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Questões Comentadas Administração Financeira e Orçamentária para concursos

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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 0 
PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DE 1988: PPA, LDO E LOA 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
É com enorme satisfação que inicio este novo Curso Regular de 
Administração Financeira e Orçamentária (AFO) para a ESAF e cada vez 
mais feliz por integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos 
Concursos! 
 
E já começo falando do nosso curso: 
• Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e 
Orçamentária/Orçamento Público; 
• Questões comentadas apenas da ESAF; 
• Fórum de dúvidas; 
• Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail: 
sergiomendes@pontodosconcursos.com.br; 
• Resumos (mementos) ao final de cada aula; 
• Curso baseado nos últimos editais da Receita Federal, Analista de 
Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento 
(APO/MPOG), Analista da Superintendência de Seguros Privados - 
SUSEP, Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da 
União (AFC/CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (AFC/STN). 
Todos da ESAF e cada um com remuneração inicial - somados subsídio 
e auxílios - de mais de R$ 13 mil reais! 
 
Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir 
conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que 
muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de 
excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de 
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ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto. 
Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes 
motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de fazer a 
diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno. 
 
Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante 
como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil 
do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a 
aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que 
o professor está próximo, falando com você. 
 
Meu nome é Antônio Sérgio Mendes Júnior. Para que me conheçam melhor, 
minha experiência em concursos começou quando eu tinha 17 anos. Fui 12° 
lugar no concurso público nacional para ingresso na Escola Preparatória de 
Cadetes do Exército. Cursei, a seguir, a Academia Militar das Agulhas Negras, 
concluindo meu curso de Ciências Militares em 4° lugar, com ênfase em 
Intendência (Logística e Administração). Lá tive meus primeiros contatos com 
administração pública, orçamento e execução financeira. Como Oficial do 
Exército, desempenhei, entre outras diversas funções tipicamente militares, as 
funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e 
Contratos, nas quais tive contato constante com a ponta da linha do gasto 
público, que é a execução financeira. 
 
Comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal, buscando um novo 
horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas frentes. Surgiu o 
concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções desempenhadas, 
quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas 
preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o 
foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a aprovação, 
a qual consegui muito em função do conhecimento de Administração 
Financeira e Orçamentária - AFO que sempre tem um peso significativo nesta 
prova. Por isso considero AFO tão importante. 
 
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Quanto a meu concurso, hoje estou realmente realizado como Analista de 
Planejamento e Orçamento (APO) do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão. Estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde convivo 
diariamente com esse assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa 
matéria. 
 
A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e 
ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público, 
pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim, 
compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente 
“gastam”. 
 
Além de Analista de Planejamento e Orçamento, atualmente sou Instrutor da 
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), das Semanas de 
Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas pela 
Escola de Administração Fazendária (ESAF) e pós-graduando em Orçamento 
Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União 
(ISC/TCU). 
 
 
 
Assim, numa divisão mais didática que os editais, buscando ser o mais 
completo e objetivo possível, serão 10 aulas (0 a 9), desenvolvidas da seguinte 
forma: 
• Aula 0 – Planejamento e Orçamento na CF/88: Plano Plurianual (PPA); 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e seus Anexos de Metas Fiscais 
e de Riscos Fiscais. Lei Orçamentária Anual (LOA). 
Aproveito a oportunidade para informar sobre o lançamento 
de mais um livro com o selo Vicente & Marcelo: 
Administração Financeira e Orçamentária, Teoria e 
Questões, Sérgio Mendes, Editora Método. Informo que o 
livro já está disponível nas melhores livrarias de todo o país. 
 
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• Aula 1 - Ciclo ou Processo Orçamentário: elaboração da proposta, 
discussão/votação/aprovação, execução, controle/fiscalização/avaliação 
da lei de orçamento. 
• Aula 2 – Parte I) Créditos Adicionais: suplementares, especiais e 
extraordinários. Parte II) Evolução conceitual e Funções Clássicas do 
Orçamento. 
• Aula 3 – Parte I) Características do orçamento tradicional, do orçamento 
de base zero, do orçamento de desempenho e do orçamento-programa. 
Orçamento Participativo. Parte II) Princípios Orçamentários. 
• Aula 4 – Receita Pública: classificação pela natureza. Outras 
Classificações. Distinção entre taxa e preço público (ou tarifa). Dívida 
Ativa. 
• Aula 5 – Despesa Pública: classificação institucional, funcional, pela 
natureza e estrutura programática adotada no setor público brasileiro. 
Outras Classificações. 
• Aula 6 – Estágios da Receita e da Despesa. Regra de ouro. 
• Aula 7 - Execução orçamentária e financeira: Conta Única do Tesouro 
Nacional. SIAFI. Programação Orçamentária e Financeira. 
Descentralização de Créditos Orçamentários e Recursos Financeiros. 
Elaboração da Programação Financeira. Contingenciamento. Limite de 
Empenho e de Movimentação Financeira. Restos a Pagar. Despesas de 
Exercícios Anteriores. Suprimento de Fundos. 
• Aula 8 - Tópicos selecionados da Lei Complementar n° 101/2000: 
princípios, conceitos, planejamento, renúncia de receitas, geração de 
despesas, despesa obrigatória de caráter continuado, Receita Corrente 
Líquida, Pessoal, transferências voluntárias, destinação de recursos 
para o setor privado, transparência da gestão fiscal. 
• Aula 9 – Crédito Público e Endividamento: Dívida, Operações de Crédito 
e Garantias. 
 
Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua 
efetividade. Sou natural de Juiz de Fora – MG e estava morando etrabalhando 
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lá. Se hoje sou Analista de Planejamento e Orçamento, devo muito aos cursos 
on-line. 
 
E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido 
profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos 
ares? Quer integrar uma das carreiras mais valorizadas e reconhecidas do 
Poder Executivo Federal? 
 
“Desejo que você não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há 
céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio 
quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as 
lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja 
um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina 
produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que 
você ama.” (Augusto Cury). 
 
"Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você 
faz. Atitude determina a qualidade do que você faz." (Lou Holtz) 
 
Dessa forma, podemos extrair dos pensamentos que motivação é fundamental, 
porém deve ser sempre acompanhada de atitude e disciplina. “É importante 
sonhar, mas o fundamental é transformar o sonho em realidade.” (Marechal 
José Pessoa). 
 
“As ideias e estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a 
sua execução”. (Percy Barnevick) 
 
Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da 
Constituição Federal: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). O PPA, a LDO e a 
LOA são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos 
federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém 
integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações 
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governamentais. 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 
(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de 
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na 
administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por 
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O 
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da 
CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o 
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal 
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o 
planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo 
operacionalizada por meio de diversos programas. 
 
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Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já 
existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros 
instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano 
Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos 
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício 
financeiro. 
 
1. PLANO PLURIANUAL 
 
O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo 
Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de 
quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. 
 
Segundo o § 1.o do art. 165 da CF: 
§ 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
 
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do 
planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de 
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, 
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do 
país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As 
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer 
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas 
associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais 
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e 
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na 
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual 
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nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de 
longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo 
encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua 
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de 
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os 
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao 
caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos 
territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um 
processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. 
 
As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser 
seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. Grandes 
diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a 
redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com 
sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração 
nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de 
produção e inovação e a inserção competitiva externa; a 
conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação 
dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de 
cidades. 
 
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo 
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão 
estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim 
acompanhados de indicadorese metas que permitam o monitoramento e a 
avaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles 
associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos. 
 
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a 
formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a 
pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se 
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar 
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, 
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diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as 
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste 
mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos 
com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital 
pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa 
de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente 
relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. 
 
Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja 
prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração 
continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita 
a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no 
PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração 
continuada. 
 
Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
 
Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a 
uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. 
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto 
em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com 
softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a 
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e 
com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 
Exemplo: construção de um prédio público. 
 
A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os 
quais são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos 
orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de 
organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações 
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orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de 
um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à 
solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou 
demanda da sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por 
diferentes Ministérios. Exemplos de programas: Brasil Universitário, 
Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo, 
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e 
Efetivação do Direito das Mulheres. 
 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto 
não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
Estudaremos tal Lei Complementar nas próximas aulas. 
 
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no 
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando 
no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser 
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao 
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão 
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
 
Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O 
PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo 
ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato 
seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas. 
 
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Repare que um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar 
durante todo o seu PPA, desde que seja reeleito. Porém, como vimos, será o 
mesmo governante em mandatos diferentes. 
 
Atenção: nossa referência é a CF/1988, por isso sempre tratamos dos 
instrumentos de planejamento e orçamento na esfera federal. No entanto, 
assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também 
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs. 
 
QUADRO DO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado 
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
 
Ainda, a Constituição Federal, em seu art. 165, determina que: 
§ 4.º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional. 
 
A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação, 
apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e 
desigualdades existentes no território brasileiro. 
 
O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento não é o mesmo dos programas da estrutura programática, 
composto por ações (veremos na aula sobre despesas públicas). Os 
programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior 
ao PPA, porque são de longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10 
anos). 
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2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando 
ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento 
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
 
Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988: 
§ 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente,orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a 
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o 
encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no 
segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem 
executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a 
LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a 
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a 
execução orçamentária. 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio 
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antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao 
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa (17 de julho). 
 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, 
entre eles as metas e prioridades da administração pública. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as 
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as 
metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as 
metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos 
na LOA. 
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a 
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é 
um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as 
metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação 
tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm 
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para 
arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que 
o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, 
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do 
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária 
e se justifica sua presença na LDO. 
Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais 
de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o 
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desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão 
econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal 
(CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do 
Estado do Amazonas (AFEAM). 
 
Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a 
Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol 
de funções da LDO: 
Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 
da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses 
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º 
do art. 31; 
(...) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos 
programas financiados com recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
 
Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. 
 
Assim: 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não 
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas 
financiados com recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e 
privadas. 
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Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: 
§ 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas 
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e 
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
 
O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e 
as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos 
juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é 
mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas 
arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas 
do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. 
 
Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá: 
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as 
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com 
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, 
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de 
ativos; 
IV – avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e 
do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
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período superior a dois exercícios. 
 
Temos também integrando a LDO o Anexo deRiscos Fiscais, em que serão 
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência 
dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e 
dívidas em processo de reconhecimento. 
 
Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo 
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem 
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, 
e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. 
 
Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o 
Anexo de Riscos Fiscais: 
 
INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, 
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se 
referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que 
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios 
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da 
política econômica nacional. 
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a 
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de 
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
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INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as 
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do art. 
169 da CF/1988: 
§ 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a 
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, 
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos 
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de 
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, 
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a 
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e 
para as sociedades de economia mista. 
 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
 
3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 
 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a 
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de 
um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente 
dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas 
estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em 
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consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas 
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem 
executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. 
 
Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária 
anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término 
do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o 
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua 
elaboração. 
 
Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988: 
§ 5.º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio 
simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento 
monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação 
entre eles. 
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O 
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle 
e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais 
importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se, 
praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal 
e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central 
e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. 
 
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Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade 
social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário, 
porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais 
orçamentos paralelos. 
 
Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de 
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. 
 
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de 
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na 
ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime 
geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência 
social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a 
quem delanecessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. 
Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social 
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, 
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a 
gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União. 
 
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Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que 
possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social 
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente 
relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema 
Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui 
despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa 
faz parte do orçamento da seguridade social. 
 
A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos 
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os 
próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade 
social. 
Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos três 
orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade social e 
investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs. 
Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado, 
constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social – 
são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e 
apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido 
críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria 
pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como 
praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois 
orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável. 
 
Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos 
fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na 
verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na lei 
orçamentária anual (LOA) de 2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS 
FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE 
INVESTIMENTO”. Nos volumes que compõem a LOA o orçamento de 
investimento também está separado. Esta é a razão da crítica. 
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3.2 Empresa Estatal Dependente 
 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, 
precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. 
Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade 
cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou 
indiretamente, a ente da Federação. 
 
Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada, 
mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de 
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no 
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. 
Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal 
considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade 
Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas 
estatais não dependentes. 
 
Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz 
parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a 
LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha 
liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre 
os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de 
Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF 
porque tem que ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro 
lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus 
investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o 
Orçamento de Investimentos. 
 
Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter, 
portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de 
mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é 
relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). 
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Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do 
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
 
A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é 
responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de 
Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança 
das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes 
integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). 
 
3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF 
 
A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o 
projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano 
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da 
LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das 
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, 
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos 
fiscais imprevistos. 
 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
 
O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as 
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despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que 
as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará 
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. 
Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei 
orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e 
encargossociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e 
assistência aos servidores, e a investimentos. 
 
QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
 
1) (ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento 
e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as 
metas e prioridades para cada ano. 
a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. 
b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. 
e) A Lei Orçamentária Anual. 
 
Os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e metas” que 
se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” da LDO. 
PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) 
LDO Metas e Prioridades 
 
Logo, a LDO explicita as metas e prioridades para cada ano. 
Resposta: Letra C 
 
2) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada 
dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente 
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas: 
I. com pessoal. 
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II. de custeio em geral. 
III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
a) I ou II ou IV. 
b) I e II e III. 
c) II ou III ou IV. 
d) I e II e IV. 
e) I ou II ou III. 
 
I) II) e IV) Corretos. O recebimento de recursos financeiros pela empresa 
controlada para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em 
geral ou de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação 
acionária, a torna empresa estatal dependente. 
III) Errado. Devem ser excluídas as despesas de capital provenientes de 
aumento de participação acionária. 
Logo, I ou II ou IV é a alternativa que responde o item. 
Resposta: Letra A. 
 
3) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na 
Constituição Federal do Brasil, identifique a opção correta no tocante à Lei de 
iniciativa do Poder Executivo que estabelece um conjunto de metas de política 
governamental que envolve programas de duração prolongada. 
a) Diretrizes orçamentárias. 
b) Orçamento anual. 
c) Plano plurianual. 
d) Orçamento de investimentos. 
e) Orçamento social. 
 
O Plano Plurianual - PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do 
Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, 
objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
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Logo, o PPA é a Lei de iniciativa do Poder Executivo que estabelece um 
conjunto de metas de política governamental que envolve programas de 
duração prolongada. 
Resposta: Letra C 
 
4) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) A propósito do orçamento, e de acordo 
com o modelo constitucional brasileiro vigente, a lei que instituir o plano 
plurianual estabelecerá: 
a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, de modo pormenorizado, 
com exceção de fundos para órgãos e entidades da administração indireta. 
b) de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para 
as relativas aos programas de duração continuada. 
c) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social, bem como das empresas 
que contem com participação federal, embora a União não exerça direito de 
voto. 
d) o orçamento da administração direta e indireta, sob responsabilidade da 
União, excluindo-se o orçamento da Seguridade Social. 
e) sistema específico e pormenorizado para redução de desigualdades sociais, 
vedando-se, no entanto, a utilização de anistias e de remissões. 
 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública 
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
Resposta: Letra B 
 
5) (ESAF – APO/SP - 2009) Segundo disposição da Constituição Federal de 
1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas de 
capital, são definidas no seguinte instrumento: 
a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. 
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b) na lei que institui o plano plurianual. 
c) na lei orçamentária anual. 
d) na lei de diretrizes orçamentárias. 
e) no decreto de programação financeira do poder executivo. 
 
O examinador quer saber qual o instrumento que trata das diretrizes e metas 
para as despesas de capital. É a lei que instituir o Plano Plurianual. Não 
podemos esquecer que o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, além das 
diretrizes e metas, os objetivos da administração pública federal para as 
despesas de capital e também de outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
Resposta: Letra B 
 
6) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2006) Sobre o Plano 
Plurianual – PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto 
afirmar, exceto: 
a) sua duração atual é de quatro anos. 
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
Administração Pública para as despesas de capital. 
c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante. 
d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são 
objeto do PPA. 
e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por 
serem objeto da Lei Orçamentária Anual – LOA. 
 
A questão pede o que não se pode afirmar, logo quer a alternativa incorreta. 
a) Correta. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo cuja 
duração atual é de quatro anos. 
b) Correta. O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
c) Correta. O PPA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento 
do primeiro exercício financeiro do mandato do governante e devolvido para 
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sanção até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o PPA é elaborado no 
primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá 
sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
d) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de 
programas, os quais são os elementos centrais do PPA, integrando o Plano 
Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. 
e) É a incorreta. No PPA constam os programas com seus valores para todo o 
período do Plano, divididos por cada um dos quatro anos. 
Resposta: Letra E 
 
7) (ESAF – APO/SP - 2009) Assinale a opção que apresenta uma dasprincipais características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a 
Constituição Federal de 1988. 
a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA. 
b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais. 
c) Define as metas e prioridades da administração pública federal. 
d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente, aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do exercício 
seguinte. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
 
Logo, uma das principais características da LDO, segundo a CF/88, é que ela 
define as metas e prioridades da administração pública federal. 
Resposta: Letra C 
 
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8) (ESAF – Analista – IRB – 2006) A Constituição incumbiu a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) de disciplinar outros assuntos importantes, cuja definição 
antecipada representa relevante apoio na preparação do projeto de lei 
orçamentária, tal(ais) como: 
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora. 
b) o sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo. 
c) os parâmetros para iniciativa de lei de fixação das remunerações no âmbito 
do Poder Legislativo. 
d) a despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta. 
e) os quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos 
especiais. 
 
Segundo o art. 169 da CF: 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a 
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, 
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos 
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes: 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de 
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, 
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a 
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e 
para as sociedades de economia mista. 
 
Logo, a CF/1988 incumbiu a LDO de disciplinar os parâmetros para iniciativa 
de lei de fixação das remunerações também no âmbito do Poder Legislativo. 
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Resposta: Letra C 
 
9) (ESAF – APO/SP - 2009) O modelo de elaboração orçamentária, nas três 
esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições introduzidas 
pela Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder Executivo encaminha 
ao Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que 
contém: 
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta. 
b) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente. 
c) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se 
elaborou a proposta. 
d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os investimentos das 
empresas. 
e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior. 
 
a) Errada. A LDO não dispõe sobre o ano em que é elaborada. 
b) Correta. Segundo a CF/1988, a lei de diretrizes orçamentárias 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações 
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
c) Errada. A LDO trata no Anexo de Metas Fiscais do demonstrativo das 
metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem 
os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três 
exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas 
e os objetivos da política econômica nacional. 
d) Errada. Refere-se à LOA, que contém o orçamento fiscal, o orçamento da 
seguridade social e os investimentos das empresas. 
e) Errada. A LDO trata da avaliação do cumprimento das metas relativas ao 
ano anterior. 
Resposta: Letra B. 
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10) (ESAF – AFC/CGU - 2008) De acordo com a Constituição Federal, foi 
reservada à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de: 
a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subsequente. 
b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos previstos 
na legislação. 
c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
d) dispor sobre alterações na legislação tributária. 
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas. 
 
A questão pede o que foi reservado à LDO de acordo com a CF/1988. 
a) Errada. Segundo o art. 165 da CF/1988, a lei que instituir o PPA 
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Já a 
LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. A 
alternativa mistura os dois conceitos. 
b) c) e) Erradas. De acordo com o art. 4.° da LRF (e não da CF/1988), a LDO 
atenderá o disposto no § 2.° do art. 165 da Constituição e disporá também 
sobre equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de 
empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na legislação; normas 
relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas 
financiados com recursos dos orçamentos; e demais condições e exigências 
para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
d) Correta. Consoante o § 2.o do art. 165 da CF/1988, a LDO compreenderá as 
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Resposta: Letra D 
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11) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Nos termos da 
Lei de Responsabilidade Fiscal, a lei de diretrizes orçamentárias não disporá 
sobre o(a): 
a) promoção do equilíbrio entre receitas e despesas. 
b) estabelecimento de normas e critérios para a limitação do empenho pelos 
entes constantes do orçamento. 
c) definição das demais condições e exigências para transferências 
constitucionais e legais de recursos. 
d) definição de normas relativas ao controle dos custos da administração 
pública. 
e) fixação de normas para a avaliação de resultados dos programas previstos 
no orçamento. 
 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não 
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas 
financiados com recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e 
privadas. 
 
A questão pede a incorreta. Logo, segundo a LRF, a LDO disporá sobre 
demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas e não para transferências constitucionais e legais de 
recursos. 
Resposta: Letra C 
 
12) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Segundo a Lei de 
Responsabilidade Fiscal, o Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
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receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, 
para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, deverá integrar o: 
a) Relatório de Gestão Fiscal. 
b) Relatório Resumido da Execução Orçamentária. 
c) Projeto da Lei do Plano Plurianual. 
d) Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
e) Projeto da Lei Orçamentária Anual. 
 
Segundo o art. 4° da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: 
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas 
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e 
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
Resposta: Letra D 
 
13) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A importância 
do processo orçamentário brasileiro pode ser dimensionada pelo tratamento 
que o assunto recebe na Constituição Federal. Identifique a única opção errada 
no tocante ao orçamento brasileiro. 
a) Na concepção do sistema orçamentário brasileiro, são instrumentos de 
planejamento governamental: o plano plurianual, a lei de diretrizes 
orçamentárias e os orçamentos anuais. 
b) O orçamento público, aceito como um instrumento de planejamento e de 
controle da administração pública, apresenta-se como uma técnica capaz de 
permitir que, periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. 
c) O orçamento é um instrumento essencial para os planejadores, porque eles 
necessitam de recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. 
d) A lei orçamentária anual visa permitir uma visão de conjunto, integrada, das 
ações compreendidas pela administração pública. 
e) A lei de diretrizes orçamentárias deverá ordenar e disciplinar a execução de 
despesas com investimentos que se reverterão em benefício da sociedade. 
 
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a) Correta. O PPA, a LDO e a LOA são as leis que regulam o planejamento e o 
orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis 
constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um 
planejamento estrutural das ações governamentais. 
b) Correta. O orçamento público é um instrumento de planejamento e de 
controle da administração pública. Sua finalidade é a concretização dos 
objetivos e metas estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das 
etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, 
orientado pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a 
serem executadas, seguindo as diretrizes estabelecidas na LDO. Em harmonia 
com os outros instrumentos, apresenta-se como uma técnica capaz de permitir 
que, periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. 
c) Correta. A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público 
prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período 
de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente 
dito, portanto é um instrumento essencial para os planejadores, os quais 
necessitam de recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. 
d) Correta. Segundo o princípio da Universalidade, o orçamento deve conter 
todas as receitas e despesas dos poderes, fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, permitindo uma visão de conjunto, integrada, 
das ações compreendidas pela administração pública. 
e) É a incorreta. É a LOA que dispõe sobre a realização de despesas que se 
reverterão em benefício da sociedade. 
Resposta: Letra E 
 
14) (ESAF – AFC/STN – Econômico – Financeiro - 2005) A publicação da Lei 
Complementar nº 101/00, denominada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), 
contribuiu para maior controle, organização e transparência do orçamento. 
Com a LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tornou-se o instrumento 
mais importante para a obtenção do equilíbrio permanente nas contas públicas. 
Identifique a opção incorreta no tocante às exigências que a LRF trouxe em 
relação à LDO. 
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a) Estabelecer limitações à redução de despesas obrigatórias de caráter 
continuado. 
b) Dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas 
financiados pelo orçamento. 
c) Disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
d) Estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de 
arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a não comprometer as 
metas de resultado primário e nominal, previstas para o exercício. 
e) Quantificar o resultado primário a ser obtido com vistas à redução do 
montante da dívida e das despesas com juros. 
 
a) É a incorreta. A LRF não estabelece limites à redução de despesas. Pelo 
contrário, traz dispositivos para limitar o aumento de despesas. Neste caso, o 
anexo de metas fiscais da LDO conterá o demonstrativo da estimativa e 
compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
b) Correta. Segundo a LRF, cabe à LDO dispor sobre normas relativas ao 
controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados 
com recursos dos orçamentos. 
c) Correta. Cabe à LDO dispor sobre as demais condições e exigências para 
transferências de recursos a entidades públicas e privadas 
d) Correta. Estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, caso a 
realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de 
resultado primário ou nominal previstas, é uma das atribuições dadas à LDO 
pela LRF. 
e) Correta. O controledas despesas e das dívidas é foco constante da LRF. 
Assim, o anexo de metas fiscais da LDO conterá as metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e 
para os dois seguintes. 
Resposta: Letra A 
 
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15) (ESAF – AFC/CGU – 2008) A Constituição Federal instituiu o Plano 
Plurianual - PPA e a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 
101/2000) ratificou sua obrigatoriedade para todos os entes da federação. De 
acordo com a Constituição e os últimos planos aprovados para o governo 
federal, indique a opção incorreta. 
a) Após a Constituição Federal, não há mais a possibilidade da existência de 
planos e programas nacionais, regionais e setoriais, devendo ser consolidado 
em um único instrumento de planejamento que é o PPA. 
b) A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação, 
apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e 
desigualdades existentes no território brasileiro. 
c) Na estrutura dos últimos planos plurianuais da União, as metas representam 
as parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de vigência do 
PPA. 
d) A Constituição Federal remete à lei complementar a disposição sobre a 
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA e, enquanto não for 
editada a referida lei, segue-se o disposto no Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias. 
e) Toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em 
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos 
para o período do Plano Plurianual. 
 
a) É a incorreta. Segundo a CF/1988, os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA e 
apreciados pelo Congresso Nacional. Logo, há a possibilidade da existência 
de planos e programas nacionais, regionais e setoriais, desde que em 
consonância com o PPA, porém não consolidados em um único instrumento de 
planejamento. 
b) Correta. A regionalização prevista na CF/1988 considera as diferenças e 
desigualdades existentes no território brasileiro na formulação, apresentação, 
implantação e avaliação do PPA. 
c) Correta. As metas representam as parcelas de resultado que se pretende 
alcançar no período de vigência do PPA. Correspondem à quantificação física 
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dos objetivos. 
d) Correta. O § 9.o do art. 165 da CF/1988 remete à lei complementar a 
disposição sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do PPA, da LDO e da LOA. Enquanto a referida lei não for 
editada, segue-se o disposto no Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias. 
e) Correta. A organização das ações do Governo sob a forma de programas 
visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de 
um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em 
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos 
para o período do PPA. 
Resposta: Letra A 
 
16) (ESAF – AFC/CGU – 2008) Com a publicação da Lei de Responsabilidade 
Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias - 
LDO assumiu novas prerrogativas, entre as quais a de apresentar o Anexo de 
Metas Fiscais – AMF e o Anexo de Riscos Fiscais – ARF. Em relação ao AMF 
e ARF não se pode afirmar: 
a) no ARF, serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes 
de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, 
caso se concretizem. 
b) o AMF estabelece as metas de Receita, Despesa, Resultado Primário e 
Nominal e montante da dívida pública a serem observadas no exercício 
financeiro a que se refere, além de indicar as metas fiscais para os dois 
exercícios seguintes. 
c) de acordo com as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias da União, os 
riscos fiscais podem ser classificados em duas grandes categorias: Riscos 
orçamentários e Riscos de dívida. 
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d) faz parte do AMF o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia 
de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter 
continuado. 
e) considerando os riscos dos déficits atuariais dos sistemas de previdência, a 
LRF determina que integre o ARF a avaliação da situação financeira e atuarial 
do regime próprio dos servidores públicos. 
 
a) Correta. Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em 
que serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar 
as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se 
concretizem. 
b) Correta. Integrará o projeto da LDO o Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, 
para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
c) Correta. Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da 
dívida. Os riscos fiscais orçamentários estão relacionados à possibilidade de as 
receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto da LOA não se 
confirmarem durante o exercício financeiro. Já os riscos fiscais da dívida estão 
diretamente relacionados às flutuações de variáveis macroeconômicas, tais 
como taxa básica de juros, variação cambial e inflação. 
d) Correta. O Anexo de Metas Fiscais conterá demonstrativo da estimativa e 
compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas 
obrigatórias de caráter continuado. 
e) É a incorreta. É o Anexo de Metas Fiscais que conterá a avaliação da 
situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio 
dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; e dos demais 
fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 
Resposta: Letra E 
 
17) (ESAF – APO/MPOG - 2008) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 
atribuiu novas e importantes funções ao orçamento e à Lei de Diretrizes 
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Orçamentárias. Nos termos da LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias recebeu 
novas e importantes funções entre as quais não se inclui: 
a) mostrar as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual e 
respectivas receitas, sendo o financiamento da dívida demonstrado de forma 
separada nas leis de créditos adicionais. 
b) estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de 
arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a comprometer as metas 
de resultado primário e nominal previstas para o exercício. 
c) quantificar o resultado primário obtido com vistas à redução do montante da 
dívida e despesas com juros. 
d) dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos

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