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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA BIOTECNOLOGIA BIOMATERIAIS Professora: Msc. Fernanda Figueiredo Mendes GOIÂNIA 2012 UFG BIOMATERIAIS São dispositivos inseridos no organismo para tratar, melhorar ou substituir qualquer tecido, órgão ou função do corpo Podendo ser de origem natural ou sintética. Substância ou combinação destas que não sejam fármacos Pode ser usada por qualquer que seja o período de tempo Determinado ou não Finalidade de manter e ou alterar beneficamente a qualidade de vida do paciente. Biomaterial, o que é? 2 a 3 milhões de implantes/ ano EUA Biomaterial, o que é? Substância sistemicamente e farmacologicamente inerte destinados para implantação dentro do sistema vivo Material sintético, ou de origem natural em contato com o sangue, tecidos e fluidos biológicos, destinados ao uso:(Bruck, 1980) Prótese Diagnóstico e terapêutica sem prejudicar o organismo vivo e seus componentes Definições Qualquer substância (que não droga) ou a combinação de substâncias, sintéticas ou de origem natural, que podem ser utilizados por um período de tempo, como um todo ou como parte de um sistema que trata, aumenta, ou substitui qualquer tecido, órgão ou função do corpo (Williams, 1987). Definições Dispositivo é algo conceitualizado e fabricado para uma função particular. A substância tem propriedades ideais para o correto funcionamento do dispositivo A substância não deve degradar o sistema biológico Ideal Definições “Biomateriais” apresentam substâncias das quais podem ser fabricados dispositivos que interagem com sistemas biológicos Definições O estudo de biomateriais é a descrição e predição do comportamento de tais substâncias no contexto do funcionamento do dispositivo e o ambiente biológico a que se insere Substituição de parte do corpo que perdeu sua função (quadril, fêmur, joelho, coração) Corrigir anormalidades (lesão da medula espinhal) Assitir a uma função (marca-passo, stent) Assistir a cura (sutura, liberação controlada de fármacos) Materiais para engenharia de tecidos Definições “Biomateriais” – necessário em vista da inabilidade de tratar condições a não ser através de substituição, inserção ou regeneração Quais áreas de conhecimento devem ser incluídas no estudo do biomaterial? Quem estuda os biomateriais? Quem? Engenheiros Químicos Físicos Biólogos Bioquímicos Médicos Cirurgiões Biotecnólogos Como? Investigação Desenvolvimento Regulamentação Comercialização Onde? Investigação, Desenvolvimento e Comercialização: • Meio acadêmico • Clinicas e hospitais • Indústria Regulamentação (governamental): • INFARMED (PT) • EMEA (EU) • FDA (USA) • ANVISA (BRA) •INMETRO Primórdios da humanidade. Avanços científicos Estudos incansáveis Engenharia de tecidos Coisa velha ou coisa nova? Ouro foi usado como reparo dental por chineses, astecas e romanos a até 2000 atrás Já em 1775, ferro e latão foram usados para reparo de fêmur fraturado O primeiro olho de vidro foi produzido em 1832 pelo vidreiro Ludwig Müller-Uri em Lauscha, Alemanha Indígenas da America central e Africa utilizavam pinças de formigas para a sutura de ferimentos George Washington (1732-1799) tinha dentes de marfim História dos biomateriais Histórico 1° geração de biomateriais Utilização de materiais convencionais sem modificação prévia Especificações determinadas pelos médicos e cirurgiões, tentativa e erro...o sucesso era acidental! Histórico 1860: Lister desenvolve técnica cirúrgica asséptica Até 1900: Placas ósseas usadas para fixar fraturas 1930: Introdução do aço inox, ligas de cobalto-crômio 1938: Primeira prótese total de quadril 1940: Polímeros na medicina: reparo ósseo PMMA, celulose para diálise, sutura de náilon 1952: Válvula cardíaca mecânica 1953: Enxerto vascular Dacron (fibra polimérica) 1958: Substituição de articulação 1960: Primeira válvula cardíaca comercial 1970: Proteína de revestimento de película fina resistente 1976: FDA emenda governamental testes e produção de biomateriais 1976: Coração artificial (W. kolff, Prof. Emeritus) Histórico 2° Geração de biomateriais Modificação/adaptação de materiais convencionais Desenvolvimento de materiais a partir da colaboração de físicos e engenheiros de materiais Baseados nas experiências resultantes da utilização da utilização de materiais da 1ª geração Histórico Implantes dentários e ortopédicos baseados em ligas de titânio Ligas de colbato crômio molibdênio para implantes ortopédicos Superfície em polietileno de alto peso molecular para substituição total de articulações Válvulas do coração e marcapassos Histórico Harol Ridley em 1949, Hospital St Thomas, Londres Perpex - Polimetimetacrilato PMMA Resina acrilica do para-brisa de aviões de caça – II Guerra Mundial Silicone dobráveis Histórico lente monofocal lentes intraoculares acomodativasLente PMMA (Rígido) Lenço de seda – 1° artéria sintética Vinyon – fibra sintética policloreto de vinila pára-quedas Dacron – poliéster barco a velas Histórico Arthur Voorhees com um cão em que uma prótese aórtica foi implantado (1952) Protese Vinyon-N criada por A. Voorhees, feitos com a máquina de costura de sua esposa Margaret Sua estrutura é de dacron São indicados para tratamentos de aorta ascendente, aorta descendente e arco aórtico São disponibilizados em forma de tubos retos de diferentes comprimentos e diâmetros Histórico 3° geração de biomateriais Utilização dos conhecimentos provenientes de diversas áreas da ciência e da engenharia no desenvolvimento de novos materiais Existem poucos exemplos no mercado Diversas abordagens e diferentes linhas de investigação Histórico Regeneração no lugar de substituição: engenharia de tecidos Materiais híbridos, nanoestruturados, liberação de substancias bioativas Pele artificial – Integra LifeScienses Células da cartilagem – Genzyme Histórico Tipos de biomateriais Naturais Sintéticos Enxertos??? Biomateriais Enxerto alogênico (allografts) Enxerto xenogênico (xenografts) Exerto autólogo (autografts) Naturais Polissacarídeos Biomateriais Sintéticos Biomateriais Materiais Vantagens Desvantagens Exemplos Polimeros (nylon, silicone, poliestes, politetrafuoretileno) Fácil de fabricar não é forte Deformação Degradação Suturas, vasos sanguíneos, tecidos moles, suturas Metais (Ti, Co-Cr, Au, Ag, Pt, etc.) Forte, resistente Pode corroer, denso, difícil fazer Próteses, placas ósseas, parafusos, fios marcapasso. Cerâmicos (óxido de aluminio, fosfato de calcio, hidroxiapatita, carbono) Muito biocompatível, inerte Frágil, não resistente, difícil fazer Cabeça femoral, revestimento de implante dental Compósitos Fortes, implantes feitos sob medida difícil de fazer Implantes de articulação, válvulas cardíacas Polímeros Válvulas Cateteres Lentes Suporte para engenharia de tecidos Scafolds Biomateriais Metais Pinos intramedulares Placas ósseas Parafusos Implante dental Dispositivos cardíacos Biomateriais Cerâmica Implantes de quadril e joelho Coroa dentária Cobertura de valvas Biomateriais Propriedades aplicadas à função Conceito de biocompatibilidade Possibilidade de esterelização Testes In vitro In vivo Regulamentação Como faço um biomaterial? Implicações éticas Mercado E quanto eu ganho com isso?
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