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Questões Comentadas Administração Financeira e Orçamentária para concursos 04

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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
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Aula 3 
TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
E PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
“Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na 
portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito: ‘Faleceu ontem a pessoa 
que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na 
quadra de esportes’. 
 
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum 
tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e 
bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes 
era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do 
velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação 
aumentava: 
_ Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ? 
_ Ainda bem que esse infeliz morreu ! 
 
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo 
visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de 
cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto 
silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para 
suas salas. Todos, muito curiosos, mantinham-se na fila até chegar a sua vez 
de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um 
deles. 
 
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"? 
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No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe 
uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única 
pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que 
pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si 
mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO 
SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) 
NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É 
O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA." 
 
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus 
próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que 
faz toda diferença. A vida muda, quando você muda". 
(Luiz Fernando Veríssimo) 
 
Com o pensamento de que a aprovação só depende de você, trataremos dos 
tipos e espécies de orçamento na primeira parte de nossa aula. Na segunda 
parte, abordaremos os princípios orçamentários. 
 
PARTE I - TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
 
1. TIPOS DE ORÇAMENTO 
 
Nesta ótica sobre os tipos de orçamento, tem-se a visão do regime político em 
que é elaborado o orçamento combinado com a forma de governo. O Brasil 
vivenciou os três tipos: 
• Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do 
orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre 
em países parlamentaristas. Ao executivo cabe apenas a execução. 
Exemplo: Constituição Federal de 1891. 
• Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a 
execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes 
autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937. 
• Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do 
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Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a 
atual Constituição Federal de 1988. 
 
2. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
 
2.1 Considerações iniciais 
 
Com o passar do tempo, o conceito, as funções e a técnica de elaboração do 
Orçamento Público foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem 
se aprimorar e racionalizar sua utilização, tornando-se um instrumento da 
moderna administração pública, com uma concepção de orçamento como um 
ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para 
atingir objetivos e metas programadas. 
 
Essas alterações foram motivadas por novas teorias e técnicas que se 
difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espécies ou por outros 
autores também de tipos de orçamento. Utilizaremos a denominação espécies 
por ser mais adequada para se diferenciar dos tipos legislativo, executivo e 
misto. 
 
2.2 Orçamento tradicional ou clássico 
 
A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais 
características do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento 
contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza atos 
passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com o 
atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as 
necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espécie 
de orçamento não há preocupação com a realização dos programas de 
trabalho do governo, importando-se apenas com as necessidades dos órgãos 
públicos para realização das suas tarefas, sem questionamentos sobre 
objetivos e metas. Predomina o incrementalismo. 
É uma peça meramente contábil – financeira –, sem nenhuma espécie de 
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planejamento das ações do governo. Portanto, somente um documento de 
previsão de receita e de autorização de despesas. 
 
2.3 Orçamento de desempenho ou por realizações 
 
O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos 
gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho 
organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de 
gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações 
desenvolvidas. 
Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os 
benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da 
evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de 
desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das 
ações do governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um 
instrumento central de planejamento das ações do governo vinculado à peça 
orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação entre 
planejamento e orçamento. 
 
2.4 Orçamento de base zero ou por estratégia 
 
O orçamento de base zero consiste basicamente em uma análise crítica de 
todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Nesse tipo de 
abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um 
questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo 
compromisso com qualquer montante inicial de dotação. 
 
O processo do orçamento de base zero concentra a atenção na análise de 
objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu 
orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a 
participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e 
na elaboração dos orçamentos. 
 
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Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operações sejam 
identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise 
sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. São 
confrontados os novos programaspretendidos com os programas em 
execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes 
de todos os níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos 
pela ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação 
eficiente das dotações em suas atividades. 
 
Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de 
elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem 
utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo. 
Alguns autores consideram que o orçamento de base zero é uma técnica do 
Orçamento-Programa. 
 
2.5 Orçamento-programa 
 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. 
Assim, o orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do 
governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e 
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados 
e previsão dos custos relacionados. 
 
O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o 
orçamento. Em termos de estruturação o plano termina no programa e o 
orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma 
integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, 
como instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi 
modificada a partir dos PPAs 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com nível de 
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detalhamento de ação. 
Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a 
quantificação de metas, com a consequente formalização de programas 
visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo 
passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da 
organização. É a espécie de orçamento utilizada no Brasil. 
 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Portanto, 
o orçamento-programa procura levar os decisores públicos a uma escolha 
racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos 
públicos a programas e projetos de maior necessidade. 
 
A definição dos produtos finais de um programa de trabalho é um dos desafios 
do orçamento-programa, já que algumas atividades também adicionam valores 
intangíveis, em complemento aos físicos, como uma ação de qualificação do 
servidor. O número de servidores qualificados é um resultado tangível, porém a 
capacidade de inovação, a melhora do processo de trabalho, a retenção de 
talentos no serviço público e a satisfação do cidadão atendido pelo servidor são 
metas bem mais subjetivas. É difícil para os sistemas contábeis mensurarem 
esse tipo de valor e, particularmente, na administração pública, há dificuldades 
para a medição, em termos quantitativos. 
 
Atenção: o orçamento tradicional quase sempre aparece em contraponto a 
outro tipo de orçamento, normalmente o orçamento-programa. No memento há 
um quadro comparativo Orçamento Tradicional X Orçamento-programa. 
 
Em algumas situações podem ser utilizadas outras espécies de orçamento 
como apoio ao orçamento-programa. A elaboração do orçamento de algumas 
ações pode ocorrer de maneira incremental, por exemplo, nas ações ligadas ao 
funcionamento do órgão. O valor a ser pago, em condições normais, pelas 
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contas de luz, água e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro, 
normalmente apenas a inflação acumulada. Assim, para o cálculo do valor do 
orçamento atual, pode ser utilizado o método tradicional, acrescentando sobre 
o valor do orçamento desta ação no ano anterior a inflação do período. 
 
2.6 Orçamento participativo 
 
O orçamento participativo não se opõe ao orçamento-programa. Na verdade, 
trata-se de um instrumento que busca romper com a visão política tradicional e 
colocar o cidadão como protagonista ativo da gestão pública. Objetiva a 
participação real da população no processo de elaboração e a alocação dos 
recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. 
Dessa forma, democratiza-se a relação Estado e Sociedade. 
 
O processo de orçamento participativo tem a necessidade de um contínuo 
ajuste crítico, baseado em um princípio de autorregulação, com o intuito de 
aperfeiçoar os seus conteúdos democráticos e de planejamento, e assegurar a 
sua não estagnação. 
Assim, não possui uma metodologia única. Além disso, os problemas são 
diferentes de acordo com o tamanho dos municípios, principais 
implementadores do processo. 
 
Ressalta-se que, apesar de algumas experiências na esfera estadual, na 
experiência brasileira o Orçamento Participativo foi concebido e praticado 
inicialmente como uma forma de gerir os recursos públicos municipais. No 
nosso país, destaca-se a experiência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 
 
Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. 
Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo. 
No orçamento participativo, a comunidade é considerada a parceira do 
Executivo no processo orçamentário. O que ocorre é que muitas vezes 
desigualdades socioeconômicas tendem a criar obstáculos à participação dos 
grupos sociais desfavorecidos. 
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Quando a decisão está nas mãos de poucos, torna-se mais rápida a mudança 
de direção ou de opiniões. Em um orçamento como o participativo, são feitas 
várias reuniões em diversas regiões para se chegar a uma conclusão. Em caso 
de necessidade de mudanças, é muito trabalhoso efetuá-las. Por isso no 
orçamento participativo considera-se que há uma perda da flexibilidade. Ocorre 
uma maior rigidez na programação dos investimentos, pois se tem uma decisão 
compartilhada com a comunidade, ao contrário da decisão monopolizada pelo 
Executivo no processo tradicional. 
 
Segundo a LRF, deve ser incentivada a participação popular e a realização de 
audiências públicas durante os processos de elaboração das leis 
orçamentárias. No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis 
orçamentárias é privativa do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo não é 
obrigado a seguir as sugestões da população, no entanto deve ouvi-las. 
 
 
PARTE II - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
Princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem 
observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a 
consistência e estabilidade do sistema orçamentário. Por isso são as bases nas 
quais se deve orientar o processo orçamentário e são impositivos nos 
orçamentos públicos. 
 
Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e 
também muito cobrado em concursos! 
 
Veremos que alguns princípios são explícitos, por estarem incorporados à 
legislação, principalmentena Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e na 
Lei 4.320/1964. Outros são implícitos, porque são definidos apenas pela 
doutrina, mas também são importantes para fins de elaboração, execução e 
controle do orçamento público. 
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1. PRINCÍPIO DA UNIDADE 
 
Segundo este princípio, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas 
um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada 
exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos. 
 
Está consagrado na Lei 4.320/1964: 
Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
 
2. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO 
 
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes 
da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
 
Está também na Lei 4.320/1964: 
Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de 
operações de crédito autorizadas em lei. 
Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos 
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio 
deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2.°. 
 
O § 5.º do art. 165 se refere à Universalidade, quando o constituinte determina 
a abrangência da LOA: 
§ 5.° A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
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indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Atenção: o § 5.º do art. 165 pode se referir tanto ao princípio da Universalidade 
como ao princípio da Unidade (ou Totalidade), pois os orçamentos fiscal, de 
investimentos e da seguridade social são partes integrantes do todo e estão 
compreendidos numa mesma Lei Orçamentária. 
 
Os examinadores normalmente tentam confundir os dois princípios nas provas. 
 
Cuidado: para ser compatível com os dois princípios, o orçamento uno deve 
conter todas as receitas e despesas do Estado. 
 
• Um hipotético orçamento uno que não contemplar todas as receitas e 
despesas estará de acordo apenas com a Unidade. 
• Se for mais de um orçamento contendo todas as receitas e despesas, 
eles estarão de acordo apenas com a Universalidade. 
 
3. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE (OU PERIODICIDADE) 
 
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano, 
consoante nossa Constituição: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
 
É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em 
que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. No Brasil, 
ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964: 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
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Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1.º do art. 167: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
 
A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio 
da unidade. A anualidade não está relacionada ao ano civil, mas com o 
exercício financeiro e o período de 12 meses. 
 
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos 
quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos 
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício 
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de 
exceções ao princípio da anualidade. 
 
Atenção: Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. Em 
várias provas é exigido que o candidato saiba que o princípio constitucional 
da anterioridade é princípio tributário e não orçamentário. 
 
4. PRINCÍPIO DA TOTALIDADE 
 
Surgiu após uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma 
que abrangesse as novas situações. Foi construído, então, para possibilitar a 
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer 
consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o 
princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a 
seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de 
investimentos das estatais. 
 
É importante destacar que autores como José Afonso da Silva defendem que o 
princípio da unidade orçamentária, na concepção de orçamento--programa, 
não se preocupa com a unidade documental; ao contrário, desdenhando-a, 
postula que tais documentos se subordinem a uma unidade de orientação 
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política, numa hierarquização dos objetivos a serem atingidos e na 
uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se também a síntese de 
Ricardo Lobo Torres, dispondo que o princípio da unidade não significa a 
existência de um único documento, mas a integração finalística e a 
harmonização entre os diversos orçamentos. 
 
Assim, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa 
um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento 
tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da 
aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com 
datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. 
Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser 
compatibilizados entre si. 
 
5. PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA (OU UNIDADE DE CAIXA) 
 
É o princípio que respalda a Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto 
ao Banco Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por 
intermédio do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes 
financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. O objetivo é apresentar 
todas as receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e 
apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit. 
 
Está consagrado no art. 56 da Lei 4.320/1964: 
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao 
princípio de unidade de tesouraria, vedadaqualquer fragmentação para 
criação de caixas especiais. 
 
O art. 164, § 3.o, da CF/1988 determina o destino das disponibilidades: 
§ 3.º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco 
central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou 
entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em 
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
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Relembro que a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida 
como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é a lei que estabelece normas 
de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal. Ela traz uma observação 
importante ao princípio da unidade de caixa, pois em seu art. 43, § 1.o, 
estabelece que as disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social 
deverão ser separadas das demais disponibilidades do ente público: 
 
§ 1.o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral 
e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a 
que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em 
conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas 
condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e 
prudência financeira. 
 
Para não deixar dúvidas, segundo a LRF, são entes da Federação: a União, 
cada Estado, o Distrito Federal e cada Município. 
 
6. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO 
 
Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Público. 
Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. 
Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a 
partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto 
de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela 
fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma 
despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam 
incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. 
 
Também está na Lei 4.320/1964: 
Art. 6.º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
§ 1.º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra 
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incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a 
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. 
 
No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que 
tem como subsídio inicial R$ 12.500,00. Subtraindo os descontos de Imposto 
de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 9.000,00. Na lei 
orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar 
todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida 
da União de R$ 9.000,00. 
Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do 
orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina 
a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais. 
 
7. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
 
Surgiu para evitar que o Orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias 
sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da 
celeridade do seu processo. 
Determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não 
pode conter matéria de direito penal. 
 
Possui previsão na nossa Constituição, no § 8.o do art. 165: 
§ 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização 
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
E também no art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964: 
Art. 7.° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as 
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disposições do artigo 43; 
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por 
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
 
O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o 
art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Trataremos de ARO em aula específica. 
Em resumo, este princípio significa que: 
 
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
Regra: Lei Orçamentária deve conter apenas previsão de receitas e fixação de despesas. 
No entanto, admitem-se autorizações para: 
• créditos suplementares e apenas este; e 
• operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. 
 
A LRF define operação de crédito como compromisso financeiro assumido em 
razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição 
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda 
a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações 
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. 
Entenda que a operação de crédito se assemelha a um empréstimo que o ente 
contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Por hora, basta 
guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. 
 
8. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
Está consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a 
concessão ou utilização de créditos ilimitados: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
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9. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (OU ESPECIALIZAÇÃO OU 
DISCRIMINAÇÃO) 
 
Este princípio determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, 
demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar 
a função de acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada 
“ação guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal especificada, com 
demasiada flexibilidade. 
 
O princípio veda as autorizações de despesas globais. A Lei 4.320/1964, em 
seu art. 5.o, cita que: 
Art. 5.º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a 
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de 
terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 
20 e seu parágrafo único. 
 
As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho, 
como os programas de proteção à testemunha, que se tivessem especificação 
detalhada, perderiam sua finalidade. São também chamados de investimentos 
em regime de execução especial. 
 
O § 4.º do art. 5.º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito 
orçamentário com finalidade imprecisa,exigindo a especificação da despesa. 
Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de 
contingência (art. 5.º, III, da LRF). 
 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma 
enchente de grandes proporções. 
 
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Atenção: as exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de 
contingência são quanto à dotação global, pois não necessitam de 
discriminação. Não confunda com dotação ilimitada, que é aquela sem valores 
definidos. 
 
Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação 
ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar 
o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global 
seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem 
detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite 
exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver 
risco de morte para as testemunhas. 
 
Atenção de novo: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. 
O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação) 
determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando 
a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de 
acompanhamento e controle do gasto público. 
Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não 
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a 
apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação 
das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio do 
orçamento bruto. 
 
10. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO 
 
O Princípio da Proibição do Estorno determina que o administrador público 
não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando 
houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer 
à abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou 
transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. Veja 
o dispositivo constitucional: 
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Art. 167. São vedados: 
(...) 
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa. 
 
Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela 
Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na 
CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em 
constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do 
princípio da proibição do estorno. 
 
A doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em lei 
complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser definidos por 
lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores consideram 
que não há distinção entre os termos. 
Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o 
programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas 
de despesas. 
 
Em geral, essa solicitação é encaminhada pelos órgãos setoriais de orçamento 
para a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde é efetuada a análise do 
pedido de transposição, remanejamento ou transferência de categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro. 
 
11. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela 
Administração Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência. 
 
O princípio da publicidade também é orçamentário, pois é a garantia de acesso 
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para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da 
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
Determina que é condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais 
de comunicação para conhecimento público. 
 
12. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais 
são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo 
Congresso Nacional. 
O art. 5.º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração 
Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e 
Eficiência. 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. 
 
O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na 
Constituição: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
 
Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições 
legais. Logo, legalidade também é princípio orçamentário. 
 
 
 
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13. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO 
 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, 
planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da 
estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter 
o conteúdo e a forma de programação. 
 
O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e 
à finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento. 
 
14. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO 
 
Esse princípio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão 
superiores à previsão das receitas. 
A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) trate do equilíbrio entre Receitas e Despesas: 
Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 
da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas. 
 
O art. 9.º da LRF também trata do equilíbrio das finanças públicas. Determina 
que “se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá 
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitaçãode empenho e movimentação financeira, segundo os 
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias”. 
 
A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, 
caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio 
do equilíbrio não tem hierarquia constitucional. Mas contabilmente o 
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orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente 
nas operações de crédito que, pelo art. 3.º da Lei 4.320/1964, também devem 
constar do orçamento. 
 
Deve-se ressaltar que há limites para essas operações de crédito. A regra de 
ouro, que será estudada na aula sobre despesas públicas, veda a realização 
de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital. Por 
agora, o estudante deve entender que a regra de ouro objetiva evitar que a 
Administração Pública se endivide para cobrir despesas de custeio, que são 
aquelas do dia a dia do órgão. A Administração deve se endividar apenas para 
a realização de investimentos. 
 
15. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS 
RECEITAS 
 
Esse princípio dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada 
ou comprometida para atender a certos e determinados gastos. 
 
Está na Constituição Federal, no art. 167, IV: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo. 
 
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade 
do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas 
despesas obrigatórias. 
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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO: 
Repartição constitucional dos impostos; 
Destinação de recursos para a Saúde; 
Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art. 167, § 4.°).
 
Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua 
vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único 
do art. 8.º da LRF: 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, 
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Atenção: o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. Os 
examinadores gostam desta troca. 
 
A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional 
podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou 
qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode. 
Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional. 
 
16. PRINCÍPIO DA CLAREZA 
 
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e 
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, 
precisam manipulá-lo. 
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e 
completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para 
tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 
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QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
 
1) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A 
Constituição apresenta dispositivos que contêm princípios orçamentários, os 
quais estão direta ou indiretamente consagrados. Assinale, entre os princípios 
abaixo, aquele que não corresponde a um princípio orçamentário: 
a) Da programação. 
b) Da anualidade. 
c) Da unidade. 
d) Da globalização. 
e) Da previsão ativa. 
 
a) Correta. O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma 
programada, planejada. O princípio da programação decorre da necessidade 
da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva 
ter o conteúdo e a forma de programação. 
b) Correta. De acordo com o princípio da anualidade, o orçamento deve ser 
elaborado e autorizado para um período de um ano, consoante nossa 
Constituição 
c) Correta. Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, 
deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da 
federação em cada exercício financeiro. 
d) Correta. O princípio da universalidade ou globalização dispõe que o 
orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes 
da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
e) É a incorreta. Não existe princípio orçamentário da previsão ativa. 
Resposta: Letra E 
 
2) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Assinale a 
opção falsa a respeito da Lei Orçamentária Anual de que trata o art. 165 da 
Constituição Federal. 
a) No âmbito do Congresso Nacional, é analisada por comissão mista, cuja 
atribuição é o exame de matérias de natureza orçamentária. 
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b) O envio da proposta de lei ao Congresso Nacional é de competência do 
Presidente da República, para o orçamento do Poder Executivo, e dos chefes 
dos demais Poderes, para os seus respectivos orçamentos. 
c) Em obediência ao princípio orçamentário da exclusividade, não poderá 
conter matéria estranha ao orçamento. 
d) O orçamento de investimento das empresas que a União detenha a maioria 
do capital votante integra a Lei Orçamentária Anual. 
e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
 
a) Correta. Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de 
Senadores e Deputados: 
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, 
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo 
Presidente da República; 
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais 
e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a 
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do 
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. 
 
b) É a incorreta. Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério 
Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para 
o Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio 
da proposta consolidada ao Legislativo. 
 
c) Correta. Emobediência ao princípio orçamentário da exclusividade, a regra é 
que a LOA não poderá conter matéria estranha ao orçamento. Ressalto que 
exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). 
 
 
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d) Correta. A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
e) Correta. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, 
elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da 
LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem 
como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento 
de despesas obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, 
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos 
fiscais imprevistos. 
Resposta: Letra B 
 
3) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a 
opção verdadeira a respeito da autorização que pode estar consignada na Lei 
Orçamentária Anual, segundo o art. 7º da Lei n. 4.320/64. 
a) Realizar, em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por 
antecipação da receita, para atender insuficiência de caixa. 
b) Alterar a legislação tributária a fim de adequar a realização da receita aos 
fluxos financeiros esperados. 
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c) Realizar despesas sem o prévio empenho para atender situações de 
calamidade, desde que devidamente justificado. 
d) Abrir créditos adicionais sem a indicação das fontes de recursos para 
atender ao equilíbrio da dívida pública. 
e) Prorrogar restos a pagar não processados até o limite da despesa 
empenhada. 
 
Consoante o art. 7° da Lei 4320/64, a Lei de Orçamento poderá conter 
autorização ao Executivo para: 
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as 
disposições do artigo 43; 
II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de 
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
A questão exigia a interpretação apenas segundo a Lei 4320/1964. No entanto, 
o inciso II do art. 7º foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura 
combinada com o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. 
Resposta: Letra A 
 
4) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) Constata-se que os 
princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados quando 
ocorrem, respectivamente: 
a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes 
arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na 
legislação tributária necessárias à execução do orçamento. 
b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de 
crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. 
c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e 
a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem 
distribuída. 
d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as 
despesas realizadas foram autorizadas em lei. 
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e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das 
receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no 
exercício. 
 
O princípio do equilíbrio orçamentário visa assegurar que as despesas 
autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Já o princípio da 
unidade determina que o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas 
um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada 
exercício financeiro 
Resposta: Letra E 
 
5) (ESAF – Assistente Técnico – Administrativo-Ministério da Fazenda – 2009) 
Quanto aos princípios orçamentários, marque a opção correta. 
a) O Princípio da universalidade da matéria orçamentária estabelece que 
somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação da despesa e 
à previsão da receita. 
b) O Princípio da Programação preconiza a vinculação necessária à ação 
governamental, assegurando-se a finalidade do plano plurianual. 
c) O Princípio da não afetação da receita preconiza que não pode haver 
transferência, transposição ou remanejamento de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização 
legislativa. 
d) O Princípio da reserva de lei estabelece que os orçamentos e créditos 
adicionais devem ser incluídos em valores brutos, todas as despesas e receitas 
da União, inclusive as relativas aos seus fundos. 
e) O Princípio do Equilíbrio Orçamentário estabelece que a lei orçamentária 
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. 
 
a) Errada. O princípio da exclusividade da matéria orçamentária estabelece 
que somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação da 
despesa e à previsão da receita. Exceção se dá para as autorizações de 
créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de 
receita orçamentária. 
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b) Correta. O princípio da programação decorre da necessidade da 
estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter 
o conteúdo e a forma de programação. Tal princípio vincula as normas 
orçamentárias à consecução e à finalidade do Plano Plurianual e aos 
programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 
c) Errada. O princípio da proibição do estorno preconiza que não pode haver 
transferência, transposição ou remanejamento de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização 
legislativa. 
d) Errada. O princípio do orçamento bruto estabelece que todas as receitas e 
despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer 
deduções. 
e) Errada. O princípio da exclusividade estabelece que a lei orçamentária não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. 
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. 
Resposta: Letra B 
 
6) (ESAF – Analistade Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Assinale a 
opção verdadeira a respeito das principais características do orçamento de 
desempenho. 
a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são definidos em 
razão das metas a serem atingidas. 
b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está relacionado 
com a produção de infraestrutura de prestação de serviços públicos. 
c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o orçamento sob 
duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e um programa de trabalho. 
d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e avaliação de 
todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o 
nível de gasto já existente. 
e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida em razão 
do critério populacional. 
 
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O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos 
gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho 
organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o 
objeto de gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as 
ações desenvolvidas. 
Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os 
benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da 
evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de 
desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das 
ações do governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um 
instrumento central de planejamento das ações do governo vinculado à peça 
orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação entre 
planejamento e orçamento. 
Resposta: Letra C 
 
7) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG – 2005) O 
orçamento base zero constitui uma técnica para elaboração do Orçamento, 
apresentando vantagens e desvantagens. Identifique a opção falsa no que diz 
respeito às suas vantagens. 
a) O processo orçamentário concentra a atenção na análise de objetivos e 
necessidades. 
b) Conjuga planejamento e elaboração do orçamento no mesmo processo. 
c) Faz os gerentes de todos os níveis avaliarem melhor a aplicação eficiente 
das dotações em suas atividades. 
d) Um grande percentual do orçamento é intocável devido às exigências legais. 
e) Aumenta a participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento 
das atividades e na elaboração dos orçamentos. 
 
a) Correta. O processo do Orçamento de Base Zero concentra a atenção na 
análise de objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador 
justifique seu orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta. 
b) Correta. Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase 
de elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem 
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utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo, o que exige a integração entre 
planejamento e a elaboração do orçamento no mesmo processo. 
c) Correta. O processo requer ainda que todas as atividades e operações 
sejam identificadas e classificadas em ordem de importância através de uma 
análise sistemática. São confrontados os novos programas pretendidos com os 
programas em execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que 
os gerentes de todos os níveis avaliem melhor a aplicação eficiente das 
dotações em suas atividades. 
d) É a incorreta. O Orçamento de Base Zero consiste basicamente em uma 
análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. 
Neste tipo de abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, 
haverá um questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não 
havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação. 
e) Correta. O processo do Orçamento de Base Zero requer que cada 
administrador justifique seu orçamento proposto com alto nível de 
detalhamento, aumentando a participação dos gerentes de todos os níveis no 
planejamento das atividades e na elaboração dos orçamentos. 
Resposta: Letra D 
 
8) (ESAF – AFC/STN - 2008) Leia as afirmações I, II e III e depois assinale a 
afirmação correta. 
I. O chamado orçamento de base zero é a base sobre a qual se aplica a idéia 
de planejamento plurianual. 
II. O orçamento-programa propicia o controle político sobre as finanças 
públicas, mas não alinha as despesas dos diferentes órgãos do governo com o 
plano de trabalho do governo, suas políticas e estratégias. 
III. O orçamento desempenho é um avanço em relação ao orçamento 
tradicional ao buscar indicar os benefícios a serem alcançados pelos diversos 
gastos e assim possibilita medir o desempenho organizacional. 
a) I e III estão corretas. 
b) II e III estão corretas. 
c) I, II e III estão corretas. 
d) Apenas II está correta. 
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e) Apenas III está correta. 
 
I) Errado. O elemento chave do Plano Plurianual é o programa, logo o 
orçamento-programa é a base sobre a qual se aplica a idéia de planejamento 
plurianual. 
II) Errado. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação 
do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos 
e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem 
implementados e previsão dos custos relacionados. Ele alinha as despesas 
dos diferentes órgãos com o plano de trabalho do governo, suas políticas e 
estratégias. 
III) Correto. O orçamento de desempenho é uma evolução em relação ao 
orçamento clássico. A ênfase reside no desempenho organizacional e no 
resultado dos gastos, e não apenas no gasto em si. 
Logo, apenas a alternativa III está correta. 
Resposta: Letra E 
 
9) (ESAF – Técnico de Nível Superior – SPU/MPOG – 2006) Diferentemente do 
orçamento tradicional, cujo principal objetivo era o controle político do 
Executivo, o orçamento-programa tem por principal finalidade servir como 
instrumento de administração e de gestão. Assinale, a seguir, a única opção 
que, em contraponto ao orçamento tradicional, caracteriza corretamente o 
orçamento-programa. 
a) A alocação de recursos visa à aquisição de meios. 
b) O controle visa a avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a 
legalidade no cumprimento do orçamento. 
c) A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis da gestão. 
d) O controle visa a avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações 
governamentais. 
e) O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e 
programação. 
 
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São características do orçamento tradicional: a alocação de recursos visa à 
aquisição de meios; o controle visa a avaliar a honestidade dos agentes 
governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento; a estrutura do 
orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis da gestão e o processo 
orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação. 
Logo, a única alternativa que se refere ao orçamento-programa é a que 
dispõe que o controle visa a avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das 
ações governamentais.Resposta: Letra D 
 
10) (ESAF – AFCE – TCU – 2006) O orçamento-programa é entendido como o 
plano de trabalho do governo no qual são especificadas as proposições 
concretas que se pretende realizar durante o ano financeiro. Assinale a única 
opção incorreta em relação a orçamento-programa. 
a) A integração planejamento-orçamento é característica do orçamento-
programa. 
b) Orçamento-programa informa, em relação a cada atividade ou projeto, 
quanto vai gastar, para que vai gastar e por que vai gastar. 
c) O orçamento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e metas, 
compatibilizando-os com os planos de médio e longo prazos. 
d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do orçamento em que é 
enfatizado o objeto de gasto. 
e) Processo de elaboração do orçamento-programa é técnico e baseia-se em 
diretrizes e prioridades, estimativa real de recursos e cálculo real das 
necessidades. 
 
a) Correta. O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano 
e o orçamento. Em termos de estruturação o plano termina no programa e o 
orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma 
integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, 
como instrumentos de realização dos programas. 
b) Correta. O orçamento-programa identifica seus programas de trabalho, 
projetos e atividades, informando quanto vai gastar, para que vai gastar e por 
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que vai gastar, com estabelecimento de objetivos e metas a serem 
implementados e previsão dos custos relacionados. 
c) Correta. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação 
do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos 
e atividades, compatibilizados com objetivos e metas dos planos de médio e 
longo prazos. 
d) É a incorreta. No orçamento-programa é enfatizado o objetivo do gasto. No 
processo de elaboração do orçamento tradicional que é enfatizado o objeto de 
gasto. 
e) Correta. O orçamento-programa procura levar os decisores públicos a uma 
escolha racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os 
recursos públicos a programas e projetos de maior necessidade. 
Resposta: Letra D 
 
11) (ESAF – AFC/CGU – Correição - 2006) Entre as características do 
orçamento-programa, há uma opção falsa. Aponte-a. 
a) Orçamento é o instrumento de ligação entre o planejamento e as funções 
executivas da organização. 
b) As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises 
técnicas das alternativas possíveis. 
c) Na elaboração do orçamento, são considerados todos os custos do 
programa, inclusive os que extrapolam o exercício. 
d) O principal critério de classificação é o institucional. 
e) Há utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e 
dos resultados. 
 
a) Correta. Por meio do orçamento-programa tem-se o estabelecimento de 
objetivos e a quantificação de metas, com a consequente formalização de 
programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com 
este modelo passa a existir um elo entre o planejamento e as funções 
executivas da organização. 
b) Correta. Para a tomada de decisões, consideram-se as análises das 
alternativas disponíveis e todos os custos relacionados. 
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c) Correta. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação 
do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos 
e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem 
implementados e previsão dos custos relacionados, inclusive os que 
extrapolam o exercício. 
d) É a incorreta. O principal critério de classificação é o funcional-
programático. 
e) Correta. O orçamento-programa é mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. 
Resposta: Letra D 
 
12) (ESAF – AFC/CGU - 2008) À medida que as técnicas de planejamento e 
orçamento foram evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram 
experimentados, cada um com características específicas. Com relação a esse 
assunto, marque a opção incorreta. 
a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem 
preocupação com os objetivos da ação governamental. 
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento incremental, e tem 
como característica principal a inexistência de direitos adquiridos sobre as 
dotações aprovadas no orçamento anterior. 
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o orçamento-
programa é que o orçamento de desempenho não se relaciona com um 
sistema de planejamento das políticas públicas. 
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo, com a 
indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus montantes. 
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do orçamento 
incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo dos programas de 
governo e de cada ação integrada ao planejamento. 
 
a) Correta. O orçamento tradicional enfatiza o objeto do gasto e o orçamento-
programa enfatiza o objetivo do gasto. 
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b) Correta. O orçamento de base-zero se contrapõe ao incrementalismo. Tem 
como característica a justificativa de todas as ações que serão desenvolvidas 
no exercício, o que acarreta na inexistência de direitos adquiridos sobre as 
dotações aprovadas no orçamento anterior. 
c) Correta. O orçamento de desempenho e o orçamento-programa diferem 
principalmente porque o orçamento de desempenho não se relaciona com um 
sistema de planejamento das políticas públicas. 
d) Correta. O elemento essencial do orçamento-programa é o programa, o qual 
é divido em ações a serem realizadas. 
e) É a incorreta. Apesar da evolução em relação ao orçamento incremental, o 
orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um 
planejamento central das ações do governo. 
Resposta: Letra E 
 
13) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG - 2008) Com base 
nas características e aspectos do orçamento tradicional e do orçamento-
programa, assinale a única opção incorreta. 
a) No orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das despesas 
com o objetivo de atender às necessidades coletivas definidas no Programa de 
Ação do Governo. 
b) No orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas tendo em 
vista as necessidades das unidades organizacionais. 
c) Na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios classificatórios 
são as unidades administrativas e elementos. 
d) No orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento e 
medição do trabalho, assim como dos resultados. 
e) O orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa para 
execução dos planos de longo, médio e curto prazo. 
 
a) Correta. A previsão das receitas e fixação das despesas no orçamento-
programa tem por finalidade atender às necessidades da população definidas 
no Programa de Ação do Governo. 
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b) Correta. No orçamentoclássico ou tradicional, consideram-se as 
necessidades financeiras das unidades organizacionais para a tomada de 
decisão. Já no orçamento-programa, consideram-se as análises das 
alternativas disponíveis e todos os custos, inclusive os que extrapolam o 
exercício financeiro. 
c) É a incorreta. Na elaboração do orçamento tradicional, os principais 
critérios classificatórios são as unidades administrativas e elementos. No 
orçamento-programa o principal critério classificatório é o funcional-
programático. 
d) Correta. No orçamento tradicional o acompanhamento, a medição do 
trabalho e a aferição de resultados são praticamente inexistentes. 
e) Correta. A elaboração de um orçamento-programa efetivo pressupõe 
planejamento de longo, médio e curto prazo. 
Resposta: Letra C. 
 
14) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Indique a afirmativa 
incorreta com relação às diferenças entre o orçamento tradicional e o 
orçamento-programa. 
a) No orçamento tradicional, a estrutura do orçamento está voltada para os 
aspectos administrativos e de planejamento, enquanto no orçamento-programa 
a estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis de gestão. 
b) No orçamento tradicional, o processo orçamentário é dissociado dos 
processos de planejamento e programação, enquanto no orçamento-programa, 
o orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da 
organização. 
c) No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa a aquisição de meios 
enquanto no orçamento programa a alocação de recursos visa a consecução 
de objetivos e metas. 
d) Na elaboração do orçamento tradicional, são consideradas as necessidades 
financeiras das unidades organizacionais, enquanto na elaboração do 
orçamento-programa são considerados todos os custos dos programas, 
inclusive os que extrapolam o exercício. 
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e) No orçamento-programa, o principal critério de classificação das despesas é 
o funcional-programático, enquanto no orçamento tradicional os principais 
critérios classificatórios são as unidades administrativas e os elementos. 
 
a) É a incorreta. No orçamento-programa, a estrutura do orçamento está 
voltada para os aspectos administrativos e de planejamento, enquanto no 
orçamento tradicional a estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos 
contábeis de gestão. 
b) Correta. No orçamento tradicional, o processo orçamentário é dissociado 
dos processos de planejamento e programação. Já o programa surgiu como o 
módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos de 
estruturação o plano termina no programa e o orçamento começa no programa, 
o que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O 
programa, como módulo integrador, e as ações, como instrumentos de 
realização dos programas. Logo, por meio do orçamento-programa, tem-se o 
estabelecimento de objetivos e a quantificação de metas, com a consequente 
formalização de programas visando ao atingimento das metas e alcance dos 
objetivos. Com este modelo passa a existir um elo entre o planejamento e as 
funções executivas da organização 
c) Correta. No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa a aquisição 
de meios. Já no orçamento-programa há planejamento da ação do governo, 
através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, 
com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão 
dos custos relacionados. 
d) Correta. Outra diferença: no orçamento tradicional, privilegiam-se as 
necessidades financeiras das unidades organizacionais, enquanto na 
elaboração do orçamento-programa são considerados todos os custos dos 
programas, inclusive os que extrapolam o exercício. 
e) Correta. No orçamento-programa, o principal critério de classificação das 
despesas é o funcional-programático. Já no orçamento tradicional os principais 
critérios classificatórios são as unidades administrativas e os elementos. 
Resposta: Letra A 
 
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15) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Assinale a opção 
verdadeira a respeito do princípio orçamentário do equilíbrio. 
a) É o princípio pelo qual as despesas fixadas e as receitas estimadas são 
executadas no exercício, cumprindo dessa forma a disposição da lei 
orçamentária anual. 
b) O princípio do equilíbrio orçamentário se verifica pela suficiência das receitas 
correntes para cobrir as necessidades correntes e de capital. 
c) Constitui equilíbrio orçamentário a coincidência dos valores estimados com 
os realizados da receita pública e os valores fixados e realizados da despesa. 
d) É a visão pela qual o orçamento de investimento não ultrapassa as receitas 
de capital dentro do exercício considerado. 
e) é o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada exercício 
financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o 
mesmo período. 
 
a) Errada. O princípio do equilíbrio não leva em conta a execução de receitas e 
despesas. 
b) Errada. No princípio do equilíbrio se incluem também as receitas de capital. 
c) Errada. O princípio do equilíbrio compara as receitas estimadas com as 
despesas fixadas na LOA. Não é considerada a execução de receitas e 
despesas. 
d) Errada. O princípio do equilíbrio compara as receitas estimadas com as 
despesas fixadas na LOA. 
e) Correta. O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas 
autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. 
Resposta: Letra E 
 
16) (ESAF – AFC/CGU – Correição - 2006) No que diz respeito aos conceitos 
de Orçamento Público e princípios orçamentários, assinale a única opção falsa. 
a) Os princípios orçamentários estão definidos na Lei n. 4.320/64 e na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. 
b) No Brasil, a origem do orçamento está ligada ao surgimento do governo 
representativo. 
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c) O orçamento-programa elaborado de forma correta constitui eficaz 
instrumento de planejamento e programação, gerência e administração, 
controle e avaliação. 
d) O orçamento-programa apresenta uma série de diferenças do orçamento 
tradicional, que enfoca o que se pretende gastar. 
e) O orçamento tradicional ou clássico é o processo de elaboração do 
orçamento constituído de um único documento, no qual se previam as receitas 
e a autorização por tipo de gasto, sem qualquer definição do programa e dos 
objetivos de governo. 
 
a) É a incorreta. A maioria dos princípios orçamentários tem amparo na 
Constituição Federal, como os princípios da exclusividade e da não-afetação 
de receitas; ou na Lei 4320/64, como os princípios do orçamento bruto e da 
unidade. 
b) Correta. O Orçamento no mundo (e no Brasil não foi diferente) tem suas 
origens no triunfo dos sistemas representativos do Governo, com o 
desenvolvimento dos princípios democráticos e a idéia da soberania popular. 
Opõe-se ao pensamento monárquico, cuja soberania do príncipe tinha 
fundamento divino e que considerava patrimônio próprio o tesouro público. 
Assim, o monarca impunha os tributos e os gastava sem a participação do 
povo na fixação dos impostos e dos gastos públicos. 
c) Correta. Por meio do orçamento-programa tem-se o estabelecimento de 
objetivos e a quantificação

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