Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
CAPÍTULO 1 – TECNOLOGIAS: DE ONDE
VEM? PARA ONDE VÃO?
Kátia Batista de Medeiros / Dafne Fonseca Alarcon
INICIAR
Introdução
O século XXI se iniciou com a promessa de se tornar a era da inovação tecnológica.
Muito vem sendo feito em nível mundial, no que se refere ao uso de Tecnologias de
Informação e Comunicação, TICs, nos campos da economia, da ciência e do mercado
financeiro, por exemplo.
No campo das relações humanas, também houve um outro significativo avanço: as
redes sociais passaram a ocupar, nesses últimos dez anos, um espaço significativo na
vida das pessoas, nos diferentes continentes do planeta. O online traz para a vida das
pessoas, em qualquer localidade com internet, o acesso a diversos assuntos em tempo
real, com informações de, praticamente, todos os lados, como notícias, shows,
eventos, conflitos e, inclusive, cursos e aulas.
E no campo da educação? Como a tecnologia tem sido recebida? A maioria dos
estudantes acessa computador, tablet, smartphone ou celular, mas ainda é realidade
chegarem à escola e se depararem, apenas, com giz, lousa e livro didático.
É importante destacar, então, o quanto outras ferramentas podem contribuir com a
elaboração, planejamento e execução de aulas pensadas para este público, além de
facilitar e ampliar o trabalho docente.
Neste capítulo, vamos estudar a evolução das tecnologias, seus conceitos e memórias,
as vantagens e desvantagens de seu uso, e o que é um mapa conceitual.
Vamos partir dessa abordagem da teoria da tecnologia como uma ferramenta para o
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que amplia o
acesso do aluno para um campo vasto de informações e imagens que podem
contribuir significativamente para seu aprendizado.
Por fim, verificaremos as vantagens e desvantagens dessa ferramenta, trazendo como
sugestão os mapas conceituais, ferramenta muito presente na atualidade, para
trabalhar vários conceitos de um mesmo tema.
Vamos entender esse conteúdo a partir de agora! Bons estudos! 
1.1 Tecnologias
A evolução humana está intrinsecamente entrelaçada com a evolução das tecnologias
desenvolvidas em cada época. A evolução tecnológica do século XXI vem
apresentando, de 2010 até os dias atuais, um cenário, no qual a sociedade foi cercada
por aparelhos (celulares, smartphones, tablets) e sistemas (WhatsApp, e-mails, redes
sociais), que integram o cotidiano das pessoas.
A palavra tecnologia foi incorporada ao discurso de diversas camadas da sociedade.
Mas será que é um termo novo, historicamente falando? Veremos, neste estudo, a
origem do termo e seu uso e o quanto a tecnologia está presente em nosso dia a dia.
De Thomas Edison a Bill Gates, a tecnologia vem se ampliando e conquistando
diferentes campos de atuação, como o da educação.
1.1.1 A linha do tempo da tecnologia
A história humana e a evolução da tecnologia podem ser pensadas simultaneamente.
Por necessidade e sobrevivência, o ser humano, em sua evolução, necessitou intervir
na natureza, criando utensílios, ferramentas e estratégias para resistir a uma realidade
que se apresentava como hostil, na pré-história, garantindo sua alimentação e
proteção. O ser humano, inicialmente, partiu de elementos preexistentes na natureza
(galhos, pedras, ossos, vegetação) e criou tantos outros utensílios, a partir de suas
necessidades, contribuindo com o desenvolvimento e perpetuação da sua espécie.
Durante muito tempo, o conhecimento de como utilizar essas ferramentas para os
afazeres do cotidiano, foi transmitido às novas gerações de forma oral. A família e os
agrupamentos sociais constituíram, nos primórdios da humanidade, a forma de
educação a ser transmitida às crianças e jovens daquela época. Posteriormente, com o
passar do tempo, essas ações resultaram no uso de modernas e avançadas
tecnologias, que culminaram nas mais variadas formas de se compreender o conceito
polissêmico de tecnologia. Um exemplo foi do inventor Thomas Edison (1847-1931),
que apresentou ao público sua maior invenção, a lâmpada elétrica incandescente, em
1879, ao iluminar uma rua próxima ao seu laboratório, em Menlo Park, Nova Jersey,
causando um sobressalto por causa dos bulbos que emitiam luz. Depois de muito
trabalho, Edison conseguiu convencer os administradores da cidade a usar a lâmpada
na iluminação pública e, para isso, seus laboratórios continuaram trabalhando na
invenção, para criar uma central elétrica, condutores de energia, e aprimorar as
lâmpadas.
Antes de causar impacto na sociedade, a lâmpada trouxe consigo características
comuns em toda inovação. A criação foi resultado de quase oitenta anos de estudos,
tentativas e erros.  Não era também, fruto de uma única pessoa talentosa. Foram
necessários esforços e articulações de outras pessoas para fazer as ideias de Edison se
tornarem reais.
Também havia uma novidade neste objeto, um conceito que mudaria a concepção
anterior, pois antes, uma lâmpada considerada boa era aquela que queimava por um
longo período. Passando pelas lâmpadas que queimavam óleo, tochas que
queimavam madeira e lamparinas e lampiões que queimavam gás, Edison chegou à
lâmpada elétrica, que funcionava porque não queimava, e era essa a novidade, pois a
partir desta tecnologia, um fio conduziria uma corrente elétrica que emitia luz,
enquanto estivesse intacta.
A invenção da lâmpada elétrica e seu ingresso no mercado demostram como toda
inovação é, ao mesmo tempo, uma ação técnica e social. Seu percurso, das ideias
iniciais até a disseminação em larga escala, estabeleceu a conexão do trabalho de
diversos sujeitos atuando em diferentes campos.
Figura 1 - A evolução humana no uso das tecnologias é gradativa e fruto de muito esforço: a invenção da
lâmpada elétrica levou quase oitenta anos de estudos e testes.
Fonte: Peshkova, Shutterstock, 2018.
1.1.2 Conceitos básicos de tecnologia
Qual é a origem das palavras “técnica” e “tecnologia”? Ambas têm origem grega, na
qual técnica – techné –, significa modificar o mundo de forma prática, a partir da ideia
de, com sagacidade e habilidade, transformar, construir, produzir e alterar a natureza.
Já a palavra “tecnologia” é derivada de “técnica” + “logia” – que vem de logus, que
significa razão. Poderíamos então, afirmar, que a palavra tecnologia significa a razão
de se saber fazer. 
No filme 2001 – Uma odisseia no Espaço (KUBRICK; CLARKE, 1968), na cena inicial, o diretor traz uma reflexão
sobre a origem da técnica. Nos primórdios da humanidade, durante o manuseio de ossos de um esqueleto,
um hominídeo apodera-se do maior osso e começa a dar golpes. Ali, é possível afirmar que a técnica e o
pensamento encontram-se, quando o osso deixa de ser um osso e passa a ser um importante instrumento
de defesa e caça. 
Como pudemos perceber até agora, a história da humanidade se confunde com o
desenvolvimento e a evolução das tecnologias. O conhecimento tecnológico avançou
significativamente, a partir da invenção da imprensa. Foi Gutenberg, considerado o
criador da impressão com tipos móveis, quem auxiliou na expansão e circulação de
informação, favorecendo a produção da literatura e da ciência.
A Reforma Protestante, foi também impulsionada por esses avanços tecnológicos.
Além disso, a ciência moderna, o fortalecimento de diversas línguas, de culturas
regionais, o surgimento dos Estados modernos, foram todos favorecidos por essa
tecnologia. 
Nascido na Alemanha, Johannes Gutenberg (1396-1468) foi o primeiro a introduzir um sistema de impressão
de tipos móveis de metal (chumbo e estanho). A tipografia pode ser considerada uma verdadeira inovação
radical que transformou o século XIV (FRAZÃO, 2017).
VOCÊ QUER VER?
VOCÊ O CONHECE?
O livro impresso favoreceu, também, os avanços no campo da educação, ao introduzir
na sociedade, o hábito de leitura e letramento, antes acessível somente aos religiosos. 
Posteriormente ao livro impresso, também, a invenção da fotografia, no século XIX e
do telégrafo, telefone, televisão e rádio, ocasionaram uma verdadeira revolução na
sociedade e na educação. Com a invençãoda eletrônica, do fax, do computador e a
criação da internet, possibilitaram o estabelecimento de uma rede de comunicação
planetária, trazendo impactos ao desenvolvimento da humanidade como um todo.
Para Moran (2013, p. 89): “as tecnologias caminham para a convergência, a integração,
a mobilidade e a multifuncionalidade, isto é, para realização de atividades diferentes
num mesmo aparelho, em qualquer lugar, como acontece no telefone celular (que
serve para falar, enviar torpedos, baixar músicas)”.
Na era do conhecimento, pode-se considerar o computador como sendo uma das mais
poderosas ferramentas de informação e comunicação no século XXI. Para o filósofo
Pierre Lévy (2003), um dos mais célebres pesquisadores da área de tecnologia de
informação e comunicação da atualidade, o uso do computador, em especial da
internet, é uma estratégia poderosa para a ampliação e a democratização do
conhecimento. Para o filósofo, o espaço do saber começa nas relações humanas,
baseadas em princípios éticos de valorização dos indivíduos por competências e pela
integração de um processo social dinâmico de troca de saberes, no qual ele denomina
como uma inteligência coletiva (LÉVY, 2003, p. 28).
VOCÊ SABIA?
O termo “inteligência coletiva” foi criado por Pierre Lévy e se caracteriza como uma inteligência
distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em
uma mobilização efetiva das competências.
Nesse sentido, podemos então considerar hoje como seria nossa vida sem tecnologia?
Tantos avanços, historicamente apontados, nos faz pensar que chegamos ao século
XXI, tendo a tecnologia como aliada. Isso aparece quando transformamos nosso
ambiente a partir de ferramentas criadas para dominar e reconstruir a natureza,
trazendo evoluções aos campos do conhecimento, informação e das relações. 
1.2 Os nativos digitais – quem são eles?
Um conceito vem sendo utilizado entre adeptos da tecnologia, educadores e meios de
comunicação – o nativo digital (digital native) e imigrantes digitais (digital immigrants).
Essa metáfora introduzida por Marc Prensky trouxe à discussão, as características
desses tipos de usuários das tecnologias de informação e comunicação, como vemos
no quadro a seguir. 
Os imigrantes digitais costumam filtrar as informações que recebem, para poder
selecionar o que lhes interessa, pois suas habilidades de busca são pouco sofisticadas,
uma vez que a compreensão é alcançada por intermédio de domínio temático da
disciplina de interesse. Já os nativos digitais possuem uma competência significativa
no que se refere a compartilhar informações com outros sujeitos, como por exemplo,
em um jogo no qual interagem em tempo real. O que interessa aos nativos digitais não
é reter o conhecimento, mas poder localizá-lo, comunicá-lo, quase que
“imediatamente”, no mesmo instante em que estiver sendo produzido (COLL;
MONEREO, 2010).
Diferente dos imigrantes digitais, os nativos se comunicam, se encontram, se
relacionam e socializam, utilizando mídias sociais, chat, e-mail, weblogs ou blogs, que
expressam seus sentimentos, preferência ou dúvidas, de formas diferentes. O objetivo
das interações é se vincular a grupos de amigos ou conhecer novas pessoas com
interesses em comum (COLL; MONEREO, 2010). O quadro a seguir apresenta os
diversos usos de ferramentas digitais.
Quadro 1 - Características de imigrantes e nativos digitais.
Fonte: COLL; MONEREO (2010, p. 101).
Portanto, é nesse contexto que as tecnologias de informação e comunicação se
configuram como um novo modo de interagir, trocar informações e aprender. Em
termos educacionais, significa ter disponível uma vasta possibilidade de recursos
disponíveis, que têm por finalidade ampliar a relação professor-aprendiz e as
abordagens pedagógicas associadas ao meio virtual, estabelecendo uma
comunicação em diversos níveis.
Quadro 2 - O uso de ferramentas digitais por imigrantes e nativos digitais.
Fonte: COLL; MONEREO (2010, p. 102).
1.3 A tecnologia na educação
É possível perceber o quanto o avanço tecnológico está presente em empresas,
supermercados, bancos, cinemas, teatros, lojas, etc. Esse avanço modifica
sensivelmente nossos hábitos, costumes e modos de produzir e consumir bens. E na
educação? Podemos também perceber essas transformações?
Uma sociedade como a nossa, se apresenta como a chamada sociedade do
conhecimento. Ela requer novos tipos de competências e ações, exigindo que as
pessoas se tornem cada vez mais atuantes, pesquisadoras e com autonomia. Vale
ressaltar que a ideia de tecnologia não significa usar e acessar somente computador
ou celular, ela vai muito além dessas ações.
É preciso também fazer uma diferenciação entre o conhecimento científico e o
tecnológico. A tecnologia vai além de uma disciplina, sendo uma forma de
conhecimento e elementos da vida e da atividade humana, a partir de seus diferentes
usos e aplicações práticas. Já os conceitos elaborados pela ciência podem ser
utilizados na tecnologia, a partir do domínio dos conceitos próprios de cada área do
conhecimento.
O quadro abaixo se baseia nas ideias de Gilbert (1995), e nos auxilia na compreensão
das diferenças entre esses dois saberes.
A educação acaba recebendo influência das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs), ainda que sejam positivas, ou não, para os sujeitos aprendizes e
grupos. Para Sancho e Hernández (2006), dois argumentos podem ser utilizados,
quando analisamos as TICs:
 
elas estão aí e poderão ficar por muito tempo, pois estão transformando o
mundo e podem ser consideradas, quando pensamos em educação;
as TICs não seriam neutras, pois seriam desenvolvidas e frequentes em um
universo cheio de valores e interesses que não favoreceriam a todos os
membros da sociedade. Em um futuro não muito distante, um significativo
número de pessoas não terá acesso às tecnologias. Essa privação, por conta
de processos gerados por uma combinação dessas TICs com práticas
políticas e econômicas dominantes, não pode ser considerada positiva,
tanto para os indivíduos, quanto para a sociedade.
 
A escola, enquanto instituição responsável por formar sujeitos, pode auxiliar no
processo também da formação da capacidade de lidar com os avanços tecnológicos.
Na escola o sujeito pode ter contato com as TICs e colocar a tecnologia em prol da
Quadro 3 - Diferenças entre a ciência e a tecnologia.
Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de GILBERT, 1995; VERASZTO et al., 2008.
aprendizagem. Por isso, é importante que o professor alie à sua rotina as tecnologias,
na busca pelo desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem mais adequado e
adaptado às demandas da sociedade atual.
Um exemplo é o uso do celular que, nos dias atuais, se tornou uma prática recorrente
de pessoas de todos os níveis sociais e educacionais. Sendo uma tecnologia altamente
disseminada e integrada à vida social da sociedade, este aparelho pode ser bastante
útil para o professor, como no caso de uma atividade que envolva tirar fotos ou gravar
uma entrevista.
A revolução tecnológica, os hábitos e costumes da vida moderna estão se
transformando, por conta da expansão da internet, dos smartphones de última
geração, dos softwares multimídia, e de uma vasta gama de canais nas TVs digitais.
Hoje em dia, existem muitas possibilidades para resolver problemas, pesquisar,
conseguir a localização de pessoas e grupos em diferentes partes do mundo,
pesquisar sobre diversos assuntos, trabalhar e estudar online, sem sair de casa, pagar
contas, fazer compras, além de encurtar distâncias, possibilitando a comunicação, por
meio de áudio e vídeo com significativa rapidez, independente da distância entre os
sujeitos. 
Figura 2 - O computador já faz parte da vida cotidiana, tanto na vida pessoal, quanto na profissional.
Fonte: Shutterstock, 2018.
Na educação, podemos demonstrar, por meio de imagens digitais, assuntos
diversificados: como é um museu, a localização de área geográfica em qualquer parte
do mundo, os sistemas do corpo de um animal, o corpo humano por dentro, por
exemplo.
Umaescola conectada é uma escola que pode ser considerada completa, pois prepara
e fornece o acesso dos estudantes a um mundo globalizado, por permitir a inclusão de
imagens, sons e movimentos, ao processo de ensino, enriquecendo essa experiência e
propiciando experiências ricas, vivas, dinâmicas e interativas. Possibilita também, o
acesso a um significativo número de livros nas bibliotecas virtuais, banco de dados,
portais educacionais, softwares educativos, jogos pedagógicos, conteúdo de revistas
de assuntos diversos e tantas outras ferramentas.
Portanto, o acesso às tecnologias digitais pode tornar a escola mais atrativa, lúdica, e
desenvolver nos estudantes um processo de aquisição de autonomia, por serem
estimulados a pesquisar, buscar e discutir entre si, resolvendo problemas e buscando
soluções.
Além disso, desde o planejamento até a execução das atividades pedagógicas, a
tecnologia pode estar a serviço de um processo mais eficaz, autônomo e eficiente.
1.3.1 Tecnologias no cotidiano escolar: por que usá-las?
No Brasil, a educação permitiu a inclusão de tecnologia na escola, a partir das décadas
de 1960 e 1970, com a introdução das máquinas de ensinar, como o retroprojetor,
projetor de slides e microscópios. Isso ocorreu em meio à política de caráter tecnicista,
que permeava as diretrizes e abordagens educacionais.
A partir de 1990, contudo, ocorreu um avanço maior que se deu com a introdução da
televisão e do videocassete nas salas das escolas públicas. Na época, o Ministério da
Educação (MEC) equipou as escolas com antena parabólica, principalmente para a
veiculação do canal TV Escola, em 1996. Sua programação era totalmente voltada à
área educacional.
Suzuki (2011) nos lembra que houve um processo de consolidação até o fim do século
passado e início deste século, com o ingresso de computadores nos ambientes
escolares. A autora salienta ainda que, para que essa mudança fosse realmente
significativa, era necessária a preparação metodológica e a busca pelo
aperfeiçoamento de atitudes relevantes ao acompanhamento do processo educativo e
reorganização das práticas educativas, incentivando e priorizando a pesquisa,
articulando teoria e prática, fazendo uso de métodos educacionais destinados à nova
realidade social e tecnológica das escolas. Mesmo que o avanço no campo da
tecnologia no País fosse uma realidade, podemos encontrar ainda hoje, certas
resistências. “O ‘medo’ da substituição do professor pelo computador parece já
superado, mas ainda persiste o ‘medo do novo’” (SUZUKI, 2011, p. 5).
No cotidiano da escola, podemos pensar sobre uma metodologia diferenciada, por se
tratar de algo destinado à participação de todos, quer seja pela pesquisa, quer seja
pela ideia que podemos aprender quando estamos juntos, em grupo, na sala de aula,
fisicamente, ou em tantos outros espaços disponíveis, virtualmente, de maneira
semipresencial ou online, a qualquer hora, em grupos também (em chats e fóruns) ou
individualmente (especialmente na graduação, pós-graduação, etc.), respeitando
ritmos e tempos dos estudantes.
As tecnologias de informação e comunicação presentes na escola não substituem a
presença do professor, mas podem auxiliar e transformar suas ações, pois a tarefa de
armazenar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, vídeos,
programas de computador.
O papel do professor passa a ser o de estimular e orientar o estudante a pesquisar,
querer acessar as informações relevantes, fontes confiáveis e compartilhar
conhecimentos. Segundo Moran (2013, p. 16), “a educação é a soma de todos os
processos de transmissão do conhecimento, do culturalmente adquirido e de
aprendizagem de novas ideias, procedimentos e soluções desenvolvidos por pessoas,
grupos, instituições, organizadas ou espontaneamente, formal ou informalmente”.
Devemos reconhecer que o Brasil teve significativos avanços, no que se refere à
universalização da educação, o que acarretou, de maneira geral, na modernização do
nosso País. Muitos educadores e estudiosos da educação têm ressaltado o crescente
desacerto entre os modelos tradicionais de ensino e os novos pressupostos
metodológicos e teóricos, atrelados às tecnologias de comunicação e informação.
É importante lembrar que a educação é um direito garantido pela Constituição Federal
de 1988, em seu artigo 6º (BRASIL, 1988), que destaca ser competência do Estado,
legislar e promover meios de acesso à educação, por meio de programas que possam
garantir esse direito e colaborar para o pleno desenvolvimento dos estudantes. O uso
de tecnologias na escola faz parte dessas iniciativas como, por exemplo, o Programa
do Ministério da Educação (MEC), Proinfo, Programa Nacional de Informática na
Educação, criado em 1997. Dentre os objetivos do Programa ProInfo  (BRASIL, 2007),
estão:
I - promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas escolas
de e.ducação básica das redes públicas de ensino urbanas e rurais;
II - fomentar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem com o uso das
tecnologias de informação e comunicação;
III - promover a capacitação dos agentes educacionais envolvidos nas ações do
Programa;
Figura 3 - O computador em sala de aula é apenas uma parte da integração de tecnologias no ensino.
Fonte: wavebreakmedia, Shutterstock, 2018.
IV - contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a computadores,
da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias digitais,
beneficiando a comunidade escolar e a população próxima às escolas;
V - contribuir para a preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho por
meio do uso das tecnologias de informação e comunicação; e
VI - fomentar a produção nacional de conteúdos digitais educacionais.
Em 2007, o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo), se aprimorou e
passou a trabalhar com duas frentes: o Proinfo Urbano, para escolas nas áreas
urbanas, e o Proinfo Rural, para a zona rural. Com o objetivo de promover a utilização
da informática como ferramenta pedagógica na rede pública de educação básica, o
Proinfo disponibiliza às escolas, computadores, recursos digitais e conteúdo
educacionais. Cabe aos estados e municípios viabilizar a estrutura apropriada para
receber os laboratórios. Além disso, devem capacitar os educadores, para que
consigam utilizar adequadamente máquinas e tecnologias.
Outra importante iniciativa para a educação foi o “Programa Banda Larga na Escola”
lançado em 2008, pelo Governo Federal, que determinou a ampliação da instalação de
infraestrutura de rede para o suporte de conexão à internet em alta velocidade, em
escolas públicas de nível fundamental e médio. 
Para saber mais sobre o Programa Banda Larga na Escola, acesse “Perguntas Frequentes sobre o Programa
Banda Larga nas Escolas”, no site do Ministério da Educação (BRASIL, [s/d]). Lá é possível conhecer as
diretrizes do programa, quem tem direito e como ocorre a instalação:  (http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-
112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-
larga-nas-escolas).
Mas como o MEC articula a necessidade do uso de tecnologia no cotidiano escolar às
demandas do País? O Plano Nacional de Educação (PNE) é outra frente de trabalho do
Governo Federal para incentivar o uso pleno das tecnologias de informação e
comunicação, apoiando a melhoria da qualidade educacional no País.
VOCÊ QUER LER?
http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolas
http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolas
http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolashttp://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolas
http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolas
http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolas
http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolas
Dentre as principais estratégias apontadas no PNE está o cumprimento da Meta 5:
“Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino
Fundamental” (BRASIL, 2014, p. 9). Nesse sentido, foi sugerida a promoção do
desenvolvimento de tecnologias educacionais e de inovação das práticas
pedagógicas, bem como a seleção e divulgação de tecnologias que sejam capazes de
alfabetizar e de favorecer a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos
(BRASIL, 2014).
Destaca-se, dentre os Programas do Governo Federal para a Educação, a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), que é um documento normativo que determina o
conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao
longo das etapas e modalidades da Educação Básica. A BNCC prevê, já em seu início,
como uma de suas competências gerais da Educação Básica:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2017, p.
9).
Segundo a BNCC (BRASIL, 2017, p. 3) o conhecimento pode ser desenvolvido pelas
crianças em seus contextos:
 
•       “familiar;
•       social e cultural;
•       suas memórias;
•       seu pertencimento a um grupo e;
•       sua interação com as mais diversas tecnologias de informação e comunicação”.
 
O contexto é considerado como um conjunto de fontes que incitam a curiosidade e a
capacidade de formular de perguntas. E além dessas situações de desenvolvimento,
quando crianças e adolescentes recebem o estímulo ao “(...) pensamento criativo,
lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer
perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas produções
culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação” (BRASIL, 2017, p.
56), podem expandir a compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das
relações dos sujeitos entre si e com a natureza.
O fato é que estamos vivenciando uma cultura digital, que pode realmente promover
mudanças radicais na sociedade contemporânea. Lévy (2010, p. 130) denominou este
fenômeno de cibercultura, ou “a reunião em torno de interesses comuns, sobre jogo,
sobre compartilhamento do saber, sobre a aprendizagem cooperativa, sobre
processos abertos de colaboração”. Isto ocorre devido ao consequente avanço das
tecnologias de informação e comunicação e ao crescente acesso a computadores,
celulares e tablets. De modo dinâmico e interativo, os estudantes estão inseridos nessa
cultura digital, agora não apenas como consumidores passivos, mas como
protagonistas no ciberespaço.
VOCÊ SABIA?
Nos dias atuais, estudantes, professores e a comunidade, cada vez mais dependem das tecnologias em
seu cotidiano. No entanto, a realidade é outra, pois, de acordo com Moran (2013, p. 10), “70% dos
brasileiros vivem sem acesso efetivo e contínuo às redes digitais e metade da população na faixa da
pobreza”, o que não contribui para o desenvolvimento do País.
Para Kenski (2007, p. 40), as TICs “evoluem com rapidez. A todo instante surgem novos
processos e produtos diferenciados: telefones celulares, softwares, vídeos,
computador multimídia, internet, televisão interativa, videogames etc.” Porém, é
notório que nem todos tem acesso a esses produtos e nem todos possuem habilidades
ou conhecimentos necessários para utilizar essas tecnologias a seu favor, de modo
produtivo em seu trabalho, ou de forma a beneficiar a sociedade. Muitas vezes, esses
produtos são utilizados exclusivamente de forma balizada, sem uma finalidade social
ou uma ação crítica e refletida para promover a mudança e de fato produzir benefícios
para a sociedade. Kenski (2007, p. 41) ainda reforça que:
Para que todos possam ter informações que lhes garantam a utilização confortável das
novas tecnologias é preciso um grande esforço educacional geral. Como as tecnologias
estão em permanente mudança, a aprendizagem por toda a vida torna-se consequência
natural do momento social e tecnológico em que vivemos. 
Tanto para crianças, quanto para jovens e adultos, as tecnologias de comunicação e
informação vêm transformando o modo de ver o mundo, se comunicar, se relacionar e
aprender. E nesse sentido, o aprendizado com a presença da tecnologia, favorece os
objetivos da comunicação (MORAN, 2013, p. 167):
surpreender;
encantar;
entusiasmar;
seduzir;
apontar possibilidades;
realizar novos conhecimentos e práticas;
cativar;
conquistar os estudantes”.
Para que haja uma integração entre o que se espera da educação de qualidade e o
melhor uso da tecnologia, a escola deve se tornar um ambiente diferenciado de
aprendizagem. “A escola é um dos espaços privilegiados de elaboração de projetos de
Figura 4 - Estudar pelo computador motiva e diverte os estudantes e proporciona, aos professores, formas mais
dinâmicas e eficientes de ensino.
Fonte: Monkey Business Images, Shutterstock, 2018.
conhecimento, de intervenção social e da vida. É um espaço privilegiado de
experimentar situações desafiadoras do presente e do futuro, reais e imaginárias,
aplicáveis ou limítrofes” (MORAN, 2013, p. 21).
Dentre os programas do governo para o uso da tecnologia na escola destaca-se o
projeto “Um Computador por Aluno” (UCA), implantado com o objetivo de favorecer a
presença das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio
da distribuição de computadores portáteis aos alunos da rede pública de educação.
Oprojeto complementa as ações do MEC, relacionadas às tecnologias na educação, em
destaque os laboratórios de informática, para a “disponibilização de objetivos
educacionais na internet articulado ao ProInfo Integrado  que favorece o uso
pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio” (BRASIL,
2018, s/p).
Suzuki (2011) nos alerta que a tecnologia educacional passou a ser uma realidade nas
escolas no início do século XXI, mas o importante é criar ambientes que facilitem o
desenvolvimento de uma nova postura por parte da escola e dos professores, a partir
da adoção de metodologias que facilitem a participação ativa do estudante no
processo de ensino e aprendizagem.
Se pudermos levar em conta a necessidade de se repensar o novo papel da educação
que se apresenta frente ao novo cenário de tecnologias da informação e comunicação,
podemos refletir sobre uma nova formação de educadores e educandos na sociedade.
Uma opção para se pensar o uso da tecnologia no cotidiano da escola é o uso da
ferramenta chamada Mapa Mental. É o que vamos estudar a seguir.
1.3.2 Mapas conceituais na educação
Agora, vamos conhecer um pouco de uma ferramenta tecnológica que contribui para a
elaboração de esquemas conceituais, denominada de Mapeamento Conceitual (MC): o
CmapTools. Esta ferramenta possibilita a elaboração de mapas baseados em conceitos
e representações gráficas, auxiliando o usuário a desenhar mapas conceituais para
visualização do conhecimento complexo, de forma simples e dinâmica. O mapa
conceitual pode ser uma excelente estratégia de ensino, pois aborda conceitos e fatos,
evidenciados metodologicamente e adeptos a construção do conhecimento de
maneira interdisciplinare individualizada. Os mapas conceituais permitem a
elaboração de conceitos e a organização de uma estrutura cognitiva, em formato de
uma rede de relações, com características multilineares.
De forma geral, os mapas conceituais indicam relação entre conceitos relacionando-os
de forma classificatória ou hierárquica, porém segundo Moreira (1980, p. 1) “não
devem ser confundidos com organogramas ou diagramas de fluxo, pois não implicam
sequência, temporalidade ou direcionalidade, nem hierarquias organizacionais ou de
poder”.
Para a educação, essa ferramenta se configura como uma estratégia de ensino-
aprendizagem significativa e interdisciplinar, pois envolve habilidades de raciocínio
lógico, que possibilitam estabelecer aprendizagens inter-relacionadas. Nela, se
destaca o aprendizado por força de vontade e atitude do aprendiz em relacionar os
conhecimentos e informações, evitando aquele tipo de ensino por memorização.
O CmapTools é um software desenvolvido pelo Institute for Human Cognition (IHMC) da Universidade da West
Florida. Ele pode ser obtido gratuitamente no site do Institute for Human and Machine Cognition,
. Para aprender a fazer um mapa conceitual, desde a organização no papel, até o uso do
CmapTools, recomendamos o vídeo Como fazer Mapas Conceituais - Conceptual Mapping / CmapTools,
disponível em: .
Na imagem a seguir, temos um exemplo no qual podemos verificar como um mapa
pode organizar conceitos de enfermagem. Nela está a representação diagramática da
resolução de um caso clínico por meio de mapa conceitual.
VOCÊ QUER VER?
https://cmap.ihmc.us/cmaptools/cmaptools-download/
https://cmap.ihmc.us/cmaptools/cmaptools-download/
https://cmap.ihmc.us/cmaptools/cmaptools-download/
https://www.youtube.com/watch?v=RThwilejKw0&t=47s
https://www.youtube.com/watch?v=RThwilejKw0&t=47s
Com base no conceito de aprendizagem significativa, que provém da teoria da
psicologia da aprendizagem de David Ausubel, o pesquisador Joseph Novak, da
Universidade de Cornel, desenvolveu, na década na 1970, um programa de mapas
conceituais (FERNANDES, 2011).
Definindo o mapa conceitual como uma ferramenta criada para organizar e
representar o conhecimento, os conceitos aparecem em caixas e são desenhadas
relações entre eles, por meio de frases de ligação que conectam cada um dos
conceitos.
Figura 5 - O mapa conceitual organiza conceitos em uma representação diagramática.
Fonte: FERREIRA; COHRS; DOMENICO (2012, p. 969).
VOCÊ QUER LER?
Para saber mais sobre a Teoria da Aprendizagem Significativa, recomendamos a matéria da Revista Nova
Escola (FERNANDES, 2011). Nela, podemos entender os argumentos do especialista em Psicologia
Educacional, David Ausubel, que defende a abordagem da educação a partir do conhecimento prévio do
aluno. Acesse: .
Fazer um mapa conceitual é muito simples. Nele, o estudante é capaz de reconstruir e
reelaborar, de maneira autônoma, conceitos apoiados em outros pré-existentes. Claro
que essa é uma das inúmeras ferramentas que podem ser utilizadas de maneira eficaz
no processo de ensino e aprendizagem. Durante nosso caminho de estudo, vamos
verificar, conhecer e compartilhar outras tantas que podem favorecer esse processo.
Como você pôde perceber neste capítulo, as tecnologias podem ajudar na melhoria da
qualidade das aulas para todas as disciplinas. Na atualidade, são muitas as
ferramentas disponíveis para a formação do professor, que precisa estar
constantemente atualizado em sua área de conhecimento e sobre as tendências
tecnológicas auxiliares à educação. Pensando nisso, apresentamos um estudo de caso
de uma professora de matemática que quer trabalhar com seus alunos o desenho
geométrico, utilizando um software de desenho para crianças, bem fácil e acessível
para todas as idades. 
CASO
Desenhando no Computador
Observando a Base Nacional Curricular e as possibilidades que ferramentas simples do computador
poderiam oferecer no aprendizado de Geometria, uma professora de Matemática do 3º ano do Ensino
Fundamental, planejou uma aula divertida. Seu objetivo era ensinar as crianças a reconhecer figuras
congruentes, usando sobreposição e desenhos em malhas quadriculadas ou triangulares. Depois de
analisar algumas possibilidades, ela optou por um software de desenho bem simples, que crianças
podem usar sem dificuldades. Para conhecer o software melhor, a professora baixou um tutorial e
assistiu vídeos explicativos no YouTube.
Após um aprendizado rápido, a professora acessou o software e começou a planejar a atividade. Porém,
se viu diante de um dilema: geralmente nas escolas da Educação Básica, em especial, no Ensino
Fundamental, não há uma prática de uso de computador, laptop ou tablet em sala de aula. Os recursos
mais utilizados no cotidiano da escola são, ainda em sua maioria, a lousa ou o projetor. A solução foi
então, trabalhar em um primeiro momento em sala de aula com as teorias do desenho geométrico,
identificando as diferentes formas em desenho na lousa e no livro didático impresso, e posteriormente
trabalhar uma atividade prática na sala de informática utilizando o software de desenho.
A proposta era criar um cartaz sobre o evento cultural do “Dia da Matemática” na escola. A atividade
prática foi essencial para a turma trabalhar a criatividade e o aprendizado de forma mais divertida e
dinâmica, a partir de uma gama variada de formas geométricas que o software oferecia, além da
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa
aplicação e cores diversas e texto. Ao final, as crianças ainda puderam imprimir seus cartazes e expor
para os colegas na escola.
Como vimos neste capítulo, as tecnologias de informação e comunicação são
essenciais na vida cotidiana das pessoas e descrevem historicamente como se deu a
evolução da humanidade, reconhecendo seu impacto e as transformações ao longo do
tempo. Também pudemos compreender a importância da utilização das tecnologias
da informação e da comunicação nos processos de ensino-aprendizagem.
Síntese
Chegamos ao final do capítulo. Aprofundamos nosso conhecimento sobre a origem
das tecnologias, de que forma elas podem fazer parte da nossa vida e, em especial, no
cotidiano da educação. Além disso, pudemos conhecer alguns dos vários programas
do governo federal que favorecem o uso da tecnologia, além de seus documentos
oficiais. E entendemos com funciona uma ferramenta que auxilia o professor e o aluno
no processo de ensino e aprendizagem: os mapas conceituais.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
conhecer os conceitos básicos das tecnologias na educação, examinando as
novas competências necessárias ao educador;
entender a inserção da tecnologia na educação e na vida pessoal;
refletir sobre a importância da utilização das tecnologias da informação e da
comunicação nos processos de ensino aprendizagem;
conhecer alguns recursos da mídia e das tecnologias digitais e suas
implicações para o ensino e aprendizagem escolar;
reconhecer o impacto das tecnologias e as transformações ao longo do
tempo;
refletir sobre a importância da utilização das tecnologias da informação e da
comunicação nos processos de ensino-aprendizagem;
analisar a influência e as consequências da utilização das novas tecnologias
na sala de aula;
identificar o mapa conceitual como um recurso para aprimorar o processo de
aprendizagem e memorização, utilizando uma abordagem de encadeamento
de informações.
Bibliografia
BRASIL, Senado Federal. Constituição da república federativa do Brasil.  Brasília:
Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Programa Nacional deTecnologia Educacional (ProInfo). Portal Ministério da
Educação, 2007. Disponível em: . Acesso em: 11/08/2018.
BRASIL. Planejando a próxima década conhecendo as 20 metas do Plano Nacional
de Educação. Ministério da Educação / Secretaria de Articulação com os Sistemas de
Ensino (MEC/ SASE), 2014.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ministério da Educação. Conselho
Nacional de Secretários de Educação, CONSED. União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação, UNDIME. MEC, 2017. Disponível em: . Acesso em:
11/08/2018.
BRASIL. Projeto Um Computador por Aluno (UCA). Portal Ministério da Educação.
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). MEC, [s/d]. Disponível
em: . Acesso em: 11/08/2018.
COLL, C.; MONEREO, C. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as
tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.
http://portal.mec.gov.br/proinfo/proinfo
http://portal.mec.gov.br/proinfo/proinfo
http://portal.mec.gov.br/proinfo/proinfo
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf
http://www.fnde.gov.br/programas/proinfo/eixos-de-atuacao/projeto-um-computadro-por-aluno-uca
http://www.fnde.gov.br/programas/proinfo/eixos-de-atuacao/projeto-um-computadro-por-aluno-uca
http://www.fnde.gov.br/programas/proinfo/eixos-de-atuacao/projeto-um-computadro-por-aluno-uca
http://www.fnde.gov.br/programas/proinfo/eixos-de-atuacao/projeto-um-computadro-por-aluno-uca
http://www.fnde.gov.br/programas/proinfo/eixos-de-atuacao/projeto-um-computadro-por-aluno-uca
http://www.fnde.gov.br/programas/proinfo/eixos-de-atuacao/projeto-um-computadro-por-aluno-uca
FERNANDES, E. David Ausubel e a Aprendizagem Significativa. Portal Revista Nova
Escola, publicado em 1 de dezembro de 2011. Disponível em:
. Acesso em: 11/08/2018.
FERREIRA, P. B.; COHRS, C. R., DOMENICO, E. B. L. Software CMAP TOOLS® para a
construção de mapas conceituais: a avaliação dos estudantes de enfermagem. Revista
da Escola de Enfermagem da USP, 46 (4): 967-72. USP, 2012. Disponível em: . Acesso em: 04/05/2018.
FRAZÃO; D. Johannes Gutenberg: Inventor e gráfico alemão. Portal E-biografia,
publicado em 21/09/2017. Disponível em: . Acesso em:
11/08/2018. 
GILBERT, J. K. Educación Tecnológica: una nueva asignatura en todo el mundo.
Enseñanza de las Ciencias, Vol. 13 (1): 15-24, 1995.
GODOY, C. E. Como fazer Mapas Conceituais - Conceptual Mapping / CmapTools.
Canal Sala de Ciências, YouTube, publicado em 13 de dez de 2015. Disponível em:
. Acesso em: 11/08/2018.
IHMC. Institute For Human & Machine Cognition. Portal Cmap Tools. Florida
University System, 2018. Disponível em: . Acesso em: 11/08/2018. 
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias. Campinas: Papirus, 2007. 
KUBRICK, S.; CLARKE, A. C. 2001 – Uma odisseia no Espaço. Direção: Stanley Kubrick.
Produção: Stanley Kubrick. Estados Unidos, Reino Unido, 1968.
LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3. ed. São
Paulo: Loyola, 2003.
LÉVY, P. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2010. 
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Coleção
Papirus Educação. Campinas: Papirus, 2013.
MOREIRA, M. A.; Mapas conceituais como instrumentos para promover a diferenciação
conceitual progressiva e a reconciliação integrativa. Ciência e Cultura, 32, v. 4: 474-
479, 1980.
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n4/26.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n4/26.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n4/26.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n4/26.pdf
https://www.ebiografia.com/johannes_gutenberg/
https://www.ebiografia.com/johannes_gutenberg/
https://www.ebiografia.com/johannes_gutenberg/
https://www.ebiografia.com/johannes_gutenberg/
http://cmap.ihmc.us/conceptmap.html
http://cmap.ihmc.us/conceptmap.html
http://cmap.ihmc.us/conceptmap.html
SANCHO, J. M.; HERNÁNDEZ F. Tecnologias para transformar a educação. Porto
Alegre: Artmed, 2006.
SEABRA, C. Tecnologias na escola. Porto Alegre: Telos Empreendimentos Culturais,
2010.
SILVA, E. M. P. A tecnologia, suas estratégias, suas trajetórias. Revista Ciência e
Cultura, vol. 60, número especial 1, 2008. Disponível em:
. Acesso em: 05/05/2018. 
SUZUKI, J. T. F.; RAMPAZZO, S. R. R. Tecnologias em educação. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2011.
VERASZTO, E. V. Tecnologia: Buscando uma definição para o conceito. Prisma.com, n.
7 2008. Disponível em: . Acesso em
05/05/2018. 
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000500004
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000500004
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000500004
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000500004
http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/681/pdf
http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/681/pdf
http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/681/pdf
http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/681/pdf

Mais conteúdos dessa disciplina