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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 3 TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO E PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Olá amigos! Como é bom estar aqui! “Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito: ‘Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes’. No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava: _ Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ? _ Ainda bem que esse infeliz morreu ! Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos, mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles. A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"? CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA." O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando você muda". (Luiz Fernando Veríssimo) Com o pensamento de que a aprovação só depende de você, trataremos dos tipos e espécies de orçamento na primeira parte de nossa aula. Na segunda parte, abordaremos os princípios orçamentários. PARTE I - TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 1. TIPOS DE ORÇAMENTO Nesta ótica sobre os tipos de orçamento, tem-se a visão do regime político em que é elaborado o orçamento combinado com a forma de governo. O Brasil vivenciou os três tipos: • Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao executivo cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal de 1891. • Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937. • Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a atual Constituição Federal de 1988. 2. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 2.1 Considerações iniciais Com o passar do tempo, o conceito, as funções e a técnica de elaboração do Orçamento Público foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem se aprimorar e racionalizar sua utilização, tornando-se um instrumento da moderna administração pública, com uma concepção de orçamento como um ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para atingir objetivos e metas programadas. Essas alterações foram motivadas por novas teorias e técnicas que se difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espécies ou por outros autores também de tipos de orçamento. Utilizaremos a denominação espécies por ser mais adequada para se diferenciar dos tipos legislativo, executivo e misto. 2.2 Orçamento tradicional ou clássico A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais características do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza atos passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com o atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espécie de orçamento não há preocupação com a realização dos programas de trabalho do governo, importando-se apenas com as necessidades dos órgãos públicos para realização das suas tarefas, sem questionamentos sobre objetivos e metas. Predomina o incrementalismo. É uma peça meramente contábil – financeira –, sem nenhuma espécie de CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 planejamento das ações do governo. Portanto, somente um documento de previsão de receita e de autorização de despesas. 2.3 Orçamento de desempenho ou por realizações O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações desenvolvidas. Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um instrumento central de planejamento das ações do governo vinculado à peça orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação entre planejamento e orçamento. 2.4 Orçamento de base zero ou por estratégia O orçamento de base zero consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Nesse tipo de abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação. O processo do orçamento de base zero concentra a atenção na análise de objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e na elaboração dos orçamentos. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operações sejam identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. São confrontados os novos programaspretendidos com os programas em execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes de todos os níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação eficiente das dotações em suas atividades. Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo. Alguns autores consideram que o orçamento de base zero é uma técnica do Orçamento-Programa. 2.5 Orçamento-programa O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Assim, o orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados. O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos de estruturação o plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi modificada a partir dos PPAs 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com nível de CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 detalhamento de ação. Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a quantificação de metas, com a consequente formalização de programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da organização. É a espécie de orçamento utilizada no Brasil. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Portanto, o orçamento-programa procura levar os decisores públicos a uma escolha racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos públicos a programas e projetos de maior necessidade. A definição dos produtos finais de um programa de trabalho é um dos desafios do orçamento-programa, já que algumas atividades também adicionam valores intangíveis, em complemento aos físicos, como uma ação de qualificação do servidor. O número de servidores qualificados é um resultado tangível, porém a capacidade de inovação, a melhora do processo de trabalho, a retenção de talentos no serviço público e a satisfação do cidadão atendido pelo servidor são metas bem mais subjetivas. É difícil para os sistemas contábeis mensurarem esse tipo de valor e, particularmente, na administração pública, há dificuldades para a medição, em termos quantitativos. Atenção: o orçamento tradicional quase sempre aparece em contraponto a outro tipo de orçamento, normalmente o orçamento-programa. No memento há um quadro comparativo Orçamento Tradicional X Orçamento-programa. Em algumas situações podem ser utilizadas outras espécies de orçamento como apoio ao orçamento-programa. A elaboração do orçamento de algumas ações pode ocorrer de maneira incremental, por exemplo, nas ações ligadas ao funcionamento do órgão. O valor a ser pago, em condições normais, pelas CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 contas de luz, água e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro, normalmente apenas a inflação acumulada. Assim, para o cálculo do valor do orçamento atual, pode ser utilizado o método tradicional, acrescentando sobre o valor do orçamento desta ação no ano anterior a inflação do período. 2.6 Orçamento participativo O orçamento participativo não se opõe ao orçamento-programa. Na verdade, trata-se de um instrumento que busca romper com a visão política tradicional e colocar o cidadão como protagonista ativo da gestão pública. Objetiva a participação real da população no processo de elaboração e a alocação dos recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Dessa forma, democratiza-se a relação Estado e Sociedade. O processo de orçamento participativo tem a necessidade de um contínuo ajuste crítico, baseado em um princípio de autorregulação, com o intuito de aperfeiçoar os seus conteúdos democráticos e de planejamento, e assegurar a sua não estagnação. Assim, não possui uma metodologia única. Além disso, os problemas são diferentes de acordo com o tamanho dos municípios, principais implementadores do processo. Ressalta-se que, apesar de algumas experiências na esfera estadual, na experiência brasileira o Orçamento Participativo foi concebido e praticado inicialmente como uma forma de gerir os recursos públicos municipais. No nosso país, destaca-se a experiência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo. No orçamento participativo, a comunidade é considerada a parceira do Executivo no processo orçamentário. O que ocorre é que muitas vezes desigualdades socioeconômicas tendem a criar obstáculos à participação dos grupos sociais desfavorecidos. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 Quando a decisão está nas mãos de poucos, torna-se mais rápida a mudança de direção ou de opiniões. Em um orçamento como o participativo, são feitas várias reuniões em diversas regiões para se chegar a uma conclusão. Em caso de necessidade de mudanças, é muito trabalhoso efetuá-las. Por isso no orçamento participativo considera-se que há uma perda da flexibilidade. Ocorre uma maior rigidez na programação dos investimentos, pois se tem uma decisão compartilhada com a comunidade, ao contrário da decisão monopolizada pelo Executivo no processo tradicional. Segundo a LRF, deve ser incentivada a participação popular e a realização de audiências públicas durante os processos de elaboração das leis orçamentárias. No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis orçamentárias é privativa do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo não é obrigado a seguir as sugestões da população, no entanto deve ouvi-las. PARTE II - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a consistência e estabilidade do sistema orçamentário. Por isso são as bases nas quais se deve orientar o processo orçamentário e são impositivos nos orçamentos públicos. Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e também muito cobrado em concursos! Veremos que alguns princípios são explícitos, por estarem incorporados à legislação, principalmentena Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e na Lei 4.320/1964. Outros são implícitos, porque são definidos apenas pela doutrina, mas também são importantes para fins de elaboração, execução e controle do orçamento público. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 1. PRINCÍPIO DA UNIDADE Segundo este princípio, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos. Está consagrado na Lei 4.320/1964: Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 2. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. Está também na Lei 4.320/1964: Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2.°. O § 5.º do art. 165 se refere à Universalidade, quando o constituinte determina a abrangência da LOA: § 5.° A lei orçamentária anual compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Atenção: o § 5.º do art. 165 pode se referir tanto ao princípio da Universalidade como ao princípio da Unidade (ou Totalidade), pois os orçamentos fiscal, de investimentos e da seguridade social são partes integrantes do todo e estão compreendidos numa mesma Lei Orçamentária. Os examinadores normalmente tentam confundir os dois princípios nas provas. Cuidado: para ser compatível com os dois princípios, o orçamento uno deve conter todas as receitas e despesas do Estado. • Um hipotético orçamento uno que não contemplar todas as receitas e despesas estará de acordo apenas com a Unidade. • Se for mais de um orçamento contendo todas as receitas e despesas, eles estarão de acordo apenas com a Universalidade. 3. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE (OU PERIODICIDADE) O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano, consoante nossa Constituição: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964: Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1.º do art. 167: § 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio da unidade. A anualidade não está relacionada ao ano civil, mas com o exercício financeiro e o período de 12 meses. Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de exceções ao princípio da anualidade. Atenção: Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. Em várias provas é exigido que o candidato saiba que o princípio constitucional da anterioridade é princípio tributário e não orçamentário. 4. PRINCÍPIO DA TOTALIDADE Surgiu após uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que abrangesse as novas situações. Foi construído, então, para possibilitar a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimentos das estatais. É importante destacar que autores como José Afonso da Silva defendem que o princípio da unidade orçamentária, na concepção de orçamento--programa, não se preocupa com a unidade documental; ao contrário, desdenhando-a, postula que tais documentos se subordinem a uma unidade de orientação CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 política, numa hierarquização dos objetivos a serem atingidos e na uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se também a síntese de Ricardo Lobo Torres, dispondo que o princípio da unidade não significa a existência de um único documento, mas a integração finalística e a harmonização entre os diversos orçamentos. Assim, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si. 5. PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA (OU UNIDADE DE CAIXA) É o princípio que respalda a Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto ao Banco Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. O objetivo é apresentar todas as receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit. Está consagrado no art. 56 da Lei 4.320/1964: Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedadaqualquer fragmentação para criação de caixas especiais. O art. 164, § 3.o, da CF/1988 determina o destino das disponibilidades: § 3.º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 Relembro que a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é a lei que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal. Ela traz uma observação importante ao princípio da unidade de caixa, pois em seu art. 43, § 1.o, estabelece que as disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social deverão ser separadas das demais disponibilidades do ente público: § 1.o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira. Para não deixar dúvidas, segundo a LRF, são entes da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município. 6. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Público. Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. Também está na Lei 4.320/1964: Art. 6.º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. § 1.º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que tem como subsídio inicial R$ 12.500,00. Subtraindo os descontos de Imposto de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 9.000,00. Na lei orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida da União de R$ 9.000,00. Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais. 7. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE Surgiu para evitar que o Orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo. Determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não pode conter matéria de direito penal. Possui previsão na nossa Constituição, no § 8.o do art. 165: § 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. E também no art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964: Art. 7.° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 disposições do artigo 43; II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Trataremos de ARO em aula específica. Em resumo, este princípio significa que: PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE Regra: Lei Orçamentária deve conter apenas previsão de receitas e fixação de despesas. No entanto, admitem-se autorizações para: • créditos suplementares e apenas este; e • operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. A LRF define operação de crédito como compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Entenda que a operação de crédito se assemelha a um empréstimo que o ente contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Por hora, basta guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. 8. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS Está consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados: Art. 167. São vedados: (...) VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 9. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (OU ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO) Este princípio determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada “ação guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal especificada, com demasiada flexibilidade. O princípio veda as autorizações de despesas globais. A Lei 4.320/1964, em seu art. 5.o, cita que: Art. 5.º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho, como os programas de proteção à testemunha, que se tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. São também chamados de investimentos em regime de execução especial. O § 4.º do art. 5.º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito orçamentário com finalidade imprecisa,exigindo a especificação da despesa. Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de contingência (art. 5.º, III, da LRF). A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma enchente de grandes proporções. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 Atenção: as exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de contingência são quanto à dotação global, pois não necessitam de discriminação. Não confunda com dotação ilimitada, que é aquela sem valores definidos. Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver risco de morte para as testemunhas. Atenção de novo: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação) determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público. Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio do orçamento bruto. 10. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO O Princípio da Proibição do Estorno determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. Veja o dispositivo constitucional: CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 Art. 167. São vedados: (...) VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do princípio da proibição do estorno. A doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em lei complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser definidos por lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores consideram que não há distinção entre os termos. Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas de despesas. Em geral, essa solicitação é encaminhada pelos órgãos setoriais de orçamento para a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde é efetuada a análise do pedido de transposição, remanejamento ou transferência de categoria de programação para outra ou de um órgão para outro. 11. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. O princípio da publicidade também é orçamentário, pois é a garantia de acesso CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. Determina que é condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público. 12. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo Congresso Nacional. O art. 5.º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na Constituição: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições legais. Logo, legalidade também é princípio orçamentário. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 13. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de programação. O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 14. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO Esse princípio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) trate do equilíbrio entre Receitas e Despesas: Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 da Constituição e: I – disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas. O art. 9.º da LRF também trata do equilíbrio das finanças públicas. Determina que “se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitaçãode empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias”. A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do equilíbrio não tem hierarquia constitucional. Mas contabilmente o CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art. 3.º da Lei 4.320/1964, também devem constar do orçamento. Deve-se ressaltar que há limites para essas operações de crédito. A regra de ouro, que será estudada na aula sobre despesas públicas, veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital. Por agora, o estudante deve entender que a regra de ouro objetiva evitar que a Administração Pública se endivide para cobrir despesas de custeio, que são aquelas do dia a dia do órgão. A Administração deve se endividar apenas para a realização de investimentos. 15. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS Esse princípio dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos. Está na Constituição Federal, no art. 167, IV: Art. 167. São vedados: (...) IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo. Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas despesas obrigatórias. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO: Repartição constitucional dos impostos; Destinação de recursos para a Saúde; Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art. 167, § 4.°). Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único do art. 8.º da LRF: Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Atenção: o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. Os examinadores gostam desta troca. A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode. Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional. 16. PRINCÍPIO DA CLAREZA O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, precisam manipulá-lo. Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 1) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A Constituição apresenta dispositivos que contêm princípios orçamentários, os quais estão direta ou indiretamente consagrados. Assinale, entre os princípios abaixo, aquele que não corresponde a um princípio orçamentário: a) Da programação. b) Da anualidade. c) Da unidade. d) Da globalização. e) Da previsão ativa. a) Correta. O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de programação. b) Correta. De acordo com o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano, consoante nossa Constituição c) Correta. Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro. d) Correta. O princípio da universalidade ou globalização dispõe que o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. e) É a incorreta. Não existe princípio orçamentário da previsão ativa. Resposta: Letra E 2) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Assinale a opção falsa a respeito da Lei Orçamentária Anual de que trata o art. 165 da Constituição Federal. a) No âmbito do Congresso Nacional, é analisada por comissão mista, cuja atribuição é o exame de matérias de natureza orçamentária. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 b) O envio da proposta de lei ao Congresso Nacional é de competência do Presidente da República, para o orçamento do Poder Executivo, e dos chefes dos demais Poderes, para os seus respectivos orçamentos. c) Em obediência ao princípio orçamentário da exclusividade, não poderá conter matéria estranha ao orçamento. d) O orçamento de investimento das empresas que a União detenha a maioria do capital votante integra a Lei Orçamentária Anual. e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. a) Correta. Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. b) É a incorreta. Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo. c) Correta. Emobediência ao princípio orçamentário da exclusividade, a regra é que a LOA não poderá conter matéria estranha ao orçamento. Ressalto que exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 d) Correta. A lei orçamentária anual compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. e) Correta. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO: I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Resposta: Letra B 3) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito da autorização que pode estar consignada na Lei Orçamentária Anual, segundo o art. 7º da Lei n. 4.320/64. a) Realizar, em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender insuficiência de caixa. b) Alterar a legislação tributária a fim de adequar a realização da receita aos fluxos financeiros esperados. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 c) Realizar despesas sem o prévio empenho para atender situações de calamidade, desde que devidamente justificado. d) Abrir créditos adicionais sem a indicação das fontes de recursos para atender ao equilíbrio da dívida pública. e) Prorrogar restos a pagar não processados até o limite da despesa empenhada. Consoante o art. 7° da Lei 4320/64, a Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43; II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. A questão exigia a interpretação apenas segundo a Lei 4320/1964. No entanto, o inciso II do art. 7º foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Resposta: Letra A 4) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) Constata-se que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados quando ocorrem, respectivamente: a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na legislação tributária necessárias à execução do orçamento. b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem distribuída. d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as despesas realizadas foram autorizadas em lei. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no exercício. O princípio do equilíbrio orçamentário visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Já o princípio da unidade determina que o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro Resposta: Letra E 5) (ESAF – Assistente Técnico – Administrativo-Ministério da Fazenda – 2009) Quanto aos princípios orçamentários, marque a opção correta. a) O Princípio da universalidade da matéria orçamentária estabelece que somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação da despesa e à previsão da receita. b) O Princípio da Programação preconiza a vinculação necessária à ação governamental, assegurando-se a finalidade do plano plurianual. c) O Princípio da não afetação da receita preconiza que não pode haver transferência, transposição ou remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa. d) O Princípio da reserva de lei estabelece que os orçamentos e créditos adicionais devem ser incluídos em valores brutos, todas as despesas e receitas da União, inclusive as relativas aos seus fundos. e) O Princípio do Equilíbrio Orçamentário estabelece que a lei orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. a) Errada. O princípio da exclusividade da matéria orçamentária estabelece que somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação da despesa e à previsão da receita. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 b) Correta. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de programação. Tal princípio vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. c) Errada. O princípio da proibição do estorno preconiza que não pode haver transferência, transposição ou remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa. d) Errada. O princípio do orçamento bruto estabelece que todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. e) Errada. O princípio da exclusividade estabelece que a lei orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. Resposta: Letra B 6) (ESAF – Analistade Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito das principais características do orçamento de desempenho. a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são definidos em razão das metas a serem atingidas. b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está relacionado com a produção de infraestrutura de prestação de serviços públicos. c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o orçamento sob duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e um programa de trabalho. d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente. e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida em razão do critério populacional. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações desenvolvidas. Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um instrumento central de planejamento das ações do governo vinculado à peça orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação entre planejamento e orçamento. Resposta: Letra C 7) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG – 2005) O orçamento base zero constitui uma técnica para elaboração do Orçamento, apresentando vantagens e desvantagens. Identifique a opção falsa no que diz respeito às suas vantagens. a) O processo orçamentário concentra a atenção na análise de objetivos e necessidades. b) Conjuga planejamento e elaboração do orçamento no mesmo processo. c) Faz os gerentes de todos os níveis avaliarem melhor a aplicação eficiente das dotações em suas atividades. d) Um grande percentual do orçamento é intocável devido às exigências legais. e) Aumenta a participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e na elaboração dos orçamentos. a) Correta. O processo do Orçamento de Base Zero concentra a atenção na análise de objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta. b) Correta. Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo, o que exige a integração entre planejamento e a elaboração do orçamento no mesmo processo. c) Correta. O processo requer ainda que todas as atividades e operações sejam identificadas e classificadas em ordem de importância através de uma análise sistemática. São confrontados os novos programas pretendidos com os programas em execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes de todos os níveis avaliem melhor a aplicação eficiente das dotações em suas atividades. d) É a incorreta. O Orçamento de Base Zero consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Neste tipo de abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação. e) Correta. O processo do Orçamento de Base Zero requer que cada administrador justifique seu orçamento proposto com alto nível de detalhamento, aumentando a participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e na elaboração dos orçamentos. Resposta: Letra D 8) (ESAF – AFC/STN - 2008) Leia as afirmações I, II e III e depois assinale a afirmação correta. I. O chamado orçamento de base zero é a base sobre a qual se aplica a idéia de planejamento plurianual. II. O orçamento-programa propicia o controle político sobre as finanças públicas, mas não alinha as despesas dos diferentes órgãos do governo com o plano de trabalho do governo, suas políticas e estratégias. III. O orçamento desempenho é um avanço em relação ao orçamento tradicional ao buscar indicar os benefícios a serem alcançados pelos diversos gastos e assim possibilita medir o desempenho organizacional. a) I e III estão corretas. b) II e III estão corretas. c) I, II e III estão corretas. d) Apenas II está correta. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 e) Apenas III está correta. I) Errado. O elemento chave do Plano Plurianual é o programa, logo o orçamento-programa é a base sobre a qual se aplica a idéia de planejamento plurianual. II) Errado. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados. Ele alinha as despesas dos diferentes órgãos com o plano de trabalho do governo, suas políticas e estratégias. III) Correto. O orçamento de desempenho é uma evolução em relação ao orçamento clássico. A ênfase reside no desempenho organizacional e no resultado dos gastos, e não apenas no gasto em si. Logo, apenas a alternativa III está correta. Resposta: Letra E 9) (ESAF – Técnico de Nível Superior – SPU/MPOG – 2006) Diferentemente do orçamento tradicional, cujo principal objetivo era o controle político do Executivo, o orçamento-programa tem por principal finalidade servir como instrumento de administração e de gestão. Assinale, a seguir, a única opção que, em contraponto ao orçamento tradicional, caracteriza corretamente o orçamento-programa. a) A alocação de recursos visa à aquisição de meios. b) O controle visa a avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento. c) A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis da gestão. d) O controle visa a avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais. e) O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 São características do orçamento tradicional: a alocação de recursos visa à aquisição de meios; o controle visa a avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento; a estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis da gestão e o processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação. Logo, a única alternativa que se refere ao orçamento-programa é a que dispõe que o controle visa a avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.Resposta: Letra D 10) (ESAF – AFCE – TCU – 2006) O orçamento-programa é entendido como o plano de trabalho do governo no qual são especificadas as proposições concretas que se pretende realizar durante o ano financeiro. Assinale a única opção incorreta em relação a orçamento-programa. a) A integração planejamento-orçamento é característica do orçamento- programa. b) Orçamento-programa informa, em relação a cada atividade ou projeto, quanto vai gastar, para que vai gastar e por que vai gastar. c) O orçamento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e metas, compatibilizando-os com os planos de médio e longo prazos. d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do orçamento em que é enfatizado o objeto de gasto. e) Processo de elaboração do orçamento-programa é técnico e baseia-se em diretrizes e prioridades, estimativa real de recursos e cálculo real das necessidades. a) Correta. O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos de estruturação o plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos programas. b) Correta. O orçamento-programa identifica seus programas de trabalho, projetos e atividades, informando quanto vai gastar, para que vai gastar e por CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 que vai gastar, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados. c) Correta. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, compatibilizados com objetivos e metas dos planos de médio e longo prazos. d) É a incorreta. No orçamento-programa é enfatizado o objetivo do gasto. No processo de elaboração do orçamento tradicional que é enfatizado o objeto de gasto. e) Correta. O orçamento-programa procura levar os decisores públicos a uma escolha racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos públicos a programas e projetos de maior necessidade. Resposta: Letra D 11) (ESAF – AFC/CGU – Correição - 2006) Entre as características do orçamento-programa, há uma opção falsa. Aponte-a. a) Orçamento é o instrumento de ligação entre o planejamento e as funções executivas da organização. b) As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis. c) Na elaboração do orçamento, são considerados todos os custos do programa, inclusive os que extrapolam o exercício. d) O principal critério de classificação é o institucional. e) Há utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados. a) Correta. Por meio do orçamento-programa tem-se o estabelecimento de objetivos e a quantificação de metas, com a consequente formalização de programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da organização. b) Correta. Para a tomada de decisões, consideram-se as análises das alternativas disponíveis e todos os custos relacionados. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 c) Correta. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados, inclusive os que extrapolam o exercício. d) É a incorreta. O principal critério de classificação é o funcional- programático. e) Correta. O orçamento-programa é mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Resposta: Letra D 12) (ESAF – AFC/CGU - 2008) À medida que as técnicas de planejamento e orçamento foram evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram experimentados, cada um com características específicas. Com relação a esse assunto, marque a opção incorreta. a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem preocupação com os objetivos da ação governamental. b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento incremental, e tem como característica principal a inexistência de direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento anterior. c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o orçamento- programa é que o orçamento de desempenho não se relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas. d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo, com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus montantes. e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do orçamento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo dos programas de governo e de cada ação integrada ao planejamento. a) Correta. O orçamento tradicional enfatiza o objeto do gasto e o orçamento- programa enfatiza o objetivo do gasto. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 b) Correta. O orçamento de base-zero se contrapõe ao incrementalismo. Tem como característica a justificativa de todas as ações que serão desenvolvidas no exercício, o que acarreta na inexistência de direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento anterior. c) Correta. O orçamento de desempenho e o orçamento-programa diferem principalmente porque o orçamento de desempenho não se relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas. d) Correta. O elemento essencial do orçamento-programa é o programa, o qual é divido em ações a serem realizadas. e) É a incorreta. Apesar da evolução em relação ao orçamento incremental, o orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo. Resposta: Letra E 13) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG - 2008) Com base nas características e aspectos do orçamento tradicional e do orçamento- programa, assinale a única opção incorreta. a) No orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das despesas com o objetivo de atender às necessidades coletivas definidas no Programa de Ação do Governo. b) No orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais. c) Na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios classificatórios são as unidades administrativas e elementos. d) No orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim como dos resultados. e) O orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa para execução dos planos de longo, médio e curto prazo. a) Correta. A previsão das receitas e fixação das despesas no orçamento- programa tem por finalidade atender às necessidades da população definidas no Programa de Ação do Governo. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 b) Correta. No orçamentoclássico ou tradicional, consideram-se as necessidades financeiras das unidades organizacionais para a tomada de decisão. Já no orçamento-programa, consideram-se as análises das alternativas disponíveis e todos os custos, inclusive os que extrapolam o exercício financeiro. c) É a incorreta. Na elaboração do orçamento tradicional, os principais critérios classificatórios são as unidades administrativas e elementos. No orçamento-programa o principal critério classificatório é o funcional- programático. d) Correta. No orçamento tradicional o acompanhamento, a medição do trabalho e a aferição de resultados são praticamente inexistentes. e) Correta. A elaboração de um orçamento-programa efetivo pressupõe planejamento de longo, médio e curto prazo. Resposta: Letra C. 14) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Indique a afirmativa incorreta com relação às diferenças entre o orçamento tradicional e o orçamento-programa. a) No orçamento tradicional, a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de planejamento, enquanto no orçamento-programa a estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis de gestão. b) No orçamento tradicional, o processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação, enquanto no orçamento-programa, o orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização. c) No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa a aquisição de meios enquanto no orçamento programa a alocação de recursos visa a consecução de objetivos e metas. d) Na elaboração do orçamento tradicional, são consideradas as necessidades financeiras das unidades organizacionais, enquanto na elaboração do orçamento-programa são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 e) No orçamento-programa, o principal critério de classificação das despesas é o funcional-programático, enquanto no orçamento tradicional os principais critérios classificatórios são as unidades administrativas e os elementos. a) É a incorreta. No orçamento-programa, a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de planejamento, enquanto no orçamento tradicional a estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis de gestão. b) Correta. No orçamento tradicional, o processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação. Já o programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos de estruturação o plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos programas. Logo, por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a quantificação de metas, com a consequente formalização de programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da organização c) Correta. No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa a aquisição de meios. Já no orçamento-programa há planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados. d) Correta. Outra diferença: no orçamento tradicional, privilegiam-se as necessidades financeiras das unidades organizacionais, enquanto na elaboração do orçamento-programa são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício. e) Correta. No orçamento-programa, o principal critério de classificação das despesas é o funcional-programático. Já no orçamento tradicional os principais critérios classificatórios são as unidades administrativas e os elementos. Resposta: Letra A CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 15) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Assinale a opção verdadeira a respeito do princípio orçamentário do equilíbrio. a) É o princípio pelo qual as despesas fixadas e as receitas estimadas são executadas no exercício, cumprindo dessa forma a disposição da lei orçamentária anual. b) O princípio do equilíbrio orçamentário se verifica pela suficiência das receitas correntes para cobrir as necessidades correntes e de capital. c) Constitui equilíbrio orçamentário a coincidência dos valores estimados com os realizados da receita pública e os valores fixados e realizados da despesa. d) É a visão pela qual o orçamento de investimento não ultrapassa as receitas de capital dentro do exercício considerado. e) é o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. a) Errada. O princípio do equilíbrio não leva em conta a execução de receitas e despesas. b) Errada. No princípio do equilíbrio se incluem também as receitas de capital. c) Errada. O princípio do equilíbrio compara as receitas estimadas com as despesas fixadas na LOA. Não é considerada a execução de receitas e despesas. d) Errada. O princípio do equilíbrio compara as receitas estimadas com as despesas fixadas na LOA. e) Correta. O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Resposta: Letra E 16) (ESAF – AFC/CGU – Correição - 2006) No que diz respeito aos conceitos de Orçamento Público e princípios orçamentários, assinale a única opção falsa. a) Os princípios orçamentários estão definidos na Lei n. 4.320/64 e na Lei de Diretrizes Orçamentárias. b) No Brasil, a origem do orçamento está ligada ao surgimento do governo representativo. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 39 c) O orçamento-programa elaborado de forma correta constitui eficaz instrumento de planejamento e programação, gerência e administração, controle e avaliação. d) O orçamento-programa apresenta uma série de diferenças do orçamento tradicional, que enfoca o que se pretende gastar. e) O orçamento tradicional ou clássico é o processo de elaboração do orçamento constituído de um único documento, no qual se previam as receitas e a autorização por tipo de gasto, sem qualquer definição do programa e dos objetivos de governo. a) É a incorreta. A maioria dos princípios orçamentários tem amparo na Constituição Federal, como os princípios da exclusividade e da não-afetação de receitas; ou na Lei 4320/64, como os princípios do orçamento bruto e da unidade. b) Correta. O Orçamento no mundo (e no Brasil não foi diferente) tem suas origens no triunfo dos sistemas representativos do Governo, com o desenvolvimento dos princípios democráticos e a idéia da soberania popular. Opõe-se ao pensamento monárquico, cuja soberania do príncipe tinha fundamento divino e que considerava patrimônio próprio o tesouro público. Assim, o monarca impunha os tributos e os gastava sem a participação do povo na fixação dos impostos e dos gastos públicos. c) Correta. Por meio do orçamento-programa tem-se o estabelecimento de objetivos e a quantificação
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