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APS 1 - TEORIA DAS CORDAS (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
 
 
 
 
 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO.” 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
ENGENHARIA CIVIL 
1º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2015 
 
 
ANDERSON PINHEIRO 
ARTUR ANDRADE CAMPOS 
EMERSON MIGUEL 
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES 
VINÍCIUS ANGREN DIOGO 
 
!
! 2!
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO.” 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
ENGENHARIA CIVIL 
1º SEMESTRE 
CÓDIGO DA DISCIPLINA: 585Z 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Atividade Prática 
Supervisionada, referente à filosofia, 
matemática, física e o pensamento 
científico, com a finalidade de trabalhar a 
interdisciplinaridade e inserir o contexto 
prático das disciplinas apresentadas no 
primeiro módulo do curso de engenharia 
civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2015 
 
ANDERSON PINHEIRO 
 
RA: T42821-1 EC6P39 
ARTUR ANDRADE CAMPOS RA: T374DH-2 EC6Q39 
EMERSON MIGUEL RA: T39161-0 EC6P39 
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES RA: T12242-2 EC4P39 
 
VINÍCIUS ANGREN DIOGO RA: T13833-7 EC6Q39 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 3!
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 4!
Sumário(
1.! INTRODUÇÃO, 8!
1.1.! OBJETIVOS, 8!
2.! BIOGRAFIAS, 9!
2.1.! KARL,MARX, 9!
2.2.! JOHN,VON,NEUMANN, 12!
2.3.! STEPHEN,HAWKING, 15!
3.! IDEIAS,,TEORIAS,E,LEIS, 19!
3.1.! KARL,MARX, 19!
3.1.1.! TEORIA!MARXISTA! 19!
3.1.2.! RELIGIÃO! 21!
3.1.3.! REVOLUÇÃO! 21!
3.1.4.! OBRAS! 22!
3.2.! JOHN,VON,NEUMANN, 24!
3.2.1.! MECÂNICA!QUÂNTICA! 24!
3.2.2.! PESQUISAS!BÉLICAS! 26!
3.2.3.! COMPUTAÇÃO! 27!
3.2.4.! TEORIA!DOS!JOGOS! 28!
3.3.! STEPHEN,HAWKING, 30!
3.3.1.! BURACOS!NEGROS! 30!
3.3.2.! TEORIA!DE!TUDO! 31!
3.3.3.! TEORIA!DAS!CORDAS! 32!
3.3.4.! CRIADOR!DO!UNIVERSO! 34!
4.! ANÁLISE,DA,EQUAÇÃO,–,TEORIA,DAS,CORDAS, 35!
5.! IMPACTOS,PRODUZIDOS, 40!
6.! CONCLUSÃO, 43!
7.! REFERÊNCIAS, 45!
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 5!
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 6!
 
RESUMO 
 
A busca por conhecimento é tão antiga quanto a própria humanidade. O homem 
sempre procurou respostas para todos os porquês do universo. A física, ao contrário do que se 
pensa, tem sua origem no pensamento filosófico e na observação dos fenômenos. A bem da 
verdade, a física é a ciência que une todas as outras numa multidisciplinaridade criativa que 
leva o ser humano a transcender seus próprios limites mentais num incansável afã por 
elucidações teóricas e práticas. 
O pensamento filosófico tem por objetivo questionar a próprio existência em si. 
Estamos guiando ou sendo guiados? Nossas necessidades são reais ou apenas um simulacro 
de fatos e eventos que nos tornam cegos à verdadeira realidade física que nos circunda? 
Talvez por esses e outros questionamentos é que os filósofos são, geralmente, odiados em 
suas épocas. O pensador objetiva estimular a saída da zona de conforto, principalmente no 
que tange o controle estatal sobre o indivíduo. Pensar para existir. 
E nesse princípio surge a física, como matéria fundamental para o pensamento 
transitivo direto: transição essa que, como supracitado, vem inclusive dos textos bíblicos. 
Afinal, a Árvore do Conhecimento simbolizou justamente essa ruptura com a zona de 
conforto oferecida por Deus, em detrimento da estada no Jardim do Éden, onde todas as 
vontades estavam satisfeitas em troca da ignorância. 
E nesse meio surge a matemática, a ferramenta fundamental para embasar o 
pensamento e o empirismo. É como se ela (matemática) atuasse como um cordão que prende 
os pés do pensador no plano físico, buscando provar, comprovar e validar todos os anseios 
buscados. Fórmulas são a tradução escrita para tudo o que se vê e não se sabe explicar. Pois 
bem, a matemática é essa explicação. 
 
Palavras-chave: Karl Marx; John Von Neumann; Stephen Hawking; Teoria das 
Cordas; 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 7!
! 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 8!
1.#INTRODUÇÃO#
 
A busca por conhecimento é tão antiga quanto a própria humanidade. O homem 
sempre procurou respostas para todos os porquês do universo. A física, ao contrário do que se 
pensa, tem sua origem no pensamento filosófico e na observação dos fenômenos. A bem da 
verdade, a física é a ciência que une todas as outras numa multidisciplinaridade criativa que 
leva o ser humano a transcender seus próprios limites mentais num incansável afã por 
elucidações teóricas e práticas. 
O pensamento filosófico tem por objetivo questionar a próprio existência em si. 
Estamos guiando ou sendo guiados? Nossas necessidades são reais ou apenas um simulacro 
de fatos e eventos que nos tornam cegos à verdadeira realidade física que nos circunda? 
Talvez por esses e outros questionamentos é que os filósofos são, geralmente, odiados em 
suas épocas. O pensador objetiva estimular a saída da zona de conforto, principalmente no 
que tange o controle estatal sobre o indivíduo. Pensar para existir. 
E nesse princípio surge a física, como matéria fundamental para o pensamento 
transitivo direto: transição essa que, como supracitado, vem inclusive dos textos bíblicos. 
Afinal, a Árvore do Conhecimento simbolizou justamente essa ruptura com a zona de 
conforto oferecida por Deus, em detrimento da estada no Jardim do Éden, onde todas as 
vontades estavam satisfeitas em troca da ignorância. 
E nesse meio surge a matemática, a ferramenta fundamental para embasar o 
pensamento e o empirismo. É como se ela (matemática) atuasse como um cordão que prende 
os pés do pensador no plano físico, buscando provar, comprovar e validar todos os anseios 
buscados. Fórmulas são a tradução escrita para tudo o que se vê e não se sabe explicar. Pois 
bem, a matemática é essa explicação. Uma ferramenta formatada e gradativamente descoberta 
pelo homem, à medida em que as necessidades foram se tornando maiores e mais complexas. 
Sempre que observação nova é feita, todas as vezes em que se descobrem novas 
possibilidades e variações de conceitos já descobertos ou de novos que surgem, a matemática 
procura se moldar aos objetivos e se une ao afã dos cientistas na busca pela resposta que, 
mesmo que mentalmente pareça simples (pois nosso cérebro é a máquina mais perfeita 
existente para deduções). 
 
1.1.# Objetivos#
 
Este trabalho visa explicitar as questões mais importantes salientadas por um filósofo, 
um matemático e um físico, mostrando suas contribuições teóricas e práticas para o 
desenvolvimento do pensamento humano. 
Além disso, o presente documento busca relatar as vicissitudes das ciências explicadas 
por cada um dos expoentes escolhidos, cada qual eu sua seara, fazendo um cruzamento de 
informações a fim de se exporem os impactos causados por seus estudos. Por fim, pretende-se 
explicar, de maneira bastante clara, a fórmula escolhida, elaborada pelo físico britânico 
Stephen Hawking, cujo resultado leva à compreensão das perdas de energia ocasionadas pela 
singularidade existente em um buraco negro. 
 
 
ATIVIDADEPRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 9!
2.#BIOGRAFIAS#
 
2.1.# Karl#Marx#
 
 
Foi um filósofo e revolucionário alemão. Criou as 
bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua 
filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, 
tais como Sociologia, Política, Direito, Teologia, Filosofia, 
Economia, entre outras. 
Karl Heinrich Marx nasceu em Tréves, cidade ao sul 
da Prússia Renana, na fronteira da França, no dia 5 de maio 
de 1818. Foi o segundo de oito filhos da holandesa Henriette 
Pressburg e seu esposo Herschel Marx, advogado e 
conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido 
pelo governo absolutista de Frederico Guilherme III. 
Herschel, por temer as consequências das leis antissemitas 
promulgadas pelo rei da Prússia, converteu-se ao 
protestantismo em 1824 quando Karl ainda era criança. A 
mãe de Marx também descendia de rabinos judeus, mas em 
momento algum de sua vida interessou-se em exercer 
influência doutrinária sobre o filho. Os pais de Karl constituíam um casal harmonioso, o que 
parece ter contribuído de forma substancial para a formação de sua personalidade. Como 
indicam várias avaliações de seus professores, Marx foi excelente aluno. Em 1835 concluiu o 
curso ginasial no Liceu Friedrich Wilhelm. Ainda nesse ano e boa parte de 1836, Karl estudou 
Direito, História, Filosofia, Arte e Literatura na Universidade de Bonn. 
De volta a Trèves, nas férias, conhece uma amiga de sua irmã Sofia. Era sua futura 
esposa, Jenny von Westphalen. Uma jovem e filha do conselheiro de Estado privado 
prussiano, um alto cargo. Porém, o pai de Marx temia que seu filho levasse a moça a uma vida 
aventureira e cheia de perigos. Consequentemente, manda o filho à longínqua Universidade 
de Berlim, onde começa a fazer o curso de direito. Porém, o que lhe desperta maior interesse 
são as lições de filosofia e história. Nessa época, Karl frequentou um círculo de poetas, 
porém, reconheceu que sua poesia não tinha valor artístico. A partir desse momento começa a 
ter contato com a obra de Hegel, antigo professor da universidade, Spinoza, Kant, Aristóteles 
e Epicuro, este último responsável pelo pensamento do EPICURISMO, que prega a procura 
moderada pelos prazeres para que se atinja um estado de tranquilidade e a libertação do medo 
(algo bem parecido com o que Marx irá propor mais tarde). 
Marx logo se opõe ao sistema de Hegel, que justifica a ordem social e política 
existente, como resultado necessário da marcha do espírito absoluto através da história. Ao 
contrário do que alguns dizem, a relação de Marx e Hegel não foi uma revolta do discípulo 
contra o mestre. Marx jamais foi discípulo de Hegel. Antes disso, foi seu crítico, seu 
adversário político, buscando apropria-se de alguns aspectos do hegelianismo, principalmente 
da dialética, para voltá-los contra o sistema 
Entre 1838 e 1840, dedica-se a elaboração de sua tese, em busca de um cargo de 
professor. Em 1841, na Universidade de Lena, apresenta o trabalho "A Diferença Entre a 
Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro". 
Figura'1')'Retrato'de'Karl'Marx'
Fonte:'
http://en.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx'
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 10!
Já por motivos políticos, Marx tem dificuldades em arrumar colocação nas 
universidades, por considerem-no como um discípulo de Hegel, o que ver-se-ia mais tarde se 
tratar de um equívoco, pois suas doutrinas passam por uma bifurcação e se tornam bastante 
distintas. Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal Gazeta 
Renana, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o 
jornal. 
Em julho de 1843, casa-se com Jenny e o casal se muda para Paris, onde Marx junto 
com Ruge funda o anuário Deutsch-Französische Jahrbücher (os Anais Franco-Alemães), e 
publica os artigos de Friedrich Engels. Publica também "Introdução à Crítica da Filosofia do 
Direito de Hegel" e "Sobre a Questão Judaica". Por se tornar integrante de uma seita secreta, 
ele acaba sendo expulso da cidade. 
As opiniões de Marx são muito duras para a sociedade da época, e por pressões 
políticas advindas dos governantes mais exaltados, como Guilherme V, imperador da Prússia, 
o pensador é obrigado a abandonar a França e partir para a Bélgica. Dedica-se a escrever teses 
sobre o socialismo e mantém contato com o movimento operário europeu. Funda a 
"Sociedade dos Trabalhadores Alemães". Junto com Engels, adquirem um semanário e se 
integram à "Liga dos Justos", entidade secreta de operários alemães, com filiais por toda a 
Europa. No Segundo Congresso da Liga, são solicitados para redigir um manifesto. 
No dia 21 de fevereiro de 1848, com base no trabalho de Engels, Os Princípios do 
Comunismo, Marx lança o "Manifesto Comunista", 
onde esboça suas principais ideias com a luta de classe 
e o materialismo histórico. 
Por suas críticas duras aos processos produtivos, 
ao capitalismo e por incitar um levante operário como 
como forma de revolucionar os direitos trabalhistas, ele 
e sua mulher acabam sendo presos e expulsos da 
Bélgica. 
Depois de vários exílios e privações, Max 
finalmente se instala em Londres. Apesar da crise, em 
1864 funda a "Associação Internacional dos 
Trabalhadores”, e com a ajuda de Engels publica em 
1867 o primeiro volume de sua mais importante obra, 
"O Capital", em que sintetiza suas críticas à economia 
capitalista. 
Ao escrever "Crítica ao Programa de Gotha", 
então a quinta maior cidade da Alemanha, ele vai de 
encontro com as ideias postas em prática pelo programa 
que o partido socialista alemão adotara em 1875. As 
teorias de Marx influenciaram a Revolução Russa de 
1917 e diversos teóricos e políticos como Lênin, Trotski, Stalin e Mao Tsé-Tung. Sua luta 
acabou por ser seguida e bastante utilizada na instalação de Estados socialistas, como URSS, 
China e Cuba. 
 Como sua saúde já o deixava em um estado mais delicado, agravado por problemas 
hepáticos e enxaquecas, seus últimos anos foram bastante difícil. Mesmo assim, Marx 
continuava lendo compulsivamente diversos livros e se encontrando com comunistas de todas 
as partes do planeta, e pouco ajudando na elaboração dos livros 2 e 3 de “O Capital”. 
O golpe definitivo vem com a morte de Jenny em dois de dezembro de 1881, e com a 
de sua filha mais querida, que levava o nome da mãe, em 1883. Dois meses depois desse 
Fonte:'Google'Images'
Figura'2')'O'Manifesto'Comunista'
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 11!
acontecimento, em março do mesmo ano, Karl Marx faleceria em seu escritório, tuberculoso e 
vivendo em uma casa extremamente simples. 
 Foi sepultado em Londres, junto com a sua esposa, no 
setor reservado às pessoas banidas e rejeitadas pela 
Igreja Anglicana. À beira da sepultura, Engels proferiu 
emocionada oração fúnebre: "Marx era, antes de tudo, 
um revolucionário. Sua verdadeira missão na vida era 
contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada 
da sociedade capitalista e das instituições estatais por 
estas suscitadas, contribuir para a libertação do 
proletariado moderno, que ele foi o primeiro a tornar 
consciente de sua posição e de suas necessidades, 
consciente das condições de sua emancipação. A luta 
era seu elemento e ele lutou com uma tenacidade e um 
sucesso com quem poucos puderam rivalizar. 
Marx foi o homem mais odiado e mais 
caluniado de seu tempo. Como todo grande pensador à 
frente de seu tempo, por possuir uma linha de 
raciocínio que transcendia as ideias tacanhas de uma 
sociedade mantida na menoridade (alienação) pelos 
governantes, apesar de sua vontade de pregar o bem 
comum a todos, empregados e empregadores, 
governantes e governados,ele sempre foi forçado a 
partir de onde estivesse, rechaçado e desacreditado 
pelo medo de que suas ideias pudessem causar 
revoluções populares ou que as forças do Estado fossem, a qualquer momento, negadas e o 
poder lhe escapasse por entre os dedos. 
Mesmo sendo uma pessoa reconhecidamente generosa e amável, Karl Marx foi tratado 
como um inimigo do Estado e um 
pregador da desordem, tendo sua história 
de vida muito parecida com a do sábio 
chinês Confúcio, que pregava que os 
exemplos de honestidade e simplicidade 
deveriam vir dos governantes, e estes 
deviam respeito e cuidados aos seus 
súditos. Por causa de ideias que eram 
acatadas pelo imperador, mas negadas 
pelas poderosas famílias feudais que 
governavam os estados chineses na época, 
ele foi exilado e obrigado a vagar como 
um mendigo, ridicularizado por onde 
passasse. Até que um dia, por ordem dos 
governantes que viam o país cair numa 
desordem sem precedentes, Confúcio foi 
chamado para novamente atuar na política, 
com o propósito de terminar com rusgas 
intratáveis. Um parêntese aqui: isso se deu nos idos do ano 550 a.C. 
O exemplo serve para que se perceba que a intolerância ao novo persegue os 
inovadores através das gerações. 
Figura'3')'Sepultura'de'Karl'Marx'
Figura'4')'Estátua'de'Confúcio'
Fonte:'Google'Images'
Fonte:'http://www.sinaldafenix.com.br'
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 12!
2.2.# John#Von#Neumann#
 
'
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi um notório matemático Húngaro, filho de pai advogado e mãe do lar, nascido em 
1903 em berço de ouro, já que a família judaica era bastante abastada. 
Desde novo notou-se que von Neumann possuía uma mente prodigiosa, capaz de 
dividir, sem uso de quaisquer artifícios além da própria cabeça, números de até 8 dígitos. 
Além disso, ainda aos 8 anos ele já havia lido todos os 44 volumes da História Universal. 
Mais impressionante foi ter ele devorado e compreendido O pequeno teve uma educação 
elitista e cedo se notou que era um prodígio. Conseguia dividir de cabeça algarismos de oito 
dígitos, aos oito anos tinha lido os quarenta e quatro volumes da História Universal e 
trivializado o cálculo e aos 12 tinha lido e entendido o livro “Théorie des Fonctions”, 
de Borel. 
Sua facilidade com cálculos chamava a atenção de quem estivesse ao seu redor. Ele 
tinha uma memória prodigiosa, conseguindo recitar páginas inteiras da lista telefônica de cor. 
Por sua condição mental extraordinária, hoje ele seria com 
certeza reconhecido como um savant, indivíduo cujas 
capacidades psíquicas ultrapassam em muito o normal, devido a 
uma anomalia congênita que poderia lhe causar danos, como 
retardo mental, mas que inexplicavelmente potencializam o 
processamento de informações, tornando a pessoa superdotada 
para uma determinada atividade intelectual. No caso de 
Neumann, o cálculo se tornou rapidamente sua paixão e objeto 
de estudo. Em 1921, seus pais o mandam para a Universidade 
de Berlim para estudar Engenharia Química, indo 2 anos depois 
para Zurique. Mesmo ele não tendo muito interesse na carreira 
de químico, esse era uma atividade que lhe garantiria 
estabilidade e status social. 
Pouco antes de sair de Berlim e ingressar nos estudos em 
Zurique, John submeteu sua tese sobre Teoria de Conjuntos ao 
doutorado na Universidade de Budapeste, como uma tentativa 
de criar regras práticas para o tema dentro da matemática. O 
estudo sobre conjuntos era assunto na época pois, mesmo sendo 
Figura' 6' )' Capa' de' Théorie' des'
Fonctions,'de'Emile'Borel'
Figura'5')'John'von'Neumann'
Fonte:'Wikipedia'2015'
Fonte:'www.shophiararebooks.com'
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 13!
estudado por muitos cientistas, ainda lhes causava muitas dores de cabeça por conta de 
questões não respondidas. 
Concomitante com seu curso de engenharia química, Neumann seguiu com seu 
doutorado, alcançando as notas máximas mesmo nas matérias cujas aulas jamais assistira. 
Desta forma, em 1926 ele se tornou o mais novo privatdozent (título de pesquisador) na 
história da Universidade de Berlim. 
 Em 1929, mesmo ano da grande Queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque, von 
Neumann se mudou para os Estados Unidos, já com o status mundial de jovem gênio da 
matemática bem difundido. Sua memória era tão espantosa que ele se tornou um dos maiores 
peritos em história bizantina, sabendo detalhes minuciosos, por exemplo, sobre o julgamento 
de Joana D’arc, sobre história da civilização e até da Guerra Civil Americana. 
 Era profundamente hedonista, gostava de comer e beber bem levava um estilo de vida 
extravagante, promovendo grandes festas que terminavam muito tarde. Ao volante, por várias 
vezes se acidentou devido à sua imprudência. Também era conhecido por seu perfil 
deselegante e por vezes grosseiro, ao abordar e até assediar mulheres. 
Ainda em 1930, von Neumann foi convidado para O recém-formado Instituto de 
Estudos Avançados em Princeton, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos. Em 1933 foi, 
juntamente com Albert Einstein e outras celebridades científicas selecionado para a primeira 
faculdade de matemática do Institute for Advanced Study, também em Princeton, onde foi 
professor até o fim de sua vida. 
John von Neumann se jogou com entusiasmo em problemas intratáveis um após o 
outro, de matemática abstrata das mecânicas quânticas até problemas práticos de previsão 
meteorológica, hidrologia e padrões de fogo de artilharias. 
 
Figura'7')'Fuld'Hall,''Instituto'de'Estudos'Avançados'de'Princeton'
 
 
Sua terceira esposa, Klara Dan, dizia que sua capacidade de trabalho era ilimitada, já 
que o matemático escrevia em casa o tempo todo, fosse o horário que fosse. 
Com a 2.a Guerra Mundial, Von Neumann foi recrutado para o Projeto Manhattan e 
trabalhou na construção da Bomba A e H. A sua principal contribuição foi supervisionar os 
vastos e complexos cálculos matemáticos – feitos primeiramente a mão e depois com 
computadores eletrônicos primitivos – requeridos para desenhar as bombas. 
Depois da guerra, ele retornou para o I.A.S. e ficou obcecado com computação. A 
visão de Von Neumann para as máquinas foi além de tarefas aritméticas para os quais elas 
Fonte:'en.wikipedia.org/wiki/Fuld_Hall'
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 14!
foram desenhadas. No seu computador idealizado, as mesmas unidades de memória que 
guardavam dados, como números ou textos também mantinham instruções passo a passo que 
poderiam ser programadas para realizar qualquer tarefa. 
Em 1956 foi diagnosticado com câncer ósseo, principalmente pela prolongada 
exposição a radiação, durante observações nos testes da bomba atômica. Mais tarde, a doença 
se alastrou atingindo seu cérebro, tornando-o incapaz de qualquer atividade intelectual. 
Morreu sob segurança militar (uma maneira de impedir que revelasse quaisquer 
segredos militares enquanto estava fortemente medicado), com câncer no pancreático. 
Em sua cadeira de rodas, o cientista com seu sotaque húngaro e que matematicamente 
analisava o apocalipse é creditado como o modelo para o personagem do Doutor Strangelove 
no filme de Stanley Kubrick. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO. " 
! 15!
2.3.# Stephen#Hawking##
 
 
 
Stephen William Hawking é um físico teórico e um dos maiores cosmólogos da 
atualidade. Ocupou a cadeira de Isaac Newton, honraria que foi concedida pelo seu brilhante 
desempenho no meio científico. É professor do Departamento de Matemática Aplicada e 
Física Teórica da Universidade de Cambridge, lecionando Matemática. Tem um QI de 160 e é 
considera umadas pessoas mais inteligentes vivas. 
Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, Inglaterra, é filho de 
Frank Hawking, um parasitólogo que trabalhava com pesquisa no Instituto Nacional de 
Pesquisa Médica de Londres – e era muito conceituado perante a comunidade científica pelo 
seu trabalho – e de Isabela Hawking. Nasceu em 8 de janeiro de 1942, em Oxford, Inglaterra, 
justamente no aniversário de 300 anos da morte Galileu Galilei. 
Talvez, o fato de o pai ter sido um cientista renomado tenha influenciado Hawking a 
despertar desde cedo o interesse pela Ciência. Havia também o incentivo paterno e certa 
cobrança sobre o menino para que ele estudasse mais do que o normal para uma criança da 
sua idade. Mas se engana quem pensa que isso era um martírio para Hawking: segundo sua 
biografia, escrita por Kristine Larsen, o próprio confessa que era um prazer estudar. 
Apesar dos estudos, Stephen não era um garoto excepcionalmente inteligente, sequer 
demonstrava sinais de sua genialidade. Era mediano segundo seus professores e não era o 
destaque da turma. 
Em 1959, Hawking já com seus 17 anos e em conflito com seu pai (que insistia que 
rapaz fizesse Medicina), decide ingressar no curso de Matemática do Universidade College, 
em Oxford. Não conseguiu ingressar por indisponibilidade do curso e optou por física. Desse 
momento em diante Hawking começou a mostrar que era mais do que muitos imaginavam. Se 
formou em três anos, partindo em 1966 para um doutorado em cosmologia na Trinity Hall em 
Cambridge. Na universidade os professores começaram a notar que Stephen tinha potencial e 
passaram a dar algum crédito ao jovem. 
Figura'7'–'Retrato'Stephen'Hawking'
Fonte:'http://www.scientificamerican.com/'
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Durante sua graduação, porém, quando a situação parecia favorável, ele recebeu talvez 
a pior notícia de sua vida: Hawking descobriu ser portador de esclerose amiotrófica lateral - 
ELA: em meados de seus 20 anos de idade passou a ter dificuldades em tarefas cotidianas, 
como amarrar seus sapatos; caía muito, sem motivo aparente; e sua fala hora ou outra se 
manifestava de forma anormal. 
Poucos dias após completar 21 anos de idade, foi internado para fazer exames a fim de 
detectar o que ocorria e, duas semanas depois, recebeu alta, prosseguindo seus estudos. Os 
médicos que diagnosticaram Hawking deram a ele apenas mais dois anos de vida e, por ironia 
do destino (ou não), esse brilhante cientista hoje está com mais de 70 anos de idade – e muitos 
planos de vida. 
ELA é uma doença degenerativa crônica que compromete os neurônios motores, 
atrofiando os músculos e interferindo nos movimentos das extremidades até atingir a 
musculatura do pescoço e cabeça, dificultando a locomoção, movimentos e, no estágio 
terminal, a respiração. 
Entre 1966 a 1973, Hawking lecionou nos Colégios Maiores de Gonville e Caius, 
passando a trabalhar depois no Instituto de Astronomia, sua verdadeira paixão. 
De 1979 a 2009, ocupou a cadeira de Newton de professor de Matemática na 
Universidade Cambridge, confirmando sua notoriedade estando à frente de projetos de 
pesquisa extremamente avançados e complexos, como a instalação do Grande Colisor de 
Hádrons, o maior acelerador de partículas já construído, localizado na fronteira entre França e 
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Suíça. Trata-se da maior máquina já construída no mundo, formando um anel com 27 
quilômetros de circunferência e localizado a 175 metros da superfície da Terra. 
 
A doença entrou em um estágio avançado e Hawking perdeu até a capacidade 
muscular de sustentar a sua cabeça, ficando paralisado por completo. Em 1985, teve que 
realizar uma traqueostomia, o que prejudicou sua fala. Hawking não consegue mais falar nem 
movimentar seus dedos, com os quais ele ainda podia usar um teclado conectado a um 
sintetizador de voz. 
Utilizando cadeiras de rodas há décadas, hoje se comunica com o sintetizador de voz 
aplicado na armação de seus óculos, que identifica sua fala pela movimentação dos músculos 
da face, com auxílio de raios infravermelhos. 
Como a ELA não compromete a lucidez, mantém o intelecto perfeitamente ativo e 
funcional – ele que o diga: é considerado hoje o maior físico teórico da atualidade, tão 
brilhante quanto Einstein ou Newton. 
Um de seus mais extensos trabalhos – ainda não-finalizado –, trata de buracos negros e 
suas características, como supergravidade e singularidade. 
Doutor em cosmologia, professor de matemática pela Universidade de Cambridge e 
autor de diversos livros de repercussão mundial, Hawking continua com sua inventividade 
intacta e um provocador perspicaz, que nega a existência de vida fora da Terra. 
Seus livros mais notórios são “O Universo Numa Casca De Noz” e “Uma História do 
Tempo”. 
Figura'8')'Detalhe'do'Grande'Colisor'de'Hádrons,'localizado'na'fronteira'entre'França'e'Suíça'
Fonte:'www.sofisica.com.br'
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Figura'9')'Hawking'experimentando'gravidade'zero'
Figura'10'Fonte:'Reprodução'/'New'Scientist'
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3.# IDEIAS,#TEORIAS#E#LEIS#
 
3.1.# Karl#Marx#
 
Durante a vida de Marx, suas ideias receberam pouca atenção de outros estudiosos. 
Talvez o maior interesse tenha se verificado na Rússia, onde, em 1872, foi publicada a 
primeira tradução do livro 1 de “O Capital”. Na Alemanha, a teoria de Marx foi ignorada 
durante bastante tempo, até que em 1879 um alemão estudioso da Economia Política, Adolph 
Wagner, comentou o trabalho de Marx ao longo de uma obra intitulada “Allgemeine oder 
theoretische Volkswirthschaftslehre”. A partir de então, os escritos de Marx começaram a 
atrair cada vez mais atenção. 
Nos primeiros anos após a morte de Marx, sua teoria obteve crescente influência 
intelectual e política sobre os movimentos operários e, em menor proporção, sobre os círculos 
acadêmicos ligados às ciências humanas. Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao 
lado de Kant, Nietzsche e Hegel um de seus grandes representantes. 
 
3.1.1.#Teoria#Marxista##
 
A teoria marxista é uma crítica radical das sociedades capitalistas, Karl Marx 
compreende o trabalho como atividade fundante da humanidade. E o trabalho, sendo a 
centralidade da atividade humana, se desenvolve socialmente, sendo o homem um ser social. 
Sendo os homens seres sociais, suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo 
processo de formação da humanidade. Esta compreensão e concepção do homem é 
radicalmente revolucionária em todos os sentidos, pois é a partir dela que Marx irá identificar 
a alienação do trabalho como a alienação fundante das demais. E com esta base filosófica é 
que Marx compreende todas as demais ciências, tendo sua compreensão do real influenciado 
cada dia mais a ciência por sua consistência. 
As relações de produção controlam tanto a distribuição dos meios de produção e dos 
produtos, quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas 
sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações 
resultam em uma divisão dentre as sociedades. 
Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre 
possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e 
a classe dominada, sendo a classe dominante aquela que mantém poder sobre os meios de 
produção e a classe dominada a que se sujeita a dominante para obter os bens produzidos. O 
Estado aparece para representar os interesses daclasse dominante e cria, para isso, inúmeros 
aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx 
de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam 
elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos 
proprietários dos meios de produção. 
Marx nunca escreveu um livro dedicado especificamente à metodologia das ciências 
sociais para expor, mas deixou, dispersas por numerosas obras escritas, um conjunto de 
reflexões metodológicas, nas quais desenvolve o seu próprio método por meio da crítica ao 
idealismo especulativo hegeliano e à economia política clássica. 
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Segundo Marx, Hegel e seus seguidores criaram uma dialética mistificada, que 
buscava explicar especulativamente a história mundial como autodesenvolvimento da ideia 
absoluta. 
Já os economistas clássicos naturalizavam o modo de produção capitalista, 
concebendo a dominação de classe burguesa como uma ordem natural das relações 
econômicas, a partir de um conceito abstrato de indivíduo, o “homo economicus”. Por isso, os 
economistas clássicos recorriam a narrativas de trocas de produtos entre caçadores e 
pescadores primitivos, para ilustrar as suas teorias econômicas. Marx atribuía essa 
mistificação fetichismo da mercadoria, e não a uma intenção consciente. 
Em oposição aos filósofos idealistas e aos economistas clássicos, Marx propunha a 
investigação do desenvolvimento histórico das formas de produção e reprodução social, 
partindo do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto. 
 
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3.1.2.#Religião##
 
Para Marx, a crítica da religião é o pressuposto de toda crítica social, pois crê que as 
concepções religiosas tendem a desresponsabilizar os homens pelas consequências de seus 
atos. Marx tornou-se reconhecido como crítico sagaz da religião devido a sentença que 
profere em um escrito intitulado Crítica da filosofia do direito de Hegel: “A religião é o 
suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de 
uma situação carente de espírito. É o ópio do povo. ” Em verdade, Marx se ocupou muito 
pouco em criticar sistematicamente a atividade religiosa. Nesse quesito ele basicamente 
seguiu as opiniões de Ludwig Feuerbach, para quem a religião não expressa a vontade de 
nenhum Deus ou outro ser metafísico: é criada pela fabulação dos homens. 
 
3.1.3.#Revolução#
 
Em geral, Marx considerava que toda revolução é necessariamente violenta, ainda que 
isso dependa, em maior ou menor grau, da constrição ou abertura do Estado. 
A violência descrita por Marx não é necessariamente a armada, como s pensa. O 
conceito vai muito além do sentido primeiro da palavra. Essa violência também tem muito a 
ver com o conflito no modo de pensar e de agir arraigado e intransigente. Toda mudança de 
conceito, toda quebra de paradigma aparece como uma verdadeira violência que chega mesmo 
a agredir as mentes – e corpos – que não estejam, preparados para uma ruptura com os antigos 
moldes. 
A violência física decorre da própria ação de defesa que o Estado tende a levantar 
contra qualquer ameaça ao seu poder. O próprio Marx sofreu diversas vezes com esse tipo de 
bloqueio ao pensamento e difusão de novas ideias, todas as vezes que fora preso ou obrigado 
a se exilar. 
O Estado sempre utiliza uma força desproporcional, até por causa do seu tamanho 
perante o indivíduo. Essa é outra forma de violência salientada pelo pensador, mas desta vez é 
algo não percebido pelas pessoas, pois vem na forma de obrigações e deveres, direitos escusos 
e outras formas de repressão muitas vezes mascaradas na forma de boas-ações e propaganda 
político-social. 
O medo das instituições de poder, segundo Marx, é infundado, já que, segundo ele, 
nada se cria de um marco-zero, tendo tudo uma origem em algo que já existia previamente e 
fora simplesmente desconstruído de forma a ressurgir como uma coisa nova, com novas 
características intrínsecas e extrínsecas. 
A revolução proletária, que instauraria um novo regime sem classes, só obteria sucesso 
pleno após a conclusão de um período de transição que Marx denominou socialismo. 
 
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3.1.4.#Obras#
 
 
A grande obra de Marx é “O Capital”, na qual trata de fazer uma 
extensa análise crítica sobre a sociedade capitalista. É 
predominantemente um livro de Economia Política. Nesta obra, Marx 
disserta desde a economia, até a sociedade, cultura, política e filosofia. 
Uma obra de difícil leitura. Dentro da estrutura do pensamento de 
Marx, só uma obra como “O Capital” seria capaz de alertar tanto a 
humanidade em gera quanto o proletariado em particular, já que através 
de uma análise radical da realidade à qual está submetido, poderá se 
desviar da ideologia dominante e poderá obter uma base concreta para 
sua luta política. 
Cabe lembrar que “O Capital” é uma obra incompleta, tendo sido publicado apenas o 
primeiro volume com Marx vivo. Os demais volumes foram organizados por Engels e 
publicados posteriormente, já que o próprio Marx já se encontrava em estado debilitado de 
saúde e contribuiu apenas com anotações e críticas aos excertos do colega coautor. 
 
 
Na obra “A Ideologia Alemã”, Marx apresenta cuidadosamente os 
pressupostos de seu novo pensamento. No Manifesto Comunista apresenta 
sua tese política básica, propondo a construção de uma nova sociedade, 
derrubando a burguesia através da luta. 
 
 
Na “Crítica ao Programa de Gotha”, cidade alemã, 
Marx faz a mais extensa e sistemática apresentação do que 
seria uma sociedade socialista, ainda que sempre tente desviar desse tipo de 
"futurologia", por não ser rigorosamente científica. Critica o método tacanho 
aplicado pelo governo na implantação de um plano diretor que não visa a 
melhoria da qualidade de vida como um todo, apenas quer permear a 
produtividade por si só. 
Em “A Guerra Civil na França”, Marx supera todas 
as suas tendências jacobinas de antes e defende claramente 
que só com o fim do Estado o proletariado oferece a si 
mesmo as condições de manter o próprio poder recém conquistado, e o fim 
do Estado é literalmente o "povo em armas", ou seja, o fim do "monopólio 
da violência" que o Estado representa. 
 
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Em “O 18 Brumário de Luís Bonaparte”, há uma profunda análise 
sobre o terror da "burocracia"; a questão do campesinato como aliado da 
classe operária na revolução iminente, o papel dos partidos políticos na 
vida social e uma caracterização profunda da essência do “bonapartismo” 
são outros aspectos marcantes desta obra. 
 
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3.2.# John#von#Neumann#
 
No início do século XX, a teoria dos conjuntos ainda não tinha sido formalizada e 
estava em crise devido ao paradoxo de Bertrand Russel, e a axiomatização (normatização) da 
matemática, sobre o modelo dos Elementos de Euclides, estava a atingir novos níveis de rigor, 
particularmente na aritmética e na geometria. Ernst Zermelo e Abraham Frankel resolveram 
parcialmente este problema, formulando princípios que permitiam a construção de todos os 
conjuntos usados na matemática, mas não excluíam a possibilidade de existirem conjuntos 
que pertencessem a eles mesmos. 
Na sua tese de doutorado, apresentada em 1926, Von Neumann demonstrou como era 
possível excluir esta possibilidade de duas maneirascomplementares: a noção de classe e o 
axioma da fundação. Uma aproximação ao problema foi pelo uso da noção de classe: define 
um conjunto como uma classe que pertence a outras classes, enquanto que uma classe própria 
é uma classe que não pertence a nenhuma outra classe. A outra aproximação ao problema é 
conseguida pelo axioma da fundação, que diz que todo o conjunto pode ser construído a partir 
da base, numa sucessão ordenada de passos, de tal modo que se um conjunto pertence a outro, 
então o primeiro tem necessariamente de vir antes do segundo na sucessão. Para demonstrar 
que este axioma não estava em contradição com os outros, Von Neumann criou um novo 
método de demonstração que se tornou numa ferramenta fundamental na teoria dos conjuntos, 
o método dos modelos interiores. 
Desta maneira, o sistema axiomático da teoria dos conjuntos tornou-se completamente 
satisfatório, e a pergunta que pairava era se esta axiomática era ou não definitiva, e se estava 
ou não sujeita a melhoria. A resposta a esta questão surgiu em setembro de 1930, no 
Congresso de Matemática de Köningsberg, no qual Gödel anunciou o seu primeiro teorema da 
incompletude (os sistemas axiomáticos usuais são incompletos, uma vez que não podem 
provar todas as verdades que sejam expressas na sua linguagem). Menos de um mês depois, 
von Neumann informou Gödel de uma consequência do seu teorema: os sistemas axiomáticos 
usuais são incapazes de demonstrar a sua própria consistência. Contudo, Gödel já o tinha 
concluído de modo independente, pelo que este resultado é o chamado segundo teorema de 
Gödel, sem referência a Von Neumann. 
 
3.2.1.#Mecânica#Quântica#
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura'11')'Célebre'frase'do'físico'Niels'Bohr'
Fonte:'Google'Images'
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A mecânica quântica trata da natureza das partículas atômicas e das leis que regem as 
suas ações. Várias teorias da mecânica quântica começaram a aparecer para justificar as 
discrepâncias observadas quando se usava apenas a física Newtoniana para descrever as 
observações das partículas atômicas. 
Uma destas observações diz respeito ao comprimento de onda da luz que os átomos 
podem absorver e emitir. Por exemplo, os átomos de hidrogênio absorvem energia para 
comprimentos de onda de 656.3nm, 486.1nm, 434nm ou 410.2nm, mas não para 
comprimentos de onda intermédios. Isto contrariava os princípios da física do fim do século 
XIX, segundo os quais um elétron que orbita um núcleo num átomo deve irradiar em todos os 
comprimentos de onda de luz, perdendo energia e rapidamente caindo no núcleo. Max Planck 
foi quem introduziu uma nova teoria que dizia que a energia só podia ser emitida em 
quantidades definidas. Isto levou a duas teorias descritivas da natureza do átomo, que 
competiam entre si. 
A primeira, desenvolvida por Erwin Schrödinger, sugeria que o elétron no hidrogênio 
é semelhante a uma corda num instrumento musical. Tal como uma corda, que emite um tom 
específico juntamente com harmônicas, assim um elétron deveria ter um certo “tom” no qual 
emitiria energia. Usando esta teoria, Schrödinger desenvolveu uma equação de onda que 
predizia corretamente os comprimentos de onda nos quais em que vibrariam as ondas de 
energia emitidas pelo hidrogênio. 
A segunda teoria, desenvolvida por Werner Heisenberg, Max Born e Pascual Jordan, 
focava sua atenção na posição e momento de um elétron num átomo. Eles diziam que estes 
valores não eram diretamente visíveis, já que apenas a luz emitida pelo átomo podia ser 
observada. Assim, poderiam tanto energia quanto elétron se comportar de maneira muito 
diferente do movimento de uma partícula na física Newtoniana. 
Era o nascimento de uma Teoria de Cordas, na qual teorizavam 
que os valores de posição e momento deviam ser descritos por 
construções matemáticas que não os números usuais. 
No final da década de 20, rapidamente se descobriu que 
estas duas aproximações, aparentemente muito diferentes, não 
eram mais do que duas formulações do mesmo princípio. Von 
Neumann queria descobrir o que estas duas teorias tinham em 
comum, e através de uma aproximação matemática mais rigorosa, 
queria encontrar uma nova teoria mais poderosa e fundamental que 
as outras duas. 
 
Graças a suas pesquisas, chegou-se a um resultado que foi 
publicado em 1932, no “The Mathematical Foundations of 
Quantum Mechanics”. Este resultado é um teorema segundo o qual 
a mecânica quântica não pode ser deduzida a partir de uma teoria 
determinística como era usual na mecânica clássica. Apesar de 
vários erros conceituais, a linha de pesquisa serviu para incentivar 
a busca pela demonstração de que a física quântica requer uma 
noção da realidade substancialmente diferente da física clássica. 
O olhar de Neumann elevou o pensamento a um novo patamar: para se enxergar algo 
novo, seu olhar deve ser diferente. Para se apreender um novo resultado, consequentemente a 
lógica mental também deve ser diferente da convencional, o mesmo acontecendo com 
crenças, preceitos e conceitos preestabelecidos. 
Figura' 12' )' Capa' do' livro'
"Mathematical' Foundations' Of'
Quantum'Mechanics'
Fonte:'http://press.princeton.edu'
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3.2.2.#Pesquisas#Bélicas#
Seu gosto por matemática se aliava a uma paixão igualmente forte: explosivos. E ele 
aplicava muito de seus conhecimentos estudar comportamentos e novos compostos químicos 
que pudessem ser utilizados com potencialização de resultados. Com isso, o matemático 
passou a ser frequentemente requisitado para pesquisas de armamentos militares. 
Em 1943, o governo americano recrutava gênios para produzirem o que muitos viam 
como um “mal necessário”; neste grupo seleto se encontrava em destaque von Neumann. As 
suas duas maiores contribuições foram a formulação matemática do desenvolvimento do 
projeto e a ajuda no desenvolvimento da bomba de implosão. 
 
As bombas atômicas testadas eram de dois tipos distintos: uma usava urânio-235 como 
material de fissão, a outra, o plutônio. Ambas utilizavam um detonador interno cheio de 
pólvora. 
Para se ter uma ideia da importância de seus estudos, von Neumann estimou que 
bombas de grande poder destrutivo, como a Little Boy (a bomba detonada sobre a cidade de 
Hiroshima recebeu o nome de ‘Menininho’), teria maior resultado destrutivo se lançada e 
detonada a uma certa altura, calcula dependendo da extensão das ondas de choque que seriam 
geradas quando de sua explosão. 
O Little Boy, com 60 toneladas de urânio, foi lançado de um avião de caça de uma 
altitude de 9.000m. Quando atingiu a altitude de 576 metros, o acionador barométrico detonou 
uma carga interna que disparou um pequeno projétil de urânio contra a maior carga do mesmo 
urânio. O resultado: cerca de 5.5 milhões de graus Celsius de temperatura (a mesmo do centro 
do Sol), ventos que chegaram aos 970 km/hora e destruição completa num raio de 2 km. 
Foram computados 50.000 mortos instantâneos, e mais 130.000 mortos posteriormente, 
devido à radiação ou mesmo aos ferimentos causados pela explosão. Há relatos de que 
pessoas morreram a 8 quilômetros de distância do epicentro da explosão; a 10 quilômetros de 
raio, pessoas sofreram cegueira momentânea e a 12 quilômetros do centro, pessoas ainda 
foram arremessadas no ar, devido à grande descompressão de ar causada pelas ondas de 
choque. Pura matemática aplicada aos cálculos, todos voltados à destruição. 
Figura'13')'Ilustração'da'Little'Boy','bomba'que'arrasou'Hiroshima'
Fonte:'www.atomicarchive.com'
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3.2.3.#Computação#
 O projeto da bomba de hidrogênio teve, portanto, umagrande importância no 
desenvolvimento da computação, uma vez que Neumann e Stanislaw Ulam desenvolveram 
simulações no computador digital de von Neumann, usado para computações hidrodinâmicas. 
Durante esse período, contribuiu para o desenvolvimento do método de Monte Carlo, que 
permitia a aproximação de problemas complexos através de números aleatórios. Uma vez que 
usar listas de números aleatórios verdadeiros tornava o ENIAC, primeiro supercomputador do 
mundo, extremamente lento, von Neumann desenvolveu uma maneira de criar números 
pseudoaleatórios, usando o middle square method, o que formalizou o projeto lógico de um 
computador. É como se, pela primeira vez, ao invés de o computador precisar fazer a leitura 
de diversos cartões perfurados inseridos manualmente pelo operador, uma memória interna já 
fizesse essa leitura de dados e os 
compilasse na forma de bases 
de cálculos. Isso tornou o 
processo e o processamento de 
dados muito mais rápidos. 
 
A esse tipo de 
construção da memória no 
computador dá-se o nome de 
Arquitetura de Von Neumann, 
mesmo tendo sido desenvolvida 
em parceria com os inventores 
do ENIAC. Essa arquitetura é 
hoje utilizada na fabricação de 
todos computadores modernos. 
 
 
 
 
 
 
Esse modelo define um 
computador sequencial digital em que 
o processamento das informações é 
feito passo a passo, caracterizando um 
comportamento determinístico. 
Von Neumann foi um dos 
pioneiros da computação, tendo feito 
grandes contribuições para o 
desenvolvimento do design lógico. 
 
Figura'14')'Funcionário'repondo'1'das'19.000'válvulas'do'ENIAC'
Figura'15')'John'von'Neumann'ao'lado'(dentro)'do'ENIAC'
Fonte:'www.computerhistory.org'
Fonte:'sites.google.com'
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3.2.4.#Teoria#dos#Jogos#
A Teoria dos Jogos é uma modalidade de raciocínio 
lógico e matemático que visa resolver um determinado impasse 
ou chegar a uma tomada de decisão com os melhores resultados e 
a menor perda possíveis. 
Um caso célebre ocorreu durante a Copa do Mundo e 
1958, quando Vicente Feola, então técnico da Seleção Brasileira, 
em sua preleção, traçou táticas para que fosse mais fácil vencer o 
time adversário da vez: a Rússia. Suas ordens eram bem simples: 
haveria uma troca de passes curtos para chamar a atenção do 
outro time. Quando fosse aberto um certo espaço, Garrincha seria 
lançado nas costas de seu marcador, o venceria facilmente na 
corrida, desmarcaria e converteria o gol. Reza a lenda que Mané 
Garrincha, com a camisa jogada aos ombros, e com toda 
simplicidade que lhe era característica, olhou para o técnico e 
perguntou “tá legal, seu Feola, mas o senhor já combinou isso 
com os russos? ”. 
Todo ser humano é dotado da capacidade de raciocinar de 
maneira lógica. Mesmo o gênio das pernas tortas, que não 
possuía um intelecto que causasse qualquer vulto, percebeu que havia ali uma série de 
possibilidades que poderiam ajudar ou atrapalhar o plano. E na verdade, neste caso o craque 
não fora nem um pouco ingênuo. Ele, na verdade, estava usando um conceito muito forte da 
Teoria dos Jogos, que é o estudo das tomadas de decisões entre indivíduos quando o resultado 
de cada um depende de decisões tomadas pelos outros, como num jogo mesmo. 
 
 
 
No xadrez, toda jogada a ser realizada deve levar em 
conta os próximos possíveis passos que terão vez no tabuleiro e 
que podem ser adotados pelo adversário. O enxadrista Magnus 
Carlsen, por exemplo, atual número 1 do mundo, consegue 
prever cerca de 20 jogadas à frente quando toma suas decisões. 
 
Von Neumann é considerado o pai da Teoria de Jogos, 
em parte devido à demonstração do teorema MINIMAX, em 
1926, que constata que todo o jogo de duas pessoas, de soma 
nula e finita, tem estratégias mistas ideais e estabelece uma 
solução racional para um conflito (jogo) definido com exatidão, no qual ambas as partes estão 
convictas de que não podem escolher nenhuma estratégia melhor para alcançar o seu objetivo, 
devido à própria natureza do conflito. Este teorema aplica-se a vários jogos de entretenimento, 
desde os mais triviais, como o “par ou ímpar” ou quatro em linha, até aos mais complexos, 
como o xadrez. Von Neumann demonstrou que para este tipo de jogos há sempre uma forma 
ideal, ou “ótima” de jogar. Para qualquer jogo de duas pessoas com soma zero, o valor 
MINIMAX é sempre maior ou igual ao valor MAXIMIN. Quando esses valores são iguais, as 
estratégias escolhidas são chamadas estratégias ótimas e nenhum jogador mudará a sua 
estratégia, pois isso implicaria um resultado pior. Com o teorema MINIMAX, von Neumann 
conseguiu provar que é possível encontrar a melhor estratégia, ou seja, a que maximiza 
potenciais ganhos e, consequentemente, que minimiza potenciais perdas. 
Figura'16')'Mané'Garrincha,'1958'
Figura'17')'Jogo'de'Xadrez.'
Fonte:'http://news.bbc.co.uk'
Fonte:'Google'Images'
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Entretanto, a solução encontrada por von Neumann 
está limitada aos jogos de soma zero, que não correspondem à 
maior parte dos conflitos de interesse em situações 
econômicas e sociais, tal como observou John Nash, gênio 
que virou personagem no filme “Uma Mente Brilhante”, de 
2001. Nash provou que, desde que possam existir estratégias 
mistas, num jogo com um número arbitrário de jogadores 
existe pelo menos um ponto de equilíbrio, generalizando a 
aplicação da teoria de jogos proposta por von Neumann. 
A Teoria dos Jogos é tão fascinante e complexa que 
nos EUA há cientistas especializados em, por assim dizer, 
prever futuro. Segundo o politólogo (especialista em ciências 
políticas) Bruce Bueno de Mesquita, basta atribuir um valor 
numérico para cada variável que puder interferir no resultado 
final de uma determinada situação, compilar os resultados e 
desta forma, através da tabulação de todas as possibilidades, 
consegue-se chegar a um veredicto (numérico) de que algo irá 
ou não acontecer. 
 
 
 
 
 
Figura' 18' )' Bruce' Bueno' Mesquita,'
consultor'da'Casa'Branca'responsável'
pelas'previsões'de'eventos'futuros'
Fonte:' http://decision)making.moshe)
online.com/'
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3.3.# Stephen#Hawking#
 
3.3.1.#Buracos#negros#
 
Recentemente, publicou um estudo em que diz que o conceito chave dos buracos 
negros, que diz que nem matéria, nem luz podem escapar deles, não é compatível com a teoria 
quântica, um dos pilares da física moderna. De acordo com ele, se a teoria quântica e a teoria 
geral da relatividade, estiverem corretas, a teoria dos buracos negros não se sustenta. Na nova 
proposição de Hawking sobre buracos negros, eles só retêm matéria e energia 
temporariamente. 
Stephen Hawking tem autoridade para contestar uma das teorias mais bem aceitas da 
física, porque é ele um dos criadores das hipóteses modernas sobre buracos negros. "Na teoria 
clássica, nada escapa de um buraco negro. Mas na teoria quântica, energia e informação 
podem escapar", disse ele. Depende apenas da posição correta, de velocidade suficiente e 
realmente não estar num ponto de 
não-retorno. 
Na verdade, buracos negros 
só poderiam ser explicados 
completamente, segundo o próprio 
cientista, com a formulação de uma 
teoria que combinasse com sucesso a 
gravidade e outras forças 
fundamentais da natureza. 
Infelizmente ninguém ainda 
foi capaz de explicar com precisão o 
que exatamente os GRÁVITONS, 
unidades de força gravitacional. Por 
não serem visíveis e ainda não se 
conhecer sua origem, a gravitação 
ainda permanece uma incógnita que 
tira o sono dos estudiosos. 
A nova teoria de Hawking 
mantéma mecânica quântica e a 
teoria da relatividade no lugar, mas 
propõe que buracos negros não tenham o ponto atualmente conhecido como “ponto de não-
retorno”, o ponto a partir do qual a gravidade é tão forte que nada mais escapa. Para ele, os 
arredores do buraco negro têm o espaço-tempo flutuando de maneira tão caótica que é 
impossível definir um ponto exato onde não haja mais volta para a matéria e a energia ao 
redor. Esta afirmação rebate completamente a anterior, formulada por ele mesmo. 
 
Figura'19')'Ilustração'do'Horizonte'de'Eventos'de'um'buraco'negro'
Fonte:'http://inovacaotecnologica.com.br'
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3.3.2.#Teoria#de#Tudo#
 
Também conhecida por Teoria da Grande Unificação, ela é uma forma de unificar 
todas as interações fundamentais da natureza: gravitação, a força nuclear forte, a força nuclear 
fraca e a eletromagnética (em que se enquadra a luz). A força nuclear forte pode transformar 
partículas elementares de uma classe a outra, e a Teoria de Tudo pretende produzir uma 
profunda compreensão de vários diferentes tipos de partículas como de diferentes forças. O 
padrão previsível das teorias é o seguinte: 
 
Além das forças acima, a cosmologia moderna precisa, para explicar os fenômenos 
ainda sem postulados, uma força inflacionária (força que caracteriza o movimento de 
expansão do universo), energia escura e também matéria escura composta de partículas 
fundamentais fora da cena do modelo padrão que temos. Ainda não se conseguiu encontrar 
uma forma de detectar ou mesmo reproduzir a matéria escura. Pesquisadores acreditam se 
tratar inclusive de uma espécie de anti-matéria, matéria com polaridade nuclear inversa em 
relação à matéria como a conhecemos. 
O eletromagnetismo e a força fraca parecem encaixar-se a baixas energias porque as 
partículas portam forças fracas, os bósons W e Z têm a massa de aproximadamente de 
100 , enquanto que o fóton, que portam a força eletromagnética (inclusive a da luz), 
não tem massa. A altas energias, os bósons W e Z podem criar massa facilmente e a natureza 
unificada das forças aparece. 
Poderia ser prematura a busca por uma Teoria de Tudo, principalmente quando não 
existe evidência direta de uma força eletronuclear. A única candidata principal a uma teoria de 
tudo no momento é a teoria das SUPERCORDAS. Investigações em curso sobre 
a GRAVIDADE QUÂNTICA em loop pode eventualmente lançar um passo fundamental na 
teoria de tudo, mas este não é o principal objetivo. Estas teorias pretendem tratar com a 
renormatização do problema mediante o estabelecimento de algumas no limite inferior de 
escalas de comprimento possível. 
A teoria de supercordas e a supergravidade supõem que o universo atualmente tem 
mais dimensões que as que se podem ver: três espaciais e uma temporal. A noção de extra-
dimensões também ajuda a resolver o problema da hierarquia, em que se pergunta o por quê 
de a gravidade ser a mais fraca das forças existentes no universo. A resposta comum diz que a 
gravidade estaria em uma dimensão além das outras forças. 
Figura'20')'Organograma'explicando'as'interrelações'para'a'Teoria'de'Tudo'
Fonte:'Arquivo'Pessoal'
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Ao final de 1990, notou-se que um dos problemas com muitas candidatas a teorias de 
tudo, mais particularmente com a teoria de cordas, era que estas não continham as 
características de predizer o universo. Uma solução especulativa é que muitas dessas 
possibilidades são realizáveis em um ou outro dos universos possíveis, mas só um número 
pequeno deles é habitável, e, portanto, as constantes universais fundamentais são por último o 
resultado de um principio antrópico (ligado ao homem como consequência de uma teoria de 
tudo. Esta aproximação antrópica é claramente criticada quando se leva em conta que a Teoria 
de Tudo é suficientemente flexível para englobar quase qualquer observação. 
Deste ponto de vista, a teoria de cordas poderia ser considerada como pseudociência, 
onde uma teoria infalseável é constantemente adaptada para que os resultados experimentais 
se ajustem a ela. 
Este é o grande porém que ainda impede a formulação de uma teoria infalível. À 
medida em que se avança nos cálculos e na interpretação das observações e resultados, as leis 
físicas aplicadas acabam tendo de ser modificadas para se enquadrar no novo molde. É o que 
ocorre, por exemplo, quando uma quantidade de matéria entra na zona de singularidade de um 
buraco negro. As forças ali aplicadas são tão descomunais que a própria matéria perde suas 
características mais básicas: gravitação, ondas de energia, até a própria luz, que não possui 
massa, acabam se comportando de maneiras que ainda não se sabem explicar. Este é o ponto 
em que acabamos por gerar mais e mais perguntas, ao invés de respondê-las. 
 
3.3.3.#Teoria#das#Cordas#
 
Acredita-se que tudo é formado por partículas. Os átomos são partículas minúsculas, 
mas que são, por sua vez, formadas por outras partículas ainda menores. 
 Com o avanço nos estudos empíricos e na própria tecnologia, cientistas já 
conseguiram chegar a partículas que se acredita serem capazes de se tornar em outras: os 
bósons de Higgs. 
Porém, para que a ciência avance, dia após ia teorias são vencidas por novas 
proposições. E este é o caso das cordas. Na formulação da Física Quântica, para que haja 
possibilidade de se fazerem verdadeiros os ensaios e as deduções a que se chegam, é preciso 
que haja uma retificação no molde de matéria como a conhecemos. E agora, ao invés de 
partículas, a unidade primordial de matéria seria uma minúscula corda. 
As mais importantes diferenças entre essas duas unidades que formam tudo são: 
 
•! A!possibilidade!de!a!corda!poder!se!estender!ou!contrair;!
•! A!capacidade!dessa!corda!vibrar.!
 
Isso explicaria inclusive os efeitos de singularidade quando a matéria é exposta a uma 
gravidade de intensidade estelar, como no horizonte de eventos de um buraco negro. 
Também explicaria como é possível que a matéria se comprima de uma maneira que 
nem conhecemos, mas que explicaria a concentração de toda a sua massa em um só 
ponto pequeno, como se acredita ter acontecido há 14 bilhões de anos, quando toda 
energia ali acumulada explodiu, dando origem ao universo e ao seu próprio 
movimento de expansão, que podemos verificar através de cálculos e da própria 
observação cósmica. 
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Dizem-nos que o mundo não é, afinal de contas, constituído de minúsculas entidades 
semelhantes a pontos ou bolas de bilhar em miniatura, mas unidades unidimensionais que 
fazem arcos à escala de Planck, com 10-35 m de diâmetro, cerca de 1020 vezes menores do 
que um núcleo atômico. 
A escala de Planck é a menor que temos no nosso padrão métrico. Para se ter uma 
ideia, uma corda está para o átomo assum como o átomo está para o sistema solar inteiro. 
A característica fundamental destas cordas é que elas não são consideradas 
unidimensionais no sentido comum do termo. Pelo contrário, envolvem oscilações em mais 
dimensões do que as três dimensões de espaço e uma de tempo que costumamos usar. Estas 
dimensões “extras”, embora essenciais para determinar as propriedades das cordas, estão 
ocultas da vista pela compactificação (uma dobra à qual não conseguimos enxergar). 
 
O exemplo usual de compactificação é imaginar uma mangueira vista de longe. Parece 
uma linha unidimensional. Mas, se observarmos de mais perto, veremos que é feita de uma 
folha bidimensional que envolve a terceira dimensão. O mesmo truque pode ser usado 
matematicamente com qualquer número e dimensões, encolhendo-as e deixando visíveisapenas as conhecidas quatro dimensões. 
Na teoria das cordas não há partículas diferentes, apenas estes minúsculos arcos de 
corda vibrando de maneira diferentes. Tal como nós podemos tocar notas diferentes numa 
única corda de violino, fazendo-a vibrar de maneiras diferentes, uma espécie de vibrações de 
cordas deve corresponder a um elétron, outra a um quark, outra a um fóton. Ou seja, poder-se-
ia gerar qualquer tipo de matéria ou mesmo de energia só se modificando a frequência de 
vibração das cordas. 
Há de se saber que essas podem ser abertas ou fechadas. 
 
Figura'21')'Ilustração'da'Teoria'das'Cordas'
Fonte:'Wikipedia'Commons'2015'
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3.3.4.#Criador#do#universo##
 
O cientista britânico Stephen Hawking teve a publicação de um novo livro no qual 
exclui a possibilidade de Deus ser o criador do Universo, ao contrário daquilo que defendia 
numa teoria anterior. 
Stephen Hawking afirma que o Big Bang - a grande explosão que originou o mundo - 
terá sido uma consequência inevitável das leis da física, o que contradiz a teoria que o 
cientista tinha defendido no passado, no livro 'Uma Breve História do Tempo', publicado em 
1998 e rapidamente transformado num êxito de vendas. 
No novo livro, intitulado 'O Grande Desígnio' sustenta que 
a ciência moderna não deixa lugar à existência de um Deus criador 
do Universo, defende as leis da ciência frente à teoria criacionista, 
de que os seres humanos são “senhores da criação”, ressaltando 
que somos “produto das flutuações quânticas do Universo”. Ao dar 
sua opinião sobre as teorias que, historicamente, explica à origem 
da existência, Hawking disse que aquelas que afirmam que o 
universo “já existia” foram inventadas para evitar “perguntas 
incômodas” sobre a criação, destacando o fato de que a 
relatividade clássica nunca poderia descobrir como o universo foi 
gerado, o que deixava a igreja contente. 
Nessa obra, Hawking sugeria que não existia qualquer 
incompatibilidade entre a existência de um Deus criador e a 
compreensão científica do Universo, chegando mesmo a afirmar: 
“Tanto quanto o Universo teve um princípio, nós poderíamos supor 
que tenha um Criador, no entanto, se nós descobrirmos uma teoria 
completa... então nós conheceríamos a mente de Deus”. 
 
Figura' 22' )' Capa' do' livro' O'
Grande'Desígnio'
Fonte:'Google'Images'
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4.# Análise#da#Equação#–#Teoria#das#Cordas#
 
Uma das leis estudada por Stephen Hawking é a teoria das cordas, através da equação 
de LaGrange, apresentada na formula: ƒ = n/(2*L)*(F/u)^(1/2), podemos ter algumas 
definições da corda, onde é possível definir: 
 
Frequência – representada pelo símbolo ƒ 
Comprimento da corda – representado pelo símbolo L 
Números de harmônicos – representado pelo símbolo n 
Força de tração – representada pelo símbolo F 
Densidade linear de massa da corda – representado pelo símbolo u. 
 
Pensando-se em música, cada nota musical representa uma certa frequência de 
vibração, que ao chegar ao nosso ouvido é decodificada em forma de som. Cada nota musical 
dentro da escala cromática (de todas as notas naturais e seus sustenidos) possui uma 
frequência específica de vibração, como se pode ver no quadro abaixo. 
 
 
Quanto mais rápida a frequência de vibração de uma determinada corda de violão, por 
exemplo, mais aguda será a nota percebida, e vice-versa. Ou seja, dependendo do estímulo 
que a corda receber, como resultado a energia desprendida será diferente. 
Pegando este mesmo conceito e agora aplicando-o às cordas estudadas por Stephen 
Hawking, quando variamos a frequência de vibração dessas unidades primordiais, segundo 
sua teoria, podemos obter diferentes tipos de geração de energia ou matéria, num espectro 
visível por nós ou em outros espectros, como por exemplo numa outra dimensão temporal ou 
Figura'23')'Frequências'das'notas'musicais'
Fonte:'http://joseaugustogava.blogspot.com'
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até concomitante à nossa, mas invisível por se tratar de uma dobra, propriamente dizendo. 
Essa dobra transcende as dimensões que conhecemos, que são altura, largura e profundidade. 
É algo que poderia inclusive estar presente – e visível – para outros universos paralelos ao 
nosso, que coexistem num espaço-tempo diferente. Coexistem, mas não se veem ou se tocam. 
Visualizando os gráficos a seguir, podem-se ver as representações das condições de 
dimensionamento. Quando colocamos apenas uma variável e as demais valendo 1, podemos 
depreender que: 
•! Quanto!maior!for!a!força!de!tração!e!o!número!de!harmônicos,!maior!
será!a!frequência;!
•! Quanto! maior! for! o! comprimento! e! a! densidade,! menor! será! a!
frequência.!
 
No caso abaixo, pode-se ver que tanto a tração quanto a frequência caem medida que o 
comprimento da corda aumenta. O contrário também é válido. Quanto menor o segmento de 
corda estudado, mais rápido ele vibrará mediante a aplicação de uma mesma força. Desta 
forma, o resultado é, por exemplo, uma energia sonora muito mais aguda e assertiva. Quanto 
maior a frequência de uma onda qualquer de energia, e neste caso podemos facilmente tomar 
como exemplo a energia sonora, mais pontual e concentrado será seu efeito. Um tweeter de 
home theater, que emite sons mais agudos, deve estar posicionado de maneira a atingir nosso 
ouvido traçando uma reta. O ultrassom médico é outro exemplo de manipulação de frequência 
de vibração para obtenção de efeitos variados. Ultrassom, como o próprio nome diz, é um 
aparelho que emite uma frequência mais alta do que nosso ouvido pode ouvir. Para se ter uma 
Figura'24')'Análise'de'fórmula:'harmônicos'x'frequências'
Fonte:'Arquivo'Pessoal'
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ideia, nossa percepção sonora vai de 20Hz até 20kHz. O ultrassom usa frequências que vão de 
20kHz até 20GHz. Um cachorro pode perceber sons entre 4Hz e 40kHz, uma gama muito 
maior do que os seres humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por conseguinte, quanto maior for a força aplicada, maior será a frequência 
conseguida. Isso é muito importante quando se quiser perceber o que acontece com a matéria 
dentro de um buraco negro. Imagine-se uma força gravitacional tão grande que possa 
distorcer a própria corda, fazendo-a esticar ou comprimir, dependendo de como for aplicada. 
Isso com certeza não pode nem ser imaginado quando se leva em conta uma matéria 
constituída por partículas que sejam mais assemelhadas a pontos. E sabe-se que esse efeito é 
real dentro do horizonte de eventos. No quadro abaixo, faz-se esse comparativo, para ilustrar 
como uma frequência pode ser alterada através da variação da força aplicada a uma 
determinada corda. 
Figura'25')'Análise'de'fórmula:'variação'de'comprimento'da'corda'
Fonte:'Arquivo'Pessoal'
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Segundo as teorias de Hawking, seria o mesmo que submeter qualquer tipo de 
informação (na tradução do inglês para o termo matter, matéria) a uma determinada radiação 
de energia, seja ela nuclear forte, fraca, eletromagnética ou gravitacional. Haveria sempre 
uma distorção, perceptível ou não, desse elemento, fosse na dimensão que fosse. 
 
 
Já neste próximo caso, quando se varia a densidade de uma corda, ou seja, quando se 
vê sua massa ficar muito grande em relação às suas dimensões, consequentemente é percebida 
uma diminuição na frequência. É como se, à medida que um certo elemento ou espectro deenergia é comprimido, atingindo um grau de singularidade, ele passasse a vibrar de uma 
forma nova, podendo inclusive dar origem a um novo elemento, ou até mesmo se tornar um 
elemento que não conhecemos. A singularidade é um estado em que matéria e energia passam 
a se comprimir ou até se distorcer, e em que suas características passam a habitar novas e 
diferentes regras físicas, que ainda não conhecemos. É como se a física newtoniana fosse 
apenas a casca de um ovo prestes a se quebrar, dando origem a um novo e maravilhoso 
universo de possibilidades que nem sequer imaginamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura'26')'Análise'de'fórmula:'variando'a'força'de'tração'
Fonte:'Arquivo'Pessoal'
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Figura'27')'Análise'de'fórmula:'variação'de'densidade'da'corda'
Fonte:'Arquivo'Pessoal'
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5.# IMPACTOS#PRODUZIDOS#
 
Karl Marx foi um precursor do pensamento humano contemporâneo. Como toda 
mente à frente de seu tempo, sofreu sanções e foi rechaçado por diversas vezes, simplesmente 
por querer difundir uma nova maneira de pensamento que fosse diferente. Sua base filosófica 
seguia a ideia de que o indivíduo estava sendo dominado pelas instituições, principalmente o 
Estado, e que suas obrigações eram muito maiores que seus direitos. Além disso, propunha 
uma valorização da vida acima da automação das ações profissionais e sociais. 
O maior medo em relação a essa mudança vinha exatamente das instituições e dos 
governantes, já que mentes pensantes não são facilmente controladas. O receio era geral de 
que o povo não mais reconhecesse as unidades de poder como autoridades e se rebelassem, 
trazendo transtornos à sociedade capitalista e fazendo cair produtividade e lucratividade das 
indústrias. 
 
John Von Neumann trabalhou arduamente para a cientificação da matemática e sua 
axiomatização, ou seja, sua padronização e consequente formulação de explicações acessíveis 
a todos. Além disso, participou ativamente na resolução e aplicação de conceitos matemáticos 
e práticos na construção de supercomputadores militares, capazes de fazer milhares de 
cálculos de maneira rápida. O maior exemplo foi o ENIAC, para o qual colocou executou a 
brilhante ideia da criação de uma memória de acesso interna, para que não fossem perdidos 
dados todas vezes que a máquina fosse desligada e, principalmente, para que não fosse 
necessária a leitura de vários cartões perfurados com dados a todo instante. Isso economizou 
muito tempo e tornou os computadores mais rápidos e prontos para uso – até chegarem aos 
dias de hoje, completamente adaptados à tecnologia plug-and-play. Suas mudanças na 
matemática não eram vistas com bons olhos pela comunidade científica, já que, mais uma vez, 
a ciência e o pensamento seriam acessíveis a todos. A Teoria dos Jogos, escrita por ele em 
1940, traz métodos de tomadas de decisão visando melhores retornos e lucratividade. 
Primeiramente foi criada para entender comportamentos econômicos, a teoria foi amplamente 
aplicada na guerra, inclusive para definir estratégias nucleares. 
 
A Teoria dos Jogos não passava de várias conversas distintas até que von Neumann 
escreveu “The Theory of Games and Economic Behavior”, em parceria com Oskar 
Figura'28')'Frase'de'Adam'Smith'sobre'interrelações'
Fonte:'Google'Images!
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Mosrgenstern. Neumann era um ávido observador de jogos de pôquer e começou a definir e 
traçar várias inter-relações das jogadas, blefes, erros e acertos, êxitos e desventuras dos 
jogadores e os resultados de suas escolhas e atitudes tomadas durante o jogo. 
Como resultado, ele começou a transformar cada ação e comportamento em um 
número. Através da tabulação desse conjunto de centenas, às vezes milhares de números 
dispostos em matrizes complexas, havia a possibilidade de se prever certos resultados diante 
de certas jogadas. 
Hoje, esse conceito é amplamente aplicado inclusive pela CIA, o centro de inteligência 
dos Estados Unidos. Bruce Bueno de Mesquita, que apesar do nome só tem parentes distantes 
no Brasil, é matemático e trabalha para o governo norte-americano como um analista de fatos. 
Através de uma rede de algoritmos, ele consegue previsões com até 95% de exatidão sobre 
fatos ainda por acontecerem. Ele chegou a prever, 5 anos antes da morte do então líder do Irã, 
o Aiatolá Khomeini, que em 1989 ele seria sucedido pelo Aiatolá Khamenei, e que o clérigo 
Akbar Rafsanjani, desconhecido na época, se tornaria presidente do país. Entre outras 
previsões, todas pautadas na Teoria dos Jogos, Mesquita hoje é um requisitado consultor, cuja 
consulta custa US$50.000,00. Como se vê, a informação é privilégio de poucos, e bem paga 
quando percebida sua importância para um determinado fim que seja lucrativo. 
Quando Neumann estabeleceu as relações entre ganho e decisões, consequentemente 
houve uma mudança enorme no panorama dos negócios envolvendo não apenas grandes 
montantes de dinheiro, mas principalmente aspectos políticos que afetariam nações inteiras. 
O detalhamento da Teoria dos Jogos, por si só já representa grandes modificações na 
cultura econômica mundial, já que, como seria explicado mais tarde pelo matemático John 
Nash, “o melhor resultado virá quando todos do grupo fizerem o melhor para si e para o 
grupo”. Nash foi responsável pelo desenvolvimento da Teoria dos Jogos num âmbito muito 
mais político, disseminando esses conceitos a órgãos políticos e, em decorrência disso, 
recebendo em 1994 o Prêmio Nobel de Economia. 
 
Agora, na seara da física, e aliás nas aplicações da vida prática em geral, o astrofísico 
Stephen Hawking conseguiu destaque em diversas áreas. Sendo um ávido observador de 
fenômenos naturais e perseguidor de explicações para questões que envolvem o universo, sua 
origem – consequentemente a nossa –, e os mistérios acerca de fórmulas ainda por serem, por 
assim dizer, formuladas, o inglês estabeleceu inúmeros avanços ao provar teorias ainda 
embasadas em hipóteses e desenvolveu novas teorias e explicações que mudariam nossa 
maneira de enxergar o que antes seria denominado apenas como fenômeno natural. Sua 
observação sobre os buracos negros e a interação dessas massas gravitacionais extremas nas 
forças de radiação cósmica que chegam até nós ou a outros pontos do universo, abriram 
caminho para interpretações completamente novas de como a gravidade se comporta no 
vácuo, como as formas mais variadas de energia agem quando submetidas a essas forças e, 
principalmente, como nós podemos entender melhor as transformações que essas radiações de 
energia sofrem até que possamos percebê-las e mensurá-las. 
Podemos dizer que Hawking é um privilegiado pela aceitação de suas teorias, já que 
os outros dois fidalgos aqui estudados, até por questões históricas, tiveram que quebrar 
diversas barreiras para que seus conceitos fossem vistos de uma forma mais branda e 
inovadora. Outro aspecto que ajudou muito o físico em seu caminho foi justamente a abertura 
que seus predecessores proporcionaram ao longo de suas vidas. Marx, ideólogo, pensador, 
filósofo e crítico contumaz das regras estabelecidas sobre o povo, infelizmente nem viu de 
perto os êxitos de suas teorias. Porém, os métodos de pensamento e ação coletiva propostos 
por ele inspiraram pessoas-chave por todo o mundo para que a informação fosse direito de 
todos, que a menoridade devia ser combatida e principalmente para que relações fossem 
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criadas de maneira a que todos tivessem as mesmas

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