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Empowerment - estudo de caso SEMCO

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Universidade Estácio de Sá
Administração de Cargos e Salários
Setembro / 2013
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Hierarquia x Empowerment
É de conhecimento geral que a estrutura hierárquica nas organizações deriva da influência da Igreja Católica e das organizações militares ao longo da História. A partir do século xx, se destaca o empowerment como forma de minimizar a questão hierárquica dentro das empresas. Mas é importante ressaltar que minimizar não é o mesmo que eliminar. Ao delegar poder e responsabilidade para o funcionário desempenhar determinada tarefa, é preciso que a autonomia tenha limites.
No estudo de caso do empowerment na SEMCO, podem-se destacar alguns pontos a serem analisados:
Não existem códigos de conduta nem regulamento de RH. Cada empregado decide quando e onde trabalha. No entanto, são recontratados a cada seis meses e seus lugares estão sempre em risco.
Não existem recepcionistas, secretárias ou assistentes nem setor de controle de qualidade, pois os próprios empregados são responsáveis por isso.
Os trabalhadores recebem treinamento intensivo, e todos, inclusive o pessoal da limpeza e os boys, aprendem a ler os balancetes e fluxos de caixa.
De fato, a grande responsabilização é algo muito positivo. No entanto, ter seu lugar sempre em risco gera uma inevitável insegurança, podendo desencadear estresse e desmotivação. Até que ponto essa liberdade não gera uma sobrecarga podendo desencadear o estresse? É possível fazer todos responsáveis por tudo ao mesmo tempo, sem prejuízo físico e psicológico? 
Outro fator interessante é que, dependendo do contexto social no qual vivem e de seu nível de escolaridade e perspectiva de vida, é interessante investir nesse tipo de treinamento para todos, sem exceção? Será que todos estão abertos a receber esse conhecimento e almejam sair de sua posição atual? Até que ponto a leitura de fluxo de caixa e balancetes pode elevar a qualidade da limpeza do escritório, por exemplo?
	Diante desses questionamentos podemos observar que a implantação do empowerment tem seus prós e contras. Como vantagens, é possível apontar maior motivação, maior satisfação das pessoas, maior agilidade e flexibilidade e, consequentemente, maior potencial de competitividade, uma vez que muitos níveis hierárquicos e burocracia tornam as empresas mais lentas e engessadas. 
Trata-se de uma relação que envolve poder e responsabilidade. Mas é preciso dispor de uma equipe competente e experiente, além de prioritariamente ter tolerância com os erros. De acordo com a empresa em questão, a delegação de autonomia aos colaboradores faz com que eles se sintam co-autores do sucesso, elevando assim sua autoestima e, com ela, a lucratividade dos negócios.
Apesar de tantas vantagens, a implantação do empowerment não é tão simples e precisa de cuidados e limites, pois caso contrário, pode se transformar em uma completa anarquia organizacional, fato este, que pode condenar à morte qualquer empresa. É preciso considerar a possibilidade de funcionários que não estão acostumados com a delegação de poder e, apesar de receberem orientações, não estarão aptos a desenvolver essa tecnologia de gestão.
Qualquer empresa precisa de uma hierarquização mínima que seja para que suas funções sejam desenvolvidas, pois a anarquia organizacional prejudica o desempenho das atividades administrativas, a motivação dos colaboradores e a produtividade. 
Sendo assim, é preciso reconhecer que se a hierarquia em excesso é prejudicial, a sua completa ausência também. É necessário que haja um pouco de ordem no caos administrativo de forma que toda delegação de poder, autonomia e responsabilização aconteçam em doses certas, sempre respeitando a complexidade e as características intrínsecas de não apenas da organização e sua cultura, mas também dos colaboradores, a fim de que a missão organizacional seja plenamente alcançada.
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A seguir, podemos observar uma atuação positiva do empowerment em uma empresa do segmento bancário. Um dos problemas observados é a falta de autonomia dos gerentes de conta na hora de solucionar problemas cotidianos relacionados ao principal produto do banco, que são os financiamentos.
Os empréstimos são os produtos que geram mais lucros para as empresas do setor financeiro. No entanto, na empresa em questão, situações simples que poderiam ser resolvidas pelo gerente de contas eram repassadas a duas diretorias diferentes. Nem mesmo o gerente geral da unidade, que possui cargo de confiança além de poder representar a instituição, tem autonomia para aprovar determinadas solicitações que são, na maior parte das vezes, aprovadas apenas pela diretoria regional e estadual. Na ilustração abaixo podemos verificar o processo de submissão das autorizações:
No caso observado, focaremos duas importantes variáveis: a esfera da taxa de juros e a esfera do prazo de contrato. O maior problema acaba por surgir na ponta do processo. Em outras palavras, no cliente. Como exemplo, podemos citar situações do tipo:
“... o senhor terá que aguardar, pois o sistema demora três horas para aprovar o financiamento.” 
 “... não posso fechar a operação nesse momento, pois acabei de solicitar uma autorização para minha diretoria para a taxa em questão. O senhor se importaria de voltar mais tarde?” 
Situações como estas ocorrem com frequência no dia a dia de inúmeros gerentes de contas correntes. Devido a tal fato é pertinente questionar o modelo hierárquico e verticalizado, o que faz com que os colaboradores assumam os riscos, ajudando assim, na criação de uma organização competitiva. Ao flexibilizar o processo, a massa de trabalho é reduzida e, o cliente, fica mais satisfeito.

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