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Relatório Palestras Saúde Sergipe

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Ellen Santos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
RELATÓRIO – OFICINA UBÍQUA 
INTERDISCIPLINARIDADE
Aracaju – SE
2024.2
1. IDENTIFICAÇÃO 
EVENTO
Palestra: Oficina Ubíqua 
Local: Sala 512 na Uninassau de Aracajú
Data: 24/10/2024
ALUNO
Nome: Ellen de Jesus Santos
Matrícula: 16023429
Turma: Enfermagem Noite 6P
2. RESUMO DO EVENTO
18:40 – 19:30 • Processo de investigação de óbito de mulheres em idade fértil 
 O palestrante iniciou a discussão enfatizando a importância da investigação de óbitos de mulheres em idade fértil para a melhoria da saúde pública. Esse processo permite não apenas identificar as causas das mortes, mas também entender os fatores sociais, econômicos e de saúde que podem ter contribuído para o desfecho. É um mecanismo fundamental para aprimorar as políticas de prevenção e garantir que falhas no sistema de saúde sejam corrigidas.
 Explicou que a investigação de óbitos é um processo que envolve várias etapas e profissionais de diferentes áreas. Inicialmente, ocorre a notificação do óbito, que é enviada aos órgãos de vigilância epidemiológica. Em seguida, a equipe revisa os prontuários médicos, realiza entrevistas com familiares e, quando necessário, analisa relatórios de autópsia. A análise dos prontuários e o contato com a família ajudam a obter informações sobre os fatores que podem ter contribuído para a morte, incluindo aspectos psicossociais e ambientais.
 Um ponto central da palestra foi a importância de uma rede de apoio integrada. Em muitos casos, a falta de comunicação entre diferentes níveis de atendimento e a escassez de registros consistentes nos prontuários dificultam uma investigação precisa. O palestrante destacou a necessidade de treinamento contínuo para os profissionais de saúde e a importância de protocolos bem estabelecidos para que a assistência às mulheres seja completa e humanizada.
19:30 – 20:20 • Direito à saúde da população LGBTQIAPN+
 O palestrante também abordou as diversidades dentro da população LGBTQIAPN+, destacando que cada grupo (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais, assexuais, pansexuais e não-binários) possui necessidades de saúde distintas. Por exemplo, pessoas trans podem necessitar de cuidados relacionados à terapia hormonal e cirurgias de afirmação de gênero, enquanto pessoas bissexuais podem enfrentar a bifobia, que contribui para a invisibilidade de sua saúde. Essa diversidade requer que os serviços de saúde estejam preparados para atender a um espectro amplo de necessidades.
 Foram apresentados exemplos de políticas públicas exitosas em algumas localidades, que promovem a saúde integral da população LGBTQIAPN+. O palestrante enfatizou a importância de se implementar políticas de saúde que considerem a especificidade das demandas desse grupo, como a inclusão de questões de saúde sexual e reprodutiva, e o suporte psicológico. A criação de campanhas educativas e a promoção de espaços de diálogo com a comunidade LGBTQIAPN+ são essenciais para garantir que as políticas de saúde sejam efetivas e acolhedoras.
20:20 – 21:00 • Perfil epidemiológico de IST/HIV/AIDS em Sergipe
 O palestrante iniciou com uma visão geral da situação das ISTs, HIV e AIDS em Sergipe, apresentando dados alarmantes sobre o aumento desses casos nos últimos anos. Em Sergipe, a incidência tem se concentrado em algumas faixas etárias e populações específicas, com um destaque preocupante para jovens de 15 a 29 anos e populações vulneráveis, como profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas.
 Também foram apresentados os principais desafios enfrentados na prevenção e tratamento dessas doenças. Entre os principais pontos mencionados, o palestrante destacou que, embora a rede pública ofereça testes rápidos e tratamentos gratuitos, ainda existem muitos obstáculos para que esses serviços sejam efetivamente utilizados. Problemas como o estigma social e a desinformação dificultam que as pessoas busquem ajuda ou orientação.
 Além disso, foram discutidos os impactos da pandemia de COVID-19, que interrompeu muitos serviços de saúde, dificultando o acompanhamento de pacientes e a distribuição de preservativos e medicamentos de prevenção. Houve, inclusive, uma queda no número de testagens durante esse período, o que pode ter contribuído para o aumento de novos casos.
 O palestrante ressaltou a importância de investir em campanhas de conscientização, que incluem palestras em escolas, divulgação sobre o uso correto de preservativos, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) para reduzir a infecção em grupos de risco.
6. CONCLUSÃO 
 As três palestras abordaram temas cruciais para a promoção da saúde e a melhoria das políticas públicas em Sergipe, destacando a necessidade de uma abordagem integrada e inclusiva. A investigação de óbitos de mulheres em idade fértil ressaltou a importância de um processo estruturado que não apenas identifique as causas de morte, mas também considere fatores sociais e de saúde, garantindo que as políticas de prevenção sejam eficazes e baseadas em dados confiáveis.
 Por sua vez, a discussão sobre o direito à saúde da população LGBTQIAPN+ evidenciou as barreiras significativas que esse grupo enfrenta ao acessar serviços de saúde. A palestra enfatizou a urgência de criar um ambiente acolhedor e inclusivo, onde os profissionais de saúde sejam capacitados para atender às necessidades específicas dessa população, respeitando suas identidades e promovendo cuidados adequados
 Juntas, essas palestras reforçaram a importância da educação contínua dos profissionais de saúde, da implementação de protocolos adaptados e da promoção de políticas públicas que considerem a diversidade e as particularidades de diferentes grupos. A integração entre os serviços de saúde e a comunidade é fundamental para garantir que todos tenham acesso a um atendimento digno e de qualidade, promovendo a equidade em saúde e a redução de desigualdades sociais. Ao unir esforços para abordar essas questões, é possível avançar em direção a um sistema de saúde mais justo e eficaz para todos os cidadãos

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