Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE AÇO I
Professora: Renata Gomes Lanna da Silva
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
NOTAS DE AULA
1
Capítulo 1:
Introdução
Capítulo 2:
Materiais estruturais
Capítulo 3:
Perfis estruturais do aço
Capítulo 4:
Ações, segurança e desempenho estrutural 
Capítulo 6:
Barras de aço tracionadas
Capítulo 7:
Barras de aço comprimidas
Capítulo 8:
Barras de aço fletidas Editora Pearson
Bibliografia adotada:
2
Capítulo 5:
Estabilidade lateral e análise estrutural
INTRODUÇÃO
Capítulo 1
3
DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE AÇO I
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
Os elementos estruturais:
INTRODUÇÃO
4
Os aços estruturais são aqueles que, devido a sua
resistência, ductilidade, e outras propriedades, são
utilizados em elementos estruturais que suportam
e transmitem os esforços.
INTRODUÇÃO
O aço é uma liga de ferro e carbono, com outros
elementos adicionais, como silício, manganês,
fósforo, enxofre etc.
O teor de carbono pode variar desde 0% ate 1,7%. 
5
VANTAGENS DO AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
• Elevada resistência
 Material estrutural de maior índice de resistência
(resistência x peso específico)
 Componentes de aço possuem menores dimensões que
aqueles em outros materiais
 Adequada para obras com grandes vãos ou grandes alturas
(edifícios altos, torres de transmissão de energia e de
telecomunicações)
6
VANTAGENS DO AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
• Elevada ductilidade
 Deformação antes do rompimento em torno de 15% a 40%
 Resistentes a choques bruscos
 Permite que pontos de alta tensão se redistribuam pelo corpo
7
VANTAGENS DO AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
• Aproximação entre a teoria e a prática
 Material homogêneo e praticamente isotrópico;
 Características bem definidas;
 Boa aproximação entre comportamento estrutural teórico e
o prático.
• Canteiro de obras menor,
limpo e organizado
 Dispensa escoramento e
fôrmas;
 Pouca estocagem no
canteiro;
 Redução de entulhos. 8
VANTAGENS DO AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
• Facilidade de reforço e ampliação
- Reforço: soldagem de chapas nas mesas de um pilar para
aumentar sua capacidade de resistir às forças atuantes ou de
perfil T sob viga em perfil I
- Ampliação: ligação de nova viga por meio de parafusos a pilar
existente
9
VANTAGENS DO AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
• Possibilidade de reaproveitamento
- Uma estrutura metálica com ligações aparafusadas e sem
lajes de concreto pode ser desmontada
• Rapidez de execução
- Peças pré-fabricadas  execução
mais rápida
- Término da obra em prazo menor
se comparado ao de obras
convencionais.
10
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
• Corrosão
- O ferro constituinte do aço tende a retornar ao seu estado
primitivo de minério, ou seja combinar com os elementos
presentes no meio ambiente (O2, H2O) formando óxido de ferro;
- Há uma gradual redução das seções transversais dos componentes
estruturais que reduz a resistência às tensões atuantes;
- A proteção contra a corrosão é feita usualmente por pintura ou
galvanização (camada de Zinco sobre superfícies).
11
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
Pintura: consiste em criar uma barreira impermeável protetora
na superfície exposta do aço através de aplicação de esmaltes,
vernizes, tintas e plásticos.
12
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
Galvanização: processo de zincagem por imersão a quente, que
consiste na imersão da peça em um recipiente com zinco
fundido a 460°C.
Para garantir uma proteção ainda maior contra a corrosão
costuma-se aplicar tintas sobre as superfícies zincadas.
13
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
Comportamento em Situação de Incêndio
- As principais propriedades mecânicas do aço degeneram-se
consideravelmente em altas temperaturas;
- Aumento de temperatura = resistência ao escoamento e do módulo
de elasticidade
- Reduções de resistência e rigidez podem provocar colapso em
decorrência da estrutura perder a capacidade de suportar as ações
atuantes.
Curva tensão x deformação para diversas temperaturasFatores de redução da relação tensão-deformação do aço
14
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
Comportamento em Situação de Incêndio
- Temperatura crítica: é aquela na qual se dá o colapso;
- É de 500º C a 700º C para dimensionamentos sem folga.
15
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
Proteção tipo contorno: argamassa jateada em toda a
superfície exposta dos elementos estruturais.
Proteção tipo caixa: placas rígidas são montadas em volta
dos elementos.
Tipo contorno Tipo caixa
Proteção da estrutura para não atingir a temperatura crítica:
16
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
Tinta intumescente para estrutura metálica aparente.
 Película de 0,25 a 0,6 mm de espessura;
 Quando submetida ao calor, tem sua espessura aumentada entre 20 
e 30 vezes  Aspecto esponjoso (material de proteção contra 
incêndio);
 Permite que sobre ela seja aplicada uma pintura de acabamento.
17
CUIDADOS COM O AÇO COMO MATERIAL ESTRUTURAL
Uma maneira de reduzir o problema é o uso de aços resistentes ao
fogo que, em virtude de suas composições químicas, apresentam
degenerescência das propriedades mecânicas com a elevação da
temperatura menos acentuada que a dos demais aços.
18
MATERIAIS ESTRUTURAIS
Capítulo 2
19
DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE AÇO I
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
Ensaio de tração: comportamento dos aços sob tensão normal
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Propriedades físicas e mecânicas
- Esse ensaio é usado primariamente para determinar a relação
entre a tensão normal média e a deformação normal média.
20
Ensaio de tração: comportamento dos aços sob tensão normal
PROPRIEDADES MECÂNICAS
21
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Fase elástica:
• Trecho reto: da origem até o material atingir a resistência ao
escoamento fy.
• O material obedece a lei de Hooke (as tensões são proporcionais às
deformações): s=Ee
• E= constante, módulo de elasticidade, módulo de Young ou módulo
de deformação longitudinal.
E=200000 MPa
• Deformação atinge valores da
ordem de 0,12% a 0,20%.
• Deformação desaparece
totalmente após
descarregamento.
22
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Fase Plástica:
• Trecho do diagrama com tensão constante, igual a fy com
aumento de deformação, atingindo valores entre 1 e 5% .
• Trecho conhecido como patamar de escoamento.
• Descarregamento ocorre
segundo uma reta
paralela a E. Sempre
restará uma deformação
residual er.
23
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Fase de Encruamento:
• Após escoamento, o material sofre um revigoramento, que
recebe a denominação de encruamento ou endurecimento.
• A tensão volta a crescer com a deformação, porém sem
proporcionalidade.
• O material atinge sua
tensão mais elevada,
denominada resistência
à ruptura, fu.
• A deformação 
correspondente varia 
de 10 a 30%. 24
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Fase de Estricção:
• Depois de alcançar fu, a área da seção transversal na região
central do corpo de prova começa a se reduzir rapidamente, em
um fenômeno conhecido como estricção .
• Ocorre uma queda no
valor da força de tração
aplicada, até o
rompimento do material,
sob deformação da ordem
de 15 a 40%.
25
Compressão
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Caso o CP fosse submetido à compressão, as resistências teriam
os mesmos valores absolutos do ensaio de tração.
• Ao invés do aumento do comprimento, da estricção e do
rompimento, ocorreriam redução do comprimento, aumento de
área da seção transversal e esmagamento por compressão,
respectivamente.
26
Tensão de cisalhamento
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Submetendo-se um CP à tensão de cisalhamento, obtém-se um
diagrama tensão-deformação similar ao diagrama das tensões
normais de tração.
• G = a inclinação do segmento reto, denominado módulo de
elasticidade transversal .
• O valor de G pode ser obtido pelo diagrama ou pela teoria da
elasticidade:
• n = coeficiente de Poisson
• n = 0,3 em regime elástico.
• G ≈ 77000 MPa.
  12 n

E
G
27
Tensão de cisalhamento
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• A resistência ao escoamento por cisalhamento,fvy:
• A resistência à ruptura ao cisalhamento, fvu:
yvy ff 60,0
uvu ff 60,0
28
PROPRIEDADES FÍSICAS
• Massa específica do aço:
• Peso específico do aço:
• Dilatação térmica do aço:
3/7850 mkg
3/77 mkN
161012  Cx
29
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
• Aços estruturais possuem 95% de ferro em sua
composição, e carbono a uma porcentagem máxima de
0,29%. Esses aços podem possuir outros elementos
químicos para melhorar determinadas propriedades
mecânicas ou a durabilidade do aço.
30
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS ESTRUTURAIS
- Os aços estruturais usados no Brasil, em função da composição
química, são classificados em:
 aços-carbono;
 aços de baixa liga e alta resistência mecânica;
- Esses aços podem possuir resistência à corrosão atmosférica
normal ou superior à normal, sendo neste último caso
denominados aços resistentes à corrosão atmosférica;
- Os aços-carbono e os aços de baixa liga e alta resistência mecânica
podem ser resistentes ao fogo (apresentam degeneração das
propriedades mecânicas inferior a dos demais aços sob altas
temperaturas).
- Todos os aços supracitados possuem diagrama tensão x deformação
com patamar de escoamento.
31
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS ESTRUTURAIS
- A ABNT NBR 8800:2008 exige que os aços estruturais
possuam:
 Resistência ao escoamento máxima de 450 MPa: para
assegurar a soldabilidade com o emprego de eletrodos
utilizados normalmente na construção civil;
 Relação mínima entre as resistências à ruptura e ao
escoamento de 1,18: para assegurar que as
prescrições de cálculo da norma relacionadas à propagação
do escoamento antes da ruptura possam ser aplicadas.
32
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS ESTRUTURAIS
- A versão atual da norma, ABNT NBR 8800:2024, exige que os
aços estruturais possuam:
 Resistência nominal ao escoamento máxima de 450 MPa.
 Relação mínima entre as resistências nominais à ruptura e ao
escoamento de 1,15. Além disso, devem atender aos
seguintes requisitos, considerando-se valores efetivamente
medidos pelas usinas siderúrgicas:
a) A relação entre as resistências à ruptura e ao escoamento não pode
ser inferior a 1,10;
b) A relação entre as deformações especificas correspondentes às
resistências à ruptura (eu) e ao escoamento (ey) não pode ser inferior a 15;
c) A deformação máxima na ruptura (er) não pode ser inferior a 15%,
considerando-se a base de medida de 200mm. 33
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS ESTRUTURAIS
• Aços-carbono
 São os tipos mais usuais, sendo que o aumento de
resistência é obtido com o carbono (entre 0,15% e 0,29%)
e com a adição de manganês (porcentagem máxima de
1,5%);
 Teor de carbono aumenta a resistência e a dureza (reduz a
ductilidade);
 Aços de média resistência mecânica, apresentam
resistência ao escoamento mínima entre 230 MPa e 380
MPa e resistência à ruptura mínima entre 310 MPa e 480
MPa;
 Aços mais usados: ASTM A36, A570.
34
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS ESTRUTURAIS
• Aços de baixa liga e alta resistência mecânica
 Apresentam resistência ao escoamento mínima situada
entre 290 MPa e 450 MPa e resistência à ruptura mínima
entre 415 MPa e 550 MPa;
 Apresentam teor de carbono entre 0,05% e 0,25% e de
manganês inferior a 2%, acrescidos de elementos de liga
(Silício, níquel, etc).
 Têm propriedades mecânicas superiores às dos aços-
carbono com baixo custo de produção.
35
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS ESTRUTURAIS
• Aços resistentes à corrosão atmosférica
 Apresentam elementos como manganês, cobre, cromo,
níquel e nióbio, em porcentagens adequadas, de modo a
terem resistência à corrosão atmosférica superior à normal;
 Tais aços não são imunes à corrosão, mas apresentam uma
velocidade de corrosão (perda de espessura com o tempo)
pelo menos 4 vezes inferior a dos demais;
36
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS ESTRUTURAIS
 Quando expostos ao clima, uma camada de óxido compacta
e aderente se desenvolve na superfície. Essa camada
funciona como barreira de proteção contra o
prosseguimento do processo corrosivo, possibilitando,
assim, a utilização desses aços sem revestimento.
 O tempo necessário para a formação da pátina (proteção)
varia em função do tipo de atmosfera a que o aço está
exposto, sendo em geral de 18 meses a 3 anos;
 Após um ano o material já
apresenta a coloração
marrom-clara.
Praça do Papa-BH
37
AÇOS USADOS NO BRASIL
Aços estruturais normatizados pela ABNT que atendem à NBR 8800
MR - média resistência 
mecânica; 
AR - alta resistência 
mecânica; 
COR - resistência à 
corrosão atmosférica
valores 
característicos
38
AÇOS USADOS NO BRASIL
Aços estruturais normatizados pela ABNT que atendem à NBR 8800
MR - média resistência 
mecânica; 
AR - alta resistência 
mecânica; 
COR - resistência à 
corrosão atmosférica
valores 
característicos
39
AÇOS USADOS NO BRASIL
Aços estruturais de especificação ASTM permitidos pela NBR 8800
1)t corresponde à menor espessura da chapa ou à menor dimensão ou ao menor diâmetro da seção transversal da barra
redonda lisa.
2)A relação fu/fy não pode ser inferior a 1,18
40
AÇOS USADOS NO BRASIL
Aços estruturais de especificação ASTM permitidos pela NBR 8800
(continuação)
1)t corresponde à menor espessura da chapa ou à menor dimensão ou ao menor diâmetro da seção transversal da barra
redonda lisa.
2)A relação fu/fy não pode ser inferior a 1,18
ASTM (American Society for Testing and Materials).
41
AÇOS USADOS NO BRASIL
Aços das siderúrgicas brasileiras
42
PERFIS ESTRUTURAIS DE AÇO
Capítulo 3
43
DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE AÇO I
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
PERFIS ESTRUTURAIS DE AÇO
Considerações iniciais
• O Capítulo 3 apresenta os perfis estruturais de aço previstos pela
ABNT NBR 8800 mais utilizados na construção civil brasileira, que
podem ser classificados, segundo o modo de obtenção, como
perfis laminados e perfis soldados.
• Também serão feitas considerações relevantes sobre o
aparecimento das tensões residuais e sua influência no
comportamento dos perfis.
44
Os perfis laminados são aqueles obtidos por meio de um processo de
transformação mecânica, chamado de laminação.
PERFIS LAMINADOS
• As chapas são obtidas a partir da laminação a quente de uma placa
de dimensões maiores, com temperatura geralmente superior a
1.000 oC.
• Os perfis de seções I, H, U e L são obtidos de forma similar às
chapas, mas a partir de blocos, com o uso de cilindros de diâmetro
variável para perfis I e H.
• As barras redondas são geralmente obtidas a partir de tarugos,
com o emprego de cilindros com ranhuras.
45
PERFIS LAMINADOS
Perfis laminados produzidos no Brasil
• Chapas
• Perfis de seção aberta
• Perfis I de faces inclinadas
• Perfis U
• Perfis L (cantoneiras)
• Perfis I e H de faces paralelas
• Barras redondas
• Lisas
• Nervuradas 46
Chapas
PERFIS LAMINADOS
- Grossas ( > 4,75mm) → em forma de placas
- Finas (≤ 4,75 mm) → placas ou bobinas
placas bobinas
47
Chapas
PERFIS LAMINADOS
• Uma chapa é definida por meio do símbolo CH, seguido da
espessura em milímetros (por exemplo: CH 16). A espessura
pode ser acompanhada pela largura e pelo comprimento da
peça, em mm (por exemplo: CH 16 x 500 x 2.000).
48
Perfis laminados de seção aberta
PERFIS LAMINADOS
49
PERFIS LAMINADOS
• Perfis de seção aberta
a) Perfis I de faces inclinadas
- Apropriado para uso sob
solicitação de flexão simples em
relação ao eixo x. Sua resistência
à flexão em relação ao eixo y é
reduzida.
- Especificação: Símbolo I, seguido
da altura (d), em mm, e da
massa por unidade de
comprimento (kg/m).
Ex.: I 127 x 14,8.
50
PERFIS LAMINADOS
• Perfis de seção aberta
b) Perfis I de faces paralelas
- São mais apropriados para uso sob solicitação de flexão
simples em relação ao eixo x, já que sua resistência à flexão
em relação ao eixo y é relativamente pequena;
- Especificação: Símbolo W, seguido da altura (d), em mm, e
da massa por unidade de comprimento (kg/m).
Ex.: W310x38,7.
x
y
51
PERFIS LAMINADOS
• Perfis de seção aberta
c) Perfis H de faces paralelas
- São mais apropriados para trabalhar como barras
comprimidas, especialmente comopilares;
- Especificação: Símbolo W ou HP, seguido da altura (d), em
mm, e da massa por unidade de comprimento (kg/m).
Ex.: W 310 x 93, HP 250 x 85.
y
x
52
PERFIS LAMINADOS
• Perfis de seção aberta
d) Perfis U
- Empregado quando a
solicitação, de qualquer tipo, é
pequena. Ex: pilares de
estruturas pouco carregadas,
componentes de treliça, terças
e travessas de tapamento,
degraus e longarinas de
escadas;
- Especificação: Símbolo U,
seguido da altura (d), em mm,
e da massa por unidade de
comprimento (kg/m).
Ex.: U 152,4 x 12,2. 53
PERFIS LAMINADOS
• Perfis de seção aberta
e) Cantoneiras (Perfis L)
- São perfis relativamente
menos pesados, usados
principalmente como
componentes de treliça e
como elementos de
contraventamento, situações
em que a solicitação
predominante é de tração ou
compressão axial;
- Especificação: Símbolo L,
seguido pelo comprimento das
abas (b), e pela espessura (t),
em mm. Ex.: L 76,2 x 6,35.
54
PERFIS LAMINADOS
• Barras redondas
a) Lisas: São produzidas no Brasil com
diâmetro de 6,35 mm a 88,9 mm;
- Empregas como tirantes ou como
elementos de contraventamento,
situações em que a solicitação
atuante é de tração axial;
- São fabricadas principalmente em
aço ASTM A36.
- Especificação: Símbolo , seguido
do diâmetro (D), em mm. Ex:
55
PERFIS LAMINADOS
• Barras redondas
b) Nervuradas: São produzidas no Brasil
com diâmetro entre 5,0 mm e 40 mm;
- São geralmente utilizadas como
armaduras em estruturas de
concreto;
- As nervuras proporcionam aderência
adequada entre a barra e o concreto.
Especificação: Símbolo , seguido do
diâmetro (D), em mm. Ex:
56
PERFIS SOLDADOS
• Os perfis soldados são formados por dois ou mais perfis
laminados unidos continuamente entre si por solda elétrica.
• Utilizados quando se necessita de seções transversais com
dimensões maiores que as dos perfis laminados disponíveis
ou para se obter uma forma especial de seção transversal,
em decorrência de exigências estruturais ou arquitetônicas.
57
PERFIS SOLDADOS
• Perfis soldados
a) Série CS (coluna soldada):
- composta de perfis H duplamente simétricos
(altura/largura = 1);
- apropriados para serem usados em barras
predominantemente comprimidas axialmente
(Ex. Pilares);
b) Série VS (viga soldada):
- composta de perfis I duplamente simétricos
(altura/largura 4);
- apropriados para serem usados em barras
predominantemente fletidas (Ex. Vigas); 58
PERFIS SOLDADOS
c) Série CVS (coluna-viga soldada):
- composta de perfis intermediários entre I e H,
duplamente simétricos;
- apropriados para serem usados como barras
submetidas a esforços combinados de flexão e
compressão axial (Ex. Pilares de pórticos
submetidos a ações vertical e lateral);
d) Série VSM (viga soldada mista):
- composta de perfis do tipo I monossimétricos
(mesas com mesma largura, mas espessuras
diferentes);
- apropriados para serem usados em barras
predominantemente fletidas, em que a tensão
na mesa de menor área é inferior à da mesa de
maior área (Ex. vigas); 59
PERFIS SOLDADOS
• Os perfis soldados I e H devem ser especificados por meio do
símbolo (CS, VS, CVS e VSM, no caso dos perfis padronizados,
ou PS e PSM, no caso dos perfis de dimensões quaisquer),
seguido da altura, em milímetros, e da massa por unidade de
comprimento, em quilogramas por metro:
CS 500 x 253
VS 400 x 53
CVS 350 x 98
VSM 600 x 99
PS 500 x 147
PSM 400 x 52
• Se as duas mesas forem iguais, basta colocar altura x largura
das mesas x espessura das mesas x espessura da alma:
I 500 x 300 x 16 x 8 60
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
• Tensões residuais são tensões normais ou de cisalhamento
que surgem nos perfis durante o seu resfriamento não
uniforme, decorrentes do processo de fabricação.
• Tensões internas, ou seja, que não são causadas por ações
externas, e portanto, com resultantes de força e momento
nulas.
• A distribuição e a intensidade das tensões normais residuais
de uma barra dependem de vários fatores, como:
- Tipo e dimensões da seção transversal;
- Velocidade de resfriamento, etc
61
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
• Nos perfis laminados, as tensões normais residuais surgem
quando o aço se resfria (da temperatura de laminação para
a temperatura ambiente).
• Partes da seção transversal, onde existe menor quantidade
de material concentrado, resfriam mais rápido que aquelas
com maior quantidade de material.
• Quando o resfriamento é finalizado, aquelas partes que
resfriaram primeiro ficam com tensões residuais de
compressão e as partes que se resfriaram mais tarde ficam
com tensões residuais de tração.
62
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
63
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
• Distribuição típica em um perfil I laminado: as regiões das
extremidades das mesas e do centro da alma, nas quais existe
menor quantidade de material concentrado, ficam
comprimidas, e as regiões das junções entre alma e mesas,
nas quais existe maior quantidade de material, ficam
tracionada.
64
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
• Perfis soldados
- Cortam-se longitudinalmente as chapas a maçarico;
- As regiões das bordas das chapas ficam aquecidas e têm o
resfriamento completado por último, e ficam tracionadas;
- A região central fica comprimida;
- A soldagem entre as chapas aquecem com mais intensidade as
regiões próximas às soldas, que, ao se resfriarem após todo o
restante da seção ficam tracionadas.
65
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
Influência das tensões residuais no diagrama tensão-
deformação
Em uma barra com tensões normais residuais, o escoamento se
inicia a uma tensão sp, inferior à resistência ao escoamento fy
obtido no ensaio de um corpo de prova sem tensões residuais;
Essa tensão em que o
escoamento começa é a
tensão normal causada
pela força externa, que,
somada ao máximo valor
da tensão normal residual
(σr), fornece uma tensão
igual à resistência ao
escoamento do aço (fy).
66
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
Essa tensão em que o escoamento se inicia é dada por: ryp f ss 
sr na maioria dos perfis se situa entre 70 MPa e 140 MPa.
Aumentando a força externa,
o escoamento vai atingindo
gradativamente toda a seção
transversal da barra, com as
deformações crescendo de
forma não linear com as
tensões normais.
O escoamento se completa
quando a tensão externa
atuante se torna igual à
resistência ao escoamento do
aço (fy).
67
TENSÕES RESIDUAIS NOS PERFIS
- De maneira similar, em uma barra com tensões residuais de
cisalhamento, o escoamento se inicia a uma tensão de
cisalhamento tp igual à diferença entre a resistência ao
escoamento fvy e a máxima tensão residual de cisalhamento
tr :
rvyp f tt 
- A máxima tensão de cisalhamento residual tr na maioria dos
perfis usuais, apresenta valores relativamente baixos,
situados entre 20 MPa e 40 MPa, e dificilmente superiores a
20% da resistência ao escoamento por cisalhamento do aço.
68
REFERÊNCIAS
FAKURY, R. H., SILVA, A. L. R. C., CALDAS, R. B.,
Dimensionamento Básico de Elementos de Estruturas de Aço
–Parte I, 2011.
PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço – Dimensionamento
Prático Segundo a NBR 8800:2008, 8a.ed. Rio de Janeiro: LTC,
2009.
ABNT NBR 8800:2008. Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de
Janeiro: ABNT, 2008.
ABNT NBR 8800:2024. Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edificações. Rio de
Janeiro: ABNT, 2024. 69

Mais conteúdos dessa disciplina