutura da língua portuguesa. 10. ed. Petrópolis: Editora Vozes Ltda., 
1980.
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Lexicon, 2008.
GARCIA, O. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 
2010.
HAUY, A. Gramática da língua portuguesa padrão: com comentários e exemplário. São Paulo: 
Editora da USP, 2014.
HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Editora Objetiva. 
2009.
KASPARY, A. Redação Oficial: normas e modelos. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 
2017.
KEHDI, V. Formação de palavras do português. São Paulo: Ática, 2002.
KURY, A. Lições de análise sintática: Teoria e pratica, com mais de 60 modelos, 250 períodos 
para exercícios e sua solução. 5. ed. Rio de janeiro: Fundo de Cultura, 1970.
LUFT, C. Grande manual de ortografia Globo. São Paulo: Globo, 2002.
PEIXOTO, F. Redação na vida profissional: setores público e privado. São Paulo: Martins 
Fontes, 2001.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
140 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
RAPOSO, E. (Org.). Gramática do português. Vol. 1. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste 
Gulbenkian. 2013.
ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 2011.
ROSA, M. C. Introdução à morfologia. São Paulo: Contexto, 2000.
SCHWINDT, L. (Org.) Manual de linguística: fonologia, morfologia e sintaxe. Petrópolis, RJ: 
Vozes, 2014.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
141 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
ANEXOANEXO
SIGLAS E ABREVIATURAS
V.I. – verbo intransitivo
V.T.D. – verbo transitivo direto
V.T.I. – verbo transitivo indireto
V.T.D.I. – verbo transitivo direto e indireto
V.L. – verbo de ligação
l. – linha
1ª p.s. – primeira pessoa do singular
2ª p.s. – segunda pessoa do singular
3ª p.s. – terceira pessoa do singular
1ª p.p. – primeira pessoa do plural
2ª p.p. – segunda pessoa do plural
3ª p.p. – terceira pessoa do plural
N.G.B – Nomenclatura Gramatical Brasileira
SVO – ordem sujeito verbo objeto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
Abra
caminhos
crie
futuros
gran.com.br
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
	Sumário
	Apresentação
	PDF Sintético de Gramática
	1. Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica
	2. Estrutura e Formação de Palavras
	3. Emprego das Classes de Palavras
	3.1. Substantivo, Adjetivo, Artigo, Pronome e Numeral
	3.2. Emprego de Tempos e Modos Verbais; Advérbios
	3.3. Preposição e Conjunção
	3.4. Interjeição e Palavras e Locuções Denotativas
	4. Domínio da Estrutura Morfossintática do Período
	5. Relações de Coordenação entre Orações e entre Termos da Oração
	6. Relações de Subordinação entre Orações e entre Termos da Oração
	7. Funções do QUE e do SE
	8. Sintaxe de Concordância, de Regência e de Colocação
	8.1. Concordância Verbal e Nominal
	8.2. Regência Verbal e Nominal
	8.3. Colocação Pronominal – Próclise, Mesóclise e Ênclise
	9. Emprego do Sinal Indicativo de Crase
	10. Emprego dos Sinais de Pontuação
	Exercícios
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referências
	Anexotambém é exigido o conhecimento sobre quais palavras são criadas a 
partir de outras - por exemplo, você deve saber que “tranquilamente” é uma forma adverbial 
derivada de um adjetivo. Os mapas mentais a seguir sintetizam esses processos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
13 de 142gran.com.br
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
14 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Além da derivação por inserção (soma) de afixo(s), ocorre também a formação de palavras 
por supressão de sufixo, a derivação regressiva. É o que ocorre em “abalo”, formado a partir 
do verbo “abalar”. Nesse processo, há a perda da morfologia verbal (o sufixo de infinitivo).
Por fim, pode ocorrer derivação sem a mudança de forma da palavra (sem adição ou 
redução de afixos). Esse é o caso da derivação imprópria (também denominada conversão). 
Nela, ocorre mudança de categoria gramatical a partir da posição sintática ocupada pelo 
vocábulo, como em “O não é uma forma adverbial que denota negação”, em que o advérbio 
“não” passa a substantivo (é núcleo de um sintagma nominal sujeito).
Além dos processos de formação de palavras por afixação, as palavras podem ser 
formadas pela junção de raízes. É o caso de “passatempo”. Quando uma palavra é formada 
a partir da combinação de raízes, temos um processo de composição, o qual pode ocorrer 
de duas formas:
Composição por justaposição Composição por aglutinação
Ocorre quando as raízes se unem e NÃO HÁ perda 
fonológica (e gráfica)
Ocorre quando as raízes se unem e HÁ perda 
fonológica (e gráfica)
Socioeconômicas (sócio+econômica)
Qualquer (qual+quer)
Aguardente (água+ardente)
Pernalta (perna + alta)
Quando as raízes têm origem em outras línguas, como em “sambódromo” (samba (grupo 
linguístico banto) + dromo (língua grega)), estamos diante de um hibridismo.
Outros processos, menos recorrentes em provas de concurso, também merecem uma 
apresentação em nossa síntese. Observe as características do neologismo e do estrangeirismo.
Neologismo
É o emprego de novas palavras, derivadas ou 
formadas de outras já existentes (incluindo 
morfemas), na mesma língua ou não (ou 
seja, podem ocorrer com elementos de 
outras línguas).
Um exemplo ilustrativo 
é o caso de novos nomes 
d e e s t a b e l e c i m e n t o s 
comerciais, como açaiteria 
e esmalteria.
Estrangeirismo
É a incorporação de um termo estrangeiro 
a uma língua receptora.
Um bom exemplo é o verbo 
tuitar, derivado de Twitter.
Na Plataforma Gran Questões, encontramos 1.874 questões sobre estrutura e formação 
de palavras. Na maioria das bancas, os enunciados se apresentam da seguinte forma:
Banca Enunciado da questão sobre estrutura e formação de palavras
CEBRASPE
A palavra “paulatinamente” (segundo período do primeiro parágrafo) é 
formada por derivação parassintética.
SELECON
Do ponto de vista morfológico, o elemento destacado na palavra 
“reestruturação” tem a mesma função verificada em:
FUNDATEC Há o mesmo tipo de sufixo em “tristemente” e “eloquente”.
IDECAN
Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha, em seu processo de 
formação, sofrido parassíntese.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
15 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Banca Enunciado da questão sobre estrutura e formação de palavras
FCC A palavra que possui o mesmo processo de formação de “descuidoso” é:
FUNDEP
A palavra destacada (evapotranspiração) foi criada pela junção de duas palavras, 
sendo que a primeira delas passou por um outro processo, conhecido como:
IDIB
Assinale a alternativa em que a palavra, extraída do texto, tenha sido formada 
por derivação parassintética.
O padrão parece ser o da identificação do tipo de processo de formação da palavra 
em análise.
Finalizamos mais um capítulo. Agora iniciaremos os trabalhos sobre as classes de palavras.
3 . EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS3 . EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
Em português, há 10 classes gramaticais: substantivo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, 
verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Para classificar os vocábulos da língua 
em cada uma dessas classes, adotam-se os seguintes critérios:
CRITÉRIO
ESSE CRITÉRIO LEVA EM 
CONSIDERAÇÃO
EXEMPLO
MORFOLÓGICO
A característica dos morfemas e do 
modo como eles se associam em nível 
vocabular.
A palavra cordialmente possui o 
morfema -mente, o qual forma 
advérbios a partir de adjetivos.
SINTÁTICO
A posição (distribuição) do item lexical 
ao longo da sentença.
Na sequência A Maria chegou”, o artigo 
A precede o substantivo Maria.
SEMÂNTICO:
O significado lexical, o qual pode 
corresponder a algo do mundo 
extralinguístico (mundo biossocial) ou 
a noções gramaticais (como número).
A palavra inteligente, em A Maria é 
inteligente, atribui uma qualidade a 
um ser.
Outros critérios, menos cobrados em concursos, estão sintetizados a seguir:
Classes abertas
x
Classes fechadas
Nas classes abertas, os itens lexicais podem ser renovados com relativa facilidade 
(fazem parte de um “clube aberto”, em que novos membros podem ingressar).
Nas classes fechadas, os itens lexicais não são renovados com facilidade (fazem 
parte de um “clube fechado”, em que raramente novos membros podem ingressar).
Classes variáveis
x
Classes invariáveis
Nas classes variáveis, os itens lexicais podem sofrer mudança morfológica (em 
nível de flexão).
Nas classes invariáveis, os itens lexicais não podem sofrer mudança morfológica 
(em nível de flexão).
Classes lexicais
x
Classes gramaticais 
(funcionais)
Na classes lexicais, há palavras que possuem significado descritivo, significado 
esse que denota entidades ou situações exteriores à linguagem.
Nas classes gramaticais (ou funcionais), há itens que têm função estruturadora, 
quase como uma “cola” que une as palavras em sentenças.
Para finalizar esse tópico, indico o comportamento de cada uma das classes a partir dos 
critérios supracitados (renovação lexical, mudança morfológica e significado):
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
16 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
CRITÉRIO RENOVAÇÃO LEXICAL MUDANÇA MORFOLÓGICA SIGNIFICADO
TIPO ABERTAS FECHADAS VARIÁVEL INVARIÁVEL LEXICAL GRAMATICAL
CLASSES 
INTEGRANTES
substantivos
adjetivos
verbos
numerais
preposições
artigos
pronomes
conjunções
advérbios
substantivos
adjetivos
verbos
artigos
pronomes
preposições
conjunções
advérbios
substantivos
adjetivos
verbos
preposições
advérbios
artigos
pronomes
numerais
conjunções
É a partir dos critérios morfológico, sintático e semântico que apresentaremos as 
principais características de cada classe gramatical. O padrão de nossa síntese será seguido: 
focarei nas propriedades mais abordadas em concursos públicos.
3 .1 . SUBSTANTIVO, ADJETIVO, ARTIGO, PRONOME E NUMERAL3 .1 . SUBSTANTIVO, ADJETIVO, ARTIGO, PRONOME E NUMERAL
Os substantivos podem denotar classes de entidades (coisas), como substâncias,qualidades, estados e processos. Na tradição gramatical, adotam-se as seguintes classificações 
(estabelecidas a partir do critério semântico):
Divisão Concretos Abstratos
Propriedade 
semântica
O substantivo designa ser de 
existência independente
O substantivo designa ser de existência 
dependente
Exemplos casa, mar, sol, automóvel prazer, beijo, trabalho
Divisão Próprios Comuns
Propriedade 
semântica
O substantivo denomina um objeto 
ou um conjunto de objetos, sempre 
tomados individualmente
O substantivo tem a propriedade de 
denominar um ou mais objetos particulares 
que reúnem características comuns 
inerentes a dada classe
Exemplos João, Jonas, Açores homem, mesa, livro
Divisão Contáveis Não contáveis
Propriedade 
semântica
Os objetos denominados pelo 
substantivo existem isolados, como 
partes individualmente consideradas
Os objetos denominados pelo 
substantivo não são separados em 
partes individuais
Exemplos homem, mulher, casa oceano, vinho, bondade
Divisão Coletivos Nomes de grupos
Propriedade 
semântica
São substantivos que fazem referência 
a uma coleção ou conjunto de objetos
São substantivos que nomeiam 
conjuntos de objetos contáveis
Exemplos vinhedo, arvoredo bando, rebanho, cardume
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
17 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Quando se aplica o critério morfológico, observa-se que substantivos, adjetivos e artigos 
partilham uma estrutura semelhante: todos flexionam em gênero e número:
Substantivo Adjetivo Artigo
Gênero
Masculino Cantor Bonito Um
Feminino Cantora Bonita Uma
Número
Singular Carro Caro O
Plural Carros Caros Os
É claro que existem especificidades na formação do plural. Observe as três 
possibilidades a seguir:
Acréscimo de -s, como em troféu  troféus
Acréscimo de -es, como em mar  mares
Acréscimo de -is, como em papel  papeis
Há também a formação do plural que se manifesta apenas nos determinantes e 
modificadores, como em “lápis”: o lápis (singular); os lápis (plural). Por fim, devem-se observar 
as palavras que terminam com ditongos nasais, como compreensão  compreensões, 
cidadão  cidadãos, pão  pães, capitão  capitães e cristão  cristãos.
Em nomes compostos (aqueles formados por mais de uma raiz, como dissemos há pouco 
na síntese sobre o conteúdo de morfologia), há quatro padrões:
1º padrão
Em compostos cujo primeiro elemento é 
invariável quanto a número:
beija-flor  beija-flores
alto-falante  alto-falantes
2º padrão
Somente o primeiro elemento varia
Em compostos onde haja preposição (clara 
ou oculta):
mula-sem-cabeça  mulas-sem-cabeça
pé de moleque  pés de moleque
Em compostos de dois substantivos, onde o 
segundo exprime a ideia de fim, semelhança, 
ou limita a significação do primeiro:
público-alvo  públicos-alvo
peixe-boi  peixes-boi
3º padrão
Ambos os elementos variam
Nos compostos formados por:
substantivo-substantivo
substantivo-adjetivo
adjetivo-substantivo
carta-bilhete  cartas-bilhetes
amor-perfeito  amores-perfeitos
segunda-feira  segundas-feiras
Nos compostos verbais repetidos corre-corre  corres-corres
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
18 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
4º padrão
Nenhum elemento varia
(e o plural é indicado por determinantes ou modificadores)
Em frases substantivas o disse-me-disse  os disse-me-disse
Nos compostos
tema verbal + palavra invariável o ganha-pouco  os ganha-pouco
Para a noção de gênero GRAMATICAL, a flexão para o feminino ocorre tipicamente 
pela adição do sufixo -a (cantor + -a = cantora). Há também outras manifestações, como 
bom/boa, leão/leoa, valentão/valentona, órfão/órfã e europeu/europeia. Em português, 
também há os substantivos de gênero único, os substantivos de dois gêneros sem flexão 
e os substantivos de dois gêneros, com flexão redundante, conforme descrito a seguir:
Substantivo de gênero único:
(a) rosa
(a) flor
(a) tribo
(a) juruti
(o) planeta
(o) amor
(o) livro
Substantivo de dois gêneros sem flexão:
(o), (a) artista
(o), (a) intérprete
(o), (a) mártir
Substantivos de dois gêneros, com 
flexão redundante:
(o) lobo; (a) loba
(o) mestre; (a) mestra
(o) autor; (a) autora
Para além dos casos de flexão, observam-se os seguintes casos relacionados à noção 
de gênero:
A mudança de gênero gera 
mudança de significado
a cabeça (parte do corpo) - o cabeça (o chefe)
a rádio (a estação) - o rádio (o aparelho)
O processo de derivação também 
indica gênero (novo item lexical que 
compartilha a mesma raiz)
abade - abadessa
barão - baronesa
conde - condessa
embaixador - embaixatriz
imperador - imperatriz
Heteronímia no gênero (a 
indicação de gênero é determinada 
por substantivos semanticamente 
opositivos)
homem - mulher
cavaleiro - amazona
marido - mulher
genro - nora
boi - vaca
cavalo - égua
A noção de grau também é abordada em concursos. A tabela a seguir sintetiza cada um 
dos tipos de variação de grau:
Sintético (morfológico) Analítico (adjetivação)
Grau aumentativo Homenzarrão Homem grande
Grau diminutivo Homenzinho Homem pequeno
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
19 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Na sintaxe, os substantivos são núcleos de sintagmas nominais, os quais podem exercer 
as seguintes funções sintáticas:
Função sintática Exemplo (em destaque, o substantivo)
Sujeito O rapaz comprou o presente da noiva.
Objeto direto Ele viu o futuro.
Aposto Pedro é marcado por um defeito: a preguiça.
Predicativo Ele é um político.
Objeto indireto Eu entreguei o cheque ao gerente.
Agente da passiva O bilhete foi comprado pela irmã.
Adjunto adnominal Ele bateu na velha com a bengala.
Complemento nominal A destruição de Roma pelos Bárbaros
Adjunto adverbial Pedro caminhava com atenção.
Em um sintagma nominal, o núcleo substantivo pode ser modificado por outros termos, 
como numerais, artigos, adjetivos, pronomes etc. Em sintaxe, as funções sintáticas exercidas 
por esses termos podem ser duas: adjunto adnominal ou complemento nominal. Na síntese 
sobre as funções sintáticas do período simples, abordarei essas noções.
Passemos agora à classe dos adjetivos, os quais também se flexionam em gênero e 
número. Essa flexão é condicionada pelo fenômeno de concordância nominal, o qual será 
visto na seção 8.2 de nossa aula.
Há algumas bancas (como a FGV) que avaliam a classificação dos adjetivos conforme 
Cunha & Cintra (2008). Há dois grandes grupos, apresentados a seguir.
No primeiro, temos os adjetivos que caracterizam os seres, objetos ou as noções nomeadas 
pelos substantivos. Esses adjetivos podem indicar:
Qualidade (ou defeito)
inteligência lúcida
homem perverso
Modo de ser
pessoa simples
rapaz delicado
Aspecto ou aparência
céu azul
vidro fosco
Estado
casa arruinada
laranjeira florida
No segundo grupo, há os adjetivos que estabelecem uma relação de tempo, de espaço, 
de finalidade, de propriedade etc. São os chamados adjetivos de relação.
nota mensal nota relativa ao mês
movimento estudantil movimento feito por estudantes
casa paterna casa onde habitam os pais
vinho português vinho proveniente de Portugal
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciadopara MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
20 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Em termos de colocação dos termos, o adjetivo tipicamente fica APÓS o substantivo, como 
em “homem corajoso”. É possível, entretanto, que o adjetivo ocorra antes do substantivo 
(posição mais marcada, em especial para efeitos estilísticos ou literários).
A mudança de posição do adjetivo em relação ao substantivo pode gerar alteração de 
sentido original, como em “O bravo comandante foi entrevistado” e “O comandante bravo 
foi entrevistado.”
Na sintaxe, o adjetivo pode exercer três funções centrais:
Função Exemplo
Adjunto adnominal O vidro fosco acabou.
Predicativo do sujeito O seu jardim é lindo.
Predicativo do objeto Ontem eu vi minha vizinha muito preocupada.
Observe que o adjunto adnominal é uma função interna ao sintagma nominal; o predicativo 
do sujeito ocorre em predicados nominais (com verbos de ligação); e o predicativo do objeto 
ocorre em predicados verbo-nominais (predicação dupla, com núcleo verbal lexical e adjetivo).
O grau dos adjetivos expressa uma espécie de medição escalar, a qual pode ser expressa 
das seguintes formas:
Grau comparativo
(comparação feita em relação a uma mesma entidade)
Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que estudioso.
Comparativo de igualdade João é tão inteligente quanto estudioso.
Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que estudiosa.
Grau comparativo
(comparação feita em relação a entidades distintas)
Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que Paulo.
Comparativo de igualdade João é tão inteligente como (ou quanto) Maria.
Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que Pedro.
Grau superlativo absoluto
(o adjetivo atinge o grau máximo de determinada qualidade)
Sintético (formado morfologicamente) Paulo é inteligentíssimo.
Analítico (formado sintaticamente) Paulo é muito inteligente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
21 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Grau superlativo relativo
(o adjetivo atinge o grau máximo de determinada qualidade em comparação à totalidade dos 
seres que representam a mesma qualidade)
Superlativo relativo de 
SUPERIORIDADE
Paula é a estudante mais estudiosa do colégio.
Superlativo relativo de 
INFERIORIDADE
 
Carlos é o estudante menos estudioso do colégio.
Pronto, falamos o suficiente sobre as principais características dos adjetivos. Agora é 
o momento de falarmos dos artigos, dos numerais e dos pronomes.
Como os substantivos e os adjetivos, os artigos também podem ser flexionados em 
gênero e número. Nesse caso, a flexão ocorre por concordância nominal (com o núcleo 
substantivo). Em termos sintáticos, os artigos são adjuntos adnominais (em relação ao 
núcleo substantivo).
Uma característica importante dos artigos é a capacidade de substantivar toda e 
qualquer expressão que o suceder (em sintagmas nominais, o núcleo será substantivo). 
Assim, se houver artigo, a possibilidade de o termo ser um substantivo é bem grande. Ah, 
importante também destacar que, afora os casos de substantivação de uma outra classe 
gramatical, os artigos não antecedem verbos ou pronomes retos/pessoais.
Sobre as classes de artigos, há duas: os definidos (quando o artigo denota particularização, 
ou expressa algo de conhecimento prévio entre falante e ouvinte ou refere-se a algo já 
mencionado) e os indefinidos (não particularização, não conhecido previamente, algo não 
mencionado anteriormente). A tabela a seguir expressa claramente a classe dos artigos 
em português.
Artigo definido Artigo indefinido
Singular Plural Singular Plural
Masculino o os um uns
Feminino a as uma umas
Os artigos podem estar combinados com preposições. É importante, então, identificá-
los nesses contextos (basta combinar o item da coluna [PREPOSIÇÃO] ao item da coluna 
[ARTIGO DEFINIDO] ou [ARTIGO INDEFINIDO]:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
22 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
ARTIGO DEFINIDO
PREPOSIÇÃO o a os as
a ao à aos às
de do da dos das
em no na nos nas
por (per) pelo pela pelos pelas
ARTIGO INDEFINIDO
PREPOSIÇÃO um uma uns umas
de dum duma duns dumas
em numa numa nuns numas
O destaque à classe dos artigos certamente vai para o fenômeno de crase, destacado na 
penúltima tabela. Para identificar a necessidade ou não de emprego do sinal indicativo de 
crase, é muito importante verificar se o termo precedido pelo [à] é (i) interpretado de forma 
particularizada; (ii) expressa algo de conhecimento prévio entre falante e ouvinte; ou (iii) 
refere-se a algo já mencionado. A explicação é simples: somente haverá a crase se o termo for 
precedido pelo artigo feminino definido a(s) (ou pelo pronome demonstrativo aquele(a)(s)).
Para os numerais, as provas de concursos públicos avaliam em especial ortografia dos 
tipos de numerais. Por isso, listo, a seguir, a grafia de cada um deles:
CARDINAL
(expressam 
quantidades inteiras)
ORDINAL
(expressam ordem, 
posição em uma série)
MULTIPLICATIVO 
(denotam múltiplos)
FRACIONÁRIO
(denotam quantidade 
fracionária)
um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
23 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
CARDINAL
(expressam 
quantidades inteiras)
ORDINAL
(expressam ordem, 
posição em uma série)
MULTIPLICATIVO 
(denotam múltiplos)
FRACIONÁRIO
(denotam quantidade 
fracionária)
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos
n o n g e n t é s i m o o u 
noningentésimo
- nongentésimo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
24 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
CARDINAL
(expressam 
quantidades inteiras)
ORDINAL
(expressam ordem, 
posição em uma série)
MULTIPLICATIVO 
(denotam múltiplos)
FRACIONÁRIO
(denotam quantidade 
fracionária)
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo
Sintaticamente, os numerais são adjuntos adnominais de núcleos substantivos (duas salas).
Certo, estamos indo bem até agora. Seguiremos nosso PDF Sintético de Gramática com 
a classe dos pronomes.
Os pronomes são formas linguísticas capazes de fazer referência (seja textual, espacial 
ou discursiva). Os pronomes se flexionam em pessoa, gênero e número. Em termos 
de classificação, a tradição gramatical descreve os pronomes pessoais, possessivos, 
demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. Veja, no mapa mental a seguir, a 
esquematização sobre a classificação e a flexão dos pronomes em Língua Portuguesa:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
25 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Como a nossa aula prima pela epítome (palavra chique para “síntese”, “resumo”) do 
conteúdo de gramática, vamos organizar cada tipo de pronome em tabelas. Para todas 
elas, as noções de PESSOA (1º - quem fala; 2º - com quem se fala; 3ª - de quem se fala), de 
NÚMERO (singular; plural) e de GÊNERO (masculino; feminino) estão organizadas conforme 
a tradição gramatical.
Pronomes pessoais
(fazem referência aos participantes dos eventos e a elementos textuais 
prévios (como nomes e eventos))
Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos
eu
tu
ele/ela
nós
vós
eles/elas
me
te
o, a, lhe, se
nos
vos
os, as, lhes, se
mim
ti
ele/ela/si
nós
vós,
eles/elas/si
Lembrando que o pronome “lhe”, no âmbito nominal, denota posse (é o chamado “genitivo”).
Pronomes possessivos
(denotam posse e exercem função semelhante à dos adjetivos)
meu, minha/meus, minhas
teu, tua/teus, tuas
seu, sua/seus, suas
nosso, nossa/nossos, nossas
vosso, vossa/vossos, vossas
seu, sua/seus, suas
Pronomes demonstrativos
(indicam seres ou coisas referidas no momento da enunciação, seja textual, seja espacial)
Masculino Feminino
Invariável (sempre pronome 
substantivo)
Este Esta Isto
Esse Essa Isso
Aquele Aquela Aquilo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
26 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Pronomes indefinidos
(referem-se à terceira pessoa de modo indeterminado; na sintaxe, ocorrem como núcleos de 
sintagma nominal, desencadeando, na flexão verbal, concordância na 3ª pessoa)
Algum(a)(s)
Alguém
Nenhum(a)(s)
Ninguém
Outro(a)(s)
Outrem
Muito(a)(s)
Pouco(a)(s)
Certo(a)(s)
Vários(as)
Tanto(a)(s)
Quanto(a)(s)
Qualquer
Quaisquer
Nada
Cada
Algo
Pronomes interrogativos
(utilizados em frases interrogativas, diretas ou indiretas)
Que (ou quê, acentuado, quando em final de período)
Qual
Quem
Quanto
Pronomes relativos
(retomam um termo antecedente e, sintaticamente, exercem função sintática na subordinada adjetiva)
Que
Quem
Onde
O(s) qual(is)
A(s) qual(is)
Cujo(a)(s)
Quando
Como
Os pronomes de tratamento, por fim, são formas de referência ao interlocutor. Segundo 
o Manual de Redação da Presidência da República (3ª Edição, 2018), “Tradicionalmente, 
o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira 
indireta, para referenciar atributos da pessoa à qual se dirige. [...] Embora se refiram à 
segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala), levam a concordância para a 
terceira pessoa.”
Na Plataforma Gran Questões, encontramos o seguinte quantitativo de questões sobre 
as classes gramaticais substantivo, adjetivo, artigo, numeral e pronome:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
27 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Classe gramatical
Quantitativo
(últimos 4 anos, todas as bancas)
Adjetivos 1164
Substantivos 1134
Pronome 868
Artigo 317
Numeral 178
Em provas, os enunciados das questões que avaliam essas classes expressam as 
formulações a seguir:
Banca
Enunciado da questão sobre substantivos, adjetivos, artigos, numerais 
e pronomes
IBFC Assinale a alternativa correta, em que o termo “vencedor” é um substantivo.
VUNESP O termo destacado atribui sentido de indefinição ao substantivo em:
IDECAN
Assinale a alternativa em que a palavra indicada, no texto, desempenhe 
papel adjetivo.
FGV
Nesse fragmento estão destacados vários adjetivos que, segundo as 
gramáticas, podem expressar estados, características, qualidades e relações.
Os dois adjetivos abaixo que expressam qualidades são:
CEBRASPE No sétimo período do texto, o pronome “cujas” remete a “mecanismo”.
IADES O pronome “lhe” (linha 17) foi empregado no texto com valor possessivo.
FUNDATEC
No trecho “Agora, mais de cem anos depois, esse tema vem à tona novamente”, 
retirado do texto, qual palavra é um numeral?
Conseguimos! Finalizamos essa seção. Agora vamos seguir para a classe dos verbos 
(e advérbios).
3 .2 . EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS; ADVÉRBIOS3 .2 . EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS; ADVÉRBIOS
Para a classe dos verbos, a tabela a seguir sintetiza a descrição gramatical preconizada 
pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (e adotada pela maioria das bancas examinadoras). 
As explicações e as ilustrações, bastante sintetizadas, estão entre parênteses:
VERBOS
Formação
Primitivo
(formas irredutíveis a partir das quais se criam outros verbos)
Derivado
(formas derivadas da primitiva, formadas a partir de afixação, como 
“ler”>”reler”)
Simples (um único radical)
Composto (mais de um radical, como em “tremeluzir”).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
28 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
VERBOS
Classificação
Regular (sem alteração no radical ou no paradigma)
Irregular (há modificações no radical ou no paradigma)
Defectivo (conjugação incompleta)
Abundante (apresenta formas variantes)
Anômalo (verbos “ir” e “ser”).
Auxiliar (fica anteposto ao principal; é funcional)
Formas nominais
Infinitivo (comprar)
Particípio (comprado)
Gerúndio (comprando)
Conjugações
1ª (tema em -a) (viajar)
2ª (tema em -e) (perceber)
3ª (tema em -i) (dormir)
Categorias
gramaticais
Modo
Indicativo
Subjuntivo
Imperativo
Tempo
Presente
Pretérito
Perfeito (evento concluso)
Imperfeito (evento não concluso)
Mais-que-perfeito (passado do passado)
Futuro
Do presente
Do pretérito
Número
Singular
Plural
Pessoa
Primeira (quem fala)
Segunda (com quem se fala)
Terceira (de quem se fala)
Voz
Ativa (Eu abracei o Pedro)
Passiva (O Pedro foi abraçado por mim)
Reflexiva (Abraçamo-nos)
A tabela de conjugação de um verbo regular (CANTAR) pode ser conferida a seguir:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA- 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
29 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Indicativo
Presente
Pretérito 
perfeito
Pretérito 
imperfeito
Pretérito 
mais-que-
perfeito
Futuro do 
presente
Futuro do 
pretérito
canto
cantas
canta
cantamos
cantais
cantam
cantei
cantaste
cantou
cantamos
cantastes
cantaram
cantava
cantavas
cantava
cantávamos
cantáveis
cantavam
cantara
cantaras
cantara
cantáramos
cantáreis
cantaram
cantarei
cantarás
cantará
cantaremos
cantareis
cantarão
cantaria
cantarias
cantaria
cantaríamos
cantaríeis
cantariam
Subjuntivo
Imperativo 
afirmativo
Formas nominais
Presente
Pretérito 
imperfeito
Futuro
Infinitivo 
flexionado
Gerúndio
cantando
cante
cantes
cante
cantemos
canteis
cantem
cantasse
cantasses
cantasse
cantássemos
cantásseis
cantassem
cantar
cantares
cantar
cantarmos
cantardes
cantarem
-
canta
cante
cantemos
cantai
cantem
cantar
cantares
cantar
cantarmos
cantardes
cantarem
Particípio
cantado
Em termos sintáticos, um verbo pode realizar duas funções centrais: (i) ser centro da 
predicação (núcleo de um predicado verbal ou verbo-nominal) ou ligar um sujeito a um 
predicado nominal (nesse caso, é um verbo de ligação). Na predicação verbal, observamos 
o fenômeno da transitividade, o qual está relacionado ao modo como um núcleo verbal 
seleciona ou não complementos (se seleciona, é transitivo; se não seleciona, é intransitivo). 
Os complementos, quando selecionados, podem ser diretos (sem presença de preposição) 
ou indiretos (com presença de preposição, exigida pelo verbo). Quando se analisa o modo 
como um verbo pode se comportar em termos de transitividade, estamos diante da chamada 
sintaxe de regência. 
Outro fenômeno muito relevante é a relação do verbo com seu sujeito. Se o verbo predica 
algum sujeito, haverá a relação de concordância verbal. Se o predicado não está vinculado 
a um sujeito, a manifestação dessa não vinculação será mais neutra (na terceira pessoa do 
singular, sempre) – como ocorre, por exemplo, com os verbos impessoais.
Em termos semântico-discursivos, a escolha da forma verbal pode expressar distintos 
valores, como estes:
Forma verbal Valor Exemplo
Presente do indicativo 
Continuidade
Recorrência
O Pedro fuma.
Futuro do pretérito 
Hipótese
Conjectura
Incerteza
Eu cantaria na casa da Carla.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
30 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Forma verbal Valor Exemplo
Imperativo 
Ordem
Comando
Desejo
Cantemos o hino!
Auxiliares modais 
Ordem
Urgência
Certeza
Hipótese
Etc.
O Rafael deveria ouvir a Ana.
O Rafael poderia ouvir a Ana.
Para encerrar esta subseção sobre verbos, vamos falar sobre a correlação entre tempos 
e modos verbais. Quando o primeiro verbo da correlação estiver em um tempo-modo 
específico, o outro verbo (de uma subordinada, tipicamente) deve estar em um tempo-
modo que se harmonize com o primeiro. As correlações mais avaliadas são estas:
Correlação verbal
Quando o tempo-modo 1 for: O tempo-modo 2 deve ser: Exemplo
presente do indicativo presente do subjuntivo
Não é adequado que você desrespeite 
seu chefe.
futuro do subjuntivo
futuro do presente do 
indicativo
Quando o governo resolver investir 
em educação, acreditarei em um 
futuro melhor.
pretérito perfeito do indicativo
pretérito imperfeito do 
subjuntivo
Orei durante dias para que você se 
convertesse.
pretérito imperfeito do 
subjuntivo
futuro do pretérito do 
indicativo
Se corrêssemos mais, seríamos mais 
saudáveis.
Ótimo. Agora podemos ir à classe dos advérbios, definida pelo gramático Evanildo Bechara 
(2017) como como a classe que, semanticamente, denota uma circunstância (de lugar, de 
tempo, de modo, de intensidade, de condição etc.). Sintaticamente, um advérbio funciona 
como um termo adjunto. Morfologicamente, os advérbios são invariáveis (não flexionam).
A posição ocupada pela forma advérbio na sentença pode alterar os sentidos da oração, 
como na sequência a seguir:
Provavelmente a coordenadora atendeu um aluno do sétimo ano.
A coordenadora provavelmente atendeu um aluno do sétimo ano.
A coordenadora atendeu provavelmente um aluno do sétimo ano.
A coordenadora atendeu um aluno provavelmente do sétimo ano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
31 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
As tabelas a seguir (de Hauy, 2014) ilustram com clareza os tipos de advérbios em português.
Tipo Lugar Tempo Modo Dúvida Intensidade
Exemplo
abaixo
acima
além
aquém
aqui
ali
dentro
detrás
longe
perto
nunca
agora
ainda hoje
amanhã
cedo
já
jamais
sempre
outrora
antigamente
assim
bem
depressa
devagar
mal
levemente
suavemente
acaso
porventura
possivelmente
provavelmente
quiçá
talvez
assaz
bastante
bem
demais
mais
menos
muito
pouco
quão
tão
meio
Principais locuções adverbiais (introduzidas por preposição)
a cavalo a pé a prazo
à q u e i m a -
roupa
a sangue frio à vista
a esmo à escuta a princípio a reboque a sete chaves à vontade
a granel a postos a propósito à revelia à toa ao vivo
aos poucos às cegas às claras às pressas às vezes de leve
de manhã de propósito de repente de súbito em geral em vão
em verdade por vezes sem dúvida em resumo de noite de improviso
Observe que se emprega o acento indicativo de crase nas locuções com preposição a e 
núcleo substantivo feminino.
Na Plataforma Gran Questões (últimos 4 anos), encontramos 920 questões para a 
classe gramatical verbo e 743 questões que citam a classe gramatical advérbio.
Em provas de concursos, os enunciados das questões que avaliam verbos e advérbios 
possuem tipicamente a seguinte forma:
Banca Enunciado da questão sobre verbos e sobre advérbios
IBFC
Assinale a alternativa que apresenta qual das palavras abaixo representa uma 
ação, um verbo.
VUNESP A alternativa em que os verbos estão corretamente conjugados é:
FCC
Chegara até a pensar, não digo em concertos, mas num brilhante recital de caridade 
em que aparecesse de vestido comprido (teria então uns doze anos) e, num belo 
contralto, cantasse ao violão certo tango argentino da minha preferência.
Consideradas as relações de sentido estabelecidas pelo contexto, substituindo 
“Chegara” por “Cheguei”, os verbos destacados assumirão as seguintes formas:
CEBRASPE
Assinale a opção que contém um trecho do texto em que as formas verbais foram 
empregadas no mesmo tempo verbal.
No primeiro período do último parágrafo, o vocábulo ‘bem’ intensifica o sentido 
do termo ‘provável’.
FGV A frase abaixo que mostra correto emprego do gerúndio é:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
32 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
3 .3 . PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO3 .3 . PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO
Em concursos, cobram-se os valores semânticos das conjunções e das preposições. No 
caso das conjunções, aborda-se em especial a possibilidade de se substituir uma forma 
por outra equivalente, como em conquanto/embora/apesar de. No caso das preposições, 
a abordagemé referente à semântica (tipicamente posicional/direcional) da preposição.
Sintaticamente, as conjunções estabelecem relações de coordenação entre termos, 
além de também estabelecer subordinação (conjunções subordinativas). As preposições, 
por sua vez, são subordinantes (em nível sintagmático e em nível oracional). Em minha 
exposição para as conjunções e para as preposições, utilizarei basicamente mapas mentais.
Conjunções coordenativas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
33 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Conjunções subordinativas (parte 1)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
34 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Conjunções subordinativas (parte 2)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
35 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Preposições
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
36 de 142gran.com.br
Traços semânticos das preposições
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
37 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
As preposições mais avaliadas em provas de concursos são o “a”, o “para”, o “de” e o “por”. 
As conjunções mais comuns em provas são as adversativas, as explicativas, as conclusivas, 
as integrantes, as concessivas, as causais, as finais e as condicionais.
Na plataforma Gran Questões, encontramos 2.705 questões sobre conjunções e 1.898 
questões sobre as preposições.
Em provas, os enunciados das questões que avaliam as preposições e as conjunções 
possuem comumente estas formulações:
Banca Enunciado da questão sobre preposições e sobre conjunções
CEBRASPE
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a conjunção “pois”, no último 
período do primeiro parágrafo, fosse substituída por por que.
No trecho “análise da evolução de experiências alternativas de resolução de 
conflitos” (início do último parágrafo), a preposição de, em suas quatro ocorrências, 
introduz argumentos que assumem o mesmo papel temático: o de paciente.
FGV
Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e torna-o 
miserável”, a conjunção destacada pode ser adequadamente substituída por:
Indique a frase em que a preposição COM tem o significado de “companhia”.
VUNESP
A conjunção “embora” substitui corretamente a expressão destacada em:
Em relação aos termos destacados em –... sofrendo com a problemática das 
mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras 
de base familiar. (1º parágrafo) –, é correto afirmar que a preposição “com” 
expressa sentido de
QUADRIX
A conjunção “portanto” (linha 19) conclusão no período em que aparece.
É correto afirmar que, no título do texto — “Aprenda a chamar a polícia” —, os 
dois vocábulos “a” têm a mesma classificação gramatical.
3 .4 . INTERJEIÇÃO E PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS3 .4 . INTERJEIÇÃO E PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS
Modernamente, os gramáticos e os linguistas classificam um grupo de palavras e 
expressões muito utilizadas na oralidade e na escrita: as palavras e expressões denotativas 
(expletivas). Para Hauy, essas palavras acrescentam ao discurso a participação crítica ou 
emocional do falante (HAUY, 2014). Essas palavras não exercem função sintática, à semelhança 
das interjeições, formas linguísticas que denotam estados emocionais do falante. A lista a 
seguir é proposta por Hauy (2014):
Palavras e expressões denotativas
Afirmação
Sim
Certamente
Com efeito
Negação Não Qual nada
Exclusão
Só
Apenas
Exclusive
Somente
Unicamente
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
38 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
Palavras e expressões denotativas
Inclusão
Também
Mesmo
Outrossim
Inclusive
Avaliação
Quase
Mais ou menos
Casualmente
Designação Eis
Explicação
Isto é
A saber
Por exemplo
Como
Retificação
Aliás
Ou melhor
Ou antes
Realce
Que
Se
Lá
Cá
É [...] que
Afetividade Felizmente Ainda bem
Situação
Afinal
Mas
Então
Agora
Fiz um destaque especial às formas que e se.
Sobre as interjeições (manifestam estados emocionais do enunciador), os principais 
exemplares são estes (note a presença de pontuação exclamativa):
VALOR DA INTERJEIÇÃO EXEMPLOS
exclamação Viva!
admiração/susto
Ah!
Oh!
alívio
Ah!
Eh!
animação
Eia!
Coragem!
apelo ou chamamento
Olá!
Alô!
Psiu!
aplauso Bravo!
desejo
Oxalá!
Tomara!
dor física
Ai!
Ui!
impaciência Arre!
Finalizamos aqui o trabalho do capítulo mais extenso de nossa síntese. Na sequência, 
abordarei a estrutura morfossintática do período.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
39 de 142gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
4 . DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO 4 . DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO 
PERÍODOPERÍODO
Para este capítulo, elaborei esquemas (mapas mentais) que sintetizam com clareza as 
relações morfossintáticas mais importantes do período simples. Para revisar esse conteúdo, 
é importante seguir cada um dos ramos com atenção, em especial nas partes em que há 
contrastes de funções (por exemplo, adjunto adnominal e complemento nominal).
Os tópicos centrais versam sobre: a relação fundamental da oração, com os tipos de 
sujeito e os tipos de predicado; os complementos verbal e nominal, o agente da passiva, as 
funções adjuntas, o aposto e o vocativo. Também abordo a construção passiva.
Começamos com as noções básicas de sintaxe, distinguindo as noções de frase, oração 
e período. Observe também a caracterização do vocativo, bastante exigido em pontuação.
Para os termos essenciais, destaco as funções de sujeito (identificada pela pergunta 
dirigida ao predicado: quem é que [predicado]?) e os tipos de predicado. Em provas, avaliam-
se os tipos de sujeito (você deve identifica-los corretamente) e os tipos de predicado (em 
especial, a transitividade dos verbos na frase em análise).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARALYCE DANYELLY MOURA DE OLIVEIRA - 61409383334, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização

Mais conteúdos dessa disciplina