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Técnicas cirúrgicas de amputação: Membros superiores: amputações Níveis de Amputação 1 falângicas, transcarpais e desarticulações 2 Amputação Membros do punho. No colo cirúrgico do úmero, e SUPERIORES 3 1 Desarticulação do ombro desarticulações do ombro. 4 2 - Transumeral 3 - Desarticulação do cotovelo 5 4 Transradial 6 5 - Desarticulação do punho Membros inferiores: desarticulação do 6 Parcial da mão 1 joelho, transtibiais, transfemorais. 3 2 Amputação Membros INFERIORES Em crianças deve-se preservar as 4 1 Hemipelvectomia 2 Desarticulação do quadril regiões que possuem discos 3 Transfemoral 5 4 Desarticulação do joelho epifisarios pois permitirá 5 Transtibial 6 6 Parcial do pé crescimento do coto. Nas amputações parciais dos pés, deve-se preservar grande parte da pele plantar, que será utilizada para cobrir a superfície de apoio do coto. O enxerto de pele é utilizado nos casos de amputação com coto longo e deve ser evitada na região de descarga da prótese. Extraído da região da escapula, dos MMSS e da Elas devem ser realizadas em angulações diferentes dos tecidos subcutâneos para evitar aderências Os vasos sanguíneos de maior calibre devem ser dissecadas individualmente e amarradas duplamente com fios inabsorvíveis, enquanto de pequeno calibre, com eletrocauterização Ramos nervosos também deve ser dissecados com bisturi de forma individual para evitar OS cotos dos nervos devem ser inseridos profundamente aos tecidos adjacentesComplicações Edema (causado pela deficiência de retorno linfático e venoso) Contraturas: ocorrem nas articulações devido ao mal posicionamento do coto Dor: local ou "fantasma", geralmente causa da pôr neuronal Sensação fantasma: paciente relata sentir a parte ausente do membro que foi amputado, pode estar associada a paresia Neuromas: são emaranhados formados nas fibras que compõem O nervo devido a sua secção. Associada a sensação de dor choque Problemas cutâneos: irritações, lesões, inflamações Problemas psicológicos: depressão por distorção da imagem corporal e mudanças de estilo de vida Problemas ósseos: espiculas Escoliose: devido a má postura causada pela diferença de comprimento dos membros inferioresMioplastia: é uma técnica cirúrgica onde OS músculos são suturados entre ou ao OSSO, geralmente em pares antagonistas (como flexores e extensores), para criar uma melhor estabilidade e proteção no coto da amputação, além de melhorar O controle da prótese. (reconstituição reparo do tecido muscular). Na amputação transtibial (abaixo do joelho), OS músculos da frente e da posterior da coxa podem ser suturados para cobrir a extremidade do fêmur. Na amputação transfemoral (entre joelho e quadril), músculos adutores e abdutores podem ser suturados. Miodese: reinserção muscular, essa técnica facilita na biomecânica do movimento, além de prevenir processo de atrofia muscular músculo é fixado no por meio da sutura do tendão distal por meio de orifícios pré-perfurados no Tecido ósseo: Curativo: deve ser rígido, com malha dupla, feltro nas proeminência ósseas, algodão ortopédico, atadura de crepe e finalizar com uma camada de gesso (compressão) Deve se estender até a articulação proximal. Essa técnica previne deformidades ósseas e articulares, diminui a sensação de dor e a formação de edema local.Tipos de Próteses passivas estéticas: Pouca funcionalidade e objetivo estético. Próteses ativas ou funcionais: Funcionalidade acionada a partir do movimento realizado pelo coto. Próteses mioelétricas: acionadas por meio de eletrodos inseridos na superficie da pele, quais captam OS estímulos do músculo e enviam para processador da prótese, resultando em movimento. Próteses hidráulicas: Possuem uma unidade hidráulica que controla a fase de balanço da marcha.tipo de encaixe da prótese é extremamente importante para a perfeita adaptação do coto com a prótese: O encaixe interno deve manter contato em toda a extensão do coto, portanto deve permitir, também, total liberdade de movimento articular. Existem dois tipos de encaixes para MMSS: Fechado: envolve todo coto e a articulação Semiaberto: Utilizado em cotos com como caso de malformações congênitas. proteses de mão: Mão estética: internamente por espumas e dedos reforçados por arames. Mão mecânica: ativa, acionada por tração de tirantes, seu mecanismo interno possui três dedos funcionais e permite movimento de pinça. Gancho: Utilizado em próteses funcionais ou mioelétricas. Seu sistema de controle pode ser tanto O digital quanto O proporcional.Mão mioelétrica: ativada por potenciais elétricos captados pelos eletrodos sobre a pele. Mioelétrica por sistema digital: apresenta a velocidade de abertura e fechamento da mão constante. Mioelétrica por sistema velocidade é de acordo com a intensidade do sinal mioelétrico. Mão (Dynamic Mode Control®): mão mioelétrica, permite controle da velocidade de abertura e fechamento da mão e, também, da preensão, tornando OS movimentos mais rápidos e precisos.Proteses de MMII: Próteses convencionais ou exoesqueléticas: Possuem estrutura externa rígida e responsável pela sustentação do peso e pela característica estética (perna de boneca). Próteses modulares ou endoesqueléticas Estrutura interna de sustentação rígida. Seus componentes pré-fabricados altamente resistentes, compactos e com alto grau de funcionalidade. (Prótese de Suporte de Peso do Tendão Patelar): descarga sobre tendão patelar, bordo proximal de encaixe termina no nivel central do joelho. KBM (Kondylen Bettung Münster) é um tipo de encaixe para prótese transtibial, ou seja, para amputações abaixo do joelho): descarga sobre tendão patelar, bordo proximal possui formato de duas orelhas envolvendo côndilos e mantem a patela livre. PTS (Prothèse Tibiale e é utilizada para designar um tipo de encaixe que se apoia na tíbia, acima dos cóndilos femorais, sendo Ideal para pacientes com amputação transtibial, especialmente aqueles com cotos curtos instabilidade no joelho): seu encaixe envolve toda a patela, bordo anterior termina acima da patela e exerce pressão sobre músculo quadriceps, é indicado para cotos muito curtos.Tipos de joelho: Mecânico: controlado das fases de apoio e de balanço por e/ou elásticos com travamento automático na extensão; Pneumático: controlado das fases de apoio e de balanço por diferença de pressão do ar; Computadorizado: controlado por microprocessador com fases de apoio e de balanço, oferecendo estabilidade, conflança e independência para AVD'S.Reabilitação em amputados e prótese 1) Controle da dor: Eletroterapia: uso de correntes analgésicas. Crioterapia: aplicação de gelo para reduzir inflamação e dor aguda. Cinesioterapia: exercícios leves que estimulam circulação e analgesia pelo movimento. 2) Ganho de amplitude de movimento (ADM): Alongamentos musculares passivos e ativos. Exercícios passivos, ativos livres e resistidos. Mobilização precoce para prevenir retrações e encurtamento. 3) Ganho de força muscular: Exercícios resistidos progressivos, com foco em membros remanescentes e tronco, visando estabilidade para da prótese. 4) Prevenção de deformidades: Alongamento de músculos encurtados Reeducação postural: evitar compensações e más posturas Cuidados com posicionamento no leito e na cadeira de rodas (evitar flexão do joelho adução e rotação externa do quadril no coto de amputação).5) Equilíbrio e coordenação: Treinos específicos para controle postural, transferência de peso e estabilidade estática/dinâmica Uso de pranchas bolas, superfícies instáveis ou espelhos. 6) Condicionamento cardiorrespiratório: Importância após intubação ou cirurgia: há perda da complacência pulmonar. Exercícios aeróbicos leves e moderados, respeitando limites. 7) Treino de transferência e marcha: Fortalecimento de músculos do membro superior: essencial para uso de muletas, barras paralelas andadores. Treino de marcha progressivo: Início: em barras paralelas Evolução: em rampas, escadas e ambientes externos Uso progressivo da prótese 8) Orientações gerais: Posicionamento adequado no leito e cadeira. Evitar posições viciosas (ex: flexão do joelho, abdução e rotação externa de Educação sobre fases da reabilitação, cuidados com coto, adaptação à prótese e cuidados respiratórios no pós-operatório. Fases da reabilitação em amputados: 1) Pré-operatória: Orientação ao paciente e família Educação sobre O processo cirúrgico e reabilitação Condicionamento físico e respiratório 2) Pós-operatório imediato: Controle da dor e edema Cuidados com a ferida cirúrgica Posicionamento adequado 3) Fase pré-protética: Enfaixamento elástico do coto (modelagem e controle do edema) Fortalecimento muscular Treino de equilíbrio e transferências4) Treinamento com prótese: Adaptação progressiva Treino funcional com a prótese: sentar, levantar, andar, subir escadas Orientação sobre cuidados com encaixe higiene 5) Acompanhamento: Avaliação contínua da adequação funcional da prótese Ajustes no encaixe e nas metas de funcionalidade Avaliação fisioterapêutica do amputado: Níveis de nível zero: paciente acamado nível 1: locomoção com cadeira de rodas nível 2: deambulação como muletas (ambiente interno) nível 3: deambulação comunitária (uso funcional em casa e na rua) Avaliação da força muscular: Escala de Kendall (0-5): avalia a força manual dos músculos remanescentes Avaliação da amplitude de movimento: goniometria: detecta alimentações articulares e deformidades Avaliação do coto: Comprimento do coto: importante para adaptação da prótese Perimetria: monitora edema e evolução da modelagem Cicatrização: normal alterada (deiscência, secreção, queloides) Aderência aos tecidos adjacentes: prejudica encaixe da prótese